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A Intertextualidade em releituras da obra Última Ceia de Leonardo Da Vinci Letícia Ribeiro Monteiro 1 Resumo: Leonardo da Vinci sem dúvidas foi um nome célebre e marcante na história da humanidade. Não tinha muitos recursos financeiros, porém, os recursos científicos, artísticos, criativos e inovadores ficaram marcados na história da humanidade há 500 anos. Em sua vida como pintor, obras como A Anunciação, A Virgem das Rochas, Homem Vitruviano, Salvator Mundi, Mona Lisa, A Última Ceia, ganharam notoriedade no mundo todo. Muitas delas ganharam releituras em diversos géneros e modos semióticos. A última mencionada, A Última Ceia, será analisada neste trabalho como ponto de partida de conceitos que envolvem intertextualidade e intericonicidade como forma de releituras em diferentes textos. Portanto, o objetivo será compreender a intertextualidade e os diálogos presentes em textos de diferentes modos semióticos a partir da análise da obra “A última ceia” de Leonardo da Vinci. Para isso, se utilizará como corpus de uma escultura de aleijadinho e uma paródia de A Última Ceia. Para a análise será usando o modelo de intertextualidade/intericonicidade apresentado por Leonardo Mozdzenski (2013). Como resultado, percebemos que há diálogo intertextual entre textos de diferentes modos semióticos. Palavras-chave: intertextualidade; inconicidade; releitura Introdução A obra de Leonardo da Vinci, intitulada como A Última Ceia, foi uma encomenda ao artista para a ornamentação de um convento em Santa Maria Delle Grazie, em Milão (MENDES, 2008). A referida obra, passou por um processo de cerca de dois anos de construção, 1495-1497, ficou por muitas vezes inacabada, com avarias e deterioramentos, fazendo com que o próprio autor a restaurasse várias vezes. Além, disso, até a atualidade, a obra passou por vários processos de restauração, assim que, é de difícil definição a 1 Graduada em Letras e mestranda do PPGCIMES/UFPA; [email protected]

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Page 1: A Intertextualidade em releituras da obra Última Ceia de ... · de conceitos que envolvem intertextualidade e intericonicidade como forma de releituras em diferentes textos. Portanto,

A Intertextualidade em releituras da obra Última Ceia de Leonardo

Da Vinci Letícia Ribeiro Monteiro1

Resumo: Leonardo da Vinci sem dúvidas foi um nome célebre e marcante na história da humanidade. Não tinha muitos recursos financeiros, porém, os recursos científicos, artísticos, criativos e inovadores ficaram marcados na história da humanidade há 500 anos. Em sua vida como pintor, obras como A Anunciação, A Virgem das Rochas, Homem Vitruviano, Salvator Mundi, Mona Lisa, A Última Ceia, ganharam notoriedade no mundo todo. Muitas delas ganharam releituras em diversos géneros e modos semióticos. A última mencionada, A Última Ceia, será analisada neste trabalho como ponto de partida de conceitos que envolvem intertextualidade e intericonicidade como forma de releituras em diferentes textos. Portanto, o objetivo será compreender a intertextualidade e os diálogos presentes em textos de diferentes modos semióticos a partir da análise da obra “A última ceia” de Leonardo da Vinci. Para isso, se utilizará como corpus de uma escultura de aleijadinho e uma paródia de A Última Ceia. Para a análise será usando o modelo de intertextualidade/intericonicidade apresentado por Leonardo Mozdzenski (2013). Como resultado, percebemos que há diálogo intertextual entre textos de diferentes modos semióticos. Palavras-chave: intertextualidade; inconicidade; releitura

Introdução

A obra de Leonardo da Vinci, intitulada como A Última Ceia, foi uma

encomenda ao artista para a ornamentação de um convento em Santa Maria

Delle Grazie, em Milão (MENDES, 2008). A referida obra, passou por um

processo de cerca de dois anos de construção, 1495-1497, ficou por muitas

vezes inacabada, com avarias e deterioramentos, fazendo com que o próprio

autor a restaurasse várias vezes. Além, disso, até a atualidade, a obra passou

por vários processos de restauração, assim que, é de difícil definição a

1Graduada em Letras e mestranda do PPGCIMES/UFPA; [email protected]

Page 2: A Intertextualidade em releituras da obra Última Ceia de ... · de conceitos que envolvem intertextualidade e intericonicidade como forma de releituras em diferentes textos. Portanto,

originalidade exata da obra inicial. A própria obra teria passado por um processo

de releitura.

Por outro lado, vale ressaltar que a mesma, a qual utiliza a narrativa

imagética, faz menção a uma narrativa bíblica, que se encontra no Evangelho

de Segundo Mateus 26, 20-29. Portanto, a obra A Última Ceia é uma releitura

de uma narrativa que utiliza a linguagem verbal na modalidade escrita. As obras

dialogam entre si, transmitem significados e experiencias ao expectador. Vale

ressaltar que vários artistas, inclusive anteriores a Da Vinci, já haviam pintado

obras baseadas na narrativa bíblica. No entanto, será possível que haja diálogo

entre a obras? Qual sentido transmitido nas mesmas? Há sentido? Será se os

diferentes autores tiveram as mesmas intenções?

Pensando em estes problemas e indagações, optou-se por analisar duas

obras a partir da obra principal, ambas imagéticas. Uma imagem e um cenário

com esculturas. Para analisar a produção de sentidos e o diálogo que há entre

eles, buscou-se na intertextualidade e na intericonicidade dados que norteassem

e baseassem esta pesquisa. Também, escolheu-se o autor Leonardo

Mozdzenski (2013), que elaborou um modelo afim de representar a

intertextualidade através da forma e da função. Acredita-se que com esse

modelo é possível observar se há relação dialógica ou não entre as obras

analisadas.

Conteúdo

Araujo (2014) afirma que os diversos textos, sejam eles utilizando a forma

verbal ou imagética, necessitam diferentes formas de percepção. O texto verbal

se difere do texto visual, e cada um é um meio de interação. Essa interação:

“permite ao usuário da língua, tanto produzir como interpretar textos compostos

por diferentes semioses, está diretamente ligado ao fenômeno da

intertextualidade” (ARAÚJO, 2014, p. 03).

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A intertextualidade surgiu como nomenclatura utilizada pela primeira

através da autora Julia Kristeva, segundo Cavalcanti (2008), no entanto,

segundo a mesma, a noção já fora trabalhada por Bahkitin, quando menciona a

influencia que textos exercem sobre outros. “Para que haja a compreensão

desse texto é necessário que o leitor recupere os intertextos. [...] Os textos não

aparecem sozinhos, mas numa relação com outros textos.” (CAVALCANTi,

2008, p.41) Ou seja, para a autora, um texto será a junção de vários outros.

Seguindo essa linha de raciocínio, Mozdzenski (2013) afirma que um texto não

surge do nada e que ele sempre vai dialogar com os textos anteriores,

relacionados ao mesmo tema, e aqueles que ainda virão a ser criados. Ou seja,

haverá diálogo entre textos. O referido autor expõe as diferentes classificações

de intertextualidade, se é explicita, implícita, a intertextualidade presente nas

semelhanças, diferenças, se é marcada ou não marcada, entre outras

classificações. No entanto, Mozdzenski concebe um novo modelo de

classificação da intertextualidade, assim como da intericonicidade. Esta última

caracterizando-se pelo diálogo intertextual presente em narrativas imagéticas.

O modelo criado por Mozdzenski estabelece dois critérios para analise: a

função da intertextualidade e a forma como ocorre o fenômeno, como podemos

observar na imagem abaixo:

Gráfico 1

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Fonte: MOZDZENSKI, Leonardo. Intertextualidade verbo-visual: como os textos multissemióticos

dialogam? / Verbal-Visual Intertextuality: How do Multisemiotic Texts Dialogue? Bakhtiniana, São Paulo, 8

Jul./Dez. 2013.

Segundo Araújo (2014), na categoria forma, o autor pretende por em

análise se o texto original, texto-fonte, aparece de maneira implícita ou explicita.

Ou seja, se há menção ou citação do texto-fonte no texto analisado. Já quanto à

categoria de função, diz respeito à voz do autor, suas intenções e sentidos com

relação ao texto fonte. Com isso, percebemos que há possiblidades divididas em

4 quadrantes. 1) função/aproximação + forma/implicitude; 2)

função/aproximação + forma/explicitude; 3) forma/implicitude +

função/distanciamento; 4) forma/explicitude + função/distanciamento.

Para a análise de corpus nesta pesquisa, descreveremos brevemente as

obras citadas, e sua devida classificação de intertextualidade proposta por

Leonardo Mozdzenski. A seguir apresentaremos o texto-fonte representada por

um texto imagético. A mesma se chama A Última Ceia, de autoria de Leonardo

da Vinci.

Figura 1: A Última Ceia, de Leonardo da Vinci

Fonte: Google imagens

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A obra de Da Vinci, A Última Ceia, foi elaborada em um contexto

renascentista, em que as ideais de centralização do homem, da ciência e das

artes estavam cada vez mais valorizadas. A mesma é uma representação da

narrativa bíblica em que ocorre a celebração da Ceia de Jesus Cristo com seus

doze discípulos.

Na imagem acima, o autor utilizou suas técnicas matemáticas na

construção da obra. Nota-se uma grande mesa retangular com a figura de Jesus

posicionada ao centro. Além disso, há a presença de seus doze discípulos, seis

ao lado direito e seis ao lado esquerdo. Também é possível identificar os

elementos da cerimônia cristã, pão e vinho, na mesa. Ao fundo da imagem

também se encontram três janelas, pelas quais se pode ver o ambiente do lado

de fora em que ocorre o ritual.

Vale ressaltar que em outras obras que retratam este momento religioso,

há a presença de comemoração, ou até mesmo, a paz que traz a cerimônia da

ceia, na tradição cristã. No entanto, na obra de Leonardo da Vinci, o autor

representa o momento em que Jesus está anunciando que será traído. É

possível ver nos rostos dos discípulos expressões como: questionamentos,

angustias, dúvidas e até acusações. Outra figura que se nota na obra, é a

presença de Judas Iscariotes ao lado esquerdo de Jesus, segurando um

pequeno saco, já dando indícios de que ele seria o traidor.

A segunda obra chama-se Passo d’A Ceia, composta por esculturas

representando a, também, narrativa bíblica. Criada por Antônio Francisco

Lisboa, mais conhecido por Aleijadinho, um artista brasileiro, de Minas Gerais.

Viveu um contexto diferente de Da Vinci, com convicções artísticas e religiosas

distintas, o período barroco.

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Figura 2: Passo d’A Ceia, de Aleijadinho.

Fonte: https://www.tripadvisor.com.br/LocationPhotoDirectLink-g675680-d6438140-

i328539640-Doze_Profetas_De_Aleijadinho-Congonhas_State_of_Minas_Gerais.html

De acordo com Flávia Campos, a obra representa bem o período e o

movimento Barroco no qual o autor estava inserido. De cunho religioso, no

cenário é possível visualizar treze homens ao redor de uma mesa redonda, tendo

como panorama a vista frontal. Há a presença dos elementos da ceia, que estão

em uma única bandeja, ao contrário da obra de Leonardo da Vinci em que estão

espalhados na mesa retangular. Também é possível perceber as pernas de lira

presentes na mesa de Passo d’A Ceia, característica colonial. Para a Autora:

Evento da Ceia do Senhor como um sistema de signos intersemióticos, que tratam do momento de intimidade que significam a aliança e a amizade entre Jesus e os homens. É claro entendermos o conjunto de signos d’A Última Ceia, como a mesa posta com pães e vinho, onde o mito é Jesus Cristo, compartilhando com os apóstolos, naquela época da Páscoa, a libertação da escravidão do povo de Deus do Egito. (CAMPOS, 2009, p. 178)

Analisando a relação de intertextualidade entre as duas obras,

percebemos que ambas foram criadas em contextos diferentes. Uma, em uma

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época renascentista e humanista. A outra, em um período colonial brasileiro,

com características barrocas, de cunho religioso. Percebemos que enquanto à

forma, ambas dialogam de uma forma similar, apresentam treze homens em uma

mesa, a presença de Cristo ao centro e seis discípulos ao lado direito es seis ao

lado esquerdo. As duas representam a narrativa bíblica da Santa Ceia, de modo

que podemos classifica-la com um grau de explicitude. No entanto, será se as

ideias e sentidos convergem?

Como citado anteriormente, a obra de Da Vinci, foca em sua narrativa o

momento do anuncio de traição, enquanto que Aleijadinho retrata a comunhão

entre Jesus e seus discípulos no memento que concerne a Páscoa. Por esta

razão, quanto à função, percebemos que há um certo distanciamento da voz do

autor e o sentido da obra no texto-fonte na obra de aleijadinho. Segundo esses

aspectos, encaixaríamos a intertextualidade no quadrante 4) forma/explicitude

função/distanciamento. O qual podemos visualizar no seguinte gráfico:

Gráfico 2

A terceira obra chamada: A última ceia da ciência, é de autoria

desconhecida. A mesma foi analisada por Ferraz (2011).

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Figura 3: paródia de a última ceia da ciência

Fonte: http://www.dhi.uem.br/gtreligiao/pdf8/07.pdf

Nesta imagem, releitura de A Última Ceia de Leonardo da Vinci, vemos

exatamente as mesmas características e elementos do texto-fonte. Com

exceção dos participantes presentes na mesa. Vemos Albert Einstein (1879-

1955), considerado o pai da Física. Ao seu lado, estão outros célebres cientistas,

seis em cada lado. Nomes como: Carl Sagan, Stephen Hawking, Sigmund Freud,

Charles Darwin, Galileu Galilei, Isaac Newton, Marie Curie, Richard Dawkins,

Aristóteles. Vemos explicitamente, quanto à forma, o diálogo e intertextualidade

presente em A Última Ceia da Ciência e a obra fonte. No entanto,

compreendemos que a mensagem a ser transmitida, a voz do autor, ou seja, de

Leonardo da Vinci, tem a função de distanciamento, os autores não passaram o

mesmo sentido, tampouco mensagens semelhantes. Por isso, a

intertextualidade presente em ambas as obras se encaixa no quadrante quatro,

como podemos ver no seguinte gráfico:

Gráfico 3

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Considerações finais

Vendo o texto como um elemento semiótico que pode ser encontrado em

várias formas, inclusive imagens, a intertextualidade e a forma como os textos

dialogam entre si, é um assunto pertinente a ser analisado em releituras. Nem

sempre textos que dialogam possuem a mesma intenção ou a mesma forma.

Assim como, nem todas as vezes que uma obra é recriada, mantem-se o

sentido original entre as mesmas. Por esta razão, propôs-se a análise de duas

releituras da obra de Leonardo da Vinci, a fim de identificar, através da

intertextualidade, se há diálogo entre as mesmas, e em que grau elas se

aproximam como forma ou intenção e sentido.

Portanto, partindo de uma obra mundialmente conhecida, como a Última

Ceia, criada por Leonardo Da Vinci, artista italiano, este trabalho propôs a

análise de intertextualidade/intericonicidade a partir de um modelo proposto por

Leonardo Mozdzenski (2013). Este autor classifica a intertextualidade em sua

forma (explicitude/ implicitude) e função (aproximação/ distanciamento da voz do

autor).

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Com os resultados obtidos a partir da análise de diferentes textos

semióticos, fotografia e esculturas, ambas imagéticas. Percebemos que os

sentidos presentes nos mesmos, de acordo com a forma da obra e a voz do autor

com relação à obra original, nem sempre será o mesmo. Ainda que se utilize a

mesma narrativa, os mesmos personagens, o sentido e objetivo da obra podem

diferenciar-se. Por esta razão, a análise da intertextualidade em obras,

principalmente em releituras, contribui para o entendimento do sentido das

mesmas. O diálogo entre textos sempre existirá, partindo do princípio,

mencionado anteriormente, que nada se cria a partir do vácuo, mas os textos

são feitos de intertextos. Assim como, se faz obras artísticas a partir de outras

obras, seja intencionalmente, ou não.

Referências Bibliográficas: ARAUJO, Ana Cláudia Menezes. A intertextualidade imagética: análise das relações imagético-cognitivas mantidas com Pietá de Michelângelo. Littera Online, Maranhãon. 08, 2014. CAMPOS, Flavia Simonini Paradella de Almeida. A ÚLTIMA CEIA: uma análise crítica da visualidade na obra de antônio Francisco lisboa – o aleijadinho. Dissertação (mestrado em ciência da arte). Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia. Rio de Janeiro, 2009. CAVALCANTI, Maria Clara Catanho. Multimodalidade e argumentação na charge. 2008. Dissertação (Mestrado em Letras) Centro de Artes e Comunicação, Universidade Federal de Pernambuco. 2008. FERRAZ, Salma. SANTA CEIA PROFANA. Revista Brasileira de História das Religiões. ANPUH, Ano III, n. 9. p. 154 – 172. Jan, 2011. MENDES, Romes de Sousa. A última ceia três tempos e três olhares. In: congressohistoriajatai. 2008.Disponível em: http://www.congressohistoriajatai.org/anais2008/doc%20(72).pdf, Acesso em: 10/06/2019. MOZDZENSKI, Leonardo. Intertextualidade verbo visual: Como os textos multissemióticos dialogam. Bakhtiniana, São Paulo, 8 (2): 177-201, Jul/Dez. 2013.

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