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UNIVERSIDADE DE LISBOA INSTITUTO DE EDUCAÇÃO A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE TRABALHO E DE PRODUÇÃO DE SABERES PERSPETIVAS DE PROFESSORES E ESTUDANTES NA FORMAÇÃO INICIAL EM ENFERMAGEM ANEXOS JOÃO JOSÉ ROLO LONGO Orientador: Professora Doutora Maria Ângela Perpétua Rodrigues. Tese especialmente elaborada para a obtenção do grau de Doutor em Educação, especialidade de Formação de Professores. 2017

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UNIVERSIDADE DE LISBOA

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO

A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE TRABALHO

E DE PRODUÇÃO DE SABERES

PERSPETIVAS DE PROFESSORES E ESTUDANTES NA FORMAÇÃO INICIAL EM

ENFERMAGEM

ANEXOS

JOÃO JOSÉ ROLO LONGO

Orientador: Professora Doutora Maria Ângela Perpétua Rodrigues.

Tese especialmente elaborada para a obtenção do grau de Doutor em Educação,

especialidade de Formação de Professores.

2017

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UNIVERSIDADE DE LISBOA

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO

A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE TRABALHO

E DE PRODUÇÃO DE SABERES

PERSPETIVAS DE PROFESSORES E ESTUDANTES

NA FORMAÇÃO INICIAL EM ENFERMAGEM

João José Rolo Longo

Orientador:

Professora Doutora Maria Ângela Perpétua Rodrigues.

Tese especialmente elaborada para a obtenção do grau de Doutor em Educação,

especialidade de Formação de Professores.

JURÍ

Presidente: Doutora Ana Paula Viana Caetano Professora Associada e membro do Conselho Científico do Instituto de Educação

da Universidade de Lisboa.

Vogais: Doutora Patrícia Maria Freire de Andrade de Carvalho Rosado Pinto

Professora Auxiliar Convidada da Faculdade de Ciências Médicas da

Universidade Nova de Lisboa.

Doutora Marília dos Santos Rua Professora Adjuntada Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro.

Doutor David Miguel de Oliveira Cabral Tavares Professor Coordenador da Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Instituto

Politécnico de Lisboa.

Doutora Maria Ângela Perpétua Rodrigues Professora Auxiliar Aposentada do Instituto de Educação da Universidade de

Lisboa (orientadora).

Doutora Isabel Maria Pimenta Henriques Freire Professora Associada do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa.

Doutor Luís Alexandre da Fonseca Tinoca Professor Auxiliar do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa.

2017

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Existem momentos na vida onde a questão de saber se se

pode pensar diferentemente do que se pensa e perceber

diferentemente do que se vê, é indispensável para continuar a

olhar e a refletir (FOUCAULT, 1994:13).

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Índice

ANEXO I – Pedido Formal do Acesso ao Terreno do Estudo ...................................................... 9

ANEXO II – Caracterização dos Sujeitos do Estudo .................................................................. 11

ANEXO III – Guião das Sessões Focus-Group aos Professores ................................................. 23

ANEXO IV – Ficha Biográfica dos Professores ......................................................................... 29

ANEXO V – Consentimento Informado e Esclarecido (professores e Estudantes) .................... 31

ANEXO VI – Protocolo da Transcrição de uma Sessão de Focus-Group (um exemplo) ........... 35

ANEXO VII – Guião da Entrevista aos estudantes ..................................................................... 67

ANEXO VIII – Ficha Biográfica dos estudantes ........................................................................ 75

ANEXO IX – Protocolo de uma Entrevista Semi-Estruturada aos Estudantes ........................... 77

ANEXO X – Processo de análise (desconstrução) dos discursos docente e discente (um exemplo

de cada) ....................................................................................................................................... 93

ANEXO XI – Análise de Conteúdo dos Focus-Group e das Entrevistas Semi-Estruturadas ... 109

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ANEXO I – Pedido Formal do Acesso ao Terreno do Estudo

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ANEXO II – Caracterização dos Sujeitos do Estudo

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12

Caraterização dos docentes

Género Idade

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13

Formação Especializada em Enfermagem

Assistente Eq. Ass. 2º Triénio Prof. Adjunto Prof. Coordenador

9 9

38

12

Categoria Profissional Docente

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15

Detalhe da caracterização docente

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Caraterização dos estudantes

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ANEXO III – Guião das Sessões Focus-Group aos Professores

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TEMA: A prática Enquanto lugar de formação, de trabalho e de produção de saber na formação inicial em enfermagem

ENTREVISTADOS: Formadores (professores) que colaboram no acompanhamento|supervisão da prática em contexto de trabalho

OBJECTIVOS GERAIS:

Obter elementos que caracterizem as representações dos Formadores, relativamente à prática em contexto de trabalho, enquanto dispositivo

de formação inicial.

Perceber o quê e o como se ensina e se aprende especificamente na prática em contexto de trabalho e qual o contributo docente para esse

efeito.

Perceber qual o contributo do acompanhamento/supervisão da prática em contexto de trabalho para o desenvolvimento profissional dos

formadores.

Recolher informação sobre as práticas geradoras de dificuldades e problemas no quotidiano supervisivo da prática em contexto de trabalho.

BLOCOS TEMÁTICOS OBJECTIVOS ESPECÍFICOS FORMULÁRIO DE QUESTÕES TÓPICOS

A - Legitimação e motivação

para a entrevista

Legitimar a entrevista.

Motivar o entrevistado

Informar o entrevistado acerca das linhas gerais da

investigação

Solicitar a colaboração do entrevistado, evidenciando

o carácter indispensável dessa colaboração para o êxito

do trabalho

Assegurar o carácter confidencial das informações

prestadas e que a entrevista tem apenas o propósito de

recolher as informações necessárias ao desenvolvimento

de um trabalho académico

Pedir autorização para gravar/filmar a entrevista

Tempo médio previsto

para a entrevista: 60

minutos

Responder de modo

claro, breve, conciso e

preciso a todas as

perguntas do entrevistado.

Esclarecer as dúvidas do

entrevistado sem desvio

dos objectivos específicos

de cada bloco.

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B – A prática em contexto de

trabalho na formação inicial

em Enfermagem (no quadro

do ensino clínico)

Recolher a opinião de modo

a poder caracterizar as

representações que os

formadores têm acerca da

prática enquanto dispositivo

de formação inicial

Baseados na vossa experiência supervisiva, gostaria

de vos ouvir acerca da prática no quadro dos ensinos

clínicos. Quais os aspectos positivos? Quais os

negativos?

Se esta prática desaparecesse o que se perderia?

- O quê? (natureza da

prática);

- Porquê? (fundamentação)

- Para quê? (objectivos)

- Onde? (contextos)

- Como? (métodos,

técnicas, actividades e

tarefas)

- Para quem?

(destinatários)

- Quem? (recursos

humanos)

- Com o quê? (recursos

materiais)

C - Aquisições específicas da

prática em contexto de

trabalho, efectuadas pelos

estudantes e contributo

docente para esse efeito

Identificar o quê e o como se

aprende e se ensina

especificamente na prática em

contexto de trabalho e qual o

contributo docente para esse

fim.

Na vossa opinião, o quê e como, especificamente,

aprendem os estudantes na prática em contexto de

trabalho?

De um modo geral, no decurso dos ensinos clínicos,

que mudanças conseguem identificar nos estudantes?

Em termos:

- Cognitivos, o quê e como?;

- Relacionais, o quê e como?

- Técnicos, o quê e como?

- Metacognitivos, o quê e

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Como percebem essa mudança? Como se manifesta?

Poderão os estudantes efectuar essas aprendizagens em

outros contextos como, por exemplo, nas aulas teóricas

ou nas teórico-práticas? Porquê?

Quais principais dificuldades sentidas pelos

estudantes no decurso dos ensinos clínicos? Prendem-se

com o quê?

Que estratégias eles utilizam para ultrapassar essas

dificuldades?

Mediante as dificuldades referidas, que fizeram para

ajudar a ultrapassá-las?

Se não dessem esse “apoio” que se perderia?

Sentem-se preparados (ou não) para ajudar os

estudantes a superá-las?

(explorar respostas)

como?

- Sociais, o quê e como?

- Quando termina o

período teórico, estarão os

estudantes preparados

para os ensinos clínicos?

- Dificuldades relacionadas

com:

- Contextos

- Processos

- Actores

Possuíam os

conhecimentos teóricos,

técnico-científicos e

Relacionais necessários à

resolução do problema?

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D- Contributo do

acompanhamento/supervisão

da prática em contexto de

trabalho para o

desenvolvimento profissional,

quer enquanto docentes quer

enquanto enfermeiros

Tendo em conta a vossa experiência profissional, e,

ainda, o facto de exercerem a actividade supervisiva nos

mais diversos contextos da prestação de cuidados, que

dificuldades ou, contrariamente, “facilidades” sentiram?

Onde, quando, com quem, como, em que

circunstâncias aprenderam esta função de

formadores/supervisores da prática em contexto de

trabalho?

O quê, aprenderam de específico? Conseguem isolar?

Qual o contributo da formação inicial para isso? E

qual o contributo da experiência?

Contributos:

Da instituição de formação:

apoio dos colegas, da

coordenação dos ensinos

clínicos, tipo de parceria,

outra…

Da organização de saúde:

Supervisor, equipa de

enfermagem, outra…

E - Expectativas quanto à

prática em contexto de

trabalho desejada

Recolher opiniões e

expectativas quanto à prática

em contexto de trabalho

desejada

Se tivessem de planear um ensino clínico como o

fariam?

- O quê? (natureza da

prática);

- Porquê? (fundamentação)

- Para quê? (objectivos)

- Onde? (contextos)

- Como? (métodos,

técnicas, actividades e

tarefas)

- Para quem?

(destinatários)

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- Quem? (recursos

humanos)

- Com o quê? (recursos

materiais)

F - Informações

complementares

Recolher elementos de

carácter complementar

Pedir aos entrevistados para referir aspectos que não

tenham sido questionados/abordados e que considerem

relevantes.

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ANEXO IV – Ficha Biográfica dos Professores

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FICHA BIOGRÁFICA (Professores)

IDENTIFICAÇÃO

Género:

Idade:

Estado Civil:

Local de Residência:

FORMAÇÃO

Habilitações Académicas:

Habilitações Profissionais:

Cursos de formação que frequentou na área pedagógica ou especificamente na área da

supervisão de estudantes na prática em contexto de trabalho:

-

-

-

CARREIRA PROFISSIONAL

Tempo global de serviço como enfermeiro:

Categoria Profissional como enfermeiro:

Tempo de serviço como docente:

Categoria Profissional como docente:

Experiência profissional (tempo) enquanto supervisor de estudantes na prática em

contexto de trabalho:

A Prática enquanto lugar de formação, de trabalho e de produção de saber na formação inicial em enfermagem

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ANEXO V – Consentimento Informado e Esclarecido (professores e

Estudantes)

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Consentimento informado - Docentes

Eu abaixo assinado, declaro que aceito participar no trabalho de investigação conduzido

por João José Rolo Longo, cujo objectivo geral visa compreender o Valor Formativo da

Prática na Formação Inicial em Enfermagem, tendo como referência a informação que

me foi fornecida e clarificada bem como a consulta prévia do Guião da de Focus-

Group. O uso da informação que forneço é apenas para este estudo e não será facultada

a outras pessoas que não estejam directamente implicadas. Os dados serão colhidos

através de entrevistas gravadas, para os quais autorizo a utilização de câmara digital

sendo o material posteriormente destruído. Após a colheita de dados terei direito a reler

as informações fornecidas podendo rectificar alguma declaração. Não se prevêem danos

físicos, emocionais, financeiros, sociais ou potenciais efeitos colaterais. Os benefícios

relacionam-se com uma melhor compreensão da realidade a ser estudada e a

possibilidade da melhoria da qualidade da formação inicial em Enfermagem. A decisão

de participação no estudo é voluntária, ficando deste modo salvaguardado o meu direito

à recusa, tanto neste momento como em qualquer outro, ao longo do processo de

investigação. A minha privacidade será salvaguardada ao longo do estudo bem como o

anonimato. Em caso de dúvida, necessidade de informação adicional ou reclamação,

poderei contactar com o autor do trabalho cuja identificação e contacto me foram

fornecidos.

Lisboa, Janeiro de 2011

___________________________

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Consentimento informado - Estudantes

Eu abaixo assinado, declaro que aceito participar no trabalho de investigação conduzido

por João José Rolo Longo, cujo objectivo geral visa compreender o Valor Formativo da

Prática na Formação Inicial em Enfermagem, tendo como referência a informação que

me foi fornecida e clarificada bem como a consulta prévia do Guião da Entrevista. O

uso da informação que forneço é apenas para este estudo e não será facultada a outras

pessoas que não estejam directamente implicadas. Os dados serão colhidos através de

entrevistas gravadas, para os quais autorizo a utilização de câmara digital sendo o

material posteriormente destruído. Após a colheita de dados terei direito a reler as

informações fornecidas podendo rectificar alguma declaração. Não se prevêem danos

físicos, emocionais, financeiros, sociais ou potenciais efeitos colaterais. Os benefícios

relacionam-se com uma melhor compreensão da realidade a ser estudada e a

possibilidade da melhoria da qualidade da formação inicial em Enfermagem. A decisão

de participação no estudo é voluntária, ficando deste modo salvaguardado o meu direito

à recusa, tanto neste momento como em qualquer outro, ao longo do processo de

investigação. A minha privacidade será salvaguardada ao longo do estudo bem como o

anonimato. Em caso de dúvida, necessidade de informação adicional ou reclamação,

poderei contactar com o autor do trabalho cuja identificação e contacto me foram

fornecidos.

Lisboa, Janeiro de 2011

___________________________

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ANEXO VI – Protocolo da Transcrição de uma Sessão de Focus-

Group (um exemplo)

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Protocolo de Focus Group nº 1

Entrevistador - Todas os presentes possuem uma larga experiência de acompanhamento de

estudantes em ensino clínico, por isso, gostaria de vos ouvir falar acerca da prática no quadro

dos ensinos clínicos, ideias gerais, aspectos positivos, menos positivos, vantagens,

desvantagens… de no currículo da licenciatura termos momentos em que emergimos os

estudantes na prática profissional. Querem falar sobre isto?

A - Eu penso que é um espaço e tempo intrínseco à preparação para a profissão ter momentos de

prática… São importantes os momentos em contexto de sala… de alguma formação teórica, de

orientação teórica… digo orientação teórica… para aquilo que é transversal à prática e depois na

prática ver como é, ter a oportunidade de fazer, ver como se aplica naquele contexto os

conceitos teóricos aprendidos e depois ajustar à prática e aprender o que há para aprender na

prática, porque é impossível nas escolas, em sala de aula, ensinar aquilo que há para aprender

nos mais diversos contextos da prática… O ensino clínico é fundamental… não é positivo nem

negativo… é necessário para se tornar profissional… depois os contextos é que poderão ser

positivos ou … eu acho que são sempre positivos mesmo que por vezes o ensino clínico não

corra tão bem … acho o papel do estudante é saber retirar aprendizagens do que acontece lá na

prática…

Entrevistador – O que é que vocês acham que concretamente a prática permite que em outro

contexto não conseguimos?!...

B – Eu acho que a prática permite aquilo, que por muito que tu queiras e esforces, dentro de

uma sala de aula não consegues simular, que é para além de se aplicar os aspectos práticos

aprendidos na teoria, há todo um contexto quer com o cliente, quer com a família, quer com a

organização, que tu não consegues simular num laboratório, ou seja, apesar de existirem alguns

aspetos práticos que são perfeitamente simuláveis, tais como as técnicas de enfermagem, os

aspectos relacionais, as intercorrências que vão acontecendo e que te vão dando alguma

experiencia e contextualização, são impossíveis de simular numa escola. Eu acho que isto, acaba

por ser o aspecto que… para além da aplicação daquilo que tu levas em termos de

conhecimentos teóricos e poderes aprofundar… acabam por ser esses aspectos que de todo

podem ser simulados…

C - isso… vem um pouco de encontro ao que eu estava a pensar, indo de encontro ao pedido do

João, que se prende com a aquisição de competências muito específicas in-loco, tal como refere

a própria definição de competência… competência é saber aplicar os conhecimentos em

contexto real tomando a melhor decisão na melhor altura com as melhores condições e

atingindo os objectivos concretos que se pretende… e isso, de facto, é como diz a Paula, não se

consegue de todo obter em contexto académico, exclusivamente em sala de aula… quer seja

teórica quer seja teórico-prática ou mesmo prática… portanto eu acho que no nosso caso,

concretamente para o nosso curso, é indispensável esta vertente dos ensinos clínicos, só eles

permitem uma aprendizagem contextualizada…

D - … porque apesar de todos nós termos experiencia clínica, com tudo aquilo que nos surge de

novo em contexto hospitalar… por muito que tenha sido explicado em contexto de aula… em

contexto de laboratório… e que nós consigamos explicar ao estudante e este consiga

transmitir… o inesperado, as reacções do utente e da família… o imprevisto é sempre diferente

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de toda a teoria que nós ensinamos e, muitas vezes, os estudantes referem isso… eu aprendi

assim, ensinaram-me assim… mas lá no estágio é diferente…

E – mas se calhar, é aí que entra o nosso saber e experiência… se tivermos o saber bem presente

aí conseguimos que o aluno perceba a realidade à luz da teoria…

D - … mas aí entra uma segunda coisa que é a experiência e o conhecimento profissional

prático enquanto professor… para ser capaz de fazer essa ligação entre a teoria e a prática no

próprio momento…

E – Sem dúvida… o conhecimento e experiência do professor ajuda muito… são, na minha

perspetiva determinantes…

Entrevistador – Todas as pessoas falam da importância da prática, mas afinal o quê

especificamente aprendem os estudantes na prática?

E - …aprendem a aplicar tudo aquilo que aprenderam na escola, isto é, na teoria…

C – aprendem a fazer… aprendem a fazer as técnicas… tudo aquilo que seja técnica aprendem-

no lá…

Entrevistador – Apenas para clarificar, estás a falar de técnicas de enfermagem?

C – técnicas de enfermagem, técnicas de enfermagem de uma forma global… aprendem a

relação interpessoal, aprendem e treinam a relação interpessoal… aprendem a decidir, o que

remete para a noção de competência de que se falava há pouco… e quanto melhor

decidirem…significa que melhor adquiriram competência numa determinada área… são estes os

aspectos principais que eles vão lá fazer…

A - … eles vão para estágio fazer técnicas, mas simultaneamente vivenciam sentimentos… que

nós dizemos que são nobres… eles vivenciam a dor, vivenciam a morte, vivenciam o

sofrimento… eles estão lá… eles são actores em todos esses processos… Teoricamente, nós

dizemos que devemos estar com o utente, interagir… mas no caso concreto, nós também lá

estamos… Na escola é aquele principio, dizemos como se faz… na prática devemos fazer como

dizemos… e espera-se que o aluno faça o que foi ensinado em contexto de trabalho…em todas

as vertentes da relação de ajuda, do processo de enfermagem…A empatia, por exemplo, …

então vamos ver como se treina a empatia no processo de relação de ajuda em ensino clínico…

Como é que você foi empático? – eu costumo perguntar aos meus alunos… “Ah! eu estabeleci

uma relação de ajuda…”, e eu pergunto: sim mas como?

Então como! Escuta Activa?! Sim mas como, volto a perguntar… E costumo dizer, acha que

neste momento eu estou a praticar uma escuta activa consigo?

“Acho que sim…”

Então porquê?

Porque está a olhar para mim, porque não me interrompe, porque reformula aquilo que eu

digo… porque… porqu…e dão-me exemplos…

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É isso que eu quero que eles façam na prática… é isso que eles têm que fazer na prática… têm

que demonstrar aquilo que se diz que se faz…

E – … por outro lado é uma maneira de percebermos e validarmos os conhecimentos

adquiridos, aqui incluo os aprendidos na teoria, a escola e aqueles que a própria circunstância

gerou…

B – … outra coisa que eu acho importante é a interacção que esses momentos de inserção na

prática proporcionam com o utente e com a família… é um pouco o que o Mário está a dizer…

tudo aquilo que nós afirmamos na teoria… ali pode ser colocado de uma forma muito concreta

na prática…

Entrevistador – No sentido de objectivar o que foi dito e para que não fique em chavões,

embora o Mário tenha sido bastante concreto na explicitação que fez mas, como disse, para que

não fique em chavões, em termos técnicos, cognitivos e relacionais como é que os alunos

aprendem especificamente no terreno?

A – Quando eu peço a um aluno para me descrever uma prática (quando eu não estou lá para o

observar!), ele habitualmente escolhe uma entubação nasogástrica ou uma punção, etc. … Ele

descreve-me a técnica toda de uma forma perfeitinha e diz-me todo contente que conseguiu

fazer a técnica à primeira e eu pergunto:

- Você falou com o doente? Pediu autorização ao doente? Explicou o que ia fazer?... e depois

ficam muito desapontados o que deveria ter feito e não fizeram… mas todos contentes porque

conseguiram a via periférica à primeira e… é isto… é isto… que eu…

E – … eles refugiam-se muito na técnica, porque têm muita dificuldade em estabelecer laços

relacionais com os doentes e as famílias…

A – … até pode ser mas, a técnica não é só isso… eu costumo dizer que a relação de ajuda é

uma técnica, nós aprendemos a relação de ajuda… temos aqueles passos… empatia, escuta

activa… etc. … é uma técnica… porém se aprendemos uma técnica, só mostramos competência

quando ao praticá-la conseguimos justificar os passos… e esses chavões para mim têm que ser

completamente desmontados … é como “aquela” do holístico… o holístico para mim é sempre

uma coisa metafísica e eu pergunto sempre o que é isso de holístico, se é um extra-terrestre…

ou o que é… e eu procuro na prática saber como é que eles chegam à conclusão de que prestam

cuidados numa perspetiva holística, mas têm que fundamentar bem… têm de me dar exemplos...

Entrevistador – como é que eles te respondem?!

A – obviamente descrevem-me a situação… e eu vou ao pormenor de me dizerem que…

escutou o que o doente disse, avaliou a dor com a escala tal e tinha 2 de dor, não é queixoso

como costumam dizer… não evidenciava sinais subjetivos de dor… mas estava ansioso… e

quero perceber o porquê dessa ansiedade…

E – … portanto este exercício reflexivo permite ser-se objectivo, concreto e estar

verdadeiramente ciente do que se está a fazer, assim, caminhamos no sentido da competência…

A – … exactamente tem de ser concreto naquilo que diz… Assim como descreve a forma como

preparou o tabuleiro da medicação ou para realizar uma determinada técnica, o que é muito

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específico, também tem de saber explicar do mesmo modo os aspectos relacionais… pois

também eles estão impregnados de especificidade e de contextualidade…

D – eu acho que essa capacidade de fundamentar as intervenções relacionais é uma coisa que

emerge com o decorrer da prática… porque inicialmente, isso nota-se quando estou a orientar

alunos no meu próprio hospital, eles focalizam-se tanto na parte técnica, que se esquecem da

parte relacional, que existe uma pessoa por detrás da técnica, e que eles têm que falar com ela…

é o que tu dizes… nós temos que tentar perceber, se eles se focaram no doente como um todo,

ou se só preocuparam com a prática, com a técnica… e é isso que a mim me assusta muito não

só nos estudantes mas em qualquer profissional de saúde… o facto de entrar num quarto… vou

puncionar… vou não sei o quê… e esqueceram-se de tudo o resto! Penso que isso é um traquejo

que nós próprios fomos adquirindo, pois todos nós fomos educados segundo o paradigma

biomédico, e temos a obrigação de ajudar os nossos alunos nesse desenvolvimento…

B – … os próprios estudantes, não nos anos iniciais, mas a partir do 3º ano, começam a

despertar para esse problema… eles vão-se apercebendo… em muitas situações eles transmitem

esse mal-estar por não serem capazes de manter uma relação eficaz com os utentes. Eu tenho o

exemplo de uma aluna, há cerca de dois anos quando eu cheguei ao local de estágio, disse-me:

- Professora, hoje senti-me tão mal!

- Então porquê?

- Oh, professora porque a minha enfermeira disse-me para ir algaliar uma senhora que não era

minha doente…

- … e então?!

- ..então e eu fui… cheguei ao quarto e disse à Sr.ª: Vamos ter que a algaliar… e a Sr.ª

perguntou: Então porquê?

- E eu disse: você não sabia responder à senhora…

- Pois foi… eu não sabia… a enfermeira orientadora só me explicou posteriormente…

- Vê, assim nunca mais se vai esquecer…

- Ai não vou não… Sabe é que eu fiquei tão preocupada com os passos da algaliação e com o

material para que nada faltasse, porque era a primeira vez, que me esqueci de procurar saber o

motivo da algaliação…

(risos…)

E – …sabes onde é que eu encontro essas pequenas grandes coisas… é naqueles incidentes

críticos que foram introduzidos nos ensinos clínicos… é engraçado… … os incidentes são

mesmo um ótimo instrumento de reflexão… nestes jovens que agora vão iniciar o 2º ano, eles

escrevem nos incidentes críticos coisas muito interessantes … de modo geral, expressam a sua

impotência face às situações… eles fazem mini-reflexões, onde podemos constar que, por um

lado, querem ajudar, mas dada a fase de formação em que se encontram não detêm os

conhecimentos nem a maturidade necessários face à complexidade das situações… então eles

ficam envolvidos em verdadeiros dilemas… é um sentimento de impotência, de incapacidade

eles ficam muito vulneráveis…

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Por exemplo, a morte para eles é algo que os perturba muito… e se tiverem apenas um doente

atribuído pior… se se tratar de um adulto jovem, pior ainda…

B – … essa é sem dúvida uma das situações que eles vivenciam de uma forma muito intensa,

outra é a experiência de urgência, especialmente quando a situação é muito complexa, quer em

termos de intervenções de enfermagem quer em termos de ambiente psicológico no que respeita

à envolvência com família… outra são situações em que eles comparam aquilo que aprendem na

escola com o que realmente se passa na prática e fazem alguma reflexão/juízo sobre isso, porque

acham que são atitudes eticamente menos corretas… já tive alguns desses incidentes….

A – … há também aquele estudante que faz a apreciação do contexto e daquilo que está a viver

de uma forma menos correta e, depois, com orientação, com uma supervisão mais fina,

obviamente é levado a perceber de uma perspetiva profissional o que é que está a acontecer…

… Posso dar um exemplo muito concreto, haviam umas alunas que estavam muito felizes

porque o enfermeiro confiava nelas, deixando-as sozinhas no piso e… elas todas contentes, pois

era sinal de responsabilidade e confiança, porém eu fiz-lhes ver o risco que estavam a correr e a

responsabilidade decorrente de tal atitude… não é… Fui-lhes mostrando os limites da sua

responsabilidade enquanto estudantes, da responsabilidade da escola e, a partir daí, depois a

coisa assumiu outros contornos, de uma maior preocupação de facto com aquilo que é

importante…

D – eu tive exactamente o oposto… duas alunas foram deixadas sozinhas, em que as

orientadoras as deixavam sem protecção nenhuma… e elas sentiam-se aflitas pois sentiam que

ainda não tinham experiência … e por isso, não se sentiam seguras para poder estar no serviço

sozinhas…

E – …mas foram conscientes. Disseram-te abertamente o que se passava… isso na minha

opinião é muito importante pois mostra-me o carácter da pessoa… Tinham sentido de

responsabilidade e sentiam que a sua autonomia não chegava a tanto… em termos de atitude

isso é muito louvável…

B – … eu acho que os incidentes críticos são muito úteis neste aspeto que estamos a discutir

agora… eles escrevem coisas que, muitas vezes, não nos conseguem dizer nos locais… e acaba

por ser muito útil nós pegarmos, discutirmos e refletirmos essas situações com eles… Há coisas

que nos escapariam e que nós percebemos não estando presentes… há coisas que estão

directamente escritas nos incidentes, há outras que tu percebes que existe mais qualquer coisa

para além do que está escrito… nas reuniões de final de estágio tu consegues perceber…

consegues percepcionar o que se foi passando ao longo do estágio…

E – …os incidentes críticos são muito interessantes nestes aspectos… efectivamente tu

consegues percepcionar muita coisa… mesmo muita…

A – … há outra coisa engraçada que eu também não me vou esquecer e que me aconteceu num

estágio… foi a primeira vez que orientei estágios de 4º ano em que os meus orientados, ficaram

admirados com o tipo de supervisão que eu estava a fazer … fiz uma supervisão no sentido de

perceber o que eles andavam realmente a fazer… no fundo, qual era o projecto de trabalho de

cada um… e… como tiveram dificuldades em responder… em saber aquilo que deviam saber,

acharam estranho eu estar a fazer aquelas questões … foi uma situação em que aluna ficou

admirada das questões que eu coloquei… tipo: “fale-me do seu doente…”, “se me fala de

conhecimento holístico, tem de conhecer o doente muito bem…”, “então explique-me lá a

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história do doente, o motivo do internamento, doenças associadas, o que já fez, o que não

fez…” e… achou estranho eu estar a fazer aquelas questões todas… não achou próprio para um

aluno de 4º ano…

Entrevistador – Mas porquê?!

A – … porque achava que já seria um estágio em que… em que provavelmente… seria mais

autónomo… em que o papel do professor já não deveria ser tão directivo… era mais ir lá, tudo

bem e até amanhã… mas a minha postura não é essa… além do mais eu senti que existiam

lacunas que era necessário colmatar, portanto, tratei de fazer o meu papel que é supervisionar e

apoiar o estudante no seu desenvolvimento…

Entrevistador – Depois de tudo o que aqui foi dito, há uma pergunta um pouco provocatória

mas que emerge, e se esta prática desaparecesse, o que afinal se perderia?! Já pensaram nisto?

A – … eu tenho uma questão, que acho importante referir… e os alunos referem muito isso: “eu

nunca dei isto, eu nunca fiz isto na prática, eu nunca dei isto na teoria…” De facto, há muitas

intervenções nos contextos de trabalho que não são abordadas em sala de aula, não se fala em

hemodiálise…, por exemplo! Alguém sabe fazer hemodiálise quando sai daqui?! Alguém sabe

mexer num ventilador?! Alguém sabe… Há situações que dado o seu cariz e o tempo reduzido

de que dispomos, é impossível serem abordadas na escola. Porém, no decorrer do semestre

teórico, demos pistas, demos orientações… falámos um pouco de tudo mas em termos gerais…

O que eu acho que é o papel da escola e o que se deve dar é o transversal à prática de

enfermagem, que é a relação de ajuda… depois eles vão praticar a relação de ajuda seja em

pediatria, seja em hemodiálise, porque esse é o seu papel, agora o contexto, o campo, para o

qual o aluno vai desempenhar essas funções há-de ser o seu segundo momento de formação e de

consolidação dessas aprendizagens … formação em serviço, formação em contexto de trabalho,

ele vai aprender como funciona o serviço, até porque esteve durante o curso num serviço de

Medicina que trabalha de uma maneira, e agora vai trabalhar numa cirurgia que tem uma

metodologia de trabalho completamente diferente… Uma Nefrologia funciona de uma maneira

e um Serviço de Diálise de outra…

Agora quanto ao se é provocatório deixar de existir estágios: era muito mau… porque é aí que

os alunos compreendem os princípios básicos e desenvolvem as competências específicas de

enfermagem…

E – … Era muito mau… a ida para estágio constitui um momento único em termos de

aprendizagem não só das técnicas, mas também, do saber-estar, do saber-ser… enfim, ganhar

postura de enfermeiro…

B – … Nunca poderia ser, é nos contextos de prática que eles aprendem as competências básicas

da prófissão…

Entrevistador – Quando estás a falar de competências básicas, referes-te ao quê?!... Às

competências do enfermeiro de cuidados gerais definidas pela OE?

B – … Não! Estou a dizer em relação àquilo que o Mário estava a dizer e que é transversal ao

curso de enfermagem… que é aquilo que acaba por ser… digamos… emanado, para que tu

possas…hum…hum…

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A – … no fundo vão consolidar as competências que te permitem resolver os problemas dos

teus utentes…

B – … exactamente, ou seja, eu concordo com o Mário… acho que quando tu acabas o curso,

tens uma primeira parte da formação feita, mas a formação não está concluída, nem tão pouco,

mais ou menos… está minimamente iniciada, mediante aquilo que tu vais fazer ao longo do teu

percurso profissional… Assim, o estágio vai permitir não só consolidar os conhecimentos

teóricos mas também adquirir e desenvolver novos conhecimentos …

E – … porém … não vai depender só de mim… da minha vontade, do meu gosto pessoal por

determinadas áreas vai depender da… da envolvente, pois como sabemos, no momento actual tu

até podes gostar muito de determinada área, mas não quer dizer que consigas desenvolver o teu

projeto de estágio nessa área…

B – … Claro que sim… por isso quando vais para uma área, independentemente de ser a que

mais gostas ou não, vais ter que te desenvolver nessa área… se calhar, se daqui a cinco anos

mudares de área, vais ter que aprofundar e desenvolver-te nessa área… é isso que todos nós

fazemos ao longo do nosso percurso profissional… portanto, a licenciatura, ou melhor, a

prática, serve apenas para a aquisição das competências básicas que futuramente irás utilizar…

não falando das da Ordem… que tu, enquanto escola, reconheces para afirmar que o estudante

quando acaba o curso está apto para trabalhar…

E – … quando estamos a falar de competências, muitas vezes, temos características muito

pessoais, a nível da nossa personalidade, que são inatas, digamos assim… não sei se é esta a

palavra certa… mas que podem ser facilitadoras da nossa atuação profissional, e que depois se

confundem com “competências”… eventualmente… Por exemplo, na relação de ajuda, o facto

de sermos empáticos com o grupo, pela nossa natureza, é uma mais-valia, é com certeza… mas,

se calhar não é uma competência que foi desenvolvida no decurso do processo formativo… é

algo que já está intrínseco em nós… todos nós temos as nossas próprias características… e isso

poderá influenciar à partida, de modo positivo ou não…

A – … eu acho que isto tem a ver com o que o quer dizer enfermagem e o que é ser

enfermeiro…

E – … também… também… e o que é ser enfermeiro, também…

A – …Ser profissional é ser capaz de identificar problemas e resolvê-los no quadro de um

processo sistemático… a tal metodologia científica, o tal processo de enfermagem… isto é que

se espera de um estudante de enfermagem…isto é que é importante para a construção da

profissionalidade do aluno… A função da escola é transmitir isto e dizer concretamente como se

faz desta e daquela forma… Temos modelos teóricos, temos CIPE`S, SAPE`S… temos tudo…

estes instrumentos que podem ser… têm de ser aplicados em qualquer contexto, cuidados de

saúde primários ou cuidados diferenciados… sobretudo lá…nós não fazemos intervenções se

não houver problemas… só quando haver diagnósticos… se não houver nenhum problema de

saúde, nem que seja défice de conhecimento, nem que seja qualquer coisa…nós não

determinamos as acções, não as executamos e depois não as avaliamos, no seu efeito. Ora é isto,

isto, temos que fazer o estudante aprender … aprender mas metodologicamente… senão

deixamos de ser profissão… passamos a ser um oficio, passamos a ficar todos contentes porque

entubamos à primeira… passamos a… ah é verdade uma coisa que me deixou muito triste… e

que é verdade… a triagem da gripe A é feita por um porteiro…

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B – … Fantástico!...

A – …é… é um porteiro que tria… quando nós andamos a falar de Triagem de Manchester…

D – … é o que eu costumo dizer, uma auxiliar bem treinada, faz muitas vezes o nosso

trabalho… é o que eu digo muitas vezes aos alunos…

A – e infelizmente temos que reconhecer muitas vezes melhor que nós…

D – …mas eu digo aos alunos, que não basta saber fazer coisas… os papagaios também falam

mas não sabem o que dizem… Portanto para marcarmos a diferença e assumirmos a condição

de técnicos de saúde superiores e diferenciados, temos que, para além de saber actuar, saber

explicar e gerir as situações… até porque estamos numa fase em que “todos os olhos estão

postos em nós”… Têm que saber fundamentar muito bem as suas intervenções, a prática serve

para isso…

A – Eu quando trabalhava em hemodiálise... eu preparava os monitores numa sala que tinha um

vidro e, ali ao lado, tinha outra sala… era o AU, a sala dos infectados com hepatite B… eu fazia

a mesma coisa e o técnico ou auxiliar fazia a mesmo que eu… eu ganhava não sei quanto, ele

ganhava metade… e o enfermeiro dessa sala chegava às 8 horas e só punha as agulhas… Isto é

um exemplo do que os auxiliares ou as pessoas bem treinados podem fazer…

D – … mas falta-lhes outra coisa…

C – e essa coisa é o mais importante…

Entrevistador – É justamente essa coisa que eu gostaria de clarificar… Afinal concretamente o

que é que se aprende na prática, que tipo de competências são desenvolvidas?!

C – Desculpa voltar atrás… mas tentando pegar na tua provocação de deixar de haver ensinos

clínicos… eventualmente, até poderia vir a acontecer… provavelmente se nós continuarmos a

nível nacional com as dificuldades de campos de estágio, ainda alguém se lembra de pensar

numa coisa dessas… Não é!? E… também o cansaço que as instituições e os profissionais

manifestam pelas sucessivas orientações, por aí fora… não é nada que já não vá acontecendo

noutros países, nomeadamente, no Canadá, na França, em que se reduziu substancialmente o

tempo de imersão nos contextos da prática e têm laboratórios brutais onde fazem ensino

simulado em monitores todos XPTO… Cá também tenho notícia de algumas escolas estarem a

optar pelo ensino simulado, dada a dificuldade com os campos de estágio… para não falar nas

questões financeiras…

B – … No Porto, por exemplo... pelo menos o Abel Paiva referiu isso uma vez na aula…

E – …Na Cruz Vermelha também estão a adoptar essa metodologia… os alunos só vão para

estágio no primeiro semestre do terceiro ano…

C – … os laboratórios até podem ser brutais, onde os Srs. Estudantes treinam a técnica… mas

não treinam a outra parte… a parte relacional… que é aquilo onde nós nos devemos distinguir…

e passa por aquilo que há pouco o Mário estava a dizer… tudo depende do que nós queremos…

nós como sociedade se calhar… estamos aqui enquanto professores, mas se calhar também

podemos pensar enquanto cidadãos aquilo que nós queremos que seja a Enfermagem e… passa

por aí… Bom, mas enfim… se pensássemos então, que alguém iria acabar com os ensinos

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clínicos, ficaria imensa coisa por transmitir aos nossos estudantes que não poderia ser

transmitido posteriormente em contexto real e profissional, pois aí é esperado que ele seja

autónomo… Para mim isso é inconcebível. a enfermagem é uma profissão prática, pelo que o

seu ensino tem que estar muito ligado à prática, sob pena de não formarmos profissionais de

enfermagem, mas teóricos de enfermagem…

E – …mas isso levante muitas outras questões…

C – …exactamente, isto levante muitas outras questões muito profundas que nós não temos

capacidade de responder…

Entrevistador – Mais uma questão um pouco… diria eu… provocatória… Não estaremos

numa linha dessas que estão a apontar, tecnicista, contrária à linha humanista e de relação que

tanto enaltecemos?! Não estaremos a entregar a nossa profissão a outros para a gerirem?

A – Isso já foi feito… com a saída da nova Lei de Bases e de gestão hospitalar… isso já

aconteceu… hoje em dia quem manda é o director clínico (entenda-se médico) … tens que

responder é ao diretor, portanto… eles estão mais preocupados com as questões da gestão e

financeiras do que com a qualidades dos cuidados e muito menos com a qualidade da formação

dos alunos, mesmo dos de medicina…

E – …é isso e muito mais… com os novos modelos de gestão… não tens hipótese, com a

redução de pessoal que nós temos, já começamos a sentir a falta de tempo… alguma coisa fica

para trás… por isso muitas vezes os estudantes queixam-se de falta de disponibilidade e atenção

por parte dos orientadores… O tempo não dá para tudo! Quando faço orientação de estudantes

no meu hospital, lá por ter alunos atribuídos, o ratio de doentes mantém-se…

A – Houve qualquer coisa que aconteceu na nossa profissão, João, que eu não sei o que foi…

não sei… Sei, eu estou há… são 20 anos… mas não nos conseguimos impor como profissão e

aqui falo quer como enfermeiro, quer como docente. Há sinais na comunicação social a falar

dos enfermeiros mas, em termos de órgãos de decisão, não tens poder para interferir nessas

novas reorganizações… e… depois esse sentimento de mal-estar é transferido para os alunos.…

Tens uma enfermeira diretora em alguns Conselhos de Administração dos hospitais públicos,

nos privados muitas vezes nem existe essa figura, mas… perdemos essa capacidade…

perdemos, porquê? Perdemos, depois de sermos licenciados, depois de termos uma Ordem…

Portanto, se no exercício não tens poder, como podes ter influência nos locais de estágio

enquanto professor, enquanto elemento externo a essa instituição?!

Entrevistador – Qual o reflexo de tudo isso que acabaram de falar na nossa profissionalidade,

na sua dupla vertente, uma vez que, somos simultaneamente enfermeiros e docentes?

C – …Na nossa docência pode não se reflectir muito, nos ensinos clínicos é que já começa a dar

sinais… porque, nomeadamente, eu que estou neste momento afastada das instituições de saúde,

como profissional, faço uma análise de fora, talvez menos emocional e mais com a razão e, o

que me parece é que as pessoas estão super desmotivadas e super cansadas, incluindo as chefias

e muito cépticas ao desenvolvimento da nossa profissão… e se o estudante promove a

continuidade da nossa profissão e se ela, no actual momento, é posta em causa pelos próprios

enfermeiros, há aqui uma conexão que nem sempre poderá ser favorável à boa integração do

estudante… e isso começa a preocupar-me enquanto docente, enquanto enfermeira, as minhas

preocupações são outras…

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E – …nós, mesmo sem querer, acabamos por transmitir algum negativismo mas, na maior parte

das vezes, a realidade fala por si…

B – … tu procuras defender uma onda muito humanista na escola, vais falando muito dos

aspectos da relação, da personalização dos cuidados, da relação de ajuda mas… depois… os

alunos vão para estágio e aquilo que veem não é isso!.. Muitas vezes o que veem é um

enfermeiro a correr de um lado para o outro, que está num serviço e que nem conhece a família

pois, hoje está numa sala amanhã está noutra… portanto a família do doente consoante a sua

disponibilidade, um dia vem na visita das 3 outra vem na das sete e ao fim de uma semana

questionas o aluno sobre a família ele diz que não sabe nada porque não viu a família mas, o

enfermeiro orientador também não!... Muitas vezes, quando falas com os orientadores, durante a

supervisão dos ensinos clínicos, eles falam do quanto andam assoberbados de trabalho e das

dificuldades que sentem… é assim… quem está na prática e, agora estou a falar por mim… eu

percebo perfeitamente o que me estão a dizer!... é porque a mim acontece-me rigorosamente o

mesmo…

E – …Mas isso só acontece porque nós também estamos na prática, porque se estivéssemos

afastados, talvez não tivéssemos esse entendimento e pensássemos que o estudante nos estava a

enganar…

B – …é difícil, quando eles te dizem isto! Tu percebes perfeitamente, mas também não tens

alternativa de lhes mostrar uma prática diferente, não sei se me estou a fazer entender… o fato é

que os enfermeiros dos locais passam a vida a correr…

E – …”isto é tudo utópico”, é a mensagem que o aluno vai reter… Tudo o que nos ensinam na

escola não passa de “boas intenções” mas, na verdade, nada é assim…

C – …isso é muito grave, pois tudo é posto em causa não só a prática, mas mesmo, os aspectos

emocionais… é posto em causa o ideal da enfermagem que nós aqui “tentamos passar” um

pouco… e que neste momento não se verifica lá fora, face às constantes mudanças políticas e

organizacionais…

B – …por isso algumas das críticas dos alunos são muito pertinentes… eu já tive algumas, em

que tive de engolir a seco… em que me disseram: “Professora como é que um enfermeiro que

no começo do turno me diz isto, isto e isto, depois senta-se na cadeira com os pés em cima da

secretária, me pode orientar?!” e eu pensei: Tem razão!

E – …e como é que nós podemos fazer para contornar essa situação?!... não podes, tu não

consegues intervir nos serviços a este nível…

B – …vais dizer à chefe para mudar orientador porque este parece-te ter comportamentos

eticamente pouco adequados…parece-me complicado!

A – sim… mas eu também tenho aspectos muito positivos! Reconheço que tenho orientadores

perfeitamente castradores, completamente castradores, mas também tenho orientadores que…

mesmo em contexto de urgência, estimulam o aluno à relação, ao domínio da medicação, a

planear as intervenções, etc… e isto é de ressalvar…

D – …Eu, neste último estágio, tive uma situação no mínimo bizarra… Que me perdoem os

chefes, mas às vezes a gestão dos estágios é feita de uma maneira… que do meu ponto de vista é

inconcebível… Vejam só esta situação: tive uma chefe que queria incentivar o enfermeiro a

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melhorar a sua prática e, qual foi a estratégia que utilizou – atribuir-lhe uma aluna para que o

enfermeiro sentisse a necessidade de melhorar…

E – …vamos lá a ver como é que era a estudante então…

(Risos)

D – …a aluna em si até era boa aluna, o orientador é que… enfim…

C – …quer dizer, trocaram-se os papéis…

(Risos)

D – … foi muito, muito complicado! A “sorte” é que o orientador adoeceu e, consequentemente,

a aluna teve de mudar de orientador…

A – Eu acho que esta escola tem uma grande vantagem que é ter o tipo de docentes que tem.

Isto, é uma das coisas que eu digo aos alunos sempre, quando começo as aulas ou os estágios…

Digo-lhes sempre que a escola foi muito inteligente, ao ter cá pessoas da prática, ao ter cá

chefes, ao ter pessoal do mundo da prática e a dizer como é que se faz… aproveitem porque, de

facto, não somos meramente teóricos. Temos conhecimento teórico que, obviamente, é

necessário e fundamental mas, nós não estamos desfasados da prática. Nós sabemos o que lá se

passa, quando estamos a dizer que se deve fazer isto e aquilo ao doente, não estamos a usar

apenas a teoria, nós já vivenciamos essa situação… Estamos sempre a dar exemplos da prática,

é uma grande mais valia… Por outro lado, quando eles nos apresentam situações por eles

vivenciadas no ensinos clínicos, também para nós é mais fácil compreendermos o que eles

dizem… disto eu não tenho dúvida nenhuma… Eu tenho vários papéis, eu sou Chefe de

Serviço, eu oriento estudantes, eu tenho enfermeiros a orientar estudantes, eu sou docente… eu

sei quando os meus enfermeiros estão fartos de ter estudantes… eu sei… eu sou o copo meio

cheio…

B – … depois há outra coisa, tu às vezes avalias os alunos e, outras vezes, avalias os colegas,

porque por mais que não queiras, quando entras num serviço pela dinâmica que observas acabas

por perceber o modo de funcionamento daquele serviço… Eu digo isto muitas vezes aos

alunos… pela dinâmica do turno, pelos comportamentos, pela postura dos colegas que agem de

determinada maneira, vêem-te agem de outra e isto já me aconteceu variadíssimas vezes, eu de

alguma maneira consigo perceber o clima do local, “porque já andas cá há alguns anos…”,

consegues perceber a dinâmica…eu acho que nós também temos esta vantagem de não ser

exclusivamente docentes…

A – … o que eu digo aos alunos e aos meus enfermeiros é… e digo também ao Curso de

Complemento, também, pois agora também tenho alunos que já são enfermeiros: “Que sorte

que nós temos, porque ainda nos conseguimos formar a nós próprios!”. É importante que eles

sintam o quanto isto é importante em termos de identidade profissional…

C – … Isso é uma grande verdade, nem todos os profissionais gozam desse privilégio!

A – …felizmente que sou eu enfermeiro que estou a avaliar outro enfermeiro… felizmente! É

pá, até não podemos gostar do outro, mas é enfermeiro e está a avaliar-me ou o contrário…

Quando passarmos a ser formados e avaliados por outros, aí è que a coisa andou deveras para

trás, andamos outra vez para o “outro tempo”! É o que o médico diz… aí é que passamos

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definitivamente a ser “tarefeiros” e fazemos apenas aquilo que os outros nos disserem para

fazermos… É o que eu digo aos meus alunos: Estão cansados de ser estudantes?!, pois então, a

vossa postura como estudantes é que vai determinar o que a profissão vai ser no futuro… é a

imagem que vocês vão dar da profissão… A culpa é nossa João… Nós temos uma licenciatura,

mas não houve mais valias significativas por causa da licenciatura… o que é que houve? em que

é que somos melhores agora que éramos antigamente?! Não sei! Se calhar, temos um pouco de

mais trabalho, dominamos umas máquinas que foram evoluindo mais rápido que a nossa

cabeça… se calhar temos que pensar seriamente sobre isto tudo! Por isso vamos aproveitar

porque ainda somos nós que decidimos o que ensinamos aos nossos alunos… Eu chamo um

médico para vir cá fazer um seminário mas, sou que digo o que é que quero que ele fale… e

quando não sinto confiança, ainda vou mais longe… não vem este médico, vem aquele… Sou

eu que escolho, sou eu que decido… e isto, é muito importante… Felizmente, ainda pode ser

assim… Trata-se de uma coisa, que nem sempre é explícita: Identidade…

- “Ah! Eu pensei em falar disto!”

- Pois eu acho isso interessante mas… pertinente é isto! E já agora não se esqueça de elaborar

uma questõesinhas para colocar no teste…

Esta situação dá-me um gozo tremendo! E depois ainda me dá mais gozo quando eles andam

atrás de mim pedir as declarações curriculares…

- Ah! Sim, com certeza eu já lhe passo a declaraçãozinha!... e sou eu que rubrico, eu

enfermeiro… Infelizmente muitos de nós não têm a noção da importância destas coisas para a

profissão e se não tivermos cuidado até isto acaba… se nos locais os enfermeiros continuarem a

dizer que não querem alunos, que isso é só mais trabalho, que aquilo é uma seca, que é uma

treta, que só traz cansaço… e a descartarmo-nos daquilo que é nossa função! Isto é grave! Isto

dá azo a que sejam outros a decidir como nos formamos! Eu não estou a falar de cor! Eu tenho

uma Directora de Serviço que diz :” … a Lei de Gestão Hospitalar diz que: “Sou eu que

mando!...”. Agora imaginem o que é a minha vida no meu Serviço!

Entrevistador – Estávamos, antes, a falar dos alunos e do desenvolvimento deles. Vocês

conseguem, quando estão a acompanhar os alunos em estágio, notar a mudança de estádio de

desenvolvimento?!

Todos: Sim!...

Entrevistador – Sim! Como?! Quais são os indicadores que vos fazem dizer que percebem?!

C – … Os indicadores que nos fazem perceber?!

Entrevistador – Tu percebes, agora faz-me a mim perceber como é que tu dás conta que o

aluno mudou…

C – … a forma como eles…já estou como diz o Mário… colocam-se várias questões, que se

vão repetindo em contextos diferentes, até porque no decorrer do ensino clínico, os doentes vão

mudando… mas um sinal de mudança é a segurança com que eles transmitem a informação,

isso, vai mudando; o grau de conhecimento transmitido e a sua profundidade, o pormenor, o

cuidado… cada vez com menos erros e também na visão global dos assuntos… Deu-me imensa

graça há pouco quando o Mário falava da abordagem holística… eu penso que é essa a grande

mudança deles no final do curso, parece que abrem o campo de visão… deixam de se fixar nas

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técnicas e… começam a olhar para os doentes como um todo, aproximando-se mais da tal visão

holística…

B – …eu tenho ficado com os alunos do 2º ano e depois, no 4º ano, salto aquele 3º das pediatrias

e das obstétricias…

C – … mas eu estava a falar dentro do próprio ensino clínico… do mesmo… e nota-se, nota-se

uma grande diferença, a segurança é outra, são mais afirmativos no final do estágio…

B – … Pronto! aí é onde se nota, de facto, a maior diferença… mesmo em termos das reflexões

que eles fazem… Às vezes apanha-se os mesmos alunos, já me aconteceu em duas ou três

situações… que apanhas os mesmos no 2º ano e depois no 4º e depois é giro vermos a diferença,

quer em termos do tipo de informação que eles transmitem, quando tu fazes uma pergunta que

se calhar até é semelhante, a informação que eles te transmitem, cada vez é mais completa, eu

acho que eles também nos vão conhecendo e que tipo de questões colocamos, por isso, já sabem

o que nos hão-de responder…

Todos – (risos)

B – …Não é?!.. É verdade! Eles já sabem, o professor vai perguntar isto, portanto eu vou

documentar-me para quando ele cá vier vai-me perguntar… mas também em termos das

reflexões que eles fazem das situações, o olhar mais abrangente que eles ganham sobre a

situação… já não vêem só se calhar uma determinada situação… por exemplo, a preocupação

com aquilo que o doente tem, com os sintomas, com o que vão fazer, com as técnicas, etc…

mas, já conseguem ver o que é que aquilo tudo implica, a visão global…

D – …para além de tu notares a diferença, eles também te o dizem… tu vais numa primeira

entrevista e eles têm imensas dificuldades, vais numa segunda e eles já denotam diferença mas,

também te dizem, eu já consigo olhar para o doente, eu já consigo estabelecer prioridades, eu já

consigo gerir o tempo, portanto, eles próprios conforme tu vais aparecendo te vão dizendo quais

são as dificuldades, o que é que melhoraram, o que é que ainda precisam de melhorar… tu vais

percebendo…

B – … alguns, outros nem tanto…

D – …sim… mas na maior parte dos casos dá para perceber…

C – … uns não mudam de estádio e nós percebemos que eles não mudam! ...

Todos – (risos)

A – …Como é que eu sei?! Indicadores?! Concretamente? ... Ora… identificam o motivo de

internamento rapidamente, nunca mais se esquecem, conhecem os antecedentes do doente…

descrevem-nos todos, ou pelo menos os principais… noto sempre uma grande evolução neste

aspecto… Descrevem de uma forma muito assertiva a nota de evolução, quando falam de um

medicamente dizem logo qual é o efeito, as principais indicação e a via pela qual está a ser

feito…ou seja, o discurso é fluente, é direccionado para o utente, não é parcial e fracturante, é

global, … descrevem as técnicas correctamente não se esquecendo dos aspectos para os quais

foram corrigidos, nomeadamente, na área da relação… Não se esquecem de perguntar o nome

ao doente, não se esquecem de perguntar se o doente tem conhecimento do tipo de intervenção a

que vai ser submetido (em caso de ciriurgia), na escrita quando têm que definir objectivos, são

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bem redigidos, os objetivos específicos são mensuráveis… deixam de ser o compreender… ou

melhor, deixam de ser de baixa taxonomia e passam para os níveis de análise e de

síntese…essencialmente passam a ter mais segurança… os registos passam a ser mais

objectivos, são mais descritivos e pormenorizados… são mais tranquilos na presença do

orientador… ou menos ansiosos, sempre a querer dizer mais do que eu pergunto… eu já tive

situações em que me dizem: “Já se vai embora, já acabou a entrevista?!” e depois… outra

coisa… o interesse na aprendizagem que vão demonstrando, o entusiasmo que

demonstram…não se esquecem de avisar quando faltam ou que vão trocar de turno, não se

esquecendo de dar indicações específicas… isto são tudo coisas que demonstram o quanto eles

mudam… como evoluem…

E – …eu também concordo com o Mário, nota-se muito bem o desenvolvimento que eles

sofrem no decorrer do estágio… Por exemplo, eles têm que fazer o seu projecto de formação,

pegando muitas vezes em coisas megalómanas, e tu vais-lhes dando dicas para estreitar, o que

implica reformular os objectivos… Por exemplo, quando eles estabelecem como objectivo de

estágio estabelecer um relação de ajuda com o utente… eu costumo perguntar-lhes como é que

eles vão operacionalizar este objectivo… No quarto ano, eles já não colocam este objectivo

desta maneira… Se estiverem num Serviço de Hematologia, eles constroem um contrato de

aprendizagem especificando os objectivos que pretendem atingir e o tempo em que pensam

fazê-lo, direccionando toda a intervenção para o utente com problemas hemato-oncológicos em

determinada situação… são mais objectivos e rigorosos…

Entrevistador – Vocês são unânimes em dizer que percebem claramente os processos

evolutivos e a mudança de estádio… e as principais dificuldades deles, também conseguem

apontá-las?!

D – …A integração no serviço, é muitas vezes referida pela maioria dos estudantes como

dificuldade… e na minha opinião isto tem muita a ver com a relação que conseguem criar com o

orientador… se é uma relação empática ou não… se mostra disponibilidade para ajudar ou não

o aluno… muitas das vezes o orientador está contrariado em ter o aluno… porque trabalha à

tarefa, porque tem muito trabalho, porque não tem tempo…e… eles referem muitas vezes estas

coisas como dificuldades à sua integração… Associado às dificuldades de integração, tem o

problema de eles não questionarem os orientadores…

E – …eles têm receio dos orientadores…

D – …é isso… especialmente na fase inicial do estágio em que eles ainda não sabem que tipo de

pessoa é o orientador, eles ficam receosos … Por exemplo, agora neste estágio de Gestão, há

dias quando fui visitar uma aluna, dizia-lhe:

- “Você está num Serviço de urgência, o Chefe tem 260 pessoas ao seu encargo, são 17

enfermeiros por equipa, estamos na segunda semana de estágio então… como é que é feita a

distribuição dos enfermeiros?! Porque é que vão X para o SO? Porque é que vão Y para a

triagem? Que método de trabalho é utilizado? E… a aluna não sabia responder… e para isto

bastava ter questionado o Chefe… eu acho que eles têm sempre algum receio inicial de

abordarem os orientadores e, neste caso específico, ainda mais, dado tratarem-se de

Enfermeiros-Chefes…

C – …Cuidado! … Na minha opinião e da experiência que tive durante 11 anos na Chefia de

um Serviço, as integrações num serviço são sempre difíceis para um enfermeiro, muito mais

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serão por parte de um estudante e, quanto mais cedo isso acontecer no percurso académico mais

difícil ainda… Portanto, a integração num Serviço por parte dos alunos, deveria ser feita pelo

Enfermeiro-Chefe, pelo segundo elemento ou por alguém que ele delegasse, mas de um forma

orientada, segundo os objetivos do ensino clínico… Porque muitas vezes, infelizmente, existem

elementos no Serviço, face à alta mobilidade e rotatividade das pessoas, que desconhecem em

profundidade o modo de funcionamento do Serviço… infelizmente, infelizmente… isto

acontece muito… Isto faz-me lembrar uma experiência que eu tive no ano lectivo passado, na

orientação de alunos em Pediatria, num Serviço complexo… Unidade de Cuidados Intensivos

Pediátricos verdadeira, isto é uma unidade na verdadeira acepção da palavra… com alunos do

terceiro ano e a Chefe usava um método extraordinário… Foram para lá 5 alunos, mas a

primeira semana, estiveram todos entregues ao 2º elemento, que lhes fez um acolhimento e uma

integração ao serviço “brutal” e que… posso dizer-vos, se traduziu no sucesso daqueles

estudantes, naquele campo de estágio… porque dada a especificidade da Pediatria,

especialmente no que toca à terapêutica, em que é preciso fazer contas… ainda mais numa

unidade de cuidados intensivos, as coisas são difíceis para os alunos… a relação com a criança

em estado crítico, a relação com a família da criança muito doente, a relação com a morte… é

tudo muito complexo…

… por isso o papel do 2º elemento foi muito importante, foi de tal ordem minuciosa a

explicação do ambiente vivido naquela Unidade durante os primeiros dias, que os estudantes

não tiveram dificuldades de maior…

D – …mas lá está! Os enfermeiro desse serviço prepararam-se para receber os alunos… Agora,

quantos Serviços fazem isso?!

C – …Eu pensei: “Aqui está um excelente exemplo, do que é receber e integrar estudantes em

ensino clínico!”. Eles naquelas duas semanas foram-se encontrando com os seus orientadores,

foram ganhando alguma confiança em si próprios, foram também ganhando alguma confiança

com toda a equipa, inclusive de auxiliares e médica e… como vos disse, traduziu-se no

sucesso… Há pouco falávamos das características pessoais, da personalidade do orientador

enquanto fator condicionante de estágio… mas também as características pessoais do próprio

estudante podem condicionar o sucesso do estágio, especialmente se isso se conjuga com um

estágio numa área clínica que ele não goste… têm que saber dar a volta… mas não deixa de ser

difícil, se estiverem numa área que eles gostem ou que se sintam mais à vontade torna-se tudo

mais simples, pelas mais diversas razões… Sobretudo, permitiu que eles se adaptassem

previamente a uma série de factores… que depois, quando foram integrados na equipa, foi

muito, mas muito mais fácil a integração… Portanto o problema da integração é este: “É que, na

realidade, na generalidade das situações, ela não é preparada e é mal feita!”

B – … Eu concordo contigo, eu tive uma experiência este ano, uma das alunas que tive comigo,

foi para um serviço para o qual não queria ir… e a maneira como ela foi recebida e integrada

naquela equipa foi, de facto, determinante… ela fez um óptimo estágio… Ao fim de duas

semanas ela já me dizia: “Ainda bem que eu vim para este Serviço!”. Ela foi muito bem

integrada, ao ponto de não se sentir como aluna… sentia-se como um enfermeiro em integração

porque, houve uma preocupação em lhe explicar tudo e fazê-la participar da “vida” do

Serviço… A verdade é que tu encontras muitos enfermeiros, nos mais diversos serviços, que já

lá estão há 2 ou 3 anos e há aspectos do Serviço que eles não dominam, eles não estão

verdadeiramente integrados nos serviços, como podem integrar bem os alunos?… Muitas vezes

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questionas o aluno e ele responde: “Professora eu já questionei o meu orientador sobre isso

mas ele também não me soube responder!…”

D – …eu o que digo, é que isso depende muito de serviço para serviço e do tipo de orientador…

se se interessa por orientar alunos ou não e se as suas características pessoais são favorecedoras

ou não… a sua personalidade, são favoráveis a criar um bom ambiente entre estudante e aluno,

ou não…

B – … ainda voltando, existem situações em que tu questionas o orientador sobre aspectos da

dinâmica de funcionamento do serviço e ele responde: “Pois isso, eu não sei…”

C – …”Essa parte eu não sei bem…” é o que eles dizem…

B – … é por aí…

C – …Agora outros indicadores, outras dificuldades dos estudantes, passam pela relação com os

utentes, sobretudo… encontrei este aspecto novo porque nunca tinha feito o estagio em

pediatria… percebi isso… têm pânico, pânico mesmo em não se conseguirem relacionar com a

criança e com os pais … pois vêem nestes, se calhar os enfermeiros também, alguém que está

ali controlando o que se faz ou deixa de fazer aos seus filhos… foram duas dificuldades que eu

percebi que os preocupavam muito… depois de uma forma geral, não falando da Pediatria… a

relação com o utente e com a família é sempre uma dificuldade. Eles chegam a perguntar-me,

provavelmente a vocês também:

- “Quando chegar ao pé do doente não sei como é que me hei-de identificar? …”

- “Então mas porquê?” – pergunto…

- “Oh professora o que é que eu digo?! … “

- “Vamos lá… quem você é?”

- “Então eu sou estudante… sou aluno…”

- “Sim é estudante… Estudante de quê?!...”

- “…de enfermagem! …”

- “então, se calhar é por aí que têm que começar! …”

Isto apenas para ilustrar a preocupação deles e a dificuldade deles em como encetar a relação

com o utente… depois… a parte técnica inicialmente constitui também uma dificuldade, pois

deixa de ser feita em manequins para ser feita em pessoas reais… embora eu penso que os

aspectos principais prendem-se com a relação, que eu acho que é sempre mais difícil para eles…

as dificuldades relativas aos aspetos práticos associo-as à necessidade de treino, bem

supervisado e orientado. Relativamente aos aspectos cognitivos é outra das grandes

dificuldades, mas…perdoem-me mas eu tenho que dizer isto: a questão de não saberem, tem a

ver exclusivamente com a falta de estudo e de empenho e com a “cabulice” deles…

Entrevistador – Com?!

C – …Coma “cabulice” deles, pois se eles não sabem, senão sabem os princípios científicos e

orientadores de tudo o que têm de fazer na prática, é porque o seu desempenho não foi assim tão

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bom enquanto estiveram cá na escola… “colaram umas coisas”… e… para além disso, essas

perderam-nas, porque só estavam coladas e há outras que eles deveriam ir adquirindo ao longo

do estágio mas também não estiveram para isso… alguns deles pensam que ir para estágio,

significa para de estudar e de investigar… pensam que é só chegar lá e fazer umas coisas…

D – …e é o orientador tal que é exigente e os anteriores que não foram… nunca fui orientado

desta maneira, esta matéria não foi dada, ou não foi dada desta maneira… são as desculpas mais

comuns para a falta de estudo…

C – …nunca falei disto na escola, é sempre a desculpa mais comum…

B – …aqui outro aspecto, que há pouco já foi referido, mas que eu acho que é uma dificuldade

típica do 4º ano, eu vejo isto porque se calhar estou dos dois lados da barreira, eles são muitas

vezes utilizados para substituir o enfermeiro orientador… eu como vejo isto acontecer no meu

próprio Serviço… é claro que quando vou ao estágio estou mais desperta para estas situações…

Este ano apanhei duas situações destas nos incidentes críticos…e eu depois quando cheguei lá

percebi… Eles muitas vezes têm dificuldade em nos dizer porque têm receio que isso chegue

aos ouvidos do orientador e então registam isso nos incidentes …

Entrevistador – Vou precisar de virar o disco, mas para retomarmos a conversa, estávamos a

falar de dificuldades dos alunos em ensino clínico percebidas por vós… pareceu-me que na

generalidade a conversa se polarizou nos actores, estudante e orientador e, pouco nos

contextos e nos processos… Querem falar sobre isto?!

E – … Muitos dos estudantes do 4º ano verbalizam, acerca do processo de supervisão do ensino

clínico:

- “Esta orientação não tem nada a ver com os anteriores, os professores não veem cá tantas

vezes… fazem perguntas mas… eu até sei responder melhor…”

e eu às vezes questiono-os: -

- “Porque é que acha que isto está a ser conduzido de um modo diferente dos anos

anteriores?”,

- “Pois é que antes nós também precisávamos de mais acompanhamento, não tínhamos os

mesmos conhecimentos… se calhar agora estou um bocado melhor e mais seguro… já sou mais

autónomo”…

Eles valorizam muito a autonomia… eles gostam de se sentir autónomos… embora no

subconsciente deles a autonomia implica a não necessidade de supervisão… muitas vezes, por

causa disto, eles começam a tecer juízos de valor e a colocar em causa o trabalho dos

profissionais do serviço. Aí temos que os chamar à razão e lembrar-lhes que estão prestes a

terminar o curso mas… mas ainda não são enfermeiros… Mas eu também sinto uma maior

autonomia e segurança, por parte deles, no último estágio… e… sinto, relativamente ao meu

desempenho, que nos primeiros anos sou mais diretiva, por vezes até castradora mas… isto não

quer dizer que no 4º ano os deixe andar à vontade…não é nada disso… consigo é perceber

melhor as lacunas e a “coisa consolidada” em cada um e… eles… também conseguem dar

mais…

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B – …muitas vezes, eles respondem-te antecipadamente… nessa etapa de estágio eles já têm

muito conhecimento consolidado…

E – … exactamente! É diferente… mediante as respostas que eles nos vão dando

antecipadamente, eu assim também vou percebendo o estádio do aluno e vou dando mais

liberdade…OK! vou dando só pequenas pistas e agora trabalhem… a ver se dão o feedback

pretendido… não sei se isto também acontece convosco?!...

C – …Isso acontece de uma forma geral… Eu penso que relativamente aos orientadores do

próprio local de estágio, há dois tipos de orientação que podem ser causadores de stress e de

dificuldades: por um lado o orientador muito rigoroso e exigente, por outro lado, o orientador

que é pouco exigente… estas duas tipologias são muito facilmente reconhecidas pelos

estudantes… eles fazem uma analise critica muito facilmente… Eles precisam de um

acompanhamento contínuo, adequado ao estádio de desenvolvimento daquele ensino clínico,

desde a integração até que termina, há uma evolução que se pretende positiva, supondo que as

coisas decorrem de uma forma natural… portanto… os estudantes acham que necessitam de

uma orientação progressiva e adequada a essa evolução… Isto faz-me lembrar um estudo de

uma colega nossa na área da supervisão, um estudo que ela fez o ano passado, e que tem a ver

com o feedback… Eles precisam que o orientador dê feedback… e o feedback deve ser dado, ou

no final da tarefa, atividade, técnica ou procedimento ou mesmo do turno… o que quer que seja

… a nível de qualquer coisa que eles realizaram, e não só, também nos aspectos relacionais deve

ser dado feedback quer seja no final do dia ou da semana… O estudante gosta e precisa de

orientação mas também de feedback!... Por outro lado, quando a orientação também é

demasiada e… são aqueles enfermeiros… que provavelmente vocês já apanharam alguns… eu,

por acaso, num estágio do 4º ano, há alguns anos… as coisas estavam a correr muito mal para

uma estudante que tinha feito um percurso excelente, é daquelas estudantes que se eu vos

dissesse o nome, facilmente se lembrariam pois, sempre se demarcou pela positiva e, no estágio

Complementar I, eu estava a ver jeitos de ter que reprovar a rapariga e que não havia volta a dar,

estava a ser difícil para mim avaliar a prestação da estudante face à orientação que teve e … e é

assim… o nosso papel aqui é ajudar a estudante a adaptar-se às realidades tal como elas se

apresentam, pois é ela que, de facto, se tem que adaptar à realidade… mas ele há orientadores

muito complicados da a sua própria natureza… de facto, foi muito, muito complicado articular-

me com ele e gerir a situação…

B – …Na minha experiência é engraçado… os estudantes acabam por nos dar mais feedback e

“criticar” os orientadores que são pouco exigentes, do que aqueles que são muito exigentes, ou

seja, a experiência que eu tenho, é que o ser muito exigente, apesar de os alunos se queixarem, é

melhor aceite por eles… É o que Lídia diz: “É suposto ter algum grau de exigência!”, portanto,

é um bocadinho a mais, mas no fim eles veem a diferença, por isso tolera-na… e… eles criticam

quando os orientadores são pouco exigentes, isto já me aconteceu em mais de um estágio….

“Professora como é que o orientador me avalia, se não me pergunta nada, e muitas vezes nem

me observou nas técnicas… Ele deu-me aqui um 18 mas nunca me perguntou nada…”… É por

isto que eu acho que eles são mais críticos quando o grau de exigência é baixo, porque é suposto

assim não ser…

E – …Por acaso isso comigo nunca aconteceu... Pelo contrário, só quando as coisas estão menos

bem é que eles se queixam… e normalmente tem a ver, quando eles passam de um estágio onde

o grau de exigência foi menor para um de maior exigência…até porque o aluno vem do estágio

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anterior com um auto conceito e uma auto estima elevada, pelo que não aceita, que o que mudou

no actual foi o grau de exigência… então atribui as culpas a tudo, menos a si próprio…

A – …Eu acho que há campos de estágio e campos de estágio… os campos de estágio são

pessoas…por isso o grau de exigência reflete o tipo de interação que os orientadores e a equipa

em geral estabelecem com o estudante…

B – …por isso mesmo, grande parte das queixas… ou melhor, das dificuldades dos estudantes

não têm a ver com a estrutura física ou com a equipa multidisciplinar, mas sim, com a equipa de

enfermagem e com a forma como eles são integrados na mesma…

C – …mas os aspetos relacionados com a estruturas físicas também influenciam e, por vezes

bastante… Graças a Deus que o parque hospitalar nacional tem sido remodelado e apetrechado

com novos hospitais…há dez anos atrás era uma desgraça em alguns hospitais até havia buracos

no chão…

B – eu acho que pode ajudar o contexto do serviço, mas…

C – …por exemplo, “Ah! Professora a equipa é esplêndida! Os médicos conversam comigo,

explicam-me coisas, perguntam se eu quero ir assistir as sessões clínicas, dizem para eu vir

mais cedo porque vão debater um caso com os estudantes de medicina, é excepcional!...”

B – Não, isso é verdade. Esse aspecto é importante e eles referem-no como positivo mas,

normalmente, quando há aspectos menos positivos ou mesmo negativos, isso tem a ver

normalmente com a equipa de enfermagem e com a fraca interação da mesma com o aluno…

A – …Eu acho que… os alunos têm que perceber que o curso de enfermagem tem como

objectivo proporcionar-lhes o maior número de experiências possível. E experiências, não é

tudo cuidados intensivos, que é aquilo que a maior parte gosta… não quer dizer que sejam

todos… mas é a maior parte… Há experiências que têm que as perceber… Eu já tive estudantes

em locais de estágio com boas condições físicas, com más condições físicas… O que eu acho…

relativamente aos factores que interferem, numa boa prestação têm a ver com dois aspectos

muito importantes: por um lado, tem a ver com a motivação que o estudante tem em fazer o

curso… obviamente 9,2 é uma treta… “Mas eu quero é lá saber… Sobe-me mas é para 9,5, que

é para eu ter 10 e passar!...” – Eu sei muito bem do que estou a falar…Portanto, uma vertente é

esta, um aluno que está aqui porque quer um curso superior sem muito esforço e a qualquer

preço… até acha estranho, como é que estando numa escola privada, se pode colocar a hipótese

de chumbar… todos aqui sabemos do que estou a falar… Depois há aquele aluno que, de facto,

é interessado, tem motivação intrínseca, porque quer ser enfermeiro e investe, etc, etc… Ora, o

que vai influenciar este aluno, é a forma como ele vai ser acompanhado, essencialmente…

porque o tipo de utentes?!... é Enfermagem… ele percebe que é Enfermagem, seja em contexto

de Centro de Saúde, seja numa Medicina ou seja em que contexto for… Agora a postura de

quem está aqui na escola, se o aluno for bom, mesmo que a postura dos orientadores seja má, se

for apoiado por nós, ele consegue dar a volta… Eu próprio já vivenciei isto… Num estágio, eu

tive um orientador que chamava a estudante de escrava e… Eh pá!... e logo por azar ela até era

de raça negra… mas ela conseguiu… pronto!... Eu afinei com aquilo, não gostei, apoiei-a, pois

não é forma de se tratar ninguém, nem mesmo na brincadeira… Mas a aluna conseguiu dar a

volta à coisa, orientou o seu estudo, focalizou-se no essencial nos objectivos que pretendia

atingir e fez um bom estágio, não foi excelente, mas foi bom…e… depois também depende do

professor que esta a orientar, não no sentido de punir ou estar sempre a fazer perguntas mas, no

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sentido de ajudar a aprender, de ir lá para ensinar… é o que eu costumo dizer… se eu vou lá, eu

espero que aprendam alguma coisa comigo… Claro que há coisas que têm de necessariamente

saber mas…não vou lá no sentido de ser sempre pergunta, pergunta, pergunta,… estamos num

processo de desenvolvimento do aluno, por isso, tenho que dar a minha contribuição, as minhas

pistas, as minhas perspectivas, etc., porque acho isso muito importante, eu acho que isto são

factores importantes tanto para um aluno que quer mesmo ser enfermeiro, ou para aquele que

quer apenas fazer um curso…

Entrevistador – Gostava de vos colocar uma outra questão. Acham que os alunos vão para

estágio possuidores dos conhecimentos adequados e necessários a um bom desempenho?!

Todos – (risos)

B – Temos duas vertentes!

C – …Essa pergunta é um bocadinho provocadora…

(risos…)

B – Pegando naquilo que o Mário disse, tens aqueles que querem mesmo e que trabalham e

estudam antes e durante o estágio e tens aqueles para os quais o estágio é mais uma cadeira,

desde que tenha 9,5… é o que a Lídia diz, os conhecimentos foram colados “a cuspo” para os

exames, não tens maneira de contornar isto, pois no exame ele passou, passou com 9,5, com 10

mas passou… depois chegas ao estágio e começam a emergir as lacunas…

D – …é por causa disto que eu tive um aluno no estágio de 4º ano do ano passado que me disse:

- “Eu nunca fui orientado assim, porque é que não me exigiram desta forma desde o início?!”

ao qual eu respondi:

- “Porque é que você não estudou logo desde o 1º ano?!”

É o que a Paula estava a dizer, eles vão colando o conhecimento, abordam as coisas apenas pela

rama e vão safando-se de ano em ano, só que depois… chegam a um determinado ensino

clínico… porque normalmente estas coisas emergem é em ensino clínico… e as coisa fica

feia… e aí, a culpa é sempre de terceiros… voltamos à história do “eu não dei isto na escola!”;

“nunca ouvi falar!”, “o orientador é muito exigente”, “nos outros locais de estágio os meus

colegas não estão a ser tão questionados”, etc., etc., ou então armam-se em vítimas…

B – eles funcionam por gavetas… o 1º ano está numa gaveta, o 2º está noutra, o 3º está noutra…

e … Depois aqueles que gostam da profissão e estão motivados, fazem um percurso… se calhar

vão estudando um bocadinho de cada gaveta, mas nunca as encerrando definitivamente, assim

quando estão em estágio, voltam lá e vão aprofundar um pouco mais… Os outros que andam cá

mas que, como eu costumo dizer, é para justificar o dinheiro da mesada, vão fazendo umas

cadeiras, mas apenas de vez em quando abrem as gavetas…

A – … João se queres uma resposta concreta e objectiva, eu digo-te que sim, que o

conhecimento que levam da escola é suficiente para o desempenho no estágio. Como te disse, o

fato de todos nós estarmos inseridos na prática, dá-nos uma melhor noção do tipo de

conhecimentos que eles necessitam e em que profundidade necessitam…

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C – …Eu também acho que sim… maioritariamente sim…

A – …Sabes porquê João, porque a maioria deles passa, faz o curso e muitos têm dezoitos,

dezassetes e dezasseis e… também há muitos que chumbam … felizmente… porque nem todos

estão motivados para fazer um esforço durante quatro anos e tirar a licenciatura, por este motivo

ou por aquele… isto tem um grande grau de intensividade e exigência e, eu acho que sim que

eles levam daqui as ferramentas necessárias a um bom desempenho… O curso tem sido

adaptado e ajustado… e se a maior parte dos estudantes consegue… e com muito bom

aproveitamento… eu penso que sim…

D – …tanto que conseguem e são bons no seu desempenho, que fazem o último estágio num

determinado Serviço que, acabam por ficar nesse mesmo Serviço a trabalhar… é porque têm

efectivamente algum valor e… quem esteve lá a avaliá-los da parte dos serviços reconhece-lhes

competência e acha que aquele estudante seria um bom elemento a captar para a equipa…

Entrevistador – Falamos das dificuldades dos estudantes. Agora e tendo como representação

tudo o que foi referido anteriormente, que dificuldades sentiram na supervisão dos estágios?

Como é que vós próprios foram encontrando o caminho para resolver os múltiplos problemas

com que certamente se depararam?

A – … Para mim o mais difícil nestas situações é lidar com o argumento do aluno… é eles

justificarem o que fazem de menos bem com… o que o orientar diz, com o que outro professor

dizia… com que sempre aprendeu na escola… isso é que é o mais difícil… que eu sinto com

mais difícil de lidar… A argumentação que eu utilizo contra isto é clara, é uma argumentação

profissional, é ao nível da escola… ser docente de uma escola, ser o mais objectivo possível,

não deixar que o aluno se desresponsabilize como, muitas vezes, eles querem fazer… porque

isto de dizer que a culpa é de não sei quem e não sei que mais… é sempre do outro, é sempre

das matérias que não foram dadas, é sempre do orientador… o que mais me incomoda é isto, é a

falta de honestidade e de veracidade por parte do aluno e… e parece-me que cada vez é mais

comum isto…

C – …Olha o que eu acho que faço um bocadinho é a técnica de resolução de problemas,

porque o leque de problemas com que nos deparamos enquanto docentes é variadíssimo. Nós já

aqui abordámos de uma forma geral, mas é assim… nós se quiséssemos fazer uma lista de

dificuldades, era enorme… são tudo que é inerente ao estudante, tudo o que é inerente ao

serviço e tudo que é inerente ao processo de supervisão propriamente dito… há grandes áreas

onde estão implícitas várias dificuldades, podendo inclusive misturar-se … acho que quando

vamos para estágio temos que ir preparados para que tudo nos possa acontecer… e possamos ter

que resolver problemas como a Enfermeira-Chefe embirrou que… como me aconteceu agora

neste estágio… embirrou que em Janeiro os estudantes já não podiam ficar com aquele

orientador, nem sequer o número de estudantes poderá ser o mesmo, tem de ser reduzido! …

Estão a ver o problema… nós acordámos este ensino clínico há mais de 6 meses e agora a Srª

Enfermeira quer mudar as regras do jogo durante o processo… Isto só se resolve com técnica de

resolução de problemas… mas o que nos ajuda francamente, na minha opinião, é que nós já

vamos tendo alguma experiência disto e temos outras formas, para além da prática da docência e

da supervisão de estágios, que nos permitem, às vezes, de uma forma mais rápida e efetiva, gerir

estas várias situações … Pelo menos é o que eu sinto, não levo nenhuma arma preparada

comigo, nem nada na bagagem de especial… a não ser toda uma vivência experiencial, já de

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alguns anos, no âmbito da supervisão, que nos ajuda a gerir as situações de forma a resolvê-

las…

E – …eu acho que, conforme dizemos que cada doente é um doente, aqui também, cada

orientação é uma orientação, portanto… temos que ponderar situação a situação… caso a caso.

Os estudantes não são todos iguais, são diferentes e os orientadores também têm todos

características distintas e formas diferentes de ver a supervisão… eu tive uma situação difícil de

erro terapêutico com um aluno e, com outro, ocorreu um problema relacional… Ora, estas duas

situações são distintas por natureza, logo, têm de ser tratadas de forma distinta também… Isto é

só um exemplo, portanto, estas coisas têm que ser vistas situação a situação, caso a caso…

B – Eu nessas situações o que costumo fazer, para além da técnica de resolução de problemas

que a Lídia referiu, costumo pedir uma segunda opinião e para isso costumo pedir a opinião dos

colegas e também aos coordenadores do ensino clínico. Eu acho que acaba por ser importante

esta partilha com os colegas, porque há decisões que são difíceis por natureza e que, muitas

vezes, podem ganhar carácter de problema inter-institucional… Já me aconteceu algumas vezes

eu e o Coordenador juntos ficarmos a olhar um para o outro e perguntar “E agora, que

fazemos?!”. Eu penso que até para o aluno, é importante perceber que determinada decisão não

é tomada apenas por uma pessoa, embora o peso de opiniões é necessariamente diferentes… Eu

no ano passado, embora não tenha sido nos estágios do 4º ano, tive uma aluna muito fraca que

tentou encostar-me à parede dizendo: “Se a professora me chumbar neste estágio, eu mudo de

escola!”… e eu pensei para comigo: “Pronto! agora é que não há duvidas…”

Todos – (risos)

Entrevistador – Esta pergunta é um pouco provocatória! Ela tem uma série de sub-perguntas:

onde, quando, com quem, como, em que circunstâncias aprenderam a ser orientadores?!

Todos – (risos)

B – Olha eu vou falar por mim, uma vez que, provavelmente sou a mais nova… eu acho, já que

não tivemos nenhuma formação para isso, que também se aprende a ser professor e a

supervisionar ao longo do percurso… Eu lembro-me da primeira vez que orientei alunos,

disseram-me: “Você a partir da próxima semana vai ficar com alunos!”… Minto, a primeira

vez que fiquei com alunos ainda era aluna…

Todos – (risos)

B – É verdade! Estava eu a fazer um estágio no terceiro ano, finalista, a uma semana de acabar o

curso, portanto … a Enfermeira-chefe distribuiu-me com a enfermeira que estava a dar apoio à

escola… e eu perguntei:

- “Então…mas… Não estou a perceber!?”, eram alunos do primeiro ano e ela disse-me:

- “Você para a semana não é enfermeira?!” e eu respondi:

- “Espero que sim…” – respondi.

- “Então, hoje fica com a enfermeira responsável pelos estágios, porque para a semana, uma das

suas funções poderá ser orientar alunos…” e eu pensei:

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- “A mulher é doida!…” …e pronto… Por acaso foi uma experiência engraçada e eu lembro-me

bem, porque comecei a ter outra visão, a visão de fora, embora fosse aluna… Digo-te que a

primeira vez que fiquei com alunos, deveria ser enfermeira há 2 ou 3 anos, talvez, eu acho que o

processo de supervisão dos estudantes é uma coisa que se vai construindo… e se calhar até

mesmo aqui na escola eu hoje sou diferente daquilo que era no primeiro estágio que orientei, se

calhar até do último estágio que orientei… Portanto eu acho que há um processo gradual, em

que nós vamos aprendendo muito com os alunos, com as experiências que vamos vivenciando,

com alguns conflitos e situações-problema que vão ocorrendo… Com aquilo que…

C – …Com os resultados que vamos conseguindo…

B – Exactamente!... Vamos aprendendo com as próprias situações, com aquilo que corre bem e

com aquilo que corre menos bem… Se há uma situação que pelas razões A ou B corre bem, se

calhar eu tenho tendência, em circunstâncias semelhantes a usar a mesma estratégia… Eu sou

um bocadinho “chata”, comigo própria, porque no final dos estágios, custa-me um bocadinho

reprovar alunos… Custa-me um bocadinho, não é pelo facto de reprovar mas, sim porque acho

que se poderia ter feito sempre mais qualquer coisa… mas quando tenho de reprovar, reprovo

mesmo… apelo ao meu coração de pedra… Mesmo quando as coisas correm bem, eu acho

sempre que ainda podiam ter corrido melhor… mas se calhar sou eu que sou chata comigo

própria e porque tenha aquela ideia de que o estágio é uma tempo único no processo de

desenvolvimento do aluno, por isso… Bom é melhor que Médio, Excelente é melhor que Bom,

não sei se me faço entender… há oportunidades que não se repetem e das quais se deve retirar

tudo o que elas tiverem para dar… Portanto eu acho que é um processo, um caminho que nós

vamos construindo…

Entrevistador – Olhando para trás consegues encontrar coisas específicas, que te tornaram a

orientadora que és hoje?!

B – Assim de repente… Se pensar no meu desenvolvimento profissional atribuo-o às

aprendizagens que fui fazendo com experiência na prática, fui lendo algumas coisas, procurei

também fazer alguma formação, nomeadamente fiz a formação pedagógica de formadores e

quando fiz a parte curricular do mestrado tive uma cadeira na área pedagógica mas, sobretudo,

eu acho que tem muito a ver com a prática e com as experiências que vamos tendo, com o tipo

de experiências que cada estágio nos proporciona… Há alunos em que se tu efectuares um

acompanhamento mais directivo, conseguem melhores resultados, há outros que,

contrariamente, não precisas de andar tanto em “cima deles” porque sabes que eles

independentemente da tua atitude, vão gerir bem o processo de ensino-aprendizagem… Isto tem

a ver com o que o Mário já disse, que é a motivação… Tu não precisas de os mandar estudar

porque sabes que eles vão… Eu tenho uma aluna que já fiquei com ela em dois estágios e

raramente lhe faço perguntas…Cada vez que eu a visito ela apresenta-me os doentes que lhe

estão atribuídos de uma forma tão completa… e se houver alguma coisa que ela não saiba, ela

toma a iniciativa de ir procurar e até me chama a atenção se eu na visita seguinte não abordar o

assunto… portanto é caso a caso…

A – …Vamos lá a ver… antigamente não havia alunos como há hoje… Hoje dada a quantidade

de escolas e o grande número de alunos nos curso faz com que toda a gente oriente alunos, até

enfermeiros com um ano, dois anos de serviço… Eu lembro-me, no meu inicio de carreira, eu

não orientava alunos, quem orientava os alunos era a chefe de equipa e eu… só passei, de facto

a orientar alunos, depois de ter participado em várias integrações de novos enfermeiros no

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Serviço ou… vinha alguém fazer um estágio pontual e aí eu era designado para colaborar… Foi

aí que eu comecei a tomar o gosto pela supervisão… o meu envolvimento com a supervisão foi

gradual ao longo do tempo… Eu costumo dizer aos alunos que nós, quando começamos a

trabalhar temos referências do que é “um bom ou um mau profissional”, à medida que

envelhecemos tornamo-nos nós em referências, quer queiramos quer não, para o bem e

infelizmente para o mal também..

Entrevistador – Não querendo cortar o teu raciocínio queres partilhar as tuas referências?!

A – …As minhas referências… Tive uma professora da qual me lembro sempre, que me deu

aulas na especialidade que se destacou não só pelo que fazia mas sobretudo pelo modo como

fazia…

D – …Eu não sei se isto acontece com vocês mas eu lembro-me, sobretudo, dos professores que

mais exigentes foram comigo, ainda hoje constituem referências para mim... Obrigaram-me a

estudar, obrigaram-me a trabalhar e eu tenho-os como referências…

A – …mas como eu estava a dizer antes deste parêntese… naturalmente foram surgindo na

minha vida profissional estudantes e a formação que eu tive para os orientar foi a prática, é

saber como se faz, conhecer as normas dos serviços… no princípio, nós não nos preocupamos

muito com a relação, não temos capacidade para isso, somos muito novos… esse é um processo

que não acontece logo, vai sendo desenvolvido com o passar do tempo… até porque no início

nós estamos fascinados com o domínio técnico… com tudo o que aprendemos de novo, depois

então, é que vemos que enfermagem não é só isso…e isto é uma mais valia, esta aprendizagem,

da qual vamos dando testemunho aos nossos alunos pois, nas minhas aulas eu cito muitas

situações por mim vividas para que eles estejam atentos em situações similares… como eu já

disse, eu acho uma grande mais valia para a escola, nós estarmos todos inseridos na prática…

dá-nos outra perspectiva da docência ou, se quiseres, da supervisão…

C – … Eu acho que tem a ver com a motivação e a aptidão para… Há colegas que não querem

orientar e que dizem que não gostam e que não reconhecem em si próprios competências para…

Não querem, não gostam… Eu às vezes costumo dar o exemplo, um pouco a brincar… Eu não

tinha ainda dois anos de curso e houve um concurso para professora na Gulbenkian… e eu,

influenciada por outra colega que tinha tirado o curso na Gulbenkian, fomo-nos inscrever…

Portanto, já estava lá o “bichinho”… Só que coitadas de nós, nem sequer dois anos de curso

tínhamos para poder concorrer mas, digo-vos, aquele currículo que ainda lá tenho em casa,

agrafadinho, com duas ou três páginas já lá falava da necessidade de motivação para o ensino…

Portanto, se calhar isto é um bichinho… se calhar não é por acaso que hoje aqui estamos…

Claro que, para além da motivação depois temos que desenvolver competências docentes, umas

adquiridas formalmente, pela via da formação outras adquiridas na prática, baseadas na

experiência concreta…

B – Eu lembro-me que da primeira vez que me disseram: “Tu vais ficar a orientar um aluno!”,

eu senti uma enorme responsabilidade… Eu pensei: “Eu sou tão nova…”. Naquele tempo, na

Medicina, era fácil chegar a Chefe de Equipa, ao fim de dois anos de serviço já éramos dos

elementos mais velhos do Serviço… Eu senti uma grande responsabilidade quando comecei a

orientar alunos … É o que a Lídia diz, isto, supervisionar, é uma responsabilidade… portanto,

se alguém acha que eu tenho competência para… eu vou mostrar que tenho… Portanto também

acaba por haver algum empenho e algum cuidado, naquilo que tu fazes…

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Entrevistador – Não basta ser enfermeiro para ser orientador…ou basta?

Todos – não basta!

B – Não basta dizer que se quer orientar alunos, até porque tu vês em algumas orientações que a

responsabilidade é algo que passa muito ao lado! Esta constatação da falta de responsabilidade

se calhar resulta em parte, por eu estar dos dois lados, por um lado como docente, por outro

lado, por estar num Serviço que recebe estudantes e que faz muitas orientações… Às vezes,

tenho as minhas dúvidas, se as pessoas têm a verdadeira noção da responsabilidade que é ser

orientador de estágio…

Entrevistador – Poderei deduzir das palavras da Paula que sentem necessidade de formação

em supervisão?

Todos – Sim… Muito…

E – … seria muito útil fazer formação em supervisão, pois, muitas vezes, como já foi dito,

trabalhamos na base do bom senso, da experiência e daquilo que já vivenciamos ao longo dos

anos e… porque, muitas vezes, depois vou refletir e questiono-me se não existiria outra maneira

de fazer isto ou aquilo… tenho que mudar aqui, melhorar ali…

B – eu acho que a formação que é necessária deveria ir, não só, no sentido do reforço do como

ensinar e fazer aprender, portanto uma formação centrada nas Ciências da Educação, mas que se

focalizasse sobretudoe em estratégias reflexivas, pois a reflexão, para mim, é a pedra base da

aprendizagem em enfermagem…

C – …Eu acho que também necessitamos de formação na área comportamental e de atitude…

Entrevistador – subjaz à vossa linha de pensamento a necessidade de formação na área da

relação pedagógica!?

Todos – Sim… sem dúvida…

E – … Eu acho que ia ajudar e muito… muitos de nós achamos que a relação orientador-

estudante durante o estágio é uma coisa normal… eu sou docente, é suposto relacionar-me com

alunos… mas estamos a esquecer-nos de um pequeno detalhe… esta não é uma relação

qualquer… é uma relação profissional, logo temos que a perceber de um ponto de vista

profissional… isto implica ter formação na área da relação pedagógica e nós não somos

preparados para isso nem no curso de base nem depois nas especialidades ou nos mestrados…

B – Eu penso que ter formação em supervisão, em relação pedagógica era essencialmente um

garante para a qualidade da formação dos alunos… pois muitas vezes os estudantes são

incitados a trabalhar à tarefa… “agora vais fazer uma insulina”, “agora preparas a terapêutica” e

não é isso que se pretende… portanto, para intervir nos contextos são necessários fundamentos

teóricos, a formação em supervisão poderá ser facilitador dessa articulação com os contextos…

C – …eu penso que a formação em supervisão clínica deveria ter duas áreas um pouco distintas,

por um lado, formação destinada aos enfermeiros da prática, por outro lado uma formação em

supervisão destinada ao enfermeiro docente, com outra orientação porque, o orientador da

escola, tem funções diferentes dos orientadores do terreno… que podem e devem ser

complementares, mas que muitas vezes não são…

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Entrevistador – Consegues destrinçar essas funções?!

C – …Pode não ser o melhor exemplo mas, se calhar é algo que se nota muito, o enfermeiro do

contexto da prática, acha que não tem responsabilidade sobre o aluno passar ou chumbar… ele

não está lá para isso e, diz-te muitas vezes isto:“Isso é problema vosso, da escola!”… Nós

temos a obrigatoriedade de avaliar o estudante de uma forma global, de forma a que… se o

tivermos de chumbar, não seja com um “coração de pedra” como disse a Paula há pouco mas,

que seja avaliado de uma forma tão objectiva quanto possível, para ficarmos tranquilos face ao

processo avaliativo… Foi o melhor exemplo que me ocorreu agora, da grande diferença que

pode haver entre uns e outros... como te digo, para mim não há confusão nenhuma! Professores

e orientadores têm funções complementares, não se cruzam… Agora acho que essa formação

em supervisão tem toda a pertinência… Como te digo, não sei, não concebo… não consigo

idealizar, se ela deveria ser comum para todos os intervenientes no processo supervisivo, ou

separadamente, não sei… Se eu agora quisesse estar aqui a inventar um curso de supervisão

clínica, por exemplo…

Entrevistador – Essa era a minha próxima pergunta…

Todos – (Risos)

Entrevistador – Como farias?

C – …Eu teria que fazer uma análise bastante profunda da situação, sobre o que é que era

preciso fazer nas instituições de prática clínica e o que é que era preciso fazer para nós docentes

das escolas… teria que fazer uma análise profunda pois, garanto-te que neste momento não me

sinto em condições de poder dizer… talvez porque não concebo que ambas as formações

possam ser exactamente iguais…

D – …elas não podem nem devem ser necessariamente iguais… é necessário elencar… ou

melhor o Wilson Abreu já definiu claramente as funções quer do orientador da escola quer do

orientador da prática…

Entrevistador – E vocês conseguem elencar para cada um, um perfil de competências?

B – Para mim não é fácil… eu sou supervisora do local e supervisora da escola…

Entrevistador – Mas quando “vestes” esses diferentes papéis tens atitudes diferentes?

B – Sim tenho. Tenho atitudes diferentes…

Entrevistador – Então o que é que está por detrás dessas diferentes atitudes?

B – Eu tenho dificuldade em dizer-te, estando dos dois lados, o que é que separaria… Eu tenho,

de facto, atitudes diferentes, mas a minha atitude enquanto orientadora da prática está

influenciada pelo facto de eu ser professora mas, o facto de eu ser orientadora da escola também

mexe na atitude que tenho enquanto a orientadora na prática…

C – … Tu não és o melhor exemplo… tu nunca consegues despir a camisola quer de uma coisa

quer da outra…

B – Consegues ter atitudes diferentes. Há atitudes que eu enquanto orientadora de local de

estágio não tenho, não posso ter, não devo ter… Enquanto orientadora da escola tenho! Até

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porque tu enquanto professor tens um papel e uma responsabilidade diferente… é tua a

responsabilidade do ensino clínico…

E – …Eu fui recentemente orientadora de uma colega da especialidade… e foi estranho, porque

costumo ser eu a estar do outro lado, sou eu a professora que vai ao local de estágio visitar ou

avaliar o aluno… Agora era estranho… era eu que estava no Serviço e vinha outra pessoa, da

escola… fazer, digamos… o meu papel… e… e houve ali um estudo mútuo…

D – …E não dás agora mais valor àquela pessoa que vai lá da escola, do que davas

anteriormente?!...

E – …Dei, dei valor… até porque eu acho, que dada a duplicidade da nossa função, temos

necessariamente um outro olhar sobre a orientação de estudantes em ensino clínico… mas foi

estranho…

D – …Eu perguntei isto, porque eu sinto que às vezes nós, orientadores da escola, vamos aos

Serviços e… como hei-de dizer… as pessoas parece que não ligam… percebes… tu chegas e

nem cumprimentam… não para perguntar o que pretendes… há um distanciamento muito

grande…

E – …Não… foi valorizado com certeza… Mas houve um estudo mútuo para tentar perceber

onde é que a orientadora da escola queria chegar… as pistas que ia dando à colega, para

encaminhar todo o percurso e os objectivos que se tinha proposto atingir… Eu para ajudar, pois

nesse momento era co-responsável daquele processo de ensino-aprendizagem, também tinha

que perceber o que a professora pretendia daquele estágio para poder ajudar a colega, a aluna…

e digo-te, nem sempre foi fácil…

D – …Não te sentes, enquanto orientadora do Serviço, um agente mais facilitador do processo

de ensino, do que como orientadora da escola?!...Não notas isso…

E – …Sim… Sim, para mim é claro que sou mais facilitadora, enquanto orientadora no meu

local de trabalho do que enquanto professora… Tenho perfeitamente essa noção…

B – Eu penso que um papel facilita o outro…

C – …Estou aqui a tentar pensar sobre tudo o que está a ser dito. Para mim, se calhar é mais

fácil um orientador da escola dar pistas a um estudante, para ele resolver um problema com o

seu orientador da prática, do que o contrário…porque…

E – …Por acaso, eu penso exactamente o contrário… eu vivi exactamente o contrário…

C – …Eu penso que é uma questão de responsabilidade… nós temos uma responsabilidade

enorme no processo de orientação do aluno…

B – Eu acho que isso tem a ver com a supremacia da escola sobre o processo de ensino-

aprendizagem… eu estou no local posso gerir o projecto do estudante… Porém, ele tem sempre

que ser validado pelo docente…

C – é capaz de ter a ver com isso…

D – …Eu acho que tem muito a ver com isso…

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C – Tem João, tem…

E – …Eu não vejo a coisa em termos de supremacia da escola face ao contexto, é um espaço e

um tempo que as pessoas que estão envolvidas na orientação podem, se se disponibilizarem para

isso, enriquecer-se muito… portanto, eu vejo a coisa mais em termos de partilha… eu de cada

sítio, de cada ensino clínico, eu trago mais riqueza, mais saber e tem a ver com a interação com

os colegas da prática…

Entrevistador – Ainda bem que tocaste nesse ponto. O quê? Consegues isolar coisas que,

quando vais com os alunos para estágio, trazes essa mais-valia? O quê concretamente?

Consegues isolar?

E – … Cada local é um local específico, no qual fazem determinadas acções, procedimentos,

aquilo que queiras… e se fazem determinado procedimento de uma forma ou de outra, eu

questiono porque fazem daquela forma, quero saber onde sustentaram aquela prática… quero

saber as razões… apenas para fazer este raciocínio simples: “eu faço desta forma, eles lá fazem

daquela… então, vamos lá a ver qual destas práticas é a melhor, qual é mais vantajosa para o

doente…”Se calhar, face a uma determinada situação temos mais de uma possibilidade de

prática… Ora, isto de tomar contacto com a prática é com certeza uma riqueza para mim… a

possibilidade de eu transpor determinadas práticas para outros contextos e muitas vezes alterar a

minha prática de ensino…

B – Efetivamente o contacto com a prática permite-te trazer algumas experiências e até alguns

conhecimentos novos… Eu estou a lembrar-me, no ano passado, num dos estágios, em que uma

das alunas me dizia eu hoje fui ver a técnica X, fazer…(não me lembro agora especificamente o

que era), e eu disse:

- “O quê?! Que técnica é essas?”

e ela disse:

- “Foi muito giro professora, eu até tenho lá uns apontamentos com umas imagens muito giras,

que me deram…”

- “Então, há-de trazer, porque eu não conheço essa técnica...”. A miúda ficou muito

surpreendida com o meu comentário… eu penso que até ficou com um misto de surpresa e

dúvida, sobre se a minha intenção era verdadeiramente essa ou se era validar os conhecimentos

dela… Portanto eu acho que a orientação de alunos, permite-nos uma série de experiências…

D – …Essencialmente permite-nos tomar conhecimento de técnicas novas…

B – São técnicas de áreas que não são as nossas…porque… acabamos por estar muito

focalizados nas nossas áreas de intervenção… sabermos muito da área em que trabalhamos e

das áreas em que vamos colaborando em termos de ensino…mas tudo o resto, passa-te um

pouco ao lado. Por exemplo, eu este ano fiquei com um grupo de alunos que estavam a fazer o

estágio de urgência… eu trabalho nos cuidados intensivos, mas existe muita coisa da área da

urgência que eu apenas sei do que aprendi no curso de base ou… do senso comum… Mas há

muitas coisas que eu não domino. Por exemplo, em termos de Triagem de Manchester e outras

coisas, eu senti a necessidade de ir estudar, para poder acompanhar os alunos… portanto é isso

que te acaba por trazer…Houve também uma vez, que todos me escreviam uma coisa, que eu

não sabia o que era… Tive que ir ler… Tive que me ir informar, antes de lá ir discutir com os

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pequenos… É verdade… Isto passou-se comigo… Neste aspecto os ensinos clínicos são

bastante exigentes… é necessária uma constante atenção e busca de conhecimentos, estudo

autónomo… pois os orientadores são muito sensíveis às “nossas zonas de não conhecimento”,

como se ser docente implicasse saber tudo…

E – …Eu nessas situações, faço questão de dizer aos alunos quando estou a orientar nessas

situações (em que eu tenho a perfeita noção de que não sei tanto quanto deveria saber), digo-

lhes:

- “Meus amigos, aqui também vou ser aprendiz. Vou ajudar-vos, vou investigar e documentar-

me, para juntos conseguirmos…”, portanto, independentemente de se ser, docente ou orientador,

a supervisão de alunos em estágio implica necessariamente uma actualização constante…

D – …Sem dúvida… e eles às vezes lembram-se de cada coisa…

Entrevistador – A Lídia de algum modo já abordou esta questão, esta é a minha última

questão mas gostava que a revisitássemos… Se este grupo que aqui está fosse convidado para

planear os próximos ensinos clínicos do 4º ano, como fariam? Baseados na vossa experiência

como organizariam os ensinos clínicos?

E – …Face à oferta actual, não me parece tarefa simples… é complicado!

Entrevistador – Explicita melhor essa ideia…

Todos – (risos)

B – Eu penso que, se calhar, consigo dizer-te o que ela está a pensar… Neste momento, face ao

contexto das organizações e à alteração das políticas da saúde, está a tornar-se muito difícil,

manter-se uma relação… ou seja, nós trabalhávamos em organizações onde toda a gente se

conhecia… Neste momento quase ninguém se conhece… Portanto, eu presumo, pois nunca

organizei nenhum ensino clínico… eu presumo que cada vez é mais difícil chegarmos às

organizações… Se nós próprios, dentro da organização, temos dificuldades em comunicar… eu

presumo que quem vem de fora sentirá essa mesma dificuldade ainda de forma mais intensa…

E – …Temos, porque não somos nós que decidimos que queremos este ou aquele campo de

estágio, nós pedimos campos de estágio para determinadas áreas e, depois, a Direcção de

Enfermagem… ajuda-me Lídia que estás mais dentro deste aspecto do que eu… é que diz quais

são os locais onde há maior disponibilidade para a realização do estágio… eventualmente

será…

B – Como este trabalho é feito ao nível da Direção, os serviços escolhidos são aqueles que se

oferecem voluntariamente, ou então são aqueles que veem nos alunos mão-de-obra barata para

colmatar as necessidades de pessoal… não definem as equipas…

C – Escolhem as equipas um bocadinho à toa…

B – E depois dizem aos chefes de Equipa:

- “Tu tens que meter três alunos na equipa!” e o Chefe de Equipa responde:

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- “Mas eu não tenho onde meter os alunos, aquele vai de férias, aquele não está capaz de

integrar, o outro não sei quê…, a outra vai de licença de parto, aquele não quer”, etc., etc…

Mesmo que ele não queira, a resposta é:

- “não interessa, tens que ficar com três!...” e depois… é o que se vê…

Entrevistador – Se calhar isso pressupõe qualquer coisa a montante! …

B – É pressuposto que as Escolas e as Organizações de Saúde, preparem previamente e em

conjunto os ensinos clínicos… Como é que isto se operacionaliza?! Não perguntes que eu não

faço a mínima ideia, só sei que na região de Lisboa, muito pontualmente esse trabalho é feito…

C – Desculpa. Não sei se percebi…

B – Eu acho que entre as Organizações de Saúde e as Escolas tem de haver uma… não sei se

parceria… mas no mínimo, uma melhor articulação, um melhor entendimento…

C – Uma comunicação mais eficaz!

B – Sim. Uma comunicação mais eficaz, de modo a que, os ensinos clínicos possam ser melhor

planeados e concretizados… O que eu noto, neste momento, é que são um pouco “impostos”…

D – Eu acho que se fosse possível e… estou a ter como representação a minha experiência de

orientação de estágios em Stª Maria, que é um hospital grande, que se fosse possível… existem

uma série de Serviços que têm sempre disponibilidade, têm sempre abertura, estão sempre

dispostos a colaborar nos ensinos clínicos e a ensinar… Há outros serviços que… desculpem-

me, mas as coisas têm que ser ditas… tenho sempre a sensação, que fazem sempre um “frete”

um “favor”, em receber os alunos… Eu sei que isto não é possível, mas, se fosse possível um

entendimento directo entre a Escolas e os Serviços que prontamente nos recebem os alunos… eu

sei que não é possível e que isto não é fácil… Mas há serviços onde nós entramos e parece que

entramos na nossa casa e, há muitos serviços novos, mas somos sempre bem recebidos,

sentimo-nos à vontade, os alunos sentem-se à vontade, porque existe alguém sempre muito

disponível para os apoiar e os ensinar… em que eles ao fim de uma semana fazem parte daquela

equipa, e depois temos outros serviços… onde nós entramos e… e… sentimos de imediato que

não somos bem-vindos… ficamos hesitantes a pensar: “como é que eu vou entrar ali?!… O que

é que eu vou dizer hoje?! Como é que vai ser?!”

B – Lá vem aquela chata!...

D – Exactamente!... Nunca têm disponibilidade para nos receber… Eu sei que não é fácil…

Todos – (risos)

B – Depois é o outro lado…eu também vivencio este problema… eu, muitas vezes, não tenho

verdadeiramente tempo… Por outro lado, o meu problema é meterem-me três alunos na

equipa… Ter alunos significa que os ritmos de trabalho são necessariamente mais lentos… eles

não têm, nem podem ter, a rapidez de um profissional… e… e isto consome muito tempo…

tempo esse, que mesmo sem alunos já raramente chega…

C – Eu acho que não é fácil os Serviços darem resposta… mesmo quando nós somos um serviço

simpático… Há várias condicionantes que favorecem essa indisponibilidade e, tanto quanto me

parece, nestes últimos 3 anos, que foi quando eu deixei a gestão de um Serviço, as coisas ainda

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se agravaram mais, pelo que me dá a entender, na minha relação com os diversos locais de

estágio e tendo em conta a última legislação que saiu parece que ainda veio favorecer mais as

dificuldades de disponibilidade para ter estágios… Como docente, as dificuldades que eu sinto

são enormes. Eu devo dizer-vos, que sinto mais dificuldades na área da gestão de um estágio,

sinto mais dificuldades aqui como docente do que como Chefe de um Serviço… Os problemas

dos Serviços que condicionam um estágio têm essencialmente a ver com: uma equipa instável,

por exemplo; tem a ver com a sobrecarga de trabalho e a consequente desmotivação dos

profissionais… Já tens três coisas do mais pesado… Se vocês se lembrarem de mais alguma…

acrescentem… Uma equipa instável por motivos de férias, porque há entradas e saídas de

pessoal, porque são novos, porque metem atestados, porque fazem trocas inopinadas, enfim…,

as coisas mais mirabolantes. A desmotivação porque é uma realidade, cada vez são feitas

maiores exigências aos enfermeiros e as remunerações são o que sabem… A sobrecarga de

trabalho, não necessita de grandes explicações… e apesar de tudo isto continua-se a colaborar

na supervisão dos alunos… Como docente a minha grande, grande, grande dificuldade é

arranjar campos de estágio. Depois, a segunda, é quando arranjo campos de estágio, arranjar

campos de estágio adequados… e vem dar um pouco aquilo que tu (Lena) estavas a dizer…

Pronto ainda bem que nos deram aqueles campos de estágio, eu quero lá saber quais são…

Lamento imenso, mas eu quero lá saber… consegui lá pôr X estudantes que me fazia falta… Eu

penso que a desmotivação não vai terminar e a sobrecarga de trabalho também não, antes pelo

contrário…

B – …e as equipas instáveis, também não…

E – …Vai haver cada vez mais mobilidade… as pessoas estão a começar a imigrar…

C – Ou não… não sei… vamos ver o que isto agora também vai dar em termos de mobilidade,

face ao desemprego que se está a verificar… Outra questão ainda, tem a ver com os novos

desígnios da Ordem dos Enfermeiros, com Modelo de Desenvolvimento Profissional, com a

certificação dos locais de estágio, criando uma espécie de “Serviços Escola”, ou pelo menos foi

assim que eu entendi… Como é que esses Serviços vão ser Certificados?! Como é que uma

quantidade tão grande de internos por ano, vai ser encaminhada para esses serviços se eles já

mal comportam os alunos das licenciaturas e de especialidade, etc., etc., … Parece-me que

estamos no início de… de um revolução na formação em enfermagem, quer na formação inicial

quer na formação de especialistas… Aguardemos…

Entrevistador – A minha entrevista terminou, não sei se querem acrescentar alguma

informação que considerem pertinente?!

(Silencio)

Entrevistador – Sendo assim, resta-me agradecer a vossa disponibilidade…

Vários – Boa sorte para o teu trabalho!

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ANEXO VII – Guião da Entrevista aos estudantes

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TEMA: A prática Enquanto lugar de formação, de trabalho e de produção de saber na formação inicial em enfermagem

ENTREVISTADOS: Dois estudantes por cada escola participante no estudo

OBJECTIVOS GERAIS:

Obter elementos que caracterizem as representações dos enfermeiros recém-formados, relativamente à prática enquanto dispositivo de

formação inicial.

Perceber o quê e o como se ensina e se aprende especificamente na prática em contexto de trabalho e qual o contributo docente para esse

efeito.

Recolher informação sobre as práticas geradoras de dificuldades e problemas no quotidiano da prática em contexto de trabalho

Conhecer as expectativas dos enfermeiros recém-formados quanto a uma possível revisão da componente prática da formação inicial de

enfermeiros.

BLOCOS TEMÁTICOS OBJECTIVOS ESPECÍFICOS FORMULÁRIO DE QUESTÕES TÓPICOS

A - Legitimação e

motivação para a

entrevista

Legitimar a entrevista.

Motivar o entrevistado

Informar o entrevistado acerca das linhas gerais da

investigação

Solicitar a colaboração do entrevistado,

evidenciando o carácter indispensável dessa

colaboração para o êxito do trabalho

Assegurar o carácter confidencial das informações

prestadas e que a entrevista tem apenas o propósito

de recolher as informações necessárias ao

Tempo médio previsto

para a entrevista: 60

minutos

Responder de modo

claro, breve, conciso e

preciso a todas as

perguntas do

entrevistado.

Esclarecer as dúvidas

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desenvolvimento de um trabalho académico

Pedir autorização para gravar a entrevista

do entrevistado sem

desvio dos objectivos

específicos de cada bloco.

B – A prática em

contexto de trabalho na

formação inicial em

Enfermagem (no

quadro do ensino

clínico)

Recolher opiniões acerca

das representações que os

enfermeiros recém-

formados, têm acerca da

prática enquanto dispositivo

de formação inicial

De todos os ensinos clínicos que realizou, qual o

que mais gostou? Porquê?

Qual o que menos gostou? Porquê?

Num olhar retrospectivo, quer falar sobre os

diversos ensinos clínicos que realizou no decurso da

licenciatura em enfermagem e qual o contributo dos

mesmos para a sua actual prática.

Aspectos relacionados

com:

- Contextos

- Processos

- Actores

C - Aquisições

específicas da prática,

efectuadas pelos

estudantes e contributo

docente para esse efeito

Identificar o quê e o como

se aprende e se ensina

especificamente na prática

em contexto de trabalho e

qual o contributo docente

para esse fim.

Em sua opinião, o quê, especificamente aprendeu

na prática? Poderia ter feito essas mesmas

aprendizagens nas aulas teóricas ou nas teórico-

práticas? Explicite?

Pensando em todos os ensinos clínicos pelos quais

passou, quais foram os momentos particularmente

difíceis para si?

Terão essas dificuldades influenciado a sua

Competências

adquiridas|desenvolvidas

em ensino clínico:

- Cognitivas;

- Relacionais

- Técnicas

- Metacognitivas

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aprendizagem? Explicite?

Que estratégias utilizou para ultrapassar as

dificuldades referidas? Estava preparado(a) para

resolvê-las? Porquê?

Que apoio|acompanhamento teve por parte dos

seus orientadores para ultrapassar essas

dificuldades?

Imagine que um estudante de enfermagem lhe

pedia alguns conselhos para ser melhor sucedido em

ensino clínico. Que conselhos lhe daria no sentido de

facilitar a sua aprendizagem?

Terão os diferentes locais de ensino clínico

- Sociais

Houve alguma situação

concreta que teve

dificuldade em resolver?

Possuía os conhecimentos

teóricos, técnico-

científicos e

Relacionais necessários à

resolução do problema?

Que estratégias facilitam o

como aprender em ensino

clínico?

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contribuído de modos deferentes para a sua

aprendizagem? Explicite?

O que acha que mais facilitou a sua aprendizagem

em ensino clínico? E o que dificultou?

- Supervisor/Docente

- Equipa de Enfermagem

- Equipa multidisciplinar

- Área de Ensino Clínico

- Recursos Humanos e

Materiais;

- Número de alunos por

serviço:

- Duração Ensino Clínico

- Oportunidade para

participar nas actividades

Supervisor, docente,

equipa, colegas,

conhecimentos teóricos,

pesquisa, entre outros…

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Pense nos orientadores que teve no decurso dos

diversos ensinos clínicos. Como e em quê, eles

contribuíram para a sua aprendizagem e

desenvolvimento profissional?

Que características do orientador

contribuíram/facilitaram a sua aprendizagem e

desenvolvimento profissional?

Características: idade,

género, experiência

pedagógica supervisiva;

formação pedagógica

geral, formação técnico-

cientifica em enfermagem;

características pessoais;

bom conhecimento dos

contextos…

D - Expectativas quanto

à formação desejada

Recolher opiniões e

expectativas quanto à

formação que desejada

Hipoteticamente, se pudesse voltar a traz e repetir

os ensinos clínicos, que faria de diferente?

Se pudesse participar na

programação/organização dos ensinos clínicos que

alterações introduziria?

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E - Informações

complementares

Recolher elementos de

carácter complementar

Pedir ao entrevistado para referir aspectos que não

tenham sido questionados/abordados e que

considere relevantes.

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ANEXO VIII – Ficha Biográfica dos estudantes

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FICHA BIOGRÁFICA (Estudantes)

IDENTIFICAÇÃO

Género:

Idade:

Local de Residência:

FORMAÇÃO INICIAL EM ENFERMAGEM

Data de Inicio do CLE:

Data de Fim do CLE:

Reprovou em Algum Ensino Clínico durante a sua formação inicial em enfermagem? Se

sim, qual?

Que pensa ter motivado tal acontecimento? Razões mais de ordem teórica

(conhecimentos) ou razões de ordem prática (competência na prestação de cuidados)

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL

Tempo global de serviço como enfermeiro:

Exerce funções no âmbito dos cuidados de saúde primários ou cuidados diferenciados:

A Prática enquanto lugar de formação, de trabalho e de produção de saber na formação inicial em enfermagem

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ANEXO IX – Protocolo de uma Entrevista Semi-Estruturada aos

Estudantes

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Entrevistador – Penso que os estágios devem ainda estar frescos, e eu gostaria de saber o

seguinte: de todos os estagios que fez ao longo do curso, qual é que mais gostou e porquê?

A – Gostei muito do último, do estágio de cuidados intensivos respiratórios. Gostei mais porque

tinha mais liberdade, sentia-me mais autónomo. Tinha a formação toda dos quatro anos, e no

final desse periodo já tinha alguma bagagem, em que poderia demonstrar os meus

conhecimetnos, e porque o espaço em si também, por ser reduzido, eram intensivos e o ratio

enfermeiro/doente era mais reduzido dava para eu ter mais tempo como o meu orientador para

explorar mais profundamente todos as vertentes, as patologias, a farmacologia, até mesmo a

relação com os utentes e a família... Por outro lado, tinha um tipo de relação com o meu

orientador, que era muito diferente da qual eu tinha tido com outros orientadores, era uma

relação mais aberta, que conheci antes em outros estágios, mas havia mais amizade entre os

dois, havia mais liberdade para poder explorar as situações clínicas, quer dizer, existiu um à

vontade maior e o estágio acabou por correr bastante bem... mas foi pelo local e por eu já estar

no 4º ano e, claro, também pelas características do orientador...

Entrevistador – Pelo local, como assim? O que que o local tinha de especial?

A – o local em si por ser ... hum... era uma unidade de cuidados intensivos respiratória, uma

área que eu gosto bastante, tinha feito outros estágios em pneumologia, não naquele hospital, é

uma área que eu gostava, o número de doentes não era tão exaustivo, como nas medicinas, é um

número de doentes em que dava para investir mais, do ponto de vista, de conhecimentos nos

doentes, havia mais tempo para desenvolver as atividades, para poder parar, pensar sobre todos

os doentes, o que é que se passa com cada um deles, verificar as necessidades específicas de

cada um, priorizar e adequar os cuidados a cada um... Nos outros estágios, às vezes, não havia

tempo suficiente, era sempre tudo a correr, tinha sempre muita dificuldade em realizar o estudo

de caso, pois se procurasse aprofundar os conhecimento nesse doente não conseguia aprofundar

nos outros... Neste estágio dava perfeitamente, dava tempo até de sobra, nas manhãs, nas tardes

ou até nas noites, podia estar ali a explorar, o que é que se passava com o doente, falar com os

familiares e integrar toda essa informação com aquela que estava disponivel no sistema de

informação, visto a lotação ser só de 8 doentes, e pronto e depois também a parte da acção de

formação que fui desenvolver, muito ligada aquilo que nós fazemos todos os dias, portanto, deu

perfeitamente para fazer a acção de formação, investir nos doentes com aquilo que fiz na acção

de formação e ainda ter tempo para ver outros casos de doentes que normalmente não me eram

atribuídos... Em outros locais não dava, nas medicinas eram muitos doentes, não dava para

ficarmos só ali com dois doentes doentes e pronto! Acabavamos por prestar cuidados a todos,

mas não ficarmos a conhecer especificamente nenhum doentes... erámos, por assim dizer, carne

para canhão... interessava era fazer muitas coisas... na parte de cirurgia que fiz na ortopedia foi

praticamente a mesma coisa, por isso eu digo que este último estágio foi diferente em todos os

aspetos...

Entrevistador – muito bem, e agora o reverso da medalha e qual é que gostou menos e

porquê?

A – Existiram dois que gostei menos, um foi o de obstetricia porque é uma área que para mim

não tem muito interesse, gostei apernas do bloco de partes mas ... ahhh... não me cativa assim

muito a especialidade de obstetricia e depois o outro foi a psiquiatria... O estágio de psiquiatria

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foi mais uma espécie de desilusão, pois eu tinha gostado muito das aulas teóricas, da

psicopatologia, da enfermagem psiquiátrica mas, depois, o estágio vei deitar por chão todas as

minhas expetativas, porque os cuidados praticados em saúde mental não tinha nada a ver com o

que tínhamos aprendido... Talvez eu tivesse querido muito... como é que hei-de dizer, eram

doentes quase geriátricos e então não havia muito investimento da parte da enfermagem nos

cuidados aos doentes, muitos dos enfermeiros, faziam ali o seu duplo emprego, portanto, o seu

duplo é como se fosse um bocado o descanso que eles teriam ali... Só as manhãs é que eram um

bocado mais ativas, tinham que se fazer as higienes, fazer alguns pensos... nas tardes era só, por

assim dizer, juntar os comprimidinhos, dar os comprimidos, orientar mais ou menos as coisas

para os doentes irem deitar, nas noites era só vigilância, e não havia investimento algum da

parte da enfermagem... Nós fizemos várias actividades, mesmo assim era um bocado

complicado porque a enfermeira chefe, na minha opinião, era uma pessoa pouco acessivel, um

bocado complicada de trabalhar, deixava-nos muito pouco à vontade, e não conseguimos fazer

ou não tornámos o estágio uma coisa agradável... Promovemos vários passeios com os doentes,

mas era uma coisa muito limitada: durante uma hora podíamos ir dar um passeio com um

doente, não se podia fazer muito mais por estes doentes, segundo a enfermeira-chefe pois eram

doentes com patologias profundas e em estadios muito avançadas... Esta postura deixavam-nos

um bocado frustados porque queriamos fazer várias coisas em grupo, queriamos fazer

investimentos em termos de terapia de grupo e não podiamos porque era o que nos diziam:

“Estes doentes estão num estádio muito avançado, não podem retirá-los muito da sua rotina

porque depois descompensam!...”. Havia muitos entraves à nossa acção apesar de termos

conseguido fazer algumas das intervenções de acordo com os nossos objetivos de estágio, mas

houve sempre aquela resistência um bocado da parte da equipa de enfermagem, mais da

enfermeira-chefe, que nos deixou não muito satisfeitos com o estágio... Depois também a forma

como os enfermeiros e alguns auxiliares lidavam com aquele tipo de doentes que a meu ver não

era muito correta... por vezes, nos banhos e nas higienes as coisas não eram feitas da melhor

maneira, até a linguagem dos profissionais para com os doentes não era nada profissional... Por

vezes, partilhava isso com os meus colegas, tipo desabafo... e nessas conversas com os meus

colegas, costumávamos partilhar o seguinte pensamento: “Quando formos profissionais, pelo

menos, sabemos que não queremos fazer nada do que se está aqui a fazer, não queremos ser

assim...”, portanto, em termos de aprendizagem, aprendemos algumas coisas também pela

negativa, embora eu acho isso uma forma muito triste de aprender...

Entrevistador – Uma boa deixa para a pergunta seguinte, tendo como representação os

estágios que fez ao longo da licenciatura, como é que essas experiências nos diversos contextos

contribuiram para a construção do profissional que é hoje?

A – Eu, às vezes, utilizo como referência o que aprendi com alguns orientadores de estágio.

Existem também várias coisas que nós aprendemos por nós próprios nos estágios, vamos

aprendendo um pouco por tentativa e erro, mas cresci mais com o utilização dos modelos de

práticas dos vários orientadores que tive, houve bons e maus orientadores... então eu utilizava

sempre as suas recomendações sempre utilizei e, hoje, ainda me lembro delas quando faço

determinadas intervenções... Pensava sempre: “Quando for profissional ... esta coisa que ele

acabou de fazer, este pequeno truque, esta forma de fazer que ele utilizou, gostava de não me

esquecer dela, gostava de ficar com ela para mim...”, ás vezes, dava comigo literalmente a

imitar o meu orientador, no sentido até de várias situações que via, a maneira com o meu

orientador falava com os familiares, quando existiam situações delicadas, em situações

terminais em que o doente não melhora nem piora e que eu me sentia um bocado frustado por

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ver uma pessoa, um familiar, no seu luto e, muitas vezes, a chorar e eu sentia-me impotente

naquela situação que não queria chegar ali e dizer palavras vãs como: “Tenha calma!... Não

chore!...”, por acaso acho que não é das melhores abordagens, sentia-me um bocado chateado

por não saber como lidar com essas situações, e depois observava o meu orientador a falar e a

utilizar maneiras de falar tão adequadas, maneiras de comunicar tão assertivas, que eu pensava

para mim: “Quero aprender a comunicar assim, quero utilizar isto, quero roubar isto, entre

aspas, e adoptar para mim próprio no futuro...”. Outro exemplo, foi nas técnicas de

enfermagem, por exemplo, nas ou algaliações, não posso perder muito tempo, por assim dizer, a

fazer tal como eu aprendi na escola a preparar os campos, porque não tenho nem o material

adequado e também não tenho muito tempo para isso com o número de doentes que tenho a meu

cargo, é preciso ser rápido! Então aprendi muito com uma orientadora que mesmo que não

utilize o material preconizado teóricamente, se mantiver os principios da asépsia de modo a

prevenir a infeção, posso utilizar o próprio campo das luvas, portanto aprendi a técnica para que

o prinicpio esteja lá apesar de não utilizar o mesmo material e não fazer da mesma maneira...

Então, muitas vezes, recordo sempre essa acção dos orientadores como um modelo e acho que

muitas vezes aprendi muito com esses pequenos truques, entre aspas, com estas maneiras de ser

dos orientadores para meu próprio benefício... Tive também um bocado de espirito critico na

altura e falava destas descobertas que ia fazendo com vários colegas meus... Eu gostava de, ver

aqueles enfermeiros mais velhos, já com 40, 50 anos a fazerem os turnos calmamente e na sua

paz de espirito enquanto os enfermeiros mais novos sempre muito confusos muito atarefados

que me tratavam-me com um ar superior, os enfermeiros mais velhos eram mais simples e

acessíveis na sua forma de estar e muito mais disponíveis para ajudar apesar dos muitos doentes

que tinham para cuidar... É claro que essa segurança lhes vem dos muitos anos de exercício

profissional... Eu sempre utilizei nos meus estágios o modelo de olhar e de imitar aquilo que

achava serem boas práticas, porém, também nunca me abstive de questionar e criticar sempre

que... muitas vezes, nós vemos práticas menos corretas, ou coisas nós não gostaríamos de ver,

nessas circunstâncias há que procurar intervir e se calhar mudar um bocado. Quando sentia

abertura, comentava com orientadores de estágio, coisas menos boas que tinha observado,

embora não pudessde fazer isso com todos... eu era apenas um aluno de enfermagem não podia

falar muito sobre essas coisas para não ser prejudicado, mas depois comentava com os meus

orientadores de estágio da escola, às vezes até escrevia sobre isso nos incidentes críticos ou nos

portfólios, descrevia a situação, e depois escrevia o que é que eu acho que é correcto, para

depois quando eu for profissional tentar agir da melhor maneira...

Entrevistador – Falou aí de bom orientador, de orientador menos bom, o que é que é para si

um bom orientador, dito de outro modo, que caracteristicas é que um “bom orientador” deve

ter?

A – orientador para mim é, ... é um bom exemplo, ahhh... os orientadores bons mesmo havendo

situações que não são éticamente correctas, por assim dizer, às vezes, são profissionalmente

aceites, isto é, vi várias situações em que na teoria, aprendi várias situações em que viessem a

ser feitas, mas pelas situações que encontrava no serviço, poderia não ser a parte mais correcta

de fazer, isto parece um bocado confuso mas onde quero chegar é... um bom orientador para

mim é alguém que dá o exemplo, que nos faz perceber que profissionalmente, às vezes, temos

de agir de outras maneiras ... como é que hei-de dizer.. pronto, partindo de outro ponto, dando a

volta de outra maneira, alguém que dá o exemplo e nos mostra como é ser enfermeiro, em todas

as áreas, parando para pensar connosco no tempo e na situação, não ignorando os nossos medos,

os nossos receio porque, muitas vezes, o que eu senti é que os meus receios, os meus medos não

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eram muito bem resolvidos, não eram muito bem falados... Quando eu tinha um orientador que

me apoiava, ou um bom orientador, no caso deste ultimo orientador: “Não é ridiculo aquilo que

estás a pensar, eu compreendo a tua situação, não tenhas medo nesta situação, porque é

normal eu também estive na tua situação, e quando estava a fazer o meu utlimo estagio,

também eu fiz exatamente o pensamento que tu agora fizeste!...”. O bom orientador é alguém

que desenvolvia um racíocinio crítico connosco, pensava, parava, e que fazia equipa connosco.

Um mau orientador, ou um orientador menos bom, é aquele que estava ali apenas para fazer o

mínimo, manter sempre o serviço, falar um bocado connosco da parte da orientação do serviço

mas pouco mais, é como se fosse: “Olha tu andas sempre atrás de mim, vais aprendendo, vais

vendo se tiveres alguma dúvida pergunta mas, de preferência, pergunta pouco...” se eu não

tivesse dúvidas nem sequer havia grande interação, passaríamos o turno praticamente sem falar

um com o outro... Por acaso eu perguntava muito, mas como havia colegas meus, como não

sabiam não perguntavam para não se exporem tanto e chegavam ao final do estágio, ao dia da

avaliação e não tinham aprendido grande coisa... A orientação deles era também uma rotina,

todos os dias chegava lá, vamos fazer as higienes, dar a medicação, e pronto chegamos ao final

de tudo, está tudo feito e não falamos sobre nada do que se fez ao longo do turno... Como o

aluno não cometeu nenhum erro clinico, foi desenvolvendo as intervenções sem grande

sobresalto, está tudo bem, e chegamos ao final do estágio, e tens a tua avaliação feita, e não

houve qualquer oportunidade de reflexão...não quero criticar abertamente este tipo de posturas,

mas se estamos a falar de bons e maus orientadores, tenho sempre que tomar em consideração a

orientação que me foi feita no meu último estágio que foi excelente e do tipo: “Vamos pensar os

dois juntos, nesta situação o que é que faríamos, se tens alguma dúvida, questiona, tens

problemas em alguma técnica diz, não gostaria que o turno acabasse e ficasses com alguma

dúvida, vamos os dois procurar a informação...”. Por exemplo, no caso da ventilação a atitude

do orientador foi: “Vamos parar um bocado vamos parar nem que seja uma hora, quando

sairmos do turno vamos ali para a sala de arrumações que tem lá os ventiladores todos, e

vamos falar um hora disso, e vamos para casa estudar e havemos de chegar a alguma

conclusão...”. Tenho sempre presente este exemplo, que no 1º dia de estágio disse-me logo:

“Tenho vários livros, vários conhecimentos que adquiri ao longo dos anos, vamos ver ao longo

destes 3 meses, se eu te consigo passar tudo aquilo que sei, se consigo que tu percebas ou que

eu consiga ensinar tudo aquilo que eu sei...”. Depois ele dizia-me: “Se me fizeres perguntas que

eu não saiba, eu também vou ter que ir estudar para casa, para te poder ensinar, para perceber

o que é que é melhor...”. Em muitas situações, diversos orientadores não sabem, e também não

acho que isto seja correcto, e como não sabem mandam os alunos estudar para casa, para depois

o aluno chegar ao estágio e debitar-lhes a informação, e o orientador, toma uma pose de

sapiência e: “Ah pois, eu tinha mais ou menos a ideia de que era isso...”... Claro que apanhei

orientadores honestos e que não tinham problema nenhum de admitir não saber algo, mas havia

muita gente que não sabia e que depois fazia crer que sabia por alto... Incutiam-nos o dever de ir

para casa pesquisar e quando nós trazíamos o resultado da pesquisa eles invariavelmente não

davam grande valor e tomavam uma pose superior de que afinal já sabiam só que não se

lembravam com pormenor... Eu acho que um bom orientador, além de ter alguma paciência

deverá ter, acho que até chegamos a falar nisso nas aulas do 4º ano, que devia ter algum tipo de

formação pedagógica. Muitos dos nossos orientadores apenas têm um ano ou dois anos de

experiencia profissional, e não têm nenhum tipo de formação pedagógica, até podem ser muito

bons, não têm nenhum tipo de formação pedagógica ou não sabem como abordar um aluno

porque, às vezes, vejo no serviço alunos que estão à responsabilidade de enfermeiros, e as

técnicas de aprendizagem desse aluno ou a forma como o enfermeiro conduz esse aluno ao

longo do estágio, quer dizer, é ... se calhar resumem-se àquilo que o enfermeiro acha melhor...

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mas se tivesse algum tipo de conhecimentos pedagógicos, se calhar o aluno tinha umamelhor

orientação e aprenderia muito mais... Muitas vezes, os alunos são deixados nos serviços, e o

aluno anda na sombra do orientador: “Olha vem comigo, eu vou fazendo, tu vês nos primeiros

dias e depois vais fazendo...”, será que esta é a unica e a melhor abordagem ? Não sei! Mas

percebo que as pessoas que estão com os alunos não são as melhores do ponto de vista

pedagógico, do ponto de vista de aprendizagem, para os ensinar, para os orientar, porque o

estágio de um aluno é uma coisa muito séria e que pode vir a condicionar toda uma vida

profissional futura...

Entrevistador – O quê, especificamente, aprendeu na prática ?

A – Nos estágios?

Entrevistador – Sim!

A – Ahhh, é complicado, mas pensando bem, aprendi as diversas técnicas de enfermagem,

aprendi e depois fui melhorando, mas aqui não se põe este ponto, aprendemos várias noções de

comunicação, na parte da teoria, em utilizar tons calmos, mas na pratica aprendi, a lidar com

vários tipos de pessoas... aprendi na prática a ter diferentes abordagens com as pessoas e

respetivas famílias, da colocar-me do ponto de vista de doentes, aprender a lidar idosos mais

confusos, com doentes agressivos, com pessoas que não é que estejam a baixo nivel da

escolaridade, não tem nada a ver, mas baixo nivel de percepção ou em que é preciso utilizar

diferentes técnicas, para que a pessoa perceba aquilo que nós queremos que ela perceba... Na

escola, não podemos concretizar esse tipo de aprendizagens, é complicado... Na escola tivemos

as bases teóricas e depois, lá fora, é que tivemos oportunidade de colocar todos esses

conhecimentos em prática... Nas parte das técnicas, aprendi de forma simulada quase tudo na

escola mas depois, nos estágios, é que tive a oportunidade de fazer entubações, algaliações,

aspirações de secreções, etc. Porém, só neste último estágio é que tive a possibilidade de mexer

em colunas de pressão venosa central e avaliar PVC`s...

Entrevistador – especificidades técnicas,

A – Relativamente à PVC foi curioso porque eu já não me lembrava muito daquilo... então

como naquele momento estva sozinho, liguei a um colega meu, para que me pudesse vir

auxiliar, naquela situação porque eu já não me lembrava... Como o meu colega nunca mai

aparecia, procurei avançar: “Bem..eu sei mexer nisto, se não me engano, esta torneirinha

permite-me zerar a leitura, e agora como é que eu programo isto neste monitor, e agora o que é

que faço?!...”, lembrava-me de algumas especificidades, mas não tinha aquela destreza, da

torneira não sabia de onde é que vai, do balão de pressão, que sensibilidade é que nós temos de

ter para encher... Finalmente o meu colega chegou a ajudou-me a “checar” todos os passos...

Apesar de ter dado aquilo tudo na teoria, mas na prática era a primeira vez que lidava com

aquilo e como não investi muito naquilo, era como um boi a olhar para um palácio... Existiam

outras coisas na parte ortopédica, coisas que eu nunca tinha visto, tinha visto imagens nas aulas

teóricas, mas nunca tinha feito em doentes, como por exemplo, colocar imobilizações

provisórias, tinha dado um bocado na aula mas nunca tinha dado na prática, no estágio é que fui

aprendendo mais, basicamente na teoria aprendi coisas mais gerais, não aprendi as coisas mais

especificas... No último estágio foi também a questão das gasimetrias arteriais, eu nunca tinha

feito uma gasimetria arterial, apesar de falarmos nas aulas e falamos muito embora tenha sido

bastante sublinhado que não somos nós que geralmente fazemos essa técnica... Então foi depois

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na pratica que aprendi a fazer gasimetrias arteriais e tive que ir pesquisar mais sobre o que era,

quais os cuidados a ter quer durante quer após a colheita e para que servia esse doseamento...

Porém não foram assim tantas as coisas que vi pela primeira vez na prática, a generaliudade das

coisas foram-me apresentadas e ensinadas com maior ou menor profundidade aqui na escola nas

aulas laboratoriais... O problema é que algumas das vezes estávamos a praticar pela primeira

vez a sério num doente...

Entrevistador – Pesando novamente em todos os ensinos clinicos, houve momentos

particularmente dificeis, quer falar sobre isso? Em termos de aprendizagem, claro...

A - ahhh, nos momentos em que nós não estamos habituados ou que não nos acontecem

muito... Lembra-me de situações em que ... de paragens cardio-respiratórias que apesar de ter

dado na teoria, a única coisa que me lembrava de 1ª acção é que deveria chamar a minha

orientadora, se calhar era a 1º abordagem de um aluno de enfermagem mas o complicado era

parar, como era uma situação tão rápida e de acção imediata porque a situação pode tornar-se

irreversível subitamente, o doente pode descompensar de uma maneira que é irreversivel, mas

parar de pensar, e era frustante para mim e complicado, sabendo que devia fazer aquilo ou

deveria fazer aqueles passos todos do algoritmo, era complicado, a situação era tão tensa, tão

tensa, que a certa altura bloqueava e lembro-me que aconteeu o mesmo a uma colega minha,

parámos os dois, ao vermos tanta gente, em acção e disparando ordens, e o querermos

responder, mas bloqueámos, estávamos muito tensos, não sabiamos, o que é que haveriamos de

fazer, e pronto... e outras situações idênticas de não sabermos o que fazer, de estarmos sozinhos,

porque a orientadora foi 5 minutos à casa de banho, por acaso precisamente naqueles 5 minutos,

acontece alguma coisa que não estavamos à espera, e que nós não sabemos o que fazer em

termos de agir imediatamente, quase bloqueamos... Não é uma situação dificil, se calhar, se

paramos para pensar, chamamos alguém e intervimos... mas é complicado nas situações em que

nos deixam sozinhos e que temos de dar a cara e não somos responsaveis por isto, porque a

nossa orientadora é que é responsavel por nós... situações deste tipo são mesmo muito

complicadas... queremos fazer mas não conseguimos porque temos medo de atrapalhar ou de

nos enganarmos...

Entrevistador – Não é bem na negativa é a dificuldade, dificuldades de aprendizagem, da

aquisição de conhecimentos práticos

A – não me recordo muito bem, provavelmente devem ter havido situações assim... mas ... não

me recordo assim de alguma coisa...

Entrevistador – Vou por isto de outra forma, quando sentia dificuldades como é que as

ultrapassava? Assim genericamente

A – De modo generico perguntava ao meu orientador, conversava com ele, expunha a minha

dificuldade, ou então apontava no caderninho e ia estudar para casa, mas perguntava mais ao

meu orientador..ou algo que eu soubesse, - eu deveria saber isto, porque já tinha estudado, mas

por acaso não me lembrava, perguntava na mesma, mas basicamente era assim que fazia ou

questionava o orientador, ou então tomava nota e via em casa, pesquisava em casa...

Entrevistador – Sentia-se preparado para fazer o ensino clinico?

A – ahh... havia ensinos clinicos em que me sentia mais seguro outros ensinos clinicos em que

me sentia menos seguro...

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Entrevistador – Depreendia-se com o quê?

A – ahh, por exemplo, no 1ª estágio sentia-me menos seguro porque era o 1º contacto com o

meio hospitalar, um doente numa cama com imensos problemas de saúde e eu nem sabia o que

é que havia de fazer, não conhecia a dinâmica do serviço, então parecia que chegava lá e tinha

que ter uma guideline, tinha que fazer, isto e aquilo direitinho como aprendi a faculdade, então

ao chegar lá sentia-me pouco seguro, não sabia o que é que havia de fazer, mas depois com a

ajuda do oreintador, dia após dia começei a ganhar mais segurança, e a conseguir gerir o meu

turno... Outro estágio em que sentia-me menos seguro foi a obstetricia, se calhar o fato de nunca

ter tido um sobrinho ou um primo mais novo, nunca tinha tido a possibilidade de ter pegado

numa criança, assim de tão tenra idade ao colo, assim como não tinha a experiência de alguns

colegas meus que, por exemplo, têm irmãos ou irmãs mais velhos, que já tiveram grávidas e

sabiam mais ou menos ou que é que fariam, eu tinha aprendido apenas na teoria, mas como é

uma área em que eu até nem gostava muito,sentia-me muito inseguro porque ter de estar ali a

fazer ensinos a alguém que se calhar, tinha muito mais experiência no assunto do que eu, sentia

muita insegurança com isso, insegurança em pegar na criança, apesar de saber o que é que eu

tinha de avaliar, sentia-me um bocado inseguro nessa situação,... sentia-me muito inseguro nas

primeiras técnicas de algaliação, na primeira entubação nasogástrica, na primeira punção venosa

sentia-me inseguro porque, apesar de ter a noção de que tinha ali o conhecimento todo

coladinho, sabia de cor e salteado na minha cabeça, sentia-me inseguro por nunca ter feito

aquilo na vida, por não conseguir fazer aquilo sem estar a minha orientadora ao meu lado, não

é?! E se alguma coisa corresse mal? Se eu fizesse alguma coisa que pudesse prejudicar o

doente? Sentia-me inseguro por não querer prejudicar, não fazer nenhum erro, que depois me

pudesse sair caro... Olhando para trás vejo que a seguir às primeiras experiências tudo se torna

muito mais fácil, notei que depois da 1ª algaliação, entubação, começei a perceber, a ganhar a

sensibilidade e destreza nos gestos... Outras situações de dificuldade que vivi no estágio de

urgência... nós damos a parte da electrocardiografia, que é algo muito especifico e

pormenorizado, temos que saber aquilo de trás para a frente, por isso sentia-me inseguro...

Tinha receio que alguém fizesse alguma pergunta e eu não fosse capaz de olhar para o monitor e

responder, e saber dizer aquilo... Agora quando olho para trás vejo que as minhas inseguranças

não faziam sentido, pois ter dúvidas é normal, eu estava num processo de aprendizagem logo é

normal ter dúvidas...

Entrevistador – Só para concretizar esta pergunta possuia os conhecimentos teóricos e

tecnico-cientificos para ir para estágio?

A – não estou a perceber?

Entrevistador – Se, quando foi para os estágios, sentia que possuia os conhecimentos

suficientes?

A – Havia alturas que sim, e outras alturas em que parecia que não, havia muitas coisas que

sabia e que sabia que as sabia quase de cor, mas havia certas situações ou técnicas em que não

tinhamos estudado o suficiente, a matéria era tanta e era tudo em tal regime de intensividade que

havia alturas em que tinhamos que dividir a matéria ou investir mais em determinada área, então

havia certas coisas que eu claramente não sabia, sabia que tinha estudado aquilo para o exame

mas depois com o passar das semanas acabava por me esquecer, eu via as situações no serviço e

pensava: “Éh pá eu estudei isto, eu lembro-me de ter estudado isto, mas não consigo lembr-

me...”. Portanto havia coisa que eu tinha estudado e sabia que as dominava, havia outras coisas

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que apesar de ter estudado, por não ter investido o suficiente, acabara por me esquecer. Havia

muitas coisas que eu não sabia, ou que ia para estágio sabendo que tinha que estudar mais

profundamente porque não sabia... o estágio é uma altura em que nós temos que estudar muito,

temos que ir para casa aprofundar, pesquisar, pois no dia seguinte os orientadores, normalmente,

questionam-nos sobre essas zonas lacunares...

Entrevistador – durante os ensinos clinicos que apoio ou acompanhamento teve por parte dos

orientadores e agora aqui gostava que considerasse ambos, orientadores da escola e

orientadores dos locais de estágio, se o orientaram, acompanharam, como é que eles o

orientavam? Que tipo de orientação é que eles faziam ?

A - Tive vários orientadores, em geral, a orientação era mais em termos da parte da escola,

temos a orientação inicial, planificamos o estagio todo, os trabalhos todos que tínhamos para

apresentar e eram muitos, marcamos primeiro as datas, essa era a primeira abordagem... Depois

o orientador aparecia no local de estágio, conversávamos um bocado sobre como tinha

decorrido a semana, o que é que eu tinha feito, as actividades que tinha desenvolvido, sobre as

dificuldades sentidas, falamos um bocado dessa dificuldades e dessas técnicas, posteriormente o

orientador fazia-me perguntas sobre os utentes pelos quais eu era responsável, a medicação que

eles tomavam, sobre a oportunidade de realização de algumas técnicas, como é que eu tinham

decorrido, muitas vezes, pedia-me para eu descrever essa técnica e como tinha feito... Depois

falávamos um bocado daquilo que era meu objectivo para a próxima semana, e do que eu

pretendia nas semanas seguintes, que utente tinha escolhido para realizar o meu estudo de caso,

que patologias tinha esse doente, o que é que eu pretendia do meu estudo de caso, como é que

eu planeava apresentar a terapeutica, ou as técnicas às quais o utente havia sido submetido, etc.,

etc., e depois conversávamos muito por e-mails, foram sempre pessoas muito disponíveis para

nos orientar. Genericamente era assim, como se tivéssemos as grelhas de partida, e as metas que

seriam os trabalhos, depois de acordo com os objectivos, foii mais ou menos assim... Da parte

da orientação feita pelos enfermeiros dos serviços, não sinto que houvesse muito interesse pelos

trabalhos académicos que eu tinha que desenvolver, queriam apenas saber dos objectivos do

estágio, liam um bocado por alto a documentação dos estágios, quando liam, e depois diziam:

“Ah! Pois... Isto dos objectivos é só um bocado para a escola...”, etc... Apesar de eu me guiar

pelos objetivos de estágio, sentia que para os orientadores aquilo era um bocado o que eles

achavam que fosse melhor para o serviço, o que é que eu tinha de conhecer no serviço para que

pudesse responder a toda a dinâmica do turno manhã, à da tarde e à da noite, era importante que

soubesse onde é que ficava o material, que eu soubesse também um pouco da dinâmica

organizacional, em termos de articulação com outros serviços, que eu conhecesse as normas e

protocolos existentes, interessavam-se muito pela parte do contacto com os professionais, como

era a minha comunicação dentro da equipa, investiam bastante na parte da autonomia

profissional, penso que muitas vezes os orientadores do serviço, o que eles mais pretendiam era

que eu desenvolvesse a autonomia, em termos avaliativos, para eles, ser bom aluno era

sinónimo de autonomia, era não necessitar deles, não é não necessitar propriamente, era ser

capaz de ter iniciativa, de sentirmo-nos mais livres para conseguir fazer certas dinamicas, as

manhãs, conseguir avançar com os cuidados sem que ele estivesse a dar-nos indicações e, às

vezes, isso constituía a grelha de avaliação deles: “Se ele consegue fazer isto e aquilo sozinho,

se tem duvidas sobre a medicação e sabe ou não manipulá-la, se conhece as patologias dos

doentes que tem atribuídos... a orientaçao era mais ou menos deste genero, e é por ai...

Entrevistador – Percebi mal, ou pareceu-me uma metodologia um pouco virado para a

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tarefa...

A – Completamente, em unidades é sempre um bocado virado para a tarefa, notava-se mesmo, a

grelha deles, era autonomia, o meu objectivo é que até ao final do estágio tu fiques com os meus

3 ou 4 doentes, e oreintes o turno todo com as auxiliares, e consigas fazer aquilo que eu faria,

quase como se fosse para que eles se pudessem sentar, quase o turno todo, até se falava no

balneário, hoje fiquei com os doentes todos da minha orientadora, e consegui fazer tudo, e ela

até ficou sentada não sei onde, e quando tinha duvidas ia lá perguntar, quer dizer... não acho que

o orientador tenha que estar sempre atrás de nós, mas era assim que acontecia, eles justificavam

isso dizendo-nos que o que interessava era que ganhássemos autonomia, era assim que acontecia

comigo e com outros colegas meus com quem eu falava...

Entrevistador – continuando a nossa entrevista gostaria que fizesse o seguinte exercicio

mental, imagine que tinha aqui um colega que ía inicar o curso, e queria dar-lhe sugestões

para ele ser bem sucedido em estágio, o que é que lhe diria?

A – Dir-lhe-ia provavelmente para investir na parte teórica, isso para mim é a base de tudo...

Muitas das vezes os professores dão várias pistas, para além daquilo que sai no exame, mas

muitas das pistas é o que de mais comum aparece nos serviços... Estamos muito tempo, ao

longo do semestre, em aulas e é um bocado complicado nas patologias, memorizar os sinais e

sintomas e depois, em estágio, é muito complicado fazer a ponte para a prática, perceber onde é

que esse conhecimento se insere, se calhar é um exercicio complicado de fazer, pelo que em

estágio é necessário revisitar a parte teórica, é necessário perceber que o estágio implica um

trabalho de constante pesquisa... Depois na parte prática, não fugir ao trabalho, isto é, tentar

perceber que quanto mais fizer, mais disser que sim, quanto mais for proactivo, melhor... Eu

penso que mesmo nas más experiencias que nós temos em estágio ou em experiências menos

corretas, sempre vamos aprender algo com isso, há quer ter sempre espirito critico, se

estivermos bem fundamentados podemos exercer o espírito crítico com mais facilidade e

certamente ninguém poderá ficar fragilizado com isso... sei que muitas vezes, é difícil para um

aluno tal atitude... nessa situações é bom falar sempre e antecipadamente com o orientador, ele

está lá para nos apoioar... Em termos dos trabalhos segeria... pois muitas vezes nós fazemos os

objectivos por fazer, provavelmente para ciumprir uma exigência académica, para entregar ao

professor e tirar uma boa nota, e s não utilizamos aquilo como guia para o desenvolvimento do

nosso estágio, diria para fazer os trabalhos que são solicitados, não como mais uma coisa que se

tem que fazer mas no intuito de aprendizagem, diria para ser proactivo nos estágios, não se

acanhar não ter medo de fazer perguntas, como diziam na psicoterapia de grupo no estágio de

saúde mental: “Quem tem medo de perguntar é porque tem medo de aprender...”, aproveitar

novos episódios, novas situações como novas aprendizagens, também é um ponto na grelha dos

nossos estágios, isso é importante... Às vezes, vejo os meus colegas que estão comigo em

estágio a esquivarem-se dos enfermeiros porque tem medo que ele lhes faça perguntas... até

dizem: “Ele nem é meu orientador, porque é que eu tenho que lhe responder?!...” Eu não

concordo nada com estas atitudes, por isso aconselharia a aproximar-se dos enfermeiros mais

velhos e ser bom observador e ver tudo o que eles fazem e questioná-los e deixar-se ser

questionado... Quando estive na medicina 2 B do Hospital X, tinha uma orientadora, mas

haviam dois elementos mais velhos e num turno ou outro que fiz com eles, e ainda hoje falo

disso, falo do monte de coisas que aprendi com eles, e os truquesque me ensinaram... Agora,

quando eu estou a fazer alguma técnica que aprendi com eles lembro-me sempre disso, ia com

esses enfermeiros mais velhos, observava e perguntava porque é que fez isso desse modo e não

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ter medo deles depois me fazerem perguntas também... Há colegas meus que partem do

princípio que quanto menos falarem melhor é para eles, quer dizer, que há menos risco de

falharem... Eu fazia exatamente o contrário e pensava: “ É aqui que eu tenho de pensar e errar,

este é o meu tempo de poder pensar e corrigir e com a ajuda do orientador, ele de certeza que

não me vai deixar fazer nenhum erro grave, portanto, é aqui que eu tenho a oportunidade de

aprender corretamente...”. Baseado neste pensamento, então, aconselharia à pessoa a não ter

medo de perguntar, falar de tudo, treinar bem a parte da comunicação, a relação de ajuda, falar

até da dificuldade de lidar com situações em que ocorre a morte do utente, falar de tudo, seja

mesmo a coisa mais estúpida, ser proactivo e não ter medo, não ficar preso à aquela atitude:

“Meu Deus, eu vou chumbar!...”. É claro que eu também pensava nisso, em não querer fazer

nada de mal, mas também pensava que não podia estar preso a esse medo de errar... Temos que

querer aprender era o conselho que lhe daria, ser sempre proactivo e não se acanhar, investir no

que o pessoal mais velho, por causa da experiência que essas pessoas têm... Mas, via pelos meus

colegas, que havia um bocado de fuga ao confronto com os profissionais, assim um aluno não

aprende muito e de uma maneiro ou outra acabamos sempre por ser questionados... Uma coisa

que eu achava piada, e era certinho e direitinho, que se o professor aparecesse lá, não sei se era

por coincidencia ou porque razão era, ele perguntava-me sempre aquilo em que eu me senti

mais débil, achava piada porque não tinha falado isto com ninguem, mas acontecia sempre...

Reparava até, que quando estava com mais trabalhos, como foi no caso do estudo de caso que

tinha que o despachar para entregar, e não tinha conseguido ter tempo para pesquisar sobre as

patologias desse doente, cheguei ao estágio e o orientadorfoi justamente sobre isso que me foi

perguntar... Isto parece pura coincidência, mas foi verdade... Portanto, isto para dizer que não há

volta a dar, é necessário muito trabalho autónomo e “pesquisa por fora” e os alunos ou investem

pouco na parte teorica, principalmente na parte da patologia e da farmacologia... o pessoal chega

às aulas teóricas e faltam muito ou investem pouco nessa área... A patologia é das disciplinas

mais complicadas mas mais alicicantes que eu tive, muitos colegas meus não se interessavam

por aquilo, não estudavam e chagavam ao estágio e não sabiam patavina daquilo, e depois

sentia-me um bocado mal porque nos testes vinham perguntar-me a mim... Por vezes, também

diziam: “Não demos nada disto!” e eu sabia que não era verdade e ficava um bocado mal pois

sempre gostei muito desta dsiciplina. Os alunos investem muito pouco na parte teórica. Às

vezes, dizíamos: “Temos muito pouco tempo, muito pouca disponibilidade para estudar...”, mas

o que é certo é que se alguns conseguem os outros também podem conseguir, o problema tem a

ver mas é com o grau de investimento de cada um

Entrevistador – Os locais de estágio por onde passou eram todos diferentes, pela estrutura,

pelo tipo de serviço que lá se prestava, pelas pessoas que lá trabalhavam, e isto de alguma

maneira influenciou a sua aprendizagem , quer falar disso? E como é que os locais

influenciaram a sua aprendizagem?

A – sim, ahh... na parte da estrutura, quanda a mesma está envelhecida, noto que é muito mais

difícil trabalhar do que quando se trabalha num sitio novo, sentimo-nos mais motivados, mas

como os estágios são em geral um bocado curtos, não acho que note influência, temos que nos

adaptar à estrutura física e acabou, não há aquela critica do enfermeiro ser o desenrasca, não

sinto que o meu desempenho tenha sido afetado pela estrutura fisica... Quanto à parte humana,

do pessoal, depende também da postura com que a pessoa se vai para o estágio, temos que

procurar fazer parte do próprio pessoal e integrarmo-nos na equipa de enfermagem dos serviços,

eu sei que nem sempre é fácil mas, às vezes, a postura com que o próprio aluno vai para o

estágio: “Não gosto daquela enfermeira porque é arrogante, porque olhou para mim deste

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modo ou daquele...”, há muita muitos alunos que ficam muito susceptíveis em relação aos

ambientes de estágio: “Porque ela disse isto assim, com aquele tom, porque me humilhou,

porque não me dão autonomia para fazer...” Não devemos ignorar, mas sorrir, dizer que sim, e

partir em frente, não ficar a matutar naquilo... Eu sempre tive facilidade em inserir-me nas

equipas, não vou a pensar que as pessoas são más e que estão ali para me chumbar... mas tenho

conhecimento que há pessoas que vão para os serviços já com aquela ideia de há enfermeiros

que estão lá para os ridicularizar ou chumbar... Eu tinha sempre aquela postura de: “Esta

enfermeira fala assim para mim de uma maneira mais arrogante ou mais autoritária, talvez

porque tem mais, experiência, é mais velha e já sabe como é que os alunos são...” mas acho que

a postura com que o aluno deve ir também dita muito aquilo que vai encontrar ao longo do

estágio, a inserção da equipa, se for uma pessoa mais amigavel com algum sentido de humor,

dar alguma leveza ao estar e ir com aquela intensão de não criar problemas, acho que vai sair-se

bem e vai ser fácil adaptar-se à equipa...

Entrevistador – Para si, em que é que isso influenciou a sua aprendizagem?!

A – Cada local de estágio é único, mas considero que há sempre aprendizagem. Quando estagiei

no serviço de urgência, havia muito pouco contacto com o doente, o tempo que estávamos com

eles era muito reduzido, noto, por exemplo, comparando com o estágio de Pneumologia,

tinhamos poucos doentes e isso, permitia-nos ter tempo para estar a conversar com o doente…

Portanto, o tipo de serviço acaba por interferir na disponibilidade dos profissionais para o

utente… temos de aprender estas condições, há serviços em que temos mais tempo e

disponibilidade, para estar à frente do doente interagindo com ele e pensar naquilo que vamos

fazer a seguir, noutros estágios ou serviços não temos disponiblidade porque o serviço, muitas

vezes, está cheio e os doentes requerem muitos cuidado, reconheço que isso por vezes é um

entrave à nossa aprendizagem…

Entrevistador – Numa perspectiva de equipa multidisciplinar e não só de equipa de

enfermagem, achou que de alguma maneira ela influenciou o seu desenvolvimento profissional

ou não ?

A – A equipa multidisciplinar?

Entrevistador – Sim! A equipa mais alargada, não tão centrada em enfermagem mas em todos

os outros profissionais de saude que ... ?

A –Sim, sim, eu notei muita a diferença, neste último estágio que fiz nos cuidados intensivos,

por ser uma equipa com muitos elementos mais velhos, médicos mais velhos, havia muito

contacto e havia muita proximidade entre os enfermeiros e médicos, e como havia muitos

médicos, auxiliares e enfermeiros que já trabalhavam juntos há muitos anos, as relações entre

eles eram muito boas o que se traduziu na facilitação da minha integração na equipa

multidisciplinar, comunicava com facilidade com todos os profissionais, não sentia aquela coisa

do Sr. Doutor e do Sr. Enfermeiro... No caso do serviço de urgência, quando lá estagiei, havia

muito pouca comunicação entre as diversas equipas de profissionais, a parte médica, a parte de

assistência social, a parte de enfermagem, como se fossem várias familias, vários grupos que co-

existiam num mesmo espaço... fiziam o seu trabalho mas apenas interagiam o necessário, eram

equipas muito fechadas sobre si próprias, enquanto noutros serviços notava que a equipa era

muito mais aberta e por isso era muito mais fácil a comunicação, nalguns casos existia mesmo

amizade o que fazia reinar um bom ambiente...

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Entrevistador – O que pensa ter-lhe facilitado mais o ensino clínico ? e que considera que

mais dificultou?

A – O que mais me facilitou e que desde logo percebi como positivo, foi existir um enfermeiro

orientador para cada aluno... Obviamente, é mais fácil do que ser, um orientador do serviço para

4 ou 6 alunos, mesmo não querendo vai haver sempre termo de comparação, um aluno que é

mais fraco, vai sofrer sempre aquela pressão, vai ser sempre, entre aspas, comparado, aos alunos

que têm melhor desempenho, não é que isto tenha acontecido comigo, mas notava que contecia

com outros colegas do grupo, e depois criava-se dentro do grupo alguma discórdia... Lembro-

me de sentir dificuldade em Obstetrcia por ser um grupo muito grande, de 10 ou 12 alunos para

duas orientadoras... Como não havia possibilidade de todos termos parturientes atribuídas era,

agora vais tu comigo no dia seguinte, agora vai este este, amanhã vai fazer isto, no outro dia

fazia uma coisa completamente diferente, nesse estágio tive um grande sentimento de abandono,

não era porque as orientadoras assim o quisessem, mas porque eram estas as circunstâncias não

havia parturientes suficientes, o número de campos de estágio era insuficientes... Notei que foi

complicado eu e os meus colegas conseguirmos provar que realmente tínhamos os

conhecimentos necessários... A orientadora fazia uma pergunta, éramos 12, havia sempre

alguém, era como se fosse um concurso havia sempre alguém que batia na campainha 1º e

respondia. Apesar de eu saber e depois ficar naquela, é pá mas eu sei isto, a orientadora já fez 3

perguntas mas, eu gosto de pensar um bocado antes de falar ou demoro mais aqui a carborar o

pensamento, será que ela vai achar que eu não sei? Será que eu vou ser prejudicado por causa

disso? E depois pude confirmar que isso me prejudicava um bocado... e notei também que

quando tinha um orientador só para mim quando estava sozinho no serviço parecia que o espaço

era só para mim, aquilo era tudo só para eu aprender e conseguia investir mais...

Entrevistador – Isso aplica-se quer na partilha de espaço com os seus colegas ou colegas de

outras escolas?

A – O que disse anteriormente aplica-se tanto aos colegas da minha escola como de outra

escolas, eram demasiados alunos no mesmo campo de estágio em simultâneo. Notava também,

quando estava no 3º ano, no estágio de médico-cirurgica, na medicina 2B, que havia alunos de

outra escola que estavam no 1º ano e eram para aí uns 15 alunos e então era processos para cá,

processos para lá, perguntas para cá, perguntas para lá, faziam colheitas de dados a todos, e eu

já andava perdido no meio daquilo pois não sabia o que é que tinha sido feito e por vezes

verifiquei que nem a própria orientadora deles... Nas situações em que estamos um grupo da

mesma escola, também não é fácil... há sempre umas certas barreiras, pois não estamos todos no

mesmo nível de aprendizagem nem temos todos a mesma forma de encarar o estágio... e depois

é chato, acontecia muitas vezes, haver comentários entre nós alunos do tipo: “Tu não és nada

assim, tu não fazes nada disso, tu passas a vida a armar-te em frente ao orientador, etc., etc...”,

por outro lado, ouvia também comentários por parte dos orientadores sobre os meus colegas e

sobre as coisas menos corretas ou atitudes menos corretas deles... e depois era: “Como é que é

possivel alunos da mesma escola, da mesma turma e não terem nada a ver uns com os

outros...”. Eu ficava constrangido com esses comentários à minha frente... sinto que fico ali com

uma certa pressão de representar a faculdade e de não querer ser ele proprio a prejudicar os

colegas... Por isso, para mim, acho muito mais positivo estar sozinho num serviço e ter um

orientador só para mim... assim só tenho que “acertar contas” sobre os meus atos e não sofro

comparação com ninguém...

Entrevistador – A duração do ensino clinico, na sua opinião, também influencia ou não a

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aprendizagem?

A – Sim, claro que sim. Por exemplo, havia serviços em que eu sentia-me mais integrado por

ser um serviço no qual eu estava 8-10 semanas do que num serviço que era só 4 semanas eu

sabia que não tinha conseguido chegar a 100% para ser praticamente autónomo... Num serviço

em que esteja muito pouco tempo torna sempre tudo mais difícil, porque o tempo é muito curto

para atingirmos os objetivos definidos, num estágio de 3 meses, senti-me muito melhor, pois foi

o estágio em que tive tempo suficiente e para não só atingir os objetivos que timha definido,

mas ultrapassá-los. Foi um estágio que me deu muito gozo, deu mesmo para atingir aquele grau

de autonomia....

Entrevistador – Há pouco já aflorámos esta pergunta, mas eu queria clarificá-la um pouco

mais e identificar as caracteristicas dos orientadores que mais facilitaram a sua prendizagem.

Estou a pensar em coisas muito concretas como, por exemplo, a idade, género, conhecimento

técnico-profissional, conhecimento pedagógico... Gostaria também que falasse desses aspetos

relativamente a ambos os orientadores – os da escola e dos contextos...

A – Falando da escola, noto que o género, acho que só tive um orientador do sexo masculino, e

o resto foram tudo mulheres, não notei grande diferneça, do masculino para o feminino...

Relativamente à idade, sim, apesar dos orientadores andarem mais ou menos pela mesma faixa

etária, mas noto que os orientadores que tinham especialidades, que eram enfermeiros chefes de

equipa, tinham uma abordagem aos alunos diferente, tinham mais em atenção os aspetos

teoricos, quando eram orientadores generalistas, estavam mais virados para a parte de prestação

de cuidados e focalizavam-se mais nos procedimentos... Enquanto que os enfermeiros chefes de

equipa faziam muitas perguntas e estavam muito virados para a teoria, os enfermeiros

generalistas estavam mais virados para a parte prática para a parte da destreza... Os enfermeiros

mais velhos em termos de carreira, específicamente os enfermeiros-chefes, focalizavam-se

também mais na teoria e faziam perguntas do que eu tinha dado ao longo do semestre e não da

parte da prestação de cuidados no próprio serviço. Caracteristicas do orientador, do sexo

masculino foi o que eu mais gostei, não sei se é por sermos 2 homens e termos mais facilidade,

a certa altura há um grau de amizade e até cumplicidade... Quanto à orientação feita por

mulheres há ali zonas no relacionamento, não é que não possamos falar, mas sente-se um certo

entrave, as conversas e comentários são de outra natureza, há ali mais uma barreira enquanto na

orientação feita por um homem, há cumplicidade e mais à vontade... Voltando à idade, reparei

que os enfermeiros orientadores mais velhos tinham muito mais experiência e tinham mais

paciência, porque também já tinham tido muitas outras experiências de orientação de alunos,

têm mais disponibilidade para conversar com os alunos e perceber as suas dificuldades...

Entrevistador – Posso deduzir das suas palavras que quando os orientadores eram

enfermeiros mais velhos, entre aspas, a reflexão era mais tida em conta, era um ponto-chave

durante o proceso de supervisão, relativamente aos orientadores mais novos?

A – É os orientadores com mais tempo de serviço, face ao seu grau de maturidade conseguem

ler nas situações e chamam-nos à atenção mesmo durante a ação: “Vais reparar que este

fenómeno acontece sempre neste tipo de doentes... Tens de ter atenção a isto e àquilo, não te

esqueças de ver a PVC primeiro...”, eles têm muita experiência e conseguem antecipar

situações, enquanto que os enfermeiro mais novos não... Eu tive enfermeiras mais novas e

estavam sempre muito preocupadas com o aluno, não fosse ele fazer algum erro, preocupadas

mais com a possibilidade de acontecer algo que também elas não conseguissem resolver, às

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vezes, até existiam uma certa insegurança relativamente à enfermeira-chefe ou relativamente

aos outros elementos porque ainda estavam naquela fase de descoberta do seu próprio espaço no

serviço e delas próprias ainda não estarem muito seguras enquanto profissionais... Os

enfermeiros mais velhos, reparava que tinham um certo à vontade com os chefes e com toda a

equipa porque como mostravam segurança e conheciam toda a gente no serviço, pois eles

próprios fizeram a integração dos vários elementos e então tinham muiot à vontade e eram

respeitados, eram elementos de referência para os outros... Quando estava de turno com algum

deles, sentia sempre aquele apoio: “Tem calma, não tenhas medo, faz...”. Por isto, eu não sentia

aquela pressão de ser ali um aluno porque parece que ... porque a certa altura parece que já têm

um certo 6º sentido para perceber as dificuldades do aluno derivado à sua experiencia tanto

profissional como do próprio serviço...

Entrevistador – Esta é uma pergunta pequenina... Hipoteticamente se pudesse voltar atrás e

repetir os ensinos clinicos o que é que mudaria, que faria de diferente?

A – o que é que eu fazia de diferente... ahh... provavelmente, isto agora vendo pelo 1º estágio

acho que não mudava assim grande coisa, no estágio de obstericia acho que mudava o local de

estágio pois eram demasiados alunos para o mesmo campo de estágio, obstetricia era sempre

muita gente... Não sei se já é diferente, mas preferia ter tido um orientador só para mim,

provavelmente teria investido mais nesse local de estágio, poderia ter feito as perguntas que

quisesse e quando quisesse, teria mais margem de manobra, por exemplo, quando surge aquela

coisa os meus colegas sabem e eu não sei, mas gostava de perguntar, mas será que depois vão

ficar a pensar alguma coisa por eu não saber... se tivesse um orientador só para mim havia mais

investimento da minha parte... No estágio de geriatria se calhar poderíamos ter tido mais

actividades feitas no local de estágio mas, a certa altura, estamos tão preocupados com a

avaliação, que perdemos o essencial do estágio, às vezes, só no final do estágio, é que

começamos a perceber que o essencial não é a nota, o essencial é interagir com o grupo e

cuidadar dos utentes e desenvolver outro tipo de actividades... Isso eu mudava, investia mais

nesse campo. No estágio de psiquiatria, se calhar, tinha mudado o local de estágio porque

depois cheguei a ver aqueles videos que os meus colegas faziam pensava: “Eh pá! isto não tem

nada a ver com o que eu fiz no meu estágio, queria que o meu estágio tivesse sido como o deles,

o meu estágio foi quase um estágio de medicina...” Esse se, eu pudesse, mudava o meu local de

estágio...

Entrevistador – Uma última pergunta, imagine que eu o convidava para programar o meu

próximo ensino clinico, que sugestões é que você me dava baseado na sua experiência ?

A – isso depende da área que fosse

Entrevistador – genéricamente

A – Acho que, provavelmente, se o orientador da escola fosse todas as semanas aos locais de

estágio, e tivesse connosco aquelas conversas que pareciam quase informais sobre como estava

a decorrer o estágio, as dificuldades sentidas e não tanto no sentido do questionamento, mas do

apoio, teria sido muito útil e talvez com melhores resultados... Houve estágios em que eu vi o

meu orientador 3 vezes, uma no principio, uma pelo meio, para fazer a avaliação formativa e e

depois no último dia para fazer a avaliação final... Não foi que me sentisse abandonado, mas

sentia que se ele lá tivesse ido uma vez por semana, eu poderia ter-lhe colocado as minhas

dúvidas, podia ter-me ajudado com os trabalhos que temos que desenvolver, poderia ter

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partilhado as minhas experiências que vivi e também melhoraria muito a relação com o meu

orientador do hospital... É importante a presença do orientador da escola, para que o aluno possa

partilhar experiencias possa falar é o que eu gostaria que tivesse acontecido comigo... mais...

talvez as reflexões... às vezes fazemos reflexões ou inicdentes criticos com os orientadores mas

isso não acontece sempre... É necessário reforçar a importância desse trabalhos para que o aluno

possa comentar ou evidenciar a sua experiencia no ambito do ensino clínico... O aluno precisa

de desabafar e, às vezes, é a escrever que pensa e raciocina sobre as situações... Não havendo

esse tipo de oportunidades, não escrevendo, não havendo essa reflexão não havendo o

questionamento do orientador muitas coisas importantes podem passar-nos ao lado, ignoramos...

Provavelmente, se houver alguma coisa que podemos melhorar nunca vamos melhorar porque

aquilo nunca nos foi tornado consciente... Portanto, essas reflexões, o orientador estar mais

presente, são tudo estratégias que podem ajudar o aluno a desenvolver-se.... Por exemplo, os

estudos de caso, por acaso concordo com os estudos de caso, com os relatórios e até com os

portfólios que me “partiram bastante a cabeça”, são tudo estratégias muito boas e até os

objetivos... Os orientadores guiam-se pouco pelos objectivos... Na faculdade temos lá uma

espécie de guia e quase não é utilizado como tal, no relatório, na 1ª vez que fiz os objectivos,

pensava que o meu orientador ia chegar lá no dia da avaliação e:”Então este ponto do objectivo

foi feito? E este fizeste?”, e isso acabou por nunca acontecer. Por acaso, no relatório disse tudo o

que tinha feito e o que não tinha feito, às vezes, mais por iniciativa própria... Se fosse orientador

seguiria os pontos dos objectivos dos meus alunos, porque era por ai que eles tinham feito o seu

planeamento, mas na maior parte das vezes isso não acontecia, de resto... ahhh... Sempre gostei

muito da troca de experiencias na faculdade apesar de, às vezes, ser um bocado vago e de nem

toda a gente poder falar. Para a generalidade da turma isso era secante, porque eram tantas horas

e estávamos esgotados, mas eu gostava porque falávamos sobre as nossas experiências e

tínhamos a oportunidade de ouvir as experiências dos outros, sendo uns 50/70 a falarmos dava

para ver mais ou menos o que cada um tinha feito e o nivel de desenvolvimento em que cada um

estava acho que era bom a partilha de ideias... Quero ainda dizer, que eu concordo com a maior

parte dos trabalhos, acho que os objectivos deviam ser levados mais á risca, o contrato de

aprendizagem, eu lembro-me de assinarmos o contrato e no final, mas acaba por não ser visto

ponto a ponto, e acaba por ser ignorado, e eu pensava mas para que é que eu fiz isto...

Entrevistador – Ausência de feedback, é isso que quer dizer?

A – sim, durante os estágios, pelo menos comigo, eu senti ausência de feedback. Outra coisa

que eu também notava, principalmente nos meus estudos de caso da parte do ... eu fazia o

histórico e sabia aquilo tudo de cor e salteado, fazia também plano de cuidados, mas depois a

parte da patologia, das fichas farmacológicas, aquilo a maior parte dos colegas faziam “copy-

paste” direto dos livros ou mesmo da net, ninguém fazia a adequação dessa informação ao

doente em concreto... Apenas dois ou três professores exigiam isso, o que fez com que a

maioria, como não teve feedback dos trabalho, não ficasse consciente de como é que se faz

realmente um estudo de caso... isto é muito importante. Também senti isto noutros trabalhos...

como os orientadores não davam feedback, cada um de nós fazia como sabia... Isto é grave, o

que eu vou dizer mas penso que, muitas vezes, alguns dos orientadores da escola também não

estavam muito por dentro desse trabalhos que nos pediam...

Entrevistador – Não sei se quer acrescentar alguma coisa ás minhas questões ....

A – Não!, apenas quero dizer que gostei bastante da sua entrevista... Estava um pouco nervoso,

não sei se fui um bom contributo...

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Entrevistador – Concerteza que foi! O neu muito obrigado pela sua colaboração...

ANEXO X – Processo de análise (desconstrução) dos discursos docente

e discente (um exemplo de cada)

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FOCUS – GROUP 1 – Unidades de Registo

1. Eu penso que os estágios são um espaço e tempo de excelência, intrínsecos à preparação

para a profissão…

2. A imersão na prática tem essa grande vantagem de o estudante poder observar na prática,

em tempo real, como é que se desenvolvem as intervenções de enfermagem, como se

planeiam, como se reajustam os planeamentos efetuados… tudo isto o estudante tem

oportunidade de obsrevar de muito perto…

3. (na prática) ter a oportunidade de fazer,

4. (na prática) ver como se aplica naquele contexto os conceitos teóricos aprendidos e depois

ajustar à prática

5. e aprender o que há para aprender na prática, porque é impossível nas escolas, em sala

de aula, ensinar aquilo que há para aprender nos mais diversos contextos da prática…

6. O ensino clínico é fundamental… não é positivo nem negativo… é necessário para se tornar

profissional…

7. acho que o papel do estudante é saber retirar aprendizagens do que acontece lá na

prática…

8. B – Eu acho que a prática permite aquilo, que por muito que tu queiras e esforces, dentro

de uma sala de aula não consegues simular,

9. (na prática) para além de se aplicar os aspectos práticos aprendidos na teoria,

10. (na prática) há todo um contexto quer com o cliente, quer com a família, quer com a

organização, que tu não consegues simular num laboratório,

11. ou seja, apesar de existirem alguns aspetos práticos que são perfeitamente simuláveis,

tais como as técnicas de enfermagem, os aspectos relacionais, porém as intercorrências

que vão acontecendo na prática e que te vão dando alguma experiencia e

contextualização, são impossíveis de simular numa escola.

12. Eu acho que isto, acaba por ser o aspecto que… para além da aplicação daquilo que tu

levas em termos de conhecimentos teóricos e poderes aprofundar… acabam por ser esses

aspectos que de todo podem ser simulados…

13. C - … (na prática) aprende-se com a aquisição de competências muito específicas in-loco,

tal como refere a própria definição de competência…

14. competência é saber aplicar os conhecimentos em contexto real tomando a melhor

decisão na melhor altura com as melhores condições e atingindo os objectivos concretos

que se pretende e isso, não se consegue de todo obter em contexto académico,

exclusivamente em sala de aula…

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15. quer seja teórica quer seja teórico-prática ou mesmo prática… portanto eu acho que no

nosso caso, concretamente para o nosso curso, é indispensável esta vertente dos ensinos

clínicos, só eles permitem uma aprendizagem contextualizada…

16. D - … por muito que tenha sido explicado em contexto de aula… em contexto de

laboratório e que nós consigamos explicar ao estudante e este consiga transmitir… o

inesperado, as reacções do utente e da família… o imprevisto é sempre diferente de toda a

teoria que nós ensinamos

17. E - …aprendem a aplicar tudo aquilo que aprenderam na escola, isto é, na teoria…

18. C – aprendem a fazer… aprendem a fazer as técnicas… tudo aquilo que seja técnica

aprendem-no lá…

19. C – Apesar de nós nos laboratórios simularmos a maioria das técnicas de enfermagem, é

na prática que eles têm a oportunidade de as aprender e realizar de uma forma

contextualizada, pois não as realizam num boneco, mas sim numa pessoa concreta…

20. aprendem a relação interpessoal,

21. aprendem e treinam a relação interpessoal…

22. aprendem a decidir, o que remete para a noção de competência de que se falava há

pouco… e quanto melhor decidirem…significa que melhor adquiriram competência numa

determinada área… são estes os aspectos principais que eles vão lá fazer (à prática) …

23. A - … eles vão para estágio fazer técnicas,

24. mas (na prática) simultaneamente vivenciam sentimentos contraditórios…

25. … eles (na prática) assistem e vivenciam “a chegada de uma nova vida” mas

simultaneamente, vivenciam a dor, o sofrimento …

26. (na prática) vivenciam a morte,

27. (na prática) vivenciam a incapacidade física para realizar as coisas mais simples… eles estão

lá… eles são actores em todos esses processos, não se trata de teorizar sobre, mas ter a

vivência e ser capaz de ajudar a gerir esses processos sem se envolver psicológicamente

nos mesmos…

28. na prática devemos fazer como dizemos… e espera-se que o aluno faça o que foi ensinado

em contexto de trabalho… A empatia, por exemplo, então vamos ver como se treina a

empatia no processo de relação de ajuda em ensino clínico…

29. E – … por outro lado é uma maneira de percebermos e validarmos os conhecimentos

adquiridos, aqui incluo os aprendidos na teoria, na escola e aqueles que a própria

circunstância gerou…

30. B – … outra coisa que eu acho importante é a interacção que esses momentos de inserção

na prática proporcionam com o utente e com a família…

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31. …tudo aquilo que nós afirmamos na teoria… ali pode ser colocado de uma forma muito

concreta na prática…

32. - Você falou com o doente? Pediu autorização ao doente? Explicou o que ia fazer?... e

depois ficam muito desapontados com o que deveriam ter feito e não fizeram … portanto

este exercício reflexivo permite ser-se objectivo, concreto e estar verdadeiramente ciente

do que se está a fazer, assim, caminhamos no sentido da competência…

33. A – Assim como descreve a forma como preparou o tabuleiro da medicação para realizar

uma determinada técnica, o que é muito específico, também têm de saber explicar, do

mesmo modo os aspectos relacionais… pois também eles estão impregnados de

especificidade e de contextualidade…

34. D – eu acho que essa capacidade de fundamentar as intervenções relacionais é uma coisa

que emerge com o decorrer da prática…

35. Eles escrevem coisas que, muitas vezes, não nos conseguem dizer nos locais… e acaba por

ser muito útil nós pegarmos nisso, discutirmos e refletirmos essas situações vivências com

eles…

36. A – … porque achava (o aluno) que já seria um estágio em que, provavelmente, seria mais

autónomo… em que o papel do professor já não deveria ser tão directivo… era mais ir lá,

“tudo bem e até amanhã”…

37. A – … eu tenho uma questão, que acho importante referir, os alunos referem muito isso:

“eu nunca dei isto, eu nunca fiz isto na prática, eu nunca dei isto na teoria…” De facto, há

muitas intervenções nos contextos de trabalho que não são abordadas em sala de aula.

Não se fala em hemodiálise…, por exemplo! Alguém sabe fazer hemodiálise quando sai

daqui?! Alguém sabe mexer num ventilador?! Alguém sabe…

38. Há situações que dado o seu cariz e o tempo reduzido de que dispomos, é impossível

serem abordadas na escola.

39. depois eles na prática vão praticar a relação de ajuda seja em pediatria, seja em

hemodiálise, porque esse é o seu papel,

40. o contexto, o campo, para o qual o aluno vai desempenhar funções há-de ser o seu

segundo momento de formação e de consolidação dessas aprendizagens …

41. , ele vai aprender como funciona o serviço, até porque esteve durante o curso num serviço

de Medicina que trabalha de uma maneira, e agora vai trabalhar numa cirurgia que tem

uma metodologia de trabalho completamente diferente… Uma Nefrologia funciona de

uma maneira e um Serviço de Diálise de outra…

42. Agora quanto ao se é provocatório deixar de existir estágios: era muito mau… porque é aí

que os alunos compreendem os princípios básicos e desenvolvem as competências

específicas de enfermagem…

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43. E – … a ida para estágio constitui um momento único em termos de aprendizagem não só

das técnicas, mas também, do saber-estar, do saber-ser… enfim, ganhar postura de

enfermeiro…

44. B – … Nunca poderia ser, é nos contextos de prática que eles aprendem as competências

básicas da prófissão…

45. A – … no fundo vão consolidar as competências que te permitem resolver os problemas

dos teus utentes…

46. B – … Assim, o estágio vai permitir não só consolidar os conhecimentos teóricos mas

também adquirir e desenvolver novos conhecimentos …

47. B – … a licenciatura, ou melhor, a prática, serve apenas para a aquisição das competências

básicas que futuramente o aluno utilizar…

48. A – …Ser profissional é ser capaz de identificar problemas e resolvê-los no quadro de um

processo sistemático… a tal metodologia científica, o tal processo de enfermagem… isto é

que se espera de um estudante de enfermagem…isto é que é importante para a

construção da profissionalidade do aluno…

49. D – … eu digo aos alunos, que não basta saber fazer coisas… os papagaios também falam

mas não sabem o que dizem… Portanto, para marcarmos a diferença e assumirmos a

condição de técnicos de saúde superiores e diferenciados, temos que, para além de saber

actuar, saber explicar e gerir as situações…

50. Têm que saber fundamentar muito bem as suas intervenções, a prática serve para isso…

51. C – … os laboratórios até podem ser brutais, onde os Srs. Estudantes treinam a técnica…

mas não treinam a outra parte… a parte relacional… que é aquilo onde nós nos devemos

distinguir… prática situada

52. se pensássemos então, que alguém iria acabar com os ensinos clínicos, ficaria imensa coisa

por transmitir aos nossos estudantes que não poderia ser transmitido posteriormente em

contexto real e profissional, pois aí é esperado que ele seja autónomo…

53. Para mim isso é inconcebível… A enfermagem é uma profissão prática, pelo que o seu

ensino tem que estar muito ligado à prática, sob pena de não formarmos profissionais de

enfermagem, mas teóricos de enfermagem…

54. A – … É o que eu digo aos meus alunos: Estão cansados de ser estudantes?!, pois então, a

vossa postura como estudantes é que vai determinar o que a profissão vai ser no futuro…

é a imagem que vocês vão dar da profissão…

55. C – … mas um sinal de mudança é a segurança com que eles transmitem a informação,

isso, vai mudando; o grau de conhecimento transmitido e a sua profundidade, o

pormenor, o cuidado… cada vez com menos erros e também na visão global dos assuntos…

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56. … eu penso que é essa a grande mudança deles no final do curso, parece que abrem o

campo de visão… deixam de se fixar nas técnicas e começam a olhar para os doentes como

um todo, aproximando-se mais da tal visão holística…

57. C – … dentro do próprio ensino clínico… nota-se, nota-se uma grande diferença, a

segurança é outra, são mais afirmativos no final do estágio…

58. B – … que apanhas os mesmos alunos no 2º ano e depois no 4º e é giro vermos a

diferença, quer em termos do tipo de informação que eles transmitem, (…), a informação

que eles te transmitem, cada vez é mais completa, eu acho que eles também nos vão

conhecendo e que tipo de questões que colocamos, por isso, já sabem o que nos hão-de

responder…

59. B – … também em termos das reflexões que eles fazem das situações, o olhar mais

abrangente que eles ganham sobre a situação… já não vêem só se calhar uma determinada

situação… por exemplo, a preocupação com aquilo que o doente tem, com os sintomas,

com o que vão fazer, com as técnicas, etc… mas, já conseguem ver o que é que aquilo tudo

implica, a visão global…

60. D – … tu vais numa primeira entrevista e eles têm imensas dificuldades, vais numa segunda

e eles já denotam diferença mas, também te dizem, eu já consigo olhar para o doente, eu

já consigo estabelecer prioridades, eu já consigo gerir o tempo, portanto, eles próprios

conforme tu vais aparecendo te vão dizendo quais são as dificuldades, o que é que

melhoraram, o que é que ainda precisam de melhorar… tu vais percebendo…

61. A – … identificam o motivo de internamento rapidamente, nunca mais se esquecem,

conhecem os antecedentes do doente… descrevem-nos todos, ou pelo menos os

principais… noto sempre uma grande evolução neste aspecto…

62. Descrevem de uma forma muito assertiva a nota de evolução, quando falam de um

medicamente dizem logo qual é o efeito, as principais indicação e a via pela qual está a ser

feito…ou seja, o discurso é fluente, é direccionado para o utente, não é parcial e

fracturante, é global…

63. descrevem as técnicas correctamente não se esquecendo dos aspectos para os quais

foram corrigidos, nomeadamente, na área da relação… Não se esquecem de perguntar o

nome ao doente, não se esquecem de perguntar se o doente tem conhecimento do tipo

de intervenção a que vai ser submetido (em caso de ciriurgia), na escrita quando têm que

definir objectivos, são bem redigidos, os objetivos específicos são mensuráveis…

64. são mais tranquilos na presença do orientador… ou menos ansiosos, sempre a querer dizer

mais do que eu pergunto… eu já tive situações em que me dizem: “Já se vai embora, já

acabou a entrevista?!”

65. …e depois… outra coisa… o interesse na aprendizagem que vão demonstrando, o

entusiasmo que demonstram…não se esquecem de avisar quando faltam ou que vão

trocar de turno, não se esquecendo de dar indicações específicas… isto são tudo coisas que

demonstram o quanto eles mudam… como evoluem…

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66. Se estiverem num Serviço de Hematologia, eles constroem um contrato de aprendizagem

especificando os objectivos que pretendem atingir e o tempo em que pensam fazê-lo,

direccionando toda a intervenção para o utente com problemas hemato-oncológicos em

determinada situação… são mais objectivos e rigorosos…

67. - “Pois é que antes nós também precisávamos de mais acompanhamento, não tínhamos os

mesmos conhecimentos… se calhar agora estou um bocado melhor e mais seguro… já sou

mais autónomo”…

68. Eles valorizam muito a autonomia… eles gostam de se sentir autónomos embora, não raras

vezes, no subconsciente deles autonomia implica a não necessidade de supervisão…

69. Mas eu também sinto uma maior autonomia e segurança, por parte deles, no último

estágio…

70. B – …muitas vezes, eles respondem-te antecipadamente… nessa etapa de estágio eles já

têm muito conhecimento consolidado, e conseguem agir autonomamente…

71. A – …Eu acho que… os alunos têm que perceber que o curso de enfermagem tem como

objectivo proporcionar-lhes o maior número de experiências possível.

72. Depois há aquele aluno que, de facto, é interessado, tem motivação intrínseca, porque

quer ser enfermeiro e investe, etc, etc…

73. B – eles (alunos) funcionam por gavetas… o 1º ano está numa gaveta, o 2º está noutra, o

3º está noutra… Depois aqueles que gostam da profissão e estão motivados, fazem um

percurso… se calhar vão estudando um bocadinho de cada gaveta, mas nunca as

encerrando definitivamente, assim quando estão em estágio, voltam lá e vão aprofundar

um pouco mais…

74. D – …tanto que conseguem e são bons no seu desempenho, que fazem o último estágio

num determinado Serviço que, acabam por ficar nesse mesmo Serviço a trabalhar… é

porque têm efectivamente algum valor e…

75. quem esteve lá a avaliá-los da parte dos serviços reconhece-lhes competência e acha que

aquele estudante seria um bom elemento a captar para a equipa…

76. Mesmo quando as coisas correm bem, eu acho sempre que ainda podiam ter corrido

melhor, mas se calhar sou eu que sou chata comigo própria e porque tenha aquela ideia

de que o estágio é uma tempo único no processo de desenvolvimento global do aluno…

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FG1. TEMA A - VALOR FORMATIVO DA PRÁTICA EM CONTEXTO DE TRABALHO (para o estudante)

Ideias-chave Identificadas Unidades de registo consideradas

Facilita a construção da profissionalidade 1, 6, 49, 56, 57, 60

Permite validar adquiridos 30

Permite consolidar competências 46

Permite consolidar aprendizagens teóricas 7, 41, 71

Permite aplicar conhecimentos 4, 9, 12, 14, 18, 29, 32

Facilita a aprendizagem da relação interpessoal

(utente/família)

21, 22, 31

Permite desenvolver novos conhecimentos 47

Proporciona experiência 72

Estimula a preocupação com o rigor 67

Facilita o “ganhar segurança” 58, 59, 61, 63, 64

Contribuir para a construção da identidade profissional 44, 45

Permite confrontar múltiplos modelos de trabalho 42

Permite observar 2

Tomar consciência das suas necessidades de formação 74

Facilita a aprendizagem situada 5, 8, 10, 11, 13, 15, 16, 17, 38, 39, 52, 54

Permite desenvolver competências específicas de

enfermagem

43, 45, 48

Permite aprender a fazer técnicas 3, 19, 20, 24

Aprender a “tomada de decisão” em situação 23

Permite vivenciar sentimentos 25, 26

Permite vivenciar sofrimento/morte 27, 28

Facilita a reflexão 33, 34, 36

Contribui para o desenvolvimento da autonomia 37, 53, 68, 69, 70

Facilita a fundamentação da ação 35, 50, 51

Permite praticar a relação de ajuda 40

Proporciona motivação 66, 73

Serve de indicador para futuro recrutamento 75, 76

Facilita o desenvolvimento global do aluno 77

Facilita a aproximação à “visão holística do utente/família” 57

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TEMA A – Valor Formativo da Prática em Contexto de Trabalho na Opinião dos Estudantes

Protocolo Entrevista 1 – Estudantes

1. Havia determinados professores que se calhar era a primeira experiência como

orientadores, e eu senti de alguma forma, que se calhar a orientação até era reciproca, às

vezes, até senti isso, mas realmente, verifiquei que foi essencialmente, nas entrevistas que

eu tanto temia, que pude tirar muito coisa, muito, muito conhecimento

2. (…) senti que fui vivendo intensamente todas as situações diariamente, até escrevi isso

nas reflexões que pus no meu portfólio… Fui vivenciando intensamente e ao mesmo

tempo ia retirando o máximo de aprendizagens de todas as problemáticas a que assistia

ou participava, para saber como havia de agir futuramente, quando já for profissional…

3. A – o que mais gostei, essencialmente gostei muito do ensino clínico de materno-infantil e

o último estágio de integração profissional, foram os dois estágios que mais gostei…

Tocaram-me de formas diferentes, no materno-infantil foi essencialmente porque

consegui estabelecer uma relação muito boa com o bebé e a família ...

4. (...) nós, nos outros ensinos clínicos, de facto, aprendemos a lidar com pessoas doentes,

muitas vezes em situações críticas,

5. na saúde materno-infantil é diferente, senti essa distinção, foi bom tive noção das duas

facetas, neste caso, de que as parturientes, as mamãs, foi a partir daí que comecei a ver a

pessoa como um todo, como nos indicavam na Escola,

6. (...) só mesmo no 2º ano, (...) é que pude verificar: “aqui não está uma pessoa doente, que

necessita obrigatoriamente dos cuidados de enfermagem ou de emergência mas sim uma

pessoa que precisa também de nós, mas de uma outra forma, de uma outra perspetiva”, e

foi isso que me tocou mais, nesse sentido, acho que vi realmente a tal globalidade, a tal

visão holística da pessoa, que eu antes ainda não tinha noção.

7. (...) foi uma unidade curricular que por acaso gostei imenso, e tirei bastante proveito

nesse sentido, mas foi pela minha parte pessoal, pela minha forma de ser...

8. (...) por isso é que eu estava a dizer que o ensino clínico de psiquiatria ajudou-me de

alguma forma mas na vertente relacional, não na vertente técnica,

9. (...) nós normalmente preocupamo-nos em conseguir conciliar o teórico com a prática e

depois tentamos logo no início dos primeiros dias do ensino clínico

10. (...) eu ficava logo em casa a estudar imenso, a rever novamente a matéria que tinha

adquirido durante o semestre e de facto era essa a minha ansiedade,

11. (...) os estágios foram de fato etapas do curso em que eu senti que me fui desenvolvendo

pessoalmente e profissionalmente… Cada estágio, dada a sua característica, acabava por

despertar em mim pensamentos, sentimentos e até emoções que acabavam por me levar

a modificar a minha forma de ver as coisas…

12. (...) senti que na psiquiatria foi realmente a parte comunicacional das relações

interpessoais, para mim era muito importante e agora cada vez mais,

13. (...) na parte técnica sem dúvida a médica-cirurgica para mim foi o estágio que eu chegava

em casa todos os dias e conseguia ficar horas a falar com a minha mãe, ela ouvia-me e eu

fiz isto e fiz aquilo e de facto foi bom em termos técnicos,

14. (O estágio de médico-cirúrgica) foi um dos estágios em que senti que desenvolvi mais a

parte técnica, mas acho que os estágios têm mesmo essa função, pois possibilitam-nos

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realizar diversas técnicas de enfermagem…

15. O 1º estágio foi mesmo para nos apercebermo-nos, como é o mundo da enfermagem

profissional...

16. , tive a grande vantagem de ter um enfermeiro orientador que além de me arrastar, entre

aspas, a mim, também pude convidar os meus colegas na altura de estágio que foi na parte

dos ensinos da parte educacional, porque ele fazia parte de um projeto destinado a jovens

diabéticos, de como vivem com essa doença e de facto nós fizemos algumas atividades ao

ar livre, nesse sentido, o que foi muito bom,

17. (...) portanto, nós estivemos ali na instituição hospitalar, a prestar cuidados diferenciados,

mas depois conseguimos ter outra perspetiva de enfermagem, um lado mais educativo e

não tão interventivo,

18. (...) o estágio de integração à vida profissional foi o grande estágio que sem dúvida fez-me

crescer principalmente na vertente técnica,

19. (...) na vertente comunicacional pensava que estava a desenvolver-me mas não estava, só

senti isso de facto a seguir, e nos cuidados primários também senti muito isso e acho que a

partir daí comecei a desenvolver e a tentar a perfeiçoar-me mais nesse sentido,

20. (...) lembro-me perfeitamente, durou imenso, fiz imensos turnos, inclusive, a enfermeira

chefe do serviço, disse: “você se quiser - mas não quis mesmo aproveitar - tem aqui as

horas todas feitas, se quiser já não precisa de continuar”, mas realmente fui até ao fim,

tirar o máximo partido da experiência da minha orientadora, Valor formativo da prática

21. (...) queria mesmo aproveitar aquele estágio sobretudo do ponto de vista técnico,

22. (...) por isso é que eu digo que o meu preferido, entre aspas, foi o estágio de integração à

vida profissional, pois já conseguia ter esse discernimento… no último estágio já tinha uma

maturidade diferente,

23. (...) pude verificar que não basta só a vertente comunicacional mas também não basta só a

vertente técnica, eu consegui a partir do último estágio, aperceber-me disso e

complementar tudo, ver o utente como um todo, para mim isso é o mais importante

24. (...) será que é desta forma que o professor está a dizer, será que vamos conseguir fazer

desta forma tendo em conta que é o hospital A ou o hospital B, será que as realidades não

são opostas?

25. Estou aqui a complementar com tudo o que tive na Escola e de facto agora é que estou a

ver o quanto era importante, o quanto eram importantes essas aulas, por forma a nós já

não estarmos a zeros no ensino clínico, sem dúvida que a prática é das coisas mais

importantes, pois permite-nos mobilizar todos esses conhecimentos...

26. A – (...) aquelas atividades que eu supostamente... se eu não tivesse o estágio nunca as

poderia desenvolver...

27. (...) porém também desenvolvemos a parte cognitiva, da compreensão...

28. (...) compreendermos o diagnóstico clínico do doente e preparar um plano de trabalho

diário, o plano de cuidados,

29. (...) começarmos a realizar as técnicas, e dizermos, pois, - eu estou a fazer esta técnica por

isto, conseguir co-relacionar as técnicas, com a parte do diagnóstico clínico do utente, dos

antecedentes pessoais do utente, tudo isso com a prática da enfermagem,

30. (…) sem dúvida foi nos ensinos clínicos, eu não ia conseguir co-relacionar aqui em contexto

Escolar e foi essa a grande mais valia que eu consegui ver,

31. (…) tenho aqui um utente, com o diagnóstico x, o que é que ele necessita?! Necessita de

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cuidados de enfermagem, o que é que posso fazer por ele, em termos de enfermagem,

para que possa adquirir o máximo de independência e consequentemente a melhoria do

seu estado geral… De facto, o ensino clínico permitiu-me aprender a diagnosticar,

principalmente na médico-cirúrgica…

32. (…) apercebi-me disso, realmente tinha muitas técnicas a realizar ao longo do dia, a

realização de pensos, ou a entubação nasogástrica, ou estimular a pessoa relativamente à

sua desorientação tempo-espacial, tudo isso, consegui fazer nos ensinos clínicos,

33. (…) outra coisa que eu consegui, foi personalizar os cuidados, realmente todo o

planeamento era para aquela pessoa, só podia ser para aquela pessoa, porque outra

pessoa ia ter um plano de cuidados completamente diferente,

34. mas porque, perguntei-me este cuidado com a personalização dos cuidados, por causa de

tudo o que eu aprendi na parte teórico-prática, nas aulas, mas no ensino clínico é que eu

pude viver, vivenciar isso diariamente...

35. (…) exatamente, (…) a adequação e a personalização, sem o ensino clínico, nunca

conseguia fazer nada disso, não conseguia mesmo...

36. (…) foi mais na médico-cirúrgica que notei isso, que realmente existem vários tipos de

utentes, ... eu tenho que adequar o cuidado ao utente,

37. recebia o turno, a passagem de turno e ficava assim a olhar... mas o que é que vou fazer

agora? coisa que não acontecia aqui, o que é que vou fazer agora? Eu preciso, tenho aqui

um doente agitado confuso, tenho aqui um doente que se calhar está

hemodinamicamente instável, o que é que eu posso fazer realmente para este doente

para a melhoria do seu estado, era nesse sentido... o ensino clínico foi isso…

38. A – (…) a Médico-cirúrgica, (...) acho que foi o grande estágio do curso, particularmente

para mim… Eu senti, tanto a nível da orientação interna como externa, a responsabilidade

que o ensino clínico nos transmitia, sentia a responsabilidade quer relativamente a ter um

bom desempenho que a ter uma boa relação com o orientador e com a restante equipa…

39. (...) no 1º dia que entrei e iniciei este ensino clínico, eu senti que tinha quase a

responsabilidade do mundo sobre mim, eu senti isso…

40. A - ... Eu pensava: “Tu estás aqui para aprender, mas tens muitas responsabilidades, vais

começar a criar a tal autonomia que os professores falavam na escola…”. Eu realmente

senti isso, particularmente neste estágio,

41. (…) mas de facto a responsabilidade, eu ainda não estava preparada, sentia muita

responsabilidade sobre mim mesma e ter mesmo que trabalhar para a conseguir

demonstrar que era capaz, isto foi essencialmente na médico-cirúrgica

42. (…) já tínhamos uma ideia pré-estabelecida, pois realmente temos aqui uma grande

responsabilidade sobre as costas, mas de facto,

43. (...) como é que eu posso explicar...senti , senti que essa responsabilidade estava incutida

para nós nesse sentido,

44. (…) portanto antes de iniciar o ensino clínico nós já estávamos mesmo com aquela ideia

de que, vamos ter que trabalhar, vamos ter que desenvolver muito trabalho autónomo em

casa,

45. Sem dúvida, o estágio fez-me sentir que tina mesmo que assumir um papel mais ativo,

tanto na minha atuação no hospital como fora do hospital, senti que tinha que trabalhar

muito mais, foram dias imensos a estudar, a conseguir correlacionar as coisas, as situações

que nós tínhamos visto no hospital com aquilo que tínhamos aprendido na teoria na

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escola…

46. (…) era imensa matéria, e realmente eu pensei.. ah, esta matéria é tanta, será que vamos

aplicar tudo isto no ensino clínico? E praticamente aplicamos quase tudo, senão foi quase

tudo foi pelo menos mais de 80% da matéria que aprendemos na escola… É muito bom

sentir que a matéria que aprendemos na escola nos é útil para resolvermos as situações da

prática, senão para que serve tanto tempo de teoria…

47. Outras situações, claro que consegui ultrapassar, o que exigia imenso estudo fora da

instituição, V

48. (…) ajudou-nos (o professor) na realização do portofólio, para eu poder verificar na prática

a tal técnica da aprendizagem baseada em problemas, isso permitiu-me retirar

aprendizagens das próprias situações e também retirar ilações para outras situações…

49. (…) senti que fui vivendo todas as situações diariamente, até escrevi isso no meu portfólio,

fui vivenciando intensamente e ao mesmo tempo ia retirando uma cota parte daquelas

problemáticas, para perceber como havia de agir futuramente…

50. (…) eu ainda não tinha maturidade suficiente para conseguir retirar muitas coisas, mas ia

retirando aquilo que achava importante para mim, naquela altura…

51. (…) o que nós queríamos atingir, era sem dúvida a autonomia, e quando atingia, - sim

senhora já mostrei uma perspetiva madura, e responsável, já estou a transmitir isto, ao

enfermeiro orientador, e é por isto que ele me está a dar autonomia.

52. A – (…) a estratégia é essencialmente, como nós trabalhamos em equipa, por mais que

venha o médico responsável, é a equipa, é a equipa que funciona, e sem dúvida eu tive

uma grande vantagem nesse sentido por isso é que quando lhe digo, que estou a gostar do

que estou a fazer e aonde estou a fazer é essencialmente pela equipa, é o que está a

contribuir e ajudar a desenvolver e a crescer enquanto profissional onde eu estou neste

momento a trabalhar,

53. (…) mas sem dúvida a estratégia, foi o que eu fiz durante os ensinos clínicos e agora vou

continuar a fazer, é realmente as relações interpessoais que eu posso ter ou não com a

minha equipa, e com o utente e de alguma forma mostrar, eu tenho que transmitir essa

confiança, eu tenho que transmitir que eu sou, que eu estou apta para ter a confiança da

equipa aonde eu estou a trabalhar e do utente que eu estou a prestar os cuidados de

enfermagem da família que está em volta desse utente, eu tenho que transmitir confiança,

do que é que eu estou a fazer do que eu estou a realizar,

54. (Transmitir confiança) passa essencialmente pela vertente comunicacional, eu posso estar

a realizar uma técnica e, às vezes, o tempo não me permite grande interação, mas não

consome assim tanto tempo comunicar e eu acabo por trocar sempre algumas palavras

com o utente para que ele fique mais tranquilo e para que eu o possa conhecer melhor...

55. (…) os próprios professores e orientadores por diversas vezes têm me dito que eu evoluí

muito na parte comunicacional-relacional… Eu tenho também essa noção e preocupo-me

em procurar desenvolver esse aspeto. Por exemplo, numa simples colheita de sangue,

percebo que muitas vezes não existe tempo para grandes conversas, porém, às vezes,

bastava eu sorrir, explicar o procedimento e dizer quanto tempo iriam demorar os

resultados para as pessoas ficarem tranquilas e satisfeitas… Normalmente, o doente até

me agradece e eu sinto que essa postura é positiva e gratificante em todos os aspetos,

sem dúvida…

56. A – Ontem por acaso dei um conselho a um colega do 3º ano: “Em estágio é preciso

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105

estudar, estudar muito...”

57. (…) o conselho que dou é fazer a renovação dos conhecimentos, porque há muita coisa

que fica para trás, muita coisa mesmo, estudar muito,

58. (…) sem dúvida percebemos o que é que estamos ali a fazer, o que é que nós temos que

fazer ali como enfermeiros, não como alunos, mas como futuros profissionais… o que não

passa só por demonstrar conhecimentos, mas sim por fazer parte da equipa de

enfermagem, da equipa multidisciplinar, sem elas não somos nada, isso é que é muito

importante e perceber também que tipo de relação queremos ter com os utentes, este

seria o conselho que iria indicar

59. (…) realmente o ensino clínico é um seguimento, o que eu notei de facto, foi uma

progressão, foi sem dúvida, particularmente na minha maturidade individual,

60. (…) às vezes, eu digo pessoalmente, porque por vezes, não conseguimos lá chegar, é

humano, errar é humano, há que aprender com o erro, e acho que foi isso que o ensino

clínico me ajudou a encarar e a crescer…

61. A – claro, o que consigo analisar de uma forma global não descurando a parte da

individualização, realmente tive muita sorte, tive pessoas que eram verdadeiras Escolas no

ensino clínico, e me proporcionaram muitas e diferentes aprendizagens…

62. (…) penso que no global, a aprendizagem foi muito positiva porque era o que estava a

dizer no início, foram aprendizagens diferentes, cada uma na sua vertente… Os estágios

oferecem-nos a possibilidade de trabalhar em locais muito diferentes quer em temos de

especialidades quer mesmo em termos de pessoas e profissionais…

63. (…) nos cuidados de saúde primários as aprendizagens situaram-se mais ao nível da

pessoa, da família e da própria comunidade,

64. (…) na médico-cirúrgica tive as aprendizagens centralizaram-se mais na pessoa em situação

crítica e nas técnicas de enfermagem, mas complementaram-se, por isso é que não

consigo dizer, neste ensino fiz isto, ou não aprendi aquilo...

65. (…) mas com o progredir do tempo, comecei a ver vantagens nessas entrevistas... permitia-

nos refletir sobre: “afinal o que é estás aqui a fazer, porque é que os ensinos clínicos são

importantes…”,

66. “Estou a explicar-te isto, neste momento, sobre determinada situação, mas tu vais ter que

me retribuir, ou vais continuar a explicação que eu te dei de outra forma, portanto vais ter

que ser tu a procurar as respostas, vais ter que ir investigar…”

67. (…) eu precisava realmente de um orientador que me explicasse, que me desse a

conhecer determinadas situações que eu não tinha conhecimento, mas precisava também

de alguém que me obrigasse e me exigisse “esse ir para casa procurar respostas para o dia

seguinte...”.

68. (…) agora eu vejo que os trabalhos que realizámos são para mim uma mais-valia, neste

momento são a forma de eu conseguir superar algumas dificuldades, e vou lá muitas vezes

pesquisar, quando tenho dúvidas... principalmente dessa altura dos ensinos clínicos que

realizámos,

69. (…) lembro-me agora que quando saí da reunião de estágio, lembro-me perfeitamente foi

aqui no 1º andar, quando saí, senti afinal: “Não estou sozinha, a responsabilidade não está

toda sobre mim…” e, de facto, enriqueci-me mais um pouco com essas 2 horas, (…) e senti

que de alguma forma, isso era importante para nós… Não estávamos sozinhos na

instituição hospitalar com os orientadores da Escola e do local de estágio, mas estávamos

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106

inseridos numa realidade maior que era estarmos mais ligados em termos de Escola, em

termos de todos os outros professores e dos orientadores…

70. (…) essencialmente era a compreensão que eles tinham das situações e a capacidade de,

ali, com tudo a decorrer, em frente ao doente, em frente à família, conseguirem não só

cuidar da pessoa mas, simultaneamente, explicarem-nos porque estavam a agir deste ou

daquele modo...

71. A – (...) foi quase transversal a todos os ensinos clínicos, uns mais que outros, sem dúvida,

mas senti isso, principalmente na médico-cirúrgica, não havia resposta pronta às minhas

dúvidas, todos os dias tinha que ir para casa pesquisar alguma coisa acerca de patologias

novas ou outra coisa qualquer, às vezes até mesmo durante o turno se o serviço o

permitisse e achei que isso era uma boa metodologia.

72. (...) a parte teórica até de alguma forma aliviou, entre aspas, um pouco e permitiu-me ter

mais confiança no meu desempenho, a parte teórica até me ajudou nesse sentido...

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Protocolo Entrevista 1 – Estudantes (EA1)

Ideias-chave Identificadas Unidades de registo consideradas

Facilita a aquisição de conhecimento 1

Permite mobilizar conhecimentos 25

Permite aplicar conhecimento 46

Permite a reflexão sobre as práticas 48, 65

Permite aprendizagens situadas 26, 70

Permite vivenciar situações profissionais 2, 49

Permite estabelecer relações interpessoais com o utente/família 3, 8, 12, 19, 53, 54, 55

Permite aprender a cuidar do utente/família em situação crítica 4

Facilita ganhar uma “visão holística” do utente/família 5, 6, 23

Facilita a integração na equipa de enfermagem 52

Possibilita o desenvolvimento pessoal do aluno 7, 11

Permite articular o conhecimento teórico com o conhecimento

prático

9, 44, 68, 69

Exige trabalho autónomo 10, 45, 47, 67

Exige pesquisa 66, 71

Exige muito estudo “fora do estágio” 56, 57

Facilita a construção da identidade profissional 15, 58

Possibilita o confronto com múltiplos modelos 17, 24, 61, 64

Permite tirar partido da experiência profissional do supervisor 20

Permite ganhar “maturidade profissional” 22, 50, 59

Facilita ganhar responsabilidade profissional 38, 39, 41, 42, 43

Facilita ganhar segurança profissional 72

Facilita ganhar autonomia 40, 51

Permite “aprender com o erro” 60

Facilita a aprendizagem de técnicas de enfermagem 12, 14, 18, 21, 27, 32

Permite aprender a planear cuidados 28, 37

Permite aprender a diagnosticar em enfermagem 29, 30, 31

Permite aprender a adequar/personalizar os cuidados 33, 34, 35, 36

Possibilita a aprendizagem de como ensinar a manter estilos de

vida saudáveis

16

Permite atuar em diferentes áreas de especialidade em

enfermagem

63, 64

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108

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109

ANEXO XI – Análise de Conteúdo dos Focus-Group e das Entrevistas

Semi-Estruturadas

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Matriz Resultante da Análise de Conteúdo dos Focus-Group e das Entrevistas Semi-Estruturadas

110

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Matriz Resultante da Análise de Conteúdo dos Focus-Group e das Entrevistas Semi-Estruturadas

111

TEMA I – Manifestações observadas do valor formativo da prática

SubTema I – Valor Formativo da Prática para os Docentes

Categorias Subcategorias

A prática é a fonte de conhecimento

Profissional docente

Permite a mobilização de conhecimento adquirido

Facilita a aquisição de conhecimento novo

Incita à mobilização da experiência adquirida

Possibilita um desenvolvimento

profissional situado

Facilita aprendizagens profissionais situadas

Possibilita a reflexão na e sobre a ação

Permite experienciar

Facilita a conscientização das

necessidades de formação

Induz à autoformação

Facilita a tomada de consciência das suas dificuldades e desatualização

Induz à procura de formação formal

Incita à pesquisa da sua própria prática

Promove um ambiente colaborativo

Promove a colaboração entre docentes

Facilita o desenvolvimento conjunto de professores e supervisores

Promove um ambiente colaborativo interinstitucional (entre academia e contextos)

Contribui para o desenvolvimento profissional dos supervisores clínicos

Facilita a socialização profissional Propicia o estabelecimento de uma relação de proximidade com o estudante

Facilita a relação com os enfermeiros dos contextos e restante equipa multidisciplinar

Contribui para a construção da

profissionalidade

Facilita o questionamento e a conscientização da profissionalidade docente

Facilita a conscientização da envolvente

Desenvolve competências

profissionais

Facilita o desenvolvimento de competências supervisivas

Facilita a aquisição de novas competências

Contribui para a construção

identitária

Contribui para a realização

profissional docente

A prática é fonte de satisfação profissional

Poder ser referência|modelo de prática para o estudante

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Matriz Resultante da Análise de Conteúdo dos Focus-Group e das Entrevistas Semi-Estruturadas

112

SubTema II – Valor Formativo da Prática para os Estudantes

Categorias Subcategorias

Permite aprendizagens situadas

supervisionadas

Propicia pensar e agir na complexidade

Facilita experienciar técnicas de enfermagem

Facilita a observação e a análise de práticas profissionais

Possibilita a reflexão na e sobre a prática

Possibilita experienciar o cuidar

Permite aprender a fazer fazendo contextualizadamente

Possibilita aprendizagens com os enfermeiros da prática

Possibilita aprendizagens com outros profissionais de saúde

Contribui para a melhoria contínua da componente prática da formação inicial em enfermagem

Permite desenvolver competências

pessoais profissionais

Consolida competências profissionais

Promove autonomia

Consolida aprendizagens profissionais

Estimula a mobilização de adquiridos

Promove a perceção da dimensão ético-deontológica da profissão

Contribui para construção da

Identidade profissional

Facilita o processo de “tornar-se enfermeiro”

Possibilita mudanças na forma de estar e agir profissional e a aquisição de uma postura profissional própria

Prepara para o exercício profissional

Facilita a socialização profissional

Estimula as relações interpessoais em contexto

Promove o desenvolvimento profissional do estudante

Propícia a relação interdisciplinar

Contribui para o desenvolvimento profissional dos práticos

Facilita a tomada de consciência de

si

Facilita o desenvolvimento pessoal do estudante

Facilita a conscientização da sua profissionalidade

Possibilita a emergência da perspetiva de formação contínua

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Matriz Resultante da Análise de Conteúdo dos Focus-Group e das Entrevistas Semi-Estruturadas

113

TEMA II – Estratégias usadas promotoras de valor formativo acrescentado

Categorias Subcategorias

Reflexão e análise das práticas

Criando espaços individuais e colectivos de reflexão e análise das práticas

Recorrendo à escrita reflexiva

Solicitando projectos

Recorrendo à observação e execução com análise

Recorrendo à investigação

Solicitando relatos com análise

Suporte ao estudante

Proporcionando um bom clima afectivo-relacional

Facilitando apoio técnico

Facilitando apoio emocional

Motivando o estudante

Fazendo um acompanhamento contínuo e sistemático do estudante

Supervisão técnica do processo

formativo

Acompanhamento e mediação das aprendizagens do estudante

Mediação da relação pedagógica entre supervisor clínico e estudante

Planificação da componente prática da formação inicial em enfermagem

Identificação | antecipação de problemas e dificuldades

Ajuda ao estudante na construção da sua profissionalidade

Facilitação da articulação interinstitucional (entre a academia e os contextos)

Facilitação da integração nas dinâmicas de funcionamento dos contextos

Ensino situado em contexto de

trabalho

Desenvolvendo um processo de ensino-aprendizagem centrado no estudante e na prestação e gestão de cuidados

Transmitindo a dimensão ético-deontológica da profissão

Mediando a relação entre estudante - utentes|famílias e equipa multidisciplinar

Ensino centrado no estudante

Induzindo o estudante a tomar consciência das suas necessidades de formação

Estimulando o trabalho colaborativo entre estudantes

Estimulando o trabalho autónomo

Avaliação formativa

Fornecendo feedback

Praticando uma avaliação contínua

Envolvendo o estudante no processo avaliativo

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Matriz Resultante da Análise de Conteúdo dos Focus-Group e das Entrevistas Semi-Estruturadas

114

Trabalho colaborativo com o

supervisor clínico

Dando suporte ao supervisor clínico

Planeando conjuntamente o ensino clínico

Realizando atividades de formação destinadas ao supervisor clínico

Trabalho colaborativo com a equipa

docente

Colaborando|dando apoio aos colegas

Analisando conjuntamente as práticas docentes após cada ensino clínico

Utilização de “competências

pessoais”

Ser diretivo

Ser assertivo

Ser criativo

Ser intuitivo

Ser pedagógico

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Matriz Resultante da Análise de Conteúdo dos Focus-Group e das Entrevistas Semi-Estruturadas

115

TEMA III – Obstáculos correntes que restringem o valor formativo que a prática podia ter

SubTema I – Obstáculos percebidos|sentidos pelos docentes

Categorias Subcategorias

(Des)articulação interinstitucional

Ausência de parcerias efetivas entre instituições de ensino e organizações de saúde

Desarticulação conceitual entre academia e contextos profissionais

Instabilidade politico-organizativa das organizações de saúde

Preparação deficitária para o

exercício da função supervisiva

Dificuldade em avaliar os adquiridos na prática pelo estudante

Afastamento da prática clínica

Dificuldade em perceber os limites do seu papel

Lidar com a componente emocional do ensino clínico

Ausência de formação em supervisão clínica

Interação com o enfermeiro

supervisor

Impreparação do enfermeiro supervisor para a função supervisiva

Diferentes visões acerca do cuidar em enfermagem

Indisponibilidade do supervisor para o exercício da função supervisiva

Caraterísticas pessoais do supervisor

Interação com o estudante

Caraterísticas pessoais do estudante

Ambiente afetivo-relacional desfavorável

Impreparação (teórica) do estudante para a frequência do ensino clínico

Falta de implicação do estudante no processo de ensino-aprendizagem clínico

Organização|gestão dos ensinos

clínicos

Massividade de estudantes nos contextos de trabalho

Ausência de disponibilidade para apoiar o estudante

Atomização geográfica e contextual dos estudantes

Duração do ensino clínico

Ausência de disponibilidade para colaborar|apoiar os pares (professores)

Interação com os contextos Deficiente integração na dinâmica organizativa dos contextos

Ausência de implicação dos profissionais na preparação dos ensinos clínicos

Aspetos normativos e|ou legais Organização do ensino de enfermagem no quadro do ensino superior

Inexistência de legislação reguladora da atividade supervisiva

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Matriz Resultante da Análise de Conteúdo dos Focus-Group e das Entrevistas Semi-Estruturadas

116

SubTema II – Obstáculos percebidos|sentidos pelos estudantes

Categorias Subcategorias

Choque da realidade

Dicotomia teoria-prática

A complexidade do real

Instabilidade politico-organizativa nas organizações de saúde

Gestão de “sentimentos profissionais”

Dificuldade de integração nos contextos

Contextos pouco desafiantes em termos formativos

Interação com o supervisor

Caraterísticas pessoais do estudante

Ambiente afetivo-relacional desfavorável

Indisponibilidade do supervisor para a função

Estilo de supervisão

Impreparação do supervisor para a função

Caraterísticas pessoais do supervisor

O supervisor enquanto avaliador

Aspetos intrínsecos ao próprio

processo formativo

Fatores relacionados com o estudante

Fatores relacionados com questões curriculares

Fatores relacionados com questões organizativas

Interação com o utente|família

Interação com o professor

Ambiente afetivo relacional entre professor e estudante nem sempre favorável

O papel do professor na avaliação em ensino clínico

Indisponibilidade do professor para a função supervisiva

Impreparação do professor para a função supervisiva

Interação|integração na equipa de

enfermagem

Tipo de interação com a equipa de enfermagem

Chefias de enfermagem pouco acessíveis

Interação com os colegas (pares) Competitividade entre os estudantes

Posturas dos colegas “pouco adequadas”

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Matriz Resultante da Análise de Conteúdo dos Focus-Group e das Entrevistas Semi-Estruturadas

117

TEMA IV – Mudanças curriculares que podem criar contextos mais favoráveis ao incremento das potencialidades

formativas da prática

Categorias Subcategorias

Organização formal desejada

O planeamento e condução do ensino clínico ser da exclusiva responsabilidade da escola

Existência de incentivos|contrapartidas ou, inclusive, considerar a possibilidade de profissionalizar a função

supervisiva

A função supervisiva deverá ter um caráter não impositivo

Criação de programas de indução docente à função supervisiva

Manutenção da formação inicial em regime de alter

Boa atmosfera afetivo-relacional entre os atores diretamente envolvidos no processo de ensino-aprendizagem

Ratio supervisivo que garanta a qualidade do processo de ensino-aprendizagem

Formalização da avaliação de desempenho do supervisor clínico

Estratégias desejadas

Existência de co-responsabilidade individual e coletiva no desenvolvimento de ações de colaboração interinstitucional

Um ensino prático individualizado|personalizado

Um ambiente que propicie ações colaborativas de reflexão na e sobre a prática

Maior investimento no ensino prático

Uniformização de critérios de exigência e avaliativos na componente prática da formação inicial de enfermeiros

Perfil de professor desejado

Professores com formação pedagógica

Professores com experiência profissional em enfermagem

Professores motivados para a função supervisiva

Professores com formação especializada na área do ensino clínico

Professores com experiência supervisiva

Relações interinstitucionais

desejadas

Estabelecimento de parcerias pedagógicas efetivas

Manutenção dos mesmos campos de estágio

Perfil de supervisor desejado

Supervisores com formação pedagógica

Supervisores com experiência profissional

Supervisores com formação especializada na área do ensino clínico a supervisionar

Supervisores detentores de caraterísticas pessoais e profissionais facilitadoras da relação pedagógica

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Matriz Resultante da Análise de Conteúdo dos Focus-Group e das Entrevistas Semi-Estruturadas

118

Supervisores com um conhecimento técnico-científico sólido

Variáveis sócio-demográficas: género e idade

Caraterísticas dos contextos

desejadas

Contextos cujas condições estruturais e recursos sejam adequadas à colaboração na formação inicial

Contextos que sejam acolhedores e facilitadores da integração do estudante

Contextos que estimulem o desenvolvimento do estudante

Finalidades de formação

desejadas

Uma formação alicerçada na evidência científica

Uma formação cujo enfoque resida nas necessidades específicas do utente|família

Uma formação que incentive o estudante a perspetivar-se como lifelong learner

Uma formação que profisisonalize

Uma formação que contribua para o desenvolvimento profissional e pessoal dos práticos

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119

TEMA I – Manifestações observadas do Valor formativo da prática

Subtema I – Valor formativo da prática para os docentes

Categoria: A prática é a fonte de conhecimento profissional docente (Professores)

Total % Total %

A prática é fonte de conhecimento

profiss ional docente

FG1 (1, 2, 3); FG2 (18, 19, 20, 23); FG3 (12, 16, 17); FG4

(37, 38, 42); FG6 (48); FG8 (2); FG9 (52); FG12 (1, 2, 26,

27, 29, 35); FG13 (8)

3 4 3 3 1 1 1 6 1 23 13,6 9 69,2

Faci l i ta novas aprendizagensFG6 (2); FG8 (9); FG9 (6); FG10 (6, 28, 32); FG11 (1, 29,

35, 58, 60);FG12 (48); FG13 (6)1 1 1 3 5 1 1 13 7,7 7 53,8

Propicia novas aprendizagens por via da

lei tura/aval iação dos trabalhos

desenvolvidos pelo a luno em contexto

cl ínico

FG10 (3, 5); FG11 (30, 31) 2 2 4 2,4 2 15,4

Contribui para a melhoria contínua da

qual idade do ens ino teóricoFG2 (28); FG9 (1) 1 1 2 1,2 2 15,4

Faci l i ta a aquis ição de conhecimento novo

fora da área de especia l idadeFG11 (19, 37) 2 2 1,2 1 7,7

Permite a mobi l i zação de representações ,

enquanto a lunos , para a resolução de

problemas

FG1 (4, 5, 6, 11, 13, 14); FG2 (24, 25); FG3 (1, 2, 3, 4, 49,

50, 51, 52, 53, 54, 55); FG4 (40); FG5 (33, 34, 35, 36, 37,

38, 39, 40, 41, 42, 43, 44, 45, 46, 47, 48); FG6 (35, 36);

FG9 (39, 50, 51, 54, 55, 56, 57); FG10 (26); FG11 (11, 13,

49, 50, 51, 52, 53, 54); FG12 (5, 13, 14, 15, 53, 55, 56,

57, 59, 60, 61, 62, 64, 65, 66, 67, 69, 70, 72)

6 2 11 1 16 2 7 1 8 19 73 43,2 10 76,9

Permite a mobi l i zação de conhecimento

adquirido previamenteFG4 (31, 32, 33, 34, 35, 36); FG5 (27, 28) 6 2 8 4,7 2 15,4

Faci l i ta o aprofundamento do

conhecimento na área da especia l idadeFG11 (22) 1 1 0,6 1 7,7

Permite a mobi l i zação da experiência

acumulada

FG3 (7, 20, 39, 40); FG9 (14, 15, 24, 26, 38); FG10 (12,

13, 14, 15); FG11 (23, 25); FG12 (9, 11, 51); FG13 (17, 18,

19, 21, 22)

4 5 4 2 3 5 23 13,6 6 46,2

Permite a mobi l i zação da experiência

profiss ional anterior enquanto enfermeiro

FG9 (31, 32, 33, 34, 35, 36, 37,40); FG10 (7, 11, 39);

FG12 (4, 12, 16, 54, 73, 74, 75); FG13 (12, 13)8 3 7 2 20 11,8 4 30,8

Totais da Categoria 169 100 - - - - - -

Permite a mobilização

de conhecimento

adquirido

Incita à mobilização

da experiência

adquirida

Facilita a aquisição

de conhecimento novo

Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2 FG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8UE (n=13)

FG9 FG10 FG11 FG12 FG13UR

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120

Categoria: Possibilita um desenvolvimento profissional situado (Professores)

Total % Total %

UE (n=13)FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

URFG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2

Permite a aquis ição de conhecimento

prático

FG2 (4, 12, 22); FG6 (1); FG7 (32, 36, 38, 40, 41, 43, 45);

FG11 (27, 43, 44, 59)3 1 7 4 15 11,7 4 30,8

Permite “meter as mãos na massa” FG5 (12); FG6 (3); FG12 (39) 1 1 1 3 2,3 3 23,1

Poss ibi l i ta um desenvolvimento

profiss ional s i tuado

FG1 (7, 8, 9, 10); FG3 (18, 19, 34, 41, 42, 43); FG4 (4, 6);

FG5 (3,5,11, 31); FG7 (39, 49); FG12 (22, 23, 25, 46, 47);

FG13 (2, 4, 10)

4 6 2 4 2 5 3 26 20,3 7 53,8

Proporciona um profundo conhecimento

dos contextos de trabalhoFG4 (28); FG6 (27); FG8 (14) 1 1 1 3 2,3 3 23,1

Faci l i ta o contato com novas

terapêuticas/fármacosFG8 (12); FG12 (41) 1 1 2 1,6 2 15,4

Propicia o contato / conhecimento dos

utentes / famíl iaFG9 (8); FG12 (37); FG13 (14) 1 1

13 2,3 3 23,1

Faci l i ta o contato com as di ferentes

formas de organização dos cuidados e dos

contextos

FG1 (15); FG2 (3); FG11 (2, 3, 4, 46) 1 1 4 6 4,7 3 23,1

Faci l i ta o contato com s i tuações novas da

prática de Enfermagem

FG1 (23, 24, 25, 26, 27); FG2 (1, 5); FG3 (15, 22); FG5 (1,

4)5 2 2 2 11 8,6 4 30,8

Permite ganhar segurança profiss ional FG4 (13, 16, 22); FG6 (25); FG9 (2); FG11 (9) 3 1 1 1 6 4,7 4 30,8

Faci l i ta o acesso à inovação em termos de

equipamentos e de ferramentas digi ta is

de gestão de cuidados

FG2 (2, 6); FG8 (10, 11); FG11 (47, 48); FG12 (42, 43, 44,

45, 52)2 2 2 5 11 8,6 4 30,8

Permite desenvolver a capacidade de

adaptaçãoFG5 (13); FG6 (32, 33) 1 2 3 2,3 2 15,4

Facilita

aprendizagens

profissionais

situadas

Permite experienciar

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121

Total % Total %

UE (n=13)FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

URFG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2

Propicia a reflexão na ação e sobre a açãoFG1 (18); FG3 (23, 29, 30, 33); FG4 (10, 11,12); FG6 (7,

22, 45); FG7 (21, 51); FG12 (40, 76)1 4 3 3 2 2 15 11,7 6 46,2

Permite que a aval iação consti tua um

momento formativoFG6 (28, 37) 2 2 1,6 1 7,7

Permite o exercício de uma prática

baseada na evidênciaFG6 (9, 10, 11, 12) 4 4 3,1 1 7,7

Permite o confronto com múltiplos

modelos de açãoFG6 (4, 6, 8, 13); FG11 (55, 56); FG12 (58, 63, 71) 4 2 3 9 7,0 3 23,1

Faci l i ta o questionamento das próprias

práticas de ens inoFG3 (35, 36, 37, 38); FG7 (18); FG9 (46, 49); FG11 (12) 4 1 2 1 8 6,3 4 30,8

Faci l i ta comparar as práticas dos diversos

contextosFG11 (61) 1 1 0,8 1 7,7

Totais da Categoria 128 100 - - - - - -

Possibilita a reflexão

na e sobre a ação

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122

Categoria: Facilita a conscientização das necessidades de formação (professores)

Total % Total %

UE (n=13)FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

URFG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2

Faci l i ta a tomada de consciência da

“efemeridade do conhecimento”FG5 (14, 15) 2 2 2,0 1 7,7

Faci l i ta a atual ização profiss ionalFG5 (50); FG6 (50); FG11 (14, 15, 16, 26, 36, 45); FG12

(21, 30, 31, 32, 33, 34, 36); FG13 (9, 15, 16)1 1 6 7 3 18 17,6 5 38,5

Faci l i ta a conscientização do grau de

qual idade de ens ino prático praticadoFG6 (38, 39, 40) 3 3 2,9 1 7,7

Faci l i ta perceber quais as áreas lacunares FG5 (17, 18, 19, 20, 21); FG11 (20); FG12 (17) 5 1 1 7 6,9 3 23,1

Exige a procura s is temática de novas

formas de ens inarFG10 (31, 33, 34, 35, 36, 37) 6 6 5,9 1 7,7

Faci l i ta a atual ização de conhecimentos

na área da FarmacologiaFG9 (7) 1 1 1,0 1 7,7

Faci l i ta a atual ização de conhecimentos

na área da PatologiaFG9 (6) 1 1 1,0 1 7,7

Induz à constante pesquisa de informação

FG1 (28, 29, 30, 31); FG3 (9, 10, 11, 21); FG4 (15, 17, 18,

19, 20, 21); FG5 (2, 16, 82); FG6 (21, 23, 28, 47); FG8 (1);

FG12 (24); FG13 (7, 11, 20)

4 4 6 3 4 1 1 3 26 25,5 8 61,5

Exige atual ização constante de

conhecimentoFG1 (31); FG4 (1, 3); FG7 (11); FG9 (17); FG10 (9, 10, 30); 1 2 1 1 3 8 7,8 5 38,5

Atual izando-se através do recurso a

artigos científicosFG5 (86, 87) 2 2 2,0 1 7,7

Recorrendo à pesquisa bibl iográfica FG1 (63); FG5 (88); FG7 (85, 86, 87) 1 1 3 5 4,9 3 23,1

Impl ica aprofundar conhecimento FG3 (25, 26, 27) 3 3 2,9 1 7,7

Exige autodidatismo FG4 (41); FG5 (32); FG6 (49); FG10 (8, 38); FG12 (68) 1 1 1 2 1 6 5,9 5 38,5

Facilita a tomada de

consciência das suas

dificuldades e

desatualização

Induz a autoformação

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123

Total % Total %

UE (n=13)FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

URFG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2

Exige fazer formação formal FG1 (64); FG3 (8, 44); FG5 (83, 92); FG6 (20, 46) 1 2 2 2 7 6,9 4 30,8

Requer formação teórica pós-graduada FG4 (23, 24, 25); FG6 (26) 3 1 4 3,9 2 15,4

Investigando a própria prática FG9 (84) 1 1 1,0 1 7,7

Investigando o próprio processo de ens ino-

aprendizagem em contexto de trabalhoFG5 (41); FG9 (32) 1 1 2 2,0 2 15,4

Totais da Categoria 102 100 - - - - - -

Incita à pesquisa da

sua própria prática

Induz a procura de

formação formal

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124

Categoria: Promove um ambiente colaborativo (professores)

Total % Total %

UE (n=13)FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

URFG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2

Promove a

colaboração entre

docentes

Fomenta um ambiente de colaborativo

entre professores

FG2 (13, 14, 15, 16, 17); FG3 (6, 45); FG4 (30, 39); FG9

(18, 19, 20, 21, 22, 23, 44, 45, 47, 48); FG10 (1, 2, 16, 17,

18, 19, 20, 21, 23, 27); FG11 (17); FG12 (6, 7, 8, 10, 18)

5 2 2 10 10 1 5 35 36,5 7 53,8

Faci l i ta o desenvolvimento conjunto (supervisores – docentes)

FG1 (21, 22, 32, 33); FG6 (17, 18, 19, 24, 30, 31); FG7

(16); FG9 (11, 12); FG10 (4, 24); FG12 (19); FG13 (3)4 6 1 2 2 1 1 17 17,7 7 53,8

Faci l i ta o desenvolvimento de projetos

conjuntos entre professores e supervisores FG2 (26, 27); FG5 (29, 30); FG6 (24) 2 2 1 5 5,2 3 23,1

Propicia aprendizagens mútuas entre

supervisores e professoresFG2 (11); FG4 (5, 26,27, 29); FG11 (41) 1 4 1 6 6,3 3 23,1

Fomenta um ambiente de colaboração e

parti lha interinsti tucional

FG1 (1, 2); FG2 (1, 2); FG3 (4, 8); FG5 (49); FG9 (9); FG13

(2)2 2 2 1 1 1 9 9,4 6 46,2

Faci l i ta a entrada do conhecimento prático

na academiaFG7 (2, 15) 2 2 2,1 1 7,7

Faci l i ta a “introdução de uma cultura

reflexiva nos contextos de trabalho”FG4 (8, 9) 2 2 2,1 1 7,7

Faci l i ta a di fusão de conhecimento teórico

nos contextos de trabalhoFG4 (2, 7); FG7 (52, 53, 54); FG8 (7, 8, 13) 2 3 3 8 8,3 3 23,1

Propicia a formação contínua dos

supervisores cl ínicosFG7 (4, 5, 6, 7, 8, 9, 10) 7 7 7,3 1 7,7

Propicia aprendizagens mútuas entre

supervisores e a lunosFG2 (7, 8, 9, 10); FG9 (53) 4 1 5 5,2 2 15,4

Totais da Categoria 96 100 - - - - - -

Promove um ambiente

colaborativo

interinstitucional

Contribui para o

desenvolvimento

profissional dos

supervisores clínicos

Facilita o

desenvolvimento

conjunto de

professores e

supervisores

Page 125: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

125

Categoria: Facilita a socialização profissional (Professores)

Total % Total %

UE (n=13)FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

URFG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2

Faci l i ta a fami l iarização com os

profiss ionaisFG6 (5) 1 1 3,4 1 7,7

Proporciona um profundo conhecimento

dos supervisoresFG7 (12, 13); FG9 (3, 10, 16); FG11 (10, 24) 2 3 2 7 24,1 3 23,1

Propicia o contato com múltiplos e

di ferentes formas de fazerFG10 (29) 1 1 3,4 1 7,7

Estimula o desenvolvimento de relações

de proximidade entre professor e a lunoFG7 (25, 26) 2 2 6,9 1 7,7

Propicia a cumpl icidade professor - a luno FG8 (5, 6, 15) 3 3 10,3 1 7,7

Proporciona um profundo conhecimento

dos a lunos

FG7 (22, 23, 24); FG11 (5, 6, 7, 8); FG12 (3, 49, 50); FG13

(5)3 3 3 1 10 34,5 4 30,8

Permite perceber a heterogeneidade entre

os a lunosFG3 (13, 14) 2 2 6,9 1 7,7

Permite tomar consciência do

desenvolvimento profiss ional do a lunoFG2 (23); FG9 (5, 13) 1 2 3 10,3 2 15,4

Totais da Categoria 29 100 - - - - - -

Facilita a relação com

os enfermeiros dos

contextos e restante

equipa

multidisciplinar

Propicia o

estabelecimento de

uma relação de

proximidade com o

estudante

Page 126: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

126

Categoria: Contribui para a construção da profissionalidade (Professores)

Total % Total %

UE (n=13)FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

URFG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2

Faci l i ta a conscientização acerca das

políticas de saúde e da educaçãoFG5 (22, 23, 24, 25, 26) 5 5 20,0 1 7,7

Contribui para a aquis ição de uma visão

global dos contextos cl ínicosFG4 (14) 1 1 4,0 1 7,7

Permite conci l iar os papéis de enfermeiro

e de professorFG6 ( 15, 16, 34, 41) 4 4 16,0 1 7,7

Contribui para o “crescimento profiss ional

docente”FG8 (3, 4) 2 2 8,0 1 7,7

Propicia o questionamento da própria

profiss ional idade docenteFG7 (27, 28, 33) 3 3 12,0 1 7,7

Contribui para a construção da

profiss ional idade docenteFG5 (6, 7, 8, 9); FG10 (22, 25); FG12 (20, 28) 3 2 2 7 28,0 3 23,1

Exige responsabi l idade ética e legal FG11 (18, 21, 57) 3 3 12,0 1 7,7

Totais da Categoria 25 100 - - - - - -

Facilita o

questionamento e a

conscientização da

profissionalidade

docente

Facilita a

conscientização da

envolvente

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127

Categoria: Desenvolve competências profissionais (Professores)

Total % Total %

UE (n=13)FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

URFG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2

Permite desenvolver competências novas FG5 (10) 1 1 5,6 1 7,7

Faci l i ta o desenvolvimento de

competênciasFG7 (44) 1 1 5,6 1 7,7

Faci l i ta aprender a supervis ionar FG3 (32) 1 1 5,6 1 7,7

Faci l i ta aprender a geri r confl i tos FG3 (33); FG11 (28, 32, 33, 34, 38) 1 5 6 33,3 2 15,4

Faci l i ta aprender a geri r relações

interpessoaisFG3 (24, 28); FG11 (39, 42); FG13 (23, 24) 2 2 2 6 33,3 3 23,1

Faci l i ta aprender a comunicar quer com o

a luno quer com o supervisorFG11 (40) 1 1 5,6 1 7,7

Faci l i tar aprender a ouvir o a luno FG9 (41, 42) 2 2 11,1 1 7,7

Totais da Categoria 18 100 - - - - - -

Facilita a aquisição

de novas

competências

Facilita o

desenvolvimento de

competências

supervisivas

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128

Categoria: Contribui para a construção identitária (Professores)

Total % Total %

UE (n=13)FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

URFG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2

Contribui para a construção da Identidade

Profiss ionalFG1 (34, 35); FG6 (14); FG7 (34, 35, 37); FG9 (25) 2 1 3 1 7 43,8 4 30,8

Faci l i ta o processo de tornar-se professor FG7 (29, 30, 31, 35); FG9 (27, 28, 29, 30); FG13 (1) 4 4 1 9 56,3 3 23,1

Totais da Categoria 16 100 - - - - - -

Facilita o processo de

tornar-se professor

Categoria: Contribui para a realização profissional docente (Professores)

Total % Total %

UE (n=13)FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

URFG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2

Permite ser referência | testemunho para

os a lunosFG1 (12, 16, 17) 3 3 25,0 1 7,7

Confere prestígio aos professores FG3 (46, 47, 49) 3 3 25,0 1 7,7

Contribui para a real ização profiss ional FG7 (3, 46, 47, 48, 50) 5 5 41,7 1 7,7

Faci l i ta o desenvolvimento do gosto pela

profissãoFG9 (43) 1 1 8,3 1 7,7

Totais da Categoria 12 100 - - - - - -

Poder ser

referência/modelo de

prática para o

estudante

A prática é fonte de

satisfação

profissional

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129

Subtema II – Valor formativo da prática para os estudantes

Categoria: Permite aprendizagens situadas supervisionadas (Professores e estudantes)

Totais % Totais %Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2 FG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8 FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

UE (n=13)UR

Poss ibi l i ta a observção de di ferentes

modelos de ação

FG1 (42); FG2 (5, 10, 44, 45, 46, 47); FG3 (41, 46, 47, 50);

FG3 (23); FG8 (36); FG9 (9, 99); FG12 (87)1 6 5 1 2 1 16 3,6 6 46,2

Poss ibi l i ta a observação de práticas in

loco

FG1 (2); FG2 (35); FG4 (56); FG5 (39, 56); FG7 (95); FG8

(10, 35, 37, 38, 42); FG9 (49, 87, 92); FG10 (4, 32); FG11

(34, 35, 38)

1 1 1 2 1 5 3 2 3 19 4,3 9 69,2

Estimula o questionamento e a anál ise

crítica

FG2 (68, 69, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 76); FG3 (38, 40, 48,

49); FG4 (6); FG5 (8, 41, 43, 71, 99); FG6 (21, 46); FG7

(22, 91); FG8 (39); FG9 (21,70, 84, 98, 104, 105, 108,

142); FG11 (46)

9 4 1 5 2 2 1 8 1 33 7,5 9 69,2

Proporciona aprendizagens “pela

negativa”

FG3 (42, 43); FG4 (27); FG5 (14, 73, 74); FG6 (24, 85); FG8

(84); FG10 (9)2 1 3 2 1 1 10 2,3 6 46,2

Permite aprender a superar as

di ficuldadesFG10 (51) 1 1 0,2 1 7,7

Permite o confronto com referencia is de

desempenho de qual idadeFG10 (22) 1 1 0,2 1 7,7

Faci l i ta o desenvolvimento dos aspetos

cognitivos da aprendizagem práticaFG4 (35, 36, 40, 55) 4 4 0,9 1 7,7

Poss ibi l i ta refleti r sobre as práticas

FG1 (33, 34, 36); FG3 (19, 20, 21, 32, 34, 36); FG4 (5, 20);

FG6 (16, 17, 19, 27, 41, 71, 72); FG7 (23, 57, 58, 59, 61,

84, 89, 97, 101); FG9 (53, 82, 88, 97); FG11 (20, 48, 52,

54); FG13 (35, 50, 51)

3 6 2 7 9 4 4 3 38 8,6 8 61,5

Faci l i ta a “reflexão na e sobre a ação” FG9 (20, 25, 73, 95, 103); FG10 (40, 46) 5 2 7 1,6 2 15,4

Faci l i ta a “reflexão antes da ação” FG9 (94) 1 1 0,2 1 7,7

Possibilita a

reflexão na e sobre

a prática

Facilita a

observação e a

análise de práticas

profissionais

Page 130: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

130

Totais % Totais %Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2 FG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8 FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

UE (n=13)UR

Permite aprender a cuidar FG10 (18, 27) 2 2 0,5 1 7,7

Propicia contatar com a ans iedade dos

utentes/famíl ias e a vulnerabi l idade

humana

FG6 (79); FG9 (48) 1 1 2 0,5 2 15,4

Faci l i ta a foca l ização da atenção na

pessoa a lvo de cuidadosFG9 (34, 35, 40) 3 3 0,7 1 7,7

Permite experienciar | geri r emoções e

“sentimentos profiss ionais”

FG1 (25, 26, 27, 28); FG3 (76); FG5 (45, 52); FG7 (48, 50,

72); FG8 (2, 61, 62); FG9 (43, 44, 45,46)4 1 2 2 3 4 16 3,6 6 46,2

Permite aprender a l idar com a pessoa

doenteFG9 (47); FG12 (18, 35, 40, 47, 85) 1 5 6 1,4 2 15,4

Permite experienciar/aprender a relação

de a judaFG1 (40); FG4 (11); FG7 (65); FG10 (16, 17); FG12 (27) 1 1 1 2 1 6 1,4 5 38,5

Permite aprender a “relacionar-se

com”/”manipular o corpo do outro”FG10 (13, 14); FG11 (8) 2 1 3 0,7 2 15,4

Possibilita

experienciar o

cuidar

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131

Totais % Totais %Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2 FG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8 FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

UE (n=13)UR

Propicia a rea l ização de técnicas de

enfermagemFG11 (26, 28); FG12 (23, 26, 29, 46) 2 4 6 1,4 2 15,4

Desenvolve a capacidade diagnóstica do

a lunoFG5 (84, 85); FG6 (44, 45); FG9 (125) 2 2 1 5 1,1 3 23,1

Poss ibi l i ta a apl icação da metodologia do

planeamento de cuidados FG5 (65, 66, 67, 68) 4 4 0,9 1 7,7

permite experimentar técnicas FG1 (47); FG9 (49, 50, 52); FG11 (14); FG13 (26) 1 3 1 1 6 1,4 4 30,8

Poss ibi l i ta ganhar desenvoltura na

manipulação de fármacosFG11 (27) 1 1 0,2 1 7,7

Permite aprender por imitação

FG3 (31, 35); FG4 (4); FG5 (26, 28, 40, 61, 72); FG6 (86,

87, 88, 90); FG7 (54, 93, 94, 96); FG9 (51, 66, 67, 68);

FG10 (18, 80, 81, 90, 91, 104, 143, 144); FG11 (22, 23,

29, 32, 33, 36, 37, 39, 42, 43, 47); FG12 (6, 12, 13, 48);

FG13 (48, 49)

2 1 5 4 4 4 8 11 4 2 45 10,2 10 76,9

Faci l i ta a aprendizagem com os

profiss ionais de enfermagemFG5 (38); FG7 (53, 55) 1 2 3 0,7 2 15,4

Poss ibi l i ta colocar a “mão na massa”FG4 (1,16,21, 22, 23, 24, 31); FG5 (59, 70); FG9 (93,123,

124); FG10 (34)7 2 3 1 13 2,9 4 30,8

Permite praticar de forma supervis ionada FG6 (40, 43, 70); FG7 (51); FG9 (86); FG10 (2) 3 1 1 1 6 1,4 4 30,8

Faci l i ta a “desenvoltura técnica”/rapidez

no agirFG9 (128); FG12 (54, 55, 56, 57, 60, 61, 62, 73, 74, 75) 1 10 11 2,5 2 15,4

Permite apl icar conhecimentos teórico-

práticos

FG1 (4, 9, 12, 14, 18, 29, 32); FG3 (85); FG5 (16, 18, 31,

49, 50, 60); FG6 (52); FG8 (3, 85); FG9 (7, 17); FG10 (3);

FG11 (10)

7 1 6 1 2 2 1 1 21 4,8 8 61,5

Facilita

experienciar

técnicas de

enfermagem

Page 132: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

132

Totais % Totais %Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2 FG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8 FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

UE (n=13)UR

Permite o confronto / interação com a

complexidade do real

FG2 (16, 17, 18, 19, 20, 21); FG3 (7, 45); FG4 (17, 18, 32);

FG5 (1, 2, 3, 19, 20, 21, 34, 35, 36); FG6 (29, 61, 67, 81,

82, 83, 89); FG7 (29,52, 98); FG8 (1, 82); FG9 (4, 5, 29,

36, 54,117); FG10 (1, 7); FG11 (9, 14)

6 2 3 9 7 3 2 6 2 40 9,0 9 69,2

Promove aprendizagem s i tuada

supervis ionada

FG1 (5, 8, 10, 11, 13, 15, 16, 17, 38, 39, 52, 54); FG2 (11,

12, 22, 23); FG3 (4, 5, 8); FG4 (2, 3, 10, 33); FG5 (12, 44,

51, 77, 78); FG6 (6, 57, 58, 59, 60, 62, 65, 76, 78, 80);

FG8 (11, 12, 16, 19, 28, 29); FG9 (1, 2, 12, 21, 22, 27);

FG10 (8, 33); FG11 (11, 15, 16); FG12 (5, 11, 14, 21, 22,

24, 25, 31, 36, 37); FG13 (11)

12 4 3 4 5 10 6 6 2 3 10 1 66 14,9 12 92,3

Permite a tomada de consciência da

envolventeFG6 (22);FG7 (100) 1 1 2 0,5 2 15,4

Faci l i ta a contextual ização / adequação da

ação face à s ingularidade das s i tuações

FG4 (54); FG5 (63, 64, 65, 81); FG7 (14);FG8 (17); FG12

(38, 39, 43)1 4 1 1 3 10 2,3 5 38,5

Exige supervisão FG10 (36, 58, 59, 60, 61, 62) 6 6 1,4 1 7,7

Faci l i ta a emergência do pensamento

complexoFG5 (46, 89, 90, 91, 92, 93) 6 6 1,4 1 7,7

Faci l i ta a aproximação à visão hol ís tica do

utente/famíl iaFG1 (57); FG4 (46); FG12 (44, 45, 52); FG13 (22, 23) 1 1 3 2 7 1,6 4 30,8

Permite a conscientização dos ganhos em

saúde associados aos cuidados de

enfermagem

FG4 (47); FG7 (13); FG8 (40) 1 1 1 3 0,7 3 23,1

Permite tomar consciência da

subjetividade do cuidarFG5 (75, 76, 79, 80, 87) 5 5 1,1 1 7,7

Permite conferi r qual idade à formação

inicia l em enfermagemFG4 (26); FG9 (26) 1 1 2 0,5 2 15,4

É um espaço insubsti tuível na formação

inicia l em enfermagemFG4 (15, 19, 55); FG12 (1, 16) 3 2 5 1,1 2 15,4

Contribui para a melhoria contínua da

qual idade do ens ino práticoFG2 (83) 1 1 0,2 1 7,7

Totais da Categoria 442 100 - - - - - -

Propicia pensar e

agir na

complexidade

Contribui para a

melhoria contínua

da componente

prática da formação

inicial em

enfermagem

Page 133: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

133

Totais % Totais %EA7 EA8 EA9 EA10EA1 EA2 EA3 EA4 EA5 EA6Subcategoria

UE (n=15)EA11 EA12 EA13 EA14 EA15

URIndicadores Unidades de registo

Permite fazer aprendizagens situadas

EA1 (26, 70); EA2 (32, 33, 68, 90), EA3 (20, 22, 23, 24,

66); EA4 (28, 29, 33, 34, 35, 37, 66); EA5 (14, 16, 18, 32);

EA6 (9, 19, 27, 29, 30); EA7 (4, 6); EA8 (8); EA11 (17, 18);

EA12 (19, 21, 22, 62); EA13 (11, 15, 16, 18, 19, 45); EA14

(15, 16, 17, 58, 59, 79); EA15 (15, 16)

2 4 5 7 4 5 2 1 2 4 6 6 2 50 11,0 13 86,7

Possibilita a observção de diferentes modelos de

ação

EA1 (17, 24, 61, 64); EA4 (11, 17); EA5 (47, 58, 68, 73);

EA7 (3, 39, 40, 41, 42, 43); EA9 (9); EA13 (40, 41, 43);

EA14 (67, 68, 69, 70, 71, 75) EA15 (34)

4 2 4 6 1 3 6 1 27 6,0 8 53,3

Possibilita “aprender pela negativa”EA1 (60); EA3 (10); EA4 (8, 56); EA10 (14, 15, 16); EA12

(26, 61, 69); EA14 (72, 73)1 1 2 3 3 2 12 2,6 6 40,0

Possibilita a observação de práticas in loco

EA1 (51, 65, 66, 67, 89, 99, 100); EA3 (7); EA4 (15, 62,

65); EA5 (56, 57, 59, 90); EA7 (24, 25, 33, 35); EA8 (37,

39, 54); EA9 (30, 31, 32, 34, 50, 55, 60); EA11 (26, 27,

28); EA13 (33); EA14 (36)

7 1 3 4 4 3 7 3 1 1 34 7,5 10 66,7

Permite aprofundar teoricamente os casos

clínicosEA2 (58) 1 1 0,2 1 6,7

Possibilita a análise das práticas EA4 (3) 1 1 0,2 1 6,7

Permite “ouvir a opinião de quem sabe e tem

mais experiência”EA5 (66, 67) 2 2 0,4 1 6,7

Possibilita refletir sobre as práticas

EA1 (48, 65); EA2 (95, 96); EA4 (23); EA5 (38, 85, 86, 102,

103, 104, 105, 108); EA6 (68); EA7 (55, 56, 57, 58); EA8

(34, 35, 36); EA9 (51); EA10 (43, 46); EA13 (51); EA14 (37,

78); EA15 (17, 28)

2 2 1 8 1 4 3 1 2 1 2 2 29 6,4 12 80,0

Estimula o questionamento/análise crítica

EA2 (56, 61, 63, 71, 74, 87, 92, 93, 94, 98, 101); EA4 (19,

21, 22, 38, 40, 57, 60, 63, 67, 85); AE5 (44); EA7 (22, 23);

EA11 (24, 30, 33, 36, 37); EA12 (9, 65); EA13 (34, 48);

EA14 (56)

11 10 1 2 5 2 2 1 34 7,5 8 53,3

Facilita a observação

e a análise de

práticas profissionais

Possibilita a reflexão

na e sobre a prática

Page 134: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

134

Totais % Totais %EA7 EA8 EA9 EA10EA1 EA2 EA3 EA4 EA5 EA6Subcategoria

UE (n=15)EA11 EA12 EA13 EA14 EA15

URIndicadores Unidades de registo

Permite experienciar/fazer/”por as mãos na

massa”

EA2 (36, 38, 39, 49); EA3 (8); EA4 (9, 12, 13, 14, 20); EA5

(15, 24, 30, 31, 52, 60, 61, 63, 64, 91, 92, 94, 95); EA7

(34); EA8 (19, 38, 40, 41); EA9 (36, 38); EA13 (12, 13, 24,

30); EA15 (11)

4 1 5 13 1 4 2 4 1 35 7,7 9 60,0

Permite aprender por tentativa-erro EA3 (9, 65); EA4 (10) 2 1 3 0,7 2 13,3

Permite aplicar conhecimentosEA1 (46); EA2 (31); EA3 (3); EA5 (4, 10); EA10 (8, 19, 26);

EA14 (5)1 1 1 2 3 1 9 2,0 6 40,0

Possibilita um leque de experiências muito

diversificadoEA12 (54, 55, 60, 63); EA13 (35, 37, 38, 39) 4 4 8 1,8 2 13,3

Permite aprender os “truques da profissão” EA3 (13); EA4 (17, 18, 64) 1 3 4 0,9 2 13,3

Permite colaborar/atuar em situações urgentes

e/ou emergentesEA15 (2, 3) 2 2 0,4 1 6,7

Permite aprender a cuidar do utente/família em

situação crítica

EA1 (4); EA2 (8, 10, 25, 26, 30); EA5 (17, 21); EA10 (11)

EA15 (1)1 5 2 1 1 10 2,2 5 33,3

Permite aprender a planear os cuidados de

enfermagem

EA1 (28, 37); EA2 (14, 15); EA6 (54); EA9 (56); EA12 (42,

58, 59); EA14 (5, 63); EA15 (39, 40)2 2 1 1 3 2 2 13 2,9 7 46,7

Permite aprender a adequar/personalizar os

cuidados

EA1 (33, 34, 35, 36); EA3 (44); EA4 (4); EA5 (88, 96, 97);

EA8 (6, 15); EA14 (9)4 1 1 3 2 1 12 2,6 6 40,0

Possibilita a atuação nos mais distintos e

diversos contextos de prática clinica de

enfermagem

EA1 (63, 64), EA6 (10, 12, 14); EA8 (3, 42); EA9 (1, 42,

68); EA10 (28); EA11 (39, 40, 41, 42); EA12 (49); EA13

(42, 44); EA15 (29)

2 3 2 3 1 4 1 2 1 19 4,2 9 60,0

Possibilita o contato com áreas clínicas muito

especializadasEA11 (3); EA12 (45, 50, 51, 53, 64) 1 5 6 1,3 2 13,3

Permite experienciar | gerir emoções e

“sentimentos profissionais” EA3 (16); EA4 (70) EA13 (20, 21, 22, 23) 1 1 2 4 8 1,8 4 26,7

Permite aprender/desenvolver a relação

terapêutica e de ajudaEA4 (69); EA5 (75, 78, 79); EA15 (10) 1 3 1 5 1,1 3 20,0

Permite contatar com a pessoa doente com as

mais diversas patologiasEA2 (4); EA3 (1, 19, 21); EA5 (23); EA6 (5); EA11 (6) 1 3 1 1 1 7 1,5 5 33,3

Permite aprender a

fazer, fazendo

contextualizadamente

Possibilita

experienciar o cuidar

Page 135: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

135

Totais % Totais %EA7 EA8 EA9 EA10EA1 EA2 EA3 EA4 EA5 EA6Subcategoria

UE (n=15)EA11 EA12 EA13 EA14 EA15

URIndicadores Unidades de registo

Propicia a realização de técnicas de Enfermagem

EA1 (12, 14, 18, 21, 27, 32); EA2 (34); EA3 (12, 64); EA4

(6, 16, 24, 27, 30, 83, 84); EA5 (5, 7, 71, 72); EA6 (20);

EA8 (18); EA9 (17, 19); EA10 (36); EA11 (1, 4, 9, 13, 25);

EA12 (16, 37, 38); EA13 (25); EA15 (14)

6 1 2 7 4 1 1 2 1 5 3 1 1 35 7,7 13 86,7

Desenvolve a capacidade diagnóstica do aluno EA1 (29, 30, 31); EA2 (22) 3 1 4 0,9 2 13,3

Permite aprender a fazer ensinos ao

utente/famíliaEA1 (16); EA5 (69) 1 1 2 0,4 2 13,3

Permite aprender “a passar o turno” EA2 (7) 1 1 0,2 1 6,7

Facilita aprender a fazer registos de enfermagem EA12 (43, 44) 2 2 0,4 1 6,7

Possibilita ganhar desenvoltura na manipulação

de fármacos

EA2 (1, 13); EA8 (16, 17, 43); EA12 (23, 24, 25, 36, 52);

EA14 (23)2 3 5 1 11 2,4 4 26,7

Permite colaborar em consultas de enfermagem EA5 (74) 1 1 0,2 1 6,7

Permite aprender a lidar com equipamentos e

dispositivos médicosEA12 (27, 28); EA14 (22, 24, 25, 27, 55) 2 5 7 1,5 2 13,3

Possibilita o confronto/interação com a

complexidade do real

EA2 (77); EA3 (41, 42); EA5 (80); EA6 (3, 4, 8, 21, 22, 28);

EA7 (1, 7); EA8 (1, 2); EA12 (20)1 2 1 6 2 2 1 15 3,3 7 46,7

Possibilita contatar com a profissão real EA3 (2); EA6 (1, 2, 7, 18) 1 4 5 1,1 2 13,3

Permite aprender a conhecer as normas e

protocolos dos diversos contextosEA12 (39) 1 1 0,2 1 6,7

Facilita aprender a lidar com a imprevisibilidade EA14 (60) 1 1 0,2 1 6,7

Facilita a aproximação à visão holística do

utente/famíliaEA1 (5, 6, 23); EA5 (101, 106, 107); EA10 (12); EA12 (4) 3 3 1 1 8 1,8 4 26,7

Possibilita conhecer a forma como os diferentes

contextos organizam e gerem os cuidados de

enfermagem

EA4 (45); EA14 (34, 48) 1 2 3 0,7 2 13,3

Facilita a contextualização / adequação da ação

face à singularidade das situaçõesEA15 (24) 1 1 0,2 1 6,7

Facilita aprender a gerir recursos materiais EA6 (52, 53) 2 2 0,4 1 6,7

Facilita experienciar

técnicas de

enfermagem

Propicia pensar e agir

na complexidade

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136

Totais % Totais %EA7 EA8 EA9 EA10EA1 EA2 EA3 EA4 EA5 EA6Subcategoria

UE (n=15)EA11 EA12 EA13 EA14 EA15

URIndicadores Unidades de registo

Permite aprender com os médicos EA2 (52) 1 1 0,2 1 6,7

Possibilita aprendizagens com a equipa

multidisciplinarEA3 (56, 57, 58); EA5 (81, 82); EA6 (39) 3 2 1 6 1,3 3 20,0

Permite tirar partido da experiência profissional

do supervisorEA1 (20); EA8 (7) 1 1 2 0,4 2 13,3

Permite aprender a partir da experiência dos

profissionais de enfermagem

EA5 (12, 13, 45, 83); EA9 (6); EA10 (42); EA12 (47); EA13

(27); EA14 (19, 20)4 1 1 1 1 2 10 2,2 6 40,0

Permite fazer aprendizagens com a equipa de

enfermagemEA9 (33, 63, 65, 66) 4 4 0,9 1 6,7

Totais da Categoria 453 100 - - - - - -

Possibilita

aprendizagens com

outros profissionais

de saúde

Possibilita

aprendizagens com os

enfermeiros da

prática

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137

Categoria: Permite desenvolver competências pessoais e profissionais (Professores e estudantes)

Totais % Totais %Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2 FG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8 FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

UE (n=13)UR

Poss ibi l i ta consol idar competências FG1 (46); FG2 (2, 3, 7, 34, 38, 50, 60, 77); FG11 (1, 2, 7) 1 8 3 12 3,6 3 23,1

Poss ibi l i ta va l idar adquiridos FG1 (30); FG6 (8, 10) 1 2 3 0,9 2 15,4

Aprendem a ser competentes : a saber, a

saber-fazer e a saber-ser e estarFG11 (30); FG12 (42) 1 1 2 0,6 2 15,4

Faci l i ta a aquis ição e desenvolvimento de

competências profiss ionais

FG1 (43, 45, 48); FG4 (12, 13, 25); FG5 (10) FG7 (28, 45,

49); FG9 (8, 69, 133); FG11 (3, 13); FG12 (2, 32); FG13

(10, 42)

3 3 1 3 3 2 2 2 19 5,7 8 61,5

Poss ibi l i ta desenvolver competências

instrumentais

FG5 (5); FG6 (47, 85); FG8 (8, 51, 56, 66, 88); FG9 (3,

136); FG10 (11); FG11 (5, 18); FG12 (19, 33); FG13 (1)1 2 5 2 1 2 2 1 16 4,8 8 61,5

Faci l i ta a construção de um saber

s is tematizado e organizadoFG4 (28) 1 1 0,3 1 7,7

Desenvolve competências s is témicas FG5 (6, 13); FG6 (49); FG8 (4, 73); FG13 (17, 19) 2 1 2 2 7 2,1 4 30,8

Permite desenvolver competências

relacionais

FG2 (28, 29, 30, 48, 49); FG3 (9, 10, 11, 12, 13, 14, 16,

23, 24, 33, 51); FG4 (37, 41, 42); FG5 (4, 11, 59); FG6

(48); FG7 (6, 10, 31, 63, 66); FG8 (6, 14, 26, 27, 47, 74);

FG9 (13, 15); FG10 (10, 12, 24, 25, 35, 55, 65); FG11 (12)

5 11 3 3 1 5 6 2 7 1 44 13,3 10 76,9

Desenvolve competências de organização

do trabalho

FG2 (24, 51, 53); FG5 (53, 86, 100, 101); FG7 (46, 92);

FG8 (60, 64); FG9 (32, 33, 107, 111, 112, 113, 115, 132) ;

FG13 (3)

3 4 2 2 8 1 20 6,0 6 46,2

Desenvolve a competência da iniciativa FG8 (63); FG11 (66, 67) 1 2 3 0,9 2 15,4

Promove a assertividade FG9 (59, 60) 2 2 0,6 1 7,7

Consolida

Competências

Profissionais

Page 138: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

138

Totais % Totais %Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2 FG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8 FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

UE (n=13)UR

Consol ida aprendizagens teóricasFG1 (7, 41, 71); FG2 (1, 32, 56); FG4 (34); FG5 (48, 83);

FG6 (3, 12, 14, 15, 18, 53); FG8 (22, 25); FG12 (17); FG13

(46)

3 3 1 2 6 2 1 1 19 5,7 8 61,5

Consol ida aquis ições nos três domínios da

aprendizagem (cognitivo, ps ico-motor e

afetivo)

FG9 (94) 1 1 0,3 1 7,7

Permite confi rmar aprendizagens teóricas FG2 (13, 14, 65) 3 3 0,9 1 7,7

Permite a aquis ição e desenvolvimento de

conhecimento novoFG1 (47); FG5 (32); FG13 (27) 1 1 1 3 0,9 3 23,1

faci l i ta aprendizagem de técnicas de

EnfermagemFG1 (3, 19, 20, 24) 4 4 1,2 1 7,7

Permite desenvolver saberes práticos FG7 (30) 1 1 0,3 1 7,7

Permite o confronto com s i tuações novas FG3 (37, 75); FG10 (46) 2 1 3 0,9 2 15,4

Desenvolve a capacidade de organizar e

s is tematizar os regis tos de enfermagemFG7 (88); FG8 (52) 1 1 2 0,6 2 15,4

Faci l i ta a transferência de conhecimento

teórico

FG3 (2, 44); FG5 (25, 27, 30, 103,104,105); FG8 (18, 65);

FG9 (3, 137); FG11 (41, 49); FG13 (24, 25)2 6 2 2 2 2 16 4,8 6 46,2

Permite confrontar conhecimento teórico e

prático

FG3 (71, 72, 73, 74); FG5 (15, 17); FG6 (5, 11, 13, 42, 63);

FG7 (75); FG8 (5, 7, 15); FG9 (10)4 2 5 1 3 1 16 4,8 6 46,2

Permite a mobi l i zação de conhecimento

adquirido por via não formalFG9 (83, 85) 2 2 0,6 1 7,7

Consolida

Aprendizagens

Profissionais

Estimula a

mobilização de

adquiridos

Page 139: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

139

Totais % Totais %Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2 FG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8 FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

UE (n=13)UR

Faci l i ta o desenvolvimento da autonomia

FG1 (37, 53, 68, 69, 70); FG2 (52, 61, 68, 82); FG5 (96);

FG7 (3, 4, 7, 15, 32); FG8 (9, 59, 69, 70); FG9 (39, 106,

110, 122, 129, 134); FG10 (53); FG11 (44, 45, 51, 59, 60,

61); FG13 (29, 36)

5 4 1 5 4 6 1 6 2 34 10,2 9 69,2

Desenvolve o sentido de responsabi l idade FG2 (31, 52, 81, 82); FG9 (23, 78) 4 2 6 1,8 2 15,4

Permite experienciar a tomada de decisãoFG1 (23); FG2 (23, 25, 26, 27, 39, 43); FG5 (33, 38); FG7

(5, 16, 43, 44, 45, 47, 56, 73, 74); FG9 (109, 114)1 6 2 9 2 20 6,0 5 38,5

Faci l i ta “ganhar auto-estima”/ confiança

em s i próprioFG9 (118, 131); FG10 (54); FG11 (4, 17) 2 2 4 1,2 2 15,4

faci l i ta a aquis ição de maturidade

profiss ional

FG3 (54, 66, 67, 68, 69); FG2 (67); FG4 (39); FG5 (7); FG7

(76, 78); FG8 (78, 83); FG9 (63, 64, 130); FG10 (19); FG12

(72, 76); FG13 (8, 15)

1 5 1 1 2 2 9 1 2 2 26 7,8 10 76,9

Faci l i ta “ ganhar segurança”/ preocupação

com o rigor

FG1 (58, 59, 61, 63, 64); FG3 (55, 56, 57, 59, 61, 64); FG4

(7); FG5 (97, 98, 102, 107, 108, 109); FG6 (1); FG7 (24,

25, 70); FG8 (55); FG9 (61, 135, 138, 140); FG10 (26);

FG11 (6, 50); FG12 (58, 59, 63, 69); FG13 (18, 28, 33, 34,

39)

5 6 1 6 1 3 1 4 1 2 4 5 39 11,7 12 92,3

Permite aprender a geri r s i tuações éticas FG6 (68, 69) 2 2 0,6 1 7,7

Faci l i ta a conscientização dos va lores

éticos da profissãoFG7 (40, 41) 2 2 0,6 1 7,7

Totais da Categoria 332 100 - - - - - -

Promove a

perceção da

dimensão ética da

profissão

Promove a

autonomia

Page 140: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

140

Totais % Totais %EA7 EA8 EA9 EA10EA1 EA2 EA3 EA4 EA5 EA6Subcategoria

UE (n=15)EA11 EA12 EA13 EA14 EA15

URIndicadores Unidades de registo

Facilita a aquisição/desenvolvimento de

competências profissionais

EA2 (6, 37); EA7 (15, 16, 17, 53, 54); EA11 (7); EA12 (56);

EA13 (53)2 5 1 1 1 10 6,4 5 33,3

Permite desenvolver competências relacionais EA2 (9); EA5 (28) 1 1 2 1,3 2 13,3

Possibilita consolidar conhecimentosEA2 (82, 86); EA5 (8, 9, 11, 19, 20); EA6 (25), EA8 (44);

EA13 (7, 50)2 5 1 1 2 11 7,1 5 33,3

Permite aprofundar conhecimentos EA5 (98, 100); EA6 (16, 40, 41); EA8 (27, 30, 46) 2 3 3 8 5,1 3 20,0

Facilita a aquisição de conhecimento profissional EA1(1); EA13 (3, 32, 55) 1 3 4 2,6 2 13,3

Propicia aprendizagens acerca das mais diversas

patologiasEA8 (14, 45) 2 2 1,3 1 6,7

Facilita a aquisição de conhecimento novo EA2 (28); EA3 (5); EA4 (61); EA9 (4); EA14 (49) 1 1 1 1 1 5 3,2 5 33,3

Facilita a aquisição de conhecimentos sobre uma

grande diversidade fármacosEA2 (21, 29, 87); EA12 (5, 12) 3 2 5 3,2 2 13,3

Permite mobilizar conhecimentos teóricos

EA1(25); EA2 (5, 76); EA3 (45, 47, 48); EA4 (2); EA5 (87),

EA6 (23, 24, 31, 37); EA7 (8, 52); EA8 (52); EA9 (23, 49);

EA10 (5, 7, 20, 45); EA11 (8); EA12 (41); EA13 (8, 17, 49,

54); EA14 (7, 10, 53); EA15 (6, 7)

1 2 3 1 1 4 2 1 2 4 1 1 4 3 2 32 20,5 15 100,0

Permite articular o conhecimento teórico com o

conhecimento práticoEA1 (9, 44, 68, 69); EA7 (59) 4 1 5 3,2 2 13,3

Facilita a integração dos conhecimentos de

anatomofisiologiaEA12 (6) 1 1 0,6 1 6,7

Consolida

aprendizagens

profissionais

Estimula a

mobilização de

adquiridos

Consolida

competências

profissionais

Page 141: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

141

Totais % Totais %EA7 EA8 EA9 EA10EA1 EA2 EA3 EA4 EA5 EA6Subcategoria

UE (n=15)EA11 EA12 EA13 EA14 EA15

URIndicadores Unidades de registo

Facilita ganhar segurança profissional

EA1 (72); EA2 (83, 84, 85); EA3 (46, 49, 52); EA4 (41, 43);

EA5 (61, 62, 93); EA7 (38); EA8 (11, 12,33); EA9 (2, 3, 13,

20); EA11 (12, 34, 35); EA12 (1, 13, 14); EA15 (20, 21)

1 3 3 2 3 1 3 4 3 3 2 28 17,9 11 73,3

Facilita o desenvolvimento da autonomia

EA1 (40, 51); EA2 (3, 12, 46); EA3 (18, 26, 50, 51); EA4 (1,

47, 48, 51, 52, 82); EA5 (76, 77); EA6 (36, 57); EA8 (4);

EA9 (7, 8, 11, 12); EA10 (39); EA14 (45, 46)

2 3 4 6 2 2 1 4 1 2 27 17,3 10 66,7

Facilita ganhar iniciativa EA2 (78); EA4 (49, 50, 87); EA8 (22, 29); EA9 (18, 62) 1 3 2 2 8 5,1 4 26,7

Possibilita ganhar destreza profissional EA4 (42); AE5 (55); EA13 (28, 29) 1 1 2 4 2,6 3 20,0

Promove a perceção

da dimensão ético-

deontológica da

profissão

Facilita a conscientização dos aspetos ético-

deontológicos da profissãoEA2 (40, 41, 45); EA12 (18) 3 1 4 2,6 2 13,3

Totais da Categoria 156 100 - - - - - -

Promove autonomia

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142

Categoria: Contribui para a construção da identidade profissional (Professores e estudantes)

Totais % Totais %Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2 FG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8 FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

UE (n=13)UR

Faci l i ta a construção da Identidade

Profiss ional

FG1 (44, 45); FG2 (4, 6, 9, 47, 57, 58, 59, 62, 63, 64, 79);

FG3 (77, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 84); FG8 (86)2 11 8 1 22 19,0 4 30,8

Faci l i ta a conscientização das

funções/papel do enfermeiro

FG6 (8); FG8 (68, 71, 72); FG9 (12, 16, 19, 116); FG12

(15); FG13 (4)1 3 4 1 1 10 8,6 5 38,5

Poss ibi l i ta a profiss ional ização FG10 (30) 1 1 0,9 1 7,7

Faci l i ta o desenvolvimento de uma

postura profiss ionalFG7 (67, 71) 2 2 1,7 1 7,7

Serve de indicador para futuro

recrutamento/seleçãoFG1 (75, 76); FG4 (29, 30); FG7 (2, 18) 2 2 2 6 5,2 3 23,1

Prepara para a profissãoFG7 (59, 60); FG8 (87); FG9 (6, 11, 37); FG10 (77); FG11

(45)2 1 3 1 1 8 6,9 5 38,5

Prepara o a luno para atuar em contextos

transnacionaisFG7 (61, 62) 2 2 1,7 1 7,7

Poss ibi l i ta a vivência de s i tuações

profiss ionaisFG3 (17, 26); FG9 (38); FG10 (37, 38, 39) 2 1 3 6 5,2 3 23,1

Prepara para o

exercício

profissional

Facilita o processo

de tornar-se

enfermeiro

Page 143: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

143

Totais % Totais %Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2 FG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8 FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

UE (n=13)UR

Poss ibi l i ta mudança na forma de se

relacionarFG6 (38) 1 1 0,9 1 7,7

De modo genérico faci l i ta mudanças no

agir do a luno

FG6 (2, 4); FG7 (26,64); FG8 (50); FG9 (55, 62, 10); FG10

(45, 49, 50, 52); FG11 (19, 56,57, 58); FG12 (53, 67, 70,

71, 91); FG13 (14, 16, 35,38,40,41)

2 2 1 3 4 4 5 6 27 23,3 8 61,5

Propicia a mudança na capacidade de

anál ise dos casos e s i tuaçõesFG11 (53, 55) 2 2 1,7 1 7,7

Faci l i ta ul trapassar “medos e receios” FG8 (77, 79, 80) 3 3 2,6 1 7,7

Poss ibi l i ta a mudança de postura FG6 (7); FG7 (77); FG9 (57); FG10 (43); FG13 (37) 1 1 1 1 1 5 4,3 5 38,5

Poss ibi l i ta mudança na forma de

expressar

FG2 (41, 55); FG3 (52, 53); FG4 (38); FG7 (68); FG8 (53,

54, 57); FG9 (58); FG10 (41, 42, 44)2 2 1 1 3 1 3 13 11,2 7 53,8

Poss ibi l i ta mudança na forma de estar FG1 (66, 73); FG6 (36, 84) 2 2 4 3,4 2 15,4

Poss ibi l i ta mudança na forma de pensar FG2 (42); FG6 (37); FG9 (126); FG10 (48) 1 1 1 1 4 3,4 4 30,8

Totais da Categoria 116 100 - - - - - -

Possibilita

mudanças na forma

de estar e agir

profissional e a

aquisição de uma

postura profissional

própria

Page 144: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

144

Totais % Totais %EA7 EA8 EA9 EA10EA1 EA2 EA3 EA4 EA5 EA6Subcategoria

UE (n=15)EA11 EA12 EA13 EA14 EA15

URIndicadores Unidades de registo

Facilita a construção da identidade profissional EA1 (15, 58); EA13 (14); EA14 (6, 12, 74, 76) 2 1 4 7 11,7 3 20,0

Facilita ganhar “consciência profissional” EA9 (14) 1 1 1,7 1 6,7

Permite compreender o papel do enfermeiro no

seio da equipa multidisciplinarEA14 (3) 1 1 1,7 1 6,7

Facilita “a construção do ser enfermeiro” EA15 (36) 1 1 1,7 1 6,7

Facilita a aquisição de uma postura profissional

própria

EA6 (34, 35, 44, 46, 60, 61);EA7 (36,37); EA9 (16, 57, 58);

EA10 (8, 27); EA12 (7, 8, 30, 31, 32, 33, 34, 70); EA13 (5,

6, 31, 36, 52)

6 2 3 2 8 5 26 43,3 6 40,0

Facilita aprender a ultrapassar medos e receios EA3 (25, 62); EA14 (43) 2 1 3 5,0 2 13,3

Facilita o desenvolvimento do aluno em termos

organizativosEA15 (38) 1 1 1,7 1 6,7

Facilita o desenvolvimento da capacidade de

adaptação aos contextos

EA6 (51); EA8 (20, 21, 58); EA12 (57); EA14 (50); EA15

(30, 32, 33)1 3 1 1 3 9 15,0 5 33,3

Propicia ganhar/desenvolver o gosto pela

profissãoEA2 (11, 18) 2 2 3,3 1 6,7

Permite vivenciar situações profissionais EA1 (2, 49); EA3 (14); EA15 (12, 13) 2 1 2 5 8,3 3 20,0

Permite a conscientização da realidade

profissionalEA9 (10); EA10 (1); EA13 (9) 1 1 1 3 5,0 3 20,0

Serve de indicador para futuro

recrutamento/seleçãoEA14 (41) 1 1 1,7 1 6,7

Totais da Categoria 60 100 - - - - - -

Facilita o processo de

"tornar-se enfermeiro"

Possibilita mudanças

na forma de estar e

agir profissional e a

aquisição de uma

postura profissional

própria

Prepara para o

exercício profissional

Page 145: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

145

Categoria: Facilita a socialização profissional (Professores e estudantes)

Totais % Totais %Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2 FG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8 FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

UE (n=13)UR

Faci l i ta o desenvolvimento da relação

interpessoal com utente/famíl ia

FG1 (21, 22, 31); FG5 (22); FG7 (27); FG8 (58); FG10 (5);

FG12 (3, 4, 8, 20, 28, 3034, 51, 86, 89); FG13 (6, 32)3 1 1 1 10 2 18 17,5 6 46,2

Faci l i ta a socia l i zação profiss ionalFG6 (25, 73); FG7 (8, 36, 37, 62); FG9 (24, 101); FG10 (28,

29, 56, 57); FG12 (7, 10, 41)2 4 2 4 3 15 14,6 5 38,5

Faci l i ta o desenvolvimento de uma relação

proximal entre a luno e supervisorFG7 (9); FG10 (23); FG13 ( 7, 9, 21) 1 1 3 5 4,9 3 23,1

Desenvolve competências de trabalho em

equipa

FG5 (9); FG6 (64, 66); FG7 (39, 42); FG8 (20, 21); FG10

(63, 64); FG12 (49, 50)1 2 2 2 2 2 11 10,7 6 46,2

Poss ibi l i ta a fami l iarização com os

profiss ionais | equipa de enfermagemFG5 (23); FG7 (69); FG9 (42); FG10 (31) 1 1 1 1 4 3,9 4 30,8

Promove uma relação de proximidade

entre a luno e professorFG7 (20, 21) 2 2 1,9 1 7,7

Proporciona aprendizagens/parti lha entre

pares (a lunos)FG4 (44, 48, 49, 50, 53) 5 5 4,9 1 7,7

Faci l i ta a relação interdiscipl inar FG6 (77) 1 1 1,0 1 7,7

Poss ibi l i ta a fami l iarização com os mais

diversos profiss ionaisFG2 (61, 80); FG3 (1, 27, 28, 29, 30, 39); FG12 (9, 88); 2 6 2 10 9,7 3 23,1

Propicia a relação

interdisciplinar

Estimula as relações

interpessoais do

contexto

Page 146: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

146

Totais % Totais %Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2 FG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8 FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

UE (n=13)UR

Faci l i ta aprendizagens mútuas entre a luno

e supervisorFG13 (44, 45) 2 2 1,9 1 7,7

Faci l i ta a reconfiguração das

competências profiss ionais dos práticosFG8 (48, 49) 2 2 1,9 1 7,7

Contribui para a formação contínua dos

profiss ionais dos contextos cl ínicosFG8 (43, 44, 45, 46, 47, 89) 6 6 5,8 1 7,7

Faci l i ta o desenvolvimento global do

a lunoFG1 (77); FG5 (82, 95); FG10 (21) 1 2 1 4 3,9 3 23,1

Permite tomada de consciência das

necess idades de formação

FG1 (74); FG2 (8); FG3 (58, 60, 62, 63, 65, 70); FG7 (19);

FG8 (13, 23, 24); FG9 (141)1 1 6 1 3 1 13 12,6 6 46,2

Estimula o a luno a investi r no seu

desenvolvimento profiss ionalFG7 (1, 16, 17) 3 3 2,9 1 7,7

Poss ibi l i ta uma aprendizagem gradual FG5 (54, 55) 2 2 1,9 1 7,7

Totais da Categoria 103 100 - - - - - -

Contribui para o

desenvolvimento

profissional dos

práticos

Promove o

desenvolvimento

profissional do

estudante

Page 147: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

147

Totais % Totais %EA7 EA8 EA9 EA10EA1 EA2 EA3 EA4 EA5 EA6Subcategoria

UE (n=15)EA11 EA12 EA13 EA14 EA15

URIndicadores Unidades de registo

Permite estabelecer relações interpessoais com

o utente/família

EA1 (3, 8, 12, 19, 53, 54, 55); EA3 (15, 61, 63); EA4 (5, 26,

86); EA5 (6, 22, 25, 68, 70); EA7 (9, 10, 11, 12, 50); EA10

(13, 18); EA11 (10,11,15,22); EA12 (15, 17, 29, 46); EA13

(1); EA14 (1, 2, 3, 13, 14, 18, 29, 52, 54); EA15 (4)

7 3 3 5 5 2 4 4 1 9 1 44 21,1 11 73,3

Propicia o estabelecimento de relações com

diferentes tipologias de pessoasEA6 (13); EA10 (29, 30) 1 2 3 1,4 2 13,3

Possibilita a familiarização com os profissionais |

equipa de enfermagem

EA1 (52); EA2 (79); EA3 (55); EA4 (46, 74, 75, 76); EA5

(84); EA6 (6, 55); EA7 (5, 13); EA8 (5, 9, 13, 25, 28, 47,

48); EA9 (5, 64, 69, 71); EA10 (31, 32, 38); EA11 (2, 43);

EA13 (2); EA14 (33, 47, 81); EA15 (35, 37)

1 1 1 4 1 2 2 7 4 3 2 1 3 2 34 16,3 14 93,3

Estimula o estabelecimento de uma relação

proximal com o supervisorEA14 (38, 42) 2 2 1,0 1 6,7

Promove uma relação de proximidade entre aluno

e professorEA3 (53, 54) 2 2 1,0 1 6,7

Proporciona aprendizagens | partilha entre pares

(alunos)

EA2 (54, 72, 81); EA3 (4, 11, 28); EA4 (7, 31, 32, 88, 89);

EA5 (26); EA6 (26); EA7 (14); EA8 (50, 51, 53, 56, 57);

EA13 (26); EA14 (51); EA15 (26, 27)

3 3 5 1 1 1 5 1 1 2 23 11,0 10 66,7

Possibilita a familiarização com os diferentes

profissionais de saúde

EA2 (17, 18, 19, 20, 23, 24, 27, 80); EA3 (59, 60); EA4

(25, 68, 78, 79, 80, 81); EA5 (35, 36, 37, 48, 110); EA7

(49); EA8 (10, 48, 49); EA10 (33, 41); EA11 (14,16,32);

EA15 (8, 9, 19)

8 2 6 5 1 3 2 3 3 33 15,8 9 60,0

Permite aprender a “conquistar o seu espaço no

seio da equipa multidisciplinar”EA3 (17) 1 1 0,5 1 6,7

Estimula as relações

interpessoais em

contexto

Propícia a relação

interdisciplinar

Page 148: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

148

Totais % Totais %EA7 EA8 EA9 EA10EA1 EA2 EA3 EA4 EA5 EA6Subcategoria

UE (n=15)EA11 EA12 EA13 EA14 EA15

URIndicadores Unidades de registo

Possibilita aprendizagens mútuas entre aluno e

supervisorEA5 (109); EA6 (65, 66, 67, 69, 70) 1 5 6 2,9 2 13,3

Possibilita planear e desenvolver sessões

formativas para os profissionais de enfermagemEA10 (37) 1 1 0,5 1 6,7

Facilita o desenvolvimento profissional do alunoEA2 (53, 55); EA6 (38); EA10 (4, 25); EA11 (50, 51, 52,

54); EA12 (48); EA14 (11)2 1 2 4 1 1 11 5,3 6 40,0

Possibilita aprender a ultrapassar dificuldades EA3 (27, 30, 31, 32, 33, 36); EA6 (33, 63, 64, 71) 6 4 10 4,8 2 13,3

Permite ganhar responsabilidade profissional

EA1 (38, 39, 41, 42, 43); EA2 (2, 42, 43, 44); EA3 (43);

EA5 (53, 54, 89); EA9 (15, 24); EA10 (40); EA11 (47, 49),

EA12 (10, 11, 66, 67, 68); EA13 (10); EA14 (31, 39, 65,

66)

5 4 1 3 2 1 2 5 1 4 28 13,4 10 66,7

Facilita a conscientização das suas necessidades

de formação

EA6 (43, 45); EA7 (30, 31); EA9 (21, 22); EA14 (8, 30, 35,

64)2 2 2 4 10 4,8 4 26,7

Proporciona motivação EA2 (75) 1 1 0,5 1 6,7

Totais da Categoria 209 100 - - - - - -

Contribui para o

desenvolvimento

profissional dos

práticos

Promove o

desenvolvimento

profissional do

estudante

Page 149: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

149

Categoria: Facilita a tomada de consciência de si (Professores e estudantes)

Totais % Totais %Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2 FG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8 FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

UE (n=13)UR

Faci l i ta o autoconhecimento FG7 (78, 80, 87, 90, 99); FG9 (41) 5 1 6 8,5 2 15,4

Estimula a auto-formação FG9 (71,72, 89) 3 3 4,2 1 7,7

Faci l i ta o desenvolvimento da auto-crítica FG7 (81) 1 1 1,4 1 7,7

Permite reti rar ens inamentos para a vida

pessoalFG8 (75, 76) 2 2 2,8 1 7,7

Faci l i ta o “tornar-se eficiente” FG13 (20, 31, 43) 3 3 4,2 1 7,7

Poss ibi l i ta o desenvolvimento do a luno

enquanto pessoa

FG7 (86); FG8 (67); FG9 (56, 65, 119); FG10 (20); FG12

(79, 80, 81, 82); FG13 (12, 13)1 1 3 1 4 2 12 16,9 6 46,2

Estimula o trabalho autónomoFG4 (51); FG6 (50, 51); FG9 (77); FG11 (77, 78); FG12 (64,

65, 66, 68, 83)1 2 1 2 5 11 15,5 5 38,5

Estimula a pesquisa / procura de

conhecimentoFG4 (8); FG8 (81); FG9 (74, 75, 76); FG10 (47) 1 1 3 1 6 8,5 4 30,8

Exige atual ização FG9 (79) 1 1 1,4 1 7,7

Facilita o

desenvolvimento

pessoal do

estudante

Possibilita a

emergência da

perspetiva de

formação contínua

Page 150: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

150

Totais % Totais %Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2 FG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8 FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

UE (n=13)UR

Faci l i ta o desenvolvimento da

profiss ional idadeFG3 (15, 18, 25); FG4 (9) 3 1 4 5,6 2 15,4

Faci l i ta a emergência da s ingularidade

profiss ionalFG7 (82, 83) 2 2 2,8 1 7,7

Faci l i ta o esclarecimento acerca da opção

profiss ional tomadaFG9 (27, 31); 2 2 2,8 1 7,7

Faci l i ta a orientação vocacional face a

uma futura especia l i zaçãoFG11 (62, 63, 64, 65) 4 4 5,6 1 7,7

Faci l i ta a aprendizagem das intervenções

interdependentesFG13 (5) 1 1 1,4 1 7,7

Permite a conscientização do Sis tema

Nacional de Saúde e do seu modo de

funcionamento

FG5 (24); FG7 (11, 12, 60) 1 3 4 5,6 2 15,4

Faci l i ta a aprendizagem de modelos de

gestão/organização dos contextos

FG6 (74, 75); FG10 (6); FG11 (21, 24, 25, 31, 68); FG13

(30)2 1 5 1 9 12,7 4 30,8

Totais da Categoria 71 100 - - - - - -

Facilita a

conscientização da

sua

profissionalidade

Page 151: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

151

Totais % Totais %EA7 EA8 EA9 EA10EA1 EA2 EA3 EA4 EA5 EA6Subcategoria

UE (n=15)EA11 EA12 EA13 EA14 EA15

URIndicadores Unidades de registo

Favorece o desenvolvimento pessoal EA1 (7, 11); EA5 (27, 39, 40, 41); EA7 (27); EA10 (10, 34,

35, 44)2 4 1 4 11 6,7 4 26,7

Permite ganhar maturidade EA1 (22, 50, 59); EA6 (15) 3 1 4 2,4 2 13,3

Possibilita ganhar tenacidade/perseverança EA8 (26); EA9 (37, 39, 40, 41, 42, 43, 44, 45) 1 8 9 5,5 2 13,3

Estimula a criatividade EA7 (47, 48) 2 2 1,2 1 6,7

Exige ser pro-ativo EA4 (55, 58, 59, 71, 72); EA6 (48, 62); EA7 (18, 20, 26) 5 2 3 10 6,1 3 20,0

Permite “limar arestas da personalidade do

aluno”EA5 (2, 29); EA9 (54) 2 1 3 1,8 2 13,3

Facilita aprender a aceitar a crítica EA6 (49, 50) 2 2 1,2 1 6,7

Facilita o desenvolvimento da capacidade de auto-

gestão/planeamentoEA6 (56) 1 1 0,6 1 6,7

Exige trabalho autónomo/pesquisa

EA1 (10, 45, 47, 66, 67, 71); EA2 (47, 48, 50, 57, 59, 60,

62, 64, 69, 70, 73, 91); EA3 (29, 34, 35, 37, 38); EA4 (36,

39, 44, 53, 54, 73, 90); EA5 (33, 34, 43, 46, 52, 65, 99);

EA6 (32, 42, 47, 58, 59); EA7 (19, 21, 29, 51); EA8 (23,

24, 31, 32, 55); EA9 (25, 27, 28, 29, 38, 46, 47, 53, 67,

70); EA10 (3, 21, 22, 23, 24); EA11 (19, 20, 23, 29, 38,

44); EA12 (3, 35, 40, 71); EA13 (47); EA14 (21, 26, 57);

EA15 (18, 22, 23, 31)

6 12 5 7 7 5 4 5 10 5 6 4 1 3 4 84 50,9 15 100,0

Exige muito estudo fora do estágio EA1 (56, 57) 2 2 1,2 1 6,7

Exige implicação do aluno no processo de ensino

aprendizagem

EA5 (42, 49, 50, 51); EA10 (2); EA11 (21, 31, 45, 46, 48,

53); EA13 (46); EA14 (32, 40, 44, 77); EA15 (25)4 1 6 1 4 1 17 10,3 6 40,0

Exige estar motivado para aprender EA9 (59) 1 1 0,6 1 6,7

Estimula a curiosidade por saber mais EA9 (26) 1 1 0,6 1 6,7

Estimula a necessidade de fundamentação da

açãoEA14 (28) 1 1 0,6 1 6,7

Possibilita a

emergência da

perspetiva de

formação contínua

Facilita o

desenvolvimento

pessoal do estudante

Page 152: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

152

Totais % Totais %EA7 EA8 EA9 EA10EA1 EA2 EA3 EA4 EA5 EA6Subcategoria

UE (n=15)EA11 EA12 EA13 EA14 EA15

URIndicadores Unidades de registo

Possibilita a conscientização da opção

profissional tomada

EA2 (35, 97); EA3 (39, 40, 67); EA5 (1, 2); EA6 (11, 17);

EA7 (2, 28); AE9 (35); EA11 (5); EA12 (2); EA14 (80)2 3 2 2 2 1 1 1 1 15 9,1 9 60,0

Facilita a orientação vocacional face a uma futura

especialização em enfermagemEA7 (45, 46) 2 2 1,2 1 6,7

Totais da Categoria 165 100 - - - - - -

Facilita a

conscientização da

sua profissionalidade

Page 153: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

153

TEMA II – Estratégias usadas promotoras de valor formativo acrescentado

Categoria: Reflexão e análise das práticas (Professores e estudantes)

Totais % Totais %Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2 FG3 FG4 FG5 FG6 FG7

UR UE (n=13)FG8 FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

Proporcionando momentos de reflexão e

anál ise sobre as práticas

FG1 (23); FG2 (16, 17, 18, 19, 21, 29, 30); FG4 (22, 23,

55); FG5 (42); FG6 (1, 2, 6, 7, 15, 16, 20, 47, 48, 50, 51,

69, 93, 95, 96, 97, 98), FG7 (36); FG8 (16, 24, 39); FG9 (1,

9, 10); FG10 (4, 19, 22, 82, 88); FG11 (12, 13); FG12 (27);

FG13 (3, 8, 11, 20, 24, 29)

1 7 3 1 17 1 3 3 5 2 1 6 50 28,1 12 92,3

Proporcionando momentos de parti lha

coletiva acerca do estágio (Professores –

supervisores – alunos)

FG2 (32); FG3 (43, 48, 49, 50, 52, 53); FG4 (36); FG5 (15,

16, 30, 50, 51); FG7 (4, 5, 6)1 6 1 5 3 16 9,0 5 38,5

Observando cuidadosamente as s i tuações

de aprendizagemFG7 (28) 1 1 0,6 1 7,7

Refletindo | “trabalhando o erro” FG5 (20, 21, 22, 23, 93) 5 5 2,8 1 7,7

Levando a a luno a tomar consciência dos

ganhos em saúde decorrentes da sua ação FG7 (10) 1 1 0,6 1 7,7

Através da sol ici tação de incidentes

críticos

FG1 (14, 15, 16, 22, 24, 26); FG2 (31); FG3 (3, 5); FG4

(14); FG5 (5, 52, 72); FG6 (6, 53); FG7 (83); FG8 (17); FG9

(70, 71); FG13 (39)

6 1 2 1 3 2 1 1 2 1 20 11,2 10 76,9

Através da sol ici tação de recensões

críticasFG4 (13) 1 1 0,6 1 7,7

Através da sol ici tação de reflexões críticas

escri tas

FG1 (17); FG4 (19); FG5 (51); FG7 (22, 41, 44); FG8 (45);

FG10 (18, 24, 29, 53); FG13 (44)1 1 1 3 1 4 1 12 6,7 7 53,8

Através da sol ici tação de portfól ios

reflexivos

FG4 (12); FG5 (2, 6); FG6 (5, 55); FG10 (20); FG12 (24);

FG13 (46, 48)1 2 2 1 1 2 9 5,1 6 46,2

Através da sol ici tação de relatórios de

estágio FG4 (11); FG5 (9); FG8 (9); FG10 (30) 1 1 1 1 4 2,2 4 30,8

Uti l i zando diversos instrumentos teóricos

promotores de reflexãoFG10 (31); FG12 (25); FG13 (41) 1 1 1 3 1,7 3 23,1

Criando espaços

individuais e

coletivos de

reflexão e análise

das práticas

Recorrendo à

escrita reflexiva

Page 154: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

154

Totais % Totais %Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2 FG3 FG4 FG5 FG6 FG7

UR UE (n=13)FG8 FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

Através da sol ici tação de Planos de

CuidadosFG2 (12); FG5 (8); FG12 (22) 1 1 1 3 1,7 3 23,1

Através da sol ici tação de diagnósticos de

s i tuaçãoFG7 (72) 1 1 0,6 1 7,7

Através de ens ino s imulado FG2 (6, 7, 8); FG3 (56); FG4 (2); FG6 (103); FG12 (5) 3 1 1 1 1 7 3,9 5 38,5

Uti l i zando a técnica da aprendizagem

baseada em problemasFG1 (55); FG9 (66, 67); FG10 (80) 1 2 1 4 2,2 3 23,1

Recorrendo à técnica do espelhamento FG4 (51); FG12 (6, 7) 1 2 3 1,7 2 15,4

Sol ici tando estudos de casoFG5 (4, 11); FG6 (3, 54); FG7 (43); FG12 (23); FG13 (40,

45, 47)2 2 1 1 3 9 5,1 5 38,5

Fazendo investigação de campo FG6 (56) 1 1 0,6 1 7,7

Recorrendo à

investigação

Recorrendo à

observação e

execução com

análise

Page 155: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

155

Totais % Totais %Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2 FG3 FG4 FG5 FG6 FG7

UR UE (n=13)FG8 FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

Sol ici tando projetos de intervenção FG1 (40); FG6 (75, 76, 77); FG7 (8, 9); FG8 (22) 1 3 2 1 7 3,9 4 30,8

Sol ici tando projeto de estágio FG8 (62); FG9 (20); FG13 (13, 21, 25) 1 1 3 5 2,8 3 23,1

Sol ici tando a definição de objetivos de

estágioFG4 (1, 32, 33, 39, 66); FG9 (21); FG10 (84); FG13 (22) 5 1 1 1 8 4,5 4 30,8

Sol ici tando reflexões ora is FG4 (37, 38); FG5 (12) 2 1 3 1,7 2 15,4

Sol ici tando diários de bordo FG4 (15); FG8 (15, 51) 1 2 3 1,7 2 15,4

Sol ici tando diários de aprendizagem FG9 (18) 1 1 0,6 1 7,7

Uti l i zando a passagem de turno FG6 (4) 1 1 0,6 1 7,7

Totais da Categoria 178 100 - - - - - -

Solicitando Projetos

Solicitando relatos

com análise

Page 156: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

156

Totais % Totais %EA10 EA11 EA12 EA13 EA14 EA15

UE (n=15)Sub Categoria Indicadores Unidades de registo EA1 EA2 EA3 EA4 EA5

UREA6 EA7 EA8 EA9

Definindo objetivos semanais

conjuntamente com o alunoEA4 (6, 8) 2 2 6,1 1 6,7

Proporcionando momentos de

reflexão individual ou coletivaEA4 (16); EA9 (1, 5, 6); EA13 (10); EA14 (5); EA15 (18) 1 3 1 1 1 7 21,2 5 33,3

Induzindo o aluno a refletir sobre as

práticas desenvolvidas

EA1 (7, 11, 12); EA6 (24); EA7 (2, 13, 16); EA8 (7, 13);

EA9 (3, 10, 12); EA10 (10); EA11 (7)3 1 3 2 3 1 1 14 42,4 6 40,0

Antecipando situações EA4 (13, 14); EA5 (23); EA7 (8, 9, 10, 35) 2 1 4 7 21,2 3 20,0

Solicitando ao aluno para descrever

as situações | práticasEA4 (5) 1 1 3,0 1 6,7

Recorrendo à observação

e execução com análiseSolicitando “planos de cuidados” EA9 (4, 11) 2 2 6,1 1 6,7

Totais da Categoria 33 100 - - - - - -

Criando espaços

individuais e colectivos

de reflexão e análise das

práticas

Page 157: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

157

Categoria: Suporte ao estudante (Professores e estudantes)

Totais % Totais %Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2 FG3 FG4 FG5 FG6 FG7

UR UE (n=13)FG8 FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

Proporcionando apoio técnico ao

estudante

FG3 (1, 2, 16); FG5 (1, 17, 54); FG7 (7); FG10 (21, 34, 35,

85); FG11 (4)3 3 1 4 1 12 8,2 5 38,5

Aconselhando o a luno na sua tomada de

decisãoFG3 (21) 1 1 0,7 1 7,7

Proporcionando apoio emocionalFG1 (50, 51); FG2 (26, 27, 28, 32, 43); FG3 (14, 41); FG6

(99, 100); FG9 (77); FG10 (37, 38, 39); FG11 (2, 48)2 5 2 2 1 3 2 17 11,6 7 53,8

Dando reforço pos i tivo FG5 (66); FG10 (11, 12, 14); FG11 (36, 37, 38, 39, 49) 1 3 5 9 6,2 3 23,1

Cuidando dos a lunos FG10 (2, 68) 2 2 1,4 1 7,7

Ajudando a “superar medos e receios” FG9 (2) 1 1 0,7 1 7,7

Estimulando a autoestima do a luno FG7 (39, 40); FG9 (76) 2 1 3 2,1 2 15,4

Motivando o estudante a impl icar-se no

processo formativoFG10 (26, 27, 28); FG11 (8, 10, 11, 27, 33) 3 5 8 5,5 2 15,4

Proporcionando um cl ima de abertura

|proximidade | confiança

FG1 (21); FG3 (9, 10, 11, 12, 13, 18, 22, 23, 24, 25, 26,

27, 34, 36, 37, 38); FG5 (36, 94, 95); FG6 (23, 29, 42, 68,

79); FG9 (13, 4849, 50, 56); FG10 (3)

1 16 3 5 5 1 31 21,2 6 46,2

Personal izando | individual izando o apoio

FG1 (56, 57); FG3 (28, 29, 33, 34, 42, 45, 46); FG4 (47);

FG5 (32, 33, 34, 35, 39, 40, 48, 71); FG7 (1, 48, 49, 51,

54, 65, 66, 78, 79, 80); FG8 (18, 19, 21, 26, 27, 39, 44,

50, 52, 55); FG9 (35, 36, 45, 64); FG12 (30, 31, 32, 34,

35, 40); FG13 (31, 32, 33, 35, 36)

2 7 1 8 10 10 4 6 5 53 36,3 9 69,2

Ouvindo o a luno FG3 (19, 39, 40, 54); FG12 (41, 42, 43) 4 3 7 4,8 2 15,4

Proporcionando um cl ima favorável à

aprendizagemFG9 (55, 81) 2 2 1,4 1 7,7

Totais da Categoria 146 100 - - - - - -

Facilitando apoio

emocional

Motivando o

estudante

Proporcionando um

bom clima afetivo

relacional

Facilitando apoio

técnico

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158

Totais % Totais %EA10 EA11 EA12 EA13 EA14 EA15

UE (n=15)Sub Categoria Indicadores Unidades de registo EA1 EA2 EA3 EA4 EA5

UREA6 EA7 EA8 EA9

Proporcionando apoio técnico ao

aluno

EA1 (8, 9, 10, 15, 18, 19, 20, 21); EA2 (3, 4, 8, 30);

EA4 (9, 10, 15, 18); EA5 (3, 4, 7, 32); EA6 (3, 6, 7, 8,

9, 13, 42); EA7 (3, 4, 23); EA8 (6); EA10 (1, 2, 3, 5,

17); EA11 (2, 8); EA13 (1, 5, 6, 7, 15); EA14 (11, 17);

EA15 (2)

8 4 4 4 7 3 1 5 2 5 2 1 46 39,7 12 80,0

Fazendo tutorias EA6 (18, 25) 2 2 1,7 1 6,7

Visitando regularmente os alunos

nos locais de estágio

EA2 (15); EA4 (3); EA6 (16); EA8 (4, 17); EA10 (4);

EA12 (3, 10); EA14 (3)1 1 1 2 1 2 1 9 7,8 7 46,7

Fornecendo exemplos práticos EA3 (3); EA5 (21, 22); EA8 (8) 1 2 1 4 3,4 3 20,0

Disponibilizando informação

teórica ao alunoEA12 (11) 1 1 0,9 1 6,7

Proporcionando apoio emocional

ao alunoEA3 (1, 7, 21); EA6 (46); EA12 (2, 5, 6, 7) 3 1 4 8 6,9 3 20,0

Dando reforço positivo EA3 (15, 16, 17, 23) 4 4 3,4 1 6,7

Transmitindo calma | tranquilidade

| segurança ao aluno

EA5 (5, 6, 9); EA6 (12); EA7 (5); EA12 (9, 15); EA15

(19)3 1 1 2 1 8 6,9 5 33,3

Aconselhando o aluno EA15 (9) 1 1 0,9 1 6,7

Mostrando disponibilidade para

orientar | supervisionar o

estudante

EA1 (13, 16, 17); EA2 (5, 19); EA3 (2, 6, 10); EA4 (7);

EA6 (10, 14, 15); EA7 (15, 17, 21, 29); EA10 (15);

EA11 (5); EA12 (13); EA15 (3, 21)

3 2 3 1 3 4 1 1 1 2 21 18,1 10 66,7

Acompanhando o aluno de forma

contínua e sistemática

EA5 (20, 32); EA6 (20, 21); EA7 (1, 11); EA12 (12, 18);

EA15 (7)2 2 2 2 1 9 7,8 5 33,3

Demonstrando preocupação com

os estudantesEA7 (30); EA10 (13) 1 1 2 1,7 2 13,3

Demonstrando interesse pelo

desenvolvimento do aestudanteEA14 (13) 1 1 0,9 1 6,7

Totais da Categoria 116 100 - - - - - -

Facilitando apoio técnico

Facilitando apoio

emocional

Fazendo um

acompanhamento

contínuo e sistemático do

estudante

Page 159: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

159

Categoria: Supervisão técnica do processo formativo (Professores e estudantes)

Totais % Totais %Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2 FG3 FG4 FG5 FG6 FG7

UR UE (n=13)FG8 FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

Plani ficando previamente o ens ino cl ínico FG6 (82) 1 1 0,7 1 7,7

Conhecendo em profundidade os contextos

de prática cl ínicaFG7 (82, 84); FG8 (58) 2 1 3 2,1 2 15,4

Conhecendo bem as diversas

organizações de saúdeFG1 (38) 1 1 0,7 1 7,7

Selecionando cuidadosamente “os casos ,

s i tuações ou contextos”FG2 (10, 11); FG4 (3); FG8 (10); FG12 (8) 2 1 1 1 5 3,6 4 30,8

Propiciando o maior número de

experiências formativas na maior

divers idade de contextos poss ível

FG6 (13); FG8 (36); FG9 (4, 6); FG10 (15, 16); FG12 (4) 1 1 2 2 1 7 5,0 5 38,5

Moderando a relação entre a luno e

supervisorFG11 (9, 14, 15) 3 3 2,1 1 7,7

Delegando a supervisão do a luno no

enfermeiro do contexto de trabalhoFG12 (11, 15, 58); FG13 (4) 3 1 4 2,9 2 15,4

Fazendo gestão de confl i tos entre

supervisor e a luno

FG4 (52, 53); FG8 (29); FG9 (33, 34, 37, 38, 39, 41, 44,

46, 74); 2 1 9 12 8,6 3 23,1

Planificação da

componente prática

da formação inicial

em enfermagem

Mediação da

relação pedagógica

entre supervisor

clínico e estudante

Page 160: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

160

Totais % Totais %Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2 FG3 FG4 FG5 FG6 FG7

UR UE (n=13)FG8 FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

Adequando o processo formativo às

ci rcunstânciasFG11 (18, 19); FG12 (28, 29, 38, 39, 44) 2 5 7 5,0 2 15,4

Observando o estudante em ação FG7 (33, 35); FG9 (4); FG12 (38) 2 1 1 4 2,9 3 23,1

Praticando um acompanhamento contínuo

e s is temático do a luno

FG1 (43, 44, 49, 52); FG2 (4, 22, 33, 34, 35, 36, 39, 40,

42); FG3 (30, 35); FG4 (41, 42); FG5 (43, 44, 60, 61, 62,

63, 70); FG6 (24, 25, 26, 40, 41, 61, 62, 63, 64, 67, 80,

87, 88, 90, 91); FG7 (24, 77); FG8 (12, 31, 32, 33, 34, 47,

48, 53, 54); FG9 (11, 12, 14, 47, 52, 53); FG10 (44, 45,

46, 47, 52, 56, 57); FG11 (6, 7); FG12 (13); FG13 (16, 28)

4 9 2 2 7 15 4 9 6 7 2 1 2 70 50,0 13 100,0

Fazendo regis to do desenvolvimento do

estudanteFG6 (74, 83, 84) 3 , 3 2,1 1 7,7

Proporcionando ao estudante uma

autonomia gradual

FG4 (7); FG5 (18, 19); FG6 (37, 39); FG7 (31); FG9 (5);

FG10 (23)1 2 2 1 1 1 8 5,7 6 46,2

Praticando um ens ino presencia l nos

primeiros estágios FG2 (3); FG5 (14, 26); FG6 (36, 43, 44, 49); FG13 (1) 1 2 4 1 8 5,7 4 30,8

Responsabi l i zando os a lunos pelas suas

ati tudes e aprendizagensFG4 (43); FG11 (43) 1 1 2 1,4 2 15,4

Resolvendo s i tuações de indiscipl ina FG9 (65, 68) 2 2 1,4 1 7,7

Totais da Categoria 140 100 - - - - - -

Identificação/anteci

pação de problemas

e dificuldades

Acompanhamento

e mediação das

aprendizagens do

estudante

Page 161: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

161

Totais % Totais %EA10 EA11 EA12 EA13 EA14 EA15

UE (n=15)Sub Categoria Indicadores Unidades de registo EA1 EA2 EA3 EA4 EA5

UREA6 EA7 EA8 EA9

Tratando | resolvendo todos os

aspetos burocráticos inerentes ao

estágio

EA2 (14, 21); EA4 (2); EA6 (4); EA11 (4) 2 1 1 1 5 10,6 4 26,7

Estabelecendo o plano curricular

para a componente prática da

formação

EA14 (1, 16) 2 2 4,3 1 6,7

Definindo o regulamento do ensino

clínicoEA14 (14) 1 1 2,1 1 6,7

Fazendo a articulação entre a

academia e os contextos de prática

clínica

EA3 (20); EA7 (31) 1 1 2 4,3 2 13,3

Proporcionando um ensino de

qualidade que articula teoria e

prática

EA10 (21); EA11 (1) 1 1 2 4,3 2 13,3

Fazendo gestão de conflitos entre

supervisor e estudanteEA2 (22, 24, 25, 26) 4 4 8,5 1 6,7

Mediando | moderando a relação

entre aluno e supervisorEA12 (4, 14, 17); EA13 (4) 3 1 4 8,5 2 13,3

Facilitação da

articulação

interinstitucional (entre a

academia e os contextos)

Mediação da relação

pedagógica entre

supervisor clínico e

estudante

Planificação da

componente prática da

formação inicial em

enfermagem

Page 162: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

162

Totais % Totais %EA10 EA11 EA12 EA13 EA14 EA15

UE (n=15)Sub Categoria Indicadores Unidades de registo EA1 EA2 EA3 EA4 EA5

UREA6 EA7 EA8 EA9

Proporcionando uma sólida

preparação teórico-prática ao

estudante

EA1 (2, 3, 6); EA2 (35); EA3 (19) 3 1 1 5 10,6 3 20,0

Praticando uma supervisão situada EA2 (1, 6, 17, 23) 4 4 8,5 1 6,7

Praticando um ensino prático

individualizado | personalizadoEA3 (11); EA5 (8, 10, 31) 1 3 4 8,5 2 13,3

Observando o aluno em ação EA10 (18) 1 1 2,1 1 6,7

Proporcionando ao estudante uma

autonomia gradualEA11 (9) 1 1 2,1 1 6,7

Partilhando experiências EA13 (3) 1 1 2,1 1 6,7

Transmitindo conhecimento prático EA14 (6) 1 1 2,1 1 6,7

Ajudando o estudante a superar-se

e a superar os objetivos definidosEA14 (7) 1 1 2,1 1 6,7

Facilitando a integração do

estudante no espaço físico e

humano dos contextos

EA8 (3) 1 1 2,1 1 6,7

Transmitindo o sentido de

realidadeEA8 (10, 23) 2 2 4,3 1 6,7

Ajudando o estudante a construir a

sua própria visão da profissãoEA15 (8, 11, 12, 15) 4 4 8,5 1 6,7

Ajudando o estudante a construir a

sua identidade profissionalEA14 (18, 19) 2 2 4,3 1 6,7

Totais da Categoria 47 100 - - - - - -

Acompanhamento e

mediação das

aprendizagens do

estudante

Facilitação da integração

nas dinâmicas de

funcionamento dos

contextos

Ajuda ao estudante na

construção da sua

profissionalidade

Page 163: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

163

Categoria: Ensino situado em contexto de trabalho (Professores e estudantes)

Totais % Totais %Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2 FG3 FG4 FG5 FG6 FG7

UR UE (n=13)FG8 FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

Desenvolvendo um ens ino centrado nas

experiências dos a lunosFG1 (3); FG6 (65) 1 1 2 1,6 2 15,4

Ajudando o a luno a “trabalhar na

complexidade”FG5 (24); FG6 (30) 1 1 2 1,6 2 15,4

Proporcionando experiências de

aprendizagem cl ínica em profundidade

FG1 (6, 18, 30); FG2 (9, 24, 44); FG3 (7, 47); FG4 (65); FG7

(23, 25, 26, 27, 47, 57, 58, 63, 75, 89); FG8 (2, 3, 4, 5, 8,

11, 61); FG9 (8, 16, 26); FG10 (69, 70, 71, 73); FG12 (33,

46, 47, 48, 49, 50, 51, 57)

3 3 2 1 10 7 3 4 8 41 32,0 9 69,2

Ajudando o a luno a mobi l i zar o

conhecimento teóricoFG6 (45, 46, 81) 3 3 2,3 1 7,7

Proporcionando ao a luno uma base de

conhecimento sól ida para a práticaFG7 (71) 1 1 0,8 1 7,7

Ens inando o a luno a uti l i zar os s is temas

de informação em EnfermagemFG1 (34) 1 1 0,8 1 7,7

Ajudando o estudante a planear as

atividades

FG4 (17, 34, 44, 45); FG5 (67, 68, 69); FG8 (6, 13); FG9

(15); FG13 (12, 23)4 3 2 1 2 12 9,4 5 38,5

Desenvolvendo um

processo de ensino-

aprendizagem

centrado no

estudante e na

prestação e gestão

de cuidados

Page 164: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

164

Totais % Totais %Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2 FG3 FG4 FG5 FG6 FG7

UR UE (n=13)FG8 FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

Proporcionando enquadramento ético,

legal na ação

FG1 (19, 20); FG4 (8, 9, 10, 26, 40); FG5 (29, 31, 78); FG7

(68, 69, 70); FG9 (3)2 5 3 3 9 22 17,2 5 38,5

Transmitindo | fazendo adquiri r ati tudes

profiss ionais

FG5 (84); FG6 (8, 9, 10, 11, 12, 14, 15, 31); FG7 (2, 11, 12,

67, 74); FG8 (73); FG9 (22, 23, 24, 25, 27, 83); FG10 (10,

17, 59, 60, 61, 62, 63, 65, 66, 67)

1 8 5 1 6 10 31 24,2 6 46,2

Despertando o a luno para as questões da

relação de a judaFG9 (79) 1 1 0,8 1 7,7

Promovendo ações de s ingularidade nos

cuidadosFG6 (17, 18, 19, 21, 22); 5 5 3,9 1 7,7

Ajudando o estudante a desenvolver

competências relacionais com os utentes |

famíl ia

FG7 (37); FG10 (1, 6, 36, 83, 86) 1 5 6 4,7 2 15,4

Ajudando a “integrar saber-fazer e saber-

estar”FG2 (23) 1 1 0,8 1 7,7

Totais da Categoria 128 100 - - - - - -

Transmitindo a

dimensão ético-

deontológica da

profissão

Mediando a relação

entre estudante -

utentes/famílias e

equipa

multidisciplinar

Page 165: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

165

Totais % Totais %EA10 EA11 EA12 EA13 EA14 EA15

UE (n=15)Sub Categoria Indicadores Unidades de registo EA1 EA2 EA3 EA4 EA5

UREA6 EA7 EA8 EA9

Preparando o estudante para a

realidade profissionalEA1 (1, 4, 5, 14) 4 4 16,7 1 6,7

Incitando o estudante a fazer |

experienciarEA8 (2, 19) 2 2 8,3 1 6,7

Ajudando o estudante a mobilizar

conhecimentosEA2 (13) 1 1 4,2 1 6,7

Ensinando o estudante a fazer

registos de enfermagem

corretamente

EA14 (10) 1 1 4,2 1 6,7

Ensinando o estudante a priorizar

cuidadosEA14 (9) 1 1 4,2 1 6,7

Proporcionando situações de

aprendizagem novasEA15 (1, 4, 5) 3 3 12,5 1 6,7

Partilhando estratégias de

resolução de problemas com o

estudante

EA15 (10) 1 1 4,2 1 6,7

Ajudando o estudante a planear

situações de aprendizagemEA15 (20) 1 1 4,2 1 6,7

Evidenciando a importância dos

aspetos ético-deontológicos da

profissão

EA3 (4) 1 1 4,2 1 6,7

Transmitindo valores profissionais EA7 (25, 26, 27); EA12 (19); EA13 (16) 3 1 1 5 20,8 3 20,0

Facilitando a relação com o utente

| famíliaEA3 (25) 1 1 4,2 1 6,7

Fazendo a ponte | articulação entre

o estudante e os distintos

profissionais que compõem a

equipa multidisciplinar

EA3 (26) 1 1 4,2 1 6,7

Estabelecendo uma relação

profissional com o estudanteEA6 (1, 2) 2 2 8,3 1 6,7

Totais da Categoria 24 100 - - - - - -

Desenvolvendo um

processo de ensino-

aprendizagem centrado

no estudante e na

prestação e gestão de

cuidados

Transmitindo a dimensão

ético-deontológica da

profissão

Mediando a relação

entre estudante -

utentes/famílias e equipa

multidisciplinar

Page 166: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

166

Categoria: Ensino centrado no estudante (Professores e estudantes)

Totais % Totais %Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2 FG3 FG4 FG5 FG6 FG7

UR UE (n=13)FG8 FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

Fazendo reuniões com os a lunos ao longo

do ens ino cl ínico

FG1 (25); FG4 (54); FG8 (23, 25, 28, 35, 40, 41, 42); FG13

(14, 15, 17, 19, 26, 27, 30, 43)1 1 7 8 17 21,3 4 30,8

Incentivando os estudantes a trabalhar em

grupo FG4 (27, 28, 29, 30, 31, 35, 64); FG10 (8) 7 1 8 10,0 2 15,4

Proporcionando um estudo orientado |

ens ino dirigidoFG5 (37, 38, 64, 65, 73); FG7 (53); FG12 (53) 5 1 1 7 8,8 3 23,1

Incentivando o estudo autónomo durante

o estágioFG7 (64) 1 1 1,3 1 7,7

Investindo no a luno FG9 (60) 1 1 1,3 1 7,7

Identi ficando zonas lacunares de

conhecimento no estudanteFG1 (42) 1 1 1,3 1 7,7

Questionando o a lunoFG1 (4, 5, 11, 27, 28); FG3 (20, 31, 44); FG4 (4, 49, 50, 56,

57); FG10 (5, 43); FG12 (2, 16)5 3 5 2 2 17 21,3 5 38,5

Induzindo o a luno a conscientizar-se das

suas próprias di ficuldades

FG7 (45, 46); FG8 (49); FG9 (40, 41, 42, 58); FG11 (25,

28);2 1 4 2 9 11,3 4 30,8

Exigindo uma prática discente

fundamentada

FG1 (7; 9, 10, 12, 13, 36); FG4 (24, 25); FG5 (27, 28, 45);

FG7 (73, 81); 6 2 3 2 13 16,3 4 30,8

“Limando arestas” FG10 (9, 40, 78) 3 3 3,8 1 7,7

Cri ticando construtivamente FG11 (29, 34, 35) 3 3 3,8 1 7,7

Totais da Categoria 80 100 - - - - - -

Estimulando o

trabalho

colaborativo entre

estudantes

Estimulando o

trabalho autónomo

Induzindo o

estudante a tomar

consciência das

suas necessidades

de formação

Page 167: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

167

Totais % Totais %EA10 EA11 EA12 EA13 EA14 EA15

UE (n=15)Sub Categoria Indicadores Unidades de registo EA1 EA2 EA3 EA4 EA5

UREA6 EA7 EA8 EA9

Estimulando o trabalho

autónomo

Incitando o aluno a “estudar” |

pesquisarEA2 (32); EA3 (13, 14); EA6 (41); EA7 (7); EA13 (11) 1 2 1 1 1 6 7,8 5 33,3

Fazendo o estudante tomar

consciência das suas necessidades

de formação

EA2 (31, 33, 34); EA4 (17, 19); EA5 (2, 11); EA6 (22,

23, 30, 31, 44); EA7 (6, 33); EA8 (5, 9, 12, 20, 24);

EA10 (11, 12, 20); EA13 (12, 13, 14)

3 2 2 5 2 5 3 3 25 32,5 8 53,3

Exigindo uma prática fundamentada EA2 (10, 11, 12, 16) 4 4 5,2 1 6,7

Demonstrando ao estudante "como

se faz"EA6 (29, 32) 2 2 2,6 1 6,7

Questionando o estudante

EA4 (4, 11, 12); EA6 (38, 40); EA7 (12, 14, 22, 34);

EA8 (11, 16); EA9 (13, 14); EA10 (9, 14); EA11 (6);

EA12 (1); EA15 (17)

3 2 4 2 2 2 1 1 1 18 23,4 9 60,0

Esclarecendo dúvidasEA2 (7, 9, 36); EA3 (8, 12); EA6 (5, 17, 19, 43); EA8

(1); EA11 (3); EA12 (8); EA14 (4)3 2 4 1 1 1 1 13 16,9 7 46,7

Fornecendo explicações sempre

que a situação seja oportunaEA6 (11, 27, 28, 33, 34); EA8 (14, 15, 25); EA15 (6) 5 3 1 9 11,7 3 20,0

Totais da Categoria 77 100 - - - - - -

Induzindo o estudante a

tomar consciência das

suas necessidades de

formação

Page 168: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

168

Categoria: Avaliação formativa (Professores e estudantes)

Totais % Totais %Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2 FG3 FG4 FG5 FG6 FG7

UR UE (n=13)FG8 FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

Fazendo aval iações formativasFG1 (37); FG6 (86); FG7 (32, 50, 56, 88); FG8 (46); FG10

(25, 42, 58)1 1 4 1 3 10 14,5 5 38,5

Fazendo uma aval iação contínua ao longo

do estágioFG12 (19, 20, 37); FG13 (10, 18) 3 2 5 7,2 2 15,4

Desconstruindo ideias pré-concebidas FG9 (19) 1 1 1,4 1 7,7

Fazendo aval iações sumativas FG7 (21); FG12 (12, 17) 1 2 3 4,3 2 15,4

Val idando adquiridos da e na prática FG1 (8); FG10 (41, 49); FG11 (1); FG12 (14, 21, 54) 1 2 1 3 7 10,1 4 30,8

Orientando | dando pis tas | apontando

caminhos

FG1 (31, 43, 45, 46, 47, 48, 67); FG2 (13); FG5 (3); FG6

(85, 89, 92); FG7 (38); FG8 (20); FG9 (29, 30, 31, 75, 78);

FG10 (13, 48, 50, 51, 54); FG11 (3, 5, 16, 23, 26, 31, 40);

FG12 (26)

7 1 1 3 1 1 5 5 7 1 32 46,4 10 76,9

Corrigindo FG7 (34); FG8 (37, 38) 1 2 3 4,3 2 15,4

Procurando fazer uma aval iação o mais

objetiva poss ívelFG7 (51) 1 1 1,4 1 7,7

Estimulando a capacidade de auto-

aval iação no estudanteFG5 (25); FG9 (61, 62, 63); FG11 (46, 47, 50) 1 3 3 7 10,1 3 23,1

Totais da Categoria 69 100 - - - - - -

Fornecendo

Feedback

Envolvendo o

estudante no

processo avaliativo

Praticando uma

avaliação contínua

Page 169: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

169

Totais % Totais %EA10 EA11 EA12 EA13 EA14 EA15

UE (n=15)Sub Categoria Indicadores Unidades de registo EA1 EA2 EA3 EA4 EA5

UREA6 EA7 EA8 EA9

Avaliando continuamente as

aprendizagens do estudante

EA2 (29); EA3 (5); EA5 (17, 19); EA6 (39); EA7 (24, 28,

32, 36); EA13 (9, 18); EA15 (15)1 1 2 1 4 2 1 12 24,5 7 46,7

Corrigindo EA3 (24, 27); EA6 (35, 37, 45); EA12 (16); EA15 (14) 2 3 1 1 7 14,3 4 26,7

Fazendo avaliações sumativas EA5 (26, 29) 2 2 4,1 1 6,7

Validando as aprendizagens

efetuadasEA3 (9); EA8 (18, 21, 22) 1 3 4 8,2 2 13,3

Validando conhecimentos EA13 (2) 1 1 2,0 1 6,7

Fornecendo feedbackDando feedback ao estudante

acerca das atividades

desenvolvidas

EA3 (18, 28), EA5 (12, 13, 14, 15, 16, 18); EA6 (26,

36); EA7 (18, 19, 20); EA9 (2); EA10 (16, 22); EA13 (8,

17); EA14 (2, 12, 15)

2 6 2 3 1 2 2 3 21 42,9 8 53,3

Envolvendo o estudante

no processo avaliativo

Envolvendo o aluno no processo

supervisivoEA2 (18, 20) 2 2 4,1 1 6,7

Totais da Categoria 49 100 - - - - - -

Praticando uma

avaliação contínua

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170

Categoria: Trabalho colaborativo com o supervisor clínico (Professores e estudantes)

Totais % Totais %Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2 FG3 FG4 FG5 FG6 FG7

UR UE (n=13)FG8 FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

Sens ibi l i zando os supervisores para a

uti l i zação dos modelos teóricos de

enfermagem

FG4 (48) 1 1 1,8 1 7,7

Real izando seminários destinados ao

supervisor no âmbito da supervisão cl ínicaFG1 (39); FG13 (37, 38) 1 2 3 5,3 2 15,4

Real izando reuniões com os di ferentes

intervenientes no processo supervis ivoFG4 (20, 46, 60); FG7 (14) 3 1 4 7,0 2 15,4

Procurando ter ratios professor | grupo de

a lunos baixosFG2 (5) 1 1 1,8 1 7,7

Apoiando | Orientando o enfermeiro

supervisor no seu trabalho de supervisão

(ou de formador)

FG2 (14, 15, 25); FG3 (55); FG4 (5, 6, 16, 19, 21, 61); FG5

(7, 13, 15, 16); FG6 (33, 34, 35, 38); FG7 (17, 18, 19, 20);

FG8 (14, 57); FG9 (7, 59); FG10 (32, 33); FG11 (17, 20, 21,

22, 24, 51, 52); FG12 (52); FG13 (5, 6, 7, 9, 34, 42)

3 1 6 4 4 4 2 2 2 7 1 6 42 73,7 12 92,3

Mantendo um cl ima de proximidade com o

supervisorFG6 (78); FG7 (3, 54) 1 2 3 5,3 2 15,4

Estabelecendo uma parceria efetiva entre

supervisor e professorFG5 (55, 56, 57) 3 3 5,3 1 7,7

Totais da Categoria 57 100 - - - - - -

Planeando

conjuntamente o

ensino clínico

Dando suporte ao

supervisor clínico

Realizando

atividades de

formação

destinadas ao

supervisor clínico

Page 171: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

171

Categoria: Trabalho colaborativo com a equipa docente (Professores e estudantes)

Totais % Totais %Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2 FG3 FG4 FG5 FG6 FG7

UR UE (n=13)FG8 FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

Anal isando conjuntamente com os colegas

as práticas docentesFG6 (57, 59) 2 2 7,7 1 7,7

Val idando processos com os outros

docentesFG6 (60) 1 1 3,8 1 7,7

Aval iando anualmente, em conjunto, quer

as estratégias quer as metodologias

uti l i zadas

FG10 (64, 89) 2 2 7,7 1 7,7

Uti l i zando o feedback dos supervisores e

da equipa de enfermagem dos contextos

para introduzir mudanças no processo

supervis ivo

FG6 (102) 1 1 3,8 1 7,7

Uti l i zando o feedback dos a lunos para

introduzir mudanças no processo

supervis ivo

FG6 (70, 101) 2 2 7,7 1 7,7

Colaborando |

dando apoio aos

colegas

Pedindo apoio | articulando-se com os

outros colegas

FG1 (58, 59, 60); FG2 (37, 38, 41); FG5 (13, 46, 47, 49,

53, 58, 59, 76, 80, 81); FG6 (71, 72)3 3 10 2 18 69,2 4 30,8

Totais da Categoria 26 100 - - - - - -

Analisando

conjuntamente as

práticas docentes

após cada nsino

clínico

Page 172: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

172

Categoria: Utilização de “competências pessoais” (Professores e estudantes)

Totais % Totais %Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2 FG3 FG4 FG5 FG6 FG7

UR UE (n=13)FG8 FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

Sendo exigente relativamente ao processo

de ens ino-aprendizagemFG7 (42); FG9 (82) 1 1 2 8,7 2 15,4

Sendo diretivoFG1 (29, 41, 66);FG7 (30); FG9 (69, 72); FG12 (3, 9, 10,

56)3 1 2 4 10 43,5 4 30,8

Ens inando com calma e paciência FG7 (29) 1 1 4,3 1 7,7

Mantendo uma ati tude pos i tiva FG11 (30, 32) 2 2 8,7 1 7,7

Usando a assertividade FG11 (41, 42) 2 2 8,7 1 7,7

Improvisando FG4 (58); 1 1 4,3 1 7,7

Usando a criatividade FG12 (45) 1 1 4,3 1 7,7

Usando a intuição FG5 (96); FG10 (55, 81, 87) 1 3 4 17,4 2 15,4

Totais da Categoria 23 100 - - - - - -

Sendo assertivo

Sendo diretivo

Sendo criativo

Page 173: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

173

Totais % Totais %EA10 EA11 EA12 EA13 EA14 EA15

UE (n=15)Sub Categoria Indicadores Unidades de registo EA1 EA2 EA3 EA4 EA5

UREA6 EA7 EA8 EA9

Sendo intuitivo Utilizando a intuição EA2 (27) 1 1 11,1 1 6,7

Sendo muito diretivo EA3 (22); EA5 (1) 1 1 2 22,2 2 13,3

Sendo exigente EA9 (7, 8, 9); EA14 (8); EA15 (13) 3 1 1 5 55,6 3 20,0

Sendo pedagógico Sendo didático EA10 (19) 1 1 11,1 1 6,7

Totais da Categoria 9 100 - - - - - -

Sendo diretivo

Page 174: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

174

TEMA III– Obstáculos correntes que restringem o valor formativo que a prática podia ter

Subtema I – Obstáculos percebidos|sentidos pelos docentes

Categoria: Desarticulação interinstitucional (Professores)

Total % Total %

UE (n=13)FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

URFG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2

Falta de proximidade /deficiente

articulação interinsti tucional (Academia –

Contextos)

FG1 (31, 32, 33, 34, 35); FG2 (1,7); FG3 (17, 63, 64, 65,

66, 67); FG5 (19, 20, 21); FG6 (3, 4, 36); FG7 (2, 3, 13, 14);

FG9 (42); FG10 (1, 2, 5,6)

5 2 6 3 3 4 1 4 28 13,7 8 61,5

Incapacidade de intervir nos loca is de

estágio em termos de condução do

processo supervis ivo ou na escolha dos

supervisores

FG1 (6, 7, 11, 37, 38, 39, 40); FG2 (3, 15, 17); FG3 (9); FG4

(9); FG5 (2, 22); FG7 (8, 9, 10, 19); FG8 (32, 33, 54, 55,

58); FG9 (24); FG12 (6, 46, 50); FG13 (13, 16)

7 3 1 1 2 4 5 1 3 2 29 14,2 10 76,9

Dificuldade de obtenção de loca is de

estágio

FG1 (1, 20, 53, 54); FG2 (4, 5, 9, 10, 11); FG4 (19, 42, 50);

FG6 (12, 13); FG8 (56, 57); FG10 (28); FG11 (83, 84); FG12

(112)

4 5 3 2 2 1 2 1 20 9,8 8 61,5

Os estágios serem apenas combinados

com os contextos relativamente aos

aspetos burocráticos e não pedagógicos

FG3 (77, 78, 79, 80) 4 4 2,0 1 7,7

Os ens inos cl ínicos serem “autorizados em

cima da hora”FG8 (61) 1 1 0,5 1 7,7

Inexis tência de continuidade na relação

supervis iva inter-insti tucionalFG4 (10, 106); FG7 (18) 2 1 3 1,5 2 15,4

Relacionadas com a fa l ta de planeamento

conjunto prévio dos ens inos cl ínicosFG5 (16); FG7 (79) 1 1 2 1,0 2 15,4

Indisponibi l idade / fa l ta de tempo para

resolver questões burocráticas inerentes à

preparação do ens ino cl ínico

FG8 (62, 63) 2 2 1,0 1 7,7

Relacionadas com o fato de a escola não

providenciar formação aos supervisoresFG7 (7, 15) 2 2 1,0 1 7,7

Ausência de

parcerias efetivas

entre as

instituições de

ensino e

organizações de

saúde

Page 175: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

175

Total % Total %

UE (n=13)FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

URFG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2

Relacionadas com instabi l idade das

equipas / contextos

FG1 (48, 50, 56); FG6 (37); FG7 (16, 17); FG9 (16); FG10

(20, 21, 23, 24); FG12 (66)3 1 2 1 4 1 12 5,9 6 46,2

Relacionadas com reorganizações e

a l terações das pol íticas das organizações

de saúde

FG1 (3, 4, 5, 9, 46); FG2 (13, 18); FG4 (3, 7, 17, 25, 43, 47,

56, 86, 100); FG5 (17, 18); FG7 (75); FG11 (74, 75); FG12

(98)

5 2 9 2 1 2 1 22 10,8 7 53,8

A supervisão do a luno ser fei ta por

múltiplos orientadores durante o mesmo

ens ino cl ínico

FG12 (29) 1 1 0,5 1 7,7

Limitações organizativas e de recursos

humanos dos contextosFG3 (81, 82, 83, 84, 85); FG7 (81) 5 1 6 2,9 2 15,4

Uti l i zação do a luno para supri r as

necess idades dos contextos em recursos

humanos

FG7 (68, 71, 72); FG8 (34) 3 1 4 2,0 2 15,4

Relacionadas com a desarticulação

conceptual entre academia e contextos

FG4 (20, 33, 62, 79); FG5 (1, 6, 7, 8, 9); FG6 (5, 6, 7, 8, 10,

11, 14, 15, 20, 23)FG9 (4, 7, 13, 41); FG10 (3); FG11 (89);

FG12 (21, 31, 49, 53, 54, 95, 96); FG13 (1, 14, 15)

4 5 10 4 1 7 3 34 16,7 7 53,8

Excess iva centração das práticas nas

competências instrumentais (modelo

biomédico)

FG4 (22, 23, 32, 36, 40, 41, 58, 59, 60, 61); FG7 (33, 34,

35, 36); FG11 (18, 19, 20); FG12 (28, 30, 44, 45, 79, 81);

FG13 (2, 3)

10 4 3 6 2 25 12,3 5 38,5

Relacionadas com a fa l ta de sustentação

teórica da atividade de enfermagem nos

contextos

FG4 (34, 35, 37, 38, 39, 44, 48, 77); FG12 (10) 8 1 9 4,4 2 15,4

Totais da Categoria 204 100 - - - - - -

Desarticulação

conceitual entre

academia e

contextos

profissionais

Instabilidade

político-

organizativa das

organizações de

saúde

Page 176: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

176

Categoria: Preparação deficitária para o exercício da função supervisiva (Professores)

Total % Total %

UE (n=13)FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

URFG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2

Relacionadas com a aval iação dos a lunos

FG1 (16, 18, 21, 22, 23); FG2 (2); FG3 (1, 31, 32, 33, 34,

35, 36, 37, 38, 39, 40, 42, 43, 45, 49); FG4 (120, 121,

122, 123); FG6 (33, 34, 35); FG7 (37, 38); FG8 (35); FG11

(50), 63, 64, 65, 67); FG12 (13, 67, 73, 74, 80); FG13 (13,

22, 67, 73, 74, 80)

5 1 15 4 3 2 1 5 5 6 47 30,5 10 76,9

Medo de ser injusto FG3 (41, 44) 2 2 1,3 1 7,7

Relacionadas com a imposs ibi l idade de

fazer uma “real ava l iação” dos adquiridos

da prática

FG4 (11, 12, 45, 119); FG12 (1, 7, 27) 4 3 7 4,5 2 15,4

A supervisão docente não ser presencia l FG4 (24); FG9 (5, 6); FG11 (4); FG12 (3, 20) 1 2 1 2 6 3,9 4 30,8

Lidar com a di ferença de exigência , em

termos de fundamentação das práticas ,

entre professor e supervisor

FG7 (1) 1 1 0,6 1 7,7

Falta de formação pedagógica para o

exercício supervis ivoFG2 (14); 1 1 0,6 1 7,7

Relacionadas com a pouca l i teratura

disponível em a lgumas áreas de

especia l idade em Enfermagem

FG4 (82, 83, 84, 85); FG6 (2) 4 1 5 3,2 2 15,4

Relacionadas com a di ficuldade docente

em perceber os l imites do seu papelFG3 (19, 20, 21, 22, 23, 24, 25) 7 7 4,5 1 7,7

Impreparação para a função supervis ivaFG3 (70, 71, 72, 73); FG4 (92, 93, 94, 96, 124, 125); FG6

(1); FG11 (52, 53, 57, 82); FG13 (10)4 6 1 4 1 16 10,4 5 38,5

Relacionadas com a di ficuldade de

tomada de decisãoFG3 (74); FG4 (74) 1 1 2 1,3 2 15,4

Relacionadas com o exercício supervis ivo

fora da respetiva área de especia l idadeFG12 (60, 77, 101) 3 3 1,9 1 7,7

Ausência de

formação em

supervisão clínica

Dificuldade em

perceber os limites

do seu papel

Dificuldade em

avaliar os

adquiridos na

prática pelo

estudante

Page 177: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

177

Total % Total %

UE (n=13)FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

URFG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2

Lidar com a componente emocional do

ens ino FG3 (47, 48) 2 2 1,3 1 7,7

Relacionadas com o isolamento docente FG3 (26) 1 1 0,6 1 7,7

Relacionadas com as exigências da

própria função supervis ivaFG1 (47); FG13 (17, 18) 1 2 3 1,9 2 15,4

Relacionadas com a desmotivação do

professor face às múltiplas contrariedades

que surgem no decurso do processo

FG3 (16) 1 1 0,6 1 7,7

Relacionadas com a desatual ização

relativamente ao conhecimento práticoFG7 (22); FG8 (26); FG12 (78, 82, 84, 92, 94, 97) 1 1 6 8 5,2 3 23,1

Relacionadas com o afastamento docente

da prática

FG7 (77, 78, 80, 82); FG8 (1, 24, 27, 28, 29, 30, 31, 42,

43); FG10 (4, 9, 10, 11); FG11 (16, 24, 46, 73, 76, 77);

FG12 (5, 61, 75, 76, 83, 93); FG13 (19, 20, 24)

4 9 4 6 6 3 32 20,8 6 46,2

Não poder consti tuir-se modelo de prática FG7 (20, 21) 2 2 1,3 1 7,7

Relacionadas com a “sensação de

incapacidade” para controlar o processo

supervis ivo

FG8 (39, 40, 52, 53, 62, 64, 65); FG9 (14) 7 1 8 5,2 2 15,4

Totais da Categoria 154 100 - - - - - -

Lidar com a

componente

emocional do

ensino clínico

Afastamento da

prática clínica

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178

Categoria: Interação com o enfermeiro supervisor (Professores)

Total % Total %

UE (n=13)FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

URFG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2

Impreparação dos supervisores para a

função

FG1 (15); FG3 (54, 56); FG4 (13, 21, 46, 107, 108); FG6 (9,

18, 19); FG8 (9, 11, 41); FG9 (3, 8); FG10 (7, 8, 13); FG11

(12, 21, 26, 27); FG12 (4, 102, 103, 104); FG13 (4)

1 2 6 3 3 2 3 4 4 1 29 24,6 10 76,9

Impreparação dos supervisores para

colaborar na aval iação do a luno

FG7 (30, 31, 32, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 63, 65, 66);

FG9 (25, 26, 27, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 38); FG10 (30,

31); FG11 (51)

13 10 2 1 26 22,0 4 30,8

“Falta de responsabi l idade” do orientador

pela função supervis ivaFG1 (26, 27, 28); FG3 (2, 7, 51, 53) 3 4 7 5,9 2 15,4

Desmotivação dos supervisoresFG1 (8, 13, 14, 25, 49, 51, 55); FG3 (3, 4, 5, 6, 8, 10); FG4

(67); FG7 (29); FG12 (99, 100, 108)7 6 1 1 3 18 15,3 5 38,5

Comportamentos “menos éticos” dos

supervisoresFG1 (10, 12); FG4 (78) 2 1 3 2,5 2 15,4

Supervisores que não sabem os l imites do

seu papelFG10 (17, 18, 19, 29); FG11 (58, 59); FG12 (23) 4 2 1 7 5,9 3 23,1

Supervisores muito jovens ou em início de

carreiraFG8 (13) 1 1 0,8 1 7,7

Impreparação do

enfermeiro

supervisor para a

função supervisiva

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179

Total % Total %

UE (n=13)FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

URFG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2

Características

pessoais do

supervisor

Supervisores cujas caracterís ticas pessoais

di ficul tam a relação interpessoal quer com

o professor quer com o a luno

FG1 (17); FG3 (50, 52); FG5 (14) 1 2 1 4 3,4 3 23,1

Impos ição da função supervis iva aos

supervisoresFG1 (42); FG6 (38, 39) 1 2 3 2,5 2 15,4

Relacionadas com a “fa l ta de tempo” dos

orientadores para o exercício da função

supervis iva

FG1 (5, 44, 45, 52); FG4 (127); FG8 (20); FG12 (110) 4 1 1 1 7 5,9 4 30,8

Recusa dos supervisores em participar na

supervisão dos a lunosFG7 (24) 1 1 0,8 1 7,7

Supervisores com uma profiss ional idade

muito orientada ao modelo biomédicoFG6 (19, 21, 22, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30) 10 10 8,5 1 7,7

Res is tência do supervisor à mudança de

hábitos de trabalho e à adoção de uma

perspetiva mais conceptual izada dos

cuidados de enfermagem

FG7 (4); FG12 (18) 1 1 2 1,7 2 15,4

Totais da Categoria 118 100 - - - - - -

Indisponibilidade

do supervisor para

o exercício da

função supervisiva

Diferentes visões

acerca do cuidar em

enfermagem

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180

Categoria: Interação com o estudante (Professores)

Total % Total %

UE (n=13)FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

URFG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2

Falta de honestidade do a luno FG1 (19); FG11 (85); FG12 (48) 1 1 1 3 2,7 3 23,1

Falta de maturidade do a lunoFG4 (51, 52, 53); FG7 (25, 26, 48, 57); FG8 (2, 3); FG10

(14, 15); FG12 (38, 39, 88, 89, 90)3 4 2 2 5 16 14,2 5 38,5

Falta de humi ldade do a luno FG7 (39, 40, 41, 42, 44, 83); FG11 (78, 80); FG12 (71, 72) 6 2 2 10 8,8 3 23,1

Lidar com alunos manipuladores FG3 (27, 28, 29, 30, 76) 5 5 4,4 1 7,7

Lidar com alunos muito críticos FG9 (17, 18); FG11 (22, 90) 2 2 4 3,5 2 15,4

Lidar com o individual ismo do a luno FG12 (33, 34, 40) 3 3 2,7 1 7,7

Lidar com a insegurança do a luno FG7 (28) 1 1 0,9 1 7,7

Lidar com o défice de conhecimento do

a lunoFG7 (27); FG11 (31, 37) 1 2 3 2,7 2 15,4

Dificuldade de fazer o a luno refleti r na

açãoFG4 (75); FG11 (23); FG12 (11) 1 1 1 3 2,7 3 23,1

Incapacidade dos a lunos , nos primeiros

anos , na mobi l i zação de conhecimentos e

construir um diagnóstico

FG5 (3, 4, 5) 3 3 2,7 1 7,7

Relacionadas coma di ficuldade de fazer o

a luno reconhecer as suas necess idades de

formação

FG7 (63, 64); FG9 (23) 2 1 3 2,7 2 15,4

Relacionadas com a poss ibi l idade de

ocorrerem práticas “menos corretas”FG9 (9, 10, 11, 12, 20, 28); FG12 (15, 16, 17, 22, 24) 6 5 11 9,7 2 15,4

Características

pessoais do

estudante

Impreparação

(teórica) do

estudante para a

frequência do

ensino clínico

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181

Total % Total %

UE (n=13)FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

URFG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2

Lidar com a desmotivação do a luno para

aprender em contextoFG8 (4); FG12 (42, 43); FG13 (21) 1 2 1 4 3,5 3 23,1

Falta de iniciativa do a lunoFG7 (58, 59, 60, 61, 62); FG11 (29, 30, 32, 34, 36, 40);

FG12 (32, 91)5 6 2 13 11,5 3 23,1

Alunos que não gostam|não querem

trabalharem em equipaFG10 (24) 1 1 0,9 1 7,7

Relacionadas com di ficuldades

relacionais entre a luno e supervisorFG9 (21, 22) 2 2 1,8 1 7,7

Lidar com o des ignado “aluno di fíci l” FG10 (12, 13, 16); FG11 (33, 38, 39, 79, 81) 3 5 8 7,1 2 15,4

Relacionadas com comportamentos

“menos éticos” do a lunoFG11 (35); FG13 (6, 7) 1 2 3 2,7 2 15,4

Relacionadas com a desvalorização e/ou

ocultação por parte do a luno de

incidentes críticos no decurso do ens ino

cl ínico

FG9 (35, 36, 37, 39) 4 4 3,5 1 7,7

Relacionadas com a excess iva

dependência do a luno relativamente ao

supervisor

FG11 (28); FG12 (25, 26, 47, 51, 52); FG13 (8, 9) 1 5 2 8 7,1 3 23,1

Lidar com a di ficuldade de o a luno

assumir o seu erroFG7 (45, 46, 47, 49) 4 4 3,5 1 7,7

Relacionadas com o desconhecimento do

a luno até ao momento do ens ino cl ínicoFG13 (11) 1 1 0,9 1 7,7

Totais da Categoria 113 100 - - - - - -

Falta de implicação

do estudante no

processo de ensino-

aprendizagem

clínico

Ambiente afetivo

relacional

desfavorável

Page 182: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

182

Categoria: Organização|gestão dos ensinos clínicos (Professores)

Total % Total %

UE (n=13)FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

URFG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2

Mass ividade de a lunos em ens ino cl ínico

FG1 (24); FG4 (49, 63, 64); FG8 (44, 46, 51); FG9 (15, 41);

FG10 (26, 27); FG11 (7); FG12 (8, 12, 19, 41, 111, 113,

115); FG13 (5, 23)

1 3 3 2 2 1 7 2 21 25,6 8 61,5

A mass ividade de escolas FG4 (55, 73); FG12 (9) 2 1 3 3,7 2 15,4

Falta de disponibi l idade para apoiar os

colegas “iniciantes” na função supervis ivaFG3 (63, 64, 75) 3 3 3,7 1 7,7

Relacionadas com a elevada carga de

trabalho docenteFG8 (37, 45) 2 2 2,4 1 7,7

Falta de disponibi l idade docente para

supervis ionar os a lunos

FG4 (65, 68, 69, 76, 97); FG5 (13); FG7 (5, 6, 23, 67, 69,

70); FG11 (3, 11); FG12 (63, 65, 85, 86, 87, 114)5 1 6 2 6 20 24,4 5 38,5

Défice de recursos humanos docentes para

assegurar a supervisão dos a lunosFG2 (6) 1 1 1,2 1 7,7

Necess idade de recorrer à contratação

externa de supervisoresFG2 (8); FG12 (58) 1 1 2 2,4 2 15,4

Dispersão dos contextos de prática cl ínica

por áreas geográficas muito a largadas

FG4 (67, 70, 71); FG8 (15, 16, 17, 19, 47, 48); FG11 (1);

FG12 (62, 64, 69)3 6 1 3 13 15,9 4 30,8

Relacionadas com a constante mudança

de contextos de prática cl ínicaFG4 (28, 29, 30, 114, 115, 116, 117, 118) 8 8 9,8 1 7,7

Duração do ensino

clínicoEstágios temporalmente curtos FG4 (11, 126); FG8 (21); FG11 (9, 10, 14, 15, 86); FG12 (2) 2 1 5 1 9 11,0 4 30,8

Totais da Categoria 82 100 - - - - - -

Atomização

geográfica e

contextual dos

estudantes

Massividade de

estudantes nos

contextos de

trabalho

Ausência de

disponibilidade

para

colaborar/apoiar os

pares (professores)

Ausência de

disponibilidade

para apoiar o

estudante

Page 183: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

183

Categoria: Interação com os contextos (Professores)

Total % Total %

UE (n=13)FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

URFG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2

Relacionadas com a

especi ficidade/divers idade de contextos e

respetivas formas de organização do

trabalho

FG4 (3, 8, 10, 41, 81, 88, 89, 90, 91, 95); FG5 (10, 11);

FG6 (31, 32); FG8 (18); FG11 (54)10 2 2 1 1 16 28,6 5 38,5

Relacionadas com a di ficuldade de

integração docente nos contextosFG11 (68, 69) 2 2 3,6 1 7,7

Deficiente integração no seio da equipa

de enfermagem

FG3 (14, 64); FG4 (98, 99, 101, 102, 103, 109, 110, 112,

113); FG5 (15); FG11 (56, 70, 71, 72); FG13 (12)2 9 1 4 1 17 30,4 5 38,5

Relacionadas com o encetar processos

colaborativos com os contextosFG2 (12, 16) 2 2 3,6 1 7,7

Relacionadas com o desconhecimento dos

contextos e respetivos atoresFG8 (59, 60); FG9 (19, 43); FG11 (42, 43, 48, 55) 2 2 4 8 14,3 3 23,1

Pouca disponibi l idade manifestada pelos

contextos para colaborarem na formação

cl ínica do a luno

FG1 (2, 36, 41, 43); FG4 (72); FG12 (36, 37) 4 1 2 7 12,5 3 23,1

Pouca impl icação dos supervisores na fase

preparatória do estágioFG12 (105, 106, 107, 109) 4 4 7,1 1 7,7

Totais da Categoria 56 100 - - - - - -

Ausência de

implicação dos

profissionais na

preparação dos

ensinos clínicos

Deficiente

integração na

dinâmica

organizativa dos

contextos

Page 184: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

184

Categoria: Aspetos normativos

Total % Total %

UE (n=13)FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

URFG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2

Relacionadas com a inexis tência de

enquadramento legal para a função

supervis iva

FG1 (29, 30) 2 2 4,8 1 7,7

Relacionadas com a necess idade de

clari ficação dos papéis (professor e

supervisor)

FG9 (1, 2) 2 2 4,8 1 7,7

As novas orientações da profissão

relativas ao Modelo de Desenvolvimento

Profiss ional

FG1 (58) 1 1 2,4 1 7,7

Relacionadas com a perceção/frustração

de que não ocorrerão mudanças pol íticas

relativamente à forma como se concretiza

a componente prática da formação em

enfermagem

FG8 (36) 1 1 2,4 1 7,7

Relacionadas com alterações decorrentes

da reorganização curricular (Bolonha)

FG4 (4, 5, 6, 18, 27); FG8 (5, 6, 7, 8, 10, 14, 22, 23, 25,

38); FG11 (8); FG12 (14, 55, 56, 57, 59, 70)5 10 1 6 22 52,4 4 30,8

A carreira docente “afasta” os docentes da

práticaFG4 (87); FG11 (88) 1 1 2 4,8 2 15,4

Relacionadas com as reorganizações do

s is tema de ens ino/estabelecimentos de

ens ino

FG4 (14, 15, 16, 26); FG7 (73, 74, 76); FG8 (49, 50); FG10

(22); FG12 (35, 68)4 3 2 1 2 12 28,6 5 38,5

Totais da Categoria 42 100 - - - - - -

Inexistência de

legislação

reguladora da

atividade

supervisiva

Organização do

ensino de

enfermagem no

quadro do ensino

superior

Page 185: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

185

Subtema II – Obstáculos percebidos|sentidos pelos estudantes

Categoria: Choque da realidade (Professores e estudantes)

Total % Total %Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2 FG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8

UE (n=13)FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

UR

Discrepância teoria - práticaFG1 (1, 14); FG3 (38, 39); FG4 (22, 50); FG5 (10, 11, 12,

13, 17, 18, 21, 28, 29, 30); FG6 (3, 4, 20, 41, 44, 45, 47);

FG7 (4, 11); FG9 (7); FG12 (25)

2 2 2 10 7 2 1 1 27 9,4 8 61,5

Desarticulação conceptual entre a escola e

os contextos

FG2 (15); FG3 (10, 12, 13, 14, 43); FG4 (45); FG6 (1, 2, 5,

6, 40, 43); FG12 (3, 5, 19, 23, 24)1 5 1 6 5 18 6,3 5 38,5

Estrutura fís ica dos serviços degradadas FG1 (63); FG4 (49); FG7 (15) 1 1 1 3 1,0 3 23,1

Falta de recursos materia is nos contextos FG5 (9); FG6 (28); FG7 (13) 1 1 1 3 1,0 3 23,1

“Trabalhar à tarefa” / “por rotinas” FG1 (74); FG4 (8, 13, 14, 15, 17); FG12 (8) 1 5 1 7 2,4 3 23,1

A forma di ferenciada que os contextos têm

de organizar/geri r a prestação de cuidados

FG1 (61); FG2 (12, 14, 16); FG3 (1, 6, 7, 8, 11, 15, 16, 17);

FG5 (43, 44); FG12 (9, 16, 49); FG13 (16)1 3 8 2 3 1 18 6,3 6 46,2

A excess iva focal ização nos procedimentos

técnicos (modelo biomédico)FG9 (2, 3, 6); FG10 (1, 8, 9, 17) 3 4 7 2,4 2 15,4

Contextos pouco favoráveis à reflexão FG9 (37); FG11 (1, 4, 13, 14, 16) 1 5 6 2,1 2 15,4

Instabi l idade dos contextos FG4 (9); FG8 (31, 32); FG12 (26) 1 2 1 4 1,4 3 23,1

Limitações organizativas e de recursos

humanos dos contextosFG7 (1, 14); FG12 (1, 2) 2 2 4 1,4 2 15,4

As sucess ivas a l terações pol ítico-

adminis trativas das organizações de

saúde

FG2 (11, 25, 26, 37) 4 4 1,4 1 7,7

Incapacidade dos contextos em

proporcionar experiências formativas

adequadas ao nível de desenvolvimento

FG4 (25, 26, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 35); FG9 (4, 5, 8, 9);

FG10 (2); FG11 (8); FG12 (11, 12, 13, 14, 15, 18, 27);

FG13 (11, 12, 13)

9 4 1 1 7 3 25 8,7 6 46,2

Ser consti tuído como “mão-de-obra” para

suprir défices de recursos humanos

FG1 (52, 53, 54, 75); FG2 (28); FG5 (5, 6, 7, 15); FG7 (16);

FG12 (7); FG13 (17)4 1 4 1 1 1 12 4,2 6 46,2

A experiência prática confinar-se à

observaçãoFG7 (8) 1 1 0,3 1 7,7

Relacionadas com a di ficuldade em atingir

os objetivos de estágio por impedimentos

organizacionais

FG13 (10) 1 1 0,3 1 7,7

Dicotomia teoria -

prática

Instabilidade

político-

organizativa nas

organizações de

saúde

Page 186: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

186

Total % Total %Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2 FG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8

UE (n=13)FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

UR

Lidar com o sofrimento e a morteFG1 (9, 10); FG2 (31, 32, 33); FG5 (23, 37, 38, 46); FG6

(16, 17, 18, 24); FG7 (17, 22); FG8 (35, 36)2 3 4 4 2 2 17 5,9 6 46,2

Gerir emoções e sentimentos FG3 (24, 35, 36); FG5 (3); FG6 (10); FG7 (18); FG8 (16, 20) 1 3 1 1 2 8 2,8 5 38,5

Desconhecimento de certas rea l idades

socia isFG2 (35); FG4 (4, 5, 6) 1 3 4 1,4 2 15,4

Confronto com s i tuações cl ínicas l imite FG6 (9, 15, 19, 22, 23, 54) 6 6 2,1 1 7,7

Lidar “com o corpo” FG7 (21, 23, 24); FG8 (21) 3 1 4 1,4 2 15,4

“Entrar na intimidade do(s ) utente(s )” FG8 (10, 11) 2 2 0,7 1 7,7

Deficiente integração no contexto cl ínico FG1 (19, 21, 27, 34, 35, 36, 38); FG9 (40); FG13 (15) 7 1 1 9 3,1 3 23,1

Relacionadas com a mudança/adaptação a

novos contextosFG3 (44, 45, 46); FG12 (29, 31, 35) 3 3 6 2,1 2 15,4

Área cl ínica / contextos que o estudante

não gostaFG1 (32, 33); FG10 (7); FG11 (23); FG12 (38) 2 1 1 1 5 1,7 4 30,8

Contextos pouco acolhedores FG3 (39, 40, 41); FG5 (39, 40, 41); 3 3 6 2,1 2 15,4

Défice na aquis ição de uma visão global e

contextual izada das s i tuaçõesFG6 (33, 35, 42) 3 3 1,0 1 7,7

Relacionadas com a impreparação dos

contextos para receber os a lunos

FG4 (54, 57); FG6 (16, 17); FG7 (11, 12); FG8 (12); FG11

(13)2 2 2 1 1 8 2,8 5 38,5

Gestão de

“sentimentos

profissionais”

Dificuldade de

integração nos

contextos

Page 187: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

187

Total % Total %Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2 FG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8

UE (n=13)FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

UR

No confronto com a complexidade do real ; FG3 (31, 32); FG5 (2, 18); FG6 (8) 2 2 1 5 1,7 3 23,1

Na mobi l i zação do conhecimento teórico

em s i tuação

FG6 (34, 36, 49); FG9 (14, 15); FG11 (20, 21); FG13 (18,

19, 20)3 2 2 3 10 3,5 4 30,8

Atuar em ambientes complexos FG1 (11, 28, 29) 3 3 1,0 1 7,7

Responder às múltiplas sol ici tações FG2 (9); FG6 (7, 29, 30); 1 3 4 1,4 2 15,4

Associadas à tomada de decisão FG2 (8); FG3 (33); FG7 (26, 29, 45, 46) 1 1 4 6 2,1 3 23,1

Medo de tomar iniciativa FG11 (22) 1 1 0,3 1 7,7

Lidar com o imprevis to FG6 (13); FG8 (18); FG9 (11, 18, 23, 24, 25) 1 1 5 7 2,4 3 23,1

Associadas ao estabelecimento de

prioridades

FG3 (14); FG5(9, 26); FG6 (11, 12, 37, 38); FG8 (15, 17,

22); FG13 (2, 4, 6)2 1 4 3 3 13 4,5 5 38,5

Na forma como o a luno organiza / gere as

suas atividadesFG2 (7, 9) 2 2 0,7 1 7,7

Na execução técnica s i tuada FG1 (43, 45) 1 1 0,3 1 7,7

Associadas à gestão de tempoFG3 (25); FG4 (43, 44, 48); FG6 (14, 25, 26, 27); FG7 (12,

41, 42); FG13 (3, 5, 14)1 3 4 3 3 14 4,9 5 38,5

Associadas ao sentimento de “sentir-se

muito exposto”FG2 (29, 30) 2 2 0,7 1 7,7

Totais da Categoria 286 100 - - - - - -

A complexidade do

real

Page 188: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

188

Totais % Totais %EA6 EA7 EA8

UE (n=15)EA9 EA10 EA11 EA12 EA13 EA14Sub Categoria Indicadores Unidades de registo EA1 EA2

UREA15EA3 EA4 EA5

Relacionadas com o “ter duas orientações

conceptualmente distintas” (docente e do

supervisor)

EA1 (43) 1 1 0,6 1 6,7

Associadas à discrepância entre teoria e prática EA2 (6, 9, 10, 49), EA4 (5, 6, 7, 8) 4 4 8 4,8 2 13,3

Desarticulação conceptual entre a escola e os

contextos

EA3 (5); EA4 (60, 61, 97, 98); EA7 (3, 13, 28); EA8 (16);

EA10 (2, 3); EA13 (11, 12, 13, 26)1 4 3 1 2 4 15 9,1 6 40,0

Estrutura física dos contextos degradadasEA2 (21, 24); EA3 (10, 11, 16); EA4 (73); EA6 (17); EA7

(19); EA8 (17); EA9 (34, 36); EA14 (16); EA15 (14)2 3 1 1 1 1 2 1 1 13 7,9 9 60,0

Escassez de recursos materiais nos contextos EA2 (25, 26); EA5 (19); EA9 (35); EA15 (19) 2 1 1 1 5 3,0 4 26,7

Trabalhar à tarefa/por rotinas EA4 (25, 62, 63); EA8 (36) 3 1 4 2,4 2 13,3

Formação teórica recebida na escola

desadequada relativamente à realidade

profissional

EA9 (25, 26); EA11 (2, 3) 2 2 4 2,4 2 13,3

Excessiva no modelo modelo biomédico EA7 (26); EA12 (41, 42, 43) 1 3 4 2,4 2 13,3

Incapacidade dos contextos em propiciar

experiências formativas adequadas ao nível de

desenvolvimento do aluno

EA4 (10, 11, 12); EA5 (46, 47) 3 2 5 3,0 2 13,3

O estágio confina-se à mera observação EA2 (40) 1 1 0,6 1 6,7

Contextos pouco interessantes em termos

técnicos e profissionais EA8 (29, 30, 31, 32, 33, 34); EA10 (25); EA14 (1, 2, 11) 6 1 3 10 6,1 3 20,0

Dicotomia teoria-

prática

Contextos pouco

desafiantes em

termos formativos

Page 189: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

189

Totais % Totais %EA6 EA7 EA8

UE (n=15)EA9 EA10 EA11 EA12 EA13 EA14Sub Categoria Indicadores Unidades de registo EA1 EA2

UREA15EA3 EA4 EA5

Escassez de recursos humanos em enfermagem

nos contextosEA1 (27); EA3 (17, 18); EA9 (33, 39); EA13 (8); EA15 (15) 1 2 2 1 1 7 4,2 5 33,3

Ser constituído como “mão-de-obra” para suprir

défices de recursos humanos

EA2 (4, 39); EA3 (20); EA4 (3, 4); EA10 (11); EA11 (13);

EA12 (15, 24, 28, 72); EA13 (20); EA15 (16, 17)2 1 2 1 1 4 1 1 13 7,9 8 53,3

Instabilidade organizativa dos contextos EA2 (28) 1 1 0,6 1 6,7

Gerir sentimentos e emoções profissionaisEA1 (17, 18, 19, 20); EA3 (9, 14); EA6 (13), EA12 (12);

EA14 (10)4 2 1 1 1 9 5,5 5 33,3

Lidar com o sofrimento e a morte EA13 (14, 15, 16); EA15 (3, 4) 3 2 5 3,0 2 13,3

Lidar com doentes em situação crítica EA4 (16); EA6 (14); EA14 (8) 1 1 1 3 1,8 3 20,0

Dificuldade de adaptação do aluno aos contextos EA1 (25, 42); EA4 (45); EA7 (24, 25); EA8 (6, 20) 2 1 2 2 7 4,2 4 26,7

Dificuldades na interação com a equipa

multidisciplinar

EA2 (27, 32); EA3 (32); EA4 (78, 79); EA5 (20); EA7 (18);

EA8 (59); EA15 (22)2 1 2 1 1 1 8 4,8 6 40,0

Forma diferenciada como os contextos

organizam/gerem a prestação de cuidadosEA2 (22, 23, 29, 30) 4 4 2,4 1 6,7

falta de autonomia para agir EA8 (9) 1 1 0,6 1 6,7

Área clínica | contextos que o estudante não

gostaEA9 (15, 16, 17, 18, 19); EA12 (2), EA15 (1, 2, 20) 5 1 3 9 5,5 3 20,0

Associadas ao choque da realidadeEA9 (11, 12, 13, 14, 22); EA10 (14, 20, 21); EA12 (16, 17);

EA15 (8)5 3 2 1 11 6,7 4 26,7

Na mobilização situada de conhecimentosEA4 (36, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 52, 64, 106); EA5 (10);

EA8 (15); EA9 (51)10 1 1 1 13 7,9 4 26,7

Relacionadas com o exercício em unidades de

grande complexidadeEA12 (20); EA14 (6, 7, 9) 1 3 4 2,4 2 13,3

Totais da Categoria 165 100 - - - - - -

Instabi l idade pol ítico-

organizativa das

organizações de

saúde

Gestão de

“sentimentos

profiss ionais”

Dificuldade de

integração nos

contextos

A complexidade do

real

Page 190: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

190

Categoria: Interação com o supervisor (Professores e estudantes)

Total % Total %Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2 FG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8

UE (n=13)FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

UR

Relacionado com o desconhecimento do

supervisor e as expectativas acerca do grau

de exigência deste

FG2 (17, 18, 19, 20, 21, 24); FG8 (12, 29); FG9 (19, 20,

21)6 2 3 11 8,7 3 23,1

Ter múltiplos orientadores durante o

mesmo ens ino cl ínicoFG5 (34); FG12 (22, 47, 48) 1 3 4 3,2 2 15,4

Pelo receio de questionar os supervisores FG1 (21, 23, 24, 25); FG11 (9) 4 1 5 4,0 2 15,4

Incapacidade de intervenção quando

observa ações/comportamentos “menos

éticos” por parte do supervisor

FG1 (8, 55); FG5 (29, 30, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 40,

41, 42); FG6 (21, 39)2 12 2 16 12,7 3 23,1

Impreparação do supervisor para a função FG2 (13); FG7 (3); FG12 (21) 1 1 1 3 2,4 3 23,1

Inexperiência do supervisor FG3 (1); FG9 (10); FG11 (14) 1 1 1 3 2,4 3 23,1

Des interesse do supervisor pela

orientação do a lunoFG7 (2) 1 1 0,8 1 7,7

Supervisores pouco diretivos FG1 (37) 1 1 0,8 1 7,7

Supervisores muito exigentes FG1 (50, 56) 2 2 1,6 1 7,7

Supervisores pouco exigentes FG1 (57, 58, 59, 60) 4 4 3,2 1 7,7

Supervisores muito diretivos FG1 (18, 30); FG9 (28, 29, 30, 39, 44); FG13 (18) 2 5 1 8 6,3 3 23,1

Supervisores “pouco abertos e inflexíveis” FG5 (19) 1 1 0,8 1 7,7

Supervisores “muito teóricos” FG5 (2, 3) 2 2 1,6 1 7,7

Impreparação do

supervisor para a

função

Estilo de supervisão

Ambiente afetivo-

relacional

desfavorável

Page 191: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

191

Total % Total %Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2 FG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8

UE (n=13)FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

UR

Aluno muito “fechado”/inibido /tímidoFG1 (31); FG5 (20, 42); FG8 (14, 27); FG9 (32, 33, 34);

FG10 (3); FG11 (5, 17, 18)1 2 2 3 1 3 12 9,5 6 46,2

Aluno muito inseguroFG4 (36); FG6 (46); FG9 (43); FG11 (32); FG12 (43, 44, 45,

46)1 1 1 1 4 8 6,3 5 38,5

Imaturidade do a lunoFG3 (4); FG4 (18, 23, 38); FG6 (32); FG7 (6); FG8 (5, 6, 7, 8,

23, 25); FG9 (35); FG12 (36, 37)1 3 1 1 6 1 2 15 11,9 7 53,8

Desmotivação / des interesse do a luno FG1 (65, 66, 67, 71, 72); FG2 (23); FG11 (24); FG12 (39) 5 1 1 1 8 6,3 4 30,8

Défice de autoconhecimento FG7 (25) 1 1 0,8 1 7,7

Alterações ps icossomáticas FG9 (22) 1 1 0,8 1 7,7

Indisponibi l idade | Fa l ta de tempo do

supervisor

FG1 (15, 16, 17); FG2 (27, 38); FG4 (10, 11, 16); FG5 (8);

FG7 (7, 9, 10); FG11 (30); FG12 (10); FG13 (7, 8)3 2 3 1 3 1 1 2 16 12,7 8 61,5

Relacionadas “com a pressão para fazer

bem e depressa”FG5 (4); FG10 (6); FG13 (4) 1 1 1 3 2,4 3 23,1

Supervisor desmotivado / Não quer exercer

a funçãoFG1 (20) 1 1 0,8 1 7,7

Totais da Categoria 126 100 - - - - - -

Características

pessoais do

estudante

Indisponibilidade

do supervisor para a

função

Page 192: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

192

Totais % Totais %EA6 EA7 EA8

UE (n=15)EA9 EA10 EA11 EA12 EA13 EA14Sub Categoria Indicadores Unidades de registo EA1 EA2

UREA15EA3 EA4 EA5

O sentimento de não aceitação por parte do

supervisorEA2 (41, 42) 2 2 0,8 1 6,7

Grande heterogeneidade de atuação entre

supervisoresEA1 (39) 1 1 0,4 1 6,7

Incapacidade de intervenção quando observa

ações/comportamentos “menos éticos” por parte

do supervisor/equipa de enfermagem

EA4 (14, 15, 17, 18, 19); EA8 (3); EA10 (5, 6, 7, 8); EA12

(4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 26, 27, 29, 30, 68, 69, 70, 71, 73);

EA15 (11, 12, 13, 30)

5 1 4 16 4 30 12,7 5 33,3

Indisponibilidade do supervisor para esclarecer

dúvidasEA7 (6, 7) 2 2 0,8 1 6,7

Falta de paciência do supervisor para o aluno EA12 (14) 1 1 0,4 1 6,7

Excessiva dependência do aluno relativamente ao

supervisorEA8 (27, 28) 2 2 0,8 1 6,7

Ser supervisionado por múltiplos orientadores

durante o ensino clínicoEA9 (1, 2, 3, 4, 29); EA10 (15, 16, 17); EA13 (22) 5 3 1 9 3,8 3 20,0

Crítica destrutiva EA12 (18, 19, 31, 56, 58, 59); EA14 (15, 17) 6 2 8 3,4 2 13,3

Ambiente afetivo-

relacional

desfavorável

Page 193: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

193

Totais % Totais %EA6 EA7 EA8

UE (n=15)EA9 EA10 EA11 EA12 EA13 EA14Sub Categoria Indicadores Unidades de registo EA1 EA2

UREA15EA3 EA4 EA5

Supervisores em início de carreira e/ou

inexperientes

EA2 (48); EA3 (30); EA4 (30, 33, 93, 94); EA5 (51); EA11

(14); EA12 (39, 40, 44, 45, 46, 48); EA13 (19, 32)1 1 4 1 1 6 2 16 6,8 7 46,7

Supervisores sem formação específica para o

exercício da funçãoEA4 (31, 32); EA8 (56) 2 1 3 1,3 2 13,3

Desmotivação/desinteresse dos supervisores

pela orientação do aluno

EA2 (2, 3); EA4 (21, 22, 23, 34, 59); EA9 (49, 50); EA10 (4,

10, 12, 28, 36); EA11 (12); EA12 (1, 3, 13); EA13 (18);

EA15 (18)

2 5 2 5 1 3 1 1 20 8,5 8 53,3

Supervisores com lacunas de conhecimento

técnico-científicoEA8 (46); EA12 (47, 49, 50, 51, 53) 1 5 6 2,5 2 13,3

Impreparação do supervisor para a funçãoEA4 (27, 28, 35); EA6 (31); EA7 (2, 8, 10); EA8 (37, 38, 44,

60); EA9 (5, 8); EA12 (25)3 1 3 4 2 1 14 5,9 6 40,0

Imposição da função ao supervisivaEA6 (16); EA8 (18, 21, 22, 57); EA9 (6, 7, 30); EA12 (64,

65, 66)1 4 3 3 11 4,7 4 26,7

Falta, insuficiência ou desadequação do feedback

do supervisorEA6 (2); EA7 (10, 11) 1 2 3 1,3 2 13,3

O “peso da avaliação” do supervisor na avaliação

final do estágio é muito elevadoEA1 (40); EA2 (46, 47); EA15 (27, 31) 1 2 2 5 2,1 3 20,0

Falta de justiça e rigor nas classificações

atribuídas em ensino clínicoEA2 (18, 19, 20); EA3 (12); EA15 (9, 10, 26) 3 1 3 7 3,0 3 20,0

Não realização da avaliação formativa prevista EA5 (33, 34, 35) 3 3 1,3 1 6,7

Relacionadas com o desconhecimento/recusa do

supervisor em utilizar o instrumento de avaliação

(folha de avaliação)

EA5 (36, 37, 38, 39, 40) 5 5 2,1 1 6,7

Impreparação do supervisor para avaliar o aluno EA10 (18, 29, 32) 3 3 1,3 1 6,7

Impreparação do

supervisor para a

função

O supervisor enquanto

aval iador

Page 194: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

194

Totais % Totais %EA6 EA7 EA8

UE (n=15)EA9 EA10 EA11 EA12 EA13 EA14Sub Categoria Indicadores Unidades de registo EA1 EA2

UREA15EA3 EA4 EA5

Supervisores muito diretivosEA2 (43, 44, 45); EA3 (27, 28, 29); EA5 (15, 27); EA7 (4, 5,

9); EA8 (1, 2, 4, 5, 8, 40, 42, 43, 54); EA13 (21)3 3 2 3 9 1 21 8,9 6 40,0

Supervisores “muito stressados” EA5 (16, 17, 52) 3 3 1,3 1 6,7

Supervisores pouco humildes EA3 (25, 26); EA10 (27); EA12 (52, 54, 57) 2 1 3 6 2,5 3 20,0

Supervisores “frios e distantes” EA6 (1, 3, 12, 19) 4 4 1,7 1 6,7

Supervisores “arrogantes e autoritários” EA10 (37, 38); EA13 (5, 23) 2 2 4 1,7 2 13,3

Género do supervisor: feminino ou masculimo, é

indiferenteEA4 (92); EA10 (31) 1 1 2 0,8 2 13,3

Imaturidade EA1 (2, 41) 2 2 0,8 1 6,7

Timidez EA7 (12); EA8 (7, 10, 19, 47); EA12 (32) 1 4 1 6 2,5 3 20,0

Insegurança | Inexperiência EA4 (43, 44, 49, 50, 51); EA6 (6, 9, 29, 34); EA11 (7, 15) 5 4 2 11 4,7 3 20,0

Impulsividade excessiva EA4 (1); EA5 (2, 3, 4, 5, 11, 12, 13) 1 7 8 3,4 2 13,3

Falta de destreza EA6 (7); EA7 (15); EA14 (3, 12); EA15 (29) 1 1 2 1 5 2,1 4 26,7

Falta de iniciativa EA8 (23, 24, 25, 48, 49) 5 5 2,1 1 6,7

Ser pouco responsável EA11 (17) 1 1 0,4 1 6,7

Caracterís ticas

pessoais do

supervisor

Caracterís ticas

pessoais do

estudante

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195

Totais % Totais %EA6 EA7 EA8

UE (n=15)EA9 EA10 EA11 EA12 EA13 EA14Sub Categoria Indicadores Unidades de registo EA1 EA2

UREA15EA3 EA4 EA5

Falta de apoio e impossibilidade de

questionamento imediatoEA1 (26) 1 1 0,4 1 6,7

Supervisores pouco disponíveis para ajudar o

aluno a refletir sobre as práticasEA4 (26, 29) 2 2 0,8 1 6,7

Relacionadas com o “ser deixado por sua conta e

risco”EA8 (39); EA12 (60, 62, 63) 1 3 4 1,7 2 13,3

Totais da Categoria 236 100 - - - - - -

Indisponibi l idade do

supervisor para a

função

Page 196: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

196

Categoria: Aspetos intrínsecos ao próprio processo formativo (Professores e estudantes)

Total % Total %Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2 FG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8

UE (n=13)FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

UR

Por cansaço do próprio a luno FG6 (51) 1 1 1,1 1 7,7

Por fa l ta de tempo para estudar FG7 (35); FG10 (22); 1 1 2 2,2 2 15,4

Medo do próprio processo formativo e de

não ser capaz, de errar | reprovarFG5 (50, 51); FG8 (33); FG9 (17) 2 1 1 4 4,5 3 23,1

Dificuldade de conci l iação da vida pessoal

com a vida académica FG7 (48) 1 1 1,1 1 7,7

Aluno com fa l ta de hábito de reflexão FG7 (37, 38, 39) 3 3 3,4 1 7,7

Falta de preparação teórica face às

exigências o ens ino cl ínico

FG1 (46, 47, 48, 49, 51, 68, 69, 70); FG2 (22); FG6 (52);

FG7 (27, 28, 31, 32, 33, 34, 36, 43, 44); FG9 (12, 13);

FG11 (19, 29, 31); FG12 (6, 30, 34, 40, 41, 50)

8 1 1 9 2 3 6 30 33,7 7 53,8

Incapacidade de fazer a transpos ição

didáticaFG4 (1, 4); FG7 (31) 2 1 3 3,4 2 15,4

Falta de impl icação do a luno no processo

de aprendizagemFG8 (19) 1 1 1,1 1 7,7

Dificuldade do a luno em auto-aval iar-se FG5 (19, 20, 21) 3 3 3,4 1 7,7

Não ter consciência das suas próprias

necess idades de formaçãoFG4 (47, 52); FG13 (3) 2 1 3 3,4 2 15,4

Fatores

relacionados com o

estudante

Page 197: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

197

Total % Total %Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2 FG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8

UE (n=13)FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

UR

Reorganização curricular decorrente do

Processo BolonhaFG11 (2) 1 1 1,1 1 7,7

Confronto com s i tuações , para as quais o

estudante a inda não teve preparação

teórica prévia

FG8 (24, 25, 37) 3 3 3,4 1 7,7

O estágio de integração à vida profiss ional

é o mais gerador de s tress no a lunoFG9 (31, 36); FG10 (12, 13, 14, 15, 16, 19, 20) 2 7 9 10,1 2 15,4

Ter de desenvolver trabalhos teóricos

durante o estágio

FG3 (25); FG4 (46); FG5 (22, 23, 24, 27, 28);FG7 (5); FG11

(26)5 1 1 1 1 9 10,1 5 38,5

Pela intens ividade do turno FG3 (22); FG6 (50); FG11 (25) 1 1 1 3 3,4 3 23,1

Associado à duração dos estágios :

Estágios curtosFG7 (47); FG11 (3, 6, 33); FG12 (17, 28, 32, 33); FG13 (1) 1 3 4 1 9 10,1 4 30,8

Relacionadas com o elevado número de

a lunos em s imultâneo nos contextosFG4 (24); FG12 (4) 1 1 2 2,2 2 15,4

Relacionadas com o trabalhar em grupo

(com os pares)FG4 (42, 51) 2 2 2,2 1 7,7

Totais da Categoria 89 100 - - - - - -

Fatores

relacionados com

questões

curriculares

Fatores

relacionados com

questões

organizativas

Page 198: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

198

Totais % Totais %EA6 EA7 EA8

UE (n=15)EA9 EA10 EA11 EA12 EA13 EA14Sub Categoria Indicadores Unidades de registo EA1 EA2

UREA15EA3 EA4 EA5

Ideias pré-concebidas acerca do estágio EA1 (7); EA3 (18) 1 1 2 1,3 2 13,3

Não estar habituado a trabalhar em regime de

turnosEA3 (2) 1 1 0,7 1 6,7

Relacionados com uma “certa sensação de

solidão” por não ter a companhia dos colegasEA3 (3); EA7 (21) 1 1 2 1,3 2 13,3

Falta de investimento/implicação do aluno no

processos de ensino-aprendizagem

EA4 (72); EA6 (35); EA9 (9, 20, 21, 28, 47); EA14 (32, 33,

34, 37)1 1 5 4 11 7,2 4 26,7

Em adquirir uma postura profissional EA5 (1); EA9 (31) 1 1 2 1,3 2 13,3

Em conciliar o desempenho em estágio com a

ocorrência de eventos adversos na vida pessoalEA5 (18); EA6 (15) 1 1 2 1,3 2 13,3

Relacionadas com a dificuldade de o aluno se

apropriar de um grande volume de informação

nova

EA6 (4, 5) 2 2 1,3 1 6,7

Permanente medo de errar/reprovar EA4 (20, 66, 67, 76, 85);EA8 (11); EA10 (1); EA14 (24, 25) 5 1 1 2 9 5,9 4 26,7

Frágil preparação prévia

EA1 (12, 28); EA2 (50, 52, 53, 54); EA3 (1, 6, 8, 13, 33);

EA4 (54, 56, 57, 58, 69, 70, 71); EA6 (10); EA9 (27); EA10

(35); EA11 (1)

2 4 5 7 1 1 1 1 22 14,4 8 53,3

Fatores relacionados

com o estudante

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199

Totais % Totais %EA6 EA7 EA8

UE (n=15)EA9 EA10 EA11 EA12 EA13 EA14Sub Categoria Indicadores Unidades de registo EA1 EA2

UREA15EA3 EA4 EA5

Relacionadas com as alterações curriculares

decorrentes do Processo BolonhaEA1 (10, 11) 2 2 1,3 1 6,7

Associadas à duração dos estágios: estágios

curtos

EA1 (13); EA2 (35, 36, 37, 38); EA3 (19); EA4 (91); EA5

(23, 24, 25); EA6 (25, 26, 27, 39); EA9 (43, 44, 45, 46);

EA10 (24); EA15 (23, 24, 32)

1 4 1 1 3 4 4 1 3 22 14,4 9 60,0

Ter de desenvolver trabalhos teóricos durante o

estágio

EA3 (4); EA5 (29, 32, 48, 49, 50); EA10 (33, 34, 39, 40,

41, 43); EA14 (35, 36, 38)1 5 6 3 15 9,8 4 26,7

O “peso da avaliação” dos trabalhos teóricos na

avaliação sumativa do estágioEA13 (35) 1 1 0,7 1 6,7

Relacionadas com a intensividade do estágio

EA1 (14, 15, 16); EA2 (13); EA3 (7, 15); EA4 (1, 2, 55); EA5

(30, 31); EA6 (11, 37, 38); EA8 826); EA9 (10, 24); EA14

(20, 21, 22, 23)

3 1 2 3 2 3 1 2 4 21 13,7 9 60,0

Relacionadas com a massividade de alunos nos

contextos

EA1 (33, 34, 35); EA2 (14, 33, 34, 55); EA3 (23, 31); EA4

(80, 81, 82, 83, 85, 87, 88, 95); EA6 (20, 21, 22, 23); EA7

(20); EA8 (50, 51, 53); EA9 (23, 32, 37, 38, 40, 41, 42);

EA10 (23); EA13 (9, 10, 17)

3 4 2 8 4 1 3 7 1 3 36 23,5 10 66,7

Relacionadas com insuficiência de campos de

estágioEA4 (84); EA6 (24); EA13 (36) 1 1 1 3 2,0 3 20,0

Totais da Categoria 153 100 - - - - - -

Fatores relacionados

com questões

organizativas

Fatores relacionados

com questões

curriculares

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200

Categoria: Interação com o utente|família (Professores e estudantes)

Total % Total %Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2 FG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8

UE (n=13)FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

UR

Dificuldades em comunicar com o utente /

famíl ia

FG1 (2, 3, 4, 5, 6, 7, 39, 40, 41, 42, 44, 73); FG2 (1, 2, 3, 4,

5, 6, 10); FG4 (3, 19, 20, 21, 34, 37, 39); FG6 (31, 48, 55,

56); FG7 (19, 20, 30, 40); FG8 (1,3, 4, 9); FG9 (26, 27);

FG10 (4, 5, 10, 11, 21); FG11 (27, 28); FG12 (20, 42)

12 7 7 4 4 4 2 5 2 2 49 98,0 10 76,9

Dificuldade de aquis ição da perspetiva

hol ís tica do utente/famíl iaFG4 (12) 1 1 2,0 1 7,7

Totais da Categoria 50 100 - - - - - -

Totais % Totais %EA6 EA7 EA8

UE (n=15)EA9 EA10 EA11 EA12 EA13 EA14Sub Categoria Indicadores Unidades de registo EA1 EA2

UREA15EA3 EA4 EA5

Conseguir ter uma “visão holística do

utente/família”EA1 (1, 21, 22, 23, 29, 30) 6 6 19,4 1 6,7

Relacionadas com a dificuldade em estabelecer

relações interpessoais com o utente/família

EA1 (3, 4, 5, 6, 8, 9); EA2 (5, 7, 8); EA4 (46, 47, 48); EA6

(8); EA7 (1, 14); EA11 (4, 5, 6); EA12 (11); EA14 (5); EA15

(5, 6, 7, 28)

6 3 3 1 2 3 1 1 4 24 77,4 9 60,0

Ter pouca disponibilidade para interagir com o

utente/família EA4 (77) 1 1 3,2 1 6,7

Totais da Categoria 31 100 - - - - - -

Page 201: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

201

Categoria: Interação com o professor (Professores e estudantes)

Total % Total %Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2 FG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8

UE (n=13)FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

UR

Relacionadas com o tipo de relação

estabelecida com o professorFG8 (33) 1 1 7,1 1 7,7

Relacionadas a fa l ta de articulação entre

supervisores (professor e enfermeiro)FG8 (34); FG9 (1) 2 2 14,3 1 7,7

A aval iação como condicionante da

relação entre professor e a luno

FG3 (27); FG5 (47, 48); FG8 (30); FG9 (38); FG11 (7, 10,

11, 12)2 1 1 1 4 9 64,3 5 38,5

Estar a ser observado/aval iado pelo

professor FG3 (16, 26); 2 2 14,3 1 7,7

Totais da Categoria 14 100 - - - - - -

Ambiente afetivo-

relacional entre

professor e

estudante nem

sempre favorável

O papel do

professor na

avaliação do ensino

clínico

Page 202: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

202

Totais % Totais %EA6 EA7 EA8

UE (n=15)EA9 EA10 EA11 EA12 EA13 EA14Sub Categoria Indicadores Unidades de registo EA1 EA2

UREA15EA3 EA4 EA5

Relacionadas com o “sentir-se permanentemente

avaliado”EA2 (12); EA3 (24); EA8 (12, 13, 14); EA10 (22) 1 1 3 1 6 10,2 4 26,7

Medo/receio de ser questionado pelo professorEA1 (38); EA2 (51); EA4 (24, 53, 65, 68); EA10 (19); EA11

(16); EA13 (2, 24, 25, 27, 28, 29, 30, 31)1 1 4 1 1 8 16 27,1 6 40,0

Relacionadas com a falta de acompanhamento

docente

EA1 (24); EA2 (15, 16, 17); EA3 (21, 22); EA4 (96); EA5

(44, 45); EA6 (32, 33); EA12 (21, 23); EA13 (34); EA14 (26,

27, 28, 29, 30, 31); EA15 (25)

1 3 2 1 2 2 2 1 6 1 21 35,6 10 66,7

Relacionadas com o não agendamento das visitas

aos contextos entre supervisor e professor EA5 (41, 42, 43) 3 3 5,1 1 6,7

Relacionadas com o afastamento do professor da

práticaEA6 (30); EA8 (35, 41); EA10 (9) 1 2 1 4 6,8 3 20,0

Relacionadas com a falta de feedback docente EA4 (99, 100, 101, 102, 103, 104); EA12 (22) 6 1 7 11,9 2 13,3

Relacionadas com a impreparação docente para a

funçãoEA4 (105); EA8 (55) 1 1 2 3,4 2 13,3

Totais da Categoria 59 100 - - - - - -

O papel do professor

na aval iação em

ens ino cl ínico

Indisponibi l idade do

professor para a

função supervis iva

Impreparação do

professor para a

função supervis iva

Page 203: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

203

Categoria: Interação/integração na equipa de enfermagem (Professores e estudantes)

Total % Total %Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2 FG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8

UE (n=13)FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

UR

Dificuldades relacionadas com a

“pressão” exercida pela equipa de

enfermagem sobre o a luno

FG1 (62, 64); FG8 (13); FG9 (41) 2 1 1 4 100,0 3 23,1

Totais da Categoria 4 100 - - - - - -

Page 204: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

204

Totais % Totais %EA6 EA7 EA8

UE (n=15)EA9 EA10 EA11 EA12 EA13 EA14Sub Categoria Indicadores Unidades de registo EA1 EA2

UREA15EA3 EA4 EA5

Relacionadas com a dificuldade em integrar-se na

equipa de enfermagem

EA1 (31, 36); EA2 (1); EA4 (74, 75); EA5 (6, 7, 8, 9, 14);

EA6 (18); EA7 (16, 17, 29, 30); EA9 (48); EA10 (13, 30);

EA11 (8, 9, 10, 11)

2 1 2 5 1 4 1 2 4 22 56,4 9 60,0

Relacionadas com a pouca disponibilidade da

equipa de enfermagem para apoiar o alunoEA1 (32, 37); EA2 (31) 2 1 3 7,7 2 13,3

Equipas de enfermagem "muito fechadas" ou

pouco acolhedorasEA12 (37, 61); EA13 (1, 3, 4, 6, 7, 33); EA15 (21) 2 6 1 9 23,1 3 20,0

Pouca disponibilidade da equipa de enfermagem

para colaborar/apoiar as atividades académicas

previstas

EA10 (26) 1 1 2,6 1 6,7

Responsáveis dos contextos pouco acessíveis EA4 (9, 13) 2 2 5,1 1 6,7

Responsáveis dos contextos “muito stressados” EA5 (26, 28) 2 2 5,1 1 6,7

Totais da Categoria 39 100 - - - - - -

Tipo de interação com

a equipa de

enfermagem

Chefias de

Enfermagem pouco

acess íveis

Page 205: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

205

Categoria: Interação com os colegas (pares) (Estudantes)

Totais % Totais %EA6 EA7 EA8

UE (n=15)EA9 EA10 EA11 EA12 EA13 EA14Sub Categoria Indicadores Unidades de registo EA1 EA2

UREA15EA3 EA4 EA5

Posturas dos colegas

"pouco adequadas"

Relacionadas com" posturas profissionais"pouco

adequadas (alunos)EA4 (89, 90) 2 2 20,0 1 6,7

Competitividade entre

os estudantes

Relacionadas com a competitividade entre alunos

durante o estágioEA8 (52, 58); EA12 (33, 34, 35, 36, 67); EA14 (18) 2 5 1 8 80,0 3 20,0

Totais da Categoria 10 100 - - - - - -

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206

TEMA IV– Mudanças curriculares que podem criar contextos mais favoráveis ao incremento das potencialidades formativas da prática

Categoria: Organização formal desejada (Professores e estudantes)

Total % Total %Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2 FG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8

UE (n=13)FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

UR

Manutenção da

formação inicial em

regime de

alternância

Manutenção da formação em regime de

a l ternânciaFG4 (17, 18, 19); FG8 (2) 3 1 4 3,6 2 15,4

O supervisor ser voluntário para o exercício

da função supervis iva FG3 (32, 33, 63, 64); FG7 (36) 4 1 5 4,5 2 15,4

Exis ti r uma clara definição dos papéis de

supervisor e de professor na componente

prática da formação inicia l

FG4 (45, 46, 55); FG6 (9, 10); FG8 (21, 22, 25); FG12 (35) 3 2 3 1 9 8,1 4 30,8

Exis ti rem contrapartidas não

necessariamente financeiras pelo

exercício da função supervis iva

FG3 (1, 2, 3, 4, 5, 9, 10, 11, 12, 61); FG4 (14); FG5 (16);

FG6 (4); FG7 (9); FG12 (54, 55); FG13 (19, 21, 25)10 1 1 1 1 2 3 19 17,1 7 53,8

Exis ti r abertura para a poss ibi l idade de

profiss ional ização da função supervis ivaFG7 (6) 1 1 0,9 1 7,7

Existência de

incentivos,

contrapartidas ou

inclusivé,

considerar a

possibilidade de

profissionalizar a

função supervisiva

A função

supervisiva deverá

ter um caráter não

impositivo

Page 207: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

207

Total % Total %Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2 FG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8

UE (n=13)FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

UR

Criação de

programas de

indução docente à

função supervisiva

Exis tência nas escolas de um programa de

integração docente para a função

supervis iva

FG3 (40, 41, 43); FG8 (1, 15, 16, 20) 3 4 7 6,3 2 15,4

A responsabi l idade do processo formativo

ser exclus iva da escolaFG2 (15, 16, 17, 27); FG3 (35); FG7 (14) 4 1 1 6 5,4 3 23,1

Ser o próprio estabelecimento de ens ino a

formar os supervisores

FG3 (13, 14, 28, 35, 37, 38, 39); FG4 (2, 12, 53); FG6 (7,

8); FG7 (4); FG13 (13, 20)9 3 2 1 2 17 15,3 5 38,5

Ser o próprio professor a fazer a

supervisão dos estudantes

FG3 (16, 17); FG4 (26, 27); FG7 (11); FG8 (4, 42, 43, 46);

FG9 (2, 8, 9, 10, 33, 34, 35); FG10 (19); FG12 (1, 2, 9, 44,

64)

2 2 1 4 7 1 5 22 19,8 7 53,8

A escola poder selecionar os supervisores

cl ínicos

FG2 (22, 23); FG4 (13, 61); FG6 (25); FG9 (56, 47); FG10

(23); FG12 (45, 47, 49, 50)2 2 1 2 1 4 12 10,8 6 46,2

A escola poder selecionar os contextos

mais adequados aos objetivos do estágioFG10 (6, 22); FG11 (12, 14, 15, 16, 17); FG13 (15, 16) 2 5 2 9 8,1 3 23,1

Totais da Categoria 111 100 - - - - - -

O planeamento e

condução do ensino

clínico ser da

exclusiva

responsabilidade

da escola

Page 208: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

208

Totais % Totais %EA6 EA7 EA8

UE (n=15)EA9 EA10 EA11 EA12 EA13 EA14Sub Categoria Indicadores Unidades de registo EA1 EA2

UREA15EA3 EA4 EA5

Formal ização da

aval iação de

desempenho do

supervisor cl ínico

Existir um instrumento formal de avaliação de

desempenho do supervisor clínico pelo alunoEA15 (24, 25, 26) 3 3 8,8 1 6,7

Existência de um ambiente menos formal e rígido EA2 (34) 1 1 2,9 1 6,7

Que a relação supervisiva seja “aberta e

respeitadora”EA2 (14, 18, 32, 33) 4 4 11,8 1 6,7

Existência de uma boa atmosfera relacional entre

supervisor e alunoEA9 (2, 14, 17, 26); EA10 (2, 9); EA14 (8) 4 2 1 7 20,6 3 20,0

Que o ratio supervisivo seja de um aluno para um

supervisorEA2 (4, 5, 6); EA4 (17, 18, 19, 28, 29); EA15 (7) 3 5 1 9 26,5 3 20,0

Que seja proporcionada ao aluno uma supervisão

que seja exigente e rigorosaEA1 (8, 10, 14) 3 3 8,8 1 6,7

A função supervis iva

deverá ter um caráter

não impos itivo

Supervisores que sejam voluntários para a função EA8 (23); EA9 (16, 18, 22) 1 3 4 11,8 2 13,3

A escola poder escolher os locais de estágio EA3 (3, 15) 2 2 5,9 1 6,7

Que as escolas proporcionem uma boa formação

teórico-práticaEA1 (7) 1 1 2,9 1 6,7

Totais da Categoria 34 100 - - - - - -

Boa atmosfera afetivo-

relacional entre os

atores diretamente

envolvidos no

processo de ens ino-

aprendizagem

Ratio supervis ivo que

garanta a qual idade

do processo de ens ino-

aprendizagem

O planeamento e

condução do ens ino

cl ínico ser da

exclus iva

responsabi l idade da

escola

Page 209: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

209

Categoria: Estratégias desejadas (Professores e estudantes)

Total % Total %Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2 FG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8

UE (n=13)FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

UR

Os a lunos poderem escolher os contextos

de prática cl ínicaFG9 (30); FG13 (33, 36, 40) 1 3 4 3,8 2 15,4

Poder proporcionar ao a luno um ens ino

individual izado / personal izadoFG6 (23) 1 1 1,0 1 7,7

A exigência em ens ino cl ínico deve ser

gradual e de acordo com o estadio de

desenvolvimento do estudante

FG8 (5) 1 1 1,0 1 7,7

Deverá ser transmitida informação do

estadio de desenvolvimento do a luno ao

supervisor

FG3 (7, 8 ) 2 2 1,9 1 7,7

Exis tência de co-responsabi l idade no

processo formativo entre academia e

contextos

FG2 (28, 32); FG4 (47, 48); FG7 (15, 16); FG8 (8, 10, 41);

FG9 (40, 41); FG10 (3)2 2 2 3 2 1 12 11,4 6 46,2

Exis tência de um planeamento e

monitorização conjunta do ens ino cl ínico

(escola e contextos)

FG1 (34); FG3 (44, 45, 46, 47, 52, 55); FG4 (5, 16); FG6

(21, 22); FG7 (5, 33); FG8 (9, 14, 36, 37, 38, 39); FG9 (58,

59, 62, 63, 65, 66); FG10 (24, 30, 32); FG11 (18, 19);

FG12 (12, 33, 34, 36, 37, 38, 41); FG13 (26, 27, 28, 29,

30, 31, 32, 35)

1 6 2 2 2 6 6 3 2 7 8 45 42,9 11 84,6

Exis tência de indivíduos de referência na

articulação interinsti tucionalFG4 (6, 7) 2 2 1,9 1 7,7

Discussão/aprovação conjunta dos

documentos orientadores e de aval iação

inerentes aos ens inos cl ínicos

FG3 (42); FG10 (31); FG11 (20, 21, 25, 27); FG12 (52, 53) 1 1 4 2 8 7,6 4 30,8

Exis ti r um conhecimento prévio dos

contextos pelos docentes

FG3 (48, 49, 50), FG4 (29, 30, 31, 32); FG11 (8, 9); FG12

(46, 48)3 4 2 2 11 10,5 4 30,8

Exis ti r um conhecimento prévio da escola

pelos supervisoresFG5 (26) 1 1 1,0 1 7,7

Exis tência de uni formidade nas

estratégias e metodologias uti l i zadasFG13 (38, 39) 2 2 1,9 1 7,7

Um ensino prático

individualizado/per

sonalizado

Existência de co-

responsabilidade

individual e

coletiva no

desenvolvimento

de ações de

colaboração

interinstitucional

Page 210: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

210

Total % Total %Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2 FG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8

UE (n=13)FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

UR

Desenvolver seminários reflexivos sobre a

atividade supervis ivaFG3 (57, 58); FG5 (17, 27, 28) 2 3 5 4,8 2 15,4

Os momentos de aval iação consti tuírem-se

como verdadeiros momentos formativosFG11 (10) 1 1 1,0 1 7,7

Uti l i zar as passagens de turno enquanto

espaço formativoFG8 (3) 1 1 1,0 1 7,7

Incrementar a investigação acerca da

supervisão cl ínicaFG7 (7) 1 1 1,0 1 7,7

Apostar mais na componente prática da

formação inicia l de enfermeirosFG4 (22, 23, 64); FG12 (6, 7, 8) 3 3 6 5,7 2 15,4

O último ano do curso ser tota lmente

práticoFG4 (24, 25) 2 2 1,9 1 7,7

Totais da Categoria 105 100 - - - - - -

Maior investimento

no ensino prático

Um ambiente que

propicie ações

colaborativas de

reflexão na e sobre

a prática

Page 211: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

211

Totais % Totais %EA6 EA7 EA8

UE (n=15)EA9 EA10 EA11 EA12 EA13 EA14Sub Categoria Indicadores Unidades de registo EA1 EA2

UREA15EA3 EA4 EA5

Permitir que o aluno possa escolher o campo de

estágio

EA2 (3, 26, 28, 35); EA7 (19); EA8 (2); EA14 (1), EA15 (17,

18)4 1 1 1 2 9 9,5 5 33,3

Que as visitas dos professores aos contextos

sejam agendadas com antecedênciaEA2 (30) 1 1 1,1 1 6,7

Existência de uma relação aberta entre professor

e alunoEA4 (1, 2) 2 2 2,1 1 6,7

Número de alunos por contexto mais reduzido EA8 (31, 32, 33); EA9 (3, 6) 3 2 5 5,3 2 13,3

Supervisores que reconheçam a singularidade de

cada aluno no processo de ensino-aprendizagemEA11 (3, 4, 6, 12); EA15 (1, 2) 4 2 6 6,3 2 13,3

Existência de uniformidade de critérios de

exigência e avaliativos entre professores e

supervisores

EA1 (12) 1 1 1,1 1 6,7

Uma avaliação prática que seja formativa e

inclusivaEA2 (29) 1 1 1,1 1 6,7

Existência de uma avaliação diagnóstica sobre o

ensino clínico, uma semana após o início do

mesmo

EA12 (26, 28) 2 2 2,1 1 6,7

Professores que saibam avaliar as aprendizagens

realizadas em contexto clínicoEA13 (12, 13, 14, 15) 4 4 4,2 1 6,7

Uniformização de

cri térios de exigência

e aval iativos na

componente prática

da formação inicia l de

enfermeiros

Um ens ino prático

individual izado/perso

nal izado

Page 212: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

212

Totais % Totais %EA6 EA7 EA8

UE (n=15)EA9 EA10 EA11 EA12 EA13 EA14Sub Categoria Indicadores Unidades de registo EA1 EA2

UREA15EA3 EA4 EA5

O planeamento do ensino clínico ser feito de

forma conjunta (academia e contextos)EA3 (2); EA12 (22, 23, 24, 25, 29) 1 5 6 6,3 2 13,3

Existência de um acompanhamento mais efetivo

dos alunos pelo professor

EA10 (10, 11); EA12 (27); EA13 (19, 20, 21); EA14 (18, 19,

20); EA15 (30, 31)2 1 3 3 2 11 11,6 5 33,3

Supervisores que incitem o aluno ao

questionamento e reflexão sobre as práticasEA1 (9); EA4 (8, 9, 10, 11, 12); EA8 (13, 14) 1 5 2 8 8,4 3 20,0

Existência de disponibilidade de tempo para

refletir sobre as práticasEA1 (21); EA4 (3, 4, 5); EA15 (19, 20, 22, 23) 1 3 4 8 8,4 3 20,0

Reforçar a importância do uso de metodologias

reflexivas durante o ensino clínicoEA4 (35, 36, 38, 40, 41) 5 5 5,3 1 6,7

Que os estágios tivessem uma maior duração

EA1 (2, 3, 4, 5, 6, 22); EA2 (7, 8, 9, 31); EA3 (5, 12, 13);

EA4 (20, 21); EA5 (24); EA6 (5); EA7 (3, 5); EA8 (6, 30);

EA9 (7); EA10 (19, 20); EA14 (9)

6 4 3 2 1 1 2 2 1 2 1 25 26,3 11 73,3

Ter tempos de integração nos contextos de

trabalho mais dilatadosEA8 (29) 1 1 1,1 1 6,7

Totais da Categoria 95 100 - - - - - -

Maior investimento no

ens ino prático

Exis tência de co-

responsabi l idade

individual e coletiva

no desenvolvimento

de ações de

colaboração

interinsti tucional

Um ambiente que

propicie ações

colaborativas de

reflexão na e sobre a

prática

Page 213: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

213

Categoria: Perfil do professor desejado (Professores e estudantes)

Total % Total %Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2 FG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8

UE (n=13)FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

UR

Professores com formação específica em

supervisão cl ínica

FG1 (14, 19, 20, 21, 22, 23); FG10 (27); FG11 (11, 23, 24);

FG12 (16, 17, 21, 23, 61); FG13 (7)6 1 3 5 1 16 16,5 5 38,5

Professores com formação na área

Pedagógica e/ou em Ciências da Educação

FG1 (15, 18); FG5 (2, 3, 4, 8, 10, 11); FG6 (13, 14, 15, 16,

17, 18, 19, 20); FG7 (19, 30); FG9 (47); FG10 (10, 11, 12,

13, 14, 15, 16, 28); FG11 (3, 4, 5, 6); FG12 (10, 11, 13, 14,

15, 19, 20); FG13 (2, 3, 4, 5)

2 6 8 2 1 8 4 7 4 42 43,3 9 69,2

Professores capacitados /preparados para

a funçãoFG1 (13); FG4 (35, 36); FG12 (43) 1 2 1 4 4,1 3 23,1

Professores detentores de conhecimento

profiss ional em Enfermagem

FG1 (17); FG4 (37, 38); FG5 (5); FG7 (31, 34); FG8 (30);

FG12 (18)1 2 1 2 1 1 8 8,2 6 46,2

Professores com conhecimento práticoFG1 (10, 24, 27, 28, 29, 30); FG7 (20); FG8 (17, 18, 19);

FG9 (32, 36, 52) 6 1 3 3 13 13,4 4 30,8

Professores com

experiência

supervisiva

Professores com experiência em

supervisão cl ínicaFG7 (32); FG9 (43) 1 1 2 2,1 2 15,4

Professores provenientes de di ferentes

áreas científicas e com di ferentes

experiências e visões acerca do ens ino

FG4 (58, 59, 60) 3 3 3,1 1 7,7

Professores com a especia l idade na

respetiva área cl ínica do estágioFG9 (46, 53) 2 2 2,1 1 7,7

Professores motivados para o exercício

supervis ivoFG1 (11, 12); FG9 (49, 50, 51) 2 3 5 5,2 2 15,4

Professores com disponibi l idade para

apoiar os supervisoresFG9 (60, 61) 2 2 2,1 1 7,7

Totais da Categoria 97 100 - - - - - -

Professores com

formação

pedagógica

Professores com

experiência

profissional em

enfermagem

Professores com

formação

especializada na

área do ensino

clínico

Professores

motivados para a

função supervisiva

Page 214: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

214

Totais % Totais %EA6 EA7 EA8

UE (n=15)EA9 EA10 EA11 EA12 EA13 EA14Sub Categoria Indicadores Unidades de registo EA1 EA2

UREA15EA3 EA4 EA5

Professores motivados

para a função

supervis iva

Professores com disponibilidade para fazer o

acompanhamento/supervisão do alunoEA1 (13); EA4 (32, 33, 34, 37); EA7 (18) 1 4 1 6 17,1 3 20,0

Professores com experiência em supervisão

clínicaEA8 (40); EA13 (8, 11) 1 2 3 8,6 2 13,3

Professores que deem feedback atempado dos

trabalhos solicitadosEA14 (25); EA15 (21) 1 1 2 5,7 2 13,3

Professores com “sentido de justiça” em termos

avaliativosEA2 (23, 24) 2 2 5,7 1 6,7

Professores que induzam o aluno a tomar

consciência das suas necessidades de formaçãoEA8 (34, 35); EA9 (10, 12, 19, 20); EA10 (5, 12) 2 4 2 8 22,9 3 20,0

Professores com

formação

especia l i zada na

respetiva área do

ens ino cl ínico

Professores com especialidade na área clínica do

estágioEA8 (36) 1 1 2,9 1 6,7

Professores com alguns anos de experiência EA5 (20); EA6 (9); EA14 (5) 1 1 1 3 8,6 3 20,0

Professores detentores de conhecimento prático EA5 (18); EA6 (8); EA8 (7, 8, 37); EA10 (3, 4) 1 1 3 2 7 20,0 4 26,7

Professores coordenadores de estágio que

tenham um profundo conhecimento dos contextosEA13 (16); EA10 (10, 11) 2 1 3 8,6 2 13,3

Totais da Categoria 35 100 - - - - - -

Professores com

experiência

supervis iva

Professores com

experiência

profiss ional em

enfermagem

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215

Categoria: Relações interinstitucionais desejadas (Professores e estudantes)

Total % Total %Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2 FG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8

UE (n=13)FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

UR

Exis tência de parcerias efetivas entre

Academia e as Organizações de Saúde

FG1 (26); FG4 (49); FG5 (12, 15, 20, 24); FG7 (28); FG8

(11, 27, 28, 29, 33); FG9 (19, 39, 55, 64, 67, 68); FG10 (1,

2, 17, 33, 34)

1 1 4 1 5 6 5 23 25,3 7 53,8

Exis ti r uma boa articulação entre a escola

e os contextos

FG2 (1, 2, 4, 5, 6, 8, 9, 10, 11, 20); FG3 (62); FG4 (4, 33,

34, 40, 41, 42, 43, 44, 50); FG7 (12); FG8 (12, 24, 26, 44,

45); FG9 (13, 14, 42, 54); FG10 (29); FG12 (32); FG13 (18,

22, 23, 24)

10 1 9 1 5 4 1 1 4 36 39,6 9 69,2

Exis ti r uma boa articulação conceptual

entre escola e contextosFG9 (5, 6); FG10 (18, 21); FG11 (13, 28); FG13 (1) 2 2 2 1 7 7,7 4 30,8

Exis tência de continuidade colaborativa

entre academia e contextos

FG3 (30, 36, 59); FG4 (51, 52, 56, 57); FG5 (13, 18, 19);

FG6 (5, 6); FG7 (1); FG9 (37, 38, 69)3 4 3 2 1 3 16 17,6 6 46,2

Vinculação dos contextos ao

estabelecimento de ens inoFG5 (14, 22, 23, 25) 4 4 4,4 1 7,7

Exis ti rem projetos investigativos conjuntos FG7 (2, 21, 23, 27) 4 4 4,4 1 7,7

Exis tência de uma estratégia cooperativa

interinsti tucional de médio longo prazoFG8 (23) 1 1 1,1 1 7,7

Totais da Categoria 91 100 - - - - - -

Estabelecimento de

parcerias

pedagógicas

efetivas

Manutenção dos

mesmos campos de

estágio

Page 216: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

216

Totais % Totais %EA6 EA7 EA8

UE (n=15)EA9 EA10 EA11 EA12 EA13 EA14Sub Categoria Indicadores Unidades de registo EA1 EA2

UREA15EA3 EA4 EA5

Existência de uma boa articulação entre

academia e contextos de trabalhoEA3 (14) 1 1 33,3 1 6,7

Supervisores conceptualmente familiarizados

com o ensino preconizado pelo estabelecimento

de ensino

EA2 (11, 13) 2 2 66,7 1 6,7

Totais da Categoria 3 100 - - - - - -

Estabelecimento de

parcerias pedagógicas

efetivas

Page 217: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

217

Categoria: Perfil de supervisor desejado (Professores e estudantes)

Total % Total %Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2 FG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8

UE (n=13)FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

UR

Supervisores com conhecimentos |

formação pedagógica

FG5 (7); FG6 (30); FG7 (3, 10, 35); FG8 (7); FG9 (3, 4, 12);

FG10 (25, 26); FG12 (24, 25, 26, 27, 32)1 1 3 1 3 2 5 16 26,7 7 53,8

Supervisores conscientes do seu papel no

processo formativo

FG1 (8, 9, 33); FG3 (6, 23, 34); FG7 (8); FG9 (26, 27); FG11

(22); FG12 (63)3 3 1 2 1 1 11 18,3 6 46,2

Supervisores com formação específica em

supervisão

FG3 (15, 26, 53, 54); FG4 (2, 12, 15, 53); FG5 (29); FG9

(20, 21); 4 4 1 2 11 18,3 4 30,8

Supervisores que forneçam feedback acerca

do trabalho desenvolvido pelo a lunoFG6 (31) 1 1 1,7 1 7,7

Supervisores com experiência profiss ional

comprovadaFG6 (29); FG9 (22) 1 1 2 3,3 2 15,4

Supervisores que sa ibam ens inar na

práticaFG6 (28) 1 1 1,7 1 7,7

Supervisores disponíveis | com paciência

para o a luno

FG4 (3); FG6 (27, 32); FG9 (11, 29); FG12 (30, 31, 56, 57,

58, 59, 60)1 2 2 7 12 20,0 4 30,8

Supervisores aptos a fazer gestão de

confl i tosFG12 (28, 29) 2 2 3,3 1 7,7

Supervisores com

formação

especializada na

área do ensino

clínico a

supervisionar

Supervisores especia l i s tas na respetiva

área cl ínica de enfermagemFG4 (1, 54, 62); FG7 (29) 3 1 4 6,7 2 15,4

Totais da Categoria 60 100 - - - - - -

Supervisores com

formação

pedagógica

Supervisores com

experiência

profissional

Page 218: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

218

Totais % Totais %EA6 EA7 EA8

UE (n=15)EA9 EA10 EA11 EA12 EA13 EA14Sub Categoria Indicadores Unidades de registo EA1 EA2

UREA15EA3 EA4 EA5

Supervisores com alguns anos de carreira

profissionalEA3 (1); EA4 (25, 26); EA5 (10); EA12 (1, 4, 19) 1 2 1 3 7 3,7 4 26,7

Supervisores com experiência profissional

comprovada

EA2 (12); EA3 (10); EA4 (6, 16, 27); EA5 (7); EA8 (18, 42);

EA9 (4); EA10 (14); EA11 (2, 7, 8, 9); EA12 (9, 10, 12);

EA13 (3, 4, 7, 9, 18, 25, 27); EA14 (2); EA15 (13)

1 1 3 1 2 1 1 4 3 7 1 1 26 13,8 12 80,0

Supervisores tolerantes EA1 (20) 1 1 0,5 1 6,7

Supervisores exigentesEA3 (7); EA5 (21, 22, 23); EA6 (19); EA9 (1, 5, 11, 23, 24);

EA10 (7); EA15 (5)1 3 1 5 1 1 12 6,3 6 40,0

Supervisores pacientes EA3 (8); EA4 (13) 1 1 2 1,1 2 13,3

Supervisores calmos EA5 (3, 4); EA7 (6); EA8 (15, 16, 17); EA12 (6); EA14 (21) 2 1 3 1 1 8 4,2 5 33,3

Supervisores humildes EA3 (11); EA5 (6, 8, 9, 13); EA10 (1) 1 4 1 6 3,2 3 20,0

Supervisores competentes EA8 (1) 1 1 0,5 1 6,7

Supervisores acessíveis EA13 (6) 1 1 0,5 1 6,7

Supervisores compreensivos EA3 (16, 17) 2 2 1,1 1 6,7

Supervisores com

experiência

profiss ional

Supervisores

detentores de

caracteris ticas

pessoais e

profiss ionais

faci l i tadoras da

relação pedagógica

Page 219: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

219

Totais % Totais %EA6 EA7 EA8

UE (n=15)EA9 EA10 EA11 EA12 EA13 EA14Sub Categoria Indicadores Unidades de registo EA1 EA2

UREA15EA3 EA4 EA5

Supervisores organizados EA9 (25) 1 1 0,5 1 6,7

Supervisores que sejam responsáveis EA10 (13); EA12 (3, 5, 8, 11) 1 4 5 2,6 2 13,3

Supervisores motivados para a função supervisiva

EA1 (11, 15, 16, 17); EA2 (10); EA3 (9); EA4 (7); EA6 (18);

EA7 (1, 7, 11, 14); EA8 (3, 4, 18, 24, 25, 42); EA9 (13);

EA10 (8); EA11 (5); EA13 (1, 2, 10, 26); EA14 (17, 20, 23);

EA15 (8, 9, 15)

4 2 1 1 1 4 6 1 1 1 4 3 3 32 16,9 13 86,7

Supervisores com “bom senso” EA2 (25) 1 1 0,5 1 6,7

Supervisores empáticos/assertivos EA5 (5); EA12 (2); EA14 (22); EA15 (3) 1 1 1 1 4 2,1 4 26,7

Supervisores que sejam verdadeiros “modelos de

prática clínica”EA13 (5) 1 1 0,5 1 6,7

Supervisores que saibam comunicar com o aluno EA5 (2); EA8 (9, 10, 20, 21); EA10 (6) 1 4 1 6 3,2 3 20,0

Supervisores que transmitem

confiança/segurança ao alunoEA8 (11); EA12 (7) 1 1 2 1,1 2 13,3

Supervisores com

formação

especia l i zada na área

do ens ino cl ínico a

supervis ionar

Supervisores especialistas na área clínica em que

exercem a função supervisivaEA2 (2); EA4 (22); EA6 (16); EA12 (14, 17, 18, 20) 1 1 1 4 7 3,7 4 26,7

Supervisores

detentores de

caracteris ticas

pessoais e

profiss ionais

faci l i tadoras da

relação pedagógica

Page 220: A PRÁTICA ENQUANTO LUGAR DE FORMAÇÃO, DE ......25 B – A prática em contexto de trabalho na formação inicial em Enfermagem (no quadro do ensino clínico) Recolher a opinião

220

Totais % Totais %EA6 EA7 EA8

UE (n=15)EA9 EA10 EA11 EA12 EA13 EA14Sub Categoria Indicadores Unidades de registo EA1 EA2

UREA15EA3 EA4 EA5

Supervisores que deem feedback ao aluno EA14 (4) 1 1 0,5 1 6,7

Supervisores que forneçam apoio ao aluno EA2 (19, 20, 21, 22) 4 4 2,1 1 6,7

Supervisores com conhecimentos

pedagógicos/formação pedagógica

EA2 (15, 16, 17); EA4 (14, 15); EA5 (11, 17); EA6 (10, 17);

EA7 (9); EA8 (38, 39, 41); EA10 (15, 16, 17); EA11 (10);

EA12 (13, 16, 32); EA13 (24); EA14 (15, 16)

3 2 2 2 1 3 3 1 3 1 2 23 12,2 11 73,3

Supervisores com formação em supervisão clínica EA2 (1); EA7 (13); EA11 (11, 13); EA15 (4, 12, 14, 16) 1 1 2 4 8 4,2 4 26,7

Supervisores que saibam transmitir os

conhecimentos ao alunoEA6 (11) 1 1 0,5 1 6,7

Supervisores que saibam identificar as

necessidades de formação do alunoEA14 (11) 1 1 0,5 1 6,7

Supervisores que se envolvam nos projetos

académicos do alunoEA14 (3) 1 1 0,5 1 6,7

Supervisores com bons conhecimentos técnico-

científicos

EA5 (1, 12, 14, 15, 16); EA7 (8, 12); EA8 (19); EA14 (12,

13, 14); EA15 (10, 11)5 2 1 3 2 13 6,9 5 33,3

Supervisores atualizados do ponto de vista

técnico-científicoEA5 (19); EA6 (12, 13) 1 2 3 1,6 2 13,3

Supervisores com atitude profissional EA7 (10) 1 1 0,5 1 6,7

Supervisores que saibam fundamentar a ação EA9 (27, 28) 2 2 1,1 1 6,7

Variáveis sócio-

demográficas : género

e idade

A idade e o género do supervisor parece não ter

qualquer influência na relação entre aluno e

supervisor

EA3 (6); EA4 (23, 24, 39); EA14 (10); EA15 (6) 1 3 1 1 6 3,2 4 26,7

Totais da Categoria 189 100 - - - - - -

Supervisores com um

conhecimento técnico-

científico sól ido

Supervisores com

formação pedagógica

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221

Categoria: Características dos contextos desejadas (Professores e estudantes)

Total % Total %Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2 FG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8

UE (n=13)FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

UR

Os contextos deverão ter condições fís icas

adequadas à rea l ização do ens ino cl ínicoFG1 (4, 6); FG2 (25, 31); FG8 (6, 13) 2 2 2 6 12,0 3 23,1

Contextos cuja organização do trabalho

não seja à tarefaFG6 (2, 3) 2 2 4,0 1 7,7

A formação cl ínica apenas poder ocorrer

em contextos de excelência comprovada

FG4 (10, 11, 63); FG9 (7, 15, 16, 28, 72); FG10 (7, 8, 9);

FG12 (42, 62)3 5 3 2 13 26,0 4 30,8

Contextos que estimulem a reflexão sobre

as práticasFG6 (1); FG9 (25, 44, 45, 70, 71) 1 5 6 12,0 2 15,4

Contextos que proporcionem experiências

desafiantes ao a lunoFG7 (13); FG8 (35); FG9 (23, 24) 1 1 2 4 8,0 3 23,1

Contextos exigentes em termos formativos FG9 (31) 1 1 2,0 1 7,7

Exis tência de um bom acolhimento aos

a lunosFG1 (2, 3, 5, 7, 31, 32) 6 6 12,0 1 7,7

Exis tência de um bom cl ima relacional

entre os atores envolvidosFG4 (39); FG12 (40); FG13 (8, 9, 10, 11, 12, 14, 17, 37) 1 1 8 10 20,0 3 23,1

Supervisores “mais l ivres” da prestação de

cuidados por forma a fazerem uma efetiva

supervisão do estudante

FG3 (22, 27) 2 2 4,0 - - - - - -

Totais da Categoria 50 100 5 100

Contextos que

estimulem o

desenvolvimento

do estudante

Contextos que

sejam acolhedores

e facilitadores da

integração do

estudante

Contextos cujas

condições

estruturais e

recursos sejam

adequadas à

colaboração na

formação inicial

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Totais % Totais %EA6 EA7 EA8

UE (n=15)EA9 EA10 EA11 EA12 EA13 EA14Sub Categoria Indicadores Unidades de registo EA1 EA2

UREA15EA3 EA4 EA5

Contextos promotores de um ambiente propício à

aprendizagemEA6 (2, 4); EA8 (26) 2 1 3 13,0 2 13,3

Supervisores facilitadores da integração do aluno

no contexto e no seio das equipas de enfermagem

e multidisciplinar

EA7 (2); EA8 (22); EA10 (18); EA11 (1) 1 1 1 1 4 17,4 4 26,7

Contextos com estruturas físicas e condições de

trabalho boasEA9 (31) 1 1 4,3 1 6,7

Contextos propiciadores das condições

necessárias ao desenvolvimento das atividades

académicas previstas

EA4 (30, 31); EA13 (22, 23) 2 2 4 17,4 2 13,3

Contextos facilitadores de experiências

potencialmente ricas em termos formativosEA9 (15, 21) 2 2 8,7 1 6,7

Contextos que facilitem a integração do aluno EA1 (1); EA6 (6, 7, 21) 1 3 4 17,4 2 13,3

Equipas de enfermagem recetivas à colaboração

na supervisão do aluno em contexto de trabalhoEA3 (4); EA7 (4); EA8 (5, 27, 28) 1 1 3 5 21,7 3 20,0

Totais da Categoria 23 100 - - - - - -

Contextos que

estimulem o

desenvolvimento do

estudante

Contextos que sejam

acolhedores e

faci l i tadores da

integração do

estudante

Contextos cujas

condições estrutura is

e recursos sejam

adequados à

colaboração na

formação inicia l

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Categoria: Finalidades de formação desejadas (Professores e estudantes)

Total % Total %Sub Categoria Indicadores Unidades de registo FG1 FG2 FG3 FG4 FG5 FG6 FG7 FG8

UE (n=13)FG9 FG10 FG11 FG12 FG13

UR

Uma formação que prepare para a prática

rea l dos contextosFG9 (17, 18) 3 3 13,6 1 7,7

Uma formação que evidencie os aspetos

normativos da profissão e das pol íticas de

saúde vigentes

FG4 (28) 1 1 4,5 1 7,7

Uma formação que vise desenvolver os

a lunos intelectualmenteFG7 (18) 1 1 4,5 1 7,7

Uma formação que faci l i te a continuidade

entre a formação inicia l e a formação pós-

graduada

FG10 (20) 4 1 5 22,7 2 15,4

Uma formação cujo

enfoque resida nas

necessidades

específicas do

utente/família

Uma formação cujo foco sejam as

necess idades específicas dos utentes no

decurso do seu ciclo vi ta l

FG4 (8, 9, 20, 21); FG10 (4, 5) 4 2 6 27,3 2 15,4

Uma formação cl ínica com enfoque

reflexivoFG1 (16); FG6 (24); FG11 (1); FG12 (22) 1 1 1 1 4 18,2 4 30,8

Uma formação com base na evidência

científicaFG7 (22) 2 2 9,1 1 7,7

Totais da Categoria 22 100 - - - - - -

Uma formação

alicerçada na

evidência científica

Uma formação que

incentive o

estudante a

perspetivar-se

como lifelong

learner

Uma formação que

profissionalize

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Totais % Totais %EA6 EA7 EA8

UE (n=15)EA9 EA10 EA11 EA12 EA13 EA14Sub Categoria Indicadores Unidades de registo EA1 EA2

UREA15EA3 EA4 EA5

Um ensino prático exigente em termos

profissionaisEA6 (1, 20) 2 2 15,4 1 6,7

Uma formação que prepare para a realidade

profissionalEA1 (23); EA9 (8, 9, 29, 30) 1 4 5 38,5 2 13,3

Uma formação que

incentive o estudante

a perspetivar-se como

life long learner

Uma formação que motive o aluno a ter vontade

de aprenderEA2 (27) 1 1 7,7 1 6,7

Uma formação que

contribua para o

desenvolvimento

profiss ional dos

práticos

Uma componente prática da formação inicial que

seja subsídio para a formação contínua dos

profissionais de enfermagem

EA6 (22, 23, 24) 3 3 23,1 1 6,7

Uma formação

a l icerçada na

evidência científica

Uma formação com um enfoque reflexivo EA7 (16, 17) 2 2 15,4 1 6,7

Totais da Categoria 13 100 - - - - - -

Uma formação que

profiss ional ize