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Maiara Felix Fernandes Aluna do curso de Licenciatura em Geografia, UFCG -
Maria do Socorro Barros Pereira Aluna do curso de Licenciatura em Geografia, UFCG
Diego de Oliveira Silvestre Mestre em Geografia pela UFPB –
Mariana Borba de Oliveira Doutoranda em Geografia UFPB e Professora do CFP/UFCG –
A PRODUÇÃO AGROECOLÓGICA CERTIFICADA COMO INDUTORA DA
SUSTENTABILIDADE E DO DESENVOLVIMENTO DA AGRICULTURA
CAMPONESA NO ESTADO DA PARAÍBA – PB
INTRODUÇÃO
O presente artigo é fruto de uma pesquisa desenvolvida através do Programa de
Bolsas de Extensão – PROBEX da Universidade Federal de Campina Grande - UFCG,
cujo objetivo geral é pensar a agricultura camponesa certificada como atividade
indutora do desenvolvimento da Agroecologia na Paraíba. Neste trabalho traremos os
resultados alcançados na respectiva pesquisa, cujos mesmos devem ser interpretados
como resultados parciais no âmbito de um Projeto mais amplo, financiado pelo CNPq e
com vigência até 20181.
A produção agroecológica na Paraíba surge com um grupo de produtores
vinculados à Associação dos Agricultores (as) Agroecológicos da Várzea Paraibana –
Ecovárzea que comercializa seus produtos agroecológicos em uma Feira que acontece
há 15 anos em João Pessoa – PB no Campus I da Universidade Federal da Paraíba –
UFPB. Alguns desses camponeses tiveram a preocupação com a qualidade
agroecológica dos produtos comercializados, e com isso elaboraram um Estatuto, um
Regimento Interno e estruturaram um Conselho de Ética, que entre outras atribuições,
busca segurar a procedência agroecológica dos produtos comercializados (OLIVEIRA,
2012).
1 Edital MITC/CNPq/Universal nº 14/2014 - faixa B.
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As organizações vinculadas à Agroecologia na Paraíba optaram por um processo
de certificação, em que as partes envolvidas são responsáveis pela construção dos
critérios e dos procedimentos de certificação, fundamentos da certificação participativa.
O objetivo da certificação é atender às expectativas dos consumidores por meio das
possibilidades dos produtores, ou seja, uma certificação alternativa aos tradicionais
selos e atestados de produtos orgânicos (OLIVEIRA, 2012).
O processo de certificação participativa de produtos agroecológicos, age como
uma ferramenta de consolidação da estratégia de produção camponesa apoiada pela
Agroecologia, por resistir ao modelo de certificação imposto pelo agronegócio orgânico
que se apropria do discurso dos chamados “produtos limpos” e dos benefícios dos
orgânicos à saúde humana, favorecendo assim economicamente o agronegócio
(OLIVEIRA, 2012).
O Sistema Participativo de Garantia – SPG para produção orgânica foi
reconhecido pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – MAPA, por
meio do decreto Lei 6.323 de 27 de dezembro de 2007 e segue os critérios estabelecidos
pela Lei 10.831 – a Lei dos Orgânicos. Com o reconhecimento da certificação
participativa agroecológica constitui uma conquista política da Agroecologia,
contribuindo no processo de institucionalização da Agroecologia em curso no Brasil
(OLIVEIRA, 2012).
É de suma importância fazer uma breve definição para destacar as três
modalidades de certificação: O Sistema Participativo de Garantia – SPG esse que é
formado da reunião de produtores e outras pessoas que tem interesse em organizar a sua
estrutura básica, que é composta pelos membros do Sistema e pelo Organismo
Participativo de Avaliação da Conformidade - OPAC. Os Membros do Sistema são
pessoas físicas ou jurídicas que fazem parte de um grupo classificado em duas
categorias, distribuidores, comercializadores, transportadores e armazenadores. Os
colaboradores são os consumidores e suas organizações, os técnicos, as organizações
públicas e privadas, as que representam as mais diferentes classes e os parceiros
(colaboradores) que possam ajudá-los a dar garantia a seus produtos. Todos tomam
conta de todos e se visitam, para garantir a qualidade orgânica do produto. (MAPA,
2012)
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Os OPAC são a parte do SPG que se organiza como Pessoa Jurídica e
correspondem às certificadoras na certificação por auditoria. São os OPAC que avaliam,
verificam e atestam que produtos, estabelecimentos produtores ou processadores
atendem às exigências do regulamento da produção orgânica. O OPAC assume a
responsabilidade formal pelo conjunto de atividades desenvolvidas pelo SPG. Devem
estar regularmente constituídos para a atividade de certificação participativa e possuir
mecanismos de resolução de conflitos, atendimento a denúncias e aplicação de sanções
administrativas. (MAPA, 2012).
E por fim, as Certificadoras por Auditoria, que atuam comercialmente na
prestação de serviços de certificação a produtores individuais e grupos. Têm por
obrigação avaliar e garantir a conformidade da produção orgânica sob sua
responsabilidade. Devem manter os clientes atualizados quanto às normas vigentes e
realizar visitas programadas e sem aviso prévio às unidades, ao menos uma vez ao ano.
Segundo a complexidade e o grau de risco da produção, estas visitas deverão ocorrer
com maior frequência. (MAPA, 2012) 2. Abaixo podemos observar o gráfico
quantitativo das certificações da Paraíba, tendo em vista que não existe OPAC.
Fonte: Pesquisa documental dos acervos do Ministério da Agricultura.
Entretanto neste estudo especificamos o Organismo de Controle Social- OCS
tendo em vista que o mesmo encontra-se em maior quantidade em nível do território.
2 Cf.: http://www.agricultura.gov.br/portal/page/portal/Internet-MAPA/pagina-inicial/desenvolvimento-
sustentavel/organicos/regularizacao-producao-organica/sistemas-participativos-rpo.
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Tipos Certificações na Paraíba
OCS
Auditoria (IBD,ECOCERT)
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Nesta perspectiva, a nossa pesquisa, pretende contribuir com a metodologia
participativa da produção Agroecológica na Paraíba, e para isso, se propôs a caracterizar
e analisar o grau de sustentabilidade a partir das experiências agroecológicas que
obtiveram certificação por meio do Sistema Participativo de Garantia – SPG, através da
construção de indicadores de sustentabilidade que vão auxiliar na tomada de decisões e
qualificações dos sistemas agroecológicos. Assim, pretende-se relacionar a estratégia de
certificação participativa com a construção do conhecimento de produção
agroecológica.
OBJETIVO GERAL
- Pensar a agricultura orgânica certificada como atividade indutora ao desenvolvimento
da agroecologia no Estado da Paraíba.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Identificar as comunidades rurais camponesas que possuam produção orgânica
certificada participativa;
- Quantificar de maneira georreferenciada a produção agroecológica certificada no
estado da Paraíba;
- Realizar estudos sobre estratégias de certificação participativa como contribuição ao
desenvolvimento territorial sustentável;
- Investigar a comercialização dos produtos certificados;
- Elaborar indicadores de sustentabilidade a partir parâmetros pré-estabelecidos com as
próprias comunidades investigadas;
- Produzir artigos científicos sobre ambientes semiáridos e potencialidades produtivas
sustentáveis.
METODOLOGIA
Como metodologia, nos apoiamos em alguns procedimentos quantitativos e
qualitativos, entre eles: levantamento e análise bibliográfica e documental; trabalhos de
campo (pesquisa in loco) em algumas feiras agroecológicas certificadas na Paraíba
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como a feira Agroecológica da Associação de Agricultores (as) Agroecológicos da
Várzea paraibana – Ecovárzea; participação em espaços de órgãos estaduais e federais
que discutem a Agroecologia; e participação no curso de geoprocessamento
disponibilizado pela UFPB.
RESULTADOS ATINGIDOS
1) No levantamento bibliográfico pesquisamos textos que foram discutidos os temas
inerentes a nossa pesquisa em portais de Universidades, Institutos de Pesquisa e
Organizações Não Governamentais – ONG e também na biblioteca física da UFCG,
campus Cajazeiras. As leituras realizadas foram discutidas com os integrantes do
Projeto e do Grupo de Pesquisa vinculado ao CNPq: Gestar, território, trabalho e
cidadania e envolviam os seguintes temas: Agroecologia; agricultura familiar;
campesinato; certificação participativa; indicadores de sustentabilidade; danos do uso de
agrotóxicos na saúde; pesquisa participante, entre outros. Os conteúdos foram debatidos
em encontros presenciais com os membros do Projeto o que trouxe uma contribuição
fundamental para uma melhor compreensão do tema da pesquisa.
2) A partir de um levantamento documental feito nos arquivos digitais do Ministério da
Agricultura Pecuária e Abastecimento – MAPA foram identificadas comunidades rurais
que possuem certificação da produção orgânica, e isenção de certificação (o caso das
Feiras agroecológicas). Os dados foram organizados a partir da distribuição das áreas
por território e município.
Posteriormente foi iniciada a elaboração de indicadores de sustentabilidade
através da articulação Institucional com a Comissão da Produção Orgânica CPOrg-PB
que congrega representantes de todas as comunidades certificadas da Paraíba. As
Comissões de Produção Orgânica – CPOrg, são fóruns compostos por representantes de
segmentos da rede de produção orgânica dos estados ou Distrito Federal, dividido
igualmente por entidades governamentais e não governamentais. A CPOrg se reúne
regularmente e tem várias atribuições definidas na Instrução Normativa nº 54, de 22 de
outubro de 2008, como, por exemplo, coordenar ações e projetos de fomento à produção
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orgânica; sugerir adequação das normas de produção e controle da qualidade orgânica;
auxiliar na fiscalização, pelo controle social; e propor políticas públicas para o
desenvolvimento da produção orgânica. (MAPA,2012) 3.
Atualmente os dados ainda estão em discussão com as OCS’s que irão ser
investigadas, para posteriormente o Projeto seguir com a pesquisa através da aplicação
dos indicadores junto aos camponeses responsáveis pelas unidades produtivas isentas de
certificação, onde na fase final conjuntamente com a equipe, analisaremos os resultados
dos indicadores através do desenvolvimento da produção agroecológica na Paraíba.
3) Foi realizado uma pesquisa de campo junto à Feira Agroecológica da Ecovárzea que
é localizada no campus I da UFPB em João Pessoa. A visita teve como objetivo
conhecer a dinâmica do grupo que é pioneiro na Paraíba em comercializar produtos
agroecológicos diretamente com o consumidor através da Feira, e foi de suma
importância para o amadurecimento dos pesquisadores e alunos do curso de geografia
da UFCG, pois tivemos o contato direto com os camponeses que praticam agroecologia
e a certificação participativa. Na primeira vigência da pesquisa pudemos conversar com
os camponeses sobre as dificuldades enfrentadas por eles, e também sobre como se dá a
certificação participativa da Feira através das OCS, notamos que os mesmos garantem
que são orgânicos pelo certificado que recebem através do cadastro do MAPA, onde os
mesmos expõem este certificado nas barracas.
Tal certificação serviu para que os camponeses pudessem passar confiança aos
seus clientes em relação à origem dos alimentos comprados, desta forma a Feira se torna
mais atrativa para os novos consumidores. A certificação veio por meio do empenho da
Ecovárzea, entidade jurídica que responde pela feira desde 2005, que se articulou com a
Universidade e outros parceiros para garantir a procedência dos seus produtos.
3 Cf: http://www.agricultura.gov.br/desenvolvimento-sustentavel/organicos/comissoes-da-producao-
organica.
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Foto 01: Feira Agroecológica da UFPB
Fonte: Trabalho de campo realizado no dia 16 de Outubro de 2015.
A maioria dos camponeses contam com a participação da família na produção,
onde cada membro tem sua função, seja plantar, colher ou vender. Muitos possuem
criação de animais para o consumo familiar e também para vender por encomendas. Ao
serem indagados sobre a utilização de agrotóxicos, responderam que não fazem a
utilização, pois, o mesmo é prejudicial à saúde bem como, as condições de
compra/venda dos produtos. Mas, que utilizam biofertilizante na plantação, que é feito
com a mistura de esterco de gado, rapadura e folha de Nim, etc.
Como adubos utilizam o esterco de gado e húmus de minhoca. Através da nossa
observação consideramos a feira organizada, e que a maioria dos feirantes que
conversamos possuía a certificação de produtos orgânicos fazendo com que os mesmos
se tornem confiáveis, tornando-se assim exemplo para outras cidades da Paraíba.
4) Para cumprir a demanda do projeto foi realizada a I Oficina de Geoprocessamento,
entre os dias 21 à 23 de Dezembro na Universidade Federal da Paraíba – UFPB. A
Oficina foi ministrada por Jefferson Santana Galvão 4, e teve o objetivo de capacitar os
membros do Projeto para a realização do georreferenciamento e da cartografia temática
prevista como objetivo especifico da pesquisa.
No primeiro dia buscamos aprender sobre alguns conceitos de
Geoprocessamento, sua importância e como deve ser feito utilizado o aparelho GPS
4 Geógrafo e técnico do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística - IBGE.
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geodésico. Desta forma houve apresentação de programas para a criação de mapas
feitos como bases introdutórias para posteriormente efetuar-se a prática em campo.
No segundo dia fomos ao estudo de campo, marcamos pontos para a criação de
um mapa, demonstrando o tamanho da área do terreno e da plantação de hortaliças. Os
pontos foram marcados na propriedade do Sr. Roberto Batista, localizada em
Muçumagro - João Pessoa –PB, propriedade esta certificada e que produz hortaliças e
frutas para vendas externas e feiras agroecológicas.
Em seguida, depois de marcados os pontos, voltamos para a UFPB para coloca-
los no programa QGIS, finalizamos o mapa. No terceiro e último dia que podemos ter
mais acesso ao programa QGIS. Onde podemos observar que possamos seguir o nosso
trabalho utilizando o Georreferenciamento das áreas de produtos sustentáveis e
certificados na Paraíba.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
De modo geral esta pesquisa foi bastante útil para um melhor aprofundamento
nos conhecimentos sobre a Agroecologia, certificação e indicadores de
Sustentabilidade. Onde foi notória a importância da Agroecologia tanto para os
camponeses como para os consumidores. Para os camponeses porque contribuem para o
seu próprio bem estar (família, lugar), da natureza e da sociedade em geral, além de
conseguirem passar confiança sobre qualidade dos seus produtos, pois os mesmos
realmente utilizam os princípios agroecológicos como o uso responsável do solo, da
água, do ar, sem agredir ao meio ambiente e a saúde humana; já os consumidores são
parte fundamental desse processo, pois movidos pelo ideal da alimentação saudável e do
compromisso social contribuem diretamente para o fortalecimento da Agroecologia na
Paraíba.
Entendemos também como é importante a Certificação Participativa e como é
desenvolvida pelos camponeses. Ela necessita da participação de todos da comunidade,
da produção até a comercialização, ou seja, do envolvimento de produtores, técnicos e
consumidores e as visitas técnicas as propriedades são feitas pelos próprios agricultores
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que visitam uns aos outros e compartilham ideias e conhecimento, ou seja, todos
colaboram entre si.
Agroecologia surge como perspectiva ecológica, reassumindo a necessidade de
conservação da biodiversidade ecológica e cultural, é um sistema de produção que
respeita a natureza e tem como base a negação do uso de agrotóxico, além de se
preocupar com o meio ambiente, se preocupa com a saúde dos consumidores. A
Agroecologia é um enfoque cientifico multidisciplinar surgido em meados dos anos de
1990, capaz de dar suporte à transição entre o modelo agrícola convencional e a
agricultura sustentável, sendo tido como o caminho para se obter a sustentabilidade nos
meios de produção agrícola. (CAPORAL e COSTABEBER, 2001, p. 7).
A geografia também possui um papel importante tanto para leitura da realidade
assim como em contribuir para fortalecer alternativas de resistência ao atual modelo de
desenvolvimento econômico, que no caso da agricultura tem como modelo hegemônico
a monocultura envenenada do agronegócio.
Alguns objetivos específicos não foram atingidos por completo devido à
finalidade da vigência do apoio de pesquisa fornecido pelo PEASA, como é o caso da
construção dos indicadores de sustentabilidade. Isso se justifica pelo arranjo
participativo do Projeto que depende do cronograma de diversas instituições
representadas pela Cporg.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVARENGA, C. F. S.; COELHO, A. A.; GURJÃO, K. C. O. Feira Agroecológica no
Alto Sertão Paraibano: produzindo saúde. In: VI Congresso Brasileiro de
Agroecologia e II Congresso latino-americano de Agroecologia, 2009, Curitiba.
Resumos VI CBA e II CLAA, 2009. v. 4. p. 2242-2243.
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CAPORAL, F. R.; COSTABEBER, J. A. Agroecologia e sustentabilidade: base
conceptual para uma Nova Extensão Rural. In: Anais do Encontro Internacional sobre
Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável. Botucatu (SP):
UNESP/FCA/DGTA/Instituto Giramundo Mutuando, 2001.
MARZALL, K.; ALMEIDA, J. Indicadores de Sustentabilidade para
agroecossistema: Estado da arte, limites e potencialidades de uma nova ferramenta para
avaliar o desenvolvimento sustentável. Cadernos de Ciencias & Tecnologia, Brasilia,
v.17, n.1, p.41-59, jan./abr. 2000.
Ministério da Agricultura. Disponível em < http://www.agricultura.gov.br/>. Acesso
em: 20 de Junho. 2016.
OLIVEIRA, M. B. Certificação Participativa e Agroecologia: Processos De
Organização E Resistência Camponesa na Mata Paraibana. Dissertação de Mestrado
defendida no Programa de Pós Graduação em Geografia da Universidade Federal da
Paraíba. João Pessoa, 2012.
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA. Sistema participativo.
Disponível em: http://www.agricultura.gov.br/portal/page/portal/Internet-
MAPA/pagina-inicial/desenvolvimento-sustentavel/organicos/regularizacao-producao-
organica/sistemas-participativos-rpo. Acesso em: 23 de junho de 2016.
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA. Comissão da produção
orgânica. Disponível em: http://www.agricultura.gov.br/desenvolvimento-
sustentavel/organicos/comissoes-da-producao-organica. Acesso em: 23 de junho de
2016.