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MINISTÉRIO PúBLICO FEDERAL
Procuradoria-Geral da República
N" 115278/2017- GTLJ/PGR Distribuição por dependência ao Inquérito no 4483 Relator : Ministro Edson Fachin
SIGILOSO
PROCESSO PENAL. PRESENÇA DE REQUISI
TOS E PRESSUPOSTOS. REQUERIMENTO IN
CIDENTAL. BUSCA E APREENSAO. Necessida-
de de busca e apreensão de documentos, livros con
tábeis e fiscais, arquivos eletrônicos, aparelhos de te
lefone, valores e objetos possivelmente relacionados
à situação, a ftm de reunir provas sobre os fatos. Re
querimento de afastamento da garantia da inviolabili
dade domiciliar.
O Procurador-Geral da República, com fulcro no Código de
Processo Penal, vem formular requerimento de BUSCA E
APREENSÃO, consoante os elementos fáticos e jurídicos a seguir
expostos.
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I- Síntese dos fatos
A Procuradoria-Geral da República foi procurada por pessoas
ligadas ao Grupo J&F, alvo de múltiplas investigações em diversos
juízos e instâncias, com o objetivo de que fosse entabulado acordo
de colaboração premiada.
Já no primeiro momento, os elementos probatórios apresenta
dos indicavam que JOESLEY BATISTA, presidente da J & F In~
vestimentas S.A., e o Diretor de Relações Institucionais do grupo,
RICARDO SAUD, estavam pagando propinas regulannente ao do~
lciro LÚCIO BOLONHA FUNARO e ao ex~Deputado Federal
EDUARDO CUNHA, ambos atuahnente presos em decorrência
de desdobramentos da "Operação Lava Jato". Esses pagamentos vi
nham sendo feito com o aval e incentivo de altas autoridades públi
cas, notadamente do Partido do Movimento Democrático Brasileiro
-PMDB.
Além disso, os relatos e elementos probatórios apontavam que
JOESLEY BATISTA e um dos seus funcionários, RICARDO
SAUD, também estavam pagando propinas ao senador da Repúbli~
ca AÉCIO NEVES.
Em tese, os fatos narrados pelos colaboradores podem carac
terizar, pelo menos, os crimes de Corrupção Passiva e Ativa (art.
317 e art. 333 do CP), Constituição e Participação em Organização
Criminosa (art. zo Lei 12850/13), Obstrução à Investigação de Or~
ganização Criminosa (art. zo, § I 0 , da Lei 12850/13).
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Nesse contexto, também foi apresentado ao iMinistério Públi
co vasto material probatório envolvendo o Deputado Federal Ro
drigo Santos da Rocha Loures, ora requerido na presente medi
da.
Conforme será detalhado adiante, os fatos criminosos imputa
dos a Rodrigo Rocha Loures são gravíssimos, especialmente por se
tratar de parlamentar federal que até pouco tempo ocupava cargo
de confiança na Presidência da República, sendo considerado uma
das pessoas mais próximas ao atual Presidente .
11 - Dos fatos criminosos
Conforme se depreende da gravação1 (áudio 01) entregue e do
depoimento prestado pelo colaborador2, o presidente :tviiCHEL
TEMER recebeu JOESLEY BATISTA no dia 07/03/2017, por
volta das 22h40min, no Palácio do Jaburu, residência oficial do
Vice-Presidente da República. Ao todo, conversaram por cerca de
30 minutos.
Pelo próprio áudio, é possível perceber que JOESLEY passa
pela portaria sem se identificar3 e se dirige diretamente à garagem
do Palácio. MICHEL TEMER e JOESLEY demonstram que já se
AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMI\N'J'ü. GRAVAÇAO AMBIENTAL FEITA POR UM INTF.RLOCUTOR SEM CONIIECIMENTO DOS OUTROS: CONSTITUCIONALIDADE. AUSFNTF. CAUSA LEGAL DE SIGILO DO CONTEÚDO DO DIÁLOGO. PRECEDENTES. 1. A gravação ambiental mcram~nte dandestina, realizada por um dos interlocutores, não se confunde com a interceptação, objeto clám;ula comtirucional de reserva de jurisdição. 2. (\ lícita a prova consi,;tente em gravação de conversa tclcfôruca reafuada por um elos interlocutores, sem conhecimento do outro, se não h:í. causa legal especifica de sigilo nem de resewa da conven;ação. Prcrcdcntcs. 3. Agravo regimental desprovido. (AI-AgR 560223, JOt\QUIM BARBOSA, STI'.)
2 Aud.io 1 [PR114032017.WAVJ
3 Por volta dos 32min, JOESLEY menciona 4uc o veículo, para conseguir livre passagem pda portaria, havia sido identificado pela placa do carro.
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conheciam anteriormente, com o registro de que a última vez em
que tinham se encontrado pessoalmente foi há mais de 10 meses,
portanto antes de WCHEL TEJ'v1ER assumir a Presidência da Re
pública (vide 04min50s- 07min18s).
JOESLEY informa o motivo do encontro, a partir dos
8min15s. Diz ao presidente MICHEL TEMER que, antes, estava
conversando com "GEDDEL'' (GEDDEL VIEIRA LIMA) e com
"PADILHA" (ELISEU LEMOS PADILHA) para tratar de assun
tos do seu interesse e do grupo J & F. Em razão das investigações
decorrentes da "Operação Lava Jato", ele gostaria de saber com
quem deveria falar, quem seria o interlocutor do Presidente da Re
pública.
Nesse contexto, é importante registrar que MICHEL TE
MER, a partir dos 10min50s, quando JOESLEY fala que perdeu
contato com GEDDEL em razão das investigações, demonstra
preocupação, afi:rmando que ''é, tem que tomar ruidado. É' complicado·~
Logo em seguida, a partir dos 11min30s, os interlocutores tratam
do ex-Deputado Federal EDUARDO CUNHA, que se encontra
preso. JOESLEY afirma que tem procurado manter boa relação
com o ex-parlamentar, mesmo após sua prisão. TEMER confirma a
necessidade dessa boa relação: "tem que manter ÚJ'O, viu''. JOESLEY
fala que segue pagando propina "todo mês, também" ao EDUARDO
CUNHA, acerca da qual há a anuência do Presidente da República.
No contexto dos diálogos fica claro que o interesse em manter
os pagamentos de propina para EDUARDO CUNHA está relacio
nado à possibilidade de CUNHA, caso seja contrariado, possa vir a
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revelar fatos que comprometam o grupo.
A partir dos 16min, verifica-se que TEMER indica o Deputa
do Federal RODRIGO SANTOS DA ROCHA LOURES, a quem
ele chama de RODRIGO, como pessoa de sua extrema confiança, 4
para tratar dos temas de interesse do JOESLEY. E ainda combinam
manter, quando houver necessidade, a prática de encontros notur
nos no Palácio do Jaburu, sem registros oficiais. TEMER afirma:
'Jazemos como hoje ( . .)funcionou super bem". JOESLEY responde: ''ver
dade, verdade, venho umas dez e meia, fonvermmos um minutinho, uma meia
hon"nha e vou embord'.
No dia 13/03/2017, JOESLEY BATISTA recebeu RODRI
GO LOURES na residência do primeiro no bairro Jardim Europa
em São Paulo-SP5 (áudio 02).
Essa reunião tratou basicamente dos principais interesses po
líticos e comerciais deJOESLEY BATISTA perante o Governo Fe
deral, cujos pontos foram aprofundados numa reunião seguinte
com os mesmos interlocutores, bem como foram tratados assuntos
relacionados a crimes que JOESLEY vem praticando para garantir a
combinação de versões com alguns réus da "Operação Lava Jato",
bem como a compra do silêncio deles, por intermédio de pagamen
tos mensais.
Depois, a partir de 10min, JOESLEY menciona que tem al
gumas "posições-chave" no CADE, na CVM, na Receita Federal,
no Banco Central e na PFN, sendo necessário que sejam ocupadas
4 Ante~ de assumir o cargo de deputado federal, na vaga de ( )smar Serraglio, que a<Sumiu rccentemcmc o Ministério da Justiça. RODRJGO LOURES era assessor cspcdal do prc>identc MJCJJEL TEMER.
5 [PR2 A 13032017.WA V]
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por pessoas capazes de resolver seus problemas, iniciando uma
abordagem sobre sua agenda econômica que necessita, direta ou in
diretamente, desses órgãos para resolver pendências ou auxiliar no
destravamento de negócios de seu grupo econômico, como uma
questão jurídica que se encontra no CADE, melhor detalhada na
reunião seguinte na casa de RODRJGO, relacionada à sua EPE
(Empresa Produtora de Energia) de Cuiabá. A decisão liminar desse
órgão de controle da concorrência poderia representar um ganho
diário para JOESLEY de um millião de reais e um ganho anual de
R$ 300 milhões de reais, cujo negócio, se fosse bem sucedido, po
deria garantir uma propina de 5% aLOURES e TEMER.
Sobre as indicações para tais órgãos, RODRIGO LOURES,
no minuto 16, oferta a JOESLEY BATISTA a possibilidade dele
var algum nome indicado por ele para o conhecimento do Presiden
te da República. No contexto dessa conversa, pode-se extrair a real
intenção sobre as preocupações nos nomes (15min30s):
JOESLEY- Eu só preciso é resolver meus problemas, se resolver, eu
nem, só pra não aJtifundir, as vezes, não é que eu, a eu gostaria que
fosse João ou Pedro, João ou Pedro ...
RODRIGO- O importante é que mo!va.
JOESLEY- Resolve o problema, se resolve, então pronto, é que eu te
nho a!gumaJ· questões a ser resolvida, e de repente já vamos chamar a
ele e testar,falarôô, ôô Fulano ...
Durante todo o diálogo relacionado à agenda econômica do
Grupo J&F, RODRIGO LOURES se mostra interessado e dispo
nível para defender os interesses da empresa, inclusive apresentan-
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do nomes de pessoas com quem podia contar, além de estratégias
de atuação. Mais que isso, conforme se verifica no Áudio 3, RO ~
DRIGO LOURES faz ligações telefônicas, na presença de JOES
LEY, atuando diretamente com esses outros interlocutores para
"resolver" os problemas do grupo econômico.
Um ponto de destaque no Áudio 2, a partir de 36min20s, re
side no fato de que JOESLEY comunica a RODRIGO LOURES
uma preocupação com o levantamento do sigilo das colaborações
premiadas dos executivos do Grupo Odebrecht, quando se trava
um diálogo falando sobre a combinação de versões para defesa dos
crimes revelados e, o que é mais grave, JOESLEY relata que vem
pagando pela combinação de versões ou silêncio de LÚCIO FU
NARO e EDUARDO CUNHA, ambos atualmente presos preven
tivamente. Ao final, falam sobre a anistia do Caixa 2 para resolver
definitivamente esse problema:
RODRIGO- Como é que o ... não deixar rastrVJ, né, ?Jod sabe diS
so e quanto esta temporada, enquanto não for levantada estas de/afÕe_r
nós vamos Jú-ar num campo mmp!ú't1do .
]OESLEY- Quando você acha que levanta?
RODRIGO-Agom.
JOESIEY- Agora o que? Uma semana, um mêJ ou três mês?
RODRIGO- Eu acho que esta semana ainda não, muitoJjornaú eJ
tão dando que já é essa semana. Eu não acho, eu acho que esJa que
vem. A maior parte do levantamento do Jigilo e ... e agora é isso, Jazer o
que você eJtá fazendo. Se você acha que tem uma porteira lá da fazenda
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que ficou aberta em algum lugar que pretisa fechar, fecha.
JOESLEY- É o que estou fazendo.
RODRIGO- Se vod tem uma cen:a lá na mangueira que, que tá, se
vod botar uma pressão ela ambenta, refórpa.
JOESLEY- É o que eu tli fazendo.
RODRIGO- Mesmo que nàfJ pmiJa.
JOESLEY- Mesmo que não pre1iJa. É i.rso que eu tli fazendo, que
eu tô dando um double theck em tudo por isso que eu chamei RICAR
D06 de volta e disse: 'RICARDO, vod vai pegar todo o pmamo elei
toral nosso, ver tudo o que você ftv que nós fizemos, do que é da tua
parte, tal, tal, que nós temos que ir vendo '. Depois é o seguinte, ó, nós
temos que dar uma explicariio rápida a alguém, uma explicaf'ão rápida
pra dar, nós não podemos pestan~jar, dizer, ah, não sez~ ou nós falar
uma coisa e o outro falar outra. Exatamente isso.
RODRIGO- É, e aquilo que está documentado, está formalizado.
]OESLEY- E m·partes falando a mesma ..
RODRIGO- Mesma linguagem .
JOESLEY- Mesma língua e pronto. É o caso do Lúcio,
Lúcio Funaro tá preso, já fui, já deu reportagem na Fo
lha, no Estadão, o promotor me chama, a Policia Fede
ral me chama, não sei o que, eu tenho uma estória, tu
conta, eu vou, pá, e pá, e pronto.
6 A partir de 6min, os interlocutores falam de RICARDO [SOBRENOME], JOESLEY diz que ele precisa resolver uns probleminhas que ficaram para trás, quando então RODRIGO LOURES faz ponderações sobre deixar RICARDO de fora. RODRIGO dá a entender que sabe do em que consistem os "serviços" prestados pelo RICARDO, quando diz que "( ... )botar ele no serviço de novo no Congresso não é uma boa, não" (6min57s).
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RODRIGO- E ele está alinhado?!
]OESLEY- E ele do outro lado também.
RODRIGO- Como é que está a cabeça dele neste mo
mento? Como está a cabeça dele?
]OESLEY- Rodngo ...
RODRIGO- Eu não o mnhqv pessoalmente.
]OESLEY- Não? Então ... ééé, isso eu vou falar o que eu
acho, tá, porque também o cara tá Já, né? [preso] Nun
ca mais vi o cara na vida. Eu disse pra Michel, desde
quando Eduardo foi preso e ele [Funaroj, quem está se
gurando as pontas sou eu. Eu tô ...
RODRIGO LOURES- Cuidando deles lá.
JOESLEY- Dos dois, tanto da familia de um, quanto da
famflia do outro. Isso aparentemente está ...
RODRIGO LOURES- Estabilizou.
JOESLEY - Trazendo uma certa ... De um lado é isso.
Agora o que eu até comentei com Michel que o
problema é o seguinte, ó, Rodrigo, a gente tem que
pensar que essa situação não dá para o ficar o resto da
vida. Um mês vai, dois mês, três meses, seis meses,
mas vai chegando uma hora, que assim você vai indo,
cê vai indo. Eu, por exemplo, estou tomando umas
pancadas ai, mas eu estou me segurando. Eu acho que
eu me blindei ali no primeiro estágio ali. Por enquanto,
eu tô, enfim, mas é o tipo da situação que se não parar
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de bater, né? Vai batendo, vai batendo ...
RODRIGO LOURES- Tem uma hora que machuca.
]OESLEY - Uma hora porra! Um hora, né, até essa
parede aqui, se eu ficar batendo nela, batendo, dá uma
hora eu derrubo ela, né? Então ... quando estava o
Geddel, tava aquela agenda do Caixa 2, do negócio da
autoridade, tinha pelo menos uma luz, né. Agora, e aí
n6s estamos esperando o que agora? O Caixa 2 eu acho
que não adianto mais nada, né, porque se o Caixa 1 é
crime, o 2 vira 1, ficou inócua, né, essa medida, né?
Quer dizer, é, ah o Caixa 2 não é 2, é 1! Não, mas o 1 é
crime, então ...
R- É mais ainda não amsolidou.
]OESLEY -ls.ro, é.
R - Foram três ministros do pleno que julgaram dos
onze. Ainda vai para ... ainda não houve a ... a confirma-
ção dessa decisão, desse entendimento, é ... mas o fato é
que lá no Congresso depois esse episódio do [Valdir]
Raulp ai, está todo mundo preparado ... eu imagino que
foi para aparecer rapidamente um texto, basicamente
dizendo o seguinte: Olha aqui, o limite de velocidade
até ontem era 80 km/h e agora hoje passou para 70, se
ele mandar multa para todo mundo nós vamos rever
isso até agora.
Como se vê, LÚCIO FUNARO e EDUARDO CUNHA
continuam cometendo crimes, mesmo presos, para a manutenção
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dos interesses da Organização Criminosa, cuja principal intenção é a
obstrução da Justiça.
Por outro lado, segundo se verifica na gravação entregue 7 e no
depoimento colhido, JOESLEY BATISTA se encontrou com RO
DRIGO LOURES na residência deste em Brasília, no dia
16/03/2017". A partir dos 05min35s, JOESLEY explica que existe
um "inquérito administrativo" no CADE de seu interesse e, para
tratar do tema, o advogado do caso teria uma reunião com o supe
rintendente adjunto da autarquia, KENYS MENEZES MACHA
DO, em 20/03/2017. Nesse momento, menciona que foi formula
do um pedido de medida preventiva9 à Superintendência-Geral do
CADE.
Em síntese, a partir de 08min30s, JOESLEY explica que o
Grupo J&F controla a EPE (Empresa Produtora de Energia) de
Cuiabá, indústria termoelétrica, e que, em razão de uma possível
prática anticompetitiva da PETROBRAS, relacionada à aquisição de
gás natural na Bolívia, estaria tendo prejuízos. A PETROBRAS ad
quiriria todo o gás disponível na Bolívia para vender à EPE por um
7 Áudio3[PR216032017.WAV] 8 No8 primeiros minutos da gravação, percebe-se que RODRIGO LOURES apresenta partes da casa
para JOESLEY. !-'ala, por exemplo, a partir de 3min de piscina, da sauna, dos vestiános. 1:: possível verificar, ainda, que, aos 5 min,.JOESLEY fala expressamente o nome do interlocutor.
9 A medida preventiva é uma decisão proferida pclo CADE, por meio do superintendente-geral ou de um de seus conselheiros, de caciter cautelar, que visa à proteção do mercado (e por comequência de competidor(es) guc está(ao) a sofrer pela prática anticompetitiva) em face de conduta ilícita praticada por um agente econômico que s~'ia irreparável ou de dificil reparação. O tema csti disciplinado no art. 84 da l,d 12.529/2011: "A-t. 84. Em quakpw jau do inquirito admini!tratiw para apuração de tnjraç'àes ou do processo adminhtrativo para impo.riçik! de sanções por it!frafÕt.l à ordem econdmica, pockrti o Comefbn"ro-Rtlator ou o Siipfflllfmdenle-Gem4 por iuiciatilld pnipria ou mediante prowca[iio do Promrador-Chtft do Cade, atbtar medida prevellfiva. qlltlntb holfl!8r indicio Oll fimdado receio de que o nprmntado, direta 011 indiretamente. cal/se Olt po.!Sa musar ao mercado {não tmpanivd on rk diflcii npara[iio, ou Wme inificaz o rr:mftado final do proasso. § f f Na medida prroentiJm. determinar-u-ti a imediata <~.Ilação da pnitica e sen:i animada, qlftl!ldo materialmmte po.!.rítlef, a rroenão à situação anten~r. jixa11do multa tlitiria uos termos do art. )9 de.rta Lei. § 2~ Da decisão que adotar medida prr:umtira caberá recurso 111Jiu11tário ao Plmtirio do Tribu11af, em S (ci11co) dias. sem ~(tifo mspenstiiiJ".
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suposto preço abusivo.
O interesse de JOESLEY é no sentido de que a PETRO
BRAS ou não compre o gás (deixando que a EPE adquira direta
mente dos fornecedores bolivianos) ou realize a venda para a EPE
pelo mesmo preço de aquisição. Aos 11rnin50s, JOESLEY estima
que estaria perdendo 1 milhão por dia em razão dessa possível con
duta anticompetitiva da PETROBRAS. JOESLEY chega a fazer um
cálculo rápido, estimando cerca de R$ 300 milhões por ano de fatu
ramento. Para resolver o problema, pede ajuda de RODRIGO
LOURES.
De imediato, RODRIGO LOURES se disponibiliza a ligar ou
para o Superintendente-Geral do CADE, EDUARDO FRADE, ou
para o presidente do CADE em exercício, GILVANDRO ARAÚ
JO. Inicialmente tenta falar com FRADE, que não pôde lhe atender
naquele momento. Depois, pede para a secretária ligar para GIL-
VANDRO.
Após o término da ligação, quando retoma a conversar apenas
com JOESLEY, por volta dos 29min, RODRIGO afirma que GIL
VANDRO teria entendido o recado. Em seguida, JOESLEY ofere
ce a RODRIGO, para a solução dessa questão, o montante de 5%,
que é imediatamente aceito pelo Deputado Federal, que responde:
"Tudo bem, tudo bem". Os interlocutores conversam, ainda, sobre ou
tros temas antes de se despedirem.
Em desdobramentos desse acerto, RICARDO SAUD
encontrou-se com RODRIGO LOURES na cafeteria Santo Grão,
em São Paulo, em 24/04/2017, para tratar do tema referente à
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Empresa Produtora de Energia (Relatório Circunstanciado n°03). Esse
encontro foi monitorado em ação controlada autorümda pelo STF .
Nesta ocasião, RICARDO SAUD e RODRIGO LOURES
trataram de assuntos diversos, especiahnente do tema relacionado
ao CADE, e das repercussões financeiras que importavam a
RODRIGO .
Conforme Relatório Circunstanciado n°03, durante a conversa
RICARDO SAUD lançou mão de anotações para orientar sua
explanação10 e houve o detalhamento do esquema do pagamento da
propina previamente acertada da seguinte maneira: R$ 500.000,00
(quinhentos mil reais) por semana, quando o PLD for fixado com o
preço entre R$ 300,00 e R$ 400,00, e de R$ 1.000.000,00 (um
milhão de reais), quando o PLD ultrapassar os R$ 400,00. O
mencionado PLD é a sigla de "Preço de Liquidação das
10 A cópia das anotações foi disponibilizada pelo próprio executivo da JBS.
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Diferenças", valor ftxado pela Câmara de Comercialização de
Energia Elétrica (CCEE), em R$/MWh, para a comerciali?.ação da
energia11•
Como visto, RICARDO SAUD menc10nou a RODRIGO
LOURES que já existia um crédito de R$ 1.000.000,00 (um milhão
de reais) correspondentes aos períodos de 15/04 a 21/04, somado
ao da semana que estava sendo inaugurada.
Antecipadamente, RODRIGO LOURES menciOnou que
caberia à pessoa de "EDGAR" intermediar tais operações (uma vez
que "outros caminhos estavam congestionados"), chegando a
aventar, ao final, a inserção de alguma empresa para a emissão de
notas fiscais.
No entanto, RODRIGO LOURES foi claro ao afirmar que
submeteria à apreciação de alguém aquelas possibilidades
operacionais, para que, após a aquiescência, pudessem definir o
modo de repasse. Nesse aspecto, destacam-se as intervenções de
RICARDO SAUD na conversa, aludindo duas vezes a "presidente"
- sem ter sido refutado por RODRIGO - ficando claro pelo
contexto que RODRIGO LOURES faria a consulta ao
Presidente da República, MICHEL TEMER.
No dia 28.04.2017 RICARDO SAUD e RODRIGO
LOURES, voltaram a se encontrar na cafeteria Il Barista, situada no
11 Esse escalonamento de valores no pagamento de propina pode ser atribuído à maior rentabilidade que o aumento do PLD proporciona à empresa exploradora de energia pertencente ao Grupo J & F, já que a opemção por ela realizada é de venda. Tal circunstância reforça ainda mais a conexão entre a promessa de pagamento e a solução favorável obtida no CADE.
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3o andar do Shopping Vila Olímpia, em São Paulo12• Por volta das
16h23min, RODRIGO LOURES e RICARDO SAUD
encontraram-se no local combinado, mas RODRIGO sugeriu que
fossem conversar no restaurante Pecorino, situado a poucos
metros. Lá, permaneceram cerca de trinta minutos .
É de observar que, tal como propusera no encontro
anterior, RODRIGO cogita a possibilidade da celebração de
12 De in leio, o local marcado era o restaurante Senzala, localizado à Praça Panamericana n° 99-São Paulo/SP.
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contrato fictício para dar aparência de legalidade à canalização dos
valores semanais 13•
RODRIGO: Agora me diz uma coisa, Ricardo, com relação, com relação a esses honorários ai, tem como fazer ... RICARDO: nota? RODRIGO: De outra forma? RICARDO: Tem ué ... Mas esses t-aras, a nota é um cara da sua cotifiança, total confiança? RODRIGO:é ... RICARDO: Empma antiga? RODRIGO: o problema é o seguinte. é .... RICARDO: Pode fa<Yr. .. RODRIGO: Deixa eu te dizer ... Os canais tradicionais estão todos obstruldos .•. então o que que atontece .. .pmúa é. .. a questão é a questão da estrutura ... então a ideia era verijit-ar nessa questão do.r honoránOs, uma forma tranquila de fai!r isso ... Jem que houvesse ... RICARDO: Não, mas aí tem o imposto ... RODRIGO: Não eu sei disso ... aí, é. .. mas não ... não trmvém, ou pode ser até
que convenha, mas aí eu não fonheço essa Ambar, mmo é que é ... o que que tá ai? RICARDO: A AMBAR? RODRIGO: AMBAR, AMBAR, é ... RICARDO: Não, não faz na AMBAR não porque a AMBAR é de ENERGIA e você mexeu no setor de ENERGIA .. .Af eu faço numa outra, nem]BS também nem nada ... a gente faz .... VIGOR, num trem assim ... que não chama a atenção, agora, eu preciso saber o seguinte, quem que é a empresa?
RICARDO e RODRIGO revisitaram temas do encontro
anterior, no entanto, desceram a detalhes práticos das alternativas que
vislumbraram para a efetivação dos pagamentos semanais. A primeira
delas, que aparentemente não prosperou, envolvia o repasse de valores
13 A partir de 12 min e 20s
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via pessoa jurídica. RICARDO SAUD, inclusive, advertiu que a saída do
dinheiro deveria se dar por empresa diversa da que atuava no ramo de
energia, já que a intervenção de RODRIGO teria ocorrido em questão
afeta àquele segmento.
O que parece ter contato com a aceitação de RODRIGO foi
mesmo a hipótese de entrega de numerário em espécie, nas dependências
da ESCOLA GER.JviiNARE, dadas as características de suas instalações
e pelo fato de já ter servido de local para operações do gênero, como
afirmou RICARDO. Ao tratarem mais a fundo dessa alternativa,
RODRIGO foi claro ao afirmar, em suma, que o "coronel14" não
poderia mais apanhar o dinheiro, razão pela qual, tal tarefa seria confiada
a "EDGAR" ou a "RICARDO", mencionado como "xará".
Neste ponto é que se insere pessoa que chegou ao final da
conversa realizada em 24/04/17, na cafeteria Santo Grão, em São Paulo,
identificada como RICARDO CONRADO "MESQUITA. No encontro
realizado no shopping, ao indicar RICARDO como alternativa para
operar os valores de que tratavam, RODRIGO passou a RICARDO o
cartão abaixo, trazendo à tona a empresa RODRIMAR15•
Ambos saíram do restaurante Pecorino e, após algum tempo,
cerca de meia-hora, tomaram a se encontrar no estacionamento daquele
14 É JOAO BAPTISTA U.MA FILHO, coronel aposentado da PM/SP que
sucedeu MICHEL 1EMER no comando da Secretaria de Segurança Pública
do Estado de São Paulo, ligado à empresa ARGEPLAN, e teria sido local
de entrega de valores destinados a MICHEL 1EMER, conforme TC
Unilateral no 25 "1 milhão a ser entregue, conforme indicação direta e específica
de Temer, em espécie, na Rua Juatuba número 68, Vila Madalena, em São Paulo,
na empresa Argeplan Arquitetun e Engenharia Ltda, que fora feito, em 02.09.2014,
por Florisvaldo, por determinação do depoente.
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17 de 31
•
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mesmo shopping, no local em que RICARDO SAUD havia deixado seu
veículo.
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Era do conhecimento prévio que RICARDO dispunha de
R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) em seu veículo para entregar a
RODRIGO naquele dia. Tais valores estavam acondicionados em
uma pequena mala preta, conforme retratam as fotos
antecipadamente apresentadas pelo colaborador RICARDO SAUD.
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Entretanto, algum motivo detenninou que o Deputado
Federal RODRIGO LOURES não apanhasse o volume naquele
momento, agendando novo encontro imediatamente àquele, a ser
realizado na Pizzaria Camelo, situada na Rua Pamplona, 1873,
Jardins, São Paulo/SP. Efetivamente, ambos se dirigiram ao local
combinado.
Quando eram 18h30min03s, RODRIGO LOURES
ingressou no prédio da Pizzaria Camelo.
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•
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PGR
Após cerca de trinta segundos, RODRIGO sai da
pizzaria pela mesma porta principal e se dirige ao estacionamento
lateral, sem portar qualquer volume.
A entrada de RICARDO SAUD no estacionamento, com
seu veículo Maserati, Placas IYC0014, naqueles instantes, foi
presenciada por Policiais Federais que estavam nas imediações para
proceder à ação controlada. Pouco após, RODRIGO LOURES sai
do estacionamento lateral à pizzaria, passa em frente à portaria da
Pizzaria Camelo portando uma mala preta.
A sequência de imagens ilustra com perfeição o acl!na
narrado:
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deslocou-se de carro em direção a empresa Nutrimental S/ A cujo pro
prietário é o genitor de RODRIGO LOURES, sendo provável que tenha
deixado nas dependências da empresa a mala com os valores recebidos
ilicitamente.
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Esses são os fatos mais relevantes, por ora, colhidos no bojo
das medidas cautelares judiciahnente já deferidas no caso.
III - Do enquadramento ti pico
O deputado federal RODRJGO LOURES, homem de "total
confiança" de :MICHEL TEMER, aceita e recebe com naturalidade
a oferta de propina (5% sobre o benefício econômico a ser auferi
do) feita pelo empresário ] O ESLEY BATISTA, em troca de inter
ceder a favor do Grupo J & F, mais especificamente em favor da
EPE Cuiabá, em processo administrativo que tramita no CADE.
Após esse acordo inicial, momento em que o crime de corrupção se
consumou, o Deputado Federal ainda recebe os valores da propina
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acertada do também colaborador RICARDO SAUD.
Os robustos elementos de prova colhidos em decorrência do
acordo de colaboração premiada e da ação controlada deferida judi
cialmente apontam para os seguintes crimes previstos no Código
Penal:
Corrupção ativa
Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício:
Pena- reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, c multa.
Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou omite ato de oficio, ou o pratica infringindo dever funcional.
( .. .)
Corrupção passiva
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:
Pena- reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
§ 1 o - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.
§ 2° - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
Os elementos de prova revelam também que alguns políticos
continuam a utilizar a estrutura partidária e o cargo para cometerem
crimes em prejuízo do Estado e da sociedade. Com o estabeleci-
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•
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menta de tarefas definidas, o núcleo político da organização crimi
nosa investigada na "Operação Lava Jato" promove interações di
versas com agentes econômicos, com o objetivo de obter vantagens
ilícitas, por meio da prática de crimes, sobretudo a corrupção.
Há, pois, também o indicativo da prática do delito de perti
nência a organização criminosa16, previsto na Lei 12.850/2013 da
seguinte maneira:
Organização Criminosa
Art. 22 Promover, constituir, financiar pessoalmente ou por interposta pessoa, crurunosa:
ou mtegrar, orgaruzação
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem prejuízo das penas correspondentes às demais infrações penais praticadas.
Dessa forma, em razão da adoção de estratégias para
embaraço a investigações referentes a organização criminosa,
especialmente por meto da combinação de versões entre
investigados, inclusive com p-agamento de valores com esse objetivo
a investigados presos, além de alterações legislativas com restrições
a investigações e anistia a atos ilícitos, vislumbra-se também a
possível prática do crime de obstrução à Justiça previsto no §1° do
art. 2o da Lei 12.850/2013:
§ f.ll Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qualquer
16 Assim definida no art. 1o, §lo, da Lei 12.850/2013: "Consitkra-se ot;ganiza;'ào criminara a associação de 4 (qMhv} au mais peuaas Uh'llturalmenle ordenada e rarartelizada pela divisão de tarifas, aútda que informalmente. rom of:jetivo de obter, dirota 011 indiretamente, vantagem tk qualquer nabireza. mediante a prdtica dt ilifraçõN pmair rujas penas máximar Jejam ;upeliom a 4 (q11t1tro) anos, ou q11e sdam de caráter hmunadona!'.
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forma, embaraça a investigação de infração penal que envolva organização cnnunosa.
IV - Da busca e apreensão
Diante desse quadro, mostra-se necessária a realização de
busca e apreensão nos endereços de RODRIGO SANTOS DA
ROCHA LOURES com o objetivo de coletar elementos comproba
tórios dos delitos de recebimento de vantagem indevida e dos cri
mes previstos no art. 2°, caput e §1 °, na forma do § 4°, II, da Lei
12.850/2012.
A medida deve abranger o domicilio pessoal e profissional do
requerido, ante a possibilidade de localização de novas evidências
que possam reforçar o conjunto probatório, de modo a permitir o
deslinde de todas as circunstâncias dos fatos criminosos. :Mister,
portanto, o deferimento da presente medida.
Outrossim, as empresas RODRIMAR c ARGEPLAN foram
utilizadas como local recebimento de vantagens indevidas durante o
esquema criminoso, bem como provavelmente celebraram contra
tos fictícios para dar aparência de legalidade à propina17 •
Para obtenção de um maior lastro probatório acerca dos fatos
investigados, é imprescindível que se promova a busca e apreensão,
com o afastamento da garantia constitucional da inviolabilidade do
miciliar. Sabe-se que a providência de busca e apreensão sujeita-se à
chamada reserva constitucional de jurisdição. Somente o Poder Ju
diciário, no exercício da função jurisdicional, pode autorizá-la. A
17 Conforme depoimentos do colaboradores RICARDO SAUD e FLORISVALDO
CAETANO DE OLIVEIRA {TC Unilatern125 c 38, respectivamente)
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esse respeito, o Supremo Tribunal Federal admo::
"O postulado da resenra constitucional de jurisdição importa em submeter, à esfera única de decisão dos magistrados, a prática de determinados atos cuja realização, por efeito de explícita determinação constante do próprio texto da Carta Política, somente pode emanar do juiz, e não de terceiros, indusive daqueles a quem se haja eventualmente atribuído o exercício de 'poderes de investigação próprios das autoridades judiciais'. A cláusula constirucional da reserva de jurisdição -que incide sobre determinadas matérias, como a busca domiciliar (CF, art. so, XI), a interceptação telefônica (CF, art. 5°, XII) e a decretação da prisão de qualquer pessoa, ressalvada a hipótese de flagrância (CF, art. so, LXI) - traduz a noção de que, nesses temas específicos, assiste ao Poder Judiciário, não apenas o direito de proferir a última palavra, mas, sobretudo, a prerrogativa de dizer, desde logo, a primeira palavra, excluindo-se, desse modo, por força e autoridade do que dispõe a própria Constituição, a possibilidade do exercício de iguais atribuições, por parte de quaisquer outros órgãos ou autoridades do Estado." (Supremo Tribunal Federal. Tribunal Pleno. MS n. 23.452/RJ. Rei. Min. Celso de Mello. Julgado em 16.09.1999. Votação unânime. DJU de 12,05.2000, p. 20)
A determinação de busca e apreensão, como ora se postula,
afasta momentaneamente a garantia constitucional da inviolabilida
de do domicilio, prevista no artigo 5°, inciso XI, da Constituição de
1988. Isso, entretanto, em casos como o dos autos, não representa
ilicitude nenhuma. Com efeito, os direitos fundamentais, principal
mente os de caráter individual, como a inviolabilidade domiciliar,
embora dotados da mais alta hierarquia normativa, são relativos:
"OS DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS NÃO TÊM CARÁTER ABSOLUTO. Não há, no sistema constitucional brasileiro, direitos ou garantias que se revistam de caráter absoluto, mesmo porque razões de relevante interesse público ou exigências derivadas do princípio de convivência das liberdades legitimam, ainda que excepcionalmente, a adoção,
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por parte dos órgãos estatais, de medidas restritivas das prerrogativas individuais ou coletivas, desde que respeitados os termos estabelecidos pela própria Constituição. O estatuto constitucional das liberdades públicas, ao delinear o regime jurídico a que estas estão sujeitas - e considerado o substrato ético que as informa- permite que sobre elas incidam limitações de ordem jurídica, destinadas, de um lado, a proteger a integridade do interesse social e, de outro, a assegurar a coexistência harmoniosa das liberdades, pois nenhum direito ou garantia pode ser exercido em detrimento da ordem pública ou com desrespeito aos direitos e garantias de terceiros." (Supremo Tribunal Federal. Tribunal Pleno. MS n. 23.452/RJ. Rel. Min. Celso de Mello. Julgado em 16.09.1999. Votação unânime. DJU de 12.05.2000, p. 20) .
Na espécie, a pleiteada ordem de busca e apreensão tem por
objetivo, com base no artigo 240 do Código de Processo Penal, ob
ter provas do possível cometimento dos crimes previstos no artigo
1° da Lei n. 9.613/1998, além de outros delitos a eles correlatos no
caso, como corrupção e organi:;r,ação criminosa. Por isso, revela-se
plenamente justificável o episódico afastamento da garantia da invi
olabilidade em prol do resguardo da eficácia da persecução penal. O
interesse individual ao recato há de ceder ao interesse público e co
letivo à repressão criminal Sobre o assunto, ao deparar com casos
análogos à situação sob exame, o Supremo Tribunal Federal já deci
diu:
"Habeas corpus. Constitucional e processual penaL Desentranhamento das provas coligidas e apreendidas no escritório de advocacia do paciente. Extensão da empresa investigada. Mandado de busca e apreensão expedido por autoridade judicial competente. Possibilidade. 1. Restou demonstrado nos autos que o escritório de advocacia onde foram encontrados os documentos que ora se pretende o desentranhamento era utilizado pelo paciente, também, para o gerenciamento dos
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seus negoc1os comerciru.s. O sucesso da busca no escritório de advocacia comprova que, de fato, aquele local era utilizado como sede de negócios outros, além das atividades advocatícias. 2. É adequada a conduta dos policiais federais que estavam autorizados a cumprir os mandados de busca e apreensão, expedidos por autoridade judicial competente, "nas sedes das empresas", com a finalidade de coletar provas relativas aos crimes investigados no inquérito. 3. Habeas corpus denegado." (Supremo Tribunal Federal. Primeira Turma. HC n. 96.407/RS. Rel. Min. Dias Toffoli. Julgado em 06.04.2010. Votação unânime. DJE de 27.05.2010) .
VI - Requerimento
Ante o exposto, o Procurador -Geral da República requer o
seguinte:
1. que seJa determinada a autuação desta petição como
Ação Cautelar, com a decretação de segredo de
justiça;
2. que sep decretado o afastamento da garantia da
inviolabilidade domiciliar no caso, concedendo-se
autorização judicial para realização de busca e
apreensão pela Polícia Federal, acompanhada de
membros do l\finistério Público F cdcral e, se
necessário, Receita Federal do Brasil, para arrecadação
de documentos, livros contábeis e fiscais,
equipamentos, mídias e arquivos eletrônicos, aparelhos
de telefone, valores e objetos relacionados ao caso,
com a expedição dos correspondentes mandados, a
serem cumpridos nos seguintes endereços:
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2.1 - RODRIGO SANTOS DA ROCHA LOURES
a) Rua Mauá 719, Ap 402 A, Alto da Glória,
Curitiba/PR;
b) SHIS Ql 25, CH 22, Casa Lago Sul, Brasilia/DF
c) Av. Cândido de Abreu 776, SL 1801, Centro Cívico,
Curitiba/PR;
d) Rua Professor Pedro Viriato Patigot de Souza, 4554,
Ap 703, Bloco 4, Mossungue, Curitiba/PR
e) Câmara dos Deputados, Gabinete 845, Anexo IV -
Brasilia/DF;
f) Rua Estados Unidos, 411, Sala C-Jardim América
São Paulo/SP;
2.2 - RODRIMAR COMÉRCIO EXTERIOR E
LOGISTICA GLOBAL, com endereço na Rua José
Pinto Blandi, 251, Alemoa, Santos/SP
2.3 - JOÃO BAPTISTA LIMA FILHO, com
endereço na Rua Itajara, 229, Apto 211, Villa
Andrade/SP
2.4 ARGEPLAN ARQUITETURA E
ENGENHARIA LTDA., com endereço na Rua
Juataba, 68, Vila Madalena/SP
2.5 - CONSELHO ADMINISTRATIVO DE
DEFESA ECONÔMICA - CADE, com endereço
na SEPN, Quadra 515, bloco D, lote 04, Asa
Norte/DF.
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3. que seja consignado nos mandados que eles têm por
objeto a coleta de provas referentes à prática de crimes
de lavagem de dinheiro, além de outros a ele correlatos,
como corrupção e organização cnmmosa,
especificamente o seguinte:
3.1 - documentos relacionados aos fatos, tais como
registros e livros contábeis e fiscais, formais ou
informais, agendas, ordens de pagamento, documentos
relacionados à manutenção e movimentação de contas
bancárias no Brasil e no exterior, em nome próprio ou
de terceiros, contratos, notas fiscais, recibos e
quaisquer documentos referentes à solicitação e ao
recebimento de vantagem indevida e na ocultação de
valores;
3.2 - arquivos eletrônicos de qualquer espécie, bem
como seus respectivos suportes físicos, tais como
HDs, laptops, notebooks, pendrives, CDs, DVDs,
smartphones, telefones móveis, agendas eletrônicas,
quando houver suspeita de que contenham material
probatório relevante;
3.3 - valores em espécie em moeda estrangeira ou em
reais de valor igual ou superior a R$ 50.000,00, se
localizadas em endereços de pessoas ftsicas, ou R$
200.000,00, se localizados em endereços de pessoas
jurídicas, desde que não seja apresentada prova
documental cabal de sua origem lícita;
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•
3.4 - objetos relacionados aos fatos, que susatem
suspeita de constituírem produto de lavagem de
dinheiro;
4. que seja autorizado desde logo ao Ivlinistério Público
Federal, à Polícia Federal e, se necessário, a Receita
Federal do Brasil, o acesso a dados armazenados em
a:rqwvos eletrônicos apreendidos, contidos em
quaisquer dispositivos, como HDs, laptops, notebooks,
e pendrives, CDs, DVDs, smartphones, telefones
móveis, agendas eletrônicas;
•
CN/SBIEP
5. que seja determinado que a Polícia Federal cumpra as
diligências simultaneamente, com a máxima discrição,
se necessário com o auxilio de peritos e de outros
agentes públicos, como representantes da Receita
Federal do Brasil.
6. que seJa determinada a manutenção do registro de
"sigiloso" ao presente feito até a conclusão das
diligências e de seus eventuais desdobramentos .
Brasília (Dr), 12 de maio de 2017.
Rodrigo J anot Monteiro de Barros
Procurador-Geral da República
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I A-C
N" 115278/2017
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Termo de recebimento e autuação
Estes autos foram recebidos e autuados nas datas e com as observações abaixo: ACn°4328 PROCED.: DISTRITO FEDERAL ORIGEM. : SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL NÚMERO DO PROCESSO NA ORIGEM : 4328 AUTOR(A/S)(ES): SOB SIGILO PROC.(A/S)(ES): SOB SIGILO
QTD.FOLHAS: 70 QTD.VOLUME: 1 QTD.APENSOS: O
ASSUNTO: DIREITO PROCESSUAL PENAL !Investigação Penal
DATA DE AUTUAÇÃO: 15/05/2017- 18:16:02
CertldAo de dlsbibulçAo
Certifico, para os devidos fins, que estes autos foram dlsbibufdos ao Senhor MIN. EDSON FACHIN, com a adoçAo dos seguintes parAmetros: -Característica da distribuição:PREVENÇÃO DO RELATOR/SUCESSOR - Processo que Justifica a prevenção Relator/Sucessor: INQUÉRITO n° 4483 -Justificativa: RISTF, art. 69, caput Observação: Certifico que, por determinação do Gabinete do Ministro Relator a autuação não foi realizada na Seção de Recebimento e Distribuição de Processos Originários DATA DE DISTRIBUIÇÃO: 15/05/2017-19:01:00
Brasília, 15 de Maio de 2017.
Coordenadoria de Processamento Inicial (documento eletr6nlco)
TERMO DE CONCLUSÃO
Faço estes autos conclusos . ao(a) Excelentíssimo(a) Senhor(a) Mtlltstro(a) Relator(a), ?giTJ ..i. volume(s). \ l
Brasília,.....::t2_de ~de 20.-J.-_]-
Patrícia ~artins- 1775
PATRICIAP, em 15/05/2017 às 19:17.
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•
•
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
Procuradoria-Geral da República
No 119756/2017-GTLJ/PGR Ação Cautelar no 4328 Relator: Ministro Edson Fachin
SIGILOSO
O Procurador-Geral da República, considerando as diligências
de campo realizadas pela Policia Federal no intuito de confirmar os
endereços dos requeridos na cautelar em epígrafe, requer, com base
nos fundamentos já expostos na cautelar suprarreferida:
!!,) a exclusão do (s) seguinte (s) endere~o (s) de:
a.1)- RODRIGO SANTOS DA ROCHA LOURES- Aveni
da Cândido Abreu, 776, SL 1801, Centro Cívico, Curitiba/PR;
a.2)- RODRIGO SANTOS DA ROCHA LOURES - Rua
Professor Pedro Vitiato Parigot de Souza, 4554, apt. 703, Bloco 4,
Mssungue, Curitiba/PR
b- a inclusão do (§) seguinte (s) endere~o (§) de :
b.1) RODRIGO SANTOS DA ROCHA LOURES - Rua
Professor Dano Garcia, 230, casa 08, Vista Alegre, Greennwood
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Procuradoria-Geral da República .i\ledida Cautelar incidental à Pet. n. 6.302
Residence, Curitiba/PR.
c- a alter~ão do (s) seguinte (s) endere~o (s) de:
c.1) JOÃO BAPTISTA LIMA FILHO para a rua ltajara,
299 (e não 229), apt. 211, Villa Andrade/SP;
Brasília (DF), 17 de maio de 2017.
Rodrigo Janot Monteiro de Barros
Procurador-Geral da República
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Tnbunal Federal supremo ·27 oo24925
H/0512017 19.
MINISTÉRIO PÚBLICO FED
Procuradoria-Geral da Reptiblica
N" 120867 /2017-GTLJ/PGR Ação Cautelar no 4328 Relator: Ministro Edson Fachin
SIGILOSO
O Procurador-Geral da República, considerando as diligências
de campo realizadas pela Polida Federal no intuito de confirmar os
endereços dos requeridos na cautelar em epígrafe, requer, com base
nos fundamentos já expostos na cautelru: suprarreferida:
a- a inclusão do (s) seguinte (s) endereço (s) de :
b.1) RODRIMAR COMÉRCIO EXTERIOR LOGÍSTICA
GLOBAL- Rua General Câmara. 141 - térreo (recepção/proto
colo), 3°, 4° e 5° andares, Centro, Santos/SP
RodrigoJan
Procurador-Geral da República
•
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MINISTÉRIO DA .llJSTIÇA MJ ·DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL
SRISP • DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL EM SANTOS NÚCLEO DE INTELIGÊNCIA POLICIAL
L INFORMAÇÀO n• 019117- NIPIDPFISTSISP
DATA: 17 de maio de 2017
DESTINATÁRIO: Chefe do NIP/STSJSP
ASSUNTO: Confirmação de endereço
REFERÊNCIA:
Em resposta a solicitação dessa chefia, para a confirmação do endereço Rua José Pinto Blandi, 251, Alemoa, Santos-SP, como sendo pertencente à RODRIMAR COMÉRCIO EXTERIOR E
LOGÍSTICA GLOBAL, venho informar que:
O endereço em questão realmente pertence ao Grupo RODRIMAR, porém no local
funciona um REDEX- Recinto Especial para Despacho Aduaneiro de Exportação pertencente à empresa. Seguem abaixo descrição da instalação obtida junto ao website da empresa.
Terminal Alemoa III - REDEX
O Terminal A!emoa III- REDEX funciona como REDEX- Recinto Especial para Despacho Aduaneiro de Exportação.
Com habilitação REDEX em caráter permanente, a Rodrimar pode ter a carga de seus clientes exportadores confenda por fiScais da alfândega em seu prôpno terminal. Estâ devidamente estruturada para efetuar todas as operações de recebimento de carga solta, armazenagem, retirada de contêiner vazio, estufagem, armazenamento do contêiner cheio, pré-stacking e entrega no costado do navio.
Seus modernos equipamentos garantem o reconhecimento de excelência pela prestação de serviços, traduzida na conquista dos maiores armadores como clientes.
Infraestrutura e Equipamentos
• 30.000 m2 de Terminal Privado (REDEX)
• 4.000 m2 de área coberta
• Armazém para exportação
• 60 tomadas para reefers
• 4 Reach Stackers
• 7 Empilhadeiras
• Sistema de controle Informatizado
•
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MINISTÉRIO DA ,JliSTIÇA M.J ·DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL
SR!SP ·DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL EM SANTOS NÚCLEO DE INTELIGÉNCIA POLICIAL
Vista do terreno
Portaria
Continuando nossas pesquisas, verificamos que o grupo RODRIMAR possui vários endereços, conforme lista abaixo:
Instalações operacionais • TERMINAL PORTUÃRIO DE CONTÊINERES DO SABOÓ
Avenida Engenheiro Antôn1o Alves Freire, s/n Saboó - Santos- SP (55)- 13 3211-9100
• TERMINAL ALEMOA UI- REDEX E TRANSp-ORTE
Rua José Pinto Blandy, 251 Alemoa - Santos - SP (55) . 13 3295-4151
• ARMAZf:NS III E VIII- EXTERNOS
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MINISTÉRIO DA .IUSTI(A MJ- DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL
SR!SP- DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL EM SA111TOS NÚCLEO DE INTELIGÊNCIA POLICIAL
Avenida Eduardo Pereira Guinle, sJn Docas - Santos - SP (55). 13 3221-7740
• PORTO SECO- RIBEIRÃO PRETO - SP
Via Anhanguera (SP 330)- Km 312 Ribeirão Preto- SP (55)- 16 3615-9160
• PÉROLA TERMINAL DE GRANÉIS
Avenida Eduardo Pereira Guinle, s/n - Armazéns XII e XVII Docas -Santos- SP (55)- 13 3221-4373
• RECIFE -PE
Rua do Progresso, N° 465, Sala 204- EdiflciO Villa Empresarial- Boa Vista CEP 50070-095 Tei./Fax: +55 (81) 3032-0231 I +55 {81) 3037-5156
Escritórios • SÃO PAULO - SP
Av. Ibirapuera, 2033- 13° andar cj. 131 e 132 IndianópoHs - São Paulo - SP CEP: 04029·100 (55) - 11 359+5900
• SANTOS-SP
Rua General Câmara, 141-4° andar Centro - Santos - SP (55) - 13 3202-8200
• GUARULHOS- SP
Aeroporto Internacional de Guarulhos Rod. Hélio Smídt, s/n (55)· 112445·6440 I 55 11 2445-6441 Av. João Jamil Zarif, s/n- Ed. Teça- 3° andar- sala 321 Curnbica- Guarulhos- SP
• VJRACOPOS- SP
Centro Empresarial de Viracopos, sala 211- 2° andar Aeroporto Internacional de Viracopos - Campinas - SP (55)- 19 3225-5299
• PARANAGUÁ
Rua Nestor Victor, No. 198- 2°. Andar- salas 204/ 205 e 206 Bairro João Gualberto- PARANAGUÁ- CEP. 83.203-540 (55)- 41 3423·2322 /J
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MINISTÉRIO DA JliSTIÇA MJ -DEPARTAMENTO DE POLÍCIA t'EI>ERAL
SR/SP- DELEGACIA DE POLÍCIA H:I>ERAL EM SANTOS NÚCLEO DE INTELJGf:NCIA POLICIAL
• rrAJAí- se
Rua Samue! Heusi, 463 - Ed. The Office Sala 907 - go Andar CEP: 88301-JZO- Centro· Itajai- se Telefone: +55 47 3046 8600 Fax: +55 47 3046 86l0
Comparecemos ao endereço Rua General Câmara, 141-42 andar, Centro- Santos- SP, local do escritório base da empresa, sendo que foi possível verificar que a mesma opera não só
no 4!! andar, mas também no térreo (recepção/protocolo), 32 e se andares .
Fachada do edifício
Atenciosamente, /l -"7~ .{t./ /j~f(//
Fabricio PanarieiU /. c~ los Agente de Polícia Federal
Matricula 13785
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AÇÃO CAUTELAR n. 4.328 RELATOR: MIN. EDSON FACHIN REQTE.(S): MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
DECISÃO
1. Trata-se de medida cautelar Procurador-Geral da República (fls. 1-31), no
requerida sentido de
pelo obter
autorização judicial para proceder busca e apreensão em endereços vinculados ao Deputado Federal Rodrigo Santos da Rocha Loures, incluindo-se o seu gabinete na Câmara dos Deputados, além de locais vinculados a outras pessoas físicas e jurídicas, entre eles o CADE - Conselho Administrativo de Defesa Econômica, todos ligados à investigação que apura o possível recebimento, direta ou indiretamente, de vantagens indevidas, conjunto fático que, em tese, evidencia a prática dos crimes de corrupção ativa (art. 333, do Código Penal), corrupção passiva (art. 317, do Código Penal) organização criminosa e obstrução à sua investigação (art. 2º, caput, e art. 2º, §P, da Lei 12.850/2013), com o auxílio dos colaboradores Joesley Batista Mendonça e Ricardo Saud .
Iniciando a fundamentação do seu pedido cautelar, o Procurador-Geral da República enuncia os fatos:
"( ... ) Pelo menos nessas duas oportunidades, JOESLEY
MENDONÇA BATISTA conversou com as autoridades mencionadas sobre as investigações da 'Operação Lava fato' e os inquéritos em que o Grupo J&F era alvo de investigação. Também
para as duas autoridades, Presidente e Senador da República, JOESLEY MENDONÇA BATISTA mencionou que sua situação em primeiro grau de jurisdição estaria 'sendo resolvida', pois estaria tratando de seus casos com um JUlZ ou um procurador da República.
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"( ... ) A Procuradoria-Geral da República foi procurada por
pessoas ligadas ao Grupo ]&F, alvo de múltiplas investigações em diversos juízos e instâncias, com o objetivo de que fosse entabulado acordo de colaboração premiada.
Já no primeiro momento, os elementos probatórios apresentados indicavam que JOESLEY BATISTA, presidente da ]&F Investimentos S.A., e o Diretor de Relações Institucionais do grupo, RICARDO SAUD, estavam pagando propinas regularmente( .. .). Esses pagamentos vinham sendo feito com o aval e incentivo de altas autoridades públicas, notadamente do Partido do Movimento Democrático Brasileiro- PMDB.
( ... ). Em tese, os Jatos narrados pelos colaboradores podem
caracterizar, pela menos, os crimes de Corrupção Passiva e Ativa (art. 317 e art. 333 do CP), Constituição e Participação em Organização Criminosa (art. 2º Lei 12850113), Obstrução à Investigação de Organização Criminosa (art. 2º, § 1', da Lei 12850113).
Nesse contexto, também foi apresentado ao Ministério Público vasto material probatório envolvendo o Deputado Federal Rodrigo Santos da Rocha Loures, ora requerido na presente medida. Conforme será detalhado adiante, os Jatos criminosos imputados a Rodrigo Rocha Loures são gravíssimos, especialmente por se tratar de parlamentar federal que até pouco tempo ocupava cargo de confiança na Presidência da República, sendo considerado uma das pessoas mais próximas ao atual Presidente" (jls. 2-3).
Explicitando sua pretensão, requer "que seja decretado o afastamento da garantia da inviolabilidade domiciliar no caso, concedendose autorização judicial para realização de busca e apreensão pela Polícia Federal, acompanhada de membros do Ministério Público Federal e, se necessário, Receita Federal do Brasil, para arrecadação de documentos, livros contábeis e fiscais, equipamentos, mídias e arquivos eletrônicos, aparelhos de telefone, valores e objetos relacionados ao caso, com a expedição dos correspondentes mandados, a serem cumpridos nos seguintes endereços: ( ... ) RODRIGO SANTOS DA ROCHA LOURES ( ... )
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RODRIMAR COMÉRCIO EXTERIOR E LOGISTICA GLOBAL ( ... ) JOÃO BAPTISTA LIMA FILHO ( ... ) ARGEPLAN ARQUITETURA E ENGENHARIA LTDA. ( ... ) CONSELHO ADMINISTRATIVO DE DEFESA ECONÓMICA - CADE ( ... ) que seja consignado nos mandados que eles têm por objeto a coleta de provas referentes à prática de crimes de lavagem de dinheiro, além de outros a ele correlatos, como corrupção e organização criminosa, especificamente o seguinte: ( ... ) documentos relacionados aos fatos, tais como registros e livros contábeis e fiscais, formais ou informais, agendas, ordens de pagamento, documentos relacionados à manutenção e movimentação de contas bancárias no Brasil e no exterior, em nome próprio ou de terceiros, contratos, notas fiscais, recibos e quaisquer documentos referentes à solicitação e ao recebimento de vantagem indevida e na ocultação de valores; ( ... ) arquivos eletrônicos de qualquer espécie, bem como seus respectivos suportes fisicos, tais como HDs, laptops, notebooks, pendrives, CDs, DVDs, smartphones, telefones móveis, agendas eletrônicas, quando houver suspeita de que contenham material probatório relevante; ( .. .) valores em espécie em moeda estrangeira ou em reais de valor igual ou superior a R$ 50.000,00, se localizadas em endereços de pessoas fisicas, ou R$ 200.000,00, se localizados em endereços de pessoas jurídicas, desde que não seja apresentada prova documental cabal de sua origem lícita; ( ... ) objetos relacionados aos fatos, que suscitem suspeita de constituírem produto de lavagem de dinheiro; ( .. .) que seja autorizado desde logo ao Ministério Público Federal, à Polícia Federal e, se necessário, a Receita Federal do Brasil, o acesso a dados armazenados em arquivos eletrônicos apreendidos, contidos em quaisquer dispositivos, como HDs, laptops, notebooks, pendrives, CDs, DVDs, smartphones, telefones móveis, agendas eletrônicas; ( ... ) que seja determinado que a Polícia Federal cumpra as diligências simultaneamente, com a máxima discrição, se necessário com o auxílio de peritos e de outros agentes públicos, como representantes da Receita Federal do Brasil. ( ... ) que seja determinada a manutenção do registro de 'sigiloso' ao presente feito até a conclusão das diligências e de seus eventuais desdobramentos" (fls. 28-31).
2. Principio anotando que a Constituição Federal, nos termos do art. 5º, XI, prevê que "a casa é asilo inviolável do indivíduo,
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ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial". Acerca da tutela constitucional dispensada à inviolabilidade do domicílio, decidiu o Supremo Tribunal Federal que "para fins da proteção jurídica a que se refere o art. 5', XI, da CF, o conceito normativo de casa revela-se abrangente", o que significa compreender qualquer compartimento privado ou não aberto ao público, inclusive onde alguém exerce profissão ou atividade, corno os escritórios profissionais (HC 82.788, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Segunda Turma, DJ de 2.6.2006).
Nada obstante inserir-se corno garantia fundamental dos brasileiros e estrangeiros residentes no País, a inviolabilidade domiciliar pode ser excepcionada nas hipóteses taxativamente previstas no texto constitucional, não detendo caráter absoluto (RHC 117.159, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 2.12.2013; RHC 86.082, Rel. Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, DJe de 22.8.2008). E ao se decidir pelo afastamento da inviolabilidade do domicílio, deve a autoridade judicial ter em mente as limitações de ordem infraconstitucional, sempre aferindo a presença de razões de interesse público que legitimam a medida restritiva. Enfatizou o Plenário do Supremo Tribunal Federal, em acórdão da lavra do Min. CELSO DE MELLO:
"( ... ) OS DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS NÃO
TÊM CARÁTER ABSOLUTO. Não há, no sistema constitucional brasileiro, direitos ou garantias que se revistam de caráter absoluto, mesmo porque razões de relevante interesse público ou exigências derivadas do princípio de convivência das liberdades legitimam, ainda que excepcionalmente, a adoção, por parte das órgãos estatais, de medidas restritivas das prerrogativas individuais ou coletivas, desde que respeitados os termos estabelecidos pela própria Constituição. O estatuto constitucional das liberdades públicas, ao delinear o regime jurídico a que estas estão sujeitas e considerado o substrato ético que as informa - permite que sobre elas incidam limitações de ordem jurídica, destinadas, de um lado, a proteger a
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integridade do interesse social e, de outro, a assegurar a coexistência harmoniosa das liberdades, pois nenhum direito ou garantia pode ser exercido em detrimento da ordem pública ou com desrespeito aos direitos e garantias de terceiros" (MS 23.452, Dj 12.5.2000).
De outro lado, o Código de Processo Penal, no seu art. 240 e seguintes, determina que a medida cautelar de busca domiciliar depende de ordem judicial devidamente motivada em fundadas razões, que tenham como ponto inicial elementos concretos que indiquem autoria e materialidade de crimes, demonstrando a vinculação entre os que irão sofrer a aludida medida coercitiva e os fatos investigados. Exige-se, ainda, que o mandado seja certo e determinado, apontado o mais precisamente possível o local ou os locais em que será realizada a diligência, bem como fique restrito a coisas, bens e objetos relacionados à investigação ou indispensáveis à prova dos delitos apurados. Também em julgado do Plenário da Corte Suprema, averbou-se que "os limites objetivos e subjetivos da busca e apreensão hão de estar no
ato que a determine, discrepando, a não mais poder, da ordem jurídica em vigor delegar extensão à autoridade policial" (MS 23.454, Min. MARCO AURÉLIO, DJ de 23.4.2004) .
3. No caso, as investigações realizadas até o momento, sob a supervisão do Poder Judiciário, indicam possível ação conjunta dos colaboradores Joesley Mendonça Batista e Ricardo Saud com o Deputado Federal Rodrigo Santos Rocha Loures, sobre quem recaem graves indícios de ter recebido valores indevidos, de forma oculta, ilicitamente. Todo esse cenário justifica a ação invasiva na busca de melhor prova desses crimes, incluindo-se pessoas físicas e jurídicas apontadas no contexto apurado até então.
Registrando a narrativa acerca dos atos investigatórios e os resultados obtidos, descreve a Procuradoria-Geral da República em sua peça exordial:
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"(. .. ) Conforme se depreende da gravação1 (áudio 01) entregue e
do depoimento prestado pelo colaborador, o presidente MICHEL TEMER recebeu JOESLEY BATISTA no dia 07103/2017, por volta das 22h40min, no Palácio do Jaburu, residência oficial do VicePresidente da República. ( .. .) Em razão das investigações decorrentes da 'Operação Lava Jato' ele gostaria de saber com quem deveria falar, quem seria o interlocutor do Presidente da República.
Nesse contexto, é importante registrar que MICHEL TEMER, a partir dos 10min50s, quando JOESLEY fala que perdeu contato com GEDDEL em razão das investigações, demonstra preocupação, afirmando que 'é, tem que tomar cuidado. É complicado'. Logo em seguida, a partir dos 11min30s, os interlocutores tratam do ex-Deputado Federal EDUARDO CUNHA, que se encontra preso. JOESLEY afirma que tem procurado manter boa relação com o ex-parlamentar, mesmo após sua prisão. TEMER confirma a necessidade dessa boa relação: 'tem que manter isso, viu'. JOESLEY fala que segue pagando propina 'todo mês, também' ao EDUARDO CUNHA, acerca da qual há a anuência do Presidente da República.
No contexto dos diálogos fica claro que o interesse em manter os pagamentos de propina para EDUARDO CUNHA está relacionado à possibilidade de CUNHA, caso seja contrariado, possa vir a revelar fatos que comprometam o grupo. A partir dos 16min, verifica-se que TEMER indica o Deputado Federal RODRIGO SANTOS DA ROCHA LOURES, a quem ele chama de RODRIGO, como pessoa de sua extrema confiança, para tratar dos temas de interesse do JOESLEY. E ainda combinam manter, quando houver necessidade, a prática de encontros noturnos no Palácio do Jaburu, sem registros oficiais. TEMER afirma: fazemos como hoje( ... ) funcionou super bem'. ( .. .).
No dia 13/0312017, JOESLEY BATISTA recebeu RODRIGO LOURES na residência do primeiro no bairro Jardim Europa em São Paulo-SPS (áudio 02).
Essa reunião tratou basicamente dos principais interesses políticos e comerciais de JOESLEY BATISTA perante o Governo Federal, cujos pontos foram aprofundados numa reunião seguinte
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'f\-"'
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com os mesmos interlocutores, bem como foram tratados assuntos relacionados a crimes que JOESLEY vem praticando para garantir a combinação de versões com alguns réus da 'Operação Lava Jato', bem como a compra do silêncio deles, por intermédio de pagamentos mensais.
Depois, a partir de lOmin, JOESLEY menciona que tem algumas 'posições-chave' no CADE, na CVM, na Receita Federal, no Banco Central e na PFN, sendo necessário que sejam ocupadas por pessoas capazes de resolver seus problemas, iniciando uma abordagem sobre sua agenda econômica que necessita, direta ou indiretamente, desses órgãos para resolver pendências ou auxilíar no destravamento de negócios de seu grupo econômico, como uma questão jurídica que se encontra no CADE, melhor detalhada na reunião seguinte na casa de RODRIGO, relacionada à sua EPE (Empresa Produtora de Energia) de Cuiabá. A decisão liminar desse órgão de controle da concorrência poderia representar um ganho diário para JOESLEY de um milhão de reais e um ganho anual de R$ 300 milhões de reais, cujo negócio, se fosse bem sucedido, poderia garantir uma propina de 5% aLOURES e TEMER.
Sobre as indicações para tais órgãos, RODRIGO LOURES, no minuto 16, oferta a JOESLEY BATISTA a possibilidade de levar algum nome indicado por ele para o conhecimento do Presidente da República. No contexto dessa conversa, pode-se extrair a real intenção sobre as preocupações nos nomes (15min30s):
JOESLEY - Eu só preciso é resolver meus problemas, se resolver, eu nem, só pra não confundir, as vezes, não é que eu, a eu gostaria que fosse João ou Pedro, João ou Pedro ...
RODRIGO- O importante é que resolva. JOESLEY - Resolve o problema, se resolve, então pronto, é
que eu tenho algumas questões a ser resolvida, e de repente já vamos chamar a ele e testar, falar ôô, ôô Fulano ...
Durante todo o diálogo relacionado à agenda econômica do Grupo J&F, RODRIGO LOURES se mostra interessado e disponível para defender os interesses da empresa, inclusive apresentando nomes de pessoas com quem podia contar, além de estratégias de atuação. Mais que isso, conforme se verifica no Áudio 3, RODRIGO LOURES faz ligações telefônicas, na presença de
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JOESLEY, atuando diretamente com esses outros interlocutores para 'resolver' os problemas do grupo econômico.
Um ponto de destaque no Áudio 2, a partir de 36min20s, reside no fato de que JOESLEY comunica a RODRIGO LOURES uma preocupação com o levantamento do sigilo das colaborações premiadas dos executivos do Grupo Odebrecht, quando se trava um diálogo falando sobre a combinação de versões para defesa dos crimes revelados e, o que é mais grave, JOESLEY relata que vem pagando pela combinação de versões ou silêncio de LÚCIO FUNARO e EDUARDO CUNHA, ambos atualmente presos preventivamente. Ao final, falam sobre a anistia do Caixa 2 para resolver definitivamente esse problema:
( ... ) RODRIGO - Eu acho que esta semana ainda não, muitos
jornais estão dando que já é essa semana. Eu não acho, eu acho que essa que vem. A maior parte do levantamento do sigilo e ... e agora é isso, fazer o que você está fazendo. Se você acha que tem uma porteira lá da fazenda que ficou aberta em algum lugar que precisa fechar, fecha.
JOESLEY- É o que estou fazendo. RODRIGO - Se você tem uma cerca lá na mangueira que,
que tá, se você botar uma pressão ela arrebenta, reforça. ( .. .) RODRIGO - É, e aquilo que está documentada, está
formalizado. JOESLEY- E as partes falando a mesma .. RODRIGO- Mesma linguagem. JOESLEY- Mesma língua e pronto. É o caso do Lúcio, Lúcio
Funaro tá preso, já fui, já deu reportagem na Folha, no Estadão, o promotor me chama, a Polícia Federal me chama, não sei o que, eu tenho uma estória, tu conta, eu vou, pá, e pá, e pronto.
RODRIGO- E ele está alinhado? f JOESLEY- E ele do outro lado também. ( ... ) JOESLEY - Não? Então ... ééé, isso eu vou falar o que eu
acho, tá, porque também o cara tá lá, né? [preso] Nunca mais vi o
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cara na vida. Eu disse pra Michel, desde quando Eduardo foi preso e ele [Funaro], quem está segurando as pontas sou eu. Eu tô ...
RODRIGO LOURES- Cuidando deles lá. ]OESLEY - Dos dois, tanto da família de um, quanto da
família do outro. Isso aparentemente está ... RODRIGO LOURES- Estabilizou. ( .. .) JOESLEY - Uma hora porra! Um hora, né, até essa parede
aqui, se eu ficar batendo nela, batendo, dá uma hora eu derrubo ela, né? Então ... quando estava o Geddel, fava aquela agenda do Caixa 2,
do negócio da autoridade, tinha pelo menos uma luz, né. Agora, e aí nós estamos esperando o que agora? O Caixa 2 eu acho que não adianto mais nada, né, porque se o Caixa 1 é crime, o 2 vira 1, ficou inócua, né, essa medida, né? Quer dizer, é, ah o Caixa 2 não é 2, é 1 f Não, mas o 1 é crime, então ...
R - É mais ainda não consolidou. ]OESLEY- Isso, é. R - Foram três ministros do pleno que julgaram dos onze.
Ainda vai para ... ainda não houve a ... a confirmação dessa decisão, desse entendimento, é ... mas o fato é que lá no Congresso depois esse episódio do [Valdir I Raulp aí, está todo mundo preparado ... eu imagino que foi para aparecer rapidamente um texto, basicamente dizendo o seguinte: Olha aqui, o limite de velocidade até ontem era 80 kmlh e agora hoje passou para 70, se ele mandar multa para todo mundo nós vamos rever isso até agora.
( .. .) Por outro lado, segundo se verifica na gravação entregue e
no depoimento colhido, ]OESLEY BATISTA se encontrou com RODRIGO LOURES na residência deste em Brasília, no dia 16/03120178. A partir dos 05min35s, JOESLEY explica que existe um 'inquérito administrativo' no CADE de seu interesse e, para tratar do tema, o advogado do caso teria uma reunião com o superintendente adjunto da autarquia, KENYS MENEZES MACHADO, em 20103/2017. Nesse momento, menciona que foi formulado um pedido de medida preventiva à SuperintendênciaGeral do CADE.
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Em síntese, a partir de 08min30s, JOESLEY explica que o Grupo J&F controla a EPE (Empresa Produtora de Energia) de Cuiabá, indústria termoelétrica, e que, em razão de uma possível prática anticompetitiva da PETROBRAS, relacionada à aquisição de gás natural na Bolívia, estaria tendo prejuízos. A PETROBRAS adquiriria todo o gás disponível na Bolívia para vender à EPE por um suposto preço abusivo.
O interesse de JOESLEY é no sentido de que a PETROBRAS ou não compre o gás (deixando que a EPE adquira diretamente dos fornecedores bolivianos) ou realize a venda para a EPE pelo mesmo preço de aquisição. Aos llminSOs, JOESLEY estima que estaria perdendo 1 milhão por dia em razão dessa possível conduta anticompetitiva da PETROBRAS. JOESLEY chega a fazer um cálculo rápido, estimando cerca de R$ 300 milhões por ano de faturamento. Para resolver o problema, pede ajuda de RODRIGO LOURES.
De imediato, RODRIGO LOURES se disponibiliza a ligar ou para o Superintendente-Geral do CADE, EDUARDO FRADE, ou para o presidente do CADE em exercício, GILVANDRO ARAÚJO. Inicialmente tenta falar com FRADE, que não pôde lhe atender naquele momento. Depois, pede para a secretária ligar para GILVANDRO.
Após o término da ligação, quando retoma a conversar apenas com JOESLEY, por volta dos 29min, RODRIGO afirma que GILVANDRO teria entendido o recado. Em seguida, JOESLEY oferece a RODRIGO, para a solução dessa questão, o montante de 5%, que é imediatamente aceito pelo Deputado Federal, que responde: 'Tudo bem, tudo bem'. Os interlocutores conversam, ainda, sobre outros temas antes de se despedirem.
Em desdobramentos desse acerto, RICARDO SAUD encontrou-se com RODRIGO LOURES na cafeteria Santo Grão, em São Paulo, em 24/0412017, para tratar do tema referente à Empresa Produtora de Energia (Relatório Circunstanciado nº03). Esse encontro foi monitorado em ação controlada autorizada pelo STF.
( ... )
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Nesta ocasião, RICARDO SAUD e RODRIGO LOURES trataram de assuntos diversos, especialmente do tema relacionado ao CADE, e das repercussões financeiras que importavam a RODRIGO.
Conforme Relatório Circunstanciado nº 03, durante a conversa RICARDO SAUD lançou mão de anotações para orientar sua explanação e houve o detalhamento do esquema do pagamento da propina previamente acertada da seguinte maneira: R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) por semana, quando o PLD for fixado com o preço entre R$ 300,00 e R$ 400,00, e de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), quando o PLD ultrapassar os R$ 400,00. O mencionado PLD é a sigla de 'Preço de Liquidação das Diferenças', valor fixado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), em R$/MWh, para a comercialização da energza.
Como visto, RICARDO SAUD mencionou a RODRIGO LOURES que já existia um crédito de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) correspondentes aos períodos de 15/04 a 21104, somado ao da semana que estava sendo inaugurada.
Antecipadamente, RODRIGO LOURES mencionou que caberia à pessoa de 'EDGAR' intermediar tais operações (uma vez que 'outros caminhos estavam congestionados'), chegando a aventar, ao final, a inserção de alguma empresa para a emissão de notas fiscais .
No entanto, RODRIGO LOURES foi claro ao afirmar que submeteria à apreciação de alguém aquelas possibilidades operacionais, para que, após a aquiescência, pudessem definir o modo de repasse. Nesse aspecto, destacam-se as intervenções de RICARDO SAUD na conversa, aludindo duas vezes a 'presidente' -sem ter sido refutado por RODRIGO- ficando claro pelo contexto que RODRIGO LOURES faria a consulta ao Presidente da República, MICHEL TEMER.
No dia 28.04.2017 RICARDO SAUD e RODRIGO LOURES, voltaram a se encontrar na cafeteria I1 Barista, situada no 3' andar do Shopping Vila O/ímpia, em São Paulo. Por volta das 16h23min, RODRIGO LOURES e RICARDO SAUD encontraram-se no local combinado, mas RODRIGO sugeriu que
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fossem conversar no restaurante Pecoríno, situado a poucos metros. Lá, permaneceram cerca de trinta minutos.
( ... ) É de observar que, tal como propusera no encontro anterior,
RODRIGO cogita a possibilidade da celebração de contrato fictício para dar aparência de legalidade à canalização dos valores semanais.
RODRIGO :Agora me diz uma coisa, Ricardo, com relação, com relação a esses honorários aí, tem como fazer ...
RICARDO: nota? RODRIGO: De outra forma? RICARDO : Tem ué ... Mas esses caras, a nota é um cara da
sua confiança, total confiança? RODRIGO: é ... RICARDO: Empresa antiga? RODRIGO: o problema é o seguinte, é .... RICARDO : Pode fazer ... RODRIGO: Deixa eu te dizer ... Os canais tradicionais estão
todos obstruídos ... então o que que acontece ... precisa é ... a questão é a questão da estrutura ... então a ideia era verificar nessa questão dos honorários, uma forma tranquila de fazer isso ... sem que houvesse ...
RICARDO: Não, mas aí tem o imposto .. . RODRIGO : Não eu sei disso ... aí, é ... mas não ... não convém,
ou pode ser até que convenha, mas aí eu não conheço essa Ambar, como é que é ... o que que tá ai?
RICARDO: A AMBAR? RODRIGO: AMBAR, AMBAR, é ... RICARDO : Não, não faz na AMBAR não porque a
AMBAR é de ENERGIA e você mexeu no setor de ENERGIA ... Aí eu faço numa outra, nem JBS também nem nada ... a gente faz .... VIGOR, num trem assim ... que não chama a atenção, agora, eu preciso saber o seguinte, quem que é a empresa?
RICARDO e RODRIGO revisitaram temas do encontro anterior, no entanto, desceram a detalhes práticos das alternativas que vislumbraram para a efetivação dos pagamentos semanais. A primeira delas, que aparentemente não prosperou, envolvia o repasse de valores via pessoa jurídica. RICARDO SAUD, inclusive, advertiu que a saída do dinheiro deveria se dar por
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empresa diversa da que atuava no ramo de energia, já que a intervenção de RODRIGO teria ocorrido em questão afeta àquele segmento.
O que parece ter contado com a aceitação de RODRIGO foi mesmo a hipótese de entrega de numerário em espécie, nas dependências da ESCOLA GERMINARE, dadas as características de suas instalações e pelo fato de já ter servido de local para operações do gênero, como afirmou RICARDO. Ao tratarem mais a fundo dessa alternativa, RODRIGO foi claro ao afirmar, em suma, que o 'coronel' não poderia mais apanhar o dinheiro, razão pela qual, tal tarefa seria confiada a 'EDGAR' ou a 'RICARDO', mencionado como 'xará' .
Neste ponto é que se insere pessoa que chegou ao final da conversa realizada em 24104117, na cafeteria Santo Grão, em São Paulo, identificada como RICARDO CONRADO MESQUITA. No encontro realizado no shopping, ao indicar RICARDO como alternativa para operar os valores de que tratavam, RODRIGO passou a RICARDO o cartão abaixo, trazendo à tona a empresa RODRIMAR.
Ambos saíram do restaurante Pecorino e, após algum tempo, cerca de meia-hora, tornaram a se encontrar no estacionamento daquele mesmo shopping, no local em que RICARDO SAUD havia deixado seu veículo.
( .. .) Era do conhecimento prévio que RICARDO dispunha de R$
500.000,00 (quinhentos mil reais) em seu veículo para entregar a RODRIGO naquele dia. Tais valores estavam acondicionados em uma pequena mala preta, conforme retratam as fotos antecipadamente apresentadas pelo colaborador RICARDO SA UD.
( .. .) Entretanto, algum motivo determinou que o Deputado
Federal RODRIGO LOURES não apanhasse o volume naquele momento, agendando novo encontro imediatamente àquele, a ser realizado na Pizzaria Camelo, situada na Rua Pamplona, 1873, Jardins, São Paulo!SP. Efetivamente, ambos se dirigiram ao local combinado.
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Quando eram 18h30min03s, RODRIGO LOURES ingressou no prédio da Pizzaria Camelo.
( ... ) Após cerca de trinta segundos, RODRIGO sai da pizzaria
pela mesma porta principal e se dirige ao estacionamento lateral, sem portar qualquer volume.
A entrada de RICARDO SAUD no estacionamento, com seu veículo Maserati, Placas IYC0014, naqueles instantes, foi presenciada por Policiais Federais que estavam nas imediações para proceder à ação controlada. Pouco após, RODRIGO LOURES sai do estacionamento lateral à pizzaria, passa em frente à portaria da Pizzaria Camelo portando uma mala preta .
A sequência de imagens ilustra com perfeição o acima narrado:
(. .. ) Note-se que após sair da Pizzaria Camelo, RODRIGO
LOURES ( .. .) deslocou-se de carro em direção a empresa Nutrimental 5/A cujo proprietário é o genitor de RODRIGO LOURES, sendo provável que tenha deixado nas dependências da empresa a mala com os valores recebidos ilicitamente.
( ... ) Esses são os fatos mais relevantes, por ora, colhidos no bojo
das medidas cautelares judicialmente já deferidas no caso" (fls. 3-22) .
4. Nada obstante as diligências empreendidas, o Procurador-Geral da República, diante da existência dos indícios já obtidos, na busca de outros elementos a formar sua opinio delicti, afirma que se mostra imprescindível a medida de busca e apreensão, em especial para coleta e preservação de material probatório tais como documentos, valores em espécie, objetos relacionados aos fatos e arquivos eletrônicos, bem como seus suportes físicos (Hds, laptops, tablets, notebooks, pendrives, Cds, DVDs, smartphones, telefones móveis, agendas eletrônicas), salvo se houver certeza de que não contenham algo relevante relacionado aos eventos em apuração. Essa medida poderá auxiliar e confirmar a
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participação direta das referidas pessoas no esquema acima relatado.
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Convém ressaltar que a pretensão, nos moldes em que formulada pelo Procurador-Geral da República, está circunscrita a
pessoas físicas e jurídicas vinculadas aos fatos em questão. Ao lado disso, os locais de busca estão todos devidamente individualizados, limitando-se a endereços certos.
Nesse particular, anoto que, ao lado do investigado principal, Deputado Federal Rodrigo Santos da Rocha Loures, há referências envolvendo pessoas físicas e jurídicas, corno João Baptista Lima Filho, que seria o citado "Coronel", ligado à empresa Argeplan Arquitetura e Engenharia Ltda. A esse respeito, cito nota de rodapé à fi. 17:
"É JOÃO BAPTISTA LIMA FILHO, coronel aposentado da PMISP que sucedeu MICHEL TEMER no comando da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, ligado à empresa ARGEPLAN, e teria sido local de entrega de valores destinados a MICHEL TEMER, conforme TC Unilateral nº 25 1 milhão a ser entregue, conforme indicação direta e especifica de Temer, em espécie, na Rua Juatuba número 68, Vila Madalena, em São Paulo, na empresa Argeplan Arquitetura e Engenharia Ltda, que fora feito, em 02.09.2014, por Florisvaldo, por determinação do depoente" .
A empresa Rodrimar Comércio Exterior e Logística Global também se insere nos fatos, pois, como dito acima, ocorreu a entrega do cartão dessa pessoa jurídica quando da conversa entre o parlamentar investigado e o colaborador Ricardo Saud.
A respeito da diligência junto ao CADE - Conselho Administrativo de Defesa Econômica, por não haver outras indicações na peça ofertada pelo Procurador-Geral da República, deve se ater, especificamente, a coleta de informações e documentos relacionados ao caso envolvendo a Petrobras S/ A e a EPE do grupo empresarial J&F em Cuiabá.
Por fim, há pedido de busca e apreensão na Câmara dos Deputados, especificamente no Gabinete 845, Anexo IV, na Capital
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Federal, ocupado pelo Deputado Federal Rodrigo Santos da Rocha Loures.
O Supremo Tribunal Federal, por mais de urna vez, já autorizou esse tipo de diligência, estando inclusive chancelada a atuação pelo Plenário da Corte. Relernbro julgado relatado pelo saudoso Min. TEORI ZA V ASCKI:
"PROCESSO PENAL. INQUÉRITO ENVOLVENDO DEPUTADO FEDERAL. DILIGÊNCIA INVESTIGATÓRIA NAS DEPENDÊNCIAS DA CÂMARA SEM PRÉVIA AUTORIZAÇÃO DA MESA DIRETORA. LEGITIMIDADE. 1. Não ofende os princípios da separação e da harmonia entre os Poderes do Estado a decisão do Supremo Tribunal Federal que, em inquérito destinado a apurar ilícitos penais envolvendo deputado federal, determinou, sem prévia autorização da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, a coleta de dados telemáticos nas dependências dessa Casa Legislativa. Além de não haver determinação constitucional nesse sentido, a prévia autorização poderia, no caso, comprometer a eficácia da medida cautelar pela especial circunstância de o Presidente da Câmara, à época, estar ele próprio sendo investigado perante a Suprema Corte. 2. Agravo regimental conhecido e desprovido" (AgR na AC 4.005, DJe de 3.8.2016).
A par disso, entendo necessário que o cumprimento da medida, corno acontece, por exemplo, com os profissionais da advocacia, seja acompanhado de representante da Mesa Diretora ou funcionário indicado pelo Presidente da Câmara dos Deputados na ocasião de sua execução, devendo a autoridade policial, de modo fundamentado, explicitar no auto de busca e apreensão a razão de cada objeto ou documento apreendido, demonstrando desde logo sua pertinência com a investigação em curso.
À luz dessas considerações, tenho corno justificada a relação necessária entre as diligências requeridas e os correlatos fatos a serem apurados, assinalando que o conjunto das informações até o momento coligidas traz um quadro indiciário contundente da
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prática de crimes de singular gravidade, inclusive contra a própria administração da justiça.
5. Ante o exposto, defiro o pedido do Procurador-Geral da República, autorizando a busca e apreensão nos endereços arrolados à fl. 29 da peça exordial, com as exclusões e inclusão postuladas no aditamento, observadas todas as especificações apontadas na sequência, especialmente: (a) com relação ao CADE -Conselho Administrativo de Defesa Econômica, cingir-se a diligência à coleta de informações e documentos relacionados ao caso envolvendo a Petrobras S/ A e a EPE do grupo empresarial J&F em Cuiabá; (b) quanto ao gabinete do Deputado Federal Rodrigo Santos Rocha Loures, na Câmara dos Deputados, determino a participação de representante da Mesa Diretora ou funcionário indicado pelo Presidente da Câmara dos Deputados, competindo a autoridade policial fundamentar no auto de busca e apreensão a razão de cada objeto ou documento apreendido, demonstrando a pertinência com a investigação em curso.
Expeçam-se os mandados de busca e apreensão, nos termos do art. 243 do Código de Processo Penal e com as ressalvas aqui impostas, com a referência de que a medida tem por finalidade coletar provas referentes à prática de crimes contra a administração pública e a administração da justiça, além de outros a ele correlatos, como organização criminosa.
As referidas ordens deverão ser entregues em mãos ao Procurador-Geral da República ou a pessoa por ele indicada, a fim de que sejam posteriormente repassadas à autoridade policial para pronto cumprimento.
Autorizo, desde logo, o acesso, pela autoridade policial e ou Ministério Público Federal, aos documentos e dados armazenados em eventuais computadores e arquivos eletrônicos apreendidos, devendo ser incluída essa autorização nos mandados expedidos.
O cumprimento das ordens deve ocorrer, sob as penas da lei, com a máxima discrição e com a menor ostensividade, com
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estrita observância do disposto no art. 245 e art. 248 do Código de Processo Penal, havendo auxílio de força policial somente em caso de extrema necessidade. Poderá, não obstante, a autoridade policial valer-se de peritos e outros agentes públicos, como membros do Ministério Público e da Receita Federal do Brasil, sendo vedada a presença de pessoas estranhas. Atente-se à Recomendação n. 18, de 3.11.2008, do Conselho Nacional de Justiça
Após a execução desta medida cautelar, deverá a autoridade policial e/ou Ministério Público Federal comunicar imediatamente o resultado das diligências, quando será decidido acerca do sigilo dos autos .
Intime-se o Procurador-Geral da República. Brasília, 17 de maio de 2017.
====/~ '1 Ministro Edson Fachin
Relator
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SIGILOS
MANDADO DE INTIMAÇÃO
AÇÃO CAUTELAR N. 4.328
(Seção de Processos Originários Criminais)
O Ministro EDSON FACHIN, do Supremo Tribunal Federal, Relator do e processo em epígrafe,
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MANDA
que o Oficial de Justiça, em cumprimento ao presente, INTIME o Ministério Público Federal, na pessoa do Procurador-Geral da República, ou a quem suas vezes fizer, do inteiro teor do(a) despacho/decisão de cópia em anexo.
Dado e passado na Secretaria Judiciária do Supremo Tribunal Federal, em 17 de maio de 2017 .
/im
=----(~ Ministro EDSON FACHIN
Relator
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SIGILOS
MANDADO DE BUSCA E APREENSÃO N°1/l
AÇÃO CAUTELAR N° 4328
O Ministro EDSON FACHIN, Relator, nos termos dos artigos 240 a 250 do Código de Processo Penal e da decisão proferida nos autos identificados em epígrafe,
M A N D A o Departamento de Polícia Federal DPF proceder à busca e
apreensão, a ser efetivada no endereço situado na Rua Mauá, 719, Ap. 402-A, Alto da G1ória, Curitiba/PR, observando-se que a medida tem por finalidade coletar provas referentes à prática de crimes de crimes contra a administração pública e a administração de justiça, além de outros a eles correlatos, como organização criminosa, especificamente: 1 documentos relacionados aos fatos, tais como registros e livros contábeis e fiscais, formais ou informais, agendas, ordens de pagamento, documentos relacionados à manutenção e movimentação de contas bancárias no Brasil e no exterior, em nome próprio ou de terceiros, contratos, notas fiscais, recibos e quaisquer documentos referentes à solicitação e ao recebimento de vantagem indevida e na ocultação de valores em nome de Rodrigo Santos Rocha Loures; 2 - arquivos eletrônicos de qualquer espécie, bem como seus respectivos suportes físicos, tais como HDs, laptops, tablets, notebooks, pendrives, CDs, DVDs, smartphones, telefones móveis, agendas eletrônicas, quando houver suspeita de que contenham material probatório relevante; 3 - valores em espécie em moeda estrangeira ou em reais de valor igual ou superior a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), se localizados em endereços de pessoas físicas, ou R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), se localizados em endereços de pessoas jurídicas, desde que não seja apresentada prova documental cabal de sua origem lícita; 4 objetos relacionados aos fatos, especialmente bens de luxo que suscitem suspeita de constituírem produto de lavagem de dinheiro, tais como joias, relógios e obras de arte. Também está autorizado, desde logo, o acesso, pela autoridade policial e/ou Ministério Público Federal, aos documentos e dados armazenados em eventuais computadores e arquivos eletrônicos apreendidos. O cumprimento das ordens, sob as penas da lei, deve ocorrer com a máxima discrição e com a menor ostensividade, em estrita observância do disposto no art. 245 e art. 248 do Código de Processo Penal, havendo auxílio de força policial somente em caso de extrema necessidade. Poderá a autoridade policial, não obstante, valer se de peritos e outros agentes públicos, como membros do Ministério Público e da Receita Federal do Brasil, sendo vedada a presença de pessoas estranhas. Atente-se à Recomendação n. 18, de 3.11.2008, do Conselho Nacional de Justiça. Após a execução desta medida cautelar, deverá a autoridade policial e/ou Ministério Público Federal comunicar imediatamente o resultado das diligências, quando será apreciado o pedido de levantamento de sigilo dos autos.
de 2017. DADO E PASSADO na secretar:·:a~d:o:~s~u:p:r~e;m;~s~~~l~~F;e~d~e:ral, em 17 de maio
Ministro EDSON FACHIN Relator
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SIGILOS
MANDADO DE BUSCA E APREENSÃO N°1/2
AÇÃO CAUTELAR N° 4328
O Ministro EDSON FACHIN, Relator, nos termos dos artigos 240 a 250 do Código de Processo Penal e da decisão proferida nos autos identificados em epígrafe,
M A N D A o Departamento de Polícia Federal - DPF proceder à busca e apreensão, a ser efetivada no endereço situado no SHIS QI 25, CH 22, Casa, Lago Su1, Brasília/DF, observando-se que a medida tem por finalidade coletar provas referentes à prática de crimes de crimes contra a administração pública e a administração de justiça, além de outros a eles correlatos, como organização criminosa, especificamente: 1 documentos relacionados aos fatos, tais como registros e livros contábeis e fiscais, formais ou informais, agendas, ordens de pagamento, documentos relacionados à manutenção e movimentação de contas bancárias no Brasil e no exterior, em nome próprio ou de terceiros, contratos, notas fiscais, recibos e quaisquer documentos referentes à solicitação e ao recebimento de vantagem indevida e na ocultação de valores em nome de Rodrigo Santos Rocha Loures; 2 - arquivos eletrônicos de qualquer espécie, bem como seus respectivos suportes físicos, tais como HDs, laptops, tablets, notebooks, pendrives, CDs, DVDs, smartphones, telefones móveis, agendas eletrônicas, quando houver suspeita de que contenham material probatório relevante; 3 - valores em espécie em moeda estrangeira ou em reais de valor igual ou superior a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), se localizados em endereços de pessoas físicas, ou R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), se localizados em endereços de pessoas jurídicas, desde que não seja apresentada prova documental cabal de sua origem lícita; 4 objetos relacionados aos fatos, especialmente bens de luxo que suscitem suspeita de constituírem produto de lavagem de dinheiro, tais como joias, relógios e obras de arte. Também está autorizado, desde logo, o acesso, pela autoridade policial e/ou Ministério Público Federal, aos documentos e dados armazenados em eventuais computadores e arquivos eletrônicos apreendidos. O cumprimento das ordens, sob as penas da lei, deve ocorrer com a máxima discrição e com a menor ostensividade, em estrita observância do disposto no art. 245 e art. 248 do Código de Processo Penal, havendo auxílio de força policial somente em caso de extrema necessidade. Poderá a autoridade policial, não obstante, valer se de peritos e outros agentes públicos, como membros do Ministério Público e da Receita Federal do Brasil, sendo vedada a presença de pessoas estranhas. Atente-se à Recomendação n. 18, de 3.11.2008, do Conselho Nacional de Justiça. Após a execução desta medida cautelar, deverá a autoridade policial e/ou Ministério Público Federal comunicar imediatamente o resultado das diligências, quando será apreciado o pedido de levantamento de sigilo dos autos.
DADO E PASSADO na Secretaria ~d~o:._s~u~p~r~e~m:~~~2:•=l~F~ederal, em 17 de maio de 2017. ...
Ministro EDSON FACHIN Rel.ator
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MANDADO DE BUSCA E APREENSÃO N°l/3
AÇÃO CAUTELAR N° 4328
O Ministro EDSON FACHIN, Relator, nos termos dos artigos Código de Processo Penal e da decisão proferida nos autos em epígrafe,
MANDA
SIGILOS
240 a 250 do identificados
o Departamento de Polícia Federal - DPF proceder à busca e apreensão, com o acompanhamento de representante da Mesa Diretora ou funcionário indi.cado pelo Presidente da Câmara dos Deputados, a ser efetivada na Câmara dos Deputados, Gabinete 845, Anexo IV - Brasília/DF, observando-se que a medida tem por finalidade coletar provas referentes à prática de crimes de crimes contra a administração pública e a administração de justiça, além de outros a eles correlatos, como organização criminosa, especificamente: 1 documentos relacionados aos fatos, tais como registros e livros contábeis e fiscais, formais ou informais, agendas, ordens de pagamento, documentos relacionados à manutenção e movimentação de contas bancárias no Brasil e no exterior, em nome próprio ou de terceiros, contratos, notas fiscais, recibos e quaisquer documentos referentes à solicitação e ao recebimento de vantagem indevida e na ocultação de valores em nome de Rodrigo Santos Rocha Loures; 2 - arquivos eletrônicos de qualquer espécie, bem como seus respectivos suportes físicos, tais como HDs, laptops, tablets, notebooks, pendrives, CDs, ovos, smartphones, telefones móveis, agendas eletrônicas, quando houver suspeita de que contenham material probatório relevante; 3 - valores em espécie em moeda estrangeira ou em reais de valor igual ou superior a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), se localizados em endereços de pessoas físicas, ou R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), se localizados em endereços de pessoas jurídicas, desde que não seja apresentada prova documental cabal de sua origem lícita; 4 objetos relacionados aos fatos, especialmente bens de luxo que suscitem suspeita de constituírem produto de lavagem de dinheiro, tais como joias, relógios e obras de arte. A razão da apreensão de cada objeto ou documento deve ser fundamentada pela autoridade policial no auto de busca e apreensão, demonstrando a pertinência com a investigação em curso. Também está autorizado, desde logo, o acesso, pela autoridade policial e/ou Ministério Público Federal, aos documentos e dados armazenados em eventuais computadores e arquivos eletrônicos apreendidos. O cumprimento das ordens, sob as penas da lei, deve ocorrer com a máxima discrição e com a menor ostensividade, em estrita observância do disposto no art. 245 e art. 248 do Código de Processo Penal, havendo auxílio de força policial somente em caso de extrema necessidade. Poderá a autoridade policial, não obstante, valer-se de peritos e outros agentes públicos, como membros do Ministério Público e da Receita Federal do Brasil, sendo vedada a presença de pessoas estranhas. Atente-se à Recomendação n. 18, de 3.11.2008, do Conselho Nacional de Justiça.Após a execução desta m~
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SIGILOS
cautelar, deverá a autoridade policial e/ou Ministério Público Federal comunicar imediatamente o resultado das diligências, quando será apreciado o pedido de levantamento de sigilo dos autos. DADO E PASSADO na Secretaria do Supremo Tribunal Federal, em 17 de maio de 2017.
=vb;-2= Ministro EDSON FACHIN
Rel.ator
L-----------------------------------
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SIGILOS
MANDADO DE BUSCA E APREENSÃO N°l/4
AÇÃO CAUTELAR N° 4328
O Ministro EDSON FACHIN, Relator, nos termos dos artigos 240 a 250 do Código de Processo Penal e da decisão proferida nos autos identificados em epígrafe,
M A N D A o Departamento de Polícia Federal - DPF proceder à busca e apreensão, a ser efetivada no endereço situado na Rua Estados Unidos, 411, Sala c - Jardim América, São Paulo/SP, observando-se que a medida tem por finalidade coletar provas referentes à prática de crimes de crimes contra a administração pública e a administração de justiça, além de outros a eles correlatos, como organização criminosa, especificamente: 1 documentos relacionados aos fatos, tais como registros e livros contábeis e fiscais, formais ou informais, agendas, ordens de pagamento, documentos relacionados à manutenção e movimentação de contas bancárias no Brasil e no exterior, em nome próprio ou de terceiros, contratos, notas fiscais, recibos e quaisquer documentos referentes à solicitação e ao recebimento de vantagem indevida e na ocultação de valores em nome de Rodrigo Santos Rocha Loures; 2 arquivos eletrônicos de qualquer espécie, bem como seus respectivos suportes físicos, tais como HDs, laptops, tablets, notebooks, pendríves, CDs, OVOs, smartphones, telefones móveis, agendas eletrônicas, quando houver suspeita de que contenham material probatório relevante; 3 valores em espécie em moeda estrangeira ou em reais de valor igual ou superior a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), se localizados em endereços de pessoas físicas, ou R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), se localizados em endereços de pessoas jurídicas, desde que não seja apresentada prova documental cabal de sua origem lícita; 4 - objetos relacionados aos fatos, especialmente bens de luxo que suscitem suspeita de constituírem produto de lavagem de dinheiro, tais como joias, relógios e obras de arte. Também está autorizado, desde logo, o acesso, pela autoridade policial e/ou Ministério Público Federal, aos documentos e dados armazenados em eventuais computadores e arquivos eletrônicos apreendidos. O cumprimento das ordens, sob as penas da lei, deve ocorrer com a máxima discrição e com a menor ostensividade, em estrita observância do disposto no art. 245 e art. 248 do Código de Processo Penal, havendo auxílio de força policial somente em caso de extrema necessidade. Poderá a autoridade policial, não obstante, valer-se de peritos e outros agentes públicos, como membros do Ministério Público e da Receita Federal do Brasil, sendo vedada a presença de pessoas estranhas. Atente-se à Recomendação n. 18, de 3.11.2008, do Conselho Nacional de Justiça. Após a execução desta medida cautelar, deverá a autoridade policial e/ou Ministério Público Federal comunicar imediatamente o resultado das quando será apreciado o pedido de levantamento de si DADO E PASSADO na Secretaria do Suprem Federal, em 17 de maio de 2017.
Ministro EDSON FACHIN Relator
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SIGILOS
MANDADO DE BUSCA E APREENSÃO N°l/5
AÇÃO CAUTELAR N° 4328
o Ministro EDSON FACHIN, Relator, nos termos dos artigos 240 a 250 do Código de Processo Penal e da decisão proferida nos autos identificados em epígrafe,
M A N D A o Departamento de Polícia Federal - DPF proceder à busca e apreensão, a ser efetivada no endereço situado na Rua Professor Dano Garcia, 230, casa 8, Vista Alegre, Greennwood Resid.ence, Curi tiba/PR, observando-se que a medida tem por finalidade coletar provas referentes à prática de crimes de crimes contra a administração pública e a administração de justiça, além de outros a eles correlatos, como organização criminosa, especificamente: 1 - documentos relacionados aos fatos, tais como registros e livros contábeis e fiscais, formais ou informais, agendas, ordens de pagamento, documentos relacionados à manutenção e movimentação de contas bancárias no Brasil e no exterior, em nome próprio ou de terceiros, contratos, notas fiscais, recibos e quaisquer documentos referentes à solicitação e ao recebimento de vantagem indevida e na ocultação de valores em nome de Rodrigo Santos Rocha Loures; 2 - arquivos eletrônicos de qualquer espécie, bem como seus respectivos suportes físicos, tais como HDs, laptops, tablets, notebooks, pendrives, CDs, DVDs, smartphones, telefones móveis, agendas eletrônicas, quando houver suspeita de que contenham material probatório relevante; 3 - valores em espécie em moeda estrangeira ou em reais de valor igual ou superior a R$ 50,000,00 (cinquenta mil reais), se localizados em endereços de pessoas físicas, ou R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), se localizados em endereços de pessoas jurídicas, desde que não seja apresentada prova documental cabal de sua origem lícita; 4 objetos relacionados aos fatos, especialmente bens de luxo que suscitem suspeita de constituírem produto de lavagem de dinheiro, tais corno joias, relógios e obras de arte. Também está autorizado, desde logo, o acesso, pela autoridade policial e/ou Ministério Público Federal, aos documentos e dados armazenados em eventuais computadores e arquivos eletrônicos apreendidos. O cumprimento das ordens, sob as penas da lei, deve ocorrer com a máxima discrição e com a menor ostensividade, em estrita observância do disposto no art. 245 e art. 248 do Código de Processo Penal, havendo auxílio de força policial somente em caso de extrema necessidade. Poderá a autoridade policial, não obstante, valer se de peritos e outros agentes públicos, corno membros do Ministério Público e da Receita Federal do Brasil, sendo vedada a presença de pessoas estranhas. Atente-se à Recomendação n. 18, de 3.11.2008, do Conselho Nacional de Justiça.Após a execução desta medida cautelar, deverá a autoridade policial e/ou Ministério Público Federal comunicar imediatamente o resultado das diligências, quando será apreciado o pedido de levantamento de sigilo dos autos, DADO E PASSADO na Secretaria do Suprem al Federal, em 17 de maio de 2017.
Ministro EDSON FACHIN Relator
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MANDADO DE BUSCA E APREENSÃO N°2/l
AÇÃO CAUTELAR N° 4328
O Ministro EDSON FACHIN, Código de Processo Penal em epígrafe,
Relator, nos termos dos artigos e da decisão proferida nos autos
SIGILOS
240 a 250 do identificados
M A N D A o Departamento de Polícia Federal - DPF proceder à busca e apreensão, a ser efetivada no endereço situado na Rua José Pinto Blandi, 251, Alemoa, Santos/SP, observando-se que a medida tem por finalidade coletar provas referentes à prática de crimes de crimes contra a administração pública e a administração de justiça, além de outros a eles correlatos, como organização criminosa, especificamente: 1 documentos relacionados aos fatos, tais como registros e livros contábeis e fiscais, formais ou informais, agendas, ordens de pagamento, documentos relacionados à manutenção e movimentação de contas bancárias no Brasil e no exterior, em nome próprio ou de terceiros, contratos, notas fiscais, recibos e quaisquer documentos referentes à solicitação e ao recebimento de vantagem indevida e na ocultação de valores em nome de Rodrigo Santos Rocha Loures; 2 - arquivos eletrônicos de qualquer espécie, bem como seus respectivos suportes físicos, tais como HDs, laptops, tablets, notebooks, pendrives, CDs, DVDs, smartphones, telefones móveis, agendas eletrônicas, quando houver suspeita de que contenham material probatório relevante; 3 - valores em espécie em moeda estrangeira ou em reais de valor igual ou superior a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), se localizados em endereços de pessoas físicas, ou R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), se localizados em endereços de pessoas jurídicas, desde que não seja apresentada prova documental cabal de sua origem lícita; 4 objetos relacionados aos fatos, especialmente bens de luxo que suscitem suspeita de constituírem produto de lavagem de dinheiro, tais como joias, relógios e obras de arte. Também está autorizado, desde logo, o acesso, pela autoridade policial e/ou Ministério Público Federal, aos documentos e dados armazenados em eventuais computadores e arquivos eletrônicos apreendidos. O cumprimento das ordens, sob as penas da lei, deve ocorrer com a máxima discrição e com a menor ostensividade, em estrita observância do disposto no art. 245 e art. 248 do Código de Processo Penal, havendo auxílio de força policial somente em caso de extrema necessidade. Poderá a autoridade policial, não obstante, valer se de peritos e outros agentes públicos, corno membros do Ministério Público e da Receita Federal do Brasil, sendo vedada a presença de pessoas estranhas. Atente-se à Recomendação n. 18, de 3. 11.2008, do Conselho Nacional de Justiça. Após a execução desta medida cautelar, deverá a autoridade policial e/ou Ministério Público Federal comunicar imediatamente o resultado das diligências, quando será apreciado o pedido de levantamento de sigilo dos autos.
~:n~0 ~7 ~ASSADO na Secretaria ::p~erno~:~~~u~gt+~~~F:::ederal,
v~ Ministro EDSON FACHIN
Relator
em 17 de maio
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MANDADO DE BUSCA E APREENSÃO N°2/2
AÇÃO CAUTELAR N° 4328
O Ministro EDSON FACHIN, Relator, nos termos dos artigos Código de Processo Penal e da decisão proferida nos autos em epígrafe,
SIGILOS
240 a 250 do identificados
M A N D A o Departamento de Polícia Federal DPF proceder à busca e apreensão, a ser efetivada no endereço situado na Rua General. Câmara, 141, térreo (recepção/protocolo), 3° 1 4° e 5° andares, Centro, Santos/SP, observando-se que a medida tem por finalidade coletar provas referentes à prática de crimes de crimes contra a administração pública e a administração de justiça, além de outros a eles correlatos, como organização criminosa, especificamente: 1 documentos relacionados aos fatos, tais corno registros e livros contábeis e fiscais, formais ou informais, agendas, ordens de pagamento, documentos relacionados à manutenção e movimentação de contas bancárias no Brasil e no exterior, em nome próprio ou de terceiros, contratos, notas fiscais, recibos e quaisquer documentos referentes à solicitação e ao recebimento de vantagem indevida e na ocultação de valores em nome de Rodrigo Santos Rocha Loures; 2 ~ arquivos eletrônicos de qualquer espécie, bem como seus respectivos suportes físicos, tais como HDs, laptops~ tablets~ notebooks, pendrives, CDs, DVDs, smartphones, telefones móveis, agendas eletrônicas, quando houver suspeita de que contenham material probatório relevante; 3 ~ valores em espécie em moeda estrangeira ou em reais de valor igual ou superior a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), se localizados em endereços de pessoas físicas, ou R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), se localizados em endereços de pessoas jurídicas, desde que não seja apresentada prova documental cabal de sua origem lícita; 4 objetos relacionados aos fatos, especialmente bens de luxo que suscitem suspeita de constituírem produto de lavagem de dinheiro, tais como joias, relógios e obras de arte. Também está autorizado, desde logo, o acesso, pela autoridade policial e/ou Ministério Público Federal, aos documentos e dados armazenados em eventuais computadores e arquivos eletrônicos apreendidos. O cumprimento das ordens, sob as penas da lei, deve ocorrer com a máxima discrição e com a menor ostensividade, em estrita observância do disposto no art. 245 e art. 248 do Código de Processo Penal, havendo auxílio de força policial somente em caso de extrema necessidade. Poderá a autoridade policial, não obstante, valer~ se de peritos e outros agentes públicos, como membros do Ministério Público e da Receita Federal do Brasil, sendo vedada a presença de pessoas estranhas. Atente-se à Recomendação n. 18, de 3.11.2008, do Conselho Nacional de Justiça. Após a execução desta medida cautelar, deverá a autoridade policial e/ou Ministério Público Federal comunicar imediatamente o resultado das de levantamento de sigilo dos DADO E PASSADO na Secretaria em 17 de maio de 2017.
Ministro EDSON FACHIN Relator
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SIGILOS
MANDADO DE BUSCA E APREENSÃO N°3
AÇÃO CAUTELAR N° 4328
O Ministro EDSON FACHIN, Relator, nos termos dos artigos 240 a 250 do Código de Processo Penal e da decisão proferida nos autos identificados em epígrafe,
M A N o A o Departamento de Polícia Federal - DPF proceder à busca e apreensão, a ser efetivada no endereço situado na Rua Itajara, 299, Apto 211, Villa Andrade, São Paulo/SP, observando-se que a medida tem por finalidade coletar provas referentes à prática de crimes de crimes contra a administração pública e a administração de justiça, além de outros a eles correlatos, como organização criminosa, especificamente: 1 documentos relacionados aos fatos, tais como registros e livros contábeis e fiscais, formais ou informais, agendas, ordens de pagamento, documentos relacionados à manutenção e movimentação de contas bancárias no Brasil e no exterior, em nome próprio ou de terceiros, contratos, notas fiscais, recibos e quaisquer documentos referentes à solicitação e ao recebimento de vantagem indevida e na ocultação de valores em nome de Rodrigo Santos Rocha Loures; 2 - arquivos eletrônicos de qualquer espécie, bem como seus respectivos suportes físicos, tais como HDs, laptops, tablets, notebooks, pendrives, CDs, DVDs, smartphones, telefones móveis, agendas eletrônicas, quando houver suspeita de que contenham material probatório relevante; 3 - valores em espécie em moeda estrangeira ou em reais de valor igual ou superior a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), se localizados em endereços de pessoas físicas, ou R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), se localizados em endereços de pessoas jurídicas, desde que não seja apresentada prova documental cabal de sua origem lícita; 4 objetos relacionados aos fatos, especialmente bens de luxo que suscitem suspeita de constituírem produto de lavagem de dinheiro, tais como joias, relógios e obras de arte. Também está autorizado, desde logo, o acesso, pela autoridade policial e/ou Ministério Público Federal, aos documentos e dados armazenados em eventuais computadores e arquivos eletrônicos apreendidos. O cumprimento das ordens, sob as penas da lei, deve ocorrer com a max1ma discrição e com a menor ostensividade, em estrita observância do disposto no art. 245 e art. 248 do código de Processo Penal, havendo auxílio de força policial somente em caso de extrema necessidade. Poderá a autoridade policial, não obstante, valer-se de peritos e outros agentes públicos, como membros do Ministério Público e da Receita Federal do Brasil, sendo vedada a presença de pessoas estranhas. Atente-se à Recomendação n. 18, de 3.11.2008, do Conselho Nacional de Justiça. Após a execução desta medida cautelar, deverá a autoridade policial e/ou Ministério Público Federal comunicar imediatamente o resultado das diligências, quando será apreciado o pedido de levantamento de sigilo dos autos. DADO E PASSADO na Secretaria~Supr;~~~~~~ófªLllJFederal, de 2017. -~ ~ ::
Ministro roSON FACHIN
em 17 de maio
Relator
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MANDADO DE BUSCA E APREENSÃO N°4
AÇÃO CAUTELAR N° 4328
O Ministro EDSON FACHIN, Código de Processo Penal em epígrafe,
Relator, nos termos dos artigos e da decisão proferida nos autos
SIGILOS
240 a 250 do identificados
M A N D A o Departamento de Polícia Federal - DPF proceder à busca e apreensão, a ser efetivada no endereço situado na Rua Juataba, 68, Vila Madalena, São Pa.ulo/SP, observando-se que a medida tem por finalidade coletar provas referentes à prática de crimes de crimes contra a administração pública e a administração de justiça, além de outros a eles correlatos, como organização criminosa, especificamente: 1 documentos relacionados aos fatos, tais como registros e livros contábeis e fiscais, formais ou informais, agendas, ordens de pagamento, documentos relacionados à manutenção e movimentação de contas bancárias no Brasil e no exterior, em nome próprio ou de terceiros, contratos, notas fiscais, recibos e quaisquer documentos referentes à solicitação e ao recebimento de vantagem indevida e na ocultação de valores em nome de Rodrigo Santos Rocha Loures; 2 - arquivos eletrônicos de qualquer espécie, bem como seus respectivos suportes físicos, tais como HDs, laptops~ tablets~ notebooks, pendríves, CDs, DVDs, smartphones, telefones móveis, agendas eletrônicas, quando houver suspeita de que contenham material probatório relevante; 3 - valores em espécie em moeda estrangeira ou em reais de valor igual ou superior a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), se localizados em endereços de pessoas físicas, ou R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), se localizados em endereços de pessoas jurídicas, desde que não seja apresentada prova documental cabal de sua origem lícita; 4 objetos relacionados aos fatos, especialmente bens de luxo que suscitem suspeita de constituírem produto de lavagem de dinheiro, tais como joias, relógios e obras de arte. Também está autorizado, desde logo, o acesso, pela autoridade policial e/ou Ministério Público Federal, aos documentos e dados armazenados em eventuais computadores e arquivos eletrônicos apreendidos. O cumprimento das ordens, sob as penas da lei, deve ocorrer com a máxima discrição e com a menor ostensividade, em estrita observância do disposto no art. 245 e art. 248 do Código de Processo Penal, havendo auxílio de força policial somente em caso de extrema necessidade. Poderá a autoridade policial, não obstante, valer-se de peritos e outros agentes públicos, como membros do Ministério Público e da Receita Federal do Brasil, sendo vedada a presença de pessoas estranhas. Atente-se à Recomendação n. 18, de 3.11.2008, do Conselho Nacional de Justiça. Após a execução desta medida cautelar, deverá a autoridade policial e/ou Ministério Público Federal comunicar imediatamente o resultado das diligências, quando será apreciado o pedido de levantamento de sigilo dos autos.
DADO E PASSADO na Secret~a~r~i~a~d:o~S~u~p~r=~~~r~i~b~u~n~~~F~ederal, em 17 de maio de 2017. .;;;::
Ministro Relator
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SIGILOS
MANDADO DE BUSCA E APREENSÃO N°5
AÇÃO CAUTELAR N° 4328
o Ministro EDSON FACHIN, Relator, nos termos dos artigos 240 a 250 do Código de Processo Penal e da decisão proferida nos autos identificados em epígrafe,
M A N D A o Departamento de Polícia Federal - DPF proceder à busca e apreensão, a ser efetivada no endereço situado na SEPN, Quadra 515, Bloco D, Lote 04, Asa Norte, Brasíl.i.a/DF - conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), observando-se que a medida tem por finalidade coletar provas referentes à prática de crimes de crimes contra a administração pública e a administração de justiça, além de outros a eles correlatos, como organização criminosa, cingindo-se a diligência à coleta de informações e documentos relacionados ao caso envolvendo a Petrobras S/A e EPE do grupo empresarial J&F em Cuiabá, especificamente: 1 documentos relacionados aos fatos, tais como registros e livros contábeis e fiscais, formais ou informais, agendas, ordens de pagamento, documentos relacionados à manutenção e movimentação de contas bancárias no Brasil e no exterior, em nome próprio ou de terceiros, contratos, notas fiscais, recibos e quaisquer documentos referentes à solicitação e ao recebimento de vantagem indevida e na ocultação de valores em nome de Rodrigo Santos Rocha Loures; 2 - arquivos eletrônicos de qualquer espécie, bem como seus respectivos suportes físicos, tais como HDs, laptops, tablets, notebooks, pendrives, CDs, DVDs, smartphones, telefones móveis, agendas eletrônicas, quando houver suspeita de que contenham material probatório relevante; 3 - valores em espécie em moeda estrangeira ou em reais de valor igual ou superior a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), se localizados em endereços de pessoas físicas, ou R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), se localizados em endereços de pessoas jurídicas, desde que não seja apresentada prova documental cabal de sua origem lícita; 4 - objetos relacionados aos fatos, especialmente bens de luxo que suscitem suspeita de constituírem produto de lavagem de dinheiro, tais como joias, relógios e obras de arte. Também está autorizado, desde logo, o acesso, pela autoridade policial e/ou Ministério Público Federal, aos documentos e dados armazenados em eventuais computadores e arquivos eletrônicos apreendidos. O cumprimento das ordens, sob as penas da lei, deve ocorrer com a máxima discrição e com a menor ostensividade, em estrita observância do disposto no art. 245 e art. 248 do Código de Processo Penal, havendo auxílio de força policial somente em caso de extrema necessidade. Poderá a autoridade policial, não obstante, valer-se de peritos e outros agentes públicos, corno membros do Ministério Público e da Receita Federal do Brasil, sendo vedada a presença de pessoas estranhas. Atente-se à Recomendação n. 18, de 3.11. 2008, do Conselho Nacional de Justiça. Após a execução desta medida cautelar, deverá a autoridade policial e/ou Ministério Público Federal comunicar imediatamente o resultado das diligênc' o será apreciado o pedido de levantamento de sigilo dos autos. SADO na Secretaria do Supremo Tribunal Federal, em 17 de
Ministro Relator
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IGILOSO
MANDADO DE INTIMAÇÃO
AÇÃO CAUTELAR N. 4.328 ~~i_ ~
(Seção de Processos Originários Criminais) JtJtl S~ (!v 'f
O Ministro EDSON FACHIN, do Supremo Tribunal Federal, Relg processo em epígrafe,
MANDA
que o Oficial de Justiça, em cumprimento ao presente, INTIME o Ministério Público Federal, na pessoa do Procurador·Geral da República, ou a quem suas vezes fizer, do inteiro teor do(a) despacho/decisão de cópia em anexo.
Dado e passado na Secretaria Judiciária do Supremo Tribunal Federal, em 17 de maio de 2017 .
/jm
= ~ y Ministro EDSON FACHIN
Relator
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SIGILOS
MANDADO DE BUSCA E APREENSÃO N°l/1
AÇÃO CAUTELAR N° 4328
O Ministro EDSON FACHIN, Código de Processo Penal em epígrafe,
Relator, nos termos dos artigos e da decisão proferida nos autos identificados
M A N D A o Departamento de Polícia Federal - DPF proceder à busca e apreensão, a ser efetivada no endereço situado na Rua Mauá, 719, Ap. 402-A, Alto da Glória, Curi.tiba/PR, observando-se que a medida tem por finalidade coletar provas referentes à prática de crimes de crimes contra a administração pública e a administração de justiça, além de outros a eles correlatos, como organização criminosa, especificamente: 1 documentos relacionados aos fatos, tais como registros e livros contábeis e fiscais, formais ou informais, agendas, ordens de pagamento, documentos relacionados à manutenção e movimentação de contas bancárias no Brasil e no exterior, em nome próprio ou de terceiros, contratos, notas fiscais, recibos e quaisquer documentos referentes à solicitação e ao recebimento de vantagem indevida e na ocultação de valores em nome de Rodrigo Santos Rocha Loures; 2 - arquivos eletrônicos de qualquer espécie, bem como seus respectivos suportes físicos, tais como HDs, laptops~ tablets~ notebooks, pendrives, CDs, DVDs, smartphones, telefones móveis, agendas eletrônicas, quando houver suspeita de que contenham material probatório relevante; 3 - valores em espécie em moeda estrangeira ou em reais de valor igual ou superior a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), se localizados em endereços de pessoas físicas, ou R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), se localizados em endereços de pessoas jurídicas, desde que não seja apresentada prova documental cabal de sua origem lícita; 4 - objetos relacionados aos fatos, especialmente bens de luxo que suscitem suspeita de constituírem produto de lavagem de dinheiro, tais como joias, relógios e obras de arte. Também está autorizado, desde logo, o acesso, pela autoridade policial e/ou Ministério Público Federal, aos documentos e dados armazenados em eventuais computadores e arquivos eletrônicos apreendidos. O cumprimento das ordens, sob as penas da lei, deve ocorrer com a máxima discrição e com a menor ostensividade, em estrita observância do disposto no art. 245 e art. 248 do Código de Processo Penal, havendo auxílio de força policial somente em caso de extrema necessidade. Poderá a autoridade policial, não obstante, valer se de peritos e outros agentes públicos, como membros do Ministério Público e da Receita Federal do Brasil, sendo vedada a presença de pessoas estranhas. Atente-se à Recomendação n. 18, de 3.11.2008, do Conselho Nacional de Justiça. Após a execução desta medida cautelar, deverá a autoridade policial e/ou Ministério Público Federal comunicar imediatamente o resultado das diligências, quando será apreciado o pedido de levantamento de sigilo dos autos.
de 2017. ""' DADO E PASSADO na Secre<e~t:a:r:i:a~d:o~~S::~~;~~~~: Federal, em 17 de maio
Ministro EDSON FACHIN Relator
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SIGILOS
MANDADO DE BUSCA E APREENSÃO N°l/2
AÇÃO CAUTELAR N° 4328
o Ministro EDSON FACHIN, Relator, nos termos dos artigos 240 a 250 do Código de Processo Penal e da decisão proferida nos autos identificados em epígrafe,
M A N D A o Departamento de Polícia Federal - DPF proceder à busca e apreensão, a ser efetivada no endereço situado no SHIS QI 25, CH 22, Casa, Lago Sul, Brasília/DF, observando-se que a medida tem por finalidade coletar provas referentes à prática de crimes de crimes contra a administração pública e a administração de justiça, além de outros a eles correlatos, como organização criminosa, especificamente: 1 documentos relacionados aos fatos, tais como registros e livros contábeis e fiscais, formais ou informais, agendas, ordens de pagamento, documentos relacionados à manutenção e movimentação de contas bancárias no Brasil e no exterior, em nome próprio ou de terceiros, contratos, notas fiscais, recibos e quaisquer documentos referentes à solicitação e ao recebimento de vantagem indevida e na ocultação de valores em nome de Rodrigo Santos Rocha Loures; 2 - arquivos eletrônicos de qualquer espécie, bem como seus respectivos suportes físicos, tais como HDs, laptops, tablets, notebooks, pendrives, CDs, DVDs, smartphones, telefones móveis, agendas eletrônicas, quando houver suspeita de que contenham material probatório relevante; 3 - valores em espécie em moeda estrangeira ou em reais de valor igual ou superior a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), se localizados em endereços de pessoas físicas, ou R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), se localizados em endereços de pessoas jurídicas, desde que não seja apresentada prova documental cabal de sua origem lícita; 4 objetos relacionados aos fatos, especialmente bens de luxo que suscitem suspeita de constituírem produto de lavagem de dinheiro, tais como joias, relógios e obras de arte. Também está autorizado, desde logo, o acesso, pela autoridade policial e/ou Ministério Público Federal, aos documentos e dados armazenados em eventuais computadores e arquivos eletrônicos apreendidos. O cumprimento das ordens, sob as penas da lei, deve ocorrer com a máxima discrição e com a menor ostensividade, em estrita observância do disposto no art. 245 e art. 248 do Código de Processo Penal, havendo auxílio de força policial somente em caso de extrema necessidade. Poderá a autoridade policial, não obstante, valer-se de peritos e outros agentes públicos, como membros do Ministério Público e da Receita Federal do Brasil, sendo vedada a presença de pessoas estranhas. Atente-se à Recomendação n. 18, de 3.11.2008, do Conselho Nacional de Justiça. Após a execução desta medida cautelar, deverá a autoridade policial e/ou Ministério Público Federal comunicar imediatamente o resultado das diligências, quando será apreciado o pedido de levantamento de sigilo dos autos. DADO E PASSADO na Secretaria do Suprem al Federal, em 17 de maio de 2017.
FACHIN Relator
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SIGILOS
MANDADO DE BUSCA E APREENSÃO N°l/3
I I JJM t!f(f/&t' fU;-vh'>-~ AÇÃO CAUTELAR N° 4328
o Ministro EDSON FACHIN, Relator, nos termos dos artigos 240 a 250 do Código de Processo Penal e da decisão proferida nos autos identificados em epígrafe,
MANDA
o Departamento de Polícia Federal - DPF proceder à busca e apreensão, com o acompanhamento de representante da Mesa Diretora ou funcionário indi.cado pelo Presidente da Câmara dos Deputados, a ser efetivada na Câmara dos Deputados, Gabinete 845, Anexo IV - Brasília/DF, observando-se que a medida tem por finalidade coletar provas referentes à prática de crimes de crimes contra a administração pública e a administração de justiça, além de outros a eles correlatos, como organização criminosa, especificamente: 1 documentos relacionados aos fatos, tais como registros e livros contábeis e fiscais, formais ou informais, agendas, ordens de pagamento, documentos relacionados à manutenção e movimentação de contas bancárias no Brasil e no exterior, em nome próprio ou de terceiros, contratos, notas fiscais, recibos e quaisquer documentos referentes à solicitação e ao recebimento de vantagem indevida e na ocultação de valores em nome de Rodrigo Santos Rocha Loures; 2 - arquivos eletrônicos de qualquer espécie, bem como seus respectivos suportes físicos, tais como HDs, laptops, tablets, notebooks, pendri ves, CDs, DVDs, smartphones, telefones móveis, agendas eletrônicas, quando houver suspeita de que contenham material probatório relevante; 3 - valores em espécie em moeda estrangeira ou em reais de valor igual ou superior a R$ 50. o o o, 00 (cinquenta mil reais), se localizados em endereços de pessoas físicas, ou R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), se localizados em endereços de pessoas jurídicas, desde que não seja apresentada prova documental cabal de sua origem lícita; 4 objetos relacionados aos fatos, especialmente bens de luxo que suscitem suspeita de constituírem produto de lavagem de dinheiro, tais como joias, relógios e obras de arte. A razão da apreensão de cada objeto ou documento deve ser fundamentada pela autoridade policial no auto de busca e apreensão, demonstrando a pertinência com a investigação em curso. Também está autorizado, desde logo, o acesso, pela autoridade policial e/ou Ministério Público Federal, aos documentos e dados armazenados em eventuais computadores e arquivos eletrônicos apreendidos. O cumprimento das ordens, sob as penas da lei, deve ocorrer com a máxima discrição e com a menor ostensividade, em estrita observância do disposto no art. 245 e art. 248 do Código de Processo Penal, havendo auxílio de força policial somente em caso de extrema necessidade. Poderá a autoridade policial, não obstante, valer-se de peritos e outros agentes públicos, como membros do Ministério Público e da Receita Federal do Brasil, sendo vedada a presença de pessoas estranhas. Atente-se à Recomendação n. 18, de 3. 11.2008, do Conselho Nacional de Justiça .Após a execução desta medida
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SIGILOS
cautelar, deverá a autoridade policial e/ou Ministério Público Federal comunicar imediatamente o resultado das diligências, quando será apreciado o pedido de levantamento de sigilo dos autos. DADO E PASSADO na Secretaria do Supremo Tribunal Federal, em 17 de maio de 2017.
Ministro EDSON FACHIN Relator
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MANDADO DE BUSCA E APREENSÃO N'l/ 4
AÇÃO CAUTELAR N° 4328
O Ministro EDSON FACHIN, Código de Processo Penal em epígrafe,
Relator, nos termos dos artigos e da decisão proferida nos autos
SIGILOS
240 a o identificados
M A N D A o Departamento de Polícia Federal DPF proceder à busca e apreensão, a ser efetivada no endereço situado na Rua Estados Unidos, 411, Sala C - Jardi.m América, São Paulo/SP, observando-se que a medida tem por finalidade coletar provas referentes à prática de crimes de crimes contra a administração pública e a administração de justiça, além de outros a eles correlatos, como organização criminosa, especificamente: 1 documentos relacionados aos fatos, tais corno registros e livros contábeis e fiscais, formais ou informais, agendas, ordens de pagamento, documentos relacionados à manutenção e movimentação de contas bancárias no Brasil e no exterior, em nome próprio ou de terceiros, contratos, notas fiscais, recibos e quaisquer documentos referentes à solicitação e ao recebimento de vantagem indevida e na ocultação de valores em nome de Rodrigo Santos Rocha Loures; 2 arquivos eletrônicos de qualquer espécie, bem como seus respectivos suportes físicos, tais como HDs, laptops/ tablets/ notebooks/ pendrives, CDs, DVDs, smartphones, telefones móveis, agendas eletrônicas, quando houver suspeita de que contenham material probatório relevante; 3 valores em espécie em moeda estrangeira ou em reais de valor igual ou superior a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), se localizados em endereços de pessoas físicas, ou R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), se localizados em endereços de pessoas jurídicas, desde que não seja apresentada prova documental cabal de sua origem lícita; 4 - objetos relacionados aos fatos, especialmente bens de luxo que suscitem suspeita de constituírem produto de lavagem de dinheiro, tais como joias, relógios e obras de arte. Também está autorizado, desde logo, o acesso, pela autoridade policial e/ou Ministério Público Federal, aos documentos e dados armazenados em eventuais computadores e arquivos eletrônicos apreendidos. O cumprimento das ordens, sob as penas da lei, deve ocorrer com a máxima discrição e com a menor ostensividade, em estrita observância do disposto no art. 245 e art. 248 do Código de Processo Penal, havendo auxílio de força policial somente em caso de extrema necessidade. Poderá a autoridade policial, não obstante, valer-se de peritos e outros agentes públicos, como membros do Ministério Público e da Receita Federal do Brasil, sendo vedada a presença de pessoas estranhas. Atente-se à Recomendação n. 18, de 3.11.2008, do Conselho Nacional de Justiça. Após a execução desta medida cautelar, deverá a autoridade policial e/ou Ministério Público Federal comunicar imediatamente o resultado das diligências, quando será apreciado o pedido de levantamento de sigilo dos autos. DADO E PASSADO na Secretaria do Suprem~Federal, em 17 de maio de 2017. _ (~-
Minist~;DSON FACHIN Relator
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MANDADO DE BUSCA E APREENSÃO
AÇÃO CAUTELAR N° 4328
O Ministro EDSON FACHIN, Código de Processo Penal em epígrafe,
Relator, nos termos dos artigos e da decisão proferida nos autos
SIGILOS
240 a 250 do identificados
M A N D A o Departamento de Polícia Federal DPF proceder à busca e apreensão, a ser efetivada no endereço situado na Rua Professor Dano Garcia, 230, casa 8, Vista Al.egre, Greennwood Residence, Curi tiba/PR, observando-se que a medida tem por finalidade coletar provas referentes à prática de crimes de crimes contra a administração pública e a administração de justiça, além de outros a eles correlatos, como organização criminosa, especificamente: 1 documentos relacionados aos fatos, tais como registros e livros contábeis e fiscais, formais ou informais, agendas, ordens de pagamento, documentos relacionados à manutenção e movimentação de contas bancárias no Brasil e no exterior, em nome próprio ou de terceiros, contratos, notas fiscais, recibos e quaisquer documentos referentes à solicitação e ao recebimento de vantagem indevida e na ocultação de valores em nome de Rodrigo Santos Rocha Loures; 2 - arquivos eletrônicos de qualquer espécie, bem como seus respectivos suportes físicos, tais como HDs, laptops, tablets, notebooks, pendrives, CDs, DVDs, smartphones, telefones móveis, agendas eletrônicas, quando houver suspeita de que contenham material probatório relevante; 3 - valores em espécie em moeda estrangeira ou em reais de valor igual ou superior a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), se localizados em endereços de pessoas físicas, ou R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), se localizados em endereços de pessoas jurídicas, desde que não seja apresentada prova documental cabal de sua origem lícita; 4 objetos relacionados aos fatos, especialmente bens de luxo que suscitem suspeita de constituírem produto de lavagem de dinheiro, tais como joias, relógios e obras de arte. Também está autorizado, desde logo, o acesso, pela autoridade policial e/ou Ministério Público Federal, aos documentos e dados armazenados em eventuais computadores e arquivos eletrônicos apreendidos. O cumprimento das ordens, sob as penas da lei, deve ocorrer com a máxima discrição e com a menor ostensividade, em estrita observância do disposto no art. 245 e art. 248 do Código de Processo Penal, havendo auxílio de força policial somente em caso de extrema necessidade. Poderá a autoridade policial, não obstante, valer-se de peritos e outros agentes públicos, como membros do Ministério público e da Receita Federal do Brasil, sendo vedada a presença de pessoas estranhas. Atente-se à Recomendaçao n. 18, de 3. 11.2008, do Conselho Nacional de Justiça.Após a execução desta medida cautelar, deverá a autoridade policial e/ou Ministério Público Federal comunicar imediatamente o resultado das diligências, quando será apreciado o pedido de levantamento de sigilo dos autos. DADO E PASSADO na Secretaria do Supre~Federal, de 2017. "=- / ~
Minist~DSON FACHIN
em 17 de maio
Relator
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SIGILOS
MANDADO DE BUSCA E APREENSÃO N°2/1
AÇÃO CAUTELAR N° 4328
O Ministro EDSON FACHIN, Relator, nos termos dos artigos 240 a 250 do Código de Processo Penal e da decisão proferida nos autos identificados em epígrafe,
M A N D A o Departamento de Polícia Federal - DPF proceder à busca e apreensão, a ser efetivada no endereço situado na Rua José Pinto Blandi, 251, Al.emoa, Santos/SP, observando-se que a medida tem por finalidade coletar provas referentes à prática de crimes de crimes contra a administração pública e a administração de justiça, além de outros a eles correlatos, como organização criminosa, especificamente: 1 - documentos relacionados aos fatos, tais como registros e livros contábeis e fiscais, formais ou informais, agendas, ordens de pagamento, documentos relacionados à manutenção e movimentação de contas bancárias no Brasil e no exterior, em nome próprio ou de terceiros, contratos, notas fiscais, recibos e quaisquer documentos referentes à solicitação e ao recebimento de vantagem indevida e na ocultação de valores em nome de Rodrigo Santos Rocha Loures; 2 - arquivos eletrônicos de qualquer espécie, bem como seus respectivos suportes físicos, tais corno HDs, laptops, tablets, notebooks, pendrives, CDs, DVDs, smartphones, telefones móveis, agendas eletrônicas, quando houver suspeita de que contenham material probatório relevante; 3 - valores em espécie em moeda estrangeira ou em reais de valor igual ou superior a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), se localizados em endereços de pessoas físicas, ou R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), se localizados em endereços de pessoas jurídicas, desde que não seja apresentada prova documental cabal de sua origem lícita; 4 objetos relacionados aos fatos, especialmente bens de luxo que suscitem suspeita de constituírem produto de lavagem de dinheiro, tais corno joias, relógios e obras de arte. Também está autorizado, desde logo, o acesso, pela autoridade policial e/ou Ministério Público Federal, aos documentos e dados armazenados em eventuais computadores e arquivos eletrônicos apreendidos. O cumprimento das ordens, sob as penas da lei, deve ocorrer com a max1ma discrição e com a menor ostensividade, em estrita observância do disposto no art. 245 e art. 248 do Código de Processo Penal, havendo auxílio de força policial somente em caso de extrema necessidade. Poderá a autoridade policial, não obstante, valer-se de peritos e outros agentes públicos, como membros do Ministério Público e da Receita Federal do Brasil, sendo vedada a presença de pessoas estranhas. Atente-se à Recomendação n. 18, de 3.11.2008, do Conselho Nacional de Justiça. Após a execução desta medida cautelar, deverá a autoridade policial e/ou Ministério Público Federal comunicar imediatamente o resultado das diligências, quando será apreciado o pedido de levantamento de sigilo dos autos.
~:o~0 ~7 ~ASSADO na Secretar~~--~1-Federa1, em 17 de maio
Ministro EDSON FACHIN Relator
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MANDADO DE BUSCA E APREENSÃO
AÇÃO CAUTELAR N° 4328
O Ministro EDSON FACHIN, Código de Processo Penal em epígrafe,
Relator, nos e da decisão
termos dos artigos proferida nos autos
SIGILOS
240 a 250 do identificados
M A N D A o Departamento de Polícia Federal - DPF proceder à busca e apreensão, a ser efetivada no endereço situado na Rua General Câmara, 141, térreo (recepção/protocolo), 3°, 4° e 5° andares, Centro, Santos/SP, observando-se que a medida tem por finalidade coletar provas referentes à prática de crimes de crimes contra a administração pública e a administração de justiça, além de outros a eles correlatos, corno organização criminosa, especificamente: 1 - documentos relacionados aos fatos, tais como registros e livros contábeis e fiscais, formais ou informais, agendas, ordens de pagamento, documentos relacionados à manutenção e movimentação de contas bancárias no Brasil e no exterior, em nome próprio ou de terceiros, contratos, notas fiscais, recibos e quaisquer documentos referentes à solicitação e ao recebimento de vantagem indevida e na ocultação de valores em nome de Rodrigo Santos Rocha Loures; 2 - arquivos eletrônicos de qualquer espécie, bem como seus respectivos suportes físicos, tais como HDs, laptops, tablets, notebooks, pendrives, CDs, DVDs, smartphones, telefones móveis, agendas eletrônicas, quando houver suspeita de que contenham material probatório relevante; 3 - valores em espécie em moeda estrangeira ou em reais de valor igual ou superior a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), se localizados em endereços de pessoas físicas, ou R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), se localizados em endereços de pessoas jurídicas, desde que não seja apresentada prova documental cabal de sua origem lícita; 4 objetos relacionados aos fatos, especialmente bens de luxo que suscitem suspeita de constituírem produto de lavagem de dinheiro, tais como joias, relógios e obras de arte. Também está autorizado, desde logo, o acesso, pela autoridade policial e/ou Ministério Público Federal, aos documentos e dados armazenados em eventuais computadores e arquivos eletrônicos apreendidos. O cumprimento das ordens, sob as penas da lei, deve ocorrer com a máxima discrição e com a menor ostensividade, em estrita observância do disposto no art. 245 e art. 248 do Código de Processo Penal, havendo auxílio de força policial somente em caso de extrema necessidade. Poderá a autoridade policial, não obstante, valer-se de peritos e outros agentes públicos, como membros do Ministério Público e da Receita Federal do Brasil, sendo vedada a presença de pessoas estranhas. Atente-se à Recomendação n. 18, de 3.11.2008, do Conselho Nacional de Justiça. Após a execução desta medida cautelar, deverá a autoridade policial e/ou Ministério Público Federal comunicar imediatamente o resultado das diligências, quando será apreciado o pedido de levantamento de sigilo dos autos.
~:D~0 ~7 ~ASSADO na Secreta~ do s~~~ederal, em 17 de maio
Mini~EDSON FACHIN Relator
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MANDADO DE BUSCA E APREENSÃO N°3
AÇÃO CAUTELAR N° 4328
O Ministro EDSON FACHIN, Código de Processo Penal em epígrafe,
Relator, nos termos dos artigos e da decisão proferida nos autos
SIGILOS
240 a 250 do identificados
M A N D A o Departamento de Polícia Federal - DPF proceder à busca e apreensão, a ser efetivada no endereço situado na Rua Itajara, 299, Apto 211, Vil la Andrade, São Paul.o/SP, observando-se que a medida tem por finalidade coletar provas referentes à prática de crimes de crimes contra a administração pública e a administração de justiça, além de outros a eles correlatos, como organização criminosa, especificamente: 1 documentos relacionados aos fatos, tais corno registros e livros contábeis e fiscais, formais ou informais, agendas, ordens de pagamento, documentos relacionados à manutenção e movimentação de contas bancárias no Brasil e no exterior, em nome próprio ou de terceiros, contratos, notas fiscais, recibos e quaisquer documentos referentes à solicitação e ao recebimento de vantagem indevida e na ocultação de valores em nome de Rodrigo Santos Rocha Loures; 2 - arquivos eletrônicos de qualquer espécie, bem como seus respectivos suportes físicos, tais como HDs, laptopsr tabletsr notebooksr pendrives, CDs, DVDs, smartphones, telefones móveis, agendas eletrônicas, quando houver suspeita de que contenham material probatório relevante; 3 - valores em espécie em moeda estrangeira ou em reais de valor igual ou superior a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), se localizados em endereços de pessoas físicas, ou R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), se localizados em endereços de pessoas jurídicas, desde que não seja apresentada prova documental cabal de sua origem lícita; 4 objetos relacionados aos fatos, especialmente bens de luxo que suscitem suspeita de constituírem produto de lavagem de dinheiro, tais como joias, relógios e obras de arte. Também está autorizado, desde logo, o acesso, pela autoridade policial e/ou Ministério Público Federal, aos documentos e dados armazenados em eventuais computadores e arquivos eletrônicos apreendidos. O cumprimento das ordens, sob as penas da lei, deve ocorrer com a máxima discrição e com a menor ostensividade, em estrita observância do disposto no art. 245 e art. 248 do Código de Processo Penal, havendo auxílio de força policial somente em caso de extrema necessidade. Poderá a autoridade policial, não obstante, valer se de peritos e outros agentes públicos, como membros do Ministério Público e da Receita Federal do Brasil, sendo vedada a presença de pessoas estranhas. Atente-se à Recomendação n. 18, de 3. 11.2008, do Conselho Nacional de Justiça. Após a execução desta medida cautelar, deverá a autoridade policial e/ou Ministério Público Federal comunicar imediatamente o resultado das diligências, quando será apreciado o pedido
de levantamento de sigilo ~~o:s~a~u:t~o~s~-~~~~~~~~~~ DADO E PASSADO na Secretaria do Suprem al Federal, em 17 de maio de 2017.
FACHIN Relator
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SIGILOS
REE S·o No4 ~~((Yifi
AÇÃO CAUTELAR No 4,~!!'2e::e:D:.<AO!D'-'O'--'D'-'E"-'B"-U=S=.C!!A'-"E'-"A'-'P==N=A=-"-"- 'i"' .h~ I!" tf o Ministro EDSON FACHIN, Relator, nos termos dos artigos 240 a 250 do Código de Processo Penal e da decisão proferida nos autos identificados em epígrafe,
M A N D A o Departamento de Polícia Federal - DPF proceder à busca e apreensão, a ser efetivada no endereço situado na Rua Juataba, 68, Vila Madalena, São Paulo/SP, observando-se que a medida tem por finalidade coletar provas referentes à prática de crimes de crimes contra a administração pública e a administração de justiça, além de outros a eles correlatos, como organização criminosa, especificamente: 1 documentos relacionados aos fatos, tais como registros e livros contábeis e fiscais, formais ou informais, agendas, ordens de pagamento, documentos relacionados à manutenção e movimentação de contas bancárias no Brasil e no exterior, em nome próprio ou de terceiros, contratos, notas fiscais, recibos e quaisquer documentos referentes à solicitação e ao recebimento de vantagem indevida e na ocultação de valores em nome de Rodrigo Santos Rocha Loures; 2 - arquivos eletrônicos de qualquer espécie, bem corno seus respectivos suportes físicos, tais como HDs, laptops, tablets, notebooks, pendrives, CDs, DVDs, smartphones, telefones móveis, agendas eletrônicas, quando houver suspeita de que contenham material probatório relevante; 3 - valores em espécie em moeda estrangeira ou em reais de valor igual ou superior a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), se localizados em endereços de pessoas físicas, ou R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), se localizados em endereços de pessoas jurídicas, desde que não seja apresentada prova documental cabal de sua origem lícita; 4 objetos relacionados aos fatos, especialmente bens de luxo que suscitem suspeita de constituírem produto de lavagem de dinheiro, tais como joias, relógios e obras de arte. Também está autorizado, desde logo, o acesso, pela autoridade policial e/ou Ministério Público Federal, aos documentos e dados armazenados em eventuais computadores e arquivos eletrônicos apreendidos. O cumprimento das ordens, sob as penas da lei, deve ocorrer com a máxima discrição e com a menor ostensividade, em estrita observância do disposto no art. 245 e art. 248 do Código de Processo Penal, havendo auxílio de força policial somente em caso de extrema necessidade. Poderá a autoridade policial, não obstante, valer-se de peritos e outros agentes públicos, como membros do Ministério Público e da Receita Federal do Brasil, sendo vedada a presença de pessoas estranhas. Atente-se à Recomendação n. 18, de 3.11.2008, do Conselho Nacional de Justiça. Após a execução desta medida cautelar, deverá a autoridade policial e/ou Ministério Público Federal comunicar imediatamente o resultado das diligências, quando será apreciado o pedido de levantamento de sigilo dos autos. DADO E PASSADO na Secretaria do su~~emo ~ederal, em 17 de maio de2017. ;. ______
"'' Ministro EDSON FACHIN Relator
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SIGILOS
AÇÃO CAUTELAR No
4
,:,:e:::.:Do:A!!De;Oe._!1_D_,E:.....:Be.:U'-'S,_C,_A::..._,E:__:A::;P:..R=E.:E"'N:.:So:Ã::;O"-"N-o_,(u)t ~
O Ministro EDSON FACHIN, Relator, nos termos dos artigos 240 a 250 do Código de Processo Penal e da decisão proferida nos autos identificados em epígrafe,
M A N D A o Departamento de Polícia Federal - DPF proceder à busca e apreensão, a ser efetivada no endereço situado na SEPN, Quadra 515, Bloco D, Lote 04, Asa Norte, Brasilia/DF - Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), observando-se que a medida tem por finalidade coletar provas referentes à prática de crimes de crimes contra a administração pública e a administração de justiça, além de outros a eles correlatos, como organização criminosa, cingindo-se a diligência à coleta de informações e documentos relacionados ao caso envolvendo a Petrobras S/A e EPE do grupo empresarial J&F em Cuiabá, especificamente: 1 documentos relacionados aos fatos, tais como registros e livros contábeis e fiscais, formais ou informais, agendas, ordens de pagamento, documentos relacionados à manutenção e movimentação de contas bancárias no Brasil e no exterior, em nome próprio ou de terceiros, contratos, notas fiscais, recibos e quaisquer documentos referentes à solicitação e ao recebimento de vantagem indevida e na ocultação de valores em nome de Rodrigo Santos Rocha Loures; 2 - arquivos eletrônicos de qualquer espécie, bem como seus respectivos suportes físicos, tais como HDs, laptops, tablets, notebooks, pendrives, CDs, DVDs, smartphones, telefones móveis, agendas eletrônicas, quando houver suspeita de que contenham material probatório relevante; 3 - valores em espécie em moeda estrangeira ou em reais de valor igual ou superior a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), se localizados em endereços de pessoas físicas, ou R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), se localizados em endereços de pessoas jurídicas, desde que não seja apresentada prova documental cabal de sua origem lícita; 4 objetos relacionados aos fatos, especialmente bens de luxo que suscitem suspeita de constituírem produto de lavagem de dinheiro, tais como joias, relógios e obras de arte. Também está autorizado, desde logo, o acesso, pela autoridade policial e/ou Ministério Público Federal, aos documentos e dados armazenados em eventuais computadores e arquivos eletrônicos apreendidos. O cumprimento das ordens, sob as penas da lei, deve ocorrer com a maxlrna discrição e com a menor ostensividade, em estrita observância do disposto no art. 245 e art. 248 do Código de Processo Penal, havendo auxílio de força policial somente em caso de extrema necessidade. Poderá a autoridade policial, não obstante, valer-se de peritos e outros agentes públicos, como membros do Ministério Público e da Receita Federal do Brasil, sendo vedada a presença de pessoas estranhas. Atente-se à Recomendação n. 18, de 3. 11.2008, do Conselho Nacional de Justiça. Após a execução desta medida cautelar, deverá a autoridade policial e/ou Ministério Público Federal comunicar imediatamente o resultado das diligênc' uando será apreciado o pedido de levantamento de sigilo dos autos SADO na Secretaria do Supremo Tribunal Federal, em 17 de
Minist o Relator
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MINISTÉRIO PÚBLICO fEDERAL Procuradoria-Geral da República
EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO EDSON FACHIN
No /2016 GTLJIPGR Ação Cautelar n. 4328 Relator: Ministro: EDSON FACHIN SIGILOSO
MEDIDA URGENTE COMPLEMENTAR DE BUSCA E APREENSÃO
O Procurador-Geral da República, com fulcro no Código de
Processo Penal, vem formular URGENTE pedido complemen
tar de BUSCA E APREENSÃO, consoante os elementos fáti-
c os e jurídicos a seguir expostos .
I - Histórico
No presente caso, Vossa Excelência deferiu a expedição de
mandados de busca e apreensão no bojo do procedimento cautelar
epigrafado, na Rua Estados Unidos, n° 411, sala C.
Em cumprimento das medidas verificou-se que o imóvel, lo
calizado na Rua Estados Unidos, n° 411, em São Paulo é um so-
brado constituído por recepção, salas de reunião, salas de treina
mento e alguns armários., conforme informado no documento
em anexo. Como as salas em questão não são numeradas e
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Procuradoria-Geral da República Pedido complement:n busc,l e apreensÃo
estão diretamente vinculadas com os fatos sob apuração, mas
não estão explicitamente abrangidas pela ordem judicial, faz-se ne
cessária a complementação para contemplar todo o ambientem.
Estes, em síntese, os fatos.
11. Fundamentos
Na exata medida do que já argumentado anteriormente, é
essencial a extensão da medida para que se promova a busca e
apreensão em todas as salas e armários do sobrado localizado na
Avenida Estados Unidos, 411, em São Paulo, com o afastamento
da garantia constitucional da inviolabilidade domiciliar. Sabe-se
que a providência de busca e apreensão sujeita-se à chamada reser
va constitucional de jurisdição. Somente o Poder Judiciário, no
exercício da função jurisdicional, pode autorizá-la. A esse respeito,
o Supremo Tribunal Federal aduz:
"O postulado da reserva constitucional de jurisdição importa em submeter, à esfera única de decisão dos magistrados, a prática de determinados atos cuja realização, por efeito de explícita determinação constante do próprio texto da Carta Política, somente pode emanar do juiz, e não de terceiros, inclusive daqueles a quem se haja eventualmente atribuído o exercício de 'poderes de investigação próprios das autoridades judiciais'. A cláusula constitucional da reserva de jurisdição - que incide sobre determinadas matérias, como a busca domiciliar (CF, art. 5°, XI), a interceptação telefônica (CF, art. 5°, XII) e a decretação da prisão de qualquer pessoa, ressalvada a hipótese de flagrância (CF, art. 5°, LXI) -traduz a noção de que, nesses temas específicos, assiste ao Poder Judiciário,
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Procuradoria-Geral da República Pedido complementar busc1 e aprc~cnsào
não apenas o direito de proferir a última palavra, mas, sobretudo, a prerrogativa de dizer, desde logo, a primeira palavra, excluindo-se, desse modo, por força e autoridade do que dispõe a própria Constituição, a possibilidade do exercício de iguais atribuições, por parte de quaisquer outros órgãos ou autoridades do Estado." (Supremo Tribunal Federal. Tribunal Pleno. MS n° 23.452/R]. Rel. Min. Celso de Mello. Julgado em 16.09.1999.Votação unânime. DJU de 12.05.2000. p. 20)
A determinação de busca e apreensão complementar,
como ora se postula, afasta momentaneamente uma das garantias
constitucionais, a saber: a inviolabilidade do domicílio, prevista no
artigo 5°, inciso XI, da Constituição de 1988. Isso, entretanto, em
casos como o dos autos, não representa ilicitude nenhuma. Com
efeito, os direitos fundamentais, principalmente os de caráter indi
vidual, como a inviolabilidade domiciliar, embora dotados da mais
alta hierarquia normativa, são relativos:
"OS DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS NÃO TÊM CARÁTER ABSOLUTO. Não há, no sistema constitucional brasileiro, direitos ou garantias que se revistam de caráter absoluto, mesmo porque razões de relevante interesse público ou exigências derivadas do princípio de convivência das liberdades legitimam, ainda que excepcionalmente, a adoção, por parte dos órgãos estatais, de medidas restritivas das prerrogativas individuais ou coletivas, desde que respeitados os termos estabelecidos pela própria Constituição. O estatuto constitucional das liberdades públicas, ao delinear o regime jurídico a que estas estão sujeitas - e considerado o substrato ético que as informa - permite que sobre elas incidam limitações de ordem jurídica, destinadas, de um lado, a proteger a integridade do interesse social e, de outro, a assegurar a coexistência harmoniosa das liberdades, pois nenhum direito ou garantia pode ser exercido em detrimento da or-
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Procuradoria-Geral da Repí1blica Pedido compkmcnt.u busca e apreemào
dem pública ou com desrespeito aos direitos e garantias de terceiros." (Supremo Tribunal Federal. Tribunal Pleno. MS no 23.452/RJ. Rei. Min. Celso de Mello. Julgado em 16.09.1999.Votação unânime. DJU de 12.05.2000, p. 20).
Na espécie, a pleiteada ordem de busca e apreensão tem por
objetivo, com base no artigo 240 do Código de Processo Penal,
obter todas as provas do possível cometimento dos crimes. O inte
resse individual ao recato há de ceder ao interesse público e coleti
vo à repressão criminal. Sobre o assunto, ao deparar com casos
análogos à situação sob exame, o Supremo Tribunal Federal já de
cidiu:
" Habeas corpus. Constitucional e processual penal. Desentranhamento das provas coligidas e apreendidas no escritório de advocacia do paciente. Extensão da empresa investigada. Mandado de busca e apreensão expedido por autoridade judicial competente. Possibilidade. 1. Restou demonstrado nos autos que o escritório de advocacia onde foram encontrados os documentos que ora se pretende o desentranhamento era utilizado pelo paciente, também, para o gerenciamento dos seus negócios comerciais. O sucesso da busca no escritório de advocacia comprova que, de fato, aquele local era utilizado como sede de negócios outros, além das atividades advocatícias. 2. É adequada a conduta dos policiais federais que estavam autorizados a cumprir os mandados de busca e apreensão, expedidos por autoridade judicial competente, 11 nas sedes das empresas11
, com a finalidade de coletar provas relativas aos crimes investigados no inquérito. 3. Habeas corpus denegado." (Supremo Tribunal Federal. Primeira Turma. HC n° 96.407 /RS. Rei. Min. Dias Toffoli. Julgado em 06.04.2010.Votação unânime. DJE de 27.05.2010).
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Pmcuradona-Geral J.< República Pedido complementar busca e apret'n~ào
111. Requerimentos
Ante o exposto, o Procurador-Geral da República requer ur
gente complemento de autorização de busca e apreensão, com a
extensão ao que já deferido, no seguinte endereço: Rua Esta
dos Unidos, 411, em São Paulo, em todas as dependências
do imóvel.
MF/R3
Brasília (DF), 18 de maio de 2017.
Rodrigo Janot onteiro de Barros Procurador-Geral da República
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MINISTÉRIO PúBLICO FEDERAL
Procuradoria-Geral da República
Informação da Dra. Janice Ascari relacionada com busca e apreensão na Avenida Estados Unidos 411, Jardim América, São Paulo-SP
Paulo Taubemblatt
Encontramos S
Janice Ascari MPF/SP
Janice
Certidão
As 6:45 do dia 18 de maio de 2015, com o auxilio de um
chaveiro, a equipe PF-MPF, na presenca de tres testemun-has, entrou no imovellocalizado na Avenida Estados Unidos, 411- Sao Paulo. Trata-se de um sobrado com recepção, salas de reunião, treinamento e ai>Ç~uns armários_ As salas não são numeradas. Solicitamos a extensão do mandado para abranger todas as depetldências do imovel.
Janice As<ari Procuradora Regional da Republica
Paulo Taubemblatt
Segundo a investigada o$ foi entregue a ela por Francisco de Assrs da JBS. Seria um acerto finarn::eiro dele c o Lúcio
Daniel Salgado
Veja o valor nos mandados. O da papeleta pode não corTesponder ao que contem no mandado
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AÇÃO CAUTELAR 4.328 DISTRITO FEDERAL
RELATOR
AUTOR(A/S)(ES)
PROC.(A/S)(ES)
: MIN. EDSON FACHIN
:SOB SIGILO
:SOB SIGILO
Decisão: 1. Trata-se de pedido complementar de busca
e apreensão formulado pelo Procurador-Geral da República, entregue em
mãos neste gabinete, em que se relata a seguinte informação:
No presente caso, Vossa Excelência deferiu a expedição de mandados de busca e apreensão no bojo do procedimento cautelar epigrafado, na Rua Estados Unidos, n" 411, sala C.
Em cumprimento das medidas verificou-se que o imóvet
localizado na Rua Estados Unidos, n~.~. 411, em São Paulo é um sobrado constituído por recepção, salas de reunião, salas de treinamento e alguns armários., conforme informado no documento em anexo. Como as salas em questão não são numeradas e estão
diretamente vinculadas com os Jatos sob apuração, mas não estão explicitamente abrangidas pela ordem judicial, faz-se necessária a complementação para contemplar todo o ambientem.
Requer-se, ao fim, "urgente complemento de autorização de
busca e apreensão, com a extensão ao que já deferido, no seguinte endereço: Rua Estados Unidos, 411, em São Paulo, em todas as dependências do imóvel."
Estes, em síntese, os fatos.
2. Consoante enfatizei em decisão anterior que deferi a
medida cautelar de busca e apreensão objeto deste pedido de
complementação, existem elementos concretos a revelar indícios de
autoria e materialidade dos delitos investigados.
Destarte, diante da informação ora prestadQ, pelos mesmos
fundamentos, possível a extensão da diligência a todas as dependências
do imóvel, ampliando-se, via de consequência, o afastamento da
inviolabilidade de domicílio prevista no art. 5º, XI, da Constituição
Documento assinado digitalmente conforme MP n" 2.200-2/2001 de 2410812001 , que institui a Infraestrutura de Chaves Púbncas Brasileira- ICP-BrasiL O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://WNW.stf.jus.br/portal/autenticacaol sob o número 12920819.
• ,)
•
•
AC 4328/DF
Federal.
3. Ante o exposto, defiro o pedido, autorizando a
realização e busca e apreensão no endereço Rua Estados Unidos, 411, em
São Paulo, em todas as dependências do imóvel.
A medida deve ser cumprida com
especificações indicadas nnos mandados anteriormente
entregues ao Ministério Público e à autoridade policial.
as mesmas
deferidos e
Cópia desta decisão, que será assinada eletronicamente, é
entregue ao Procurador-Geral da República ou a pessoa por ele indicada,
e terá validade por mandado.
Intime-se, com urgência .
Brasília, 18 de maio de 2017.
Ministro Edson Fachin
Relator
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n• 2.200-2/2001 de 2410812001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira- ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://vvww.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 12920819.
J '
•
•
Supremo Tribunal Federal
18/05/2017 14·24 0025057
lll/lll/lllll/llllllllllllll/111/l~ll/llllllllllllllllllll/lllll
MINISTÉRlO PúBLICO fEDERAL Procuradoria~Geral da República
N" 121263/2017- GTLJ/PGR Ação Cautelar no 4328 Relator: Ministro Edson Fachin
O Procurador-Geral da República vem informar a Vossa Ex
celência que as medidas deferidas no bojo da presente Cautelar já
foram integrahnente cumpridas, inclusive em relação à intimação ao
Presidente da Casa Legislativa\ motivo pelo qual reitera o pedido
de levantamento do sigilo dos autos.
Brasília (DF), 18 de maio de 2017 .
Rodrigo Janot Monteiro de Barros
Procurador-Geral da República
1 Documento em anexo
'
•
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MINISTÉRIO PúBLICO FEDERAL Procuradoria-Gera) da República
CERTIDÃO
PGR- J4~ io~/2017
Certifico que, conforme determinação exarada pelo Ministro Edson Fachin no bojo da Ação Cautelar n° 4.328, comuniquei ao Excelentíssimo Presidente da Câmara do Deputados, Deputado Rodrigo Maia, às 6:45hs, acerca do cumprimento de medida de busca e apreensão nas dependências do Gabinete do Deputado RODRIGO SANTOS DA ROCHA LOURES e solicitei fosse designado representante da Mesa Diretora ou funcionário indicado pela própria Presidência da Câmara dos Deputados para acompanhar a execução das medidas.
Informo, por oportuno, que o Presidente da Câmara dos Deputados indicou o diretor geral daquela Casa, Lúcio Henrique Xavier Lopes, para acompanhamento das diligências .
Rodrigo Janot Monteiro de Barros Procurador-Geral da República
AÇÃO CAUTELAR 4.328 DISTRITO FEDERAL
RELATOR
AUTOR(A/S)(ES)
PROC.(Ais)(ES)
:MIN. EDSON FACHIN
:SOB SIGILO
:SOB SIGILO
Decisão; J. Trata-se de pedido complementar de busca
e apreensão formulado peJo Procurudor-Geral da República, entret,rue em
mãos neste gabinete, em que se relata a seguinte informação:
No presente caso, Vossa Excelência deferiu a expediçiio de
mandados de busca e aFreensão 110 bojo do procedimento cautelar
epigrajado, na Rua Estados Unidos, nQ 411, sala C
Em cumprimento das medidas verificou-se que o imói'd,
localizado ntl Rua Estados Unidos, nQ 41t em São Paulo é um
sobrado constituído por n:·cepçifo, salas de reunião, safas de
treinamento e alguns armimos., conforme informado no documen~o
em anexo. Como as salas em questão não são numertldas e est-ào
diretamente vinculadas com os fatos sob apuração, mas não ô'lâo
explicitamente abrangidas pela ordem judicial, faz-se necessana 11
complementação para contemplar rodo o ambientem.
Requer-se, ao fim, "urgente complemento de autorizaçi'io de
busca e apreensão, com a extensão ao que fá deferido, no seguinte endereço: R ur1
Estados Unidos, 411, em São Paulo, em t-odas as dependências do imóvel."
Estes, em síntese, os fatos.
2. Consoante enfatizei em decisão anterior que deferi a
medida cautelar de busca e apreensão objeto deste pl'dido de
cornplementação/ existem. elementos concretos a revelar indícios dt>
autoria e materialidade dos delitos ir.vestigados.
Destarte, diante da inJorrnaç.lo ora prestada, pelos mesmos
tnndamentos, possível a extensão da diligéncia a todas as dep•2ndênoas
do ünóvel, ampliando-se, via dL' consequência, o afastamento da
inviolabilidade de domicílio prevista no art. 5º, XI, da Constituit;J.o
Documento ass1nado drg'rtalrnente conforme MP no 2.2ü0-2/2001 de 24108/2001 que HlStitui a lnf'aer,trutura de Chaves ::>úblicas Bré.SIIeira • ICP-Bms1l. O documento pode ser a~ssado no endereço eletrOnico http://v.Mrw.stf JUS.br/portallautenticec<'o' s J: o 'lúmero 12920819.
AC 4328/DF
Federal.
3. Ante o exposto, defiro o pedido, autorizando a
realização e busca e apreensão no endereço Rua Estados Unidos, 411, em
São Paulo, em todas as dependências do imóvel.
A medida deve ser cumprida con1 as mesmas
especificações indicadas nnos mr~ndados anteriormente deferidos e
entregues aoMinistério Público e à autoridade policial.
Cópia desta decisão, que será assinada eletronicamente_. 6
entregue ao Procurador-Geral da República ou a pessoa por ele indicada,
e terá validade por mandado.
Intime-se, com urgência.
Brasília, 18 de maio de 2017.
Ministro Edson Fachin
Relator
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n' 2.200-2/2001 de 24/0812001. que r.1stilui 3 Infraestrutura de Chaves ::>úiJiicas Brasileira- ICP-Bras,l O doç.umento pode ser acessado no endereço eletrôn1co htlp:/fwww.sti.jus.br/portal/a.Jie1ticacaol sob o número 12920819.
AÇÃO CAUTELAR 4.328 DISTRITO FEDERAL
RELATOR
AUTOR(A/S)(ES)
PROC.(A/s)(ES)
: MIN. EDSON F ACHIN
:SOB SIGILO
:SOB SIGILO
DECISÃO: 1. Nos autos desta ação cautelar, no dia de ontem deferi
várias buscas e apreensões em endereços vinculados ao Deputado
Federal Rodrigo Santos da Rocha Loures, como também no CADE -
Conselho Administrativo de Defesa Econômica.
Conforme informação protocolada pelo Procurador-Geral da
República, a diligência foi integralmente cumprida, sendo necessária,
então, a análise do pedido de levantamento de sigilo dos autos.
Sobre o tema, tenho anotado que, como regra gerat a Constituição
Federal veda a restrição à publicidade dos atos processuais, ressalvada a
hipótese em que a defesa do interesse social e da intimidade exigir
providência diversa (art. 5º, LX), e desde que a preservação do direito à
intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público ;l
informação (art. 93, IX).
Percebe-se, nesse cenário, que a própria Constituição, em antecipado
juízo de ponderação iluminado pelos ideais democráticos e repubJ icanos,
no campo dos atos jurisdicionais, prestigia o interesse público à
informação. Acrescenta-se que a exigência de motivação e de publicidade
das decisões judiciais integra o mesmo dispositivo constitucional (art. 93,
JX), fato decorrente de uma razão lógica: ambas as imposiçÕt:'S, a um só
tempo, propiciam o controle da atividade jurisdicional tanto sob uma
ótica endoprocessual (pelas partes e outros interessados), quanto
extraprocessual (pelo povo em nome de quem o poder é exercido).
Logo, o Estado-Juiz, devedor da prestação jurisdicional, ao aferir a
indispensabilidade, ou não, da restrição à publicidadt~, não pode se
afastar da eleição de diretrizes normativas vinculantes levadas a. efeito
pelo legislador constitucional.
No caso, a manifestação do órgilo acusador, destinatário da apura\; lo
para fins de formação da opinio delicti, revela o cumprimento lntegral tbs
medidas cautelares, assinalando, éld('mais, que não mais subsistem, sob a
ótica do sucesso da investigação, razües que determinem a ntanuten(:io
Dxumento assinado d'lgitalmente c.onforme MP n' 2.200-212001 de 24108/2001, que i1stiiU1 a lnhJestrutura de Chaves "'ublicas Bras1leira- ICF'-Bra51!_ ~J documento pode ser acessaao no endere1:o eletrônico http://\Nww.stf jus.br/portal/aul.:!nticacao/ s·Jb o número 12922108.
AC 4328/DF
do regime restritivo da publicidade.
De outro lado, nada há que justifique, por parte dos demais
t:~nvolvidos, a tramitação sigilosa dos au\üs, especialmente porque não se
constata qualquer exceção à regra constitucional.
2. À luz dessas considerações, determino: (a) o levanta1nento do
sigilo destes autos, bem como daqueles conexos, a saber, o Inquérito n.
4.483 e as Ações Cautelares 4.315 e 4.316; (b) o apensamento de todos os
autos aqui referidos, que passarão a tramitar conjuntamente.
Publique-se. Intime-se.
Brasília, 18 de maio de 2017.
Ministro EDSON FACHIN
Relator
Documento assi11ado digitalmente
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n" 2.20()-2/2001 de 24/08/2001. que institUI a Infraestrutura de Chaves ?úbl1cas Brasileira- IG'"-Bras1l o documento pode ser acessado no endereço eletrônico http·ltwww.stf.jus.br/portal/aute'1ticacaol sob o número 12922108.
Secretaria Judiciária
CERTIDÃO
Ação Cautelar "º 4328
Certifico que, nesta data, nas dependências do gabinete do Exmo. Sr. Min.
Relator, recebi o processo indicado em epígrafe, com decisão.
Certifico, ademais, que procedi à regularização da numeração dos autos.
Certifico, ainda, que em cumprimento à decisão proferida nesta data, procedi
à retificação da autuação destes autos para retirar-lhe o grau de sigilo.
Certifico, por fim, que a pensei estes autos ao Inquérito nº 4483.
Brasília, 18 de maio de 2017.
Patrícia Per ·