codigo penal(art. 13 ao art. 28, inclusive; art. 100 ao art. 160, inclusive
DESCRIPTION
Codigo PenalTRANSCRIPT
-
28/05/2015 DEL2848
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decretolei/del2848.htm 1/72
PresidnciadaRepblicaCasaCivil
SubchefiaparaAssuntosJurdicos
DECRETOLEINo2.848,DE7DEDEZEMBRODE1940.
Textocompilado
Vigncia
(VideLein1.521,de1951)(VideLein5.741,de1971)(VideLein5.988,de1973)(VideLein6.015,de1973)(VideLein6.404,de1976)(VideLein6.515,de1977)(VideLein6.538,de1978)(VideLein6.710,de1979)(VideLein7.492,de1986)(VideLein8.176,de1991)
CdigoPenal.
OPRESIDENTEDAREPBLICA,usandodaatribuioquelheconfereoart.180daConstituio,decretaaseguinteLei:
CDIGOPENALParteGeralTTULOI
Daaplicaodaleipenal
AnterioridadedaLei
Art.1Nohcrimesemleianteriorqueodefina.Nohpenasemprviacominaolegal.AleipenalnotempoArt. 2Ningum pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execuo e os
efeitospenaisdasentenacondenatria.Pargrafonico.Aleiposterior,quedeoutromodofavoreceoagente,aplicaseaofatonodefinitivamente julgadoe,naparteem
quecominapenamenosrigorosa,aindaaofatojulgadoporsentenacondenatriairrecorrivel.Art. 3 A lei excepcional ou temporria, embora decorrido o perodo de sua durao ou cessadas as circunstncias que a
determinaram,aplicaseaofatopraticadodurantesuavigncia.LugardocrimeArt.4Aplicasealeibrasileira,semprejuzodeconvenes,tratadoseregrasdedireitointernacional,aocrimecometido,notodoou
emparte,noterritrionacional,ouquenele,emboraparcialmente,produziuoudeviaproduzirseuresultado.ExtraterritorialidadeArt.5Ficamsujeitosleibrasileira,emboracometidosnoestrangeiro:Ioscrimes:a)contraavidaoualiberdadedoPresidentedaRepblicab)contraocrditoouafpblicadaUnio,deEstadooudeMunicpioc)contraopatrimniofederal,estadualoumunicipald)contraaadministraopblica,porquemestaseuservioIIoscrimes:a)que,portratadoouconveno,oBrasilseobrigouareprimirb)praticadosporbrasileiro.1Noscasosdon.I,oagentepunidosegundoaleibrasileira,aindaqueabsolvidooucondenadonoestrangeiro.2Noscasosdon.II,aaplicaodaleibrasileiradependedoconcursodasseguintescondies:a)entraroagentenoterritrionacionalb)serofatopunveltambmnopasemquefoipraticadoc)estarocrimeincludoentreaquelespelosquaisaleibrasileiraautorizaaextradiod)notersidooagenteabsolvidonoestrangeiroounoteracumpridoapenae)notersidooagenteperdoadonoestrangeiroou,poroutromotivo,noestarextintaapunibilidade,segundoaleimaisfavorvel. 3 A lei brasileira aplicase tambm ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condies
previstasnopargrafoanterior:a)nofoipedidaoufoinegadaaextradiob)houverequisiodoMinistrodaJustia.PenacumpridanoestrangeiroArt.6ApenacumpridanoestrangeiroatenuaapenaimpostanoBrasilpelomesmocrime,quandodiversas,ounelacomputada,
quandoidnticas.EficciadasentenaestrangeiraArt. 7 A sentena estrangeira, quando a aplicao da lei brasileira produz na espcie as mesmas conseqncias, pode ser
homologadanoBrasilpara:Iobrigarocondenadoreparaododano,restituieseoutrosefeitoscivsIIsujeitlospenasacessriasemedidasdeseguranapessoais.Pargrafonico.ahomologaodepende:a)paraosefeitosprevistosnon.I,depedidodaparteinteressadab)paraosoutrosefeitos,deexistnciadetratadodeextradiocomopasdecujaautoridadejudiciriaemanouasentena,ou,na
faltadetratado,derequisiodoMinistrodaJustia.ContagemdeprazoArt.8Odiadocomeoincluesenocmputodoprazo.Contamseosdias,osmeseseosanospelocalendriocomum.FraesnocomputveisdapenaArt.9Desprezamsenapenaprivativadeliberdade,asfraesdedia,e,napenademulta,asfraesdedezmilris.LegislaoespecialArt.10.AsregrasgeraisdesteCdigoaplicamseaosfatosincriminadosporleiespecial,seestanodispedemododiverso.
-
28/05/2015 DEL2848
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decretolei/del2848.htm 2/72
TTULOIIDocrime
RelaodecausalidadeArt.11.Oresultado,dequedependeaexistnciadocrime,somenteimputvelaquemlhedeucausa.Considerasecausaaao
ouomissosemaqualoresultadonoteriaocorrido.SuperveninciadecausaindependentePargrafo nico. A supervenincia de causa independente exclue a imputao quando, por si s, produziu resultado os fatos
anteriores,entretanto,imputamseaquemospraticou.Art.12.Dizseocrime:CrimeconsumadoIconsumado,quandonelesereunemtodososelementosdesuadefiniolegalTentativaIItentado,quando,iniciadaaexecuo,noseconsuma,porcircunstnciasalheiasvontadedoagente.PenadaTentativaPargrafonico.Salvodisposioemcontrrio,puneseatentativacomapenacorrespondenteaocrimeconsumado,diminuidade
umadoisteros.DesistnciavoluntriaearrependidaeficazArt.13Oagenteque,voluntariamente,desistedaconsumaodocrimeouimpedequeoresultadoseproduza,srespondepelos
atosjpraticados.CrimeimpossvelArt. 14. No se pune a tentativa quando, por ineficcia absoluta domeio ou por absoluta impropriedade do objeto, impossvel
consumarseocrime(artigo76,pargrafonico,e94,n.III).CrimedolosoecrimeculposoArt.15.Dizseocrime:Idoloso,quandooagentequsoresultadoouassumiuoriscodeproduzloIIculposo,quandooagentedeucausaaoresultadoporimprudncia,neglignciaouimpercia.Pargrafonico.Salvoos casosexpressosem lei, ninguempodeser punidopor fatoprevisto como crime, sino quando o pratica
dolosamente.IgnornciaouerrodedireitoArt.16.Aignornciaouaerradacompreensodaleinoeximemdepena.ErrodefatoArt.17. isentodepenaquemcometeocrimeporerroquandoao fatoqueoconstitue,ouquem,porerroplenamente justificado
pelascircunstncias,supesituaodefatoque,seexistisse,tornariaaaolegtima.Erroculposo1Nohisenodepenaquandooerroderivadeculpaeofatopunvelcomocrimeculposo.Errodeterminadoporterceiro2Respondepelocrimeoterceiroquedeterminaoerro.Errosobreapessoa3Oerroquandopessoacontraaqualocrimepraticadonoisentadepena.Noseconsideram,nestecaso,ascondiesou
qualidadesdavtima,sinoasdapessoacontraquemoagentequeriapraticarocrime.CoaoirresistveleobedinciahierrquicaArt. 18. Se o crime cometido sob coao irresistvel ou em estrita obedincia a ordem, no manifestamente ilegal, de superior
hierrquico,spunveloautordacoaooudaordem.ExclusodecriminalidadeArt.19.Nohcrimequandooagentepraticaofato:IemcasodenecessidadeIIemlegtimadefesaIIIemestritocumprimentodedeverlegalounoexerccioregulardedireito.EstadodenecessidadeArt.20.Consideraseemestadodenecessidadequempraticaofatoparasalvardeperigoatua,quenoprovocouporsuavontade,
nempodiadeoutromodoevitar,direitoprpriooualheio,cujosacrifcio,nascircunstncias,noerarazovelexigirse.1Nopodealegarestadodenecessidadequemtinhaodeverlegaldeenfrentaroperigo.2Emborareconheaqueerarazovelexigirseosacrifciododireitoameaado,ojuizpodereduzirapena,deumadoisteros.LegtimadefesaArt. 21. Entendese em legtima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessrios, repele injusta agresso, atual ou
iminente,adireitoseuoudeoutrem.ExcessoculposoPargrafonico.Oagentequeexcedeculposamenteoslimitesdalegtimadefesa,respondepelofato,seestepunvelcomocrime
culposo.
TTULOIIIDaresponsabilidade
IrresponsveisArt.22. isentodepenaoagenteque,pordoenamentaloudesenvolvimentomental incompletoouretardado,era,ao tempoda
aooudaomisso,inteiramenteincapazdeentenderocaratercriminosodofatooudedeterminarsedeacordocomesseentendimento.ReduofacultativadapenaPargrafo nico.A pena pode ser reduzida de uma dois teros, se o agente, em virtude de pertubao da sademental ou por
desenvolvimentomentalincompletoouretardado,nopossuia,aotempodaaooudaomisso,aplenacapacidadedeentenderocaratercriminosodofatooudedeterminarsedeacordocomesseentendimento.
Menoresde18anosArt.23.Osmenoresdedezoitoanossopenalmenteirresponsveis,ficandosujeitossnormasestabelecidasnalegislaoespecial.Emooepaixo.EmbriaguezArt.24.Noexcluemaresponsabilidadepenal:IaemooouapaixoIIaembriaguez,voluntriaouculposa,peloalcoolousubstnciadeefeitosanlogos.1isentodepenaoagenteque,porembriaguezcompleta,provenientedecasofortuitoouforamaior,era,aotempodaaoou
daomisso,inteiramenteincapazdeentenderocaratercriminosodofatooudedeterminarsedeacordocomesseentendimento.2Apenapodeserreduzidadeumadois teros,seoagente,porembriaguez,provenientedecaso fortuitoou foramaior,no
possuia,aotempodaaooudaomisso,aplenacapacidadedeentenderocaratercriminosodofatooudedeterminarsedeacordocomesseentendimento.
TTULOIVDacoautoria
PenadacoautoriaArt.25.Quem,dequalquermodo,concorreparaocrimeincidenaspenasaestecominadas.CircunstnciasincomunicveisArt.26.Nosecomunicamascircunstnciasdecaraterpessoal,salvoquandoelementaresdocrime.CasosdeimpunibilidadeArt.27.Oajuste,adeterminaoouinstigaoeoauxlio,salvodisposioexpressaemcontrrio,nosopunveis,seocrimeno
chega,pelomenos,asertentado(art.76,pargrafonico).
TTULOVDaspenasCAPTULOI
-
28/05/2015 DEL2848
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decretolei/del2848.htm 3/72
DASPENASPRINCIPAISPenasprincipaisArt.28.Aspenasprincipaisso:IreclusoIIdetenoIIImulta.
SECOIDARECLUSOEDADETENO
RegrascomunsspenasprivativasdeliberdadeArt.29.Apenadereclusoeadedetenodevemsercumpridasempenitenciria,ou,falta,emsecoespecialdeprisocomum.1Osentenciadoficasujeitoatrabalho,quedeveserremunerado,eaisolamentoduranteorepousonoturno.2Asmulherescumprempenaemestabelecimentoespecial,ou, falta,emsecoadequadadepenitenciriaouprisocomum,
ficandosujeitasatrabalhointerno.2Asmulherescumprempenaemestabelecimentoespecial,ou,suafalta,emseoadequadadepenitenciriaouprisocomum,
sujeitasatrabalhointerno,admitidoobenefciodotrabalhoexterno.(RedaodadapelaLein6.416,de1977)3Aspenasde reclusoededeteno impostaspela justiadeumEstadopodemser cumpridas emestabelecimento deoutro
EstadooudaUnio.ReclusoArt 30.Noperodo inicial do cumprimentodapenade recluso, seopermitemas suas condiespessoais, fica o recluso tambm
sujeitoaisolamentoduranteodia,portemponosuperioratrsmeses.1O reclusopassar,posteriormente,a trabalharemcomum,dentrodoestabelecimento,ou,emobrasouserviospblicos, fora
dele.2Oreclusodebomprocedimentopodesertransferidoparacolniapenalouestabelecimentosimilar:Isejcumpriumetadedapena,quandoestanosuperioratrsanosIIsejcumpriuumterodapena,quandoestasuperioratrsanos.3Apenade reclusonoadmitesuspensocondicional, salvoquandoocondenadomenordevinteeumanosoumaiorde
setenta,eacondenaonoportemposuperioradoisanos.Art. 30 O perodo inicial, do cumprimento de pena privativa da liberdade, consiste na observao do recluso, sujeito ou no a
isolamentocelular,portemponosuperioratrsmeses,comatividadesquepermitamcompletaroconhecimentodesuapersonalidade.(RedaodadapelaLein6.416,de1977)
1O reclusopassar,posteriormente,a trabalharemcomumdentrodoestabelecimentoemquecumpreapenaou foradele,naconformidadedesuasaptidesouocupaesanteriores,destequehajacompatibilidadecomosobjetivosdapena.(RedaodadapelaLein6.416,de1977)
2Otrabalhoexternocompatvelcomosregimesfechado,semiabertoeaberto,desdequetomadasascautelasprprias,contraafugaeemfavordadisciplinaoscondenadosquecumprempenaemregimefechadosomentesededicaroatrabalhoexternoemserviosouobraspblicas,sobvigilnciadoessoalpenitencirio.(RedaodadapelaLein6.416,de1977)
3Otrabalhodoreclusoserremunerado,aplicandoseoseuproduto:(RedaodadapelaLein6.416,de1977)a)naindenizaodosdanoscausadospelocrime,desdequedeterminadosjudicialmenteenoreparadosporoutrosmeios(Includo
pelaLein6.416,de1977)b)naassistnciafamlia,segundoaleicivil(IncludopelaLein6.416,de1977)c)empequenasdespesaspessoais(IncludopelaLein6.416,de1977)d)ressalvadasoutrasaplicaeslegais,emdepsitodaparterestante,paraconstituiodepeclio,emcadernetadepoupanada
CaixaEconmicaFederal,aquallheserentreguenoatodeserpostoemliberdade.(IncludopelaLein6.416,de1977)4Afreqnciaacursosprofissionalizantes,bemcomodeinstruodesegundograuousuperior,foradapriso,scompatvel
comosregimessemiabertoeaberto.(IncludopelaLein6.416,de1977)5Ocondenadonoperigoso,cujapenanoultrapasseoitoanos,poderserrecolhidoaestabelecimentoderegimesemiaberto,
desdeoincio,ou,seultrapassar,apstercumpridoumterodelaemregimefechado.(IncludopelaLein6.416,de1977)ISeapenanoforsuperioraquatroanos,poderserrecolhidoaestabelecimentoderegimeaberto,desteo incio,ou, (Includo
pelaLein6.416,de1977)a)seforsuperioraquatroatoito,apstercumpridoumteroemoutroregime(IncludopelaLein6.416,de1977)b)seforsuperioraoito,apstercumpridodoisquintosemoutroregime.(IncludopelaLein6.416,de1977)IIObservadosostermosdocaputdesteartigoeosdestepargrafo,eguardadaaseparaodospresosprovisrios,apenapoder
sercumpridaemprisodacomarcadacondenaooudaresidnciadocondenado.(IncludopelaLein6.416,de1977) 6 Devero ser regulamentadas por lei local ou, sua falta, por provimento do Conselho Superior da Magistratura ou rgo
equivalente,asseguintesconcessesaseremoutorgadaspelojuiz,arequerimentodointeressado,seucnjugeouascendente,ounafaltadesses,dedescendente,ouirmo,oupor iniciativadergoparaissocompetente,ou,ainda,quantostrsprimeiras,tambmdeofcio:(IncludopelaLein6.416,de1977)
Icadaumdostrsregimes,bemcomoatransfernciaeoretornodeumparaoutro(IncludopelaLein6.416,de1977)IIprisoalbergue,espciedoregimeaberto(IncludopelaLein6.416,de1977)III cumprimento da pena empriso na comarca da condenao ou da residncia do condenado (Includo pela Lei n 6.416, de
1977)IVtrabalhoexterno(IncludopelaLein6.416,de1977)V freqncia a curso profissionalizante, bem como de segundo grau ou superior, fora do estabelecimento (Includo pela Lei n
6.416,de1977)VIlicenaparavisitarafamlia,emdatasouocasiesespeciais(IncludopelaLein6.416,de1977)VII licenasperidicas,combinadasounocomasconcessesdosincisosIVeVdestepargrafo,paravisitara famliae irsua
igreja,bemcomolicenaparaparticipardeatividadesqueconcorramparaaemendaereintegraonoconvviosocial,aoscondenadosqueestoemregimeabertoe,commenosamplitude,aosqueestoemregimesemiaberto.(IncludopelaLein6.416,de1977)
7Asnormassupletivas, referidasnopargrafoanteriorestabelecero,quantoaqualquerdasconcesses: (Includo pela Lei n6.416,de1977)
Iosrequisitosobjetivosesubjetivosqueoscondenadosdeveroterparaasuaobteno(IncludopelaLein6.416,de1977)IIascondiesenormasdecondutaaseremobservadaspeloscontemplados,eoscasosdemodificaofacultativaeobrigatria
deumasedeoutras(IncludopelaLein6.416,de1977)IIIoscasosderevogaoeosrequisitosparanovaobteno(IncludopelaLein6.416,de1977)IV aaudinciadaAdministraoPenitenciria,bemcomoadoMinistrioPublicoe,quantosdos incisos IVeV,adoConselho
Penitencirio(IncludopelaLein6.416,de1977)Vacompetnciajudicial(IncludopelaLein6.416,de1977)VI excetoquantosconcessesdos incisos I, IIe III,aexpediodedocumentosimilaraodescritonoartigo 724 doCdigo de
ProcessoPenal,eaindicaodaentidadefiscalizadora.(IncludopelaLein6.416,de1977)DetenoArt.31.Ocondenadoapenadedetenoficasempreseparadodoscondenadosapenadereclusoenoestsujeitoaoperodo
inicialdeisolamentodiurno.Pargrafonico.Otrabalho,desdequetenhacaratereducativo,podeserescolhidopelodetento,naconformidadedesuasaptides
oudesuasocupaesanteriores.Pargrafonico.Aplicaseaodetentoodispostonospargrafosdoartigoanterior.(RedaodadapelaLein6.416,de1977)RegulamentosdasprisesArt.32.Osregulamentosdasprisesdevemestabeleceranatureza,ascondieseaextensodosfavoresgradativos,bemcomoas
restries ou os castigos disciplinares, quemerea o condenado, mas, em hiptese alguma, podem autorizar medidas que exponham aperigoasadeouofendamadignidadehumana.
Pargrafonico.Salvoodispostonoart.30,ouquandooexija interesserelevantedadisciplina,o isolamentonopermitido foradashorasderepousonoturno.
SuperveninciadedoenamentalArt.33.Osentenciadoaquesobrevemdoenamentaldeveserrecolhidoamanicmiojudicirioou,falta,aoutroestabelecimento
adequado,ondelhesejaasseguradaacustdia.Tempodeprisopreventivaouprovisriaoudeinternaoemhospital.TempodeprisopreventivaouprovisriaoudeinternaoemhospitalArt.34.Computamsenapenaprivativadeliberdadeotempodeprisopreventivaouprovisria,noBrasilounoestrangeiro,eode
internaoemhospitaloumanicmio.
-
28/05/2015 DEL2848
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decretolei/del2848.htm 4/72
SECOIIDAMULTA
PenademultaArt.35.Apenademultaconsistenopagamento,emselopenitencirio,daquantiafixadanasentena.PagamentodamultaArt.36.Amultadeveserpagadentrodedezdias,depoisdetransitaremjulgadoasentenatodavia,arequerimentodocondenado,
econformeascircunstncias,ojuizpodeprorrogaresseprazoattrsmeses.Pargrafonico.Excedendoaquinhentosmilrisaimportnciadamulta,ojuizpodepermitirqueopagamentoserealizeemquotas
mensais,dentronoprazodeumano,prorrogvelporseismeses,desdequemetadedaquantiatenhasidopagaouocondenadoofereagarantiadepagamento.
InsolvnciadocondenadoArt.37.Emcasodeinsolvncia,amulta,impostacumulativamentecompenaprivativadeliberdade,cobradamediantedescontode
quartapartedaremuneraodocondenado(art.29,1).Descontoemvencimentoouemsalrio1Seocondenadocumpreapenaprivativadeliberdadeouobtemlivramentocondicional,semhaverresgatadoamulta, fazsea
cobranamediantedescontoemseuvencimentoousalrio.2Aplicase tambmodispostonopargrafoanterior, seconcedidaasuspensocondicional dapenaprivativade liberdade, ou
impostaexclusivamenteapenademulta.Limitedodesconto3Odescontonodeveincidirsobreosrecursosindispensaveismanutenodocondenadoedesuafamlia(art.39).ConversoemdetenoArt.38.Amultaconverteseemdeteno,quandoocondenadoreincidentedeixadepaglaouocondenadosolventefrustraasua
cobrana.MododeconversoPargrafonico.Aconversodamultaemdetenofeitarazodedezmilrispordia,atomximodeumano,nopodendo,
porem,serultrapassadoomnimodapenaprivativadeliberdade,cumulativaoualternativamentecominadaaocrime.InsolvnciaabsolutaArt.39.Noseexecutaapenademultaseocondenadoabsolutamenteinsolventeprocedese,porem,execuologoquesua
situaoeconmicavenhaapermitlo.Pargrafonico.Seentretanto,ocondenadoreincidente,aplicaseodispostonoartigoanterior.RevogaodaconversoArt.40.Aconversoficasemefeitose,aqualquertempo,ocondenadopagaamultaoulheasseguraopagamentomediantecauo
realoufidejussria.SuspensodaexecuodamultaArt.41.suspensaaexecuodapenademulta,sesobrevmaocondenadodoenamental.
CAPTULOIIDAAPLICAODAPENA
FixaodapenaArt.42.Competeao juiz,atendendoaosantecedentesepersonalidadedoagente, intensidadedodoloougrudaculpa,aos
motivos,scircunstnciaseconsequnciasdocrime:Ideterminarapenaaplicavel,dentreascominadasalternativamenteIIfixar,dentrodoslimiteslegais,aquantidadedapenaaplicavel.CritrioespecialnafixaodamultaArt.43.Nafixaodapenademulta,ojuizdeveatender,principalmente,situaoeconmicadoru.Pargrafo nico. A multa pode ser aumentada at o triplo, se o juiz considera que, em virtude da situao econmica do ru,
ineficaz,emboraaplicadanomximo.CircunstnciasagravantesArt.44.Socircunstnciasquesempreagravamapena,quandonoconstituemouqualificamocrime:IareincidnciaIIteroagentecometidoocrime:a)pormotivofutiloutorpeb)parafacilitarouasseguraraexecuo,aocultao,aimpunidadeouvantagemdeoutrocrimec)depoisdeembriagarsepropostadamenteparacometlod)traio,deemboscada,oumediantedissimulao,ououtrorecursoquedificultououtornouimpossiveladefesadoofendidoe)comempregodeveneno,fogo,explosivo,asfixia,torturaououtromeioinsidiosooucruel,oudequepodiaresultarperigocomumf)contraascendente,descendente,irmooucnjugeg)comabusodeautoridadeouprevalecendosederelaesdomsticas,decohabitaooudehospitalidadeh)comabusodepoderouviolaodedeverinerenteacargo,ofcio,ministrioouprofissoi)contracriana,velhoouenfermoj)quandooofendidoestavasobaimediataproteodaautoridadek)emocasiodeincndionaufrgio,inundaoouqualquercalamidadepblica,oudedesgraaparticulardoofendido.AgravantesnocasodeconcursodeagentesArt.45.Apenaaindaagravadaemrelaoaoagenteque:IpromoveouorganizaacooperaonocrimeoudirigeaatividadedosdemaisagentesIIcoageoutremexecuomaterialdocrimeIII instigaoudeterminaa cometero crimealguemsujeito suaautoridade,ounopunivel em virtude de condio ou qualidade
pessoalIVexecutaocrime,ouneleparticipa,mediantepagaoupromessaderecompensa.ReincidnciaArt.46.Verificaseareincidnciaquandooagentecometenovocrime,depoisdetransitaremjulgadoasentenaque,nopasouno
estrangeiro,otenhacondenadoporcrimeanterior.Reincidnciagenricaereincidnciaespecifica1Dizseareincidncia:Igenrica,quandooscrimessodenaturezadiversaIIespecfica,quandooscrimessodamesmanatureza.Crimesdamesmanatureza 2 Consideramse crimes damesma natureza os previstos nomesmo dispositivo legal, bem como os que, embora previstos em
dispositivosdiversos,apresentam,pelosfatosqueosconstituemouporseusmotivosdeterminantes,caracteresfundamentaiscomuns.Pargrafonico.Paraefeitodereincidncia,noprevaleceacondenaoanterior,seentreadatadocumprimentoouextinoda
penaeainfraoposteriortiverdecorridoperododetemposuperioracincoanos.(RedaodadapelaLein6.416,de1977)EfeitosdareincidnciaespecificaArt.47.Areincidnciaespecficaimporta:IaaplicaodapenaprivativadeliberdadeacimadametadedasomadomnimocomomximoIIaaplicaodapenamaisgraveemqualidade,dentreascominadasalternativamente,semprejuzododispostononI.Art.47.Paraefeitodereincidncia,noseconsideramoscrimesmilitaresoupuramentepolticos.(RedaodadapelaLein6.416,
de1977)CircunstnciasatenuantesArt.48.Socircunstnciasquesempreatenuamapena:IseroagentemenordevinteeumoumaiordesetentaanosIItersidodesomenosimportnciasuacooperaonocrimeIIIaignornciaouaerradacompreensodaleipenal,quandoexcusaveisIVteroagente:a)cometidoocrimepormotivoderelevantevalorsocialoumoralb)procurado,porsuaespontneavontadeecomeficincia, logoapsocrime,evitarlheouminorarlheas consequncias, ou ter,
antesdojulgamento,reparadoodanoc)cometidoocrimesobcoaoaquepodiaresistir,ousobainflunciadeviolentaemoo,provocadaporatoinjustodavtimad)confessadoespontaneamente,peranteaautoridade,aautoriadocrime,ignoradaouimputadaaoutreme)cometidoocrimesobainflunciademultidoemtumulto,se,lcitaareunio,noprovocouotumulto,nemreincidente.AtenuaoespecialdapenaPargrafo nico. Se o agente quis participar de crimemenos grave, a pena diminuida de um tero at metade, no podendo,
porm,serinferioraomnimodacominadaaocrimecometido.ConcursodecircunstnciasagravanteseatenuantesArt.49.Noconcursodeagravanteseatenuantes,apenadeveaproximarsedolimiteindicadopelascircunstnciaspreponderantes,
-
28/05/2015 DEL2848
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decretolei/del2848.htm 5/72
entendendosecomotaisasqueresultamdosmotivosdeterminantesdocrime,dapersonalidadedoagenteedareincidncia.AumentooudiminuiodePenaArt 50. A pena que tenha de ser aumentada ou diminuida, de quantidade fixa ou dentro de determinados limites, a que o juiz
aplicariasenoexistissecausadeaumentooudediminuio.Pargrafo nico.No concurso de causas de aumento ou de diminuio previstas na parte especial, pode o juiz limitarse a um s
aumentoouaumasdiminuio,prevalecendo,todavia,acausaquemaisaumenteoudiminua.ConcursomaterialArt. 51. Quando o agente, mediante mais de uma ao ou omisso, pratica dois ou mais crimes, idnticos ou no, aplicamse
cumulativamenteaspenasemquehajaincorrido.Nocasodeaplicaocumulativadepenasdereclusoededeteno,executaseprimeiroaquela.
Concursoformal 1 Quando o agente, mediante uma s ao ou omisso, pratica dois ou mais crimes, a que se cominam penas privativas de
liberdade,impeselheamaisgrave,ou,seidnticas,somenteumadelas,masaumentada,emqualquercaso,deumsextoatmetade.Aspenasaplicamse,entretanto,cumulativamente,seaacoouomissodolosaeoscrimesconcorrentesresultamdedesgniosautnomos.
Crimecontinuado2Quandooagente,mediantemaisdeumaaoouomisso,praticadoisoumaiscrimesdamesmaespciee,pelascondiesde
tempo,lugar,maneiradeexecuoeoutrassemelhantes,devemossubsequentesserhavidoscomocontinuaodoprimeiro,impeselheapenadeumsdoscrimes,seidnticas,ouamaisgraves,sediversas,aumentada,emqualquercaso,deumsextoadoisteros.
AplicaodamultaoudaspenasacessriasnoconcursodecrimesArt 52. As penas no privativas de liberdade so aplicadas distinta e integralmente, ainda que previstas para um s dos crimes
concorrentes.ErronaexecuoArt.53.Quando,poracidenteouerronousodosmeiosdeexecuo,oagente,aoenvezdeatingirapessoaquepretendiaofender,
atingepessoadiversa,respondecomosetivessepraticadoocrimecontraaquela,atendendoseaodispostonoart.17,3,2parte.Nocasodesertambmatingidaapessoaqueoagentepretendiaofender,aplicasearegrado1doart.51.
ResultadodiversodopretendidoArt. 54. Fora dos casos do artigo anterior, quando, por acidente ou erro na execuo do crime, sobrevem resultado diverso do
pretendido,oagente respondeporculpa, seo fatoprevisto comocrimeculposo seocorre tambmo resultadopretendido, aplicase aregrado1doart.51.
LimitedaspenasArt. 55.Aduraodaspenasprivativasde liberdadenopode, emcasoalgum, ser superior a trintaanos, nema importnciadas
multasultrapassarcemcontosderis.ConcursodecrimeecontravenoArt. 56. No concurso de crime e contraveno, observase o disposto nos arts. 51, 52 e 53, executandose por ltimo a pena
cominadacontraveno,quandoaplicadascumulativamentepenasprivativasdeliberdade.
CAPTULOIIIDASUSPENSOCONDICIONALDAPENA
RequisitosdasuspensodapenaArt.57.Aexecuodapenadedetenonosuperioradoisanos,ouderecluso,nocasodoart.30,3,podesersuspensa,por
doisaseisanos,desdeque:Iosentenciadonohajasofrido,noBrasilounoestrangeiro,condenaoporoutrocrimeoucondenao,noBrasil,pormotivode
contravenoArt.57.Aexecuodapenaprivativadaliberdade,nosuperioradoisanos,podesersuspensa,pordoisaseisanos,desdeque:
(RedaodadapelaLein6.416,de1977)Iosentenciadonohajasofrido,noPasounoestrangeiro,condenaoirrecorrvelporoutrocrimeapenaprivativada liberdade,
salvoodispostonopargrafonicodoart.46.(RedaodadapelaLein6.416,de1977)IIosantecedenteseapersonalidadedosentenciado,osmotivoseascircunstnciasdocrimeautorizemapresunodequeno
tornaradelinquir.PenasaquenoseestendeasuspensoPargrafonico.Asuspensonoseestendepenademultanempenaacessria.EspecificaodascondiesArt.58.Asentenadeveespecificarascondiesaqueficasubordinadaasuspenso.RevogaodasuspensoArt.59.Asuspensorevogadase,nocursodoprazo,obeneficirio:I condenado, por sentena irrecorrivel, em razode crime, oude contravenopela qual tenha sido imposta pena privativa de
liberdadeIcondenado,porsetenairrecorrvel,apenaprivativada liberdade II frustra,emborasolvente,opagamentodamulta,ouno
efetua,semmotivojustificado,areparaododano.(RedaodadapelaLein6.416,de1977)IIfrustra,emborasolvente,opagamentodamultaouareparaododano.1Asuspensopodesertambmrevogada,seosentenciadodeixadecumprirqualquerdasobrigaesconstantesdasentena,
ouirrecorrivelmentecondenado,pormotivodecontraveno,apenaquenosejaprivativadeliberdade.1Asuspensopodetambmserrevogadaseosentenciadodeixadecumprirqualquerdasobrigaesconstantesdasentena,
infringeasproibies inerentespenaacessria,ou irrecorrivelmentecondenadoapenaquenosejaprivativada liberdade.(RedaodadapelaLein6.416,de1977)
2Seobeneficirioestsendoprocessadoporoutrocrimeoupormotivodecontraveno, consideraseprorrogadoo prazodasuspensoatojulgamentodefinitivo.
Prorrogaodoperododeprova3Quandofacultativaarevogao,ojuizpode,aoenvezdedecretla,prorrogaroperododeprovaatomximo,seestenofoi
ofixado.Cumprimentodascondies4Seoprazoexpirasemquehajaocorridomotivoparaarevogao,nomaisseexecutaapenaprivativadeliberdade.
CAPTULOIVDOLIVRAMENTOCONDICIONAL
RequisitosdolivramentocondicionalArt.60.Ojuizpodeconcederlivramentocondicionalaocondenadoapenadereclusooudedetenosuperioratrsanos,desde
que:Icumpridamaisdemetadedapena,seocriminosoprimrio,emaisdetrsquartos,sereincidenteIcumpridamaisdametadedapenaou,tratandosedereincidente,maisdetrsquartos(RedaodadapelaLein6.416,de1977)IIverificadaaausnciaouacessaodaprericulosidade,eprovadosbomcomportamentoduranteavidacarcerriaeaptidopara
proverprpriasubsistnciamediantetrabalhohonestoIIIsatisfeitasasobrigaescivisresultantesdocrime,salvoquandoprovadaainsolvnciadocondenado.Pargrafonico.Aspenasquecorrespondemacrimesautnomospodemsomarse,paraoefeito do livramento, quando qualquer
delassuperioratrsanos.IIItenhareparado,salvoimpossibilidadedefazlo,odanocausadopelanfrao.(RedaodadapelaLein6.416,de1977)Pargrafonico.Aspenasquecorrespondema infraesdiversaspodemsomarse,paraefeitodo livramento. (Redaodadapela
Lein6.416,de1977)EspecificaodascondiesArt61.Asentenadeveespecificarascondiesaqueficasubordinadoolivramento.PreliminaresdaconcessoArt.62.OlivramentosomenteseconcedemedianteparecerdoConselhoPenitencirio,ouvidoodiretordoestabelecimentoemque
estoutenhaestadooliberandoe,seimpostamedidadeseguranadetentiva,apsoexameaqueserefereoart.81.VigilnciadoliberadoArt. 63. O liberado, onde no exista patronato oficial subordinado ao Conselho Penitencirio, fica sob a vigilncia da autoridade
policial.Art. 63.O liberado,ondenoexistapatronatooficial ouparticular dirigido ou inspecionadopeloConselhoPenitencirio, fica sob a
vigilnciadaautoridadepolicial.(RedaodadapelaLein1.431,de1951)
-
28/05/2015 DEL2848
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decretolei/del2848.htm 6/72
Art. 63.O liberado fica sobobservaocautelareproteode servio social penitencirio, patronato, conselho de comunidade ouentidadessimilaresdequetratao4doartigo698doCdigodeProcessoPenal.(RedaodadapelaLein6.416,de1977)
RevogaodolivramentoArt.64.Revogaseolivramento,seoliberadovemasercondenado,emsentenairrecorrvel:Art.64.Revogaseolivramento,seoliberadovemasercondenadoapenaprivativadaliberdade,emsentenairrecorrvel:(Redao
dadapelaLein6.416,de1977)IporcrimecometidoduranteavignciadobenefcioIIporcrimeanterior,semprejuizo,entretanto,dodispostonopargrafonicodoart.60IIIpormotivodecontraveno,desdequeimpostapenaprivativadeliberdade.Pargrafonico.O juiz pode tambm revogaro livramento, seo liberadodeixade cumprir qualquer das obrigaes constantes da
sentenaouirrecorrivelmentecondenado,pormotivodecontraveno,apenaquenosejaprivativadeliberdade.IIIpormotivodecontraveno.(RedaodadapelaLein6.416,de1977)Pargrafonico.Ojuizpode, tambm,revogaro livramento,seo liberadodeixardecumprirqualquerdasobrigaesconstantesda
sentena,deobservarproibiesinerentespenaacessriaouforirrecorrivelmentecondenado,porcrime,apenaquenosejaprivativadaliberdade.(RedaodadapelaLein6.416,de1977)
EfeitosdarevogaoArt.65.Revogadoolivramento,nopodesernovamenteconcedido,e,salvoquandoarevogaoresultadecondenaoporoutro
crimeoucontravenoanteriorquelebenefcio,nosedescontanapenaotempoemqueestevesoltoocondenado.CumprimentodascondiesArt.66.Seatoseu termoo livramentono revogado, consideraseextintaapenaprivativade liberdadee ficamsemefeitoas
medidasdeseguranapessoais.Pargrafonico.Ojuiznopodedeclararextintaapena,enquantonopassaremjulgadoasentenaemprocessoaqueresponde
oliberado,porcrimeoucontravenocometidonavignciadolivramento.
CAPTULOVDASPENASACESSRIAS
PenasacessriasArt67.Sopenasacessrias:Iaperdadefunopblica,eletivaoudenomeaoIIasinterdiesdedireitosIIIapublicaodasentena.PerdadefunopblicaArt.68.Incorrenaperdadefunopblica:I O condenado a pena privativa de liberdade por crime cometido com abuso de poder ou violao de dever inerente a funo
pblicaIIocondenadoporoutrocrimeapenadereclusopormaisdedoisanosoudedetenopormaisdequatro.InterdiesdedireitosInterdiesdedireitosArt.69.Sointerdiesdedireitos:IaincapacidadetemporriaparainvestiduraemfunopblicaIIaincapacidade,permanenteoutemporria,paraoexercciodaautoridademaritaloudoptriopoderIIIaincapacidade,permanenteoutemporria,paraoexercciodetutelaoucuratelaIV a incapacidade temporria para profisso ou atividade cujo exerccio depende de habilitao especial ou de licena ou
autorizaodopoderpblico:Vasuspensodosdireitopoliticos.IncidnciaeminterdiodedireitoPargrafonico.Incorrem:InainterdiosobonI:a)decincoavinteanos,ocondenadoareclusoportemponoinferioraquatroanosouocondenadoporcrimedolosocometidono
exercciodefunopblica,emprejuizodaFazendaPblica,oudepatrimniodeentidadeparaestatal,qualquerquesejaotempodapena:b)dedoisaoitoanos,ocondenadoareclusoportemposuperioradoisanoseinferioraquatro,ouocondenadoporcrimecometido
comabusodepoderouviolaodedeverinerenteafunopblica,excetuadoocasoprevistonaletraa,partefinalIInainterdiosobon.II:a)permanentemente,ocondenadoporcrimedequeresultemanifestaincompatibilidadecomoexercciodaautoridademaritaloudo
ptriopoderb)dedoisaoitoanos,ocondenadoporcrimecometidocomabusodaautoridademaritaloudoptriopoder,senoincidenasano
anteriorc)nosdemaiscasos,ato termodaexecuodapenaoudamedidadeseguranadetentiva,ocondenadoa reclusopor tempo
superioradoisanosIIInainterdiosobonIII:a)permanentemente,ocondenadoporcrimedequeresultemanifestaincompatibilidadecomoexercciodatutelaoucuratelab)decincoavinteanos,ocondenadoareclusoportemponoinferioraquatroanosc)dedoisaoitoanos,ocondenadoareclusosuperioradoisanoseinferioraquatro,ouporcrimecometidocomabusodepoderou
infraodedeverinerentetutelaoucuratela,senoocorreocasodaletraaIV na interdiosobon. IV,dedoisadezanos,ocondenadoporcrimecometidocomabusodeprofissoouatividade,oucom
infraodedeveraelainerenteVnainterdiosobon.V,ocondenadoapenaprivativadeliberdade,enquantodureaexecuodapena,aaplicaodamedida
deseguranadetentivaouainterdiosobnI.VnainterdioaqueserefereoincisoV,ocondenadoapenaprivativadaliberdade,enquantoduraremosefeitosdacondenao.
(RedaodadapelaLein6.416,de1977)ImposiodapenaacessriaArt.70.Asentenadevedeclarar:Iaperdadafunopblica,noscasosdonIdoart.68IIasinterdies,noscasosdonI,letrasaeb,nII,letrasaeb,nIII,letrasa,bec,en.IV,dopargrafonicodoartigoanterior,
fixandolhesadurao,quandotemporrias.Pargrafonico.Nosdemaiscasos,aperdadefunopblicaeasinterdiesresultamdasimplesimposiodapenaprincipal.InterdioprovisriaArt.71.Duranteoprocesso,facultadoaojuizdecretarasuspensoprovisriadoexercciodoptriopoder,daautoridademarital,da
tutela,dacuratelaedaprofissoouatividade,desdequeainterdiocorrespondentepossaresultardacondenao.TermoinicialdasinterdiesArt. 72. As interdies, permanentes ou temporrias, tornamse efetivas logo que passa em julgado a sentena,mas o prazo das
interdiestemporriascomeaacorrerdodiaemque:a)terminaaexecuodapenaprivativadeliberdadeouestaseextinguepelaprescriob)findaaexecuodamedidadeseguranadetentiva.Pargrafonico.Computamsenoprazo:IotempodasuspensoprovisriaIIotempodeliberdaderesultantedasuspensocondicionaldapenaoudolivramentocondicional,senosobrevemrevogao.PublicaodasentenaArt.73.Apublicaodasentenadecretadadeofciopelojuiz,semprequeoexijaointeressepblico.1Apublicaofeitaemjornaldeamplacirculao,custadocondenado,ouseesteinsolvente,emjornaloficial.2Asentenapublicadaemresumo,salvorazesespeciaisquejustifiquemapublicaonantegra.
CAPTULOVIDOSEFEITOSDACONDENAO
Reparaododano.Perdadosinstrumentos,produtoeproveitodocrimeArt.74.Soefeitosdacondenao:ITornarcertaaobrigaodeindenizarodanoresultantedocrimeIIaperda,emfavordaUnio,ressalvadoodireitodolesadooudeterceirodeboaf:a)dosinstrumentosdocrime,desdequeconsistamemcoisascujofabrico,alienao,uso,porteoudetenoconstituafatoilcitob)doprodutodocrimeoudequalquerbemouvalorqueconstituaproveitoauferidopeloagentecomaprticadofatocriminoso.
TTULOVI
-
28/05/2015 DEL2848
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decretolei/del2848.htm 7/72
DasmedidasdeseguranaCAPTULOI
DASMEDIDASDESEGURANAEMGERALLeiaplicavelArt75.Asmedidasdeseguranaregemsepelaleivigenteaotempodasentena,prevalecendo,entretanto,sediversa,aleivigente
aotempodaexecuo.CondiesdeaplicabilidadeArt.76.Aaplicaodamedidadeseguranapresupe:IaprticadefatoprevistocomocrimeIIapericulosidadedoagente.Pargrafonico.Amedidadeseguranatambmaplicavelnoscasosdosarts.14e27,seocorreacondiodon.II.VerificaodapericulosidadeArt. 77. Quando a periculosidade no presumida por lei, deve ser reconhecido perigoso o indivduo, se a sua personalidade e
antecedentes,bemcomoosmotivosecircunstnciasdocrimeautorizamasuposiodequevenhaoutorneadelinquir.Art.77.Quandoapericulosidadenopresumidaporlei,deveserreconhecidoperigosooagente:(RedaodadapelaLein6.416,
de1977)Iseseusantecedentesepersonalidade,osmotivosdeterminanteseascircunstnciasdofato,osmeiosempregadoseosmodosde
execuo,aintensidadedodoloouograudaculpa,autorizamasuposiodequevenhaoutorneadelinqir(IncludopelaLein6.416,de1977)
IIse,naprticadofato,revelatorpeza,perverso,malvadez,cupidezouinsensibilidademoral.(IncludopelaLein6.416,de1977)1Competeaojuizquepresidirainstruo,salvooscasosdepromoo,remoo,transfernciaouaposentadoria,paraosfinsdo
dispostono5doartigo30,declararnasentenaapericulosidadedoru,valendose,paratanto,doselementosdeconvicoconstantesdosautosepodendodeterminardiligncias.(IncludopelaLein6.416,de1977)
2Ojuzopoderdispor,naformadalei local,defuncionriosparainvestigar,coletardadoseinformaescomofimdeinstruirorequerimentodeverificaodepericulosidade.(IncludopelaLein6.416,de1977)
PresunodepericulosidadeArt.78.Presumemseperigosos:Iaquelesque,nostermosdoart.22,soisentosdepenaIIosreferidosnopargrafonicodoartigo22III os condenados por crime cometido em estado de embriaguez pelo lcool ou substncia de efeitos anlogos, se habitual a
embriaguezIVosreincidentesemcrimedolosoVoscondenadosporcrimequehajamcometidocomofiliadosaassociao,bandoouquadrilhademalfeitores.Casosemquenoprevaleceapresuno1Apresunodepericulosidadenoprevalece,quandoasentenaproferidadezanosdepoisdofado,nocasodon. Ideste
artigo,oucincoanosdepois,nosoutroscasos.1Apresunodepericulosidadenoprevalecese,entreadatadocumprimentooudaextinodapenaeocrimeposterior,tiver
decorridoperododetemposuperioradezanos,nocasodoincisoIdesteartigo,oudecincoanos,nosoutroscasos.(RedaodadapelaLein6.416,de1977)
2Aexecuodamedidadesegurananoiniciadasemverificaodapericulosidade,sedadatadasentenadecorreremdezanos,nocasodon.Idesteartigo,oucincoanos,nosoutroscasos,ressalvadoodispostonoart.87.
3Nocasodoart.7,n.II,aaplicaodamedidadesegurana,segundoaleibrasileira,dependedeverificaodapericulosidade.PronunciamentojudicialArt.79.Amedidadeseguranaimpostanasentenadecondenaooudeabsolvio.Pargrafonico.Depoisdasentena,amedidadeseguranapodeserimposta:IduranteaexecuodapenaouduranteotempoemqueaelasefurteocondenadoIIenquantonodecorridotempoequivalenteaodaduraomnimadamedidadesegurana,aindivduoque,emboraabsolvido,a
leipresumeperigosoIIInosoutroscasosexpressosemlei.AplicaoprovisriademedidasdeseguranaArt. 80. Durante o processo, o juiz pode submeter as pessoas referidas no art. 78, n. I, e os brios habituais ou toxicmanos s
medidasdeseguranaquelhessejamaplicaveis.Pargrafonico.Otempodeaplicaoprovisriacomputadonoprazomnimodeduraodamedidadesegurana.RevogaodemedidadeseguranaArt.81.Noserevogaamedidadeseguranapessoal,enquantonoseverifica,medianteexamedoindivduo,queestedeixoude
serperigoso.1Procedeseaoexame:IaofimdoprazomnimofixadopelaleiparaamedidadeseguranaIIanualmente,apsaexpiraodoprazomnimo,quandonocessouaexecuodamedidadeseguranaIIIemqualquertempo,desdequeodetermineasuperiorinstncia.2Se inferioraumanooprazomnimodeduraodamedidadesegurana,osexames sucessivos realizamseao fimde cada
perodoigualqueleprazo.ExecuodasmedidasdeseguranaArt.82.Executamseasmedidasdesegurana:IdepoisdecumpridaapenaprivativadeliberdadeIInocasodeabsolvio,oudecondenaoapenademulta,depoisdepassadaemjulgadoasentena.1Aexecuodamedidadeseguranasuspensa,quandooindivduotemdecumprirpenaprivativadeliberdade.2Aexecuodamedidadeseguranadetentivaprecedeadamedidadesegurananodetentiva.SuperveninciadedoenasmentalArt.83.Oindivduosujeitoamedidadeseguranadetentiva,aquem,antesdeiniciadaaexecuoouduranteela,sobrevemdoena
mental,deveserrecolhidoamanicmiojudicirioou,falta,aestabelecimentoadequado,ondeselheassegureacustdia.Quandonodetentivaamedida,aexecuonoseiniciae,quandoiniciada,noprossegue.Pargrafonico.Verificadaacura,semquetenhadesaparecidoapericulosidade,ojuizpodedeterminar:IoincioouoprosseguimentodaexecuodamedidaIIasubstituiodamedidadesegurananodetentivaporoutradeigualnaturezaIIIasubstituiodamedidadetentivaporoutradeigualnaturezaoupelaliberdadevigiada.PessoajulgadaporvriosfatosArt.84.Seaplicadamaisdeumamedidadeseguranadamesmaespcie,somenteumaseexecuta.1Sedeespciesdiferentes,o juizdeve imporumaoumaisdentreelas, tendoemcontaograudepericulosidadedo indivduo,
semexcluir,todavia,amedidadetentivaaplicavelemcasodepericulosidadepresumida.2Observamseasmesmasregrascomrefernciasmedidasdeseguranaimpostasemjuizoouprocessosdiferentes,aindaque
iniciadaaexecuodeumadelas.InobservnciadamedidadeseguranadetentivaArt. 85. Quando o indivduo se subtrai execuo de medida de segurana detentiva, que no seja internao em manicmio
judicirioouemcasadecustdiaetratamento,oprazodeduraomnimarecomeadodiaemqueamedidavoltaaserexecutada.EfeitosdaextinodepunibilidadeArt.86.Extintaapunibilidade,noseimpemedidadesegurana,nemsubsisteaquetenhasidoimposta.ExtinopelodecursodetempoArt. 87. Extinguese a medida de segurana no executada pelo prazo de cinco anos, contados do cumprimento da pena, se o
condenado,nesseperodo,nocometenovocrime.Pargrafonico.Aextinodemedidadeseguranaimpostanoscasosdosarts.14e27ocorrenomesmoprazo,contadodadata
emquesetornouirrecorrivelasentena.
CAPTULOIIDASMEDIDASDESEGURANAEMESPCIE
DivisodasmedidasdeseguranaArt.88.Asmedidasdeseguranadividemseempatrimoniaisepessoais.Ainterdiodeestabelecimentooudesededesociedade
ouassociaoeoconfiscosoasmedidasdaprimeiraespcieasdasegundaespciesubdividemseemdetentivasounodetentivas.Medidasdeseguranadetentivas1Somedidasdetentivas:
-
28/05/2015 DEL2848
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decretolei/del2848.htm 8/72
IinternaoemmanicmiojudicirioIIinternaoemcasadecustdiaetratamentoIIIainternaoemcolniaagricolaoueminstitutodetrabalho,dereeducaooudeensinoprofissional.Medidasdesegurananodetentivas2Somedidasnodetentivas:IaliberdadevigiadaIIaproibiodefrequentardeterminadoslugaresIIIoexliolocal.FaltadeestabelecimentoadequadoArt.89.Ondenohestabelecimentoadequado,amedidadetentiva,segundoasuanatureza,executadaemsecoespecialde
outroestabelecimento.ExecuodamedidadeseguranaforadoEstadoemquefoiimpostaPargrafonico.Aplicasesmedidasdeseguranadetentivasoquedispeoart.29,3.RegimedosestabelecimentosdeinternaoArt.90.Ointernadodevesersubmetidoaregimedereeducao,detratamentooudetrabalho,conformesuascondiespessoais.Pargrafonico.Otrabalhodeveserremunerado.Internaoemmanicmiojudicirio.Art.91.Oagenteisentodepena,nostermosdoart.22,internadoemmanicomiojudicirio.1Aduraodainternao,nomnino:Ideseisanos,sealeicominaaocrimepenadereclusonoinferior,nomnimo,adozeanosIIdetrsanos,sealeicominaaocrimepenadereclusonoinferior,nomnimo,aoitoanosIIIdedoisanos,seapenaprivativadeliberdade,cominadaaocrime,,nomnimo,deumano:IVdeumano,nosoutroscasos.2Nahiptesedon.IV,ojuizpodesubmeteroindivduoapenasaliberdadevigiada.Substituiofacultativa3Ojuizpode,tendoemcontaaperciamdica,determinarainternaoemcasadecustdiaetratamento,observadososprazos
doartigoanterior.Cessaodainternao 4 Cessa a internao por despacho do juiz, aps a percia mdica (art. 81), ouvidos o Ministrio Pblico e o diretor do
estabelecimento.Perododeprova5Duranteumanodepoisdecessadaainternao,oindivduoficasubmetidoaliberdadevigiada,devendoserdenovointernado
seseuprocedimentorevelaquepersisteapericulosidade.Emcasocontrrio,declaraseextintaamedidadesegurana.InternaoemcasadecustdiaetratamentoArt.92.Sointernadosemcasadecustdiaetratamento,noselhesaplicandooutramedidadetentiva:Idurantetrsanos,pelomenos,ocondenadoporcrimeaquealeicominapenadereclusoportemponoinferior,nomnimo,a
dezanos,senasentenaforamreconhecidasascondiesdopargrafonicodoart.22IIdurantedoisanos,pelomenos,ocondenadoporcrimeaquealeicominapenadereclusoportemponoinferior,nomnimo,a
cincoanos,senasentenaforamreconhecidasascondiesdopargrafonicodoart.22:III duranteumano,pelomenos,ocondenadoporcrimeaquea leicominapenaprivativade liberdadepor tempono inferior,no
mnimo,aumano,senasentenaforamreconhecidasascondiesdopargrafonicodoart.22IVduranteseismeses,pelomenos,aindaqueapenaaplicadasejaportempomenor,ocondenadoapenaprivativade liberdade
porcrimecometidoemestadodeembriaguezpelolcoolousubstnciadeefeitosanlogos,sehabitualaembriaguez.Pargrafonico.Ocondenadoporcrimeaquealeicominapenaprivativadeliberdadeportempoinferior,nomnimo,aumano,se
nasentena foram reconhecidasascondiesdopargrafonicodoart.22, internadoemcasadecustdiae tratamento durante seismeses,pelomenos,ou,semaisconveniente,submetido,porigualprazo,aliberdadevigiada.
Internaoemcolniaagrcola,oueminstitutodetrabalho,dereeducaooudeensinoprofissional.Art93.Sointernadosemqualquerdosestabelecimentosreferidosnoart.88,1,n.III,segundopareaaojuizmaisconveniente:Idurantedoisanos,pelomenos,ocondenadoporcrimedoloso,sereincidenteIIduranteumano,pelomenos:a)ocondenadoareclusopormaisdecincoanosb)ocondenadoapenaprivativadeliberdade,seocrimeserelacionacomaociosidade,avadiagemouaprostituio.LiberdadevigiadaArt.94.Foradoscasosjprevistos,aplicasealiberdadevigiadaduranteumano,pelomenos:Iaoegressodosestabelecimentosreferidosnoart.88,1,ns.IIeIIIIIaoliberadocondicionalIIInoscasosdosarts.14e27IVaotransgressordaproibioresultantedoexliolocalVaotransgressordaproibiodefrequentardeterminadoslugaresVIsealeinoespecificaamedidadeseguranaaplicavel.NormasdaliberdadevigiadaArt. 95. Ao aplicar a liberdade vigiada, o juiz deve prescrever ao indivduo as regras de comportamento destinadas a evitar nova
infraodaleipenal,podendomodificlasnocursodaexecuo.Pargrafonico.Avigilncia,nafaltadeorgoespecial,incumbeautoridadepolicial.TransgressodasobrigaesresultantesdaliberdadevigiadaArt. 96. No caso de transgresso das obrigaes resultantes de liberdade vigiada, o juiz pode, ressalvado o disposto no art. 64,
pargrafonico,determinarainternao,atseismeses,emumdosestabelecimentosreferidosnoart.88,1,ns.IIeIII.ExliolocalArt. 97. O exlio local consiste na proibio de residir ou permanecer o condenado, durante um ano, pelo menos, na localidade,
municpiooucomarcaemqueocrimefoipraticado.ProibiodefrequentardeterminadoslugaresArt.98.Aproibiodefrequentardeterminadoslugaresmedidadeprevenoespecialesuadurao,nomnimo:Ideumano,impostaaocondenadoporcrimecometidosobaaodolcoolIIdetrsmeses,nosoutroscasos.InterdiodeestabelecimentoousededesociedadeouassociaoArt. 99.A interdio de estabelecimento comercial ou industrial, ou de sede de sociedade ou associao, pode ser decretada por
temponoinferioraquinzedias,nemsuperioraseismeses,seoestabelecimento,sociedadeouassociaoservedemeiooupretextoparaaprticadeinfraopenal.
1Ainterdiodoestabelecimentoconsistenaproibioaocondenado,ouaterceiro,aquemeleotenhatransferido,deexercernolocalomesmocomrcioouindstria.
2Asaciedadeouassociao,cujasedeinterditada,nopodeexerceremoutrolocalassuasatividades.ConfiscoArt.100.Ojuiz,emboranoapuradaaautoria,deveordenaroconfiscodosinstrumentoseprodutosdocrime,desdequeconsistam
emcoisascujofabrico,alienao,uso,porteoudetenoconstituefatoilcito.AmedidadeseguranaeaexpulsodeestrangeirosArt.101.Aimposiodemedidadesegurananoimpedeaexpulsodeestrangeiro.
TTULOVIIDaaopenal
AopblicaeaoprivadaArt.102.Aaopenalpblica,salvoquandoaleiexpressamenteadeclaraprivativadoofendido.1AaopblicapromovidapeloMinistrioPblico,dependendo,quandoa lei o exige, de representao do ofendido ou de
requisiodoministrodaJustia.2Aaoprivadapromovidamediantequeixadoofendidooudequemtenhaqualidadepararepresentlo.3Aaoprivadapodeintentarsenoscrimesdeaopblica,seoMinistrioPbliconooferecedenncianoprazolegal. 4 No caso demorte do ofendido ou de ter sido ele declarado ausente por deciso judicial, o direito de oferecer queixa ou de
prosseguirnaaopassaaocnjuge,ascendente,descendenteouirmo.AaopenalnocrimecomplexoArt.103.Quandoa leiconsideracomoelementosconstitutivosoucircunstnciasagravantesdeumcrime fatosque,porsimesmos,
constituem crimes, cabe a ao pblica em relao quele, desde que em relao a qualquer destes se deva proceder por iniciativa doMinistrioPblico.
IrretratabilidadedarepresentaoArt.104.Arepresentaoirretrataveldepoisdeiniciadaaao.DecadnciadodireitodequeixaouderepresentaoArt.105.Salvodisposioexpressaemcontrrio,oofendidodecaidodireitodequeixaouderepresentao,senooexercedentro
doprazodeseismeses,contadododiaemqueveioasaberquemOautordocrime,ou,nocasodo3doart.102,dodiaemqueseesgotaoprazoparaoferecimentodadenncia.
Renncia,expressaouttica,dodireitodequeixa
-
28/05/2015 DEL2848
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decretolei/del2848.htm 9/72
Art.106.Odireitodequeixanopodeserexercidoquandorenunciadoexpressaoutacitamente.Pargrafonico.Importarennciatcitaaodireitodequeixaaprticadeatoincompativelcomavontadedeexerclonoaimplica,
todavia,ofatodereceberoofendidoaindenizaododanocausadopelocrime.PerdodoofendidoArt.107.Operdodoofendido,noscrimesemquesomenteseprocedemediantequeixa,obstaaoprosseguimentodaao.1Operdo,noprocesso,ouforadele,expressooutcito:Iseconcedidoaqualquerdosquerelados,atodosaproveitaIIseconcedidoporumdosofendidos,noprejudicaodireitodosoutrosIIIseoquereladoorecusa,noproduzefeito.2Perdotcitooqueresultadaprticadeatoincompativelcomavontadedeprosseguirnaao.3Noadmissiveloperdodepoisquepassaemjulgadoasentenacondenatria.
TTULOVIIIDaextinodapunibilidade
DaextinodapunibilidadeArt.108.Extingueseapunibilidade:IpelamortedoagenteIIpelaanistia,graaouindultoIIIpelaretroatividadedeleiquenomaisconsideraofatocomocriminosoIVpelaprescrio,decadnciaouperempoVpelarennciadodireitodequeixaoupeloperdoaceito,noscrimesdeaoprivadaVIpelarehabilitaoVIIpelaretrataodoagente,noscasosemquealeiaadmiteVIII pelocasamentodoagentecomaofendida,noscrimescontraoscostumes,definidosnosCaptulos I, II e III doTtuloVIda
ParteEspecialIXpeloressarcimentododano,nopeculatoculposo.IX pelo casamento da ofendida com terceiro, nos crimes referidos no inciso anterior, salvo se cometidos com violncia ou grave
ameaaeseelanorequereroprosseguimentodaaopenalnoprazodesessentadiasacontardacelebrao(RedaodadapelaLein6.416,de1977)
Xpeloressarcimentododano,nopeculatoculposo.(IncludopelaLein6.416,de1977)Pargrafonico.Aextinodapunibilidadedecrimequepressuposto,elementoconstitutivooucircunstnciaagravantedeoutro,
noseestendeaeste.Noscrimesconexos,aextinodapunibilidadedeumdelesnoimpede,quantoaosoutros,aagravaodapenaresultantedaconexo.
PrescrioantesdetransitaremjulgadoasentenafinalArt.109.Aprescrio,antesdetransitaremjulgadoasentenafinal,salvoodispostonopargrafonicodoart.110,regulasepelo
mximodapenaprivativadeliberdadecominadaaocrime,verificandose:Iemvinteanos,seomximodapenasuperioradozeIIemdezesseisanos,seomximodapenasuperioraoitoanosenoexcedeadozeIIIemdozeanos,seomximodapenasuperioraquatroanosenoexcedeaoito:IVemoitoanos,seomximodapenasuperioradoisanosenoexcedeaquatroVemquatroanos,seomximodapenaigualaumanoou,sendosuperior,noexcedeadoisVIemdoisanos,seomximodapenainferioraumano.Prescrio,depoisdetransitaremjulgadoasentenafinalcondenatriaArt.110.Aprescrio,depoisdetransitaremjulgadoasentenacondenatria,regulasepelapenaimpostaeverificasenosprazos
fixadosnoartigoanterior,osquaisseaumentamdeumtero,seocondenadoreincidente.Prescrio,nocasodesentenacondenatria,dequesomenteorutenharecorridoPargrafonico.Aprescrio,depoisdesentenacondenatriadequesomenteorutenharecorrido,regulasetambempelapena
impostaeverificasenosmesmosprazos.1Aprescrio,depoisdasentenacondenatriacomtrnsitoemjulgadoparaaacusao,regulase,tambm,pelapenaaplicada
everificasenosmesmosprazos.(RenumeradodopargrafonicopelaLein6.416,de1977)2Aprescrio,deque trataopargrafoanterior, importa, tosomente,emrennciadoEstadopretensoexecutriadapena
principal,nopodendo,emqualquerhiptese,terportermoinicialdataanteriordorecebimentodadenncia.(IncludopelaLein6.416,de1977)
TermoinicialdaprescrioantesdetransitaremjulgadoasentenafinalArt.111.Aprescrio,antesdetransitaremjulgadoasentenafinal,comeaacorrer:a)dodiaemqueocrimeseconsumoub)nocasodetentativa,dodiaemquecessouaatividadecriminosac)noscrimespermanentesoucontinuados,dodiaemquecessouapermannciaouacontinuaod)nosdebigamiaenosdefalsificaooualteraodeassentamentodoregistocivil,dadataemqueofatosetornouconhecido.TermoinicialdaprescrioapsasentenacondenatriairrecorrivelArt.112.Nocasodoart.110,aprescriocomeaacorrer:a) do dia emque passa em julgado a sentena condenatria ou a que revoga a suspenso condicional da pena ou o livramento
condicionalb)dodiaemqueseinterrompeaexecuo,salvoquandootempodainterrupodevacomputarsenapena.PrescrionocasodeevasodocondenadoouderevogaodolivramentocondicionalArt.113.Nocasodeevadirseocondenadoouderevogarseolivramentocondicional,aprescrioreguladapelotempoqueresta
dapena.PrescrionocasodemultaArt. 114. A prescrio operase em dois anos, quando a pena demulta foi a nica imposta ou a que ainda no foi cumprida.
ReduodosprazosdaprescrioReduodosprazosdaprescrioArt. 115.So reduzidosdemetadeosprazosdaprescrio,quandoocriminosoera, ao tempodo crime,menor de vinte o umou
maiordesetentaanos.CausasimpeditivasdaprescrioArt.116.Antesdepassaremjulgadoasentenafinal,aprescrionocorre:Ienquantonoresolvida,emoutroprocesso,questodequedependaoreconhecimentodaexistnciadocrimeIIenquantooagentecumprepenanoestrangeiro.Pargrafo nico. Depois de passada em julgado a sentena condenatria, a prescrio no corre durante o tempo em que o
condenadoestpresoporoutromotivo.CausasinterruptivasdaprescrioArt117.Ocursodaprescriointerrompese:IpelorecebimentodadennciaoudaqueixaIIpelapronnciaIIIpeladecisoconfirmatriadapronnciaIVpelasentenacondenatriarecorrivelVpeloinciooucontinuaodocumprimentodapenaVIpelareincidncia.1Salvoocasodon.VI,ainterrupodaprescrioproduzefeitorelativamenteatodososautoresdocrime.Noscrimesconexos,
quesejamobjetodomesmoprocesso,estendeseaosdemaisainterruporelativaaqualquerdeles.2Interrompidaaprescrio,salvoahiptesedon.V,todooprazocomeaacorrer,novamente,dodiadainterrupo.AbsorpodaspenasmaislevesArt.118.Aspenasmaislevesprescrevemcomaspenasmaisgraves.ImprescritibilidadedapenaacessriaPargrafonico.imprescritivelapenaacessriaimpostanasentenaouresultantedacondenao.RehabilitaoArt. 119.A rehabilitaoextingueapenade interdiodedireito,e somentepodeser concedidaapsodecursodequatroanos,
contadosdodiaemqueterminaaexecuodapenaprincipaloudamedidadeseguranadetentiva,desdequeocondenado:ItenhadadoduranteessetempoprovasefetivasdebomcomportamentoIItenharessarcidoodanocausadopelocrime,sepodiafazlo.1Seocondenadoreincidente,oprazomnimoparaarehabilitaodeoitoanos.Penasquearehabilitaonoextingue 2 A rehabilitao no pode ser concedida em relao incapacidade para o exerccio de ptrio poder, tutela, curatela ou
autoridademarital,seimpostaporcrimecontraoscostumes,cometidopelocondenadoemdetrimentodefilho,tuteladooucuratelado,ouporcrimedelenocniocontraaprpriamulher.
Prazopararenovaodopedido3Negadaarehabilitao,nopodesernovamenterequeridasenoapsodecursodedoisanos.Art.119.Areabilitaoalcanaquaisquerpenasimpostasporsentenadefinitiva.(RedaodadapelaLein5.467,de1968)1Areabilitaopoderserrequeridadecorridos5(cinco)anosdodiaemquefrextinta,dequalquermodo,apenaprincipalou
-
28/05/2015 DEL2848
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decretolei/del2848.htm 10/72
terminar sua execuo e do dia emque terminar o prazo da suspenso condicional da pena ou do livramento condicional, desde que ocondenado:(RedaodadapelaLein5.467,de1968)
a)tenhatidodomiclionoPasnoprazoacimareferido(IncludopelaLein5.467,de1968)b)tenhadado,durantessetempo,demonstraoefetivaeconstantedebomcomportamentopblicoeprivado(IncludopelaLein
5.467,de1968)c) tenha ressarcidoodanocausadopelo crimeoudemonstreaabsoluta impossibilidadedeo fazer at o dia do pedido, ou exiba
documentoquecomprovearennciadavitmaounovaodadvida.(IncludopelaLein5.467,de1968)2Areabilitaonopodeserconcedida:(RedaodadapelaLein5.467,de1968)a)emfavordospresumidamenteperigosospelosns I, II, IIIeVdoart.78dsteCdigo,salvoprovacabalemcontrrio (Includo
pelaLein5.467,de1968)b) em relao incapacidade para exerccio do ptrio poder, tutela, curatela ou autoridademarital se imposto por crime contra os
costumes,cometidospelocondenadoemdetrimentodefilho,tuteladooucuratelado,ouporcrimedelenocnio.(IncludopelaLein5.467,de1968)
3Negadaareabilitao,nopodesernovamenterequeridasenoapsodecursode2(dois)anos.(RedaodadapelaLein5.467,de1968)
RevogaodarehabilitaoArt 120. A rehabilitao revogada e no pode mais ser concedida, se o rahabilitado sofre nova condenao, por sentena
irrecorrivel,penaprivativadeliberdade.
PARTEGERAL
TTULOI
DAAPLICAODALEIPENAL(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
AnterioridadedaLei
Art.1Nohcrimesemleianteriorqueodefina.Nohpenasemprviacominaolegal.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Leipenalnotempo
Art. 2 Ningumpodeserpunidopor fatoque lei posteriordeixadeconsiderar crime, cessandoemvirtudedelaaexecuoeosefeitospenaisdasentenacondenatria.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
PargrafonicoA leiposterior,quedequalquermodofavoreceroagente,aplicaseaos fatosanteriores,aindaquedecididosporsentenacondenatriatransitadaemjulgado.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Leiexcepcionaloutemporria(IncludopelaLein7.209,de11.7.1984)
Art. 3 A lei excepcional ou temporria, embora decorrido o perodo de sua durao ou cessadas as circunstncias que adeterminaram,aplicaseaofatopraticadodurantesuavigncia.(RedaodadapelaLein7.209,de1984)
Tempodocrime
Art.4 Considerasepraticadoocrimenomomentodaaoouomisso,aindaqueoutrosejaomomentodo resultado.(RedaodadapelaLein7.209,de1984)
Territorialidade
Art.5Aplicasealeibrasileira,semprejuzodeconvenes,tratadoseregrasdedireitointernacional,aocrimecometidonoterritrionacional.(RedaodadapelaLein7.209,de1984)
1 Para os efeitos penais, consideramse como extenso do territrio nacional as embarcaes e aeronaves brasileiras, denaturezapblicaoua serviodogovernobrasileiroondequer que seencontrem,bemcomoasaeronaveseasembarcaesbrasileiras,mercantesoudepropriedadeprivada,queseachem, respectivamente,noespaoareocorrespondenteouemaltomar. (Redao dadapelaLein7.209,de1984)
2 tambmaplicvela leibrasileiraaoscrimespraticadosabordodeaeronavesouembarcaesestrangeirasdepropriedadeprivada,achandoseaquelasempousonoterritrionacionalouemvonoespaoareocorrespondente,eestasemportooumarterritorialdoBrasil.(RedaodadapelaLein7.209,de1984)
Lugardocrime(RedaodadapelaLein7.209,de1984)
Art. 6 Considerase praticado o crime no lugar em que ocorreu a ao ou omisso, no todo ou em parte, bem como onde seproduziuoudeveriaproduzirseoresultado.(RedaodadapelaLein7.209,de1984)
Extraterritorialidade(RedaodadapelaLein7.209,de1984)
Art.7Ficamsujeitosleibrasileira,emboracometidosnoestrangeiro:(RedaodadapelaLein7.209,de1984)
Ioscrimes:(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
a)contraavidaoualiberdadedoPresidentedaRepblica(IncludopelaLein7.209,de1984)
b) contra o patrimnio ou a f pblica da Unio, do Distrito Federal, de Estado, de Territrio, de Municpio, de empresa pblica,sociedadedeeconomiamista,autarquiaoufundaoinstitudapeloPoderPblico(IncludopelaLein7.209,de1984)
c)contraaadministraopblica,porquemestaseuservio(IncludopelaLein7.209,de1984)
d)degenocdio,quandooagenteforbrasileirooudomiciliadonoBrasil(IncludopelaLein7.209,de1984)
IIoscrimes:(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
a)que,portratadoouconveno,oBrasilseobrigouareprimir(IncludopelaLein7.209,de1984)
b)praticadosporbrasileiro(IncludopelaLein7.209,de1984)
-
28/05/2015 DEL2848
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decretolei/del2848.htm 11/72
c)praticadosemaeronavesouembarcaesbrasileiras,mercantesoudepropriedadeprivada,quandoemterritrioestrangeiroeanosejamjulgados.(IncludopelaLein7.209,de1984)
1NoscasosdoincisoI,oagentepunidosegundoaleibrasileira,aindaqueabsolvidooucondenadonoestrangeiro.(IncludopelaLein7.209,de1984)
2NoscasosdoincisoII,aaplicaodaleibrasileiradependedoconcursodasseguintescondies:(IncludopelaLein7.209,de1984)
a)entraroagentenoterritrionacional(IncludopelaLein7.209,de1984)
b)serofatopunveltambmnopasemquefoipraticado(IncludopelaLein7.209,de1984)
c)estarocrimeincludoentreaquelespelosquaisaleibrasileiraautorizaaextradio(IncludopelaLein7.209,de1984)
d)notersidooagenteabsolvidonoestrangeiroounoteracumpridoapena(IncludopelaLein7.209,de1984)
e)notersidooagenteperdoadonoestrangeiroou,poroutromotivo,noestarextintaapunibilidade,segundoaleimaisfavorvel.(IncludopelaLein7.209,de1984)
3 A leibrasileiraaplicase tambmaocrimecometidoporestrangeirocontrabrasileiro foradoBrasil, se, reunidasascondiesprevistasnopargrafoanterior:(IncludopelaLein7.209,de1984)
a)nofoipedidaoufoinegadaaextradio(IncludopelaLein7.209,de1984)
b)houverequisiodoMinistrodaJustia.(IncludopelaLein7.209,de1984)
Penacumpridanoestrangeiro(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Art.8ApenacumpridanoestrangeiroatenuaapenaimpostanoBrasilpelomesmocrime,quandodiversas,ounelacomputada,quandoidnticas.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Eficciadesentenaestrangeira(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Art. 9 A sentena estrangeira, quando a aplicao da lei brasileira produz na espcie as mesmas conseqncias, pode serhomologadanoBrasilpara:(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Iobrigarocondenadoreparaododano,arestituieseaoutrosefeitoscivis(IncludopelaLein7.209,de11.7.1984)
IIsujeitloamedidadesegurana.(IncludopelaLein7.209,de11.7.1984)
PargrafonicoAhomologaodepende:(IncludopelaLein7.209,de11.7.1984)
a)paraosefeitosprevistosnoincisoI,depedidodaparteinteressada(IncludopelaLein7.209,de11.7.1984)
b)paraosoutrosefeitos,daexistnciadetratadodeextradiocomopasdecujaautoridadejudiciriaemanouasentena,ou,nafaltadetratado,derequisiodoMinistrodaJustia.(IncludopelaLein7.209,de11.7.1984)
Contagemdeprazo(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Art.10Odiadocomeoincluisenocmputodoprazo.Contamseosdias,osmeseseosanospelocalendriocomum.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Fraesnocomputveisdapena(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Art. 11 Desprezamse, nas penas privativas de liberdadee nas restritivas de direitos, as fraes de dia, e, na penademulta, asfraesdecruzeiro.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Legislaoespecial(IncludapelaLein7.209,de11.7.1984)
Art. 12 As regras gerais desteCdigo aplicamse aos fatos incriminados por lei especial, se esta no dispuser demodo diverso.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
TTULOII
DOCRIME
Relaodecausalidade(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Art.13Oresultado,dequedependeaexistnciadocrime,somenteimputvelaquemlhedeucausa.Considerasecausaaaoouomissosemaqualoresultadonoteriaocorrido.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Superveninciadecausaindependente(IncludopelaLein7.209,de11.7.1984)
1 Asuperveninciadecausa relativamente independenteexcluia imputaoquando,porsi s,produziuo resultadoos fatosanteriores,entretanto,imputamseaquemospraticou.(IncludopelaLein7.209,de11.7.1984)
Relevnciadaomisso(IncludopelaLein7.209,de11.7.1984)
2 Aomissopenalmente relevantequandooomitentedeviaepodiaagirparaevitaro resultado.Odeverdeagir incumbeaquem:(IncludopelaLein7.209,de11.7.1984)
a)tenhaporleiobrigaodecuidado,proteoouvigilncia(IncludopelaLein7.209,de11.7.1984)
b)deoutraforma,assumiuaresponsabilidadedeimpediroresultado(IncludopelaLein7.209,de11.7.1984)
c)comseucomportamentoanterior,criouoriscodaocorrnciadoresultado.(IncludopelaLein7.209,de11.7.1984)
Art.14Dizseocrime:(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
-
28/05/2015 DEL2848
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decretolei/del2848.htm 12/72
Crimeconsumado(IncludopelaLein7.209,de11.7.1984)
Iconsumado,quandoneleserenemtodososelementosdesuadefiniolegal(IncludopelaLein7.209,de11.7.1984)
Tentativa(IncludopelaLein7.209,de11.7.1984)
II tentado, quando, iniciada a execuo, no se consuma por circunstncias alheias vontade do agente. (Includo pela Lei n7.209,de11.7.1984)
Penadetentativa(IncludopelaLein7.209,de11.7.1984)
PargrafonicoSalvodisposioemcontrrio,puneseatentativacomapenacorrespondenteaocrimeconsumado,diminudadeumadoisteros.(IncludopelaLein7.209,de11.7.1984)
Desistnciavoluntriaearrependimentoeficaz(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Art. 15 O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execuo ou impede que o resultado se produza, s respondepelosatosjpraticados.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Arrependimentoposterior(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Art.16Noscrimescometidossemviolnciaougraveameaapessoa,reparadoodanoourestitudaacoisa,atorecebimentodadenncia ou da queixa, por ato voluntrio do agente, a pena ser reduzida de um a dois teros. (Redao dada pela Lei n 7.209, de11.7.1984)
Crimeimpossvel(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Art. 17 No se pune a tentativa quando, por ineficcia absoluta domeio ou por absoluta impropriedade do objeto, impossvelconsumarseocrime.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Art.18Dizseocrime:(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Crimedoloso(IncludopelaLein7.209,de11.7.1984)
Idoloso,quandooagentequisoresultadoouassumiuoriscodeproduzilo(IncludopelaLein7.209,de11.7.1984)
Crimeculposo(IncludopelaLein7.209,de11.7.1984)
II culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudncia, negligncia ou impercia. (Includo pela Lei n 7.209, de11.7.1984)
PargrafonicoSalvooscasosexpressosemlei,ningumpodeserpunidopor fatoprevistocomocrime,senoquandoopraticadolosamente.(IncludopelaLein7.209,de11.7.1984)
Agravaopeloresultado(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Art.19 Pelo resultadoqueagravaespecialmenteapena,s respondeoagentequeohouvercausadoaomenosculposamente.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Errosobreelementosdotipo(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Art.20Oerrosobreelementoconstitutivodotipolegaldecrimeexcluiodolo,maspermiteapunioporcrimeculposo,seprevistoemlei.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Descriminantesputativas(IncludopelaLein7.209,de11.7.1984)
1isentodepenaquem,porerroplenamentejustificadopelascircunstncias,supesituaodefatoque,seexistisse,tornariaaao legtima.Noh isenodepenaquandooerroderivadeculpaeo fatopunvelcomocrimeculposo.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Errodeterminadoporterceiro(IncludopelaLein7.209,de11.7.1984)
2Respondepelocrimeoterceiroquedeterminaoerro.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Errosobreapessoa(IncludopelaLein7.209,de11.7.1984)
3Oerroquantopessoacontraaqualocrimepraticadonoisentadepena.Noseconsideram,nestecaso,ascondiesouqualidadesdavtima,senoasdapessoacontraquemoagentequeriapraticarocrime.(IncludopelaLein7.209,de11.7.1984)
Errosobreailicitudedofato(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Art.21Odesconhecimentoda lei inescusvel.Oerrosobrea ilicitudedo fato,se inevitvel, isentadepenaseevitvel,poderdiminuladeumsextoaumtero.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Pargrafonico Consideraseevitveloerroseoagenteatuaouseomitesemaconscinciada ilicitudedo fato,quando lheerapossvel,nascircunstncias,terouatingiressaconscincia.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Coaoirresistveleobedinciahierrquica(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Art. 22 Se o fato cometido sob coao irresistvel ou em estrita obedincia a ordem, no manifestamente ilegal, de superiorhierrquico,spunveloautordacoaooudaordem.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Exclusodeilicitude(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Art.23Nohcrimequandooagentepraticaofato:(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Iemestadodenecessidade(IncludopelaLein7.209,de11.7.1984)
IIemlegtimadefesa(IncludopelaLein7.209,de11.7.1984)
IIIemestritocumprimentodedeverlegalounoexerccioregulardedireito.(IncludopelaLein7.209,de11.7.1984)
-
28/05/2015 DEL2848
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decretolei/del2848.htm 13/72
Excessopunvel(IncludopelaLein7.209,de11.7.1984)
PargrafonicoOagente,emqualquerdashiptesesdesteartigo,responderpeloexcessodolosoouculposo.(IncludopelaLein7.209,de11.7.1984)
Estadodenecessidade
Art.24Consideraseemestadodenecessidadequempraticaofatoparasalvardeperigoatual,quenoprovocouporsuavontade,nempodiadeoutromodoevitar,direitoprpriooualheio,cujosacrifcio,nascircunstncias,noerarazovelexigirse.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
1Nopodealegarestadodenecessidadequemtinhaodeverlegaldeenfrentaroperigo.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
2 Embora seja razovel exigirse o sacrifcio dodireito ameaado, a penapoder ser reduzidadeumadois teros. (RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Legtimadefesa
Art. 25 Entendese em legtima defesa quem, usandomoderadamente dosmeios necessrios, repele injusta agresso, atual ouiminente,adireitoseuoudeoutrem.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
TTULOIII
DAIMPUTABILIDADEPENAL
Inimputveis
Art.26isentodepenaoagenteque,pordoenamentaloudesenvolvimentomental incompletoouretardado,era,aotempodaao ou da omisso, inteiramente incapaz de entender o carter ilcito do fato ou de determinarse de acordo com esse entendimento.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Reduodepena
Pargrafonico Apenapodeser reduzidadeumadois teros,seoagente,emvirtudedeperturbaodesadementaloupordesenvolvimentomental incompletoou retardadonoera inteiramente capazdeentender o carter ilcito do fatooudedeterminarsedeacordocomesseentendimento.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Menoresdedezoitoanos
Art.27 Os menores de 18 (dezoito) anos so penalmente inimputveis, ficando sujeitos s normas estabelecidas na legislaoespecial.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Emooepaixo
Art.28Noexcluemaimputabilidadepenal:(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Iaemooouapaixo(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Embriaguez
II a embriaguez, voluntria ou culposa, pelo lcool ou substncia de efeitos anlogos.(Redao dada pela Lei n 7.209, de11.7.1984)
1isentodepenaoagenteque,porembriaguezcompleta,provenientedecasofortuitoouforamaior,era,aotempodaaooudaomisso, inteiramenteincapazdeentenderocarter ilcitodofatooudedeterminarsedeacordocomesseentendimento.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
2Apenapodeserreduzidadeumadoisteros,seoagente,porembriaguez,provenientedecasofortuitoouforamaior,nopossua,aotempodaaooudaomisso,aplenacapacidadedeentenderocarterilcitodofatooudedeterminarsedeacordocomesseentendimento.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
TTULOIV
DOCONCURSODEPESSOAS
Regrascomunsspenasprivativasdeliberdade
Art. 29 Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
1 Seaparticipao fordemenor importncia,apenapodeserdiminudadeumsextoaum tero. (RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
2Sealgumdosconcorrentesquisparticipardecrimemenosgrave,serlheaplicadaapenadesteessapenaseraumentadaatmetade,nahiptesedetersidoprevisveloresultadomaisgrave.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Circunstnciasincomunicveis
Art.30Nosecomunicamascircunstnciaseascondiesdecarterpessoal,salvoquandoelementaresdocrime.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Casosdeimpunibilidade
Art.31Oajuste,adeterminaoouinstigaoeoauxlio,salvodisposioexpressaemcontrrio,nosopunveis,seocrimenochega,pelomenos,asertentado.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
TTULOV
-
28/05/2015 DEL2848
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decretolei/del2848.htm 14/72
DASPENAS
CAPTULOI
DASESPCIESDEPENA
Art.32Aspenasso:(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Iprivativasdeliberdade
IIrestritivasdedireitos
IIIdemulta.
SEOI
DASPENASPRIVATIVASDELIBERDADE
Reclusoedeteno
Art.33Apenadereclusodevesercumpridaemregimefechado,semiabertoouaberto.Adedeteno,emregimesemiaberto,ouaberto,salvonecessidadedetransfernciaaregimefechado.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
1Considerase:(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
a)regimefechadoaexecuodapenaemestabelecimentodeseguranamximaoumdia
b)regimesemiabertoaexecuodapenaemcolniaagrcola,industrialouestabelecimentosimilar
c)regimeabertoaexecuodapenaemcasadealbergadoouestabelecimentoadequado.
2Aspenasprivativasdeliberdadedeveroserexecutadasemformaprogressiva,segundoomritodocondenado,observadososseguintescritrioseressalvadasashiptesesdetransfernciaaregimemaisrigoroso:(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
a)ocondenadoapenasuperiora8(oito)anosdevercomearacumprilaemregimefechado
b)ocondenadonoreincidente,cujapenasejasuperiora4(quatro)anosenoexcedaa8(oito),poder,desdeoprincpio,cumprilaemregimesemiaberto
c)ocondenadonoreincidente,cujapenasejaigualouinferiora4(quatro)anos,poder,desdeoincio,cumprilaemregimeaberto.
3 A determinao do regime inicial de cumprimento da pena farse com observncia dos critrios previstos no art. 59 desteCdigo.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
4oOcondenadopor crimecontraaadministraopblica teraprogressode regimedocumprimentodapenacondicionadareparaododanoquecausou,oudevoluodoprodutodoilcitopraticado,comosacrscimoslegais.(IncludopelaLein10.763,de12.11.2003)
Regrasdoregimefechado
Art. 34 O condenado ser submetido, no incio do cumprimento da pena, a exame criminolgico de classificao paraindividualizaodaexecuo.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
1Ocondenadoficasujeitoatrabalhonoperododiurnoeaisolamentoduranteorepousonoturno.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
2Otrabalhoseremcomumdentrodoestabelecimento,naconformidadedasaptidesouocupaesanterioresdocondenado,desdequecompatveiscomaexecuodapena.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
3 O trabalho externo admissvel, no regime fechado, em servios ou obras pblicas. (Redao dada pela Lei n 7.209, de11.7.1984)
Regrasdoregimesemiaberto
Art.35Aplicaseanormadoart.34desteCdigo,caput,aocondenadoqueinicieocumprimentodapenaemregimesemiaberto.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
1 Ocondenado fica sujeitoa trabalhoemcomumduranteoperododiurno,emcolniaagrcola, industrial ouestabelecimentosimilar.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
2Otrabalhoexternoadmissvel,bemcomoafreqnciaacursossupletivosprofissionalizantes,deinstruodesegundograuousuperior.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Regrasdoregimeaberto
Art.36Oregimeabertobaseiasenaautodisciplinaesensoderesponsabilidadedocondenado.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
1 O condenado dever, fora do estabelecimento e sem vigilncia, trabalhar, freqentar curso ou exercer outra atividadeautorizada,permanecendorecolhidoduranteoperodonoturnoenosdiasdefolga.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
2Ocondenadosertransferidodoregimeaberto,sepraticarfatodefinidocomocrimedoloso,sefrustrarosfinsdaexecuoouse,podendo,nopagaramultacumulativamenteaplicada.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Regimeespecial
Art. 37 As mulheres cumprem pena em estabelecimento prprio, observandose os deveres e direitos inerentes sua condiopessoal,bemcomo,noquecouber,odispostonesteCaptulo.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
-
28/05/2015 DEL2848
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decretolei/del2848.htm 15/72
Direitosdopreso
Art.38Opresoconservatodososdireitosnoatingidospelaperdada liberdade, impondoseatodasasautoridadesorespeitosuaintegridadefsicaemoral.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Trabalhodopreso
Art.39Otrabalhodopresosersempreremunerado,sendolhegarantidososbenefciosdaPrevidnciaSocial.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Legislaoespecial
Art.40Alegislaoespecialregularamatriaprevistanosarts.38e39desteCdigo,bemcomoespecificarosdeveresedireitosdo preso, os critrios para revogao e transferncia dos regimes e estabelecer as infraes disciplinares e correspondentes sanes.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Superveninciadedoenamental
Art.41Ocondenadoaquemsobrevmdoenamentaldeveserrecolhidoahospitaldecustdiaetratamentopsiquitricoou,falta,aoutroestabelecimentoadequado.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Detrao
Art. 42 Computamse, na pena privativa de liberdade e namedida de segurana, o tempo de priso provisria, no Brasil ou noestrangeiro,odeprisoadministrativaeodeinternaoemqualquerdosestabelecimentosreferidosnoartigoanterior.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
SEOII
DASPENASRESTRITIVASDEDIREITOS
Penasrestritivasdedireitos
Art.43.Aspenasrestritivasdedireitosso:(RedaodadapelaLein9.714,de1998)
Iprestaopecuniria(IncludopelaLein9.714,de1998)
IIperdadebensevalores(IncludopelaLein9.714,de1998)
III(VETADO)(IncludopelaLein9.714,de1998)
IV prestao de servio comunidade ou a entidades pblicas (Includo pela Lei n 7.209, de 11.7.1984 , renumerado comalteraopelaLein9.714,de25.11.1998)
V interdio temporria de direitos (Includo pela Lei n 7.209, de 11.7.1984 , renumerado com alterao pela Lei n 9.714, de25.11.1998)
VI limitao de fim de semana. (Includo pela Lei n 7.209, de 11.7.1984 , renumerado com alterao pela Lei n 9.714, de25.11.1998)
Art.44Aspenasrestritivasdedireitossoautnomasesubstituemasprivativasdeliberdade,quando:(RedaodadapelaLein7.209,de1984)
Iaplicadapenaprivativadeliberdadeinferioraumanoouseocrimeforculposo(RedaodadapelaLein7.209,de1984)IIorunoforreincidente(RedaodadapelaLein7.209,de1984)III aculpabilidade,osantecedentes,acondutasocialeapersonalidadedocondenado,bemcomoosmotivoseascircunstncias
indicaremqueessasubstituiosejasuficiente.(IncludopelaLein7.209,de1984)PargrafonicoNoscrimesculposos,apenaprivativade liberdadeaplicada, igualousuperioraumano,podesersubstitudapor
umapenarestritivadedireitosemultaouporduaspenasrestritivasdedireitos,exeqveissimultaneamente.(IncludopelaLein7.209,de1984)
Art.44.Aspenasrestritivasdedireitossoautnomasesubstituemasprivativasde liberdade,quando:(RedaodadapelaLein9.714,de1998)
I aplicada pena privativa de liberdade no superior a quatro anos e o crime no for cometido com violncia ou grave ameaa pessoaou,qualquerquesejaapenaaplicada,seocrimeforculposo(RedaodadapelaLein9.714,de1998)
IIorunoforreincidenteemcrimedoloso(RedaodadapelaLein9.714,de1998)
III aculpabilidade,osantecedentes,acondutasocialeapersonalidadedocondenado,bemcomoosmotivoseascircunstnciasindicaremqueessasubstituiosejasuficiente.(RedaodadapelaLein9.714,de1998)
1o(VETADO)(IncludoevetadopelaLein9.714,de1998)
2o Na condenao igual ou inferior a um ano, a substituio pode ser feita pormulta ou por uma pena restritiva de direitos sesuperioraumano,apenaprivativade liberdadepodesersubstitudaporumapenarestritivadedireitosemultaouporduasrestritivasdedireitos.(IncludopelaLein9.714,de1998)
3oSeocondenadoforreincidente,ojuizpoderaplicarasubstituio,desdeque,emfacedecondenaoanterior,amedidasejasocialmente recomendvel e a reincidncia no se tenhaoperadoemvirtudedaprtica domesmocrime. (Includo pela Lei n 9.714, de1998)
4o A pena restritiva de direitos convertese em privativa de liberdade quando ocorrer o descumprimento injustificado da restrioimposta.Noclculodapenaprivativade liberdadeaexecutarserdeduzidoo tempocumpridodapenarestritivadedireitos, respeitadoosaldomnimodetrintadiasdedetenoourecluso.(IncludopelaLein9.714,de1998)
5oSobrevindocondenaoapenaprivativade liberdade,poroutro crime,o juizdaexecuopenaldecidir sobrea converso,podendodeixardeapliclaseforpossvelaocondenadocumprirapenasubstitutivaanterior.(IncludopelaLein9.714,de1998)
-
28/05/2015 DEL2848
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decretolei/del2848.htm 16/72
Conversodaspenasrestritivasdedireitos
Art.45 Apenarestritivadedireitosconverteseemprivativade liberdade,pelo tempodapenaaplicada,quando: ((RedaodadapelaLein7.209,de1984)
Isobreviercondenao,poroutrocrime,apenaprivativadeliberdadecujaexecuonotenhasidosuspensa(RedaodadapelaLein7.209,de1984)
IIocorrerodescumprimentoinjustificadodarestrioimposta.(RedaodadapelaLein7.209,de1984)
Art.45.Naaplicaodasubstituioprevistanoartigoanterior,procedersenaformadesteedosarts.46,47e48.(RedaodadapelaLein9.714,de1998)
1oAprestaopecuniriaconsistenopagamentoemdinheirovtima,aseusdependentesouaentidadepblicaouprivadacomdestinao social, de importncia fixada pelo juiz, no inferior a 1 (um) salriomnimonemsuperior a 360 (trezentos e sessenta) salriosmnimos.Ovalorpagoserdeduzidodomontantedeeventual condenaoemaode reparaocivil, secoincidentesosbeneficirios.(IncludopelaLein9.714,de1998)
2oNocasodopargrafoanterior,sehouveraceitaodobeneficirio,aprestaopecuniriapodeconsistiremprestaodeoutranatureza.(IncludopelaLein9.714,de1998)
3o A perda de bens e valores pertencentes aos condenados darse, ressalvada a legislao especial, em favor do FundoPenitencirioNacional,eseuvalortercomotetooqueformaioromontantedoprejuzocausadooudoproventoobtidopeloagenteouporterceiro,emconseqnciadaprticadocrime.(IncludopelaLein9.714,de1998)
4o(VETADO)(IncludopelaLein9.714,de1998)
Prestaodeservioscomunidadeouaentidadespblicas
Art. 46 A prestao de servios a comunidade consiste na atribuio ao condenado de tarefas gratuitas junto a entidadesassistncias,hospitais,escolas,orfanatoseoutrosestabelecimentoscongneres,emprogramascomunitriosouestatais. (Redao dadapelaLein7.209,de1984)
Pargrafo nico As tarefas sero atribudas conforme as aptides do condenado, devendo ser cumpridas, durante oito horassemanais,aossbados,domingoseferiadosouemdiasteis,demodoanoprejudicarajornadanormaldetrabalho.(RedaodadapelaLein7.209,de1984)
Art. 46. A prestao de servios comunidade ou a entidades pblicas aplicvel s condenaes superiores a seis meses deprivaodaliberdade.(RedaodadapelaLein9.714,de1998)
1o A prestao de servios comunidade ou a entidades pblicas consiste na atribuio de tarefas gratuitas ao condenado.(IncludopelaLein9.714,de1998)
2o A prestao de servio comunidade darse em entidades assistenciais, hospitais, escolas, orfanatos e outrosestabelecimentoscongneres,emprogramascomunitriosouestatais.(IncludopelaLein9.714,de1998)
3oAstarefasaqueserefereo1oseroatribudasconformeasaptidesdocondenado,devendosercumpridasrazodeumahoradetarefapordiadecondenao,fixadasdemodoanoprejudicarajornadanormaldetrabalho.(IncludopelaLein9.714,de1998)
4oSeapenasubstituda forsuperioraumano, facultadoaocondenadocumprirapenasubstitutivaemmenor tempo(art.55),nuncainferiormetadedapenaprivativadeliberdadefixada.(IncludopelaLein9.714,de1998)
Interdiotemporriadedireitos(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Art.47Aspenasdeinterdiotemporriadedireitosso:(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Iproibiodoexercciodecargo,funoouatividadepblica,bemcomodemandatoeletivo(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
IIproibiodoexercciodeprofisso,atividadeouofcioquedependamdehabilitaoespecial,delicenaouautorizaodopoderpblico(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
IIIsuspensodeautorizaooudehabilitaoparadirigirveculo.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)>
IVproibiodefreqentardeterminadoslugares.(IncludopelaLein9.714,de1998)
Vproibiodeinscreverseemconcurso,avaliaoouexamepblicos.(IncludopelaLein12.550,de2011)Limitaodefimdesemana
Art.48Alimitaodefimdesemanaconsistenaobrigaodepermanecer,aossbadosedomingos,por5(cinco)horasdirias,emcasadealbergadoououtroestabelecimentoadequado.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Pargrafo nico Durante a permanncia podero ser ministrados ao condenado cursos e palestras ou atribudas atividadeseducativas.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
SEOIII
DAPENADEMULTA
Multa
Art.49 Apenademultaconsistenopagamentoao fundopenitenciriodaquantia fixadanasentenaecalculadaemdiasmulta.Ser,nomnimo,de10(dez)e,nomximo,de360(trezentosesessenta)diasmulta.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
1 Ovalordodiamultaser fixadopelo juiznopodendoser inferioraum trigsimodomaiorsalriomnimomensalvigenteaotempodofato,nemsuperiora5(cinco)vezesessesalrio.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
2Ovalordamultaseratualizado,quandodaexecuo,pelosndicesdecorreomonetria.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
-
28/05/2015 DEL2848
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decretolei/del2848.htm 17/72
Pagamentodamulta
Art.50Amultadeveserpagadentrode10(dez)diasdepoisdetransitadaemjulgadoasentena.Arequerimentodocondenadoeconforme as circunstncias, o juiz pode permitir que o pagamento se realize emparcelasmensais. (Redao dada pela Lei n 7.209, de11.7.1984)
1Acobranadamultapodeefetuarsemediantedescontonovencimentoousalriodocondenadoquando:(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
a)aplicadaisoladamente
b)aplicadacumulativamentecompenarestritivadedireitos
c)concedidaasuspensocondicionaldapena.
2Odescontonodeveincidirsobreosrecursosindispensveisaosustentodocondenadoedesuafamlia.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
ConversodaMultaerevogao(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Art. 51 Amulta convertese em pena de deteno, quando o condenado solvente deixa de pagal ou frustra a sua execuo.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Mododeconverso.1Naconverso,acadadiamultacorresponderumdiadedeteno,nopodendoestasersuperioraumano.(Revogadopela
Lein9.268,de1.4.1996)Revogaodaconverso2Aconversoficasemefeitose,aqualquertempo,pagaamulta.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984) (Revogado
pelaLein9.268,de1.4.1996)
Art.51Transitadaem julgadoasentenacondenatria,amultaserconsideradadvidadevalor,aplicandoselhesasnormasdalegislao relativa dvida ativa da Fazenda Pblica, inclusive no que concerne s causas interruptivas e suspensivas da prescrio.(RedaodadapelaLein9.268,de1.4.1996)
Suspensodaexecuodamulta
Art.52suspensaaexecuodapenademulta,sesobrevmaocondenadodoenamental.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
CAPTULOII
DACOMINAODASPENAS
Penasprivativasdeliberdade
Art. 53 As penas privativas de liberdade tm seus limites estabelecidos na sano correspondente a cada tipo legal de crime.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Penasrestritivasdedireitos
Art.54Aspenasrestritivasdedireitossoaplicveis,independentementedecominaonaparteespecial,emsubstituiopenaprivativadeliberdade,fixadaemquantidadeinferiora1(um)ano,ounoscrimesculposos.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Art.55Aspenasrestritivasdedireitosteroamesmaduraodapenaprivativadeliberdadesubstituda.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Art. 55.Aspenas restritivasdedireitos referidasnos incisos III, IV,VeVIdoart. 43 teroamesmaduraodapenaprivativadeliberdadesubstituda,ressalvadoodispostono4odoart.46.(RedaodadapelaLein9.714,de1998)
Art. 56 As penas de interdio, previstas nos incisos I e II do art. 47 deste Cdigo, aplicamse para todo o crime cometido noexercciodeprofisso,atividade,ofcio,cargooufuno,semprequehouverviolaodosdeveresquelhessoinerentes.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Art.57Apenadeinterdio,previstanoincisoIIIdoart.47desteCdigo,aplicaseaoscrimesculpososdetrnsito.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Penademulta
Art. 58 Amulta, previstaemcada tipo legal de crime, temos limites fixadosnoart. 49e seuspargrafosdesteCdigo.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
PargrafonicoAmultaprevistanopargrafonicodoart.44eno2doart.60desteCdigoaplicaseindependentementedecominaonaparteespecial.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
CAPTULOIII
DAAPLICAODAPENA
Fixaodapena
Art. 59 O juiz, atendendo culpabilidade, aos antecedentes, conduta social, personalidade do agente, aos motivos, scircunstnciaseconseqnciasdocrime,bemcomoaocomportamentodavtima,estabelecer,conformesejanecessrioesuficienteparareprovaoeprevenodocrime:(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Iaspenasaplicveisdentreascominadas(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
IIaquantidadedepenaaplicvel,dentrodoslimitesprevistos(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
IIIoregimeinicialdecumprimentodapenaprivativadeliberdade(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
-
28/05/2015 DEL2848
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decretolei/del2848.htm 18/72
IVasubstituiodapenaprivativadaliberdadeaplicada,poroutraespciedepena,secabvel.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Critriosespeciaisdapenademulta
Art.60Nafixaodapenademultaojuizdeveatender,principalmente,situaoeconmicadoru.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
1Amultapodeseraumentadaatotriplo,seojuizconsiderarque,emvirtudedasituaoeconmicadoru,ineficaz,emboraaplicadanomximo.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Multasubstitutiva
2 A pena privativa de liberdade aplicada, no superior a 6 (seis) meses, pode ser substituda pela de multa, observados oscritriosdosincisosIIeIIIdoart.44desteCdigo.(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Circunstnciasagravantes
Art.61Socircunstnciasquesempreagravamapena,quandonoconstituemouqualificamocrime:(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
Iareincidncia(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
IIteroagentecometidoocrime:(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
a)pormotivoftiloutorpe
b)parafacilitarouasseguraraexecuo,aocultao,aimpunidadeouvantagemdeoutrocrime
c)traio,deemboscada,oumediantedissimulao,ououtrorecursoquedificultououtornouimpossveladefesadoofendido
d)comempregodeveneno,fogo,explosivo,torturaououtromeioinsidiosooucruel,oudequepodiaresultarperigocomum
e)contraascendente,descendente,irmooucnjuge
f)comabusodeautoridadeouprevalecendosederelaesdomsticas,decoabitaooudehospitalidade
f) com abuso de autoridade ou prevalecendose de relaes domsticas, de coabitao ou dehospitalidade,oucomviolnciacontraamulhernaformadaleiespecfica(RedaodadapelaLein11.340,de2006)
g)comabusodepoderouviolaodedeverinerenteacargo,ofcio,ministrioouprofisso
h)contracriana,velho,enfermooumulhergrvida.(RedaodadapelaLein9.318,de1996)
h)contracriana,maiorde60(sessenta)anos,enfermooumulhergrvida(RedaodadapelaLein10.741,de2003)
i)quandooofendidoestavasobaimediataproteodaautoridade
j)emocasiodeincndio,naufrgio,inundaoouqualquercalamidadepblica,oudedesgraaparticulardoofendido
l)emestadodeembriaguezpreordenada.
Agravantesnocasodeconcursodepessoas
Art.62Apenaseraindaagravadaemrelaoaoagenteque:(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
I promove, ou organiza a cooperao no crime ou dirige a atividade dos demais agentes (Redao dada pela Lei n 7.209, de11.7.1984)
IIcoageouinduzoutremexecuomaterialdocrime(RedaodadapelaLein7.209,de11.7.1984)
III instiga ou determina a cometer o crime algum sujeito sua aut