2ª AUDIÊNCIA PÚBLICA Faculdade Evangélica Raízes, 1º de Outubro de 2019

A POPULAÇÃO OPINA SOBRE

DISTRITO INDUSTRIAL OU POLO INDUSTRIAL

E A POLÍTICA DE INCENTIVOS FISCAIS

DO MUNICÍPIO DE ANÁPOLIS

ANÁPOLIS

NO CONTEXTO BRASILEIRO

Alcança 85% do PIB do Brasil em um raio de 1.200km

AS VANTAGENS COMPETITIVAS DE ANÁPOLIS

NEGLIGENCIADAS POR SUCESSIVOS GOVERNOS

Única Estação Aduaneira de Interior no Brasil autorizada a desembaraçar, armazenar e movimentar armas, munição, explosivos etc.

Plataforma Logística Multimodal com 2 milhões de m2 pronta para receber indústrias.

Aeroporto para aeronaves de grande porte, para cargas e construção e manutenção de aeronaves .

Campus da UEG integrando o

complexo Aeroporto, Plataforma e o Entroncamento Rodoviário, Aéreo e Ferroviário.

AEROPORTO, PLATAFORMA, CAMPUS DA UEG, DAIA E PORTO SECO

Ramal da Ferrovia Norte-Sul e da Ferrovia Centro-Atlântica, que ligam Anápolis aos principais Portos na costa atlântica brasileira.

Eixo Brasília-Anápolis-Goiânia (em

2030 Anápolis deve chegar a 620 mil habitantes).

20 IES, com 190 cursos de graduação e

programas de mestrado e doutorado. Laboratório de Logística de

Engenharia Aeroespacial do ITA (a instalação teve início em Julho de 2019).

Entroncamento de 3 das mais

importantes e estratégicas rodovias brasileiras: BR-060, BR-153 e BR-414.

O CONCEITO Distrito Industrial é uma parcela do solo urbano destinada à atividade industrial assim enquadrada no Zoneamento Urbano, que compatibilize seus objetivos com a proteção ambiental, podendo abrigar atividades de significativo impacto ambiental, nos termos da lei, independentemente do tamanho de sua área. Polo Industrial é a parcela do solo urbano com até 100 hectares destinada a atividade industrial, enquadrada no Zoneamento Urbano com porções de uso predominantemente industrial e outras de uso misto, que compatibilize seus objetivos com a proteção ambiental, vedado a instalação de atividades causadoras de significativo impacto ambiental. Em ambos os casos sua implantação da infraestrutura é precedida de planejamento para atender empreendimentos industriais e de serviços, o porte das empresas (micro, pequeno, médio ou de grande porte) e as políticas e estratégias de indução do desenvolvimento.

UM CICLO VIRTUOSO Um Distrito ou um Polo planejado e dotado de boa infraestrutura tem mais chances de atrair novos empreendimentos, e ao lado de uma política de incentivos fiscais e financeiros ampliam o diferencial competitivo das empresas nele instaladas. Novos empreendimentos geram empregos diretos e indiretos, oportunidades de ocupação e renda, a circulação da massa de salários em todos os setores da economia e a distribuição da renda em todas as camadas do tecido social. Isso garante ao Setor Público o aumento da arrecadação e a redução dos gastos na área social, expandindo a capacidade de investimentos em infraestrutura e em áreas estratégicas para melhoria da qualidade de vida de toda a população.

A CONCEPÇÃO DA PROPOSTA O conceito tem como base o respeito às normas ambientais e às características físicas e bióticas da área a ser escolhida, que deve ser dotada de infraestrutura que favoreça as dinâmicas e os processos industriais, contribuindo para os índices de produtividade. Deve ser localizada nas proximidades do Aeroporto, da Plataforma Logística, dos ramais das ferrovias Norte-Sul e Centro-Atlântica, das BR’s e da parte mais densamente povoada da cidade. E deve gerar um Eco Sistema capaz de abrigar cadeias produtivas interdependentes, perpassando tanto o conceito de cluster quanto o de Arranjo Produtivo Local (APL).

Lembrando que cluster foca o ganho de capital econômico pelos atores envolvidos nos processos; APL transcende a definição meramente econômica e abrange questões relacionadas ao desenvolvimento local e a formação de capital social.

ELEMENTOS ESSENCIAIS DO PROJETO

Amplas áreas verdes e de recreação;

Acesso facilitado a transporte coletivo de qualidade;

Sistemas eficientes de tratamento e destinação dos efluentes;

Reciclagem dos resíduos sólidos;

Adoção de fontes alternativas de energias;

Tecnologia para reuso d’água e captação das águas pluviais;

Soluções alternativas para o tratamento do esgoto sanitário;

Dimensionamento dos lotes para prestigiar micro, pequenas e

médias empresas (são as que mais geram empregos).

O EMPREENDIMENTO NA “APA DO RIO PIANCÓ” Qualquer consideração adjacente a respeito da instalação do empreendimento nas imediações da “APA do Rio Piancó” requer a compreensão da natureza jurídica das Unidades de Conservação (UC). A Constituição Federal confere ao Poder Público competência para definir os espaços territoriais e seus componentes a serem protegidos, vedando o uso que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem a proteção (art. 225, § 1º, inciso III). A lei infraconstitucional prevê diversos níveis de preservação e a Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000 (dispõe sobre o Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC) categoriza as UC em 2 grandes grupos: 1º) Unidades de Proteção Integral e 2º) Unidades de Uso Sustentável.

Cada um desses grupos possui categorias distintas a serem usadas no ato de criação da UC, para garantir a integridade dos atributos que justificaram a proteção, conforme as estratégias da política pública.

Grupo das Unidades de Proteção Integral:

1. Estação Ecológica; 2. Reserva Biológica; 3. Parque Nacional; 4. Monumento Natural; 5. Refúgio de Vida Silvestre.

Grupo das Unidades de Uso Sustentável:

1. Área de Proteção Ambiental; 2. Área de Relevante Interesse Ecológico; 3. Floresta Nacional; 4. Reserva Extrativista; 5. Reserva de Fauna; 6. Reserva de Desenvolvimento Sustentável; 7. Reserva Particular do Patrimônio Natural.

APA é uma área extensa, com certo grau de ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais importantes para a qualidade de vida e para o bem-estar da população, e tem como objetivo proteger a diversidade biológica, disciplinar a ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais (art. 15 da Lei nº 9.985/00). Pode incidir sobre terras públicas ou privadas (§ 1º do art. 15) e justamente pela possibilidade de constituir-se de terras privadas que a APA é a Unidade de Conservação com o menor nível de restrição ao uso. Uma vez que incida sobre terras privadas deve respeitar os direitos assegurados pela CF aos proprietários, como a livre iniciativa econômica e a propriedade, inclusive seu uso, gozo e disposição (§ 2º do art. 15). Exatamente por isso, entre as 11 categorias de UC previstas na Lei nº 9.985/00 (SNUC) a APA é a menos restritiva.

Pelo visto, as restrições para o uso da propriedade privada localizada na APA devem respeitar os limites da Constituição Federal (CF). E para a CF, o fundamento da ordem econômica é a valorização do trabalho e a livre iniciativa, assegurando a todos uma existência digna conforme os ditames da justiça social, observados os princípios da função social da propriedade, da defesa do meio ambiente e da propriedade privada (artigo 170). O princípio da propriedade privada não foi incluído na CF aleatoriamente, tampouco contraria o art. 225 da mesma Lei Maior (necessidade de qualidade ambiental para as presentes e futuras gerações). Pelo contrário, no contexto constitucional esses são interesses fundamentais indissociáveis e igualmente importantes para o bem-estar da população. Assim, não há nenhum impedimento constitucional ou legal para a instalação de um Distrito Industrial ou de um Polo Industrial na “APA do Rio Piancó”.

A VANTAGEM TRIDIMENSIONAL DA ÁREA ESCOLHIDA

1) Proporciona à população da Região Norte de Anápolis, historicamente negligenciada por sucessivos governos, acesso a oportunidades de ocupação, emprego e renda nas proximidades de suas residências.

2) Garante o uso sustentável dos recursos naturais da “APA do Rio Piancó”, pois cria em seu entorno um empreendimento de importância estratégica, que democratiza as oportunidades de empreendedorismo e de emprego, ocupação e renda, como antes mencionado.

3) Leva para o entorno da “APA do Rio Piancó” um empreendimento com flagrante viés tecnológico e sustentável, capaz de irradiar uma cultura de uso sustentável dos recursos naturais.

Além disso, favorece a mobilidade e a facilidade de acesso, reduz a pressão sobre o Sistema Viário urbano, prestigia o transporte coletivo público e o bem-estar dos trabalhadores, ao diminuir o tempo gasto no itinerário “casa-trabalho-casa”.

OBJETIVO, LOCALIZAÇÃO E INFRAESTRUTURA O objetivo é oferecer um espaço ordenado, urbanizado e dotado de infraestrutura adequada para a instalação de empresas do setor industrial e de prestação de serviços de apoio à indústria. O público alvo é formado por empresas locais e de outras localidades interessadas na localização estratégica de Anápolis, seu entroncamento rodoviário (BR-153, BR-060 e BR-414) e ferroviário (Ferrovia Norte-Sul e Ferrovia Centro-Atlântica), Aeroporto de Cargas e pela Estação Aduaneira de Interior (EADI), além dos incentivos fiscais e financeiros que proporcionam considerável vantagem competitiva para as empresas. A infraestrutura do Distrito Industrial ou do Polo Industrial terá: sistema de abastecimento de água tratada, rede de energia elétrica, sistema de drenagem de águas pluviais, rede de esgotamento sanitário, ruas e avenidas asfaltadas, sinalizadas, dotadas de acostamentos, passeios calçados e canteiros centrais arborizados e integradas ao Sistema Viário, amplas áreas verdes, praças, ciclovias etc., em área nobre na Macrozona do Rio Piancó, na porção Norte do Município.

Terá ainda um Centro de Serviços com agências bancárias, casas lotéricas, ambulatório médico, restaurantes, área para recreação e integração, além de um coworking em ambiente climatizado e dotado de auditório, salas para reuniões, salas de aula, salas para treinamento, salas privativas, internet rápida e segura, serviços de papelaria, recepção, segurança e higienização dos ambientes. Também será disponibilizado no Centro de Serviços um espaço para a sede da Associação dos Produtores Rurais da Comunidade Piancó. Para prestigiar principalmente micro, pequenas e médias empresas serão oferecidos lotes com área de 1.000,00m2 e de 5.000,00m2. O projeto paisagístico prevê corredores ecológicos, ciclovias, áreas verdes e praças arborizadas com espécies nativas do Cerrado. Todo o solo removido durante as operações de escavação e movimentação de terra será reutilizado como insumo para os jardins internos do empreendimento e de outras localidades do Município.

OPORTUNIDADES GERADAS PELAS MACROTENDÊNCIAS MUNDIAIS 8 Macrotendências Socioeconômicas mundiais de longo prazo geradas por transformações no crescimento da renda e das populações e no modo de produzir, consumir, se locomover e se relacionar:

América Latina: baixo crescimento populacional e da renda per capita, a chamada “armadilha da renda média”.

África Subsaariana: elevado crescimento populacional e da renda per capita.

Oriente Médio: elevado crescimento populacional e baixo crescimento da renda per capita.

América do Norte e Europa: baixo crescimento populacional e crescimento marginal da renda per capita.

Leste e Sul da Ásia: elevado crescimento populacional e da renda per capita.

O PIB mundial deve passar dos atuais US$ 107 trilhões (2015) para US$ 187 trilhões (2030) e a população mundial de 7,35 bilhões (2015) para 8,7 bilhões de pessoas (2030).

O Brasil tem potencial para receber investimentos em infraestrutura e na produção de alimentos para suportar a demanda mundial.

Mas só terá maior participação no comércio mundial se agregar maior valor aos recursos naturais, matérias primas, insumos e serviços.

Exemplo: O “valor adicionado” no café em cápsulas é 97 vezes maior do que no café em grãos.

As macrotendências mundiais indicam que até 2030 haverá grandes oportunidades para o Brasil, gerados por:

1) maior demanda por alimentos; 2) maior demanda por energia; 3) expansão do entretenimento e turismo; 4) novas tecnologias; 5) urbanização e megacidades; 6) infraestrutura moderna e competitiva; 7) envelhecimento da população e 8) aumento das tensões geopolíticas.

SETORES PRIORITÁRIOS PARA ATRAIR Aumento na Demanda por Alimentos Está diretamente relacionado ao crescimento da população e ao aumento da renda e pode gerar oportunidades para o Brasil se houver foco e prioridade em tecnologia e Agro 4.0, como, v.g.,:

1. colheitadeiras autônomas (tripuladas remotamente);

2. sensores em frutas (monitoram o tamanho, níveis de clorofila e antocianina, avisando a hora de colher);

3. smart collars (monitoram a fertilidade, detectam sinais precoces de doenças e passam essas informações para o celular do agricultor) e

4. drones com pulverizadores de precisão (tripulados remotamente, aplicam agroquímicos com precisão e somente onde são necessários).

SETORES PRIORITÁRIOS PARA ATRAIR

Maior Demanda por Energia

1) geração de energia renovável (eólica, fotovoltaica, biomassa e resíduos);

2) geração de energia não renovável (gás natural e de xisto, nuclear); 3) distribuição de energia (sistemas digitalizados para distribuição

inteligente – “Smart Grid” -, consumidores simultaneamente produtores);

4) armazenamento de energia (baterias e capacitores, tecnologias alternativas de estocagem de energia para substituição do lítio, como, v.g., armazenamento químico).

O Brasil é referência em fontes renováveis de energia, responde por 75% da energia gerada, é o 3º colocado em capacidade hidrelétrica instalada e o 10º em energia eólica. Até 2040 a energia fotovoltaica passa de 0,8% para 32% da matriz elétrica (Fonte: Absolar), reduzindo 66% no custo de geração (Fonte: Bloomberg New Energy Finance).

A pesquisa em armazenamento de energia é valiosa pois traz inovação disruptiva. Pesquisas com grafeno proporciona vantagem tecnológica.

SETORES PRIORITÁRIOS PARA ATRAIR Expansão do Entretenimento e do Turismo Decorre de fatores como o crescimento da renda e da introdução de novas tecnologias “poupadoras” de trabalho, que vão proporcionar maior tempo de lazer aos trabalhadores, principalmente os de renda mais alta. Nesse seguimento há significativas oportunidades relacionadas ao turismo (acomodação e alojamento – estimadas em US$ 1 trilhão –, museus e galerias, ecologia e aventura) e à economia criativa (cultura, audiovisual e mídia editorial, softwares e games, design e arquitetura e publicidade).

SETORES PRIORITÁRIOS PARA ATRAIR Aumento na Demanda por Novas Tecnologias Está relacionado à 4ª revolução industrial (“Indústria 4.0”) e tem como característica o desenvolvimento de novos produtos e serviços a partir da integração de tecnologias, como, e.g.:

Cyber Range: Cyber Segurity & Cyber Defense; Big Data; Cloud Computing; Computação de Alto Desempenho; Internet das Coisas (IoT); Manufatura Aditiva; Materiais Avançados; Realidade Virtual e Aumentada; Robótica; Simulação e Design Digital.

SETORES PRIORITÁRIOS PARA ATRAIR Incremento da Urbanização e o Surgimento de Megacidades Ao lado da sofisticação tecnológica, vão legar ao surgimento concomitante de Smart Cities. Para o Brasil haverá oportunidades:

Automação e integração de sistemas de transporte; Gestão de trânsito com Big Data; Distribuição de energia; Prevenção de acidentes; Saneamento; Infraestrutura social (sistemas de saúde digitalmente

interligados, plataformas de educação à distância); Habitação de baixo custo (casas modulares ou pré-fabricadas); Monitoramento eletrônico por Circuitos Fechados de TV

(análise de dados e imagens sobre crimes em apoio à investigação policial);

Expansão das redes de áreas públicas e de lazer.

SETORES PRIORITÁRIOS PARA ATRAIR

Aumento na Demanda por Infraestrutura

O Brasil pode aproveitar as oportunidades geradas por:

Necessidade de expansão de ferrovias e seus ramais; Modernização de transportes e dos sistemas de energia e

telecomunicação; Integração de transportes (rodoviário, ferroviário,

aeroviário, hidroviário); Comunicação (novas redes 5G, banda larga mais potente,

antenas de conexão de veículos autônomos e robôs nos parques fabris);

insumos minerais (mineração em áreas difíceis, reutilização e reciclagem de materiais);

Infraestrutura social, como, por exemplo, educação. A “Indústria 4.0” requer a modernização da infraestrutura, sobretudo a de comunicações.

SETORES PRIORITÁRIOS PARA ATRAIR Envelhecimento da População Ao lado da diminuição do número de filhos por casal, introduz um novo perfil demográfico determinante nas transformações da demanda e dos padrões de consumo da população. Tudo isso vai gerar oportunidades na:

Produção de cosméticos e fármacos (codificação do DNA, nanotecnologia e biotecnologia, etiquetas inteligentes etc);

Equipamentos médico-hospitalares (diagnósticos avançados, equipamentos cirúrgicos, sensores para rastreamento e programação de manutenção hospitalar);

Atendimento a domicílio (telemedicina, monitoramento por sensores e chips adesivos).

As compras pelo Sistema Único de Saúde (SUS) têm potencial para impulsionar as empresas do setor de fármacos e de equipamentos médico-hospitalares.

SETORES PRIORITÁRIOS PARA ATRAIR Agravamento das Tensões Geopolíticas A turbulência política e a crise econômica global recolocam Defesa & Segurança em primeiro plano e impulsiona a Indústria de Defesa e Segurança. Os gastos militares globais totalizaram US$ 1,73 trilhão em 2017. Oportunidades para o Brasil:

Sistemas de identificação e localização; Armamento e munição; Veículos blindados; Aeronaves, inclusive tripuladas remotamente; Cyber range: Cyber Security e Cyber Defense; Satélites; Robótica; Reconhecimento facial online; Big Data para controle de fluxo migratório.

SETORES ESTRATÉGICOS PARA O DISTRITO INDUSTRIAL OU PARA O POLO INDUSTRIAL Há, ainda, boas oportunidades nos seguimentos relacionados a:

Logística;

Metalurgia;

Eletroeletrônica e de semicondutores e telecomunicações;

Tecnologia de informação, sistemas da computação e

software;

Química;

Biotecnologia e meio ambiente;

Novos materiais.

A POLÍTICA DE INCENTIVOS FISCAIS E FINANCEIROS A concepção da Política de Incentivos Fiscais e Financeiros deve instituir mecanismos capazes de atrair novas empresas para Anápolis e também incentivar as empresas locais a ampliar seus negócios ou se instalar no Distrito Industrial Municipal. Não menos importante, deve cuidar para não caracterizar improbidade administrativa por renúncia de receita tributária, infringindo as normas da Lei Complementar nº 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal).

REQUISITOS LEGAIS DA RENÚNCIA DE RECEITA TRIBUTÁRIA Mecanismos de Compensação Estimativa do impacto orçamentário-financeiro que a aplicação da lei vai causar no ente público naquele exercício e também nos dois exercícios seguintes. Nesse exato momento estão sendo desenvolvidos estudos para que a concessão de benefícios fiscais pelo Município atende ao disposto na Lei de Diretrizes Orçamentárias, de tal modo que seus benefícios estejam expressamente previstos como diretrizes orçamentárias.

REQUISITOS LEGAIS (continuação) De igual modo, a equipe técnica do Município está mensurando o impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos 2 (dois) exercícios seguintes, atendendo ao disposto na Lei de Diretrizes Orçamentárias e, de igual modo:

1) A demonstração de que a renúncia foi considerada na estimativa de receita da Lei Orçamentária, e que não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo próprio da Lei de Diretrizes Orçamentárias;

2) As medidas de compensação por meio do aumento de receita proveniente, principalmente, da ampliação da base de cálculo de outros tributos e contribuições.

REQUISITOS LEGAIS (continuação) Além disso, o Município exigirá contrapartidas socioambientais diretas e pela via oblíqua, como, v.g.:

1) contratação de adolescentes em situação de vulnerabilidade social;

2) contribuição para os fundos municipais de meio ambiente, de ciência e tecnologia e para o Tesouro Verde Municipal de Anápolis, além de promoção do starup’s, empreendedorismo etc.;

3) utilização de fontes alternativas e sustentáveis de energia no próprio empreendimento;

4) utilização de tecnologias alternativas para o tratamento do esgoto gerado pelo próprio empreendimento;

5) plantio de espécies nativas do Cerrado em Área de Preservação Permanente (APP) da APA do Rio Piancó;

6) Etc...

TESOURO VERDE MUNICIPAL DE ANÁPOLIS

A alíquota do Imposto Sobre Serviços (ISS) em Anápolis é de 5,00% (cinco por cento).

Para aquelas empresas que se estabelecerem no Distrito Industrial ou no Polo Industrial essa alíquota deverá ser reduzida e do total arrecadado parte será destinado ao Erário e outra parte, chamada ISS Ecológico, será revertida para o Tesouro Verde Municipal de Anápolis.

Os recursos do Tesouro Verde Municipal de Anápolis serão aplicados no Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) em favor dos produtores rurais estabelecidos na APA do Rio Piancó que incorporarem práticas agropecuárias sustentáveis ou que promoverem a recuperação, a melhora ambiental ou a proteção dos corpos hídricos naquela Unidade de Conservação.

É uma forma inteligente e ecologicamente correta de mitigar o impacto do Distrito Industrial ou do Polo Industrial.

CONCLUSÃO

Como podem ver a proposta ainda está em construção e pode ser aperfeiçoada com a contribuição da sociedade e anapolina.

Por isso fiz tanta questão de vir aqui hoje e ouvir vocês.

Sugestões por escrito podem ser enviadas para o endereço eletrônico sugestao@anapolis.go.gov.br.

Convido para a 3ª Audiência Pública a ser realizada no auditório da ACIA no dia 16 de Outubro de 2019, das 18h30m às 20h30m.

Muito obrigado pela atenção e tenham todos uma ótima noite.

ROBERTO NAVES Prefeito de Anápolis