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A origem da terra

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A origem da terra

O planeta Terra e suas origens

O planeta terra é formado

pelo mesmo material que

compõe os demais

corpos do Sistema Solar

e tudo mais que forma o

Universo.

Portanto, a origem da

Terra está ligada

intrinsecamente à

formação de todos os

corpos do Sistema Solar

e de todas as estrelas a

partir de nuvens de gás e

poeira interestelar.

O planeta Terra e suas origens

A maioria dos cientistas que estudam a origem da Terra faz uma associação com a teoria do Big Bang. Segundo esta teoria, há aproximadamente 15 bilhões de anos o universo era um único ponto que reunia toda matéria e energia existente, o qual explodiu dando origem a todos os astros.

O planeta Terra e suas origens

Há cerca de 4,5 bilhões de anos ocorreu a formação

do Sistema Solar, quando o Universo já contava de 8

a 10 bilhões de anos.

O planeta Terra e suas origens

Formação do Sistema Solar: Durante muitos milhões de

anos, partículas que formavam a nebulosa solar (nuvem de

gás e de poeira interestelar) que se movimentavam

aleatoriamente foram atraídas para o centro de massa da

nebulosa. Dessa forma se formou a protoestrela que deu

origem ao Sol. Enquanto o Sol ficava mais luminoso, a nuvem

de gás tornava-se menos uniforme. Isso porque começavam

a se formar esferas menores que eram muito pequenas para

atingir elevadas temperaturas e transformarem-se em

estrelas. Com o passar do tempo, estas esferas, girando ao

redor da estrela central primitiva, deram origem aos planetas.

O planeta Terra e suas origens

O Sol surgiu no centro do sistema,

com quase a totalidade da matéria

se convergindo para aquele ponto.

Algumas pequenas porções de

matéria estavam próximas o

suficiente para que a atração entre

elas convergisse para um outro

centro. Estes outros pontos de

aglutinação de matéria

permaneceram em movimento.

Alguns realizavam movimento

orbital, mas a maioria desses

agrupamentos, denominados

planetesimais, ainda se moviam

(Fonte: LANG, 2001).

O planeta Terra e suas origens

Os planetesimais se

atraíram, dando

origem a grandes

porções de matéria,

que passamos a

chamar

protoplanetas. Uma

dessas grandes

porções originou a

Terra.

O planeta Terra e suas origens

Conforme a Terra

(ainda um

protoplaneta) viajava

dentro do Sistema

Solar primitivo, ela

varria toda as

partículas menores

que encontrava. Essas

pequenas rochas,

colidindo com a Terra,

passavam a fazer

parte dela. Esse

processo é chamado

de acreção.

O planeta Terra e suas origens

Diferenciação

(formação do disco

proto-planetário): a

ação do vento solar

(prótons, elétrons,

partículas alfa e

radiações de luz e

calor) distribuiu a

matéria presente

conforme o seu peso

atômico, levando os

átomos mais leves para

as regiões mais

externas do sistema.

O planeta Terra e suas origens

Dessa forma, os planetas mais próximos do Sol são

mais densos, com estado sólido predominante

(Mercúrio, Vênus, Terra e Marte). Isso porque durante a

formação desses planetas, essas pequenas esferas não

tiveram a capacidade de reter gases mais leves como o

Hidrogênico e o Hélio.

O planeta Terra e suas origens

Os protoplanetas mais distantes foram atraindo esses

gases e assim formaram-se os chamados “Gigantes

gasosos”: Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Atualmente,

Plutão classificado como um planeta anão, sendo sua

estrutura parecida com um asteróide.

A Terra primitiva

A Terra, na fase de

protoplaneta não tinha

forma regular, mas à

proporção que atraiu

maior quantidade de

matéria, começou a

tomar forma esférica;

Possui cerca de 4,5

bilhões de anos.

A Terra primitiva

Quando se formou, a Terra era constituída por um material pastoso

devido às altas temperaturas. O vapor exalado das fendas já continha

cerca de 10% de água.

Durante esse processo,

muitas vezes a camada

endurecida, denominada

Crosta terrestre, rompia-

se pela pressão do

material quente derretido

e em constante

movimento existente nas

regiões mais interiores do

planeta. Então gases e

vapores, inclusive vapor

de água, eram liberados

para o exterior.

O vapor-d'água, à medida que se afastava da massa

incandescente, resfriava-se e se transformava em água

líquida, caindo em forma de chuva.

A Terra primitiva

Assim, repetindo-se por

muitas vezes, a

superfície da Terra foi

se esfriando lentamente

e grandes quantidades

de água foram nela se

acumulando.

Surgimento da vida na Terra

Teorias do surgimento da vida

Estima-se que a

primeira proteína capaz

de se reproduzir haja

surgido na Terra há

aproximadamente, 4

bilhões de anos.

Formas complexas

começaram a surgir há

pelo menos 3,55 bilhões

de anos, conforme

análise de impressões

fossilizadas de

bactérias.

Teorias do surgimento da vida:

condições favoráveis

A. I. Oparin (1936), sugeriu a seguinte hipótese: a alta

temperatura do planeta e a ocorrência de descargas

elétricas na atmosfera provocaram reações químicas

entre os elementos C, H, N e O, possibilitando o

aparecimento de aminoácidos por ligações peptídicas.

Dessa forma, surgiriam moléculas maiores de

substância albuminóides.

Seriam as primeiras proteínas a existir

na Terra.

A. I. Oparin

Em 1953, o norte-americano Stanley Miller, construiu

um aparelho capaz de submeter os gases da atmosfera

primitiva (metano, amônia, hidrogênio e vapor d’água) a

descargas elétricas, dessa forma testando a hipótese de

Oparin.

Teorias do surgimento da vida:

condições favoráveis

S. Miller

Das reações ocorridas entre os

gases surgiram compostos

orgânicos, entre eles os

aminoácidos, que são os

formadores das proteínas.

Teorias do surgimento da vida:

condições favoráveis

Pouco tempo depois, em 1957, submeteu uma mistura

de aminoácidos secos a aquecimento prolongado e

demonstrou que eles reagiam entre si, formando

cadeias peptídicas, com aparecimento de moléculas

protéicas pequenas.

Sidney Fox

As experiências de Miller e

Fox comprovaram a

veracidade da hipótese de

Oparin.

Hipótese Heterotrófica

De acordo com as evidências coletadas e testadas,

formulou-se a chamada Hipótese Heterotrófica para o

surgimento da vida na Terra:

Os gases presentes na atmosfera primitiva (hidrogênio,

vapor d’água, amônia e metano), foram submetidos às

descargas elétricas provenientes das tempestades que

ocorriam na Terra, e à intensa radiação ultravioleta

proveniente do sol (ainda não existia a proteção da

camada de ozônio).

Hipótese Heterotrófica

Nos oceanos primitivos, formaram-se os compostos

essenciais à vida: aminoácidos, açúcares, ácidos

nucléicos e ácidos graxos. A partir desses compostos

formaram-se os primeiros agregados de moléculas:

coacervados.

Os coacervados, ao interagirem entre si e com o

ambiente, evoluíram para formas mais complexas:

agregados com membrana, que podem ser

considerados os primeiros seres vivos, uma forma de

vida primitiva.

Hipótese Heterotrófica

Os agregados com membrana evoluíram até formarem

as células primitivas. Como na atmosfera primitiva ainda

não existia gás carbônico, os primeiros seres vivos não

seriam capazes de produzir seu próprio alimento

através da fotossíntese.

Portanto, esses seres vivos eram “heterótrofos” (que

não produzem seu próprio alimento). Também não

existia gás oxigênio, portanto eles eram “anaeróbios”

(que não respiram oxigênio).

Hipótese Heterotrófica

Os heterótrofos anaeróbicos, por serem fermentadores, liberaram

gás carbônico na atmosfera primitiva.

Com a formação do gás carbônico, surgiram condições para que

surgissem os seres autótrofos fotossintetizantes.

Como resultado da reação de fotossíntese, os primeiros autótrofos

liberaram gás oxigênio na atmosfera primitiva.

O gás oxigênio permitiu o surgimento dos primeiros seres

heterótrofos aeróbios (que respiram oxigênio), ainda unicelulares.

Os seres unicelulares foram se tornando cada vez mais complexos,

até formarem os pluricelulares, que após milhões de anos

conquistaram o ambiente terrestre.

Outras teorias: Abiogênese

Geração Espontânea: Até meados do século XIX os

cientistas acreditavam que os seres vivos eram gerados

espontaneamente do corpo de cadáveres em

decomposição; que rãs, cobras e crocodilos eram

gerados a partir do lodo dos rios e ratos de roupa suja e

um pouco de milho.

Outras teorias: Biogênese

Em 1668, Francesco Redi (1626 -1697)

investigou a suposta origem de vermes

em corpos em decomposição. Ele

observou que moscas são atraídas

pelos corpos em decomposição e neles

colocam seus ovos. Desse ovos surgem

as larvas, que se transformam em

moscas adultas. Como as larvas são vermiformes, os

“vermes” que ocorrem nos cadáveres

em decomposição nada mais seriam

que larvas de moscas. Redi concluiu,

então, que essas larvas não surgem

espontaneamente a partir da

decomposição de cadáveres, mas são

resultantes da eclosão dos ovos

postos por moscas atraídas pelo corpo

em decomposição.

Outras teorias: Biogênese

Finalmente, o cientista francês Louis Pasteur (1822 -

1895) anulou a hipótese da geração espontânea com

seu famoso experimento de esterilização do caldo de

carne.

Outras teorias

Cosmozoários: admite que microrganismos,

possivelmente existentes flutuando no espaço cósmico,

teriam caído sobre o solo fértil da Terra, em épocas

remotas, instalando a vida no nosso planeta. Estes

organismos poderiam ter chegado até aqui protegidos

no interior de asteróides. Tal hipótese ainda não é

satisfatória para a maioria dos cientistas, embora a tese

não pode ser dita como totalmente descartada.

Evolução da vida na Terra contada em “24

h”

Evolução da vida na Terra

Terra toma forma

Terra atualmente

4,5 bilhões anos

Evolução da Terra em 24 horas

00:00 12:00 24:00 06:00 18:00

Evolução da vida na Terra

Evolução da Terra em 24 horas

00:00 12:00 24:00 06:00 18:00

1 hora = 187,5 milhões anos

1 min = 3,125 milhões anos

1 seg = 52 mil anos

24 horas = 4,5 bilhões anos

Evolução da vida na Terra

00:00 12:00 24:00 06:00 18:00

04:00 – Primeiras células vivas

20:30 h – Primeiras plantas aparecem no mar

Evolução da vida na Terra

20:00 22:00 24:00 21:00 23:00

20:30h – Primeiras plantas aparecem no mar

20:50 h – Primeiros pluricelulares aparecem no mar

Evolução da vida na Terra

20:00 22:00 24:00 21:00 23:00

21:04h – Trilobitas surgiram

Evolução da vida na Terra

20:00 22:00 24:00 21:00 23:00

21:55 h – Primeiras plantas terrestres

Evolução da vida na Terra

20:00 22:00 24:00 21:00 23:00

22:05 h – Primeiros animais terrestres

Evolução da vida na Terra

20:00 22:00 24:00 21:00 23:00

22:55 h – Dinossauros surgiram

20:35 h – Primeiros Chordata

Evolução da vida na Terra

23:00 23:30 24:00 23:15 23:45

22:55 h

Dinossauros surgiram

23:39 h – Dinossauros extinguiram; Mamiferos surgiram

23:42 h – Primatas surgem

23:58:43

Hominídeos surgem

23:59:57

Homo sapiens sapiens aparecem

Evolução da vida na Terra

23:56 23:58 24:00 23:57 23:59

Terra atual: estrutura

Núcleo: O núcleo, com cerca de 3.400 Km de raio é formado por

rochas e por uma liga metálica constituída principalmente de ferro e

níquel a uma temperatura por volta de 3500º C. Sua consistência é

líquida, mas supõe-se que mais no interior exista um núcleo sólido

de constituição semelhante.

Manto: O manto é uma grossa camada rochosa, com cerca de

2.900 km de espessura, que envolve o núcleo e que compões a

maior parte da massa terrestre. Possui duas regiões bem definidas,

denominadas “manto superior” e “manto inferior”. É formado

principalmente por silício e magnésio. Sua consistência é pastosa e

está em constante movimentação.

Crosta terrestre: A crosta terrestre fica acima do manto. É

constituída principalmente por silício e alumínio. As extensas

porções de água - a hidrosfera - isolam regiões mais elevadas da

crosta, formando os continentes.

A deriva continental

No inicio do século XX, o cientista alemão Alfred

Wegener desenvolveu uma teoria chamada Deriva

Continental.

Segundo essa teoria, os continentes atuais originam de

um outro chamado de Pangéia.

Wegener chegou a essa conclusão após analisar a

costa leste do continente sulamericano que parecia se

encaixar na costa oeste do continente africano.

A Pangéia se fragmentou há cerca de 200 milhões de

anos, dando origem a dois continentes: Laurásia e

Gondwana que foram se afastando lentamente

formando os atuais continentes.

A deriva continental

Tectônica de placas

A Litosfera é formada por placas de rochas

denominadas de placas tectônicas que

“flutuam” sobre o magma e movem-se muito

lentamente, ora se aproximando, ora se

afastando.

De acordo com a movimentação das placas

tectônicas, os limites entre elas podem ser:

1 – Convergente – As placas se chocam;

2 – Divergentes – As placas se separam;

3 – Transformantes – As placas se atritam

Tectônica de placas

Tectônica de placas

Nos locais onde as placas colidem, formam-se

dobramentos dando origem às grandes

cadeias de montanhas.

Em outros casos, a borda de uma das placas

entra embaixo da outra, que sofre

dobramento, como nos Andes.

Os locais em que se dá o afastamento de

placas são marcados por grande atividade

sísmica e vulcanismo.

Vulcanismo

Quando uma placa sofre uma ruptura, o material do

manto tende a escapar por ela.

Se esse material

então transborda

até a superfície na

forma de rochas,

gases, lavas e

cinzas, ocorre o

fenômeno do

vulcanismo, isto é,

a erupção dos

vulcões

Terremoto

São vibrações na crosta terrestre causadas pelo movimento das placas tectônicas.

Sua ocorrência em áreas muito habitadas provoca a morte de muitas pessoas e as transformações das paisagens.

Um terremoto na crosta oceânica pode levar ao deslocamento de uma grande massa de água do oceano, gerando um “tsunami”.

Todos os dias ocorrem milhares de pequenos terremotos que não são percebidos pelos seres humanos, somente pelos aparelhos sismógrafos.

Terremoto

Terremoto

A intensidade e a força de um terremoto

podem ser medidas por dois tipos de escala: a

Richter e a Mercalli.

1 – Escala Richter – Varia de 0 a 9 pontos,

mede a força e a intensidade da destruição de

um terremoto;

2 – Escala Mercalli – Varia de 1 a 12

pontos. Mede as conseqüências dos abalos

sísmicos em construções e objetos.