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A ORIGEM DA LÍNGUA ESPANHOLA

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Page 1: A ORIGEM DA LÍNGUA ESPANHOLA...A transição do espanhol medieval para o moderno foi marcada pela mudança e pelo ensurdecimento das consoantes sibilantes da língua antiga, que começaram

A ORIGEM DA LÍNGUA

ESPANHOLA

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Castelhano ou espanhol

Falado em: (veja

Total

de falantes:

406 milhões nativos

110 milhões como segunda língua

Mais de 500 milhões no total

Família: Indo

Itálica

Românica

Ítalo

Românica ocid

Galo

Ibero

Escrita: Alfabeto latino

Língua oficial de: 22 países

ISO 639-1: es

ISO 639-2: spa

Castelhano ou espanhol (Castellano o español)

(veja abaixo)

406 milhões nativos

110 milhões como segunda língua

Mais de 500 milhões no total

Indo-europeia

Itálica

Românica

Ítalo-ocidental

Românica ocidental

Galo-ibérica

Ibero-românica

Ibero-ocidental

Castelhano ou espanhol

Alfabeto latino

Estatuto oficial

22 países

Códigos de língua

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LÍNGUA CASTELHANA

O castelhano (castellano) ou espanhol (español) é uma língua românica do

grupo ibero-românico que evoluiu a partir de vários dialetos do latim falados no

centro-norte da Península Ibérica por volta do século IX. Gradualmente,

espalhou-se com a expansão do Reino de Castela (presente no norte

da Espanha) para o centro e o sul da Península Ibérica durante a Idade Média.

A transição do espanhol medieval para o moderno foi marcada pela mudança e

pelo ensurdecimento das consoantes sibilantes da língua antiga, que

começaram no século XV. No início da sua história, o vocabulário espanhol foi

enriquecido pelo seu contato com o basco e o árabe e a língua continua a

adotar palavras estrangeiras a partir de uma variedade de outras línguas, bem

como o desenvolvimento de novas palavras. O espanhol foi trazido

principalmente para a América, bem como a África e a Ásia-Pacífico, com a

expansão do Império Espanhol entre os séculos XV e XIX, onde se tornou a

língua mais importante para o governo e o comércio.

Em 1999, havia, de acordo com o Ethnologue, 358 milhões de pessoas que

falavam o espanhol como língua nativa e um total de 417 milhões de falantes

em todo o mundo. Atualmente, esses valores são de até 400 e 500 milhões de

pessoas, respectivamente. O espanhol é o segundo idioma mais falado no

mundo, depois do mandarim. O México contém a maior população de falantes

do idioma. O espanhol é uma das seis línguas oficiais da Organização das

Nações Unidas (ONU) e é usado como língua oficial da União Europeia,

do Mercosul e da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL).

Devido à sua crescente presença na demografia e na cultura

popular dos Estados Unidos, especialmente nos estados de rápido crescimento

do Cinturão do Sol, o espanhol é a segunda língua mais aprendida por falantes

nativos do inglês. A crescente estabilidade política e econômica de muitas das

maiores nações hispanófonas, a imensa extensão geográfica da língua

na América Latina e Europa para o turismo e a popularidade crescente de

destinos culturalmente vibrantes encontrados no mundo hispânico têm

contribuído significativamente para o crescimento da aprendizagem de

espanhol como língua estrangeira em todo o mundo. Atualmente, o espanhol é

a terceira língua mais usada na internet depois do inglês e do mandarim. É

também a segunda língua mais estudada e a segunda língua da comunicação

internacional, depois de inglês, em todo o mundo.

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Mapa cronológico mostrando o desenvolvimento das línguas da

Ibérica, entre as quais o castelhano.

A língua castelhana é o idiom

Latina (excepto Brasil, Haiti

na Ásia, e da Guiné Equatorial

cinquenta milhões de falantes. Também é chamada de "castelhano", nome da

comunidade linguística (Castela) que lhe deu origem nos tempos medievais. Na

Espanha, também são falados o

o galego (idiomas de tronco românico), e o

ainda são estudadas.

Na formação do castelhano/espanhol, podem

medieval ou castelhano antigo (dos séculos X ao XV), o espanhol moderno

(entre os séculos XVI e XVII) e o contemporâneo, que vai da fundação da Real

Academia Espanhola até nossos dias.

Apesar de ser um idioma falado em regiões tão distantes, a ortografia e as

normas gramaticais asseguram a integridade da língua, daí a colaboração

entre as diversas Academias da Língua de Espanha e as dos países

americanos no intuito de preservar esta unidade. Espanha el

método unitário de ensino do idioma que é difundido por todo o mundo através

do Instituto Cervantes.

HISTÓRIA

mostrando o desenvolvimento das línguas da Península

, entre as quais o castelhano.

A língua castelhana é o idioma da Espanha, e de vários países da

Haiti, Guianas e várias ilhas caribenhas), das

Guiné Equatorial, na África. Conta com cerca de duzent

cinquenta milhões de falantes. Também é chamada de "castelhano", nome da

comunidade linguística (Castela) que lhe deu origem nos tempos medievais. Na

Espanha, também são falados o catalão, o asturiano, o aragonês

(idiomas de tronco românico), e o basco, uma língua cujas origens

stelhano/espanhol, podem-se distinguir três períodos: o

medieval ou castelhano antigo (dos séculos X ao XV), o espanhol moderno

(entre os séculos XVI e XVII) e o contemporâneo, que vai da fundação da Real

Academia Espanhola até nossos dias.

m idioma falado em regiões tão distantes, a ortografia e as

normas gramaticais asseguram a integridade da língua, daí a colaboração

entre as diversas Academias da Língua de Espanha e as dos países

americanos no intuito de preservar esta unidade. Espanha elaborou o primeiro

método unitário de ensino do idioma que é difundido por todo o mundo através

Península

, e de vários países da América

), das Filipinas,

, na África. Conta com cerca de duzentos e

cinquenta milhões de falantes. Também é chamada de "castelhano", nome da

comunidade linguística (Castela) que lhe deu origem nos tempos medievais. Na

aragonês e

, uma língua cujas origens

se distinguir três períodos: o

medieval ou castelhano antigo (dos séculos X ao XV), o espanhol moderno

(entre os séculos XVI e XVII) e o contemporâneo, que vai da fundação da Real

m idioma falado em regiões tão distantes, a ortografia e as

normas gramaticais asseguram a integridade da língua, daí a colaboração

entre as diversas Academias da Língua de Espanha e as dos países

aborou o primeiro

método unitário de ensino do idioma que é difundido por todo o mundo através

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LATIM VULGAR

Como disse Menéndez Pidal: "a base do idioma é o latim popular, propagado

na Espanha a partir do final do século III a.C. até se impor às línguas ibéricas".

Entre os séculos III e VI, a língua que evoluía em Espanha assimilou

germanismos através do latim falado pelos povos bárbaros romanizados que

invadiram a península. Com o domínio muçulmano de oito séculos, a influência

do árabe — idioma dos conquistadores berberes — foi decisiva na

configuração das línguas ibéricas, entre as quais se incluem o

castelhano/espanhol e o português.

GLOSAS MEDIEVAIS

O nome da língua procede da terra dos castelos, Castela. A esta época,

pertencem as Glosas Silenses e as Emilianenses, do século X, anotações em

romance dos textos latinos no Monastério de Yuso (San Millán de la Cogolla),

centro medieval de cultura, mas a mais antiga referência ao idioma vem do

Cartulário de Valpuesta, nos primeiros anos do século IX.

O primeiro passo para converter o castelhano em língua oficial do reino

de Castela e Leão foi dado por Afonso X. Foi ele quem mandou compor em

romance, e não em latim, as grandes obras históricas, astronômicas e legais. O

castelhano era a língua dos documentos notários e da Bíblia traduzida sob as

ordens de Afonso X. Graças ao Caminho de Santiago, entraram, na língua,

escassos galicismos que foram propagados pela ação dos trovadores da

poesia cortesã e provençal.

ÁRABE

No sul, sob domínio árabe, as comunidades hispânicas que conviviam com as

comunidades judaica e árabe falavam moçárabe. Esta é a língua na qual foram

escritos os primeiros poemas, as Jarchas, que conservam uma forma estrófica

de clara origem semítica, a moasajas.

Em quase oito séculos de interação (711-1492), os povos falantes de Árabe

deixaram, no castelhano, um abundante vocabulário de cerca de quatro mil

termos. Com o tempo, alguns foram caindo em desuso, mas há muitas

palavras de uso comum como tambor, adobe, alfombra, zanahoria, almohada e

muitas outras, e a expressão ojalá, como no português "oxalá", que significa

"queira Deus" (literalmente: "queira Alá"). Cabe assinalar que penetrou, na

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gramática castelhana, a preposição árabe hatta (ح�����تى), que se converteu na

preposição espanhola hasta e na preposição portuguesa até.

PRIMEIRA GRAMÁTICA MODERNA EUROPÉIA

Sede do Instituto Cervantes em Madrid, na Espanha

A publicação da primeira gramática castelhana, escrita por Elio Antonio de

Nebrija em 1492, ano do descobrimento da América, estabelece o marco inicial

da segunda etapa de conformação e consolidação do idioma. O castelhano

adquire grande quantidade de neologismos, pois o momento coincidiu com a

expansão de Castela que, pela força política, conseguiu consolidar seu dialeto

como língua dominante. O castelhano é a língua dos documentos legais, da

política externa e a que chega à América pela mão da grande empreitada

realizada pela Coroa de Castela. Nesta mesma época,

os judeus sefarditas foram expulsos de Castela e Aragão, levando, consigo, a

fala que daria lugar ao ladino, uma língua que, ouvida, parece castelhano.

Num primeiro momento, os realistas não mostraram interesse em difundir a

língua castelhana na América e nas Filipinas, realizando-se

a evangelização nas línguas nativas.

Na França, Itália e Inglaterra são editados gramáticas e dicionários para o

ensino do castelhano/espanhol, que ganha o status de língua diplomática até a

primeira metade do século XVIII. O léxico incorporou palavras originárias de

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tantas línguas quantos contatos políticos possuía o

Império: italianismos, galicismos

No ano 1713, fundou-se a

Academia fixou as mudanças feitas pelos falantes do idioma, o que permitiu

grande variedade de estilos literários: da liberdade das alterações

do barroco, no século XVII

No primeiro terço do século XX, apareceram novas modificações gramaticais

que, ainda hoje, estão em processo de assentamento. Paralelamente, é

contínua a criação de neologismos provenientes das inovações técnicas e dos

avanços científicos.

No século XIX, os Estados Unidos

a Flórida de Espanha, e conquistam do

formam o

México, Texas, Utah e Wyoming

das línguas dos Estados Unidos, ainda que estas variedades primitivas só

sobrevivam até o início do século XXI em

que se estende do norte do Novo México ao sul de Colorado.

Depois da guerra hispano-americana

se também de Cuba, Porto Rico, Filipinas e

Estados Unidos impuseram um sistema de ensino para substituir o castelhano

pelo inglês como veículo de comunicação dos

No século XX, milhões de mexicanos, cubanos e porto

riquenhos emigraram para os Estados Unidos, convertendo

numerosa do país: 34 207 000 pessoas, em novembro de

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA

Países onde o espanhol é ensinado

tantas línguas quantos contatos políticos possuía o

galicismos e americanismos.

Real Academia Espanhola. Como primeira tarefa, a

Academia fixou as mudanças feitas pelos falantes do idioma, o que permitiu

grande variedade de estilos literários: da liberdade das alterações

século XVII, às contribuições dos poetas da geração de 1927.

século XX, apareceram novas modificações gramaticais

que, ainda hoje, estão em processo de assentamento. Paralelamente, é

contínua a criação de neologismos provenientes das inovações técnicas e dos

Estados Unidos adquirem a Luisiana de França e

, e conquistam do México os territórios que atualmente

formam o Arizona, Califórnia, Colorado, Nevada

Wyoming. Desta forma, o castelhano passou a ser uma

das línguas dos Estados Unidos, ainda que estas variedades primitivas só

sobrevivam até o início do século XXI em Paróquia de St. Bernard e uma faixa

que se estende do norte do Novo México ao sul de Colorado.

americana de 1898, os Estados Unidos apoderaram

o Rico, Filipinas e Guam. No arquipélago asiático, os

Estados Unidos impuseram um sistema de ensino para substituir o castelhano

pelo inglês como veículo de comunicação dos filipinos.

, milhões de mexicanos, cubanos e porto

para os Estados Unidos, convertendo-se na minoria

numerosa do país: 34 207 000 pessoas, em novembro de 2001.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA

Países onde o espanhol é ensinado

tantas línguas quantos contatos políticos possuía o

. Como primeira tarefa, a

Academia fixou as mudanças feitas pelos falantes do idioma, o que permitiu

sintáticas

, às contribuições dos poetas da geração de 1927.

século XX, apareceram novas modificações gramaticais

que, ainda hoje, estão em processo de assentamento. Paralelamente, é

contínua a criação de neologismos provenientes das inovações técnicas e dos

de França e

os territórios que atualmente

Nevada, Novo

. Desta forma, o castelhano passou a ser uma

das línguas dos Estados Unidos, ainda que estas variedades primitivas só

e uma faixa

apoderaram-

. No arquipélago asiático, os

Estados Unidos impuseram um sistema de ensino para substituir o castelhano

, milhões de mexicanos, cubanos e porto-

minoria mais

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Espanhol na América:

50% 20% 5%

30% 10% 2%

Compreensão da língua espanhola na União Europ

Compreensão da língua espanhola na União Européia em 2006.

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País nativo

Mais que 8,99%

Entre 4% e 8,99%

Entre 1% e 3,99

Menos que 1%

Enquanto na lista mundial de línguas mais faladas figure na segunda, terceira

ou quarta posição segundo a fonte consultada (os censos da

do Sul variam muito segundo o organismo consultado), o que fica claro é que

em importância ocupa a segunda pos

quatrocentos milhões de falantes nativos.

Embora o castelhano seja uma língua principalmente americana, é falada nos

seis "continentes", embora em alguns de forma quase residual:

É oficial nos seguintes países:

Argentina

Bolívia

Chile

Colômbia

Costa Rica

Cuba

Equador

Espanha

El Salvador

Guatemala

Guiné Equatorial

Honduras

México

Enquanto na lista mundial de línguas mais faladas figure na segunda, terceira

ou quarta posição segundo a fonte consultada (os censos da Índia e

variam muito segundo o organismo consultado), o que fica claro é que

em importância ocupa a segunda posição atrás do inglês, com quase

quatrocentos milhões de falantes nativos.

Embora o castelhano seja uma língua principalmente americana, é falada nos

mbora em alguns de forma quase residual:

É oficial nos seguintes países:

Enquanto na lista mundial de línguas mais faladas figure na segunda, terceira

e América

variam muito segundo o organismo consultado), o que fica claro é que

, com quase

Embora o castelhano seja uma língua principalmente americana, é falada nos

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Nicarágua

Panamá

Paraguai

Peru

Porto Rico

República Dominicana

Uruguai

Venezuela

mas sua presença também é importante em:

Belize

Estados Unidos

África: Canárias, Ceuta, Melilha, Guiné Equatorial, Saara Ocidental. Em 11 de

julho de 2001, o espanhol (castelhano) foi declarado uma das línguas oficiais

da Organização da Unidade Africana (OUA), junto com

o árabe, francês, inglês, português e kiSwahili.

Europa: é oficial na Espanha e se fala também em Andorra e Gibraltar. Núcleos

de imigrantes na Alemanha, França, Itália, República Checa e Suíça. É uma

das línguas oficiais da União Europeia.

Oceania: Ilha da Páscoa (Chile), núcleos de imigrantes na Austrália, Filipinas.

Também é uma das seis línguas oficiais da Organização das Nações

Unidas (ONU).

País Número de falantes

México 106 682 500

Espanha 46 063 511

Colômbia 44 500 000

Estados Unidos 37 400 000 (Census Bureau)

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País

Argentina

Peru

Venezuela

Chile

Equador

Guatemala

Cuba

Bolívia

República Dominicana

Honduras

El Salvador

Nicarágua

Costa Rica

Paraguai

Porto Rico

Uruguai

Panamá

Guiné Equatorial

Canadá

França

Brasil

Número de falantes

39 745 613

28 750 770

~27 000 000

16 763 470

13 363 593

13 354 000

11 286 000

10 027 643

República Dominicana 9 760 000

7 146 118

6 992 000

5 603 000

4 468 000

6 127 000

3 991 000

3 341 000

3 343 000

Guiné Equatorial 1 137 143

1 000 000

440 106

409 564

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País

Alemanha

Israel

Suíça

Reino Unido

Belize

Austrália

Suécia

Itália

Bélgica

Japão

Andorra

Nova Zelândia

Marrocos

Países Baixos

Ilhas Virgens Americanas

Noruega

Portugal

Jamaica

Trinidad e Tobago

Rússia

Luxemburgo

Número de falantes

140 000

130 000

123 000

107 654

106 795

106 517

101 472

89 905

85 990

76 565

41 644

Nova Zelândia 21 645

20 000

Países Baixos 19 978

Ilhas Virgens Americanas 16 788

12 573

9 744

8 000

ad e Tobago 4 100

3 320

3 000

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País Número de falantes

Filipinas 2 658

Argélia 379

DIALETOS

ESPANHOL IBÉRICO

A língua Espanhola tem vários dialectos. Relativamente ao Castelhano, isto é,

o Espanhol Ibérico, originalmente do Reino de Castela, podemos dividir

Espanha ao meio, isto é, existe um feixe de isoglossas que divide o Espanhol

Peninsular em dois grupos, os dialecto centro-nortenhos e os dialectos

meridionais. Os dialectos centro-nortenhos têm características mais

conservadoras e os dialectos meridionais, nos quais podemos incluir um

grande sub-dialecto, o andaluz, têm características mais inovadoras. Convém

realçar que os dialectos centro-nortenhos peninsulares são a única variedade

do Espanhol que conserva a distinção entre /s/ (grafado como <s>) e /θ/

(grafado como <c>), isto é, «ceseo». Enquanto que todas as outras variedades

são ou «seseantes» ou «ceceantes». «Seseo», isto é a perda da distinção

fonética entre /s/ e /θ/ a favor de /s/. «Ceceo» é a perda da distinção fonética a

favor da fricativa inter-dental /θ/, sendo este estigmatizado e marginalizado pelo

resto da comunidade espanhola e até mesmo pelos próprios falantes

«ceceantes». Este fenómeno de «ceceo» encontra-se apenas em zonas rurais

do sul da Andaluzia, sendo nos meios urbanos evitado pelos próprios

«ceceantes». O «seseo» é um fenómeno do norte da Andaluzia, que é

encontrado em todos os países da América Latina. Nesta região do «seseo»

encontra-se Sevilha, cidade da qual saíram as pessoas destinadas à

repovoação e colonização do continente americano, levando assim o «seseo»

com eles para a América, onde prevalece até hoje.

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Mapa-mundi tentando identificar os princi

VARIEDADES DO ESPANHOL

Dialeto andaluz

Dialeto canário

Dialeto churro

Dialeto murciano

Dialeto extremenho

Espanhol amazônico

Espanhol andino

Espanhol boliviano

Espanhol caribenho

Espanhol cubano

Espanhol dominicano

Espanhol portorriquenho

Espanhol centro-americano

Espanhol chileno

mundi tentando identificar os principais dialetos do espanhol.

VARIEDADES DO ESPANHOL

americano

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Espanhol colombiano central

Espanhol colombiano-equatoriano ribeirinho

Espanhol mexicano

Espanhol mexicano setentrional

Espanhol mexicano meridional

Espanhol peruano ribeirinho

Espanhol venezuelano

Espanhol venezuelano central

Espanhol venezuelano guaro-maracucho

Espanhol rioplatense

Espanhol da Guiné Equatorial

Espanhol das Filipinas

Espanhol neotradicional

LÍNGUAS DERIVADAS

Entre as línguas crioulas e outras línguas derivadas desta língua, se podem

citar o ladino e o chabacano: este último, falado em algumas localidades

das Filipinas.

DIFERENÇAS

Castelhano da Espanha Castelhano da América Latina Tradução ao

Português

acera vereda (Arg.) / banqueta (Mex.)

/ andén (Col.) calçada, passeio

aguacate palta / aguacate abacate

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alquilar, arrendar, rentar rentar (Mex.) / arrendar (Col.) alugar, arrendar

alquiler, arriendo renta (Mex.) / arriendo (Col. e

Chile)

aluguel, aluguer

ou renda (em

Portugal)

apresurar, apurar apurar apressar

arcén banquina (Arg. Parag. e Urug.)

acostamento,

berma da

estrada

ascensor elevador / ascensor (Col.) elevador

calabaza zapallo / ayote (Nic. Cost. Rica e

Guat.) / calabaza (Col. e Méx.) abóbora

calabacín

calabacita (Méx) / calabacín (Col.) /

zapallitos (Parag. Chil. Arg. e

Urug.)

abobrinha,

courgette

coche (automóvil) auto / carro / coche (automóvil) carro

(automóvel)

coger, agarrar, sujetar,

tomar

tomar (Méx.) / agarrar (Arg. Chile e

Urug. / sujetar / coger (Col. Per.

Ec. Cuba e PR)

pegar, segurar

chaval, mozo chavo (Méx.) / pibe (Arg.) / chino,

niño, muchacho (Col.)

rapaz, garoto,

menino, moço,

miúdo, chavalo

(em Portugal)

chófer, conductor conductor / chofer motorista,

condutor, chofer

eh / ey / oye che (Arg.) / oye / eh ei / aê / aí

judías, frejoles frijoles, porotos (Arg. e Chile.) feijão

mejilla cachete bochecha

móvil (teléfono), celular celular (teléfono) celular

(telefone),

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telemóvel

ordenador, computadora,

computador computadora / computador computador

Papá Noel, Santa Claus

Santa Claus (Méx e Amér. Central)

/ Viejito Pascuero (Chile) / Papá

Noel (Col.)

Papai Noel, Pai

Natal

prisa apuro pressa

puchero, olla, pote olla panela

vídeo video vídeo

zapatillas (deportivas),

tenis tenis / zapatillas

tênis (Brasil),

ténis (calçado),

sapatilhas (em

Portugal)

Glossário

Amér. Central = América Central

Arg. = Argentina

Méx. = México

Urug. = Uruguai

Col. = Colômbia

FONOLOGIA

Tem semelhanças com o português. Contudo, existem diferenças, sendo as

principais: ("letra castelhana/espanhola" = "letra portuguesa") ⟨ll⟩ = ⟨lh⟩, ⟨ñ⟩ =

⟨nh⟩, ⟨ch⟩ = ⟨tch⟩, ⟨b⟩ e ⟨v⟩ = ⟨b⟩, x = /ks/ (nem sempre, como em México,

que soa como méjico). Não há, no espanhol moderno, o som da letra X como

em xadrez (até o século XVII, a letra x representava o som de /ʃ/, como

em Quixote, mas, depois do reajuste das consoantes silábicas, o

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som /ʃ/ (grafado x ), se transformou em /x/ (grafado j ). As letras k (/k/),

w (/b/ em palavras de origem alemã e /(ɡ)w/ em de origem inglesa) e y

(/i/) fazem parte do alfabeto castelhano/espanhol. Além disso, o i grego pode

ser consoante ou vogal, quando consoante tem um som mais forte /ʝ/ ou /d͡ʒ/.

O "J" é um caso à parte: tem um som inexistente em português (o som que

chega mais perto é o do R forte brasileiro e dalgumas zonas de Portugal -

como em carro). O som correspondente ao j português é representado por

ll no espanhol pratino, e inexistente noutros dialectos. Fora isso não há

acentos graves, til (Ñ não conta) ou circunflexo. Assim como no português ge =

je e gi = ji, e também há o gue e gui, a letra Q segue o mesmo esquema (que =

ke, qui = ki) e também há trema. Em castelhano/espanhol o costume é encerrar

palavra com N e não com M. O Ç apesar de ter nascido do

castelhano/espanhol foi abolido no século XVIII, tal como o SS. Já RR existe no

castelhano/espanhol e usa-se da mesma forma que no português. Vale

ressaltar que a pronúncia é de 'dois erres', ou seja, /r/,/r/, e não de /ř/ como

em carro /kařo/. O Z e o C, este último antes de E ou I, em Espanha

pronunciam-se de forma similar ao th /θ/ inglês em think ou something ou

a θ (theta) grega.

Fonemas consonantais do espanhol general

Labial Dental Alveolar Palatal Velar

Nasal m

n ɲ

Oclusiva p

b

t

d tʃ

ʝ

k

ɡ

Continuante f θ1 s

x

Vibrante múltipla

r

Vibrante simples

ɾ

Lateral

l ʎ2

↑1 Falantes do norte e do centro da Espanha, incluindo a variante

predominante na rádio e na televisão distinguem /θ/ e /s/ (distinción). Porém,

falantes de América Latina e de algumas partes do sul da Espanha só

têm /s/ (seseo) e não o /θ/ (ceceo).

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↑2 O fonema /ʎ/ (distinto de /ʝ/) só é distinguido em algumas áreas do espanhol

peninsular (sobre tudo no norte e em áreas rurais), e em algumas áreas de

América do Sul. Este fenómeno é conhecido como yeísmo (indistinção

de ll e y).

VOGAIS

Anterior

Central

Posterior

Fechada

i

u

Média e̞

Aberta

ä

GRAMÁTICA

VERBO

Os verbos se dividem em três conjugações, que podem ser identificadas

segundo as duas últimas letras do infinitivo: -ar, -er ou -ir.

Os verbos conjugam-se em quatro modos

verbais: indicativo, subjuntivo, imperativo e potencial. Ainda, existem três

formas impessoais: infinitivo, gerúndio e particípio, que entram na composição

dos verbos compostos e perífrases verbais.

Os tempos verbais podem ser simples ou compostos. Para cada tempo simples

há um que é composto, que se forma antepondo o tempo simples

correspondente do verbo "haber" ao particípio do verbo que se está a conjugar.

Indicativo

tempos simples

Presente - por exemplo, "(yo) hablo"

Pretérito imperfecto - "hablaba"

Pretérito perfecto simple ou pretérito indefinido - "hablé"

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Futuro - "hablaré"

Condicional - "hablaría"

tempos compostos:

Pretérito perfecto compuesto - "he hablado"

Pretérito pluscuamperfecto - "había hablado"

Pretérito anterior - "hube hablado"

Futuro compuesto - "habré hablado"

Condicional compuesto - "habría hablado"

O pretérito anterior é pouco usado.

Há situações onde se emprega o futuro para expressar dúvida, substituindo-se,

assim, o tempo Presente: "serán las tres": "serão umas três [horas]". O

português também apresenta esta caraterística, como mostrado na seguinte

frase: "O que estará ele a fazer?", que significa "O que está ele a fazer?"

Subjuntivo / Conjuntivo

tempos simples

Presente - "yo hable"

Pretérito imperfecto - "hablara" ou "hablase"

Futuro - "hablare"

tempos compostos

Pretérito perfecto compuesto - "haya hablado"

Pretérito pluscuamperfecto [Pretérito mais-que-perfeito] - "hubiera hablado" ou

"hubiese hablado"

Futuro compuesto[Futuro composto] - "hubiere hablado"

O futuro do conjuntivo é um tempo arcaico que só se emprega hoje em dia em

documentos legais. Muitos hispanófonos desconhecem a existência deste

tempo verbal. Na Argentina, a fala vulgar está a generalizar o uso do

condicional em substituição do pretérito imperfeito nas frases condicionais ("si

yo hablaría", significando "si yo hablara", ou "si yo hablase").

Imperativo: habla (tú), hablá (vos), hablad (vosotros)

Para outras pessoas ou em frases negativas, o presente do conjuntivo vale por

imperativo.

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VERBOS REGULARES

Tempo Simples Primeiro Segundo Terceiro

Infinitivo: Comprar Vender Vivir

Gerúndio: Comprando Vendiendo Viviendo

Particípio passado: Comprado Vendido Vivido

Indicativo Primeiro Segundo Terceiro

Presente: Compro

Compras/Comprás

Compra

Compramos

Compráis/Compran

Compran

Vendo

Vendes/Vendés

Vende

Vendemos

Vendéis/Venden

Venden

Vivo

Vives/Vivís

Vive

Vivimos

Vivís/Viven

Viven

Pretérito: Compré

Compraste

Compró

Compramos

Comprasteis/Compraron

Compraron

Vendí

Vendiste

Vendió

Vendimos

Vendisteis/Vendieron

Vendieron

Viví

Viviste

Vivió

Vivimos

Vivisteis/Vivieron

Vivieron

Imperfeito: Compraba

Comprabas

Compraba

Comprábamos

Comprabais/Compraban

Compraban

Vendía

Vendías

Vendía

Vendíamos

Vendíais/Vendían

Vendían

Vivía

Vivías

Vivía

Vivíamos

Vivíais/Vivían

Vivían

Futuro: Compraré

Comprarás

Comprará

Compraremos

Compraréis/Comprarán

Comprarán

Venderé

Venderás

Venderá

Venderemos

Venderéis/Venderán

Venderán

Viviré

Vivirás

Vivirá

Viviremos

Viviréis/Vivirán

Vivirán

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Potencial: Compraría

Comprarías

Compraría

Compraríamos

Compraríais/Comprarían

Comprarían

Vendería

Venderías

Vendería

Venderíamos

Venderíais/Venderían

Venderían

Viviría

Vivirías

Viviría

Viviríamos

Viviríais/Vivrían

Vivirían

VOCABULÁRIO

Devido às prolongadas conquistas às quais Espanha foi submetida ou que

submeteu a outras nações, a língua castelhana foi invadida por uma enorme

quantidade de vozes "adquiridas" de línguas de diversos grupos. É possível

encontrar, no castelhano, palavras celtas, iberas, ostrogodas, visigodas,

latinas, gregas, árabes,

francesas, italianas, germanas, caribes, astecas, quéchuas, guaranis e outras.

A influência relativa de cada um destas "aquisições" varia de acordo com o

país falante.

Os países da América, principalmente nas suas regiões rurais, conservam um

grande número de arcaísmos: no extremo sul (Argentina e Uruguai), é

frequente, no trato coloquial, o uso do "vos" em lugar do "tú" tradicional nos

restantes países hispanófonos. A forma "vos" provém do trato formal da

segunda pessoa do singular de antigamente, e sobrevive em Espanha na

forma do trato informal para a segunda pessoa do plural (vosotros). Também

sobrevive na Comarca de Fonsagrada para a segunda pessoa do singular. O

trato formal actual é "Usted" para a segunda pessoa do singular e "Ustedes"

para a segunda pessoa do plural (também utilizados em Espanha).

SISTEMA DE ESCRITA

O castelhano/espanhol escreve-se mediante o alfabeto latino. Tem uma letra

adicional, Ñ, embora, no passado, ch e ll fossem consideradas letras

(ver dígrafo). As vogais podem levar um acento agudo para marcar

a sílaba tónica quando esta não segue o padrão habitual, ou para distinguir

palavras que, de outra forma teriam a mesma grafia (ver acento diferencial).

O u pode levar trema (ü) para indicar que este se pronuncia nos grupos "güe",

"güi". Na poesia, as vogais i e u podem levar trema para romper um ditongo e

ajustar convenientemente a métrica de um verso determinado (por

exemplo, ruido tem duas sílabas, mas ruïdo tem três).