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Mackenzie 29 Mackenzie 28 Mundo Mack Aluno de Biologia ganha prêmio do Comitê Brasileiro do Ano Internacional do Voluntariado, com redação que descreve o trabalho do Mackenzie no projeto Luz e Cidadania. Márcia Tedesco, diretora do Comitê Brasileiro do Ano Internacional do Voluntário faz a entrega do prêmio – um microcomputador Itautec – a Luiz Fernando. “Por que gosto desse trabalho? Quem sabe, foi a água amarelada que bebi na favela...” O texto premiado “Ô tio Bolinha, vocês vão vir sempre aqui?" Essa seria uma das frases que marcariam o início de uma nova fase na minha vida. Naquele dia, eu pensava que aquelas crianças nunca teriam um momento de alegria e esperança, uma vez que viver no meio de tanto ódio, violência e miséria tornava-as animais irracionais. Engano meu. Quando passeávamos naquela manhã de domingo, fiquei impressionado com aquele espaço sem luz, apertado, onde o cheiro de esgoto alternava-se com o odor dos cachorros e do lixo. Enquanto desviava das poças, tentava dialogar com as mães desconfiadas, pedindo para que suas crianças nos acompanhassem em nossas atividades iniciais. Aquele olhar da mãe, com um ar de cansaço, afinal que mal pior aconteceria a seus filhos senão a tentativa de confiar em qualquer ajuda, mesmo que fosse mínima? Eu estava começando a entender essa coisa que chamam de esperança. As crianças vinham contentes, com olhos bem abertos, já iam pegando na mão, puxando a camiseta e questionavam: “Tio, você vai dar bala? Vamos ganhar brinquedo?” Eu respondia que a nossa proposta era melhor, pois iríamos capacitá-los para que, no futuro, pudessem comprar balas e brinquedos. Contraditoriamente, em seguida, eu ouvi: “Mas vai ter brinquedo no final, não é?” Depois de juntarmos 40 crianças escolhemos o melhor local ali dentro, era quase perfeito se não fossem os cachorros dormindo, a poça d´água, o carro estacionado, o bar com fregueses suspeitos e o tráfego de bicicletas. Iniciamos apresentando-nos e, em seguida, as crianças continuavam com a apresentação. Músicas coletivas, dinâmicas e diversas gincanas foram realizadas com entusiasmo. Chegou então, a hora do almoço. As crianças foram para casa e a nossa equipe para a perua. Todos queriam falar, o lanche ficou esquecido, as sensações pareciam borbulhar. Todos tinham alguma impressão pessoal da favela, dos moradores, das crianças. Até que, quando percebemos, as crianças estavam ao redor da perua pedindo, em coro, a nossa presença. Foi difícil recusar. Um dos garotos estava descalço, então pedi para que ele buscasse seu chinelo e a resposta foi imediata: “Tio Bolinha eu não tenho chinelo”. Éramos, então, tão próximos e tão distantes, nossos valores teriam grandes tabus a serem quebrados. Depois de fugir de cachorros, separar uma briga de dois coleguinhas, beber água amarelada, ouvir o discurso ameaçador de um bêbado, escutei como que sonhando acordado: “Você gosta de mim?” Minha garganta ficou presa e respondi: “Quem não gostaria de um anjo como você?” A despedida dessas crianças foi emocionante, os olhos brilhavam de ambas as partes, algumas puxavam pelo braço insistindo na nossa permanência, outras acompanhavam com os olhos pequenos, seguiram- nos até nossa entrada na perua, as mãos acenavam desesperadamente implorando que voltássemos. Bem, se eu voltei? Hoje completa um ano e um mês que volto todo domingo para continuar esse programa e já passei pelas comunidades de Vila Prudente, Heliópolis e Diadema. Sabe por quê? Porque acho que gente foi feita para brilhar e quando aqueles olhos brilham, a gente faz qualquer coisa por eles, só mesmo estando lá para sentir. Os resultados? Pergunte a eles. Por que gosto desse trabalho? Quem sabe, não foi aquela água amarelada que bebi. Afinal, quem bebe dessa água jamais bebe de outra fonte, experimente você também. Tio Bolinha Participantes do Comitê Brasileiro Ruth Cardoso, presidente de honra; Milú Vilela, presidente; M. Elena Johannpeter, Heloisa Coelho, Roberto Klabin, vice-presidentes; Regina Duarte, madrinha do ano; Luís Norberto Pascoal, coordenador estratégico; M. Lúcia Meirelles Reis, coordenadora executiva; Márcia Tedesco Dalccero, coordenadora geral. P ara facilitar o contato com co- legas americanos, alunos do Tamboré participaram do curso de Inglês de verão para estudantes, preparado por doutores e mestres da língua inglesa e realizado no campus da Universidade de Bristol, Tennessee, EUA. Foram cinco horas diárias de aula (muitas delas ao ar livre) estudando também através de vídeos, excursões e dramatizações. Nos fins de semana, visitaram Pi- geon Forge, Atlanta e Washington DC, complementando o aprendi- zado. “Os visitantes – divididos em cinco grupos, de acordo com o ní- vel de conhecimento de inglês de cada um – se submeteram com prazer à experiência que os fez crescer como cidadãos”, conclui Celina Mitiyo Uematsu, a professora de Inglês que os acompanhou. A ONU premia o Tio Bolinha Q uem leu a edição 17 da revista Mackenzie já conhece Luiz Fernando Correia de Oliveira – ou melhor o Tio Bolinha, o aluno de Biologia, voluntário do projeto Luz e Cidadania. Pois é ele o autor do artigo premiado pela ONU, e transcrito linhas abaixo. “Seu relato pode mudar o Brasil”, diz o professor Carlos Roberto do Prado, coordenador do Centro de Cultura e Extensão da Faculdade de Filosofia, Letras e Educação do Mackenzie, e principal articulador do Luz e Cidadania. “Foi ele que me incentivou a participar do concurso, divulgado em cartazes por todo o Brasil”, explica Luiz. A redação do mackenzista classificou-se entre as 12 melhores, escolhidas pelos participantes do Comitê Brasileiro do Ano Internacional do Voluntariado. A entrega do prêmio, um microcomputador para cada ganhador, foi realizada no dia 20 de dezembro de 2001, na sede do comitê, e contou com a presença de Márcia Tedesco Dalcceco, coordenadora geral da entidade. “Eu não esperava esse prêmio. Na verdade, ele veio coroar todo um trabalho que fiz com muita emoção”, conta Luiz Fernando. O Tamboré em Atlanta, EUA Visita ao museu da Coca-Cola.

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Mackenzie 29Mackenzie28

Mundo Mack

Aluno de Biologia ganha prêmio do Comitê Brasileiro

do Ano Internacional do Voluntariado, com redação que descreve o

trabalho do Mackenzie no projeto Luz e Cidadania.

Márcia Tedesco, diretora do Comitê

Brasileiro do Ano Internacional do

Voluntário faz a entrega do prêmio – um

microcomputador Itautec – a Luiz Fernando.

“Por que gosto desse trabalho? Quem sabe,

foi a água amarelada que bebi na favela...”

O texto premiado

“Ô tio Bolinha, vocês vão vir

sempre aqui?"

Essa seria uma das frases que

marcariam o início de uma nova fase

na minha vida. Naquele dia, eu

pensava que aquelas crianças nunca

teriam um momento de alegria

e esperança, uma vez que viver

no meio de tanto ódio, violência

e miséria tornava-as animais

irracionais. Engano meu.

Quando passeávamos naquela

manhã de domingo, fiquei

impressionado com aquele espaço

sem luz, apertado, onde o cheiro de

esgoto alternava-se com o odor dos

cachorros e do lixo. Enquanto

desviava das poças, tentava dialogar

com as mães desconfiadas, pedindo

para que suas crianças nos

acompanhassem em nossas

atividades iniciais. Aquele olhar da

mãe, com um ar de cansaço, afinal

que mal pior aconteceria a seus

filhos senão a tentativa de confiar

em qualquer ajuda, mesmo que

fosse mínima? Eu estava começando

a entender essa coisa que chamam

de esperança.

As crianças vinham contentes, com

olhos bem abertos, já iam pegando

na mão, puxando a camiseta e

questionavam: “Tio, você vai dar

bala? Vamos ganhar brinquedo?”

Eu respondia que a nossa proposta

era melhor, pois iríamos capacitá-los

para que, no futuro, pudessem

comprar balas e brinquedos.

Contraditoriamente, em seguida, eu

ouvi: “Mas vai ter brinquedo no

final, não é?” Depois de juntarmos

40 crianças escolhemos o melhor

local ali dentro, era quase perfeito se

não fossem os cachorros dormindo,

a poça d´água, o carro estacionado,

o bar com fregueses suspeitos e o

tráfego de bicicletas.

Iniciamos apresentando-nos e, em

seguida, as crianças continuavam

com a apresentação. Músicas

coletivas, dinâmicas e diversas

gincanas foram realizadas com

entusiasmo. Chegou então, a hora

do almoço. As crianças foram para

casa e a nossa equipe para a perua.

Todos queriam falar, o lanche ficou

esquecido, as sensações pareciam

borbulhar. Todos tinham alguma

impressão pessoal da favela, dos

moradores, das crianças. Até que,

quando percebemos, as crianças

estavam ao redor da perua pedindo,

em coro, a nossa presença. Foi difícil

recusar. Um dos garotos estava

descalço, então pedi para que ele

buscasse seu chinelo e a resposta foi

imediata: “Tio Bolinha eu não tenho

chinelo”. Éramos, então, tão

próximos e tão distantes, nossos

valores teriam grandes tabus a

serem quebrados.

Depois de fugir de cachorros, separar

uma briga de dois coleguinhas,

beber água amarelada, ouvir o

discurso ameaçador de um bêbado,

escutei como que sonhando

acordado: “Você gosta de mim?”

Minha garganta ficou presa e

respondi: “Quem não gostaria de

um anjo como você?”

A despedida dessas crianças foi

emocionante, os olhos brilhavam de

ambas as partes, algumas puxavam

pelo braço insistindo na nossa

permanência, outras acompanhavam

com os olhos pequenos, seguiram-

nos até nossa entrada na perua, as

mãos acenavam desesperadamente

implorando que voltássemos.

Bem, se eu voltei? Hoje completa um

ano e um mês que volto todo

domingo para continuar esse

programa e já passei pelas

comunidades de Vila Prudente,

Heliópolis e Diadema. Sabe por quê?

Porque acho que gente foi feita para

brilhar e quando aqueles olhos

brilham, a gente faz qualquer coisa

por eles, só mesmo estando lá para

sentir. Os resultados? Pergunte a eles.

Por que gosto desse trabalho? Quem

sabe, não foi aquela água amarelada

que bebi. Afinal, quem bebe dessa

água jamais bebe de outra fonte,

experimente você também.

Tio Bolinha

Participantes do

Comitê Brasileiro

Ruth Cardoso, presidente de honra;

Milú Vilela, presidente; M. Elena

Johannpeter, Heloisa Coelho, Roberto

Klabin, vice-presidentes; Regina

Duarte, madrinha do ano; Luís

Norberto Pascoal, coordenador

estratégico; M. Lúcia Meirelles Reis,

coordenadora executiva; Márcia

Tedesco Dalccero, coordenadora geral.

Para facilitar o contato com co-

legas americanos, alunos do

Tamboré participaram do curso de

Inglês de verão para estudantes,

preparado por doutores e mestres

da língua inglesa e realizado no

campus da Universidade de Bristol,

Tennessee, EUA. Foram cinco horas

diárias de aula (muitas delas ao ar

livre) estudando também através de

vídeos, excursões e dramatizações.

Nos fins de semana, visitaram Pi-

geon Forge, Atlanta e Washington

DC, complementando o aprendi-

zado. “Os visitantes – divididos em

cinco grupos, de acordo com o ní-

vel de conhecimento de inglês de

cada um – se submeteram com

prazer à experiência que os fez

crescer como cidadãos”, conclui

Celina Mitiyo Uematsu, a professora

de Inglês que os acompanhou.

A ONU premia o Tio Bolinha

QQuem leu a edição 17 da revista

Mackenzie já conhece Luiz

Fernando Correia de Oliveira – ou

melhor o Tio Bolinha, o aluno de

Biologia, voluntário do projeto Luz e

Cidadania. Pois é ele o autor do

artigo premiado pela ONU, e

transcrito linhas abaixo. “Seu relato

pode mudar o Brasil”, diz o

professor Carlos Roberto do Prado,

coordenador do Centro de Cultura e

Extensão da Faculdade de Filosofia,

Letras e Educação do Mackenzie, e

principal articulador do Luz e

Cidadania. “Foi ele que me

incentivou a participar do concurso,

divulgado em cartazes por todo o

Brasil”, explica Luiz. A redação

do mackenzista classificou-se entre

as 12 melhores, escolhidas pelos

participantes do Comitê Brasileiro

do Ano Internacional do

Voluntariado. A entrega do

prêmio, um microcomputador

para cada ganhador, foi realizada

no dia 20 de dezembro de 2001,

na sede do comitê, e contou

com a presença de Márcia

Tedesco Dalcceco, coordenadora

geral da entidade. “Eu não

esperava esse prêmio. Na verdade,

ele veio coroar todo um trabalho

que fiz com muita emoção”,

conta Luiz Fernando.

O Tamboré

em Atlanta, EUA

Visita ao museu da Coca-Cola.

Mackenzie 31Mackenzie30

Mundo Mack

O Mackenzie - Brasília

no Encontro de Coros

NNa semana em que se comemorou o Dia da Consciência Negra, a Ação

Negra de Integração e Desenvolvimento (Anid), entidade sediada em

Barueri, SP, cuja missão é a integração da comunidade negra no contexto

social, promoveu uma festa para homenagear pessoas que lutam contra a

discriminação de negros e das minorias. Ao jantar

dançante, à beira da piscina do Le Bougainville, em

Alphaville, Barueri, SP, compareceu o prefeito

Gilberto Arantes, um dos homenageados, entre

outros convidados ilustres.

O Mackenzie foi homenageado por sua atuação

integrando-se à comunidade e em reconhecimento

por suas origens históricas, caracterizadas pelo

pioneirismo, como o de ensinar, na mesma sala de

aula a brancos, negros, estrangeiros de origens e

religiões diferentes. A professora Olga Bosniac,

representando a direção do Mackenzie - Tamboré,

recebeu o troféu em nome da instituição.

Anid homenageia o Mackenzie

O troféu da Anid, cujo detalhe visual

aparece na foto à direita, foi entregue pelo

seu diretor financeiro, Alberto Eleotério do

Nascimento, à professora Olga Bosniac que

representou o Mackenzie.

OOColégio Presbiteriano Mackenzie de Brasília

patrocinou o V Encontro de Coros das escolas

particulares do Distrito Federal. O evento, prestigiado

por pais, alunos e convidados, foi realizado no dia

10 de novembro de 2001, no Auditório George

Chamberlain, com participação de representantes de

diferentes instituições. Os corais que se apresentaram

foram: ● Infantil do Perpétuo Socorro ● Vozes dos

Ventos, do Colégio Dom Bosco Salesiano ● BSB

Musical ● Jovem do Sigma ● Colégio Galois ● CRJ

Singers ● Colégio Marista ● Jovem do Cat ● Juvenil

do Centro Educacional da UCB ● Madrigal e Coro

Misto do Colégio Militar de Brasília ● Infanto-Juvenil

do Colégio Presbiteriano Mackenzie de Brasília (foto).

EEm reconhecimento por sua atuação em campanhas

sociais em prol dos moradores de baixa renda do mu-

nicípio, a Prefeitura de Santana de Parnaíba, SP, por inter-

médio do prefeito Sílvio Pecciolli, distinguiu o Mackenzie-

Tamboré, com o Prêmio Solidariedade 2001.

À cerimônia, realizada no Cosmos – Centro de Apoio I,

em 6 de novembro do ano passado, estiveram presentes

a professora Vera Mendes, diretora da escola e o cape-

lão, reverendo Dídimo de Freitas, na foto ao lado do

prefeito Sílvio Pecciolli. Ambos manifestaram satisfação

com o prêmio recebido, ao mesmo tempo salientando a

importância do trabalho social e do voluntariado que a

escola tem procurado desenvolver junto aos alunos.

No Prêmio Solidariedade, Mack é bi

Mackenzie 33Mackenzie32

Mundo Mack

Oito alunas do Mackenzie - Tamboré

participaram da V Expo Art

caracterizadas com roupas e gestos

típicos dos anos 60 (fotos acima). Embaixo,

vista geral da festa mackenzista.

O sucesso da V Expo Art

OOevento, realizado no sábado 27

de outubro, teve a eliminatória

de Bandas da 4a edição do Mack

Talent Show, com alunos inscritos

em três modalidades – Instrumentos

Musicais, Vocal e Coreografia,

incluindo a apresentação de bandas.

O projeto da área de Inglês para

alunos da 5a série do Ensino

Fundamental à 3a do Ensino Médio

enfocou os Anos 60, tema rico e

interessante, que passa pelos

movimentos culturais hippie

(Woodstock) e feministas (a moda

college, de Mary Quant) e vai a

marcos políticos como a Guerra do

Vietnã e os assassinatos do

presidente John F. Kennedy e de

Martin Luther King. Passa, além

disso, pela música dos Beatles e

da Jovem Guarda, além da

efervescência nas ruas pelo momento

político que o Brasil atravessava.

O auge do estudo, que envolveu

alunos e professores, foi a

apresentação, a caráter, da moda

utilizada nos anos 60, o que

abrilhantou o evento. Saias amplas

de bolinhas, meias soquetes, laços

nos cabelos, moda hippie com

bolsas de crochê e chinelos de couro

formaram o vestuário das meninas,

enquanto jaquetas de couro e

brilhantina no cabelo fizeram

sucesso entre os meninos.

Para os alunos de 1a à 4a séries, a

proposta pedagógica foi da área de

Educação Artística, com a releitura

de obras de arte de pintores

famosos que produziram trabalhos

lindíssimos. A cada etapa, o

envolvimento e a satisfação dos

alunos foi crescendo, valorizando

e estimulando a imaginação, a

sensibilidade, a percepção e o

pensamento de cada um. O

resultado foi a alegria estampada no

semblante de todos ao receberem os

parabéns de convidados e familiares.

Na festa do Mackenzie - Tamboré, marcada pela

descontração, muitos talentos foram revelados

SSeu objetivo: o plantio de 50

mudas de flamboyant no canteiro

central da avenida que dá acesso

ao Mackenzie - Tamboré. A

expectativa pela data escolhida

– 10 de dezembro de 2001 –

contagiou a todos os que

participaram do projeto. Com a

ajuda dos voluntários, senhores

João e Demétrio Bosniac, que

orientaram a forma correta do

plantio, os alunos avançaram

ladeira acima, plantando e, ao

mesmo tempo, recolhendo o lixo

acumulado no canteiro – plásticos,

latas, garrafas. Além da alegria

por participar do evento, os

alunos receberam orientação dos

convidados a respeito da origem

do adubo usado, em quanto

tempo as árvores deveriam

brotar, a forma correta de

plantio e a importância

do trabalho feito em conjunto,

sem o que teria sido impossível

realizar tamanha tarefa.

O Projeto Flamboyant, aprovado pela Prefeitura municipal

de Barueri, envolveu alunos do período integral do Tamboré,

da 1a à 4a séries do Ensino Fundamental.

Hoje, em todas as 50 pequenas

árvores plantadas já podem-se ver

galhos novos. Dentro de dois anos,

esses pequenos galhos estarão

florescendo e encherão de alegria

e orgulho a todos aqueles que

estiveram envolvidos no plantio.

A alegria de participarA alegria de participar

O plantio de flamboyants deu trabalho

e prazer aos alunos do Tamboré.

Rees sonhacom a F-1

Mackenzie 35Mackenzie34

Mundo Mack Mundo Mack • Ciência&Tecnologia

RRádiotelescópio Triplo de

Patrulhamento Solar (RTPS),

funcionando em 12 GHz, é o novo

instrumento de pesquisa construído

pelo CRAAM e instalado no Rádio

Observatório de Itapetinga (ROI), em

Atibaia, São Paulo. O projeto foi

desenvolvido pelo estudante da Escola

de Engenharia Mackenzie Fábio Utsumi,

bolsista de Iniciação Científica da

Fapesp, sob orientação do professor

doutor Joaquim Eduardo Rezende Costa

do CRAAM/Inpe. O projeto, com

suportes parciais da Fapesp e do Inpe,

ganhou menção honrosa no 9º

Simpósio Internacional de Iniciação

Científica da USP. As explosões solares

são o resultado de processos violentos

de conversão de energia nas regiões

ativas sobre as manchas solares. A

grande antena do Observatório de

Itapetinga opera em 48 GHz e analisa

com detalhes a explosão estudada. Ela

observa o que ocorre em área delimitada

(seu campo visual não cobre o Sol todo).

O objetivo do projeto é, pelo uso de

três refletores menores operando

simultaneamente, determinar a posição

de explosões solares sobre o disco solar

ao mesmo tempo em que se estudam

suas respectivas intensidades. Cada

antena menor apresenta feixe maior

que o disco solar, que é de 32 minutos

de arco. Como os feixes estão

parcialmente sobrepostos, a correlação

entre as três medidas permite deduzir

qual é a posição da explosão. “Ao

localizarem essa explosão, elas indicam

para onde a grande antena deve

apontar ao fazer análise mais

detalhada”, explica Fábio.

O projeto, ainda em fase de testes, tem

apresentado resultados que comprovam

a eficácia do princípio utilizado nas

determinações. Os testes terão

prosseguimento visando a realização

de programa de monitoramento

contínuo das explosões, quanto

a suas intensidades e posições.

FFernando Rees, aluno do

Mackenzie, campus Itambé,

tem treinado em Interlagos, São

Paulo e já está participando do

Torneio Italiano de Fórmula

Renault. Seu grande sonho é

desenvolver-se tecnicamente na

arte de pilotar carros, e seguir

correndo pelas fórmulas que

levam os bons pilotos brasileiros

à Fórmula 1, claro com o

substancial amparo financeiro

de grandes

patrocinadores.

Bom em pista molhada

Três refletores estudam posição e

intensidade das explosões solares

O mackenzista Fábio Utsumi, na foto acima ao lado de seu orientador, professor doutor

Joaquim Costa, recebeu a Menção Honrosa (embaixo) por sua participação no 9º SIICUSP.

A professora Cláudia Simões, coordenadora

de informática do Mackenzie - Tamboré

recebe flores de um dos alunos.

Arquitetura segue

vencendo desafios

DDois arquitetos recém-formados

pela Faculdade de Arquitetura

e Urbanismo Mackenzie – Camila

Maria Marfório Salgado, há um

ano, Diego Revollo Porfírio

Borges, recentemente (foto

embaixo) – classificaram-se em

1º lugar entre seis concorrentes

no curso de Novos Talentos, na

área de Arquitetura e Design

de Interiores, promovido pela

revista Viver Bem. Mais de 300

participantes de 12 Estados

brasileiros se inscreveram no

concurso atraídos pelas vantagens

oferecidas – prêmio em dinheiro

e publicação dos trabalhos

vencedores na revista, edição de

2001. Os 12 finalistas foram

escolhidos por júri composto de

oito profissionais da área, que

levaram em conta adequação ao

perfil, circulação, criatividade e

apresentação. Os trabalhos concor-

reram nas categorias Residencial e

Comercial – no primeiro caso, os

124 inscritos deveriam ajustar a

planta e elaborar a decoração de

um apartamento de 160 m2 para

família com três filhos de até 12

anos. A premiação, em 3 de

dezembro de 2001, foi no Hotel

Transamérica, em São Paulo, SP.

OOpiloto de kart David Rocha

Neto (foto), aluno do Mackenzie

- Tamboré, vem tendo ótimo

desempenho nas pistas, para

satisfação dos patrocinadores –

Colégio Presbiteriano Mackenzie -

Tamboré, Cebel Publicidade e Alpha

Park Estacionamentos. Em 6 de

outubro de 2001, Neto classificou-se

em 2o no kartódromo de Interlagos,

após conseguir a pole position

sob intensa chuva.

Ganhador de todos os títulos do

kart disputados nos três últimos

anos, o piloto passa de promessa a

candidato ao topo do pódio nas

corridas de carros, tentando seguir

os passos dos nomes consagrados

do automobilismo brasileiro.

AAlém das atividades na área social, o

campus do Mackenzie - Tamboré

ganhou novo fôlego com projetos de

educação ambiental, em parceria com

entidades e órgãos governamentais.

Entre os projetos destaca-se o Cidadania

Digital, ministrado por monitores

especializados, que atende a jovens da

comunidade em vias de entrar no

mercado de trabalho e que precisam de

conhecimentos sobre informática.

Com o objetivo de formar uma turma a

cada semestre, o curso envolve, além

dos professores, o trabalho voluntário

dos alunos que compartilham

conhecimentos e experiências com

colegas oriundos da escola pública. A

primeira turma, formada em 10 de

dezembro de 2001 – 20 alunos da

escola pública Amador Aguiar, que

durante três meses cursaram o Cida-

dania Digital no Tamboré –, recebeu os

certificados em solenidade a que

estiveram presentes familiares e amigos.

O evento foi prestigiado pela professora

Maria Zélia Porfílio, diretora da Escola

Amador Aguiar, e por Liliane Pellegrini,

do Instituto Presbiteriano Mackenzie,

além da diretoria e do corpo técnico-

pedagógico do Mackenzie - Tamboré.

Custódio Pereira, diretor Financeiro do

IPM falou sobre a concessão de bolsas

de estudo a alunos que necessitam de

ajuda e salientou a importância do

projeto Cidadania Digital, fato

reforçado pela professora Cilene

Bittencourt, secretária municipal de

Educação de Barueri. Wayne Billafon,

vice-prefeito de Barueri, representou

o prefeito Gilberto Arantes.

Cidadaniadigital

À mesa estão, a partir da esquerda: Cilene Bittencourt, professora Olga Bosniac,

Wayne Billafon, Vera Alves Mendes, Custódio Pereira, o capelão Dídimo de Freitas,

a professora Cláudia Simões e Liliane Pellegrini.