a obrigatoriedade de entrega do iva não...

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Legislação Lei nº 61/2008, DE 31.10 (Regime jurídico do divórcio – alterações ao CC, CPR e CRC) ... 762 DL nº 206/2008, de 23.10 (Biocombustíveis – alte- ração ao DL nº 62/2006, de 21.3) ................. 759 Port. nº 1240-A/2008, de 31.10 (Arrendamento – factores de correcção extraordinária das rendas para 2009) ..................................................... 760 Port. nº 1240/2008, de 31.10 (Arrendamento – renda condicionada – preço de construção de habitação por m2) ......................................................... 759 Resoluções Administrativas Contribuições e impostos: responsáveis subsidiários – pedido de revisão da matéria tributável..... 757 Processo tributário: execução fiscal - cobrança de créditos ao extinto IFADAP..................... 757 Informações vinculativas IRC: dedutibilidade de juros de mora .............. 757 IVA: circuitos turísticos – serviços prestados por agências de viagens; venda de imobilizado 758 Obrigações Fiscais do mês e Informações Diversas ...................................................... 742 a 754 IRS: benefícios fiscais e deduções aplicáveis ao exercício fiscal de 2009 ........................... 746 a 751 Sistemas de incentivos e apoios às empresas... 755 e 756 Trabalho e Segurança Social Informações Diversas e Regulamentação do Trabalho ................................................... 767 a 769 Sumários do Diário da República......................... 772 NOVEMBRO • 1ª QUINZENA ANO 76º • 2008 • N º 21 A obrigatoriedade de entrega do IVA não recebido NESTE NÚMERO: • IRS: benefícios e deduções fiscais aplicáveis em 2008 • O planeamento fiscal à luz do direito comunitário • Novo regime jurídico do divórcio (Lei nº 61/2008, de 31.10) SUMÁRIO Com a Proposta do OE para próximo ano, o Governo vem contrariar os tribunais e os legítimos interesses dos contribuintes ao introduzir alterações no Regime Geral das Infracções Tributárias (RGIT) no sentido de punir quem não entregar o IVA facturado, independentemente do seu recebimento. É intenção do executivo alterar o artigo 114.º do RGIT no sentido de explicitar bem o facto de o IVA ser devido ao Estado, independentemente de ser recebido, ou seja, o imposto deve ser liquidado e pago após ter sido facturado. Uma decisão recente do Supremo Tribunal Admi- nistrativo (Acórdão do STA de 3 de Abril de 2008) considerou que os contribuintes não deveriam ser multados pelo facto de não terem entregue ao Estado o IVA liquidado caso o não tivessem recebido dos seus clientes. Assim, e segundo este entendimento, as empresas não têm que pagar ao Estado valores de IVA liquidado nas suas facturas se os mesmos não forem recebidos, entregando-os apenas quando os seus clientes efectiva- mente paguem, tudo porque o artigo 114.º do Regime Geral das Infracções Tributárias (RGIT) não prevê ex- Orçamento do Estado para 2009 (Continua na pág. 743)

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LegislaçãoLei nº 61/2008, DE 31.10 (Regime jurídico do divórcio – alterações ao CC, CPR e CRC) ... 762DL nº 206/2008, de 23.10 (Biocombustíveis – alte- ração ao DL nº 62/2006, de 21.3) ................. 759Port. nº 1240-A/2008, de 31.10 (Arrendamento – factores de correcção extraordinária das rendas para 2009) ..................................................... 760Port. nº 1240/2008, de 31.10 (Arrendamento – renda condicionada – preço de construção de habitação por m2) ......................................................... 759Resoluções AdministrativasContribuições e impostos: responsáveis subsidiários – pedido de revisão da matéria tributável ..... 757Processo tributário: execução fiscal - cobrança de créditos ao extinto IFADAP ..................... 757Informações vinculativasIRC: dedutibilidade de juros de mora .............. 757IVA: circuitos turísticos – serviços prestados por agências de viagens; venda de imobilizado 758Obrigações Fiscais do mês e Informações Diversas ...................................................... 742 a 754IRS: benefícios fiscais e deduções aplicáveis ao exercício fiscal de 2009 ........................... 746 a 751Sistemas de incentivos e apoios às empresas ... 755 e 756Trabalho e Segurança Social Informações Diversas e Regulamentação do Trabalho ................................................... 767 a 769Sumários do Diário da República ......................... 772

NOVEMBRO • 1ª QUINZENA ANO 76º • 2008 • Nº 21

A obrigatoriedade de entrega do IVA não recebido

NESTE NÚMERO:• IRS: benefícios e deduções fiscais

aplicáveis em 2008• O planeamento fiscal à luz do direito

comunitário• Novo regime jurídico do divórcio (Lei nº 61/2008, de 31.10)

SUMÁRIO

Com a Proposta do OE para próximo ano, o Governo vem contrariar os tribunais e os legítimos interesses dos contribuintes ao introduzir alterações no Regime Geral das Infracções Tributárias (RGIT) no sentido de punir quem não entregar o IVA facturado, independentemente do seu recebimento.

É intenção do executivo alterar o artigo 114.º do RGIT no sentido de explicitar bem o facto de o IVA ser devido ao Estado, independentemente de ser recebido, ou seja, o imposto deve ser liquidado e pago após ter sido facturado.

Uma decisão recente do Supremo Tribunal Admi-nistrativo (Acórdão do STA de 3 de Abril de 2008) considerou que os contribuintes não deveriam ser multados pelo facto de não terem entregue ao Estado o IVA liquidado caso o não tivessem recebido dos seus clientes.

Assim, e segundo este entendimento, as empresas não têm que pagar ao Estado valores de IVA liquidado nas suas facturas se os mesmos não forem recebidos, entregando-os apenas quando os seus clientes efectiva-mente paguem, tudo porque o artigo 114.º do Regime Geral das Infracções Tributárias (RGIT) não prevê ex-

Orçamento do Estado para 2009

(Continua na pág. 743)

Boletim do Contribuinte742NOVEMBRO 2008 - Nº 21

I R S (Até ao dia 20 de Novembro)- Entrega do imposto retido no mês de Outubro sobre

rendimentos de capitais, prediais e comissões pela intermediação na realização de quaisquer contratos, bem como do imposto retido pela aplicação das taxas liberatórias previstas no art. 71º do CIRS.

(Arts. 98º, nº 3, e 101º do Código do IRS)

- Entrega do imposto retido no mês de Outubro sobre as remunerações do trabalho dependente, independente e pensões – com excepção das de alimentos (Categorias A, B e H, respectivamente).

(Al. c) do nº 3º do art. 98º do Código do IRS)

I R C- Entrega das importâncias retidas no mês de Outubro por

retenção na fonte de IRC. (Até ao dia 20 de Novembro)(Arts. 106º, nº 3, 107º e 109º do Código do IRC)

IVA- Entrega do imposto liquidado no mês de Setembro pelos

contribuintes de periodicidade mensal do regime normal. (Até ao dia 10 de Novembro)*

- Entrega, pelos sujeitos passivos enquadrados no regime normal de periodicidade trimestral, do imposto referente ao 3.º trimestre de 2008 (Julho, Agosto e Setembro). (Até ao dia 17 de Novembro)*

- Regime dos pequenos retalhistas - pagamento do imposto apurado relativo ao 3º trimestre de 2008. Caso não haja imposto a pagar, deverá ser entregue na repartição de finanças competente declaração para o efeito. (Até ao dia 20 de Novembro)

Juntamente com a declaração periódica, deve ser enviado o anexo recapitulativo referente às operações intracomunitárias de bens isentos.

*Obrigatoriedade de envio pela Internet das declarações periódicas do IVA. O pagamento pode ser efectuado nas estações dos CTT, no Multibanco ou numa Tesouraria de Finanças com o sistema local de cobrança até ao último dia do prazo.

IMPOSTO ÚNICO DE CIRCULAÇÃO (Até ao dia 28)

– Liquidação, por transmissão electrónica de dados, e pagamento do Imposto Único de Circulação – IUC – relativo aos veículos cujo aniversário da matrícula ocorra no mês de Novembro.

TAXA SOCIAL ÚNICA (Até ao dia 17 de Novembro)

- Contribuições relativas às remunerações do mês de Outubro.

IMPOSTO DO SELO (Até ao dia 20 de Novembro)- Entrega, por meio de guia, do imposto arrecadado no

mês de Outubro.O imposto do selo é pago mediante documento de cobrança

modelo oficial – declaração de pagamento de IS, aprovada pela Portaria nº 523/2003, de 4.7.

PAGAMENTOSEM NOVEMBRO

ArrendamentoFactores de correcção extraordinária

das rendas para 2009

Através da Portaria nº 1240-A/2008, de 31.10, foram aprovados os factores de correcção extraordinária das rendas a vigorar em 2009, actualizados pela aplicação do coeficiente de 1,028 constante do Aviso nº 23 786/2008, de 23.9 (2ª série do Diário da República), publicado no Bol. do Contribuinte, 2008, pág. 680.

Lembramos que, de acordo com o art. 11º da Lei nº 46/85, de 20.9, as rendas de prédios arrendados para habitação, an-teriormente a 1 de Janeiro de 1980, podem ser corrigidas na vigência do respectivo contrato pela aplicação dos factores de correcção extraordinária referidos ao ano da última fixação da renda.

Nos termos da portaria ora publicada, nos municípios de Lisboa e Porto, os aumentos dos montantes das rendas serão de 4,2% para as casas arrendadas antes de 1967, de 2,85%, para as casas arrendadas nesse ano e de 2,8% para os restantes anos.

Segue-se exemplo de minuta de carta para efeitos de co-municação do senhorio que pretenda proceder à actualização extraordinária da renda. Será conveniente utilizar, à cautela, carta registada com aviso de recepção.

RENDAS HABITACIONAIS

Correcção extraordinária

Exmº Sr.

Na qualidade de senhorio do prédio sito na R…, nº…, desta cidade, de que V. Exª é arrendatário, venho comunicar que pretendo proceder à correcção extraordinária da renda em vigor pela aplicação do factor de correcção ..... , conforme estabelece a Port. nº 1240-A/2007, de 31 de Outubro.

Assim, a renda que se vencerá em Janeiro de 2009 relativa a Fevereiro do mesmo ano, bem como as que posteriormente se vencerem até nova correcção, deverão ser pagas à razão de … euros por mês.

Com os meus cumprimentos, etc.

Renda condicionadaPreços da construção da habitação por m2

Por outro lado, pela Portaria nº 1240/2008, de 31.10, trans-crita neste número do Boletim do Contribuinte, pág. 759, foram actualizados os preços de construção da habitação por metro quadrado para efeitos de cálculo da renda condicionada.

INFORMAÇÕESDIVERSAS

INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte 743NOVEMBRO 2008 - Nº 21

quanto à obrigatoriedade de liquidar o IVA nos prazos previstos após a emissão da factura, e respectiva penalização prevista na LGT (e agora clarificada na mencionada proposta de alteração ao artigo 114º da LGT), considerando que qualquer alteração em sentido contrário punha em causa a própria estrutura do imposto sobre o valor acrescentado.

A obrigatoriedade de entrega do IVA não recebido

(Continuação da pág. 741)pressamente que o imposto tem de ser entregue, mesmo que não tenha havido pagamento.

Porém, este acórdão do Supremo Tribunal Administrativo é uma excepção à regra seguida pela administração fiscal, que vem instaurando processos de contra-ordenação e aplicando multas aos contribuintes que não procedem à entrega do IVA liquidado após a sua facturação.

Segundo entendimento há muito preconizado pelo fisco, o artigo 114.º sempre foi claro no sentido de punir quem não entregue o imposto liquidado nas facturas, independentemente do seu recebimento.

Focalizando agora na proposta de OE para 2009, o Governo vem alterar o artigo no sentido de não poderem existir dúvi-das quanto à interpretação a dar nesta matéria, considerando puníveis como falta de entrega da prestação tributária “A falta de liquidação, liquidação inferior à devida ou liquidação indevida de imposto em factura ou documento equivalente, a falta de entrega, total ou parcial, ao credor tributário do imposto devido que tenha sido liquidado ou que devesse ter sido liquidado em factura ou documento equivalente, ou a sua menção, dedução ou rectificação sem observância dos termos legais”.

A situação da entrega do IVA após a emissão da fac-tura e independentemente do recebimento tem gerado muita polémica, nomeadamente nos últimos anos, em virtude do constante aumento dos prazos de pagamento das empresas e das dificuldades financeiras que as mesmas atravessam.

A Comissão Europeia aprovou mesmo a Directiva 2000/35/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 29 de Junho de 2000, que estabelece medidas de luta contra os atrasos de pagamento nas transacções comerciais no sentido de colocar algum controlo nesta situação.

Os partidos políticos da oposição, os movimentos cívicos e as organizações de profissionais ligadas às matérias jurídicas e contabilísticas têm vindo a pedir a alteração do regime do IVA, de modo a que este deixe de estar ligado ao momento da prestação do serviço ou da facturação e passe a ser pago no momento do efectivo recebimento, facto que foi parcialmente aceite por algumas decisões judiciais, que vieram dar força a este entendimento, mas que agora se vêem claramente contrari-adas pela alteração proposta no OE para 2009.

Refira-se ainda que o Executivo tem apontado como pilar de sustentação da sua posição a Sexta Directiva, relativa ao IVA, e que prevê o pagamento do imposto na data da sua liquidação, e não na data do seu recebimento, por parte das entidades que o liquidam.

A propósito, é de referir que, recentemente, o Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais manifestou-se publicamente con-tra qualquer possibilidade de o Governo poder vir a admitir a alteração do actual regime legal, consagrado no Código do IVA

Operação Resgate Fiscal Administradores e gerentes na mira do fisco

As finanças estão a pressionar os administradores e ge-rentes de entidades com dívidas fiscais, ameaçando-os com procedimentos criminais.

A Administração Fiscal enviou uma comunicação a 21 247 administradores e gerentes no âmbito da operação Resgate Fiscal para tentar recuperar o IRS que as empresas descontam aos seus trabalhadores e a outros prestadores de serviços, bem como do IVA, que recebem previamente dos seus clientes, e não os entregam ao Estado.

Nesta comunicação, os administradores e gerentes são adver-tidos da responsabilidade fiscal e penal que incorrem, nomeada-mente a eventual instauração de processo de inquérito criminal contra a empresa e simultaneamente contra estes por indícios da prática de crime de abuso de confiança fiscal, previsto e punido com pena de prisão até 3 anos ou multa até 360 dias pelo artigo 105.º do Regime Geral das Infracções Tributárias.

Segundo o Executivo, esta comunicação tem um carác-ter pedagógico e de sensibilização dos contribuintes para a obrigatoriedade de pagamento dos impostos, mas a mesma ocorre em simultâneo com a notificação formal, efectuada às 33 509 empresas envolvidas, conferindo-lhes uma oportunidade derradeira para, no prazo de 30 dias, entregarem a prestação de imposto em falta, bem como efectuarem o pagamento dos juros que se mostrem devidos e a coima aplicável, sob pena da instauração do processo de inquérito por indícios de crime de abuso de confiança fiscal (artigo 105.º do RGIT).

O fisco avisa ainda os administradores e gerentes que, além da responsabilidade criminal directa, imediata e simultânea com as respectivas sociedades, estes podem ainda vir a ser res-ponsabilizados, mediante reversão, pelo pagamento das dívidas tributárias, no caso de o património dos entes colectivos se revelar insuficiente para o pagamento das dívidas envolvidas, nos termos dos artigos 23.º e 24.º da Lei Geral Tributária.

Lista dos Técnicos Oficiais de ContasFoi publicado na 2ª série do Diário da República de

3.11, o último aditamento à lista dos Técnicos Oficiais de Contas, que inclui a relação dos TOC que requereram a sus-pensão voluntária da inscrição, o cancelamento voluntário da inscrição, a relação das inscrições canceladas oficiosa-mente por falecimento de membro, as inscrições canceladas compulsivamente, a reinscrição após suspensão voluntária, reinscrição após cancelamento voluntário, bem como a relação das inscrições suspensas compulsivamente.

A Listagem nº 381/2008, de 3.11, foi organizada nos ter-mos do art. 18º do Estatuto da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas, aprovado pelo Decreto-Lei nº 452/99, de 5.11.

INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte744NOVEMBRO 2008 - Nº 21

Reabilitação urbana vai contar com novos incentivos fiscais

Através de incentivos fiscais o Governo pretende acelerar o processo de reabilitação urbana em zonas delimitadas: as Áreas de Reabilitação Urbana - ARU.

Nos termos da proposta de Lei do Orçamento do Estado para 2009, que adita novo preceito ao Estatuto dos Benefícios Fiscais, de entre as medidas fiscais de incentivo à reabilitação urbana destacamos isenções de IRC, aumento de deduções à colecta em sede de IRS, entre outras.

Assim:- ficam isentos de IRC os rendimentos de qualquer natureza

obtidos por fundos de investimento imobiliário desde que se constituam entre 1 de Janeiro de 2008 e 31 de Dezembro de 2012 e pelo menos 75 % dos seus activos sejam bens imóveis sujeitos a acções de reabilitação realizadas nas ARU;

- dedução à colecta em IRS das despesas de reabilitação de imóveis situados em ARU;

- dedução à colecta em IRS, até ao limite de 500 euros, 30% dos encargos suportados pelo proprietário relacionados com a reabilitação de:1) imóveis, localizados em ARU e recuperados nos

termos das respectivas estratégias de reabilitação; ou

2) imóveis arrendados passíveis de actualização fa-seada das rendas nos termos do Novo Regime de Arrendamento Urbano (NRAU), que sejam objecto de acções de reabilitação;

- aplicação de taxa reduzida de IVA nas empreitadas cujos donos da obra sejam empresas municipais que tenham por objecto a reabilitação ou gestão urbanas;

- isenção de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), re-lativamente aos prédios urbanos objecto de acções de reabilitação, por um período de 5 anos, a contar do ano, inclusive, da conclusão da mesma reabilitação, podendo ser renovada por um período adicional de 5 anos;

- isenção de Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT), relativamente às aquisi-ções de prédio urbano ou de fracção autónoma de prédio urbano destinado exclusivamente a habitação própria e permanente, na primeira transmissão onerosa do prédio reabilitado, quando localizado na ARU.

Os incentivos fiscais propostos pelo Governo serão apli-cáveis aos imóveis objecto de acções de reabilitação iniciadas após 1 de Janeiro de 2008 e que se encontrem concluídas até 31 de Dezembro de 2020.

No que se refere aos prédios em ruínas, o Executivo propõe:

- alteração do Código do IMI, de modo a fixar-se a dupli-cação anual da taxa de IMI para os prédios urbanos em ruínas ou devolutos há mais de 1 ano;

- alteração do Código do IMI, de forma a que as câmaras municipais passem a ter competência para determinar que os prédios estão em ruínas;

- equiparação dos prédios devolutos a prédios em ruínas, por forma a que estes possam ser avaliados a pedido das câmaras municipais.

Imposto sobre VeículosIsenção na alteração de residência

A isenção de Imposto Automóvel (agora Imposto sobre Veículos), na transferência da residência de um Estado da UE para Portugal, deve ter em conta a residência efectiva nesse Estado e não o cancelamento da mesma.

Assim, a norma que prevê apenas gozar de isenção de imposto automóvel os veículos automóveis que “Sejam pro-priedade e tenham sido afectos ao uso pessoal do interessado no Estado membro de proveniência desde, pelo menos, seis meses antes da transferência da residência”, prevista no Decreto-Lei nº 264/93, de 30 de Julho, deve ser interpretada no sentido de que o que importa é a prova da residência efectiva, que não a prova do cancelamento da residência no país de origem.

Este foi o entendimento do Tribunal Central Administrativo do Norte no Acórdão de 16 de Outubro de 2008, relativamente a uma questão colocada por um contribuinte a quem foi retirada a isenção do imposto automóvel que lhe tinha sido atribuída pelo facto de, após analise, da situação ter ficado provado que este já tinha residência efectiva em Portugal mais de 10 anos antes do cancelamento da residência que também mantinha em França.

O diploma em questão, o Decreto-Lei nº 264/93, de 30 de Julho, foi revogado pela Lei nº 22-A/2007, de 29 de Junho, que aprovou o Código do Imposto sobre Veículos, o qual, nos artigos 58.º, 59.º e 60.º, explicita também as condições relativas à transferência de residência e à isenção de imposto nessas situações, sendo ainda mais limitativo do que era o regime previsto no diploma revogado.

Porém, este acórdão fornece também indicações para qualquer questão colocada ao nível do novo imposto, uma vez que o que aqui foi esclarecido são as condições de residência, ou seja, tem que existir residência efectiva.

Lista de devedores ao fisco foi actualizada

A lista de devedores ao Estado foi mais uma vez actua-lizada, com mais 1800 nomes de contribuintes que possuem dívidas fiscais.

Actualmente, os nomes publicitados são cerca de 15 000, sendo 9246 pessoas singulares e 5784 pessoas colectivas.

Refira-se que no grupo dos contribuintes singulares en-contram-se 2152 administradores e/ou gerentes de sociedades, responsáveis legalmente pelo pagamento de impostos devidos pelas sociedades que representam.

De referir que a inclusão de novos nomes só é efectuada depois de um rigoroso processo de selecção bem como a análise dos processos executivos associados.

Todos os contribuintes publicitados, para além da citação pessoal no processo, foram notificados do projecto de decisão de inclusão do respectivo nome na lista dos devedores, tendo sido emitidas mais de 75 mil notificações.

INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte 745NOVEMBRO 2008 - Nº 21

Investimentos de natureza contratualAlterações ao regime dos benefícios fiscais

previstas para 2009

Para reforçar o regime fiscal contratual aplicável aos pro-jectos de investimento em Portugal, o Governo vai, no decurso de 2009, introduzir várias alterações ao regime dos benefícios fiscais ao investimento de natureza contratual, constante do art. 41º do Estatuto dos Benefícios Fiscais (EBF).

Com as mudanças neste regime, o Governo pretende:- o alargamento do prazo de vigência até 31 de Dezembro

de 2020 (actualmente, 31.12.2010);- definição do âmbito das actividades económicas suscep-

tíveis da concessão dos benefícios fiscais;- definição das condições de acesso dos projectos, consi-

derando os impactos nas seguintes áreas: • efeito na economia, quer pelo impacto regional, quer

pelos efeitos a nível sectorial, designadamente nas PME;

• criação, directa ou indirecta, manutenção e qualifica-ção de postos de trabalho;

• contributo para a inovação tecnológica, pela intro-dução de novos produtos, processos ou práticas de gestão e acesso a mercados;

• revisão dos procedimentos de candidatura e de apre-ciação dos processos contratuais de atribuição dos benefícios em causa;

• revisão das condições de contratualização, fiscaliza-ção e acompanhamento do projecto elegível.

Nos termos da actual redacção do art. 41º do EBF, os projectos de investimento em unidades produtivas realizados até 31.12.2010, de montante igual ou superior a 4 987 978,97 euros, podem beneficiar de incentivos fiscais, em regime con-tratual, com período de vigência até 10 anos, desde que sejam relevantes para o desenvolvimento dos sectores considerados de interesse estratégico para a economia nacional e para a redução das assimetrias entre regiões, impliquem a criação de postos de trabalho e contribuam para a inovação tecnológica e a investigação científica nacional.

Importa ter presente que os referidos benefícios fiscais ao investimento de natureza contratual são atribuídos nos termos, condições e procedimentos previstos no Decreto-Lei nº 409/99, de 15.10 (Bol. do Contribuinte, 1999, pág. 672).

Proposta de Lei do OE para 2009Correcção de erros da Administração Tributária

O Executivo apresentou com a proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2009 um mecanismo de correcção de erros materiais dos processos tributários que correm termos nos serviços da administração fiscal.

Para este efeito, a proposta do OE para 2009 prevê o adi-tamento ao Código do Procedimento e do Processo Tributário dos novos artigos 95.º-A, 95.º-B e 95.º-C.

Nos termos deste novo procedimento, pretende-se que os erros materiais ou manifestos da Administração Tributária sejam corrigidos com a máxima celeridade, o que poderá ser concretizado em virtude da utilização das novas tecnologias de informação e da consequente desmaterialização dos pro-cedimentos e dos processos.

Assim, o novo procedimento será um mecanismo simples e célere para a resolução de erros materiais que sejam exógenos aos vícios de legalidade que afectem a liquidação do imposto ou a exigibilidade da dívida exequenda.

Neste sentido, e a pedido do contribuinte, devem ser repara-dos, no prazo de 15 dias, os erros que tenham origem em actos de execução procedimental ou processual que manifestamente se mostrem desadequados à correcta e normal evolução técnica do procedimento.

Este pedido de correcção de erros, a apresentar nos 10 dias subsequentes ao conhecimento, não poderá versar sobre matérias onde existam meios processuais próprios, como é o caso da ilegalidade da tributação, a inexigibilidade da dívida ou outros já estabelecidos na lei.

Informações vinculativas com carácter urgente vão ser taxadasValor a cobrar pode atingir os 10 200 euros

A proposta de Lei do OE para 2009 apresenta uma al-teração à Lei Geral Tributária no sentido de dar uma maior eficácia e celeridade na informação vinculativa emitida pela Administração Fiscal.

Nesta conformidade, é alterado o artigo 68.º da Lei Geral Tributária e aditado um novo artigo, o 68.º-A, sendo agora es-tabelecido um prazo de 90 dias para a Administração Tributária satisfazer os pedidos dos contribuintes e, quando a informação vinculativa for requerida com carácter de urgência e a Admi-nistração Tributária reconheça a verificação dos respectivos pressupostos, a informação terá de ser prestada no prazo de 60 dias, sob pena de deferimento tácito do pedido.

Os efeitos deste deferimento são, contudo, limitados aos actos ou factos identificados no pedido e ao período de tribu-tação em que os mesmos ocorram.

Porém, a informação vinculativa urgente implicará o paga-mento de uma taxa, que pode variar entre 25 e 100 unidades de conta (entre 2550 euros e 10 200 euros), e, por outro lado, o requerente deve identificar no pedido os actos ou factos cujo enquadramento tributário pretende obter.

As informações vinculativas não poderão compreender factos abrangidos por procedimento de inspecção tributária, cujo início tenha sido notificado ao contribuinte antes da formulação do pedido e não será prestada se estiver, ou vier a estar, pendente reclamação ou impugnação judicial, que abranja os actos ou factos objecto do pedido.

A Administração Tributária também deverá, no prazo de 30 dias, divulgar através de meios electrónicos todas as informações prestadas.

746 Boletim do ContribuinteNOVEMBRO 2008 - Nº 21

Dado o interesse que normalmente estes benefícios e deduções à colecta suscitam, sobretudo com o aproximar do final do ano, elaborámos uma relação dos principais benefícios fiscais em sede de IRS aplicáveis ao exercício fiscal de 2008.

DEDUÇÕES E ISENÇÕES

Sujeitos passivos deficientes

Os rendimentos brutos das categorias B e H auferidos por contribuintes deficientes com grau de invalidez comprovado são considerados em 90% em 2008. A parte dos rendimentos isentos de tributação não pode ser superior a 2500 euros.

São dedutíveis à colecta por cada sujeito passivo com deficiência uma importância correspondente a 1491,00 euros (3,5 x 426,00 euros valor da retribuição mínima mensal). A dedução poderá ser elevada para 2343,00 euros se o sujeito passivo for deficiente com grau de deficiência igual ou supe-rior a 90%.

Tratando-se de dependentes deficientes, a dedução será a correspondente a 639,00 euros ou 1491,00 se o grau de deficiência for igual ou superior a 90%.

Por cada ascendente com deficiência será dedutível uma importância correspondente a 639,00 euros.

Se o sujeito passivo for deficiente das Forças Armadas com grau de invalidez igual ou superior a 90%, a dedução poderá ser elevada para 2769,00 euros (art. 87º do Código do IRS).

Contas-poupança reformado

Beneficiam de isenção de IRS os juros das contas pou-pança-reformados constituídas nos termos legais, na parte cujo saldo não ultrapasse 10 500 euros.

Se o saldo da conta for superior a este valor, os juros refe-rentes à parte do saldo que o ultrapasse pagam 20% de IRS. A instituição bancária deduz este imposto ao valor dos juros.

Estas contas podem ser abertas por qualquer contribuinte que seja reformado e possua um rendimento mensal inferior a 1278 euros (3 x 426 – valor do salário mínimo em 2008).

Em caso de morte do titular, estas contas estão isentas de qualquer tributação (art. 19º do EBF).

Rendimentos de propriedade intelectual - direitos de autor

Os rendimentos provenientes da propriedade literária, artística e científica, considerando-se também como tal os rendimentos provenientes da alienação de obras de arte de exemplar único e os rendimentos provenientes das obras de divulgação pedagógica e científica, quando auferidos por

autores residentes em território português, desde que sejam o titular originário, são considerados no englobamento para efeitos de IRS apenas por 50% do seu valor, líquido de outros benefícios até ao limite de 30 000 euros.

Quando os rendimentos excedam 60 000 euros, apenas são considerados 1/3 do valor remanescente após a dedução de 30 000 euros excluídos de tributação, para que, juntamente com os restantes rendimentos auferidos no mesmo ano, se possa determinar a taxa de IRS aplicável.

Excluem-se os rendimentos provenientes de obras escritas sem carácter literário, artístico ou científico, obras de arqui-tectura e obras publicitárias (art. 56º do EBF).

Contribuição das entidades patronais para outros regimes complementares de segurança social

Estão isentas de tributação mas com a obrigatoriedade de declaração dos respectivos rendimentos as importâncias despendidas obrigatória ou facultativamente pela entidade patronal com seguros e operações do ramo Vida, contribui-ções para fundos de pensões, fundos de poupança-reforma ou quaisquer regimes complementares de segurança social que constituam direitos adquiridos e individualizados dos respectivos beneficiários.

As mesmas importâncias que, não constituindo direitos adquiridos e individualizados, sejam objecto de resgate, adiantamento, remição ou recebimento em capital estão isentas de 1/3 das importâncias pagas ou postas à disposição, com o limite de 11 704,70 euros, com a obrigatoriedade de englobamento dos rendimentos isentos para efeitos de deter-minação da taxa aplicável ao restante rendimento colectável (art. 15ºdo EBF).

Remuneração do pessoal das missões diplomáticas e consulares

Ficam isentas de IRS as remunerações do pessoal das missões diplomáticas e consulares auferidas nessa qualidade, bem como do pessoal ao serviço de organizações estrangeiras ou internacionais, quanto às remunerações auferidas nessa qualidade (art. 35º do EBF).

Obras das infra-estruturas da NATO

Ficam isentos de IRS os empreiteiros ou arrematantes, nacionais ou estrangeiros, relativamente aos lucros derivados

IRSBENEFÍCIOS E DEDUÇÕES FISCAIS

Os sujeitos passivos de IRS têm ao seu dispor um conjunto de benefícios e de deduções à colecta previstos no Código do IRS e no Estatuto dos Benefícios Fiscais, tais como de-duções pessoais, deduções por deficiência, despesas com a saúde, educação e imóveis, planos poupança-reforma, bem como deduções por donativos.

Boletim do Contribuinte 747NOVEMBRO 2008 - Nº 21

de obras ou trabalhos das infra-estruturas comuns da NATO, a realizar em território português (art. 38º do EBF).

Pessoas deslocadas ao abrigo de acordo de coo-peração

Ficam isentas de IRS as pessoas deslocadas no estran-geiro ao abrigo de acordos de cooperação, relativamente aos rendimentos auferidos no âmbito do respectivo acordo (art. 37º do EBF).

Pessoal em missão de paz

Ficam isentos de IRS os militares e elementos das forças de segurança deslocados no estrangeiro ao abrigo de acordos de cooperação técnico-militar celebrados pelo Estado Português e ao serviço deste, relativamente aos rendimentos auferidos no âmbito do respectivo acordo (art. 37º do EBF).

Remunerações de tripulantes de navios

Estão isentas de tributação em IRS as remunerações auferidas na qualidade de tripulante de navios registados no Registo Internacional de Navios no âmbito das zonas francas da Madeira e da Ilha de Santa Maria (art. 33º do EBF).

DEDUÇÕES DE NATUREZA PESSOALÀ colecta do IRS resultante da aplicação das taxas de

imposto são efectuadas as seguintes deduções:

Dedução do sujeito passivo, descendentes e ascen-dentes

À colecta do IRS são deduzidas as seguintes importân-cias:

– 234,30 euros por cada sujeito passivo não casado ou separado judicialmente;

– 234,30 euros por cada sujeito passivo casado e não separado judicialmente (ou 468,60 por ambos os côn-juges);

– 170,40 euros por cada dependente que não seja sujeito passivo de IRS. Refira-se que por cada dependente que não ultrapasse 3 anos de idade a 31 de Dezembro do ano a que respeita o imposto o montante da dedução à

colecta é de 340,80 (80% da remuneração mínima mensal que para o ano de 2008 foi fixada em 426,00 euros);

– 362,10 euros por ascendente que viva em economia comum com o sujeito passivo e que não aufira rendi-mento superior a pensão social mínima do regime geral, não podendo cada ascendente ser incluído em mais de um agregado. Se existir mais de um sujeito passivo, poderá deduzir 234,30 euros por cada um;

– 340,80 euros, por sujeito passivo nas famílias mono-parentais.

(Art. 79º do Código do IRS)

Deduções por deficiência

Com o Orçamento do Estado para 2007 foram eliminadas as majorações relativas às deduções específicas dos rendimen-tos das Categorias A e H para os sujeitos passivos deficientes, bem como aquela referente às deduções pessoais à colecta do IRS. Todavia, foi adoptada uma deduções à colecta para cada sujeito passivo com deficiência. Refira-se que foi igualmente eliminado o regime de isenção parcial dos rendimentos das categorias A, B e H auferidos por contribuintes deficientes.

A Lei nº 67-A/2007, de 31.12 (OE para 2008), procedeu à actualização dos montantes da dedução à colecta atribuída aos sujeitos passivos portadores de deficiência, fixando a respec-tiva dedução em 3,5 vezes o valor do salário mínimo nacional e em 1,5 vezes o valor do salário mínimo nacional por cada dependente com deficiência. (Art. 87º do Código do IRS)

– por cada sujeito passivo com deficiência 1491, 00 euros. Este montante será elevado para 2343,00, tratando-se de sujeito passivo com grau de deficiência igual ou superior a 90%;- 2769,00 euros, se se tratar de deficiente das Forças

Armadas com grau de deficiência igual ou superior a 90%;

– por cada dependente – 639,00 euros ou 1491,00, tra-tando-se de dependente com grau de deficiência igual ou superior a 90%;

– por cada ascendente 639,00 euros (se o grau de defici-ência for igual ou superior a 90% o valor da dedução será de 806 euros).

De referir ainda que:É dedutível à colecta, a título de despesas de acompanha-

mento, uma importância igual a duas vezes a retribuição mínima mensal (isto é, 852 euros) por cada sujeito passivo ou dependente, cujo grau de invalidez permanente, devidamente comprovado pela entidade competente, seja igual ou superior a 90%.

DEDUÇÕES DE NATUREZA ECONÓMICA

Crédito de imposto por dupla tributação interna-cional

Os titulares de rendimentos do trabalho independente, rendimentos comerciais ou industriais e rendimentos agrícolas

(Continua na pág. seguinte)

IRSDeduções à colecta

As deduções à colecta traduzem-se em subtracções à colecta apurada (traduzindo-se posteriormente no montante de imposto a pagar ou areceber) tendo por objectivo não só adequar o imposto à situação familiar de cada contribuinte como também evitar ou atenuar a dupla tributação de deter-minados rendimentos englobados. Assim, à colecta do IRS resultante da aplicação das taxas de imposto são efectuadas as deduções previstas nos arts. 78º a 87º do CIRS.

748 Boletim do ContribuinteNOVEMBRO 2008 - Nº 21

obtidos no estrangeiro terão direito a um crédito de imposto por dupla tributação internacional, dedutível até à sua concorrência da parte da colecta proporcional a esses rendimentos líquidos, que corresponderá à menor das seguintes importâncias:

– imposto sobre o rendimento pago no estrangeiro;– fracção da colecta do IRS, calculada antes da dedução,

correspondente aos rendimentos que no país em causa possam ser tributados (art. 81º do CIRS).

Havendo crédito de imposto por dupla tributação interna-cional, deverão ser juntos à declaração os documentos originais emitidos pelas respectivas autoridades fiscais ou fotocópias devidamente autenticadas dos mesmos, comprovativos dos rendimentos obtidos no estrangeiro e do correspondente imposto sobre o rendimento aí pago, acompanhados de nota explicativa dos câmbios utilizados.

OUTRAS DEDUÇÕES À COLECTA

Despesas de saúde

São dedutíveis à colecta do IRS 30% das seguintes im-portâncias:

– aquisição de bens e serviços directamente relacionados com despesas de saúde do sujeito passivo ou do seu agregado (cônjuge e filhos), que sejam isentas de IVA ou sujeitas à taxa reduzida de 5% (4% taxa aplicável nos Açores e na Madeira);

– aquisição de bens e serviços directamente relacionados com despesas de saúde dos ascendentes e colaterais até ao 3º grau (pais, tios e sobrinhos) do sujeito passivo, que sejam isentas de IVA ou sujeitas à taxa reduzida de 5% (4% taxa aplicável nos Açores e na Madeira), desde que não possuam rendimentos superiores ao salário mínimo nacional (426 euros) e que com aquele vivam em economia comum;

– os juros contraídos para pagamento das despesas de saúde;

– aquisição de outros bens e serviços directamente re-lacionados com despesas de saúde do sujeito passivo ou do seu agregado familiar, dos seus ascendentes e colaterais desde que devidamente justificados através de receita médica com o limite de 62 euros ou de 2,5% das importâncias atrás mencionadas, se superior (art. 82º do CIRS).

São considerados despesas de saúde os encargos suportados, designadamente, com:

– os serviços prestados por profissionais de saúde (mé-dicos, analistas, dentistas, enfermeiros, fisioterapeutas e parteiras);

– intervenções cirúrgicas, aparelhos de prótese e interna-mento em hospitais e casas de saúde;

– aquisição de medicamentos, considerando-se como tais os produtos naturais ou artificiais destinados a preve-nir, curar, restabelecer, melhorar ou modificar funções orgânicas;

– tratamentos termais ou outros de idêntica natureza, prescritos pelo médico, com exclusão dos encargos de deslocação e estada que não possam considerar-se como fazendo parte do próprio internamento prescrito.

Não são considerados despesas de saúde os encargos resultantes com:

– despesas de deslocação e estada do próprio ou acom-panhante, quando aquelas não revistam um carácter de essencialidade ao tratamento preventivo, curativo ou de reabilitação a que estejam associadas ou sejam manifestamente sumptuárias. Considera-se que revestem carácter de essencialidade as despesas de deslocação efectuadas em ambulâncias ou outros veículos especial-mente adaptados ao transporte de doentes, bem como as despesas de deslocação, seja qual for o meio de transporte utilizado, originadas pela necessidade comprovada de o tratamento, que lhes deu origem, ser efectuado fora do território nacional;

– aquisição de produtos sem propriedades exclusivamente preventivas, curativas ou de reabilitação, como sejam os cosméticos, ou os produtos ditos de higiene, excep-to quando a sua utilização seja prescrita por receita médica;

– aquisição de produtos naturais, como chás de ervas medi-cinais, comprimidos de substâncias naturais, preparados de plantas e outros de idêntica natureza, excepto quando a sua utilização seja prescrita por receita médica;

– aquisição de produtos ou artefactos artificiais como colchões ortopédicos, aparelhos de ginásio e outros de idêntica natureza, excepto quando a sua utilização seja prescrita por receita médica;

– aquisição de produtos alimentares em geral, excepto quando, não se destinando exclusivamente a garantir a manutenção da vida biológica, sejam prescritos por receita médica com finalidades preventivas, curativas ou de reabilitação;

– frequência de estabelecimentos onde sejam ministrados exercícios físicos (ginástica, natação, musculação, etc), excepto quando prescrita por receita médica com finali-dades preventivas, curativas ou de reabilitação.

Prova das despesas de saúde:– tratando-se de medicamentos, a respectiva factura recibo

da farmácia, que os deve identificar nominal e quanti-tativamente, ou fotocópia ou original da receita médica anotada e completada com o recibo de farmácia;

– tratando-se de outros produtos ou serviços em que a prescrição médica seja condição de aceitação como despesa de saúde, a respectiva factura recibo, que os deve identificar nominal e quantitativamente, acompanhada de original ou de fotocópia da receita médica anotada e completada com recibo da entidade fornecedora;

– tratando-se de internamentos em hospitais ou casas de saúde oficiais ou particulares, para o efeito licenciadas, a factura ou documentos equivalentes emitidos nos termos legais;

Boletim do Contribuinte 749NOVEMBRO 2008 - Nº 21

– nos casos de comparticipação nos encargos de saúde por entidades oficiais, o documento por estas emitido, ou por entidades privadas, quando sejam autorizadas pela Direcção-Geral das Contribuições e Impostos a emiti-lo.

Despesas de educação

São dedutíveis à colecta até 30% das despesas de educação do sujeito passivo e dos seus dependentes, com o limite de 681,60 euros, independentemente do estado civil.

Nos agregados com 3 ou mais dependentes a seu cargo, o limite atrás mencionado é elevado em montante correspon-dente a 30% do valor mensal do salário mínimo nacional mais elevado, por cada dependente, caso existam relativamente a todos eles despesas de educação ou formação, ou seja, 127,80 euros por cada dependente (artigo 83º do CIRS).

Encargos com laresSão dedutíveis à colecta do IRS 25% dos encargos com

lares e outras instituições de apoio à terceira idade relativos ao sujeito passivo, seus ascendentes e colaterais até ao 3º grau (pais, avós, tios e sobrinhos) que não possuam rendimentos superiores ao salário mínimo nacional (426 euros), com o limite de 362,10 euros (art. 84º do CIRS).

Encargos com imóveis

São dedutíveis à colecta do IRS 30%, com o limite de 586,00 euros, os seguintes encargos com imóveis:

– juros e amortizações de dívidas contraídas com a aquisição, construção ou beneficiação de imóveis para habitação própria permanente ou para arrendamento;

Esta dedução não é aplicável quando os encargos referidos sejam devidos a favor de entidade residente em país, território ou região, sujeita a um regime fiscal claramente mais favorável e que não disponha em território português de estabelecimento estável ao qual os rendimentos sejam imputáveis.

– prestações devidas por contratos celebrados com coo-perativas de habitação ou no âmbito do regime de com-pras em grupo, para aquisição de imóveis destinados à habitação própria permanente do arrendatário (art. 85º, als. a) e b), do CIRS).

São ainda dedutíveis à colecta do IRS 30%, com o limite de 586,00 euros, os seguintes encargos com imóveis:

– importâncias líquidas de subsídios oficiais, suportadas a título de renda pelo arrendatário de prédio urbano ou da sua fracção autónoma quando referentes a contratos de arrendamento celebrados ao abrigo do DL nº 321-B/90, de 15.10;

Obs: No anexo H, campo 815, deverá ser feita a identifi-cação do senhorio/locador a quem foram pagas ou colocadas à disposição as rendas.

– importâncias pagas a título de contratos de locação financeira relativos a imóveis para habitação própria e permanente, na parte em que não constituam amortização de capital [art. 85º, al. c), do CIRS].

Esta dedução não é aplicável quando os encargos referidos sejam devidos a favor de entidade residente em país, território ou região, sujeita a um regime fiscal claramente mais favorável e que não disponha em território português de estabelecimento estável ao qual os rendimentos sejam imputáveis, excepto se o valor anual das rendas for igual ou superior ao montante correspondente a 1/15 avos do valor patrimonial do prédio arrendado.

Obs: Estas deduções não são cumulativas.

Energias renováveis

São dedutíveis à colecta do IRS 30% das importâncias despendidas com a aquisição de equipamentos novos para a utilização de energias renováveis e de equipamentos novos para utilização de energia eléctrica e/ou térmica (co-geração) por microturbinas, com potência até 100 kW, que consumam gás natural, incluindo equipamentos complementares indispen-sáveis ao seu funcionamento, com o limite de 777,00 euros (art. 85º do CIRS).

Obs: Esta dedução não é cumulativa com a dedução relativa a encargos com imóveis supra referida.

De acordo com a Portaria nº 725/91, de 29.7, consideram-se energias renováveis a proveniente da radiação solar directa ou difusa, a energia contida nos resíduos florestais ou agrícolas e a energia eólica.

Assim, os equipamentos cujo custo é susceptível de aba-timento são, de acordo com a lista anexa à referida portaria, os seguintes:

– instalações solares térmicas para aquecimento de águas sanitárias, utilizando como dispositivos de captação da energia colectores solares planos ou colectores solares concentrados;

– bombas de calor destinadas ao aquecimento de águas sanitárias;

– painéis fotovoltaicos e respectivos sistemas de controlo e aramazenamento de energia, destinados ao abasteci-mento de energia eléctrica e habitações;

– aerogeradores de potência nominal inferior a 5 kW e respectivos sistemas de controlo e armazenamento de energia, destinados ao abastecimento de energia eléctrica às habitações;

– equipamentos de queima de resíduos florestais, no-meadamente salamandras e fogões para aquecimento ambiente, recuperadores de calor de lareiras destinados quer ao aquecimento ambiente quer de águas sanitárias e as caldeiras destinadas à alimentação de sistemas de aquecimento ambiente ou aquecimento de águas sani-tárias.

Prémios de seguros

São dedutíveis à colecta do IRS 25%, com o limite de 62 euros (sujeitos passivos não casados) ou de 124 euros (sujeitos passivos casados), as seguintes importâncias:

750 Boletim do ContribuinteNOVEMBRO 2008 - Nº 21

– Prémios de seguros de acidentes pessoais e seguros de vida que garantam exclusivamente riscos de morte, invalidez ou reforma por velhice, neste último caso desde que o benefício seja garantido após os 55 anos de idade e 5 anos de duração do contrato, relativo ao sujeito passivo para os seus dependentes, pagos por aquele ou por terceiros, desde que, neste caso, tenham sido comprovadamente tributados como rendimento do sujeito passivo;

– contribuições pagas para fundos de pensões ou outros regimes complementares de segurança social.

São igualmente dedutíveis à colecta do IRS 30% dos prémios de seguro que cubram exclusivamente riscos de saúde relativos ao sujeito passivo e aos seus dependentes, com o limite de 82 euros (sujeito passivo não casado) ou de 164 euros (tratando-se de sujeito passivo casado).

Os limites atrás mencionados podem ser elevados em 41 euros por cada dependente a cargo do sujeito passivo (art. 86º do CIRS).

Planos Poupança-Reforma – PPR

Os valores aplicados na subscrição ou reforço de Planos Poupança-Reforma são dedutíveis à colecta do IRS em 20% do valor investido com o seguintes limites:

– 400 euros por sujeito passivo com idade inferior a 35 anos;

– 350 euros por sujeito passivo com idade compreendida entre os 35 e os 50 anos;

– 300 euros por sujeito passivo com idade superior a 50 anos.

Aquisição de computadores

São dedutíveis à colecta do IRS, até à sua concorrência, 50% dos montantes despendidos com a aquisição de com-putadores de uso pessoal, incluindo software e aparelhos de terminal, até ao limite de 250 euros.

A referida dedução é aplicável uma vez durante os anos de 2006 a 2008 e fica dependente da verificação das seguintes condições:

– Que a taxa normal aplicável ao sujeito passivo seja inferior a 42%;

– Que o equipamento tenha sido adquirido no estado de novo;

– Que o sujeito passivo ou qualquer membro do seu agregado familiar frequente qualquer nível de ensino;

– Que a factura de aquisição contenha o número de identi-ficação fiscal do adquirente e a menção “uso pessoal”.

A utilização da dedução impede, para efeitos fiscais, a afec-tação dos equipamentos aí referidos, para uso profissional.

(Art. 64ºdo EBF)

Desportistas

Encontram-se isentos de IRS os prémios e as bolsas atri-buídas aos desportistas com deficiência e aos desportistas de alto rendimento.

Ficam igualmente isentas as bolsas de formação despor-tiva para agentes desportivos não profissionais até 5 vezes a retribuição mínima mensal que para o ano de 2008 foi fixada em 236 euros.

Donativos ao Estado e a outras entidades

Os donativos em dinheiro atribuídos pelas pessoas singula-res residentes em território nacional são dedutíveis à colecta do ano a que dizem respeito, com as seguintes especificidades:

Em valor correspondente a 25% das importâncias atri-buídas, nos casos em que não estejam sujeitos a qualquer limitação, nomeadamente os donativos atribuídos a:

– Estado, Regiões Autónomas e autarquias locais e qual-quer dos seus serviços, estabelecimentos e organismos, ainda que personalizados;

– Associações de municípios e de freguesias;– Fundações em que o Estado, as Regiões Autónomas ou

as autarquias locais participem no património inicial; – Fundações de iniciativa exclusivamente privada que

prossigam fins de natureza predominantemente social ou cultural.

Em valor correspondente a 25% das importâncias atri-buídas, até ao limite de 15% da colecta, nos restantes casos, ou seja, quando atribuídos a:

– Instituições particulares de solidariedade social, bem como pessoas colectivas legalmente equiparadas;

– Pessoas colectivas de utilidade pública administrativa e de mera utilidade pública que prossigam fins de cari-dade, assistência, beneficência e solidariedade social e cooperativas de solidariedade social;

– Centros de cultura e desporto organizados nos termos dos Estatutos do Instituto Nacional de Aproveitamento dos Tempos Livres dos Trabalhadores (INATEL), desde que destinados ao desenvolvimento de actividades de natureza social do âmbito daquelas entidades;

– Organizações não governamentais cujo objecto estatutá-rio se destine essencialmente à promoção dos valores da cidadania, da defesa dos direitos humanos, dos direitos das mulheres e da igualdade de género, nos termos legais aplicáveis;

– Organizações não governamentais para o desenvolvi-mento;

– Outras entidades promotoras de iniciativas de auxílio a populações carecidas de ajuda humanitária em conse-quência de catástrofes naturais ou de outras situações de calamidade internacional, reconhecidas pelo Estado Português, mediante despacho conjunto dos ministros

Boletim do Contribuinte 751NOVEMBRO 2008 - Nº 21

responsáveis pelas áreas das finanças e dos negócios estrangeiros.

– Cooperativas culturais, institutos, fundações e associa-ções que prossigam actividades de investigação, excepto as de natureza científica, de cultura e de defesa do pa-trimónio histórico-cultural e do ambiente, e bem assim outras entidades sem fins lucrativos que desenvolvam acções no âmbito do teatro, do bailado, da música, da organização de festivais e outras manifestações artísticas e da produção cinematográfica, audiovisual e literária;

– Museus, bibliotecas e arquivos históricos e documen-tais;

– Organizações não governamentais de ambiente (ONGA);

– Comité Olímpico de Portugal, Confederação do Desporto de Portugal, pessoas colectivas titulares do estatuto de utilidade pública desportiva;

– Associações promotoras do desporto e associações do-tadas do estatuto de utilidade pública que tenham como objecto o fomento e a prática de actividades desportivas, com excepção das secções participantes em competições desportivas de natureza profissional;

– Centros de cultura e desporto organizados nos termos dos Estatutos do INATEL;

– Estabelecimentos de ensino, escolas profissionais, escolas artísticas e jardins-de-infância legalmente re-conhecidos pelo Ministério da Educação;

– Instituições responsáveis pela organização de feiras uni-versais ou mundiais, nos termos a definir por resolução do Conselho de Ministros.

São ainda dedutíveis à colecta do ano a que dizem res-peito em montante correspondente a 25% das importâncias atribuídas até ao limite de 15% da colecta os donativos concedidos a igrejas, instituições religiosas, pessoas colectivas de fins não lucrativos pertencentes a confissões religiosas ou por eles instituídas, sendo a sua importância considerada em 130% do seu quantitativo.

(Arts. 56º-D e 56º-E do EBF)

Obrigações das entidades beneficiárias dos dona-tivos e dos mecenas

As entidades beneficiárias dos donativos são obrigadas a:

– Emitir documento comprovativo dos montantes dos donativos recebidos dos seus mecenas, e com a menção de que o donativo é concedido sem con-trapartidas;

– Possuir registo actualizado das entidades mecenas, do qual constem, nomeadamente, o nome, o número de identificação fiscal, bem como a data e o valor de cada donativo que lhes tenha sido atribuído;

– Entregar à Direcção-Geral dos Impostos, até ao final do mês de Fevereiro de cada ano, uma declaração de modelo oficial, referente aos donativos recebidos no ano anterior.

O documento comprovativo deve conter: – A qualidade jurídica da entidade beneficiária;– O normativo legal onde se enquadra, bem como, se

for caso disso, a identificação do despacho necessário ao reconhecimento;

– O montante do donativo em dinheiro, quando este seja de natureza monetária;

– A identificação dos bens, no caso de donativos em espécie.

Obrigação do mecenas:Os donativos em dinheiro de valor superior a 200 eu-

ros devem ser efectuados através de meio de pagamento que permita a identificação do mecenas, designadamente transferência bancária, cheque nominativo ou débito directo (art. 56º-H do EBF).

Local: Livraria Byblos (Amoreiras) - Rua Carlos Alberto da Mota Pinto, 17 - LisboaDia/Hora: 20 Novembro - 17h00 às 19h00Pedidos de informação e pré-inscrição para:Grupo Editorial Vida Económica (Drª Cláudia Figueiredo) • Fax: 222 058 098

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DESTINATÁRIOSDebate alargado a todos os Advogados, Magistrados, Solicitadores, Juristas e público em geral

A DIVULGAÇÃO E O DEBATE OBRIGATÓRIOS

Organização Apoio:

ORADORES• Jorge Lacão - Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros

- Balanço das Reformas do Regime de Urbanização e Edifi cação e dos Empreendimentos Turísticos

• António Raposo Subtil - Advogado- Caso prático no RJET- Empreendimentos em Propriedade Plural - Limitação na utilização

• Manteigas Martins - Advogado- Casos práticos de isenção de licença no RJUE

20 DE NOVEMBRO - LISBOA

Lançamento dnçamento dnçamento o livro do livro d“Novo Regime Jurídico dos Empreendimentos TurístiTurístiT cos”urísticos”urísti

NOVO REGIME JURÍDICO DOS EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS

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INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte752NOVEMBRO 2008 - Nº 21

(Continua na pag. seguinte)

da concorrência, tudo isto através do reforço da cooperação entre os países participantes, suas administrações fiscais e outros organismos.

O combate à fraude fiscal constitui um objectivo primordial da Comissão Europeia, o que se justifica pelo facto de aquela constituir um entrave ao bom funcionamento do mercado interno, já que acarreta distorções de concorrência entre os contribuintes.

A Comissão Europeia afirma, pois, a necessidade de uma estreita colaboração entre os Estados-Membros, bem como a cooperação com países terceiros. Nesse sentido, a Comissão propõe, na sua Comunicação (2006) 254, de 31 de Maio de 2006, a implementação de medidas que permitam obter mel-hores resultados ao nível do funcionamento operacional da cooperação, da assistência em matéria de cobrança e da gestão do risco, bem como a promoção de um fórum de discussão permanente a nível comunitário. Reconhece, todavia, que possíveis medidas de luta contra a fraude fiscal não poderão contrariar o objectivo de simplificação do ambiente fiscal.

A. Fiscalidade indirecta

Na sua Comunicação (2007) 758, de 31 de Novembro de 2007, a Comissão definiu as linhas mestras da estratégia co-munitária contra a fraude em matéria de IVA, mostrando-se a favor de uma maior harmonização das obrigações declarativas impostas às empresas, sendo que estas deverão ser, na medida do possível, simplificadas e limitadas ao seu essencial. Verifica-se que a troca de informações entre as administrações fiscais dos diversos Estados-Membros nem sempre é feita da forma mais eficiente, impondo-se a implementação de medidas que permitam obter ganhos ao nível da periodicidade e rapidez.

A abordagem desta problemática a nível comunitário de-verá passar por uma gestão de riscos que permita a detecção precoce de operadores fictícios e potenciais perdas de IVA, o reforço da cooperação administrativa e a actuação, em sede penal, contra os autores das fraudes.

Como meios de cobrança de receitas de IVA em caso de fraude, menciona-se a responsabilidade solidária de pessoa diferente da pessoa responsável pelo pagamento do imposto, assim como o sistema de assistência mútua na cobrança de imp-ostos, ainda que este se mostre carecido de aperfeiçoamento.

B. Fiscalidade directa

A Comissão abordou igualmente a questão da aplicação de medidas antiabuso no domínio da tributação directa, na Comu-nicação (2007) 785, de 10 de Dezembro de 2007. A Comissão propõe aos Estados-Membros que empreendam uma revisão das suas normas antiabuso na área da fiscalidade directa, tendo presentes os princípios fixados na jurisprudência do Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias, e com o intuito de encontrar soluções coordenadas e construtivas.

No conceito de “norma antiabuso” cabem diversas soluções adoptadas pelos Estados-Membros, que tanto podem passar por regras de carácter mais geral, como será o caso de cláu-sulas gerais antiabuso contidas na legislação fiscal nacional, como podem passar por disposições mais específicas, de que são exemplo a Sociedade Estrangeira Controlada (SEC) e as regras de subcapitalização.

O planeamento fiscal à luz do direito comunitário

Uma análise da temática do planeamento fiscal, seja a nível nacional, seja a nível comunitário, implica uma prévia clarificação de conceitos, já que esta é uma área em que não raras vezes se aplicam indiferenciadamente os mesmos termos a actuações distintas, confundindo mesmo comportamentos lícitos e comportamentos ilícitos, que, enquanto tal, merecerão necessariamente tratamento legal distinto.

Assim, poderemos distinguir três tipos de comportamen-tos:

- intra legem - trata-se aqui de tirar partido de figuras criadas pelo próprio legislador e postas à disposição do contribuinte (normas de isenção ou redução do imposto, tais como benefícios fiscais, isenções ou deduções específicas);

- extra legem, elisão fiscal ou, na terminologia anglo-sa-xónica, tax avoidance – estamos aqui num espaço à margem da lei, tratando-se, muitas vezes, de áreas não reguladas pelo legislador. É neste âmbito que podemos falar de planeamento fiscal em sentido estrito.

- contra legem, evasão fiscal ou tax evasion – resultante da prática de actos ilícitos.

No plano comunitário, nada obsta a que os agentes económicos, perante um catálogo de figuras e regimes apre-sentado pelos ordenamentos jurídicos dos diferentes Estados-Membros, façam as suas opções de planeamento fiscal. Afinal, tal como é possível os Estados-Membros servirem-se da sua política fiscal como meio de captação de investimento, também não é censurável que as empresas tirem partido da concorrência fiscal entre os diferentes países, planificando a sua actividade por forma a fruir das diferentes opções que lhes são propostas. Situação diferente será já aquela que resulta na prática de actos ilícitos, sendo que é neste campo que os Estados empreendem esforços e, frequentemente, coordenam estratégias por forma a protegerem-se de práticas fraudulentas que resultam na erosão das suas bases tributárias.

I. A luta contra a fraude fiscal

A crescente sofisticação de alguns esquemas de fraude e evasão fiscais vem forçando as administrações fiscais dos diferentes Estados-Membros a concertarem a sua actuação, aumentando a cooperação administrativa neste domínio. O Programa Fiscalis 2013, delineado para o período que medeia entre 1 de Janeiro de 2008 e 31 de Dezembro de 2013, reúne alguns dos objectivos nesta área, designadamente ao nível do funcionamento dos sistemas fiscais, aplicação uniforme da legislação comunitária em todos os Estados-Membros, bom funcionamento do mercado interno por meio da luta contra a fraude e evasão fiscais ou prevenção de distorções

INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte 753NOVEMBRO 2008 - Nº 21

Esta é, todavia, uma área particularmente sensível, visto que as regras nacionais antiabuso sempre terão que respeitar o princípio da proporcionalidade e dirigir-se especificamente ao objectivo perseguido. Por outro lado, caso funcione, em relação ao contribuinte, uma presunção de situação de abuso, deverá ser-lhe assegurada a faculdade de recurso às vias judiciais.

Mais uma vez se sublinha o papel determinante da coop-eração administrativa, afirmando igualmente a necessidade de assegurar uma melhor coordenação na aplicação das regras antiabuso em relação a países terceiros. Deve, no entanto, fazer-se uma distinção no que respeita à aplicação de normas antiabuso a países terceiros, já que, nesta situação, apenas está em causa a aplicação de uma das liberdades consagradas no Tratado CE, a liberdade de circulação de capitais.

II. O planeamento fiscal na jurisprudência do Tribunal de Justiça

O Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias (TJCE) tem por missão velar pelo cumprimento do direito comunitário e pela correcta interpretação e aplicação dos Tratados. O TJCE não aprecia casos de planeamento fiscal directamente, mas apenas na medida em que sejam postas em causa as liberdades garantidas pelos Tratados, sendo delas exemplo a liberdade de estabelecimento.

Deste modo, o TJCE pode, apreciando uma medida antia-buso implementada por um Estado-Membro, concluir que ela viola a liberdade de estabelecimento, assim contradizendo o disposto no Tratado CE. Do mesmo modo, não poderá uma pes-soa pretender fazer-se valer dos direitos que lhe são garantidos pelo direito comunitário quando a sua conduta seja abusiva, pois, nesta situação, deixará de estar a coberto do âmbito de protecção da norma.

A. Fiscalidade indirecta – o processo Halifax

No processo Halifax, debatia-se a aplicação da Sexta Di-rectiva do IVA. A Halifax, uma instituição bancária, pretendia construir novos “call centres”. Ora, dado que a Halifax não podia recuperar mais de 5% do IVA pago, realizou uma série de operações de contratação, tendo conseguido, por essa via, aumentar a sua dedução. Colocava-se, então, a questão de saber se teria havido abuso de direito nesta actuação.

O TJCE sustenta que a realização de uma operação económica com vista à obtenção de uma vantagem fiscal não é, em si mesma, ilícita, mesmo que seja esse o seu único objectivo. Exceptua, no entanto, as práticas que se mostrem abusivas. Ou seja, quando as operações em que o direito à dedução do IVA pago a montante se baseia constituírem práti-cas abusivas, o contribuinte perderá o direito à dedução.

Quanto ao conceito de prática abusiva, o TJCE oferece dois critérios para que uma operação possa ser qualificada como tal:

“A declaração da existência de uma prática abusiva exige, por um lado, que as operações em causa, apesar da aplicação formal das condições previstas nas disposições pertinentes da Sexta Directiva e da legislação nacional que transpõe essa directiva, tenham por resultado a obtenção de uma vantagem fiscal cuja concessão seria contrária ao objectivo prosseguido

INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte754NOVEMBRO 2008 - Nº 21

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Boletim do Contribuinte

por essas disposições. Por outro lado, deve igualmente resultar de um conjunto de elementos objectivos que as operações em causa têm por finalidade essencial a obtenção de uma vantagem fiscal”.

Verificada que esteja a existência de uma prática abusiva, tal acarreta a redefinição das operações implicadas, por forma a restabelecer a situação tal como ela existiria se as operações constitutivas da prática abusiva não tivessem ocorrido.

B. Fiscalidade directa – o processo Cadbury

Em sede de tributação directa não harmonizada, a questão do abuso do direito merece, necessariamente, uma aborda-gem diferente da adoptada em sede de IVA, já que se trata da aplicação de uma norma fiscal nacional e não de uma norma de direito comunitário (como a Sexta Directiva do IVA). Por conseguinte, o TJCE configura o princípio da proibição do abuso de direito em moldes diferentes, acolhendo o conceito de abuso de direito em termos mais abrangentes.

No processo Cadbury, estava em causa a aplicação de legislação relativa a sociedades estrangeiras controladas (SEC) por parte do Reino Unido. As normas SEC traduzem-se num conjunto de regras que têm como objectivo impedir que empresas residentes desviem rendimentos para subsidiárias localizadas em países com menor carga fiscal, colocando-se a questão da sua compatibilização com o direito comunitário ou, mais concretamente, a liberdade de estabelecimento. A Cad-bury Schweppes, empresa sediada no Reino Unido, pretendia alocar lucros à sua subsidiária sediada na Irlanda, como forma de tirar partido de um regime fiscal mais favorável.

O TJCE faz apelo ao conceito de abuso do direito e afirma não ser lícito a um nacional de um Estado-Membro procurar tirar proveito das normas comunitárias com o propósito de se furtar ao cumprimento do direito nacional, de forma abusiva ou fraudulenta. Ressalva, porém, que o facto de esse mesmo nacional ter pretendido tirar partido do sistema fiscal mais vantajoso em vigor num Estado-Membro diferente daquele em que reside não é condição bastante para que este fique privado de invocar a protecção do Tratado e as liberdades nele consagradas.

O TJCE entende que as regras SEC, enquanto susceptíveis de restringir a liberdade de estabelecimento, só serão admis-síveis na medida em que sejam proporcionadas e tenham como objectivo específico impedir expedientes puramente artificiais.

Assim, foi esta a decisão proferida:“Os artigos 43.° CE e 48.° CE devem ser interpretados no

sentido de que se opõem à incorporação, na matéria colectável de uma sociedade residente estabelecida num Estado-Membro, dos lucros realizados por uma sociedade estrangeira controlada noutro Estado-Membro quando esses lucros são aí sujeitos a um nível de tributação inferior ao aplicável no primeiro Estado, a menos que tal incorporação diga apenas respeito aos expedientes puramente artificiais destinados a contornar o imposto nacional normalmente devido. A aplicação dessa medida de tributação deve, por conseguinte, ser afastada quando se verificar, com base em elementos objectivos e comprováveis por terceiros, que, não obstante a existência de razões de natureza fiscal, a referida sociedade controlada está realmente implantada no Estado-Membro de acolhimento e aí exerce actividades económicas efectivas”.

Em suma, para que se possa concluir pela existência de um expediente puramente artificial, não basta que se dê por verificado um elemento de carácter subjectivo, que se traduz na intenção de obter uma vantagem fiscal. Será ainda necessário que do conjunto dos elementos objectivos não resulte que a constituição da SEC corresponde, efectivamente, a uma realidade económica.

O TJCE teve também já oportunidade de se pronunciar sobre a questão do abuso de direito no domínio da fiscalidade directa harmonizada. No processo Kofoed, versando sobre o regime fiscal comum aplicável às fusões, cisões, entradas de activos e permutas de acções entre sociedades de Estados-Membros diferentes, o TJCE reafirma que as normas de direito comunitário não poderão dar cobertura a práticas abusivas, sustentando que a decisão nacional que havia sujeitado a imposto uma permuta de participações sociais estaria, em princípio, vedada pelo artigo 8.°, n.° 1, da Directiva 90/434, salvaguardando a hipótese de as regras do direito interno sobre o abuso de direito, a fraude ou a evasão fiscais poderem ser objecto de interpretação conforme com o artigo 11.°, n.° 1, alínea a), daquela mesma directiva, assim servindo de base à sua tributação.

Notas:- Decreto-Lei nº 29/2008, de 25 de Fevereiro, Planeamento fiscal - me-

didas de combate ao planeamento fiscal abusivo - deveres de informação e esclarecimento à administração tributária. (no Bol. do Contribuinte, 2008, pág. 209)

- Despacho n.º 14592/2008, de 27 de Maio, Planeamento fiscal - orien-tações administrativas das obrigações impostas pelo DL nº 29/2008, de 25.2, (no Bol. do Contribuinte, 2008, pág. 436)

- Port. nº 364-A/2008, de 14 de Maio, comunicação à administração fiscal de esquemas de planeamento fiscal - modelo 5 e instruções e preenchimento (no Bol. do Contribuinte, 2008, pág. 407).

- “Relatório sobre a evolução em Portugal do combate à fraude e à eva-são fiscais no ano de 2006”, do Ministério das Finanças e da Administração Pública

- Comunicação da Comissão ao Conselho, ao Parlamento Europeu e ao Comité Económico e Social Europeu sobre a necessidade de desenvolver uma estratégia coordenada tendo em vista melhorar a luta contra a fraude fiscal [COM(2006) 254]

- Comunicação da Comissão ao Conselho, ao Parlamento Europeu e ao Comité Económico e Social Europeu - A aplicação de medidas antia-buso na área da tributação directa – na UE e em relação a países terceiros [COM(2007) 785]

- Comunicação da Comissão ao Conselho sobre determinados elementos fundamentais que contribuem para o estabelecimento da estratégia contra a fraude em matéria de IVA a nível da UE [COM(2007) 758]

- Processo Halifax C-255/02, de 21 de Fevereiro de 2006, do TJCE- Processo Cadbury C-196/04, de 12 de Setembro de 2006, do TJCE- Processo Kofoed C-321/05, de 5 de Julho de 2007, do TJCE

Boletim do Contribuinte 755

SISTEMAS DE INCENTIVOS E APOIOS(Período de 1 de Outubro a 31 de Outubro)

NOVEMBRO 2008 - Nº 21

EMPREGO/FORMAÇÃO PROFISSIONAL

INOV-Jovem, INOV Contacto, INOV Vasco da Gama, INOV-ART e INOV Mundus

- Portaria n.º 1103/2008, de 2 de Outubro (DR n.º 191, I Série, págs. 7024 a 7040)

Estabelece o regime de concessão dos apoios técnicos e financeiros das medidas INOV-JOVEM, INOV Contacto, INOV Vasco da Gama, INOV-ART e INOV Mundus e define as respectivas normas de funcionamento e acompanhamento e revoga a Portaria n.º 586-A/2005, de 8 de Julho.

AGRICULTURA

Sector da pecuária intensiva

- Despacho n.º 24655/2008, de 2 de Outubro(DR n.º 191, II Série, pág. 40963)

Fixa os valores unitários destinados a determinar o montante individual de crédito a atribuir no sector da pecuária intensiva.

Programa de Desenvolvimento Rural do Continente (PRODER)

- Portaria n.º 1137-A/2008, de 9 de Outubro (DR n.º 196, I Série, 1º Suplemento, págs. 7214-(2) a 7214-(7)

Aprova o Regulamento de Aplicação da Acção n.º 1.6.3, «Sustentabilidade dos Regadios Públicos», no âmbito da medida n.º 1.6, «Regadios e outras infra-estruturas colectivas», integrada no subprograma n.º 1 do PRODER;

- Portaria n.º 1137-B/2008, de 9 de Outubro (DR n.º 196, I Série, 1º Suplemento, págs. 7214-(7) a 7214-(17)

Aprova o Regulamento de Aplicação da Acção n.º 2.3.2, «Ordenamento e Recuperação de Povoamentos», da medida n.º 2.3, «Gestão de espaço florestal e agro-florestal», integrada no subprograma n.º 2, «Gestão sustentável do espaço rural», do PRODER;

- Portaria n.º 1137-C/2008, de 9 de Outubro (DR n.º 196, I Série, 1º Suplemento, págs. 7214-(17) a 7214-(24)

Aprova o Regulamento de Aplicação da Acção n.º 2.3.1, «Minimização de Riscos», da medida n.º 2.3, «Gestão do espaço florestal e agro-florestal», integrada no subprograma n.º 2, «Gestão sustentável do espaço rural», do PRODER;

- Portaria n.º 1137-D/2008, de 9 de Outubro (DR n.º 196, I Série, 1º Suplemento, págs. 7214-(24) a 7214-(33)

Aprova o Regulamento de Aplicação da Acção n.º 2.3.3, «Valorização Ambiental dos Espaços Florestais», da medida n.º 2.3, «Gestão do espaço florestal e agro-florestal», integrada no subprograma n.º 2, «Gestão sustentável do espaço rural», do PRODER;

- Portaria n.º 1229-A/2008, de 27 de Outubro (DR n.º 208, I Série, 1º Suplemento, págs. 7566-(2) a 7566-(2))

Altera o Regulamento aprovado pela Portaria n.º 357-A/2008, de 9 de Maio, que aprova o Regulamento de Aplicação da Acção n.º 1.1.3, «Instalação de Jovens Agricultores», da medida n.º 1.1, «Inovação e desenvolvimento empresarial», integrada no subprograma n.º 1, «Promoção da competitividade», do Programa de Desenvolvimento Rural do Continente, abreviadamente designado por PRODER;

- Portaria n.º 1229-B/2008, de 27 de Outubro (DR n.º 208, I Série, 1º Suplemento, págs. 7566-(2) a 7566-(3))

Altera a Portaria n.º 596-B/2008, de 8 de Julho, que aprova o Regulamento de Aplicação da Acção n.º 2.4.1, «Apoio à Gestão das Intervenções Territoriais Integradas», da medida n.º 2.4, «Intervenções territoriais integradas», integrada no subprograma n.º 2, «Gestão sustentável do espaço rural», do PRODER;

- Portaria n.º 1229-C/2008, de 27 de Outubro (DR n.º 208, I Série, 1º Suplemento, págs. 7566-(3) a 7566-(5))

Altera a Portaria n.º 289-A/2008, de 11 de Abril, que aprova o Regulamento de Aplicação da Acção n.º 1.1.1, «Modernização e Capacitação das Empresas», da Medida n.º 1.1, «Inovação e Desenvolvimento Empresarial», Integrada no Subprograma n.º 1, «Promoção da Competitividade», do PRODER.

- Portaria n.º 1238/2008, de 30 de Outubro (DR n.º 211, I Série, págs. 7622 a 7629)

Aprova o Regulamento de Aplicação da Medida n.º 1.2, «Cooperação Empresarial para o Mercado e Internacionalização», designado «Redimensionamento e cooperação empresarial», integrada no subprograma n.º 1, «Promoção da competitividade», do PRODER.

Reestruturação e reconversão das vinhas

- Portaria n.º 1144/2008, de 10 de Outubro (DR n.º 197, I Série, págs. 7249 a 7255)

Estabelece, para o continente, as normas complementares de execução do regime de apoio à reestruturação e reconversão das vinhas e fixa os procedimentos administrativos aplicáveis à concessão das ajudas previstas, para as campanhas vitivinícolas de 2008-2009 a 2012-2013.

COMÉRCIO

Modernização da frota da marinha do comércio nacional

- Despacho n.º 24547/2008, de 1 de Outubro (DR n.º 190, II Série, págs. 40870 a 408719

Projectos de investimentos destinados à modernização da frota da marinha do comércio nacional.

CULTURA

Apoios financeiros do Estado às artes

- Decreto-Lei n.º 196/2008, de 6 de Outubro (DR n.º 193, I Série, págs. 7084 a 7093)

Procede à primeira alteração ao Decreto-Lei n.º 225/2006, de 13 de Novembro, que estabelece o regime de atribuição de apoios financeiros do Estado, através do Ministério da Cultura, às artes.

Protecção do património cultural dos Açores

- Decreto Legislativo Regional n.º 43/2008/A, de 8 de Outubro (DR n.º 195, I Série, págs. 7137 a 7154)

Altera o regime jurídico de protecção e valorização do património cultural móvel e imóvel dos Açores e o diploma que adapta à Região Autónoma dos Açores o regime jurídico dos instrumentos de gestão territorial.

Boletim do Contribuinte756

SISTEMAS DE INCENTIVOS E APOIOS(Período de 1 de Outubro a 31 de Outubro)

NOVEMBRO 2008 - Nº 21

PESCAS

Programa Operacional Pesca 2007-2013 (PROMAR)

- Portaria n.º 1143/2008, de 10 de Outubro

(DR n.º 197, I Série, págs. 7247 a 7248)

Aprova o Regulamento do Regime de Apoio à Cessação Temporária

das Actividades de Pesca por Motivos de Saúde Pública, previsto na

Medida de Cessação Temporária das Actividades de Pesca, do eixo

prioritário n.º 1 do PROMAR;

- Portaria n.º 1196/2008, de 16 de Outubro

(DR n.º 201, I Série, pág. 7434)

Altera o n.º 1 do anexo I da Portaria n.º 424-D/2008, de 13 de Julho, que

aprova o Regulamento do Regime de Apoio à Imobilização Definitiva

de Embarcações de Pesca com Restrições de Actividade no âmbito

do Plano de Recuperação da Pescada e do Lagostim.

POFC – PROGRAMA OPERACIONAL DE FACTORES DE COMPETITIVIDADE

Transição de atribuições, direitos e obrigações

- Despacho n.º 25290/2008, de 10 de Outubro (DR n.º 197, II Série, págs. 41798 a 41799)

Extinção a partir de 1 de Outubro da Autoridade do Gabinete de Gestão do Programa de Incentivos à Modernização da Economia (PRIME), assumindo as atribuições, direitos e obrigações a Autoridade de Gestão do Programa Operacional de Factores de Competitividade.

SAÚDE

Apoio Financeiro a Pessoas Colectivas Privadas sem Fins Lucrativos

- Portaria n.º 1176/2008, de 15 de Outubro (DR n.º 200, I Série, págs. 7408 a 7411)

Aprova o Regulamento dos Programas de Apoio Financeiro a Atribuir pela Administração Regional de Saúde do Norte, I. P. (ARSN), a Pessoas Colectivas Privadas sem Fins Lucrativos.

Sistema de Incentivos Âmbito dos projectos Prazo de Candidatura Comunicação da Decisão

2º SEMESTRE

SI I&DT

Vale I&DT De 15-Set-08 a 31-Out-08 28-Nov-08I&DT Colectiva De 01-Set-08 a 15-Out-08 (1) 27-Jan-09Projectos Demonstradores De 15-Out-08 a 15-Dez-08 26-Mar-09Núcleos e Centros de I&DT De 03-Nov-08 a 16-Jan-09 (2) 29-Abr-09Projectos individuais De 03-Nov-08 a 16-Jan-09 (2) 29-Abr-09Projectos em co-promoção De 03-Nov-08 a 16-Jan-09 (2) 29-Abr-09

SI Inovação Projectos de inovação De 15-Out-08 a 31-Dez-08 13-Abr-09 Projectos de empreendedorismo De 15-Out-08 a 31-Dez-08 13-Abr-09

SI Qualificação PME

Vale Inovação De 15-Set-08 a 31-Out-08 28-Nov-08 Projectos individuais De 15-Set-08 a 14-Nov-08 12-Fev-09 Projectos conjuntos (Internacionalização) De 15-Set-08 a 14-Nov-08 12-Fev-09 Projectos conjuntos - outras tipologias De 15-Set-08 a 14-Nov-08 12-Fev-09 Projectos em cooperação De 15-Set-08 a 14-Nov-08 12-Fev-09

PLANO DE CONCURSOS PARA 2008 - 2º SEMESTRE

Qualificação PME-, no âmbito do QREN (Quadro de Refer-ência Estratégico Nacional).

QREN - Plano de Concursos - 2º semestre de 2008 - PrazosNo quadro seguinte publicamos o Plano de Concursos para

o 2º semestre do ano corrente, referente aos sistemas de in-centivos ao investimento nas empresas - I&DT, Inovação e

(1) - O prazo para a apresentação de candidaturas foi alterado, decorrendo entre 1.10.2008 e 28.11.2008.(2) - O Concurso previsto para 3.11.2008 fica suspenso até à determinação de uma nova data.

Agenda Jurídica 2009A mais completa e actualizada

Informações e encomendas para: Boletim do Contribuinte - Telef. 223 399 400 - Fax 222 058 098 - email: [email protected]

JÁ DISPONÍVEL

Boletim do Contribuinte 757

RESOLUÇÕESADMINISTRATIVAS

NOVEMBRO 2008 - Nº 21

INFORMAÇÕESVINCULATIVAS DA DGCI

Responsáveis subsidiários Pedido de revisão da matéria tributável

Tendo sido suscitada a susceptibilidade de o responsável subsidiário apresentar, nos termos do artigo 91º da Lei Geral Tributária (LGT), um pedido de revisão da matéria tributável, foi, por despacho de 8 de Outubro de 2008 do Sr. Director-Geral dos Impostos, sancionado o seguinte entendimento:

- O pedido de revisão da matéria tributável não tem por objecto um acto de liquidação, pelo que não se enquadra no âmbito do artigo 22º, nº 4 da LGT. Por este motivo, ao responsável tributário, subsidiário não é admitido desencadear o procedimento a que se referem os artigos 91º e 92º da LGT:

- Não obstante o que antecede, o responsável tributário subsidiário pode sempre reclamar ou impugnar a dívida, ainda que com fundamento no erróneo recurso a méto-dos indirectos ou em erro da sua quantificação, mesmo quando o devedor originário não tenha desencadeado o procedimento de revisão da matéria tributável, previsto nos artigos 91º e 92º da LGT.

(Of. Circ. nº 60064, de 23.10.2008, do Gabinete do Subdirector--geral, da Justiça Tributária, da DGCI)

virtude de incumprimento pelos particulares das obrigações para eles decorrentes dos actos e contratos de atribuição ou concessão de subsídios, comunico, para os devidos efeitos, que, por despacho de 24.10.2008, do Director-Geral dos Impostos, foi sancionado o seguinte entendimento:

1. O Estatuto do Instituto de Financiamento e Apoio ao Desenvolvimento da Agricultura e Pescas (IFADAP), aprovado pelo Dec-Lei nº 414/93, de 23 de Dezembro, foi revogado pelo Dec-Lei nº 87/2007, de 29 de Março, que criou o Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas, IP, abreviadamente denominado IFAP.I.P.

2. O IFAP, I.P. é um instituto público integrado na adminis-tração indirecta do Estado, dotado de autonomia administrativa e financeira e património próprio, que sucede nas atribuições do IFADAP, com excepção das atribuições no domínio dos controlos "ex post" e do planeamento dos fundos aplicáveis a agricultura e pescas.

3. Dada a natureza não administrativa dos contratos celebrados, e o acto que determina a rescisão unilateral do mesmo, com a consequente reposição das quantias pagas, não assumir natureza de acto administrativo, não se encontram preenchidos os requisitos previstos na alínea a), do nº 2 do artigo 148º do CPPT.

4. De igual forma não se encontra no Dec.-Lei nº 87/2007, de 29 de Março, que define a missão e atribuições do IFAP.I.P., nem na Portaria 355/2007, de 30 de Março, que aprova os Estatutos do IFAP, I.P., qualquer norma que preveja que estas dívidas possam ser cobradas mediante processo de execução fiscal, por forma a preencher o requisito consubstanciado no elemento literal “termos expressamente previstos na lei” ínsito no nº 2 do artigo 248º do CPPT.

5. Também o facto de a lei atribuir força de título execu-tivo à certidão de dívida emitida pelo organismo pagador das ajudas (artigo 53° do Dec.-Lei nº 81/91, de 19 de Fevereiro) não implica necessariamente que a dívida deva ser cobrada em processo de execução fiscal, podendo-o ser em processo de execução comum.

6. Não se encontram, assim, preenchidos os requisitos pre-vistos no nº 2 do artigo 248º do CPPT, pelo que o processo de execução fiscal não é o meio próprio e adequado para cobrar créditos de natureza não tributária.

(Ofício-Circulado nº 60065, de 27.10.2008, do Gabinete do Subdirector-geral da Justiça Tributária, da DGCI)

Processo TributárioImpossibilidade de utilização do processo

de execução fiscal para cobrança de créditos ao extinto IFADAP

Tendo sido levantada a questão sobre a possibilidade de serem cobradas através de processo de execução fiscal as dívidas de natureza não tributária, no caso, créditos do IFADAP, em

IRCDedutibilidade de juros de mora

FICHA DOUTRINÁRIADiploma: Código do IRCArtigo: 42, nº 1, d)Assunto: Dedutibilidade de juros de mora relativos a dívidas de

impostos ao Estado e outras entidades públicas

Processo: 1942/2007, com despacho concordante do substituto legal do Director-Geral, de 2008.10.02

Conteúdo: Apesar da controvertida questão da natureza ju-rídica dos juros de mora pelo incumprimento das obrigações fiscais e parafiscais, conclui-se que os mencionados juros podem ser integrados na expressão “encargos pela prática de infracções de qualquer natureza”, estatuída na alínea d), do nº 1, do artigo 42º do Código do IRC.

Nestes termos, não obstante poderem caber na qua-lificação de encargos financeiros, fica prejudicada a apreciação à luz do princípio da indispensabilidade exigida pelo artigo 23º, nº 1, do Código do IRC, pois que esta norma é delimitada negativamente pelo artigo 42º do mencionado Código.

758 Boletim do Contribuinte

RESOLUÇÕESADMINISTRATIVAS

NOVEMBRO 2008 - Nº 21

Assim, os juros de mora relativos a impostos e outros tributos não são fiscalmente dedutíveis aos proveitos na determinação do lucro tributável, nos termos da alínea d) do nº 1 do artigo 42º do Código do IRC.

Mantém-se, pois, o entendimento seguido na admi-nistração tributária desde o acolhimento do que foi decidido pelo Supremo Tribunal Administrativo, no Acórdão de 3 de Maio de 2000 – Recurso nº 24627.

IVAAgências de viagens – Circuitos turísticos

FICHA DOUTRINÁRIADiploma: CIVAArtigo: 18º , Verba 2.12 –Lista I, Verba 3.1 – Lista IIAssunto: Cruzeiros no DouroProcesso: T120 2005055 – despacho do SDG dos Impostos, em

substituição do Director-Geral, em 26-09-06

Conteúdo: 1. O Decreto-Lei nº 221/85, de 3 de Julho, estabe-lece um regime especial aplicável às agências de viagens e aos organizadores de circuitos turísticos, nas situações em que estes operadores actuam em nome próprio perante o cliente e utilizam para a realização do pacote turístico transmissões de bens e prestações de serviços adquiridos a outros sujeitos passivos. Nesta situação, o imposto (IVA) deverá ser calculado de acordo com o preceituado no artº 3º do referido Decreto-Lei.

2. Deste modo, aos circuitos em que apenas há o transporte dos clientes, sendo servida uma refeição a bordo (cruzeiro das cinco pontes) e as idas de barco desde Vila Nova de Gaia até Barca D’Alva, actuando o sujeito passivo em nome próprio perante os clientes, não recorrendo a serviços de terceiros, não lhe é aplicável o regime especial das agências de viagens (Decreto-Lei nº 221/85), seguindo-se a disciplina geral do Código do IVA.

3. De acordo com o disposto na verba 2.12 da Lista I, anexa ao CIVA, são tributados à taxa reduzida de 5%, o “transporte de passageiros, incluindo aluguer de veículos com condutor. Compreende-se nesta verba o serviço de transporte e o suplemento de preço exigido pela bagagens e reservas de lugar”.

4. Assim sendo, o transporte de passageiros nos circuitos de barco (cruzeiro das cinco pontes e a viagem desde Vila Nova de Gaia até Barca D’Alva), é passível da taxa reduzida de 5%, porque enqua-drável na verba 2.12 da Lista I anexa ao CIVA.

5. De harmonia com o disposto na verba 3.1 da Lista II anexa ao CIVA as “prestações de serviços de alimentação e bebidas” são tributadas em IVA à taxa intermédia de 12%, pelo que as refeições servidas a bordo, dado que se caracterizam em prestações de serviços de alimentação e bebidas, são passíveis de imposto à taxa intermédia de 12%, por enquadráveis na citada verba.

6. Refira-se que, aquando da emissão da factura, deverão discriminar-se separadamente os referidos serviços (transporte de passageiros e ou serviços de alimentação e bebidas), para aplicação das taxas respectivas. Caso não faça a discriminação separada daqueles serviços, a taxa a aplicar será a taxa normal de 21% (1).

1 - Actualmente e a partir de 1.7.2008 a taxa normal do IVA é de 20%.

Venda de imobilizado - bens sujeitos a IT

Isenção em IVA

FICHA DOUTRINÁRIADiploma: CIVAArtigo: 3ºAssunto: Venda de imobilizado - bens sujeitos a ITProcesso: A100 2007111 - despacho do SDG dos Impostos, em

substituição do Director-Geral, em 20-07-07

Conteúdo: 1. O sujeito passivo em referência adquiriu, nos finais da década de 50, um conjunto de máquinas destinadas à rectificação, reparação e fabrico de peças para automóveis, as quais foram incorpo-radas no imobilizado da empresa e totalmente amortizadas.

2. Fazendo parte do imobilizado da empresa e encontrando-se inactivas há longos anos, preten-de, agora, proceder à sua venda, pelo que solicita esclarecimento acerca da sua incidência ou não a IVA e qual a taxa a aplicar.

3. Conforme se encontra esclarecido pelo Ofício-Circulado 62 326, de 1987.07.15, da Direcção de Serviços do IVA, a isenção só se verifica nos casos de transmissão de bens cuja aquisição tenha ocorrido antes de 01.01.86 e “hajam sido tributados em Imposto de Transações (IT) ou Imposto de Venda de Veículos Automóveis (IVVA), que não tenha sido desagravado nos termos do D.L. 351/85, de 26 de Agosto, considerando-se que tal isenção é apenas aplicável à transmissão efectuada pelo transmitente que haja suportado IT ou IVVA, não se aplicando a isenção em subsequentes transmissões (Despachos de 21.02.1886 e de 16.10.1986) – ofício circulado 8453 de 08.04.1986 e informação 2124 de 16.10.1986”.

4. Face ao exposto, e tendo em conta que é referido na exposição que as máquinas foram adquiridas na década de 50 e desde que as condições contempladas no Ofício-Circulado se verifiquem, a transmissão em causa, encontra-se isenta de IVA.

(Continuação da pág. anterior)

Boletim do Contribuinte 759

LEGISLAÇÃO

NOVEMBRO 2008 - Nº 21

Impostos Especiais de ConsumoPromoção da utilização de biocombustíveis

ou de outros combustíveis renováveis nos transportes - Alargamento do conceito

de pequeno produtor dedicado

Alteração ao Dec.-Lei n.º 62/2006, de 21.3

Decreto-Lei n.º 206/2008 de 23 de Outubro

(in DR, nº 206, I Série, de 23.10.2008)

O Decreto-Lei n.º 62/2006 (1), de 21 de Março, transpôs para a ordem jurídica nacional a Directiva n.º 2003/30/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 8 de Maio, relativa à promoção da uti-lização de biocombustíveis ou de outros combustíveis renováveis nos transportes.

No âmbito do regime aprovado pelo citado decreto-lei foram criados mecanismos para promover a colocação no mercado de quotas mínimas de biocombustíveis, em substituição dos combustíveis fós-seis, com o objectivo de contribuir para a segurança do abastecimento e para o cumprimento dos compromissos nacionais em matéria de alterações climáticas. Neste sentido, entre outras medidas, foi criada a categoria dos pequenos produtores dedicados.

Sucede que, de acordo com os requisitos fixados, actualmente não é permitida a obtenção da categoria de pequenos produtores dedicados por entidades de natureza pública. Assim, atendendo à importância destas entidades na promoção da produção e utilização de biocombustíveis e, consequentemente, na sua contribuição para o cumprimento das metas a que o Governo se propôs nesta matéria, torna-se necessário alargar o âmbito da categoria de pequenos pro-dutores dedicados àquelas entidades.

Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição,

o Governo decreta o seguinte:

ARTIGO ÚNICO Alteração ao Decreto-Lei n.º 62/2006, de 21 de Março

O artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 62/2006, de 21 de Março, passa a ter a seguinte redacção:

«ARTIGO 7.º [...]

1 - ........................................................................................ 2 - Considera-se, ainda, pequeno produtor dedicado a autar-

quia local, o serviço ou organismo dependente de uma autarquia local, e a empresa do sector empresarial local, tal como definida no n.º 1 do artigo 2.º da Lei n.º 53-F/2006, de 29 de Dezembro, que, cumulativamente:

a) Tenha uma produção máxima anual de 3000 t de biocom-bustível;

b) Tenha a sua produção com origem no aproveitamento de matérias residuais, pelo menos em parte de óleos alimen-tares usados oriundos do sector doméstico;

c) Coloque toda a sua produção em própria frota ou, a tí-tulo não oneroso, em frotas de autarquias locais ou dos respectivos serviços, organismos ou empresas do sector empresarial local, ou, ainda, de entidades sem finalidades lucrativas.

3 - Os pequenos produtores dedicados, a que se refere o número anterior, são equiparados a entrepostos fiscais de trans-formação, desde que comuniquem por escrito à DGAIEC a sua intenção de produção, o que substitui o procedimento a que se referem os artigos 22.º e 23.º do Código dos Impostos Especiais de Consumo, e ficam sujeitos a todas as obrigações adstritas aos entrepostos fiscais.

4 - (Anterior n.º 2.) 5 - (Anterior n.º 3.) 6 - (Anterior n.º 4.)»

N.R. 1 - O DL nº 62/2006, de 21.3, encontra-se disponível na área reservada do site do Boletim do Contribuinte, secção de Legis-lação, 2006.

ArrendamentoPreço de construção da habitação por metro

quadrado para efeitos de cálculo da renda condicionada em 2009

Portaria n.º 1240/2008 de 31 de Outubro

(in DR, nº 212, I Série, de 31.10.2008)

Manda o Governo, pelo Ministro do Ambiente, do Ordena-mento do Território e do Desenvolvimento Regional, para efeito do cálculo da renda condicionada a que se refere o n.º 1 do artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 329-A/2000, de 22 de Dezembro, em vigor por força do disposto no artigo 61.º da Lei n.º 6/2006, de 27 de Fevereiro, o seguinte:

1 - Os preços de construção da habitação, por metro qua-drado, para vigorarem no ano de 2009, são:

Zona I - A 741,48; Zona II - A 648,15; Zona III - A 587,22. 2 - As zonas a que se refere o número anterior são as zonas

do País constantes do quadro anexo à presente portaria e que desta faz parte integrante.

QUADRO ANEXOZonas do País Concelhos

Zona ISedes de distrito e Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Gondomar, Loures, Maia, Matosinhos, Moita, Montijo, Odivelas, Oeiras, Póvoa do Varzim, Seixal, Sintra, Valongo, Vila do Conde, Vila Franca de Xira e Vila Nova de Gaia.

Zona II

Abrantes, Albufeira, Alenquer, Caldas da Rainha, Chaves, Covilhã, Elvas, Entroncamento, Espinho, Estremoz, Fi-gueira da Foz, Guimarães, Ílhavo, Lagos, Loulé, Olhão, Palmela, Peniche, Peso da Régua, Portimão, Santiago do Cacém, São João da Madeira, Sesimbra, Silves, Sines, Tomar, Torres Novas, Torres Vedras, Vila Real de Santo António e Vizela.

Zona III Restantes concelhos do continente.

N.R. Ver na página seguinte a portaria que estabelece os factores de correcção extraordinária das medidas para o próximo ano.

Boletim do Contribuinte760

LEGISLAÇÃO

NOVEMBRO 2008 - Nº 21

2.º Os factores acumulados a que se referem os n.os 3 e 4 do artigo 12.º da Lei n.º 46/85, de 20 de Setembro, resultantes da aplicação da correcção extraordinária no período de 1986 a 2009, são os constantes da tabela ii.

3.º Os factores a aplicar no ano civil de 2009, nos termos do n.º 4 do artigo 12.º da Lei n.º 46/85, de 20 de Setembro, são os constantes da tabela iii.

4.º Os factores referidos no número anterior podem ser aplicados a partir de Janeiro de 2009, cumpridas as forma-lidades previstas no artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 13/86, de 23 de Janeiro, com a redacção conferida pelo artigo único do Decreto-Lei n.º 9/88, de 15 de Janeiro.

N.R. 1 - O Aviso nº 23 786/2008, de 23.9 (2ª série do DR), transcrito no Boletim do Contribuinte, 2008, pág. 680, fixou o coeficiente de actualização das rendas para 2009 dos diversos tipos de arrendamento - habitação, comércio, indústria e exercício de profissão liberal.

2 - Ver na página 743 deste número do Bol. do Contribuinte o exemplo de minuta de carta para efeitos da comunicação do senho-rio que pretenda proceder à actualização extraordinária da renda. Será conveniente utilizar, à cautela, carta registada com aviso de recepção.

3 - Na informação publicada no Bol. do Contribuinte, 2008, pág. 673, indicam-se as regras de comunicação da nova renda, podendo consultar-se um exemplar de carta a enviar pelo senhorio ao inquilino.

4 - Ver na página anterior a Port. nº 1240/2008, de 31.10, que estabelece os preços de construção da habitação por m2, para 2009, consoante as zonas do país, que deverá ser utilizado para efeitos de cálculo da renda condicionada.

ArrendamentoFactores de correcção extraordinária das rendas

para 2009

Portaria n.º 1240-A/2008 de 31 de Outubro

(in DR, nº 212, I Série, 1º Supl., de 31.10.2008)

Manda o Governo, pelos Ministros de Estado e das Finanças e do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, em conformidade com o disposto no n.º 2 do artigo 12.º da Lei n.º 46/85, de 20 de Setembro, e no artigo 17.º do Decreto-Lei n.º 13/86, de 23 de Janeiro, por força do artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 321-B/90, de 15 de Outubro, o seguinte:

1.º São estabelecidos, na tabela i anexa à presente porta-ria, os factores de correcção extraordinária das rendas a que se refere o artigo 11.º da Lei n.º 46/85, de 20 de Setembro, actualizados nos termos do n.º 1 do artigo 12.º da mesma lei pela aplicação do coeficiente 1,028 fixado pelo aviso do Ins-tituto Nacional de Estatística, I. P., n.º 23 786/2008 (1), de 15 de Setembro, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 184, de 23 de Setembro de 2008.

TABELA I Tabela a que se refere o artigo 11.º da Lei n.º 46/85, de 20 de Setembro, actualizada nos termos do n.º 1 do artigo 12.º

pela aplicação do coeficiente 1,028

7664-(2) Diário da República, 1.ª série — N.º 212 — 31 de Outubro de 2008

MINISTÉRIOS DAS FINANÇAS E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DO AMBIENTE, DO ORDENAMENTO

DO TERRITÓRIO E DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Portaria n.º 1240-A/2008de 31 de Outubro

Manda o Governo, pelos Ministros de Estado e das Finanças e do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, em conformidade com o disposto no n.º 2 do artigo 12.º da Lei n.º 46/85, de 20 de Setembro, e no artigo 17.º do Decreto -Lei n.º 13/86, de 23 de Janeiro, por força do artigo 9.º do Decreto -Lei n.º 321 -B/90, de 15 de Outubro, o seguinte:

1.º São estabelecidos, na tabela I anexa à presente por-taria, os factores de correcção extraordinária das rendas a que se refere o artigo 11.º da Lei n.º 46/85, de 20 de Setembro, actualizados nos termos do n.º 1 do artigo 12.º da mesma lei pela aplicação do coeficiente 1,028 fi-xado pelo aviso do Instituto Nacional de Estatística, I. P.,

n.º 23 786/2008, de 15 de Setembro, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 184, de 23 de Setembro de 2008.

2.º Os factores acumulados a que se referem os n.os 3 e 4 do artigo 12.º da Lei n.º 46/85, de 20 de Setembro, resul-tantes da aplicação da correcção extraordinária no período de 1986 a 2009, são os constantes da tabela II.

3.º Os factores a aplicar no ano civil de 2009, nos termos do n.º 4 do artigo 12.º da Lei n.º 46/85, de 20 de Setembro, são os constantes da tabela III.

4.º Os factores referidos no número anterior podem ser aplicados a partir de Janeiro de 2009, cumpridas as forma-lidades previstas no artigo 3.º do Decreto -Lei n.º 13/86, de 23 de Janeiro, com a redacção conferida pelo artigo único do Decreto -Lei n.º 9/88, de 15 de Janeiro.

Em 22 de Outubro de 2008.O Ministro de Estado e das Finanças, Fernando Teixeira

dos Santos. — O Ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, FranciscoCarlos da Graça Nunes Correia.

Ano da última fixação da renda (anterior ao início da correcção extraordinária)

Factores globais de correcção extraordinária

Municípios de Lisboa e PortoRestantes

municípiosSem porteira e sem elevador

Sem porteira e com elevador

Com porteira e sem elevador

Com porteira e com elevador

Antes de 1955 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19,89 21,87 23,83 25,78De 1955 a 1959 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18,29 19,89 21,58 23,151960 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17,05 18,44 19,85 19,851961 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14,99 15,95 16,93 17,931962 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14,14 14,99 15,78 16,59 10,661963 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14,12 14,97 15,73 16,511964 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13,31 13,75 14,60 15,191965 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12,15 12,60 13,07 13,581966 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10,49 10,74 10,00 11,20

1967 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9,741968 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9,131969 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9,00 10,571970 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8,12 9,571971 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8,05 9,491972 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7,68 9,071973 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7,12 8,351974 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6,49 6,851975 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5,05 5,051976 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4,48 4,481977 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4,01 4,011978 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3,90 3,901979 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3,69 3,69

TABELA II

Factores acumulados resultantes da correcção extraordinária nos 24 primeiros anos (1986 a 2009)

TABELA I

Tabela a que se refere o artigo 11.º da Lei n.º 46/85, de 20 de Setembro, actualizada nos termosdo n.º 1 do artigo 12.º pela aplicação do coeficiente 1,028

Ano da última fixação da renda (anterior ao início da correcção extraordinária)

Factores globais de correcção extraordinária

Municípios de Lisboa e PortoRestantes

municípiosSem porteira e sem elevador

Sem porteira e com elevador

Com porteira e sem elevador

Com porteira e com elevador

Antes de 1960 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16,38 17,97 19,28 20,851960 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15,37 16,69 17,97 19,28

Boletim do Contribuinte 761NOVEMBRO 2008 - Nº 21

TABELA III Factores de correcção extraordinária a aplicar a partir de Janeiro de 2009, nos termos do n.º 4 do artigo 12.º da Lei n.º

46/85, de 20 de Setembro

TABELA II Factores acumulados resultantes da correcção extraordinária nos 24 primeiros anos (1986 a 2009)

7664-(2) Diário da República, 1.ª série — N.º 212 — 31 de Outubro de 2008

MINISTÉRIOS DAS FINANÇAS E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DO AMBIENTE, DO ORDENAMENTO

DO TERRITÓRIO E DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Portaria n.º 1240-A/2008de 31 de Outubro

Manda o Governo, pelos Ministros de Estado e das Finanças e do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, em conformidade com o disposto no n.º 2 do artigo 12.º da Lei n.º 46/85, de 20 de Setembro, e no artigo 17.º do Decreto -Lei n.º 13/86, de 23 de Janeiro, por força do artigo 9.º do Decreto -Lei n.º 321 -B/90, de 15 de Outubro, o seguinte:

1.º São estabelecidos, na tabela I anexa à presente por-taria, os factores de correcção extraordinária das rendas a que se refere o artigo 11.º da Lei n.º 46/85, de 20 de Setembro, actualizados nos termos do n.º 1 do artigo 12.º da mesma lei pela aplicação do coeficiente 1,028 fi-xado pelo aviso do Instituto Nacional de Estatística, I. P.,

n.º 23 786/2008, de 15 de Setembro, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 184, de 23 de Setembro de 2008.

2.º Os factores acumulados a que se referem os n.os 3 e 4 do artigo 12.º da Lei n.º 46/85, de 20 de Setembro, resul-tantes da aplicação da correcção extraordinária no período de 1986 a 2009, são os constantes da tabela II.

3.º Os factores a aplicar no ano civil de 2009, nos termos do n.º 4 do artigo 12.º da Lei n.º 46/85, de 20 de Setembro, são os constantes da tabela III.

4.º Os factores referidos no número anterior podem ser aplicados a partir de Janeiro de 2009, cumpridas as forma-lidades previstas no artigo 3.º do Decreto -Lei n.º 13/86, de 23 de Janeiro, com a redacção conferida pelo artigo único do Decreto -Lei n.º 9/88, de 15 de Janeiro.

Em 22 de Outubro de 2008.O Ministro de Estado e das Finanças, Fernando Teixeira

dos Santos. — O Ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, FranciscoCarlos da Graça Nunes Correia.

Ano da última fixação da renda (anterior ao início da correcção extraordinária)

Factores globais de correcção extraordinária

Municípios de Lisboa e PortoRestantes

municípiosSem porteira e sem elevador

Sem porteira e com elevador

Com porteira e sem elevador

Com porteira e com elevador

Antes de 1955 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19,89 21,87 23,83 25,78De 1955 a 1959 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18,29 19,89 21,58 23,151960 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17,05 18,44 19,85 19,851961 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14,99 15,95 16,93 17,931962 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14,14 14,99 15,78 16,59 10,661963 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14,12 14,97 15,73 16,511964 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13,31 13,75 14,60 15,191965 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12,15 12,60 13,07 13,581966 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10,49 10,74 10,00 11,20

1967 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9,741968 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9,131969 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9,00 10,571970 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8,12 9,571971 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8,05 9,491972 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7,68 9,071973 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7,12 8,351974 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6,49 6,851975 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5,05 5,051976 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4,48 4,481977 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4,01 4,011978 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3,90 3,901979 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3,69 3,69

TABELA II

Factores acumulados resultantes da correcção extraordinária nos 24 primeiros anos (1986 a 2009)

TABELA I

Tabela a que se refere o artigo 11.º da Lei n.º 46/85, de 20 de Setembro, actualizada nos termosdo n.º 1 do artigo 12.º pela aplicação do coeficiente 1,028

Ano da última fixação da renda (anterior ao início da correcção extraordinária)

Factores globais de correcção extraordinária

Municípios de Lisboa e PortoRestantes

municípiosSem porteira e sem elevador

Sem porteira e com elevador

Com porteira e sem elevador

Com porteira e com elevador

Antes de 1960 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16,38 17,97 19,28 20,851960 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15,37 16,69 17,97 19,28

Diário da República, 1.ª série — N.º 212 — 31 de Outubro de 2008 7664-(3)

Ano da última fixação da renda (anterior ao início da correcção extraordinária)

Factores globais de correcção extraordinária

Municípios de Lisboa e PortoRestantes

municípiosSem porteira e sem elevador

Sem porteira e com elevador

Com porteira e sem elevador

Com porteira e com elevador

1961 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13,57 14,32 15,42 16,211962 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13,01 13,57 14,32 15,111963 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13,01 13,57 14,32 15,11 10,66

1964 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12,23 13,01 13,57 14,051965 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11,73 12,00 12,52 13,011966 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10,16 10,43 10,68 10,95

1967 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9,741968 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9,131969 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9,00 10,571970 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8,12 9,571971 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8,05 9,491972 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7,68 9,071973 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7,12 8,351974 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6,49 6,851975 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5,05 5,051976 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4,48 4,481977 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4,01 4,011978 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3,90 3,901979 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3,69 3,69

TABELA III

Factores de correcção extraordinária a aplicar a partir de Janeiro de 2009, nos termosdo n.º 4 do artigo 12.º da Lei n.º 46/85, de 20 de Setembro

Ano da última fixação da renda (anterior ao início da correcção extraordinária)

Factores globais de correcção extraordinária

Municípios de Lisboa e PortoRestantes

municípiosSem porteira e sem elevador

Sem porteira e com elevador

Com porteira e sem elevador

Com porteira e com elevador

Antes de 1967 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,042 1,0281967 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,028 5 1,028De 1968 a 1979 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,028 1,028

Diário da República, 1.ª série — N.º 212 — 31 de Outubro de 2008 7664-(3)

Ano da última fixação da renda (anterior ao início da correcção extraordinária)

Factores globais de correcção extraordinária

Municípios de Lisboa e PortoRestantes

municípiosSem porteira e sem elevador

Sem porteira e com elevador

Com porteira e sem elevador

Com porteira e com elevador

1961 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13,57 14,32 15,42 16,211962 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13,01 13,57 14,32 15,111963 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13,01 13,57 14,32 15,11 10,66

1964 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12,23 13,01 13,57 14,051965 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11,73 12,00 12,52 13,011966 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10,16 10,43 10,68 10,95

1967 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9,741968 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9,131969 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9,00 10,571970 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8,12 9,571971 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8,05 9,491972 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7,68 9,071973 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7,12 8,351974 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6,49 6,851975 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5,05 5,051976 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4,48 4,481977 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4,01 4,011978 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3,90 3,901979 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3,69 3,69

TABELA III

Factores de correcção extraordinária a aplicar a partir de Janeiro de 2009, nos termosdo n.º 4 do artigo 12.º da Lei n.º 46/85, de 20 de Setembro

Ano da última fixação da renda (anterior ao início da correcção extraordinária)

Factores globais de correcção extraordinária

Municípios de Lisboa e PortoRestantes

municípiosSem porteira e sem elevador

Sem porteira e com elevador

Com porteira e sem elevador

Com porteira e com elevador

Antes de 1967 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,042 1,0281967 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,028 5 1,028De 1968 a 1979 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,028 1,028

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IVAna Construção Civil

e no Imobiliário

CÓDIGO DOS CONTRATOS PÚBLICOS

Boletim do Contribuinte762

LEGISLAÇÃO

NOVEMBRO 2008 - Nº 21

ARTIGO 1676.º [...]

1 - ..............................................................................................2 - Se a contribuição de um dos cônjuges para os encargos da

vida familiar for consideravelmente superior ao previsto no número anterior, porque renunciou de forma excessiva à satisfação dos seus interesses em favor da vida em comum, designadamente à sua vida profissional, com prejuízos patrimoniais importantes, esse cônjuge tem direito de exigir do outro a correspondente compensação.

3 - O crédito referido no número anterior só é exigível no mo-mento da partilha dos bens do casal, a não ser que vigore o regime da separação.

4 - (Anterior n.º 3.)

ARTIGO 1773.º [...]

1 - O divórcio pode ser por mútuo consentimento ou sem con-sentimento de um dos cônjuges.

2 - O divórcio por mútuo consentimento pode ser requerido por ambos os cônjuges, de comum acordo, na conservatória do registo civil, ou no tribunal se, neste caso, o casal não tiver conseguido acordo sobre algum dos assuntos referidos no n.º 1 do artigo 1775.º.

3 - O divórcio sem consentimento de um dos cônjuges é reque-rido no tribunal por um dos cônjuges contra o outro, com algum dos fundamentos previstos no artigo 1781.º.

ARTIGO 1774.º Mediação familiar

Antes do início do processo de divórcio, a conservatória do registo civil ou o tribunal devem informar os cônjuges sobre a existência e os objectivos dos serviços de mediação familiar.

ARTIGO 1775.º Requerimento e instrução do processo na conservatória

do registo civil

1 - O divórcio por mútuo consentimento pode ser instaurado a todo o tempo na conservatória do registo civil, mediante requerimento assinado pelos cônjuges ou seus procuradores, acompanhado pelos documentos seguintes:

a) Relação especificada dos bens comuns, com indicação dos respectivos valores, ou, caso os cônjuges optem por proceder à partilha daqueles bens nos termos dos artigos 272.º-A a 272.º-C do Decreto-Lei n.º 324/2007, de 28 de Setembro, acordo sobre a partilha ou pedido de elaboração do mesmo;

b) Certidão da sentença judicial que tiver regulado o exer-cício das responsabilidades parentais ou acordo sobre o exercício das responsabilidades parentais quando existam filhos menores e não tenha previamente havido regulação judicial;

c) Acordo sobre a prestação de alimentos ao cônjuge que deles careça;

d) Acordo sobre o destino da casa de morada de família; e) Certidão da escritura da convenção antenupcial, caso tenha

sido celebrada. 2 - Caso outra coisa não resulte dos documentos apresentados,

entende-se que os acordos se destinam tanto ao período da pendência do processo como ao período posterior.

ARTIGO 1776.º Procedimento e decisão na conservatória do registo civil

1 - Recebido o requerimento, o conservador convoca os côn-juges para uma conferência em que verifica o preenchimento dos

Código CivilRegime jurídico do divórcio

Código Civil, Código de Processo Civil, Código do Registo Civil e legislação

complementar

Alterações

Lei n.º 61/2008 de 31 de Outubro

(in DR, nº 212, I Série, de 31.10.2008)

A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte:

ARTIGO 1.º Alteração ao Código Civil

Os artigos 1585.º, 1676.º, 1773.º, 1774.º, 1775.º, 1776.º, 1778.º, 1778.º-A, 1779.º, 1781.º, 1785.º, 1789.º, 1790.º, 1791.º, 1792.º, 1793.º, 1795.º-D, 1901.º, 1902.º, 1903.º, 1904.º, 1905.º, 1906.º, 1907.º, 1908.º, 1910.º, 1911.º, 1912.º e 2016.º do Código Civil, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 47 344, de 25 de Novembro de 1966, com as alterações introduzidas pelos Decretos-Leis nºs 67/75, de 19 de Fevereiro, 261/75, de 27 de Maio, 561/76, de 17 de Julho, 605/76, de 24 de Julho, 293/77, de 20 de Julho, 496/77, de 25 de Novembro, 200-C/80, de 24 de Junho, 236/80, de 18 de Julho, 328/81, de 4 de Dezembro, 262/83, de 16 de Junho, 225/84, de 6 de Julho, e 190/85, de 24 de Junho, pela Lei n.º 46/85, de 20 de Setembro, pelos Decretos-Leis nºs 381-B/85, de 28 de Setembro, e 379/86, de 11 de Novembro, pela Lei n.º 24/89, de 1 de Agosto, pelos Decretos-Leis nºs 321-B/90, de 15 de Outubro, 257/91, de 18 de Julho, 423/91, de 30 de Outubro, 185/93, de 22 de Maio, 227/94, de 8 de Setembro, 267/94, de 25 de Outubro, e 163/95, de 13 de Julho, pela Lei n.º 84/95, de 31 de Agosto, pelos Decretos-Leis nºs 329-A/95, de 12 de Dezembro, 14/96, de 6 de Março, 68/96, de 31 de Maio, 35/97, de 31 de Janeiro, e 120/98, de 8 de Maio, pelas Leis nºs 21/98, de 12 de Maio, e 47/98, de 10 de Agosto, pelo Decreto-Lei n.º 343/98, de 6 de Novembro, pela Lei n.º 16/2001, de 22 de Junho, pelos Decretos-Leis nºs 272/2001, de 13 de Outubro, 273/2001, de 13 de Outubro, 323/2001, de 17 de Dezembro, e 38/2003, de 8 de Março, pela Lei n.º 31/2003, de 22 de Agosto, pelo Decreto-Lei n.º 199/2003, de 10 de Setembro, pela Lei n.º 6/2006, de 27 de Fevereiro, e pelos Decretos-Leis nºs 263-A/2007, de 23 de Julho, 324/2007, de 28 de Setembro, e 116/2008, de 4 de Julho, passam a ter a seguinte redacção:

«ARTIGO 1585.º [...]

A afinidade determina-se pelos mesmos graus e linhas que definem o parentesco e não cessa pela dissolução do casamento por morte.

Boletim do Contribuinte 763

LEGISLAÇÃO

NOVEMBRO 2008 - Nº 21

pressupostos legais e aprecia os acordos referidos nas alíneas a), c) e d) do n.º 1 do artigo anterior, convidando os cônjuges a alterá-los se esses acordos não acautelarem os interesses de algum deles ou dos filhos, podendo determinar para esse efeito a prática de actos e a produção da prova eventualmente necessária, e decreta, em seguida, o divórcio, procedendo-se ao correspondente registo, salvo o disposto no artigo 1776.º-A.

2 - É aplicável o disposto no artigo 1420.º, no n.º 2 do artigo 1422º e no artigo 1424º do Código de Processo Civil, com as necessárias adaptações.

3 - As decisões proferidas pelo conservador do registo civil no divórcio por mútuo consentimento produzem os mesmos efeitos das sentenças judiciais sobre idêntica matéria.

ARTIGO 1778.º Remessa para o tribunal

Se os acordos apresentados não acautelarem suficientemente os interesses de um dos cônjuges, e ainda no caso previsto no n.º 4 do artigo 1776.º-A, a homologação deve ser recusada e o processo de divórcio integralmente remetido ao tribunal da comarca a que pertença a conservatória, seguindo-se os termos previstos no artigo 1778.º-A, com as necessárias adaptações.

ARTIGO 1778.º-A Requerimento, instrução e decisão do processo no tribunal

1 - O requerimento de divórcio é apresentado no tribunal, se os cônjuges não o acompanharem de algum dos acordos previstos no n.º 1 do artigo 1775.º.

2 - Recebido o requerimento, o juiz aprecia os acordos que os cônjuges tiverem apresentado, convidando-os a alterá-los se esses acordos não acautelarem os interesses de algum deles ou dos filhos.

3 - O juiz fixa as consequências do divórcio nas questões referidas no n.º 1 do artigo 1775.º sobre que os cônjuges não tenham apresen-tado acordo, como se se tratasse de um divórcio sem consentimento de um dos cônjuges.

4 - Tanto para a apreciação referida no n.º 2 como para fixar as consequências do divórcio, o juiz pode determinar a prática de actos e a produção da prova eventualmente necessária.

5 - O divórcio é decretado em seguida, procedendo-se ao cor-respondente registo.

6 - Na determinação das consequências do divórcio, o juiz deve sempre não só promover mas também tomar em conta o acordo dos cônjuges.

ARTIGO 1779.º Tentativa de conciliação; conversão do divórcio

sem consentimento de um dos cônjuges em divórcio por mútuo consentimento

1 - No processo de divórcio sem consentimento de um dos cônjuges haverá sempre uma tentativa de conciliação dos cônjuges.

2 - Se a tentativa de conciliação não resultar, o juiz procurará obter o acordo dos cônjuges para o divórcio por mútuo consenti-mento; obtido o acordo ou tendo os cônjuges, em qualquer altura do processo, optado por essa modalidade do divórcio, seguir-se-ão os termos do processo de divórcio por mútuo consentimento, com as necessárias adaptações.

ARTIGO 1781.º Ruptura do casamento

São fundamento do divórcio sem consentimento de um dos cônjuges:

a) A separação de facto por um ano consecutivo; b) A alteração das faculdades mentais do outro cônjuge, quando

dure há mais de um ano e, pela sua gravidade, comprometa a possibilidade de vida em comum;

c) A ausência, sem que do ausente haja notícias, por tempo não inferior a um ano;

d) Quaisquer outros factos que, independentemente da culpa dos cônjuges, mostrem a ruptura definitiva do casamento.

ARTIGO 1785.º [...]

1 - O divórcio pode ser requerido por qualquer dos cônjuges com o fundamento das alíneas a) e d) do artigo 1781.º; com os fun-damentos das alíneas b) e c) do mesmo artigo, só pode ser requerido pelo cônjuge que invoca a alteração das faculdades mentais ou a ausência do outro.

2 - Quando o cônjuge que pode pedir o divórcio estiver interdito, a acção pode ser intentada pelo seu representante legal, com autoriza-ção do conselho de família; quando o representante legal seja o outro cônjuge, a acção pode ser intentada, em nome do titular do direito de agir, por qualquer parente deste na linha recta ou até ao 3.º grau da linha colateral, se for igualmente autorizado pelo conselho de família.

3 - O direito ao divórcio não se transmite por morte, mas a acção pode ser continuada pelos herdeiros do autor para efeitos patrimoniais, se o autor falecer na pendência da causa; para os mesmos efeitos, pode a acção prosseguir contra os herdeiros do réu.

ARTIGO 1789.º [...]

1 - ..............................................................................................2 - Se a separação de facto entre os cônjuges estiver provada no

processo, qualquer deles pode requerer que os efeitos do divórcio retroajam à data, que a sentença fixará, em que a separação tenha começado.

3 - . .............................................................................................

ARTIGO 1790.º [...]

Em caso de divórcio, nenhum dos cônjuges pode na partilha receber mais do que receberia se o casamento tivesse sido celebrado segundo o regime da comunhão de adquiridos.

ARTIGO 1791.º [...]

1 - Cada cônjuge perde todos os benefícios recebidos ou que haja de receber do outro cônjuge ou de terceiro, em vista do casamento ou em consideração do estado de casado, quer a estipulação seja anterior quer posterior à celebração do casamento.

2 - O autor da liberalidade pode determinar que o benefício reverta para os filhos do casamento.

ARTIGO 1792.º Reparação de danos

1 - O cônjuge lesado tem o direito de pedir a reparação dos danos causados pelo outro cônjuge, nos termos gerais da responsabilidade civil e nos tribunais comuns.

2 - O cônjuge que pediu o divórcio com o fundamento da alínea b) do artigo 1781.º deve reparar os danos não patrimoniais causados ao outro cônjuge pela dissolução do casamento; este pedido deve ser deduzido na própria acção de divórcio.

Boletim do Contribuinte764

LEGISLAÇÃO

NOVEMBRO 2008 - Nº 21

ARTIGO 1793.º [...]

1 - ..............................................................................................2 - .............................................................................................. 3 - O regime fixado, quer por homologação do acordo dos cônju-

ges, quer por decisão do tribunal, pode ser alterado nos termos gerais da jurisdição voluntária.

ARTIGO 1795.º-D [...]

1 - Decorrido um ano sobre o trânsito em julgado da sentença que tiver decretado a separação judicial de pessoas e bens sem con-sentimento do outro cônjuge ou por mútuo consentimento, sem que os cônjuges se tenham reconciliado, qualquer deles pode requerer que a separação seja convertida em divórcio.

2 - .............................................................................................. 3 - (Revogado.) 4 - (Revogado.)

ARTIGO 1901.º Responsabilidades parentais na constância

do matrimónio

1 - Na constância do matrimónio, o exercício das responsabili-dades parentais pertence a ambos os pais.

2 - Os pais exercem as responsabilidades parentais de comum acordo e, se este faltar em questões de particular importância, qualquer deles pode recorrer ao tribunal, que tentará a conciliação.

3 - Se a conciliação referida no número anterior não for possível, o tribunal ouvirá o filho, antes de decidir, salvo quando circunstâncias ponderosas o desaconselhem.

ARTIGO 1902.º [...]

1 - Se um dos pais praticar acto que integre o exercício das res-ponsabilidades parentais, presume-se que age de acordo com o outro, salvo quando a lei expressamente exija o consentimento de ambos os progenitores ou se trate de acto de particular importância; a falta de acordo não é oponível a terceiro de boa fé.

2 - O terceiro deve recusar-se a intervir no acto praticado por um dos progenitores quando, nos termos do número anterior, não se presuma o acordo do outro ou quando conheça a oposição deste.

ARTIGO 1903.º [...]

Quando um dos pais não puder exercer as responsabilidades pa-rentais por ausência, incapacidade ou outro impedimento decretado pelo tribunal, caberá esse exercício unicamente ao outro progenitor ou, no impedimento deste, a alguém da família de qualquer deles, desde que haja um acordo prévio e com validação legal.

ARTIGO 1904.º Morte de um dos progenitores

Por morte de um dos progenitores, o exercício das responsabili-dades parentais pertence ao sobrevivo.

ARTIGO 1905.º Alimentos devidos ao filho em caso de divórcio, separação

judicial de pessoas e bens, declaração de nulidade ou anulação do casamento

Nos casos de divórcio, separação judicial de pessoas e bens, declaração de nulidade ou anulação do casamento, os alimentos devidos ao filho e forma de os prestar serão regulados por acordo dos pais, sujeito a homologação; a homologação será recusada se o acordo não corresponder ao interesse do menor.

ARTIGO 1906.º Exercício das responsabilidades parentais em caso de divórcio, separação judicial de pessoas e bens, declaração de nulidade

ou anulação do casamento

1 - As responsabilidades parentais relativas às questões de parti-cular importância para a vida do filho são exercidas em comum por ambos os progenitores nos termos que vigoravam na constância do matrimónio, salvo nos casos de urgência manifesta, em que qualquer dos progenitores pode agir sozinho, devendo prestar informações ao outro logo que possível.

2 - Quando o exercício em comum das responsabilidades parentais relativas às questões de particular importância para a vida do filho for julgado contrário aos interesses deste, deve o tribunal, através de decisão fundamentada, determinar que essas responsabilidades sejam exercidas por um dos progenitores.

3 - O exercício das responsabilidades parentais relativas aos actos da vida corrente do filho cabe ao progenitor com quem ele reside habitualmente, ou ao progenitor com quem ele se encontra tempora-riamente; porém, este último, ao exercer as suas responsabilidades, não deve contrariar as orientações educativas mais relevantes, tal como elas são definidas pelo progenitor com quem o filho reside habitualmente.

4 - O progenitor a quem cabe o exercício das responsabilidades parentais relativas aos actos da vida corrente pode exercê-las por si ou delegar o seu exercício.

5 - O tribunal determinará a residência do filho e os direitos de visita de acordo com o interesse deste, tendo em atenção todas as circunstâncias relevantes, designadamente o eventual acordo dos pais e a disponibilidade manifestada por cada um deles para promover relações habituais do filho com o outro.

6 - Ao progenitor que não exerça, no todo ou em parte, as respon-sabilidades parentais assiste o direito de ser informado sobre o modo do seu exercício, designadamente sobre a educação e as condições de vida do filho.

7 - O tribunal decidirá sempre de harmonia com o interesse do menor, incluindo o de manter uma relação de grande proximidade com os dois progenitores, promovendo e aceitando acordos ou tomando decisões que favoreçam amplas oportunidades de contacto com ambos e de partilha de responsabilidades entre eles.

ARTIGO 1907.º Exercício das responsabilidades parentais quando o filho

é confiado a terceira pessoa

1 - Por acordo ou decisão judicial, ou quando se verifique alguma das circunstâncias previstas no artigo 1918.º, o filho pode ser confiado à guarda de terceira pessoa.

2 - Quando o filho seja confiado a terceira pessoa, cabem a esta os poderes e deveres dos pais que forem exigidos pelo adequado desempenho das suas funções.

3 - O tribunal decide em que termos são exercidas as responsabi-lidades parentais na parte não prejudicada pelo disposto no número anterior.

ARTIGO 1908.º [...]

Quando se verifique alguma das circunstâncias previstas no artigo 1918.º, pode o tribunal, ao regular o exercício das responsabilidades parentais, decidir que, se falecer o progenitor a quem o menor for en-

Boletim do Contribuinte 765

LEGISLAÇÃO

NOVEMBRO 2008 - Nº 21

tregue, a guarda não passe para o sobrevivo; o tribunal designará nesse caso a pessoa a quem, provisoriamente, o menor será confiado.

ARTIGO 1910.º [...]

Se a filiação de menor nascido fora do casamento se encontrar estabelecida apenas quanto a um dos progenitores, a este pertence o exercício das responsabilidades parentais.

ARTIGO 1911.º Filiação estabelecida quanto a ambos os progenitores

que vivem em condições análogas às dos cônjuges

1 - Quando a filiação se encontre estabelecida relativamente a ambos os progenitores e estes vivam em condições análogas às dos cônjuges, aplica-se ao exercício das responsabilidades parentais o disposto nos artigos 1901.º a 1904.º.

2 - No caso de cessação da convivência entre os progenitores, são aplicáveis as disposições dos artigos 1905.º a 1908.º.

ARTIGO 1912.º Filiação estabelecida quanto a ambos os progenitores

que não vivem em condições análogas às dos cônjuges

1 - Quando a filiação se encontre estabelecida relativamente a ambos os progenitores e estes não vivam em condições análogas às dos cônjuges, aplica-se ao exercício das responsabilidades parentais o disposto nos artigos 1904.º a 1908.º.

2 - No âmbito do exercício em comum das responsabilidades parentais, aplicam-se as disposições dos artigos 1901.º e 1903.º.

ARTIGO 2016.º [...]

1 - Cada cônjuge deve prover à sua subsistência, depois do divórcio.

2 - Qualquer dos cônjuges tem direito a alimentos, independen-temente do tipo de divórcio.

3 - Por razões manifestas de equidade, o direito a alimentos pode ser negado.

4 - ............................................................................................»

ARTIGO 2.º Aditamento ao Código Civil

São aditados ao Código Civil os artigos 1776º-A e 2016º-A, com a seguinte redacção:

«ARTIGO 1776.º-A Acordo sobre o exercício das responsabilidades parentais

1 - Quando for apresentado acordo sobre o exercício das respon-sabilidades parentais relativo a filhos menores, o processo é enviado ao Ministério Público junto do tribunal judicial de 1.ª instância competente em razão da matéria no âmbito da circunscrição a que pertença a conservatória, para que este se pronuncie sobre o acordo no prazo de 30 dias.

2 - Caso o Ministério Público considere que o acordo não acautela devidamente os interesses dos menores, podem os requerentes alterar o acordo em conformidade ou apresentar novo acordo, sendo neste último caso dada nova vista ao Ministério Público.

3 - Se o Ministério Público considerar que o acordo acautela devidamente os interesses dos menores ou tendo os cônjuges alterado

o acordo nos termos indicados pelo Ministério Público, segue-se o disposto na parte final do n.º 1 do artigo anterior.

4 - Nas situações em que os requerentes não se conformem com as alterações indicadas pelo Ministério Público e mantenham o propósito de se divorciar, aplica-se o disposto no artigo 1778.º.

ARTIGO 2016.º-A Montante dos alimentos

1 - Na fixação do montante dos alimentos deve o tribunal tomar em conta a duração do casamento, a colaboração prestada à economia do casal, a idade e estado de saúde dos cônjuges, as suas qualificações profissionais e possibilidades de emprego, o tempo que terão de dedi-car, eventualmente, à criação de filhos comuns, os seus rendimentos e proventos, um novo casamento ou união de facto e, de modo geral, todas as circunstâncias que influam sobre as necessidades do cônjuge que recebe os alimentos e as possibilidades do que os presta.

2 - O tribunal deve dar prevalência a qualquer obrigação de ali-mentos relativamente a um filho do cônjuge devedor sobre a obrigação emergente do divórcio em favor do ex-cônjuge.

3 - O cônjuge credor não tem o direito de exigir a manutenção do padrão de vida de que beneficiou na constância do matrimónio.

4 - O disposto nos números anteriores é aplicável ao caso de ter sido decretada a separação judicial de pessoas e bens.»

ARTIGO 3.º Alteração de epígrafes e designação

1 - São alteradas respectivamente para «Responsa-bilidades parentais» e «Exercício das responsabilidades parentais» as epígrafes da secção II e da sua subsecção IV do capítulo II do título III do livro IV do Código Civil.

2 - A expressão «poder paternal» deve ser substituída por «responsabilidades parentais» em todas as disposições da secção II do capítulo II do título III do livro IV do Código Civil.

ARTIGO 4.º Alteração ao Código de Processo Civil

1 - A epígrafe do capítulo xvii do título iv do livro iii é alterada, passando a ter a seguinte redacção: «Do divórcio e separação sem consentimento do outro cônjuge».

2 - A epígrafe do artigo 1421.º do Código de Processo Civil passa a ter a seguinte redacção: «Conferência».

ARTIGO 5.º Alteração ao Código do Registo Civil

O artigo 272.º do Código do Registo Civil, aprovado pelo De-creto-Lei n.º 131/95, de 6 de Junho, com as alterações introduzidas pelos Decretos-Leis nºs 224-A/96, de 26 de Novembro, 36/97, de 31 de Janeiro, 120/98, de 8 de Maio, 375-A/99, de 20 de Setembro, 228/2001, de 20 de Agosto, 273/2001, de 13 de Outubro, 323/2001, de 17 de Dezembro, 113/2002, de 20 de Abril, 194/2003, de 23 de Agosto, e 53/2004, de 18 de Março, pela Lei n.º 29/2007, de 2 de Agosto, e pelo Decreto-Lei n.º 324/2007, de 28 de Setembro, passa a ter a seguinte redacção:

«ARTIGO 272.º [...]

1 - .............................................................................................. a) ..............................................................................................b) ............................................................................................... c) Certidão da sentença judicial que tiver regulado o exercício das

responsabilidades parentais ou acordo sobre o exercício das

Boletim do Contribuinte766

LEGISLAÇÃO

NOVEMBRO 2008 - Nº 21

responsabilidades parentais quando existam filhos menores e não tenha previamente havido regulação judicial;

d) ............................................................................................e) ............................................................................................f) ............................................................................................2 - A pedido dos interessados, os documentos referidos na alínea

b), na segunda parte da alínea c) e nas alíneas d) e f) do número anterior podem ser elaborados pelo conservador ou pelos oficiais de registo.

3 - .............................................................................................. 4 - ..............................................................................................5 - .............................................................................................. 6 - ............................................................................................»

ARTIGO 6.º Alteração ao Decreto-Lei n.º 272/2001, de 13 de Outubro

Os artigos 12.º e 14.º do Decreto-Lei n.º 272/2001, de 13 de Outubro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 324/2007, de 28 de Setembro, passam a ter a seguinte redacção:

«ARTIGO 12.º [...]

1 - ..............................................................................................a) ...............................................................................................b) A separação e divórcio por mútuo consentimento, excepto

nos casos em que os cônjuges não apresentam algum dos acordos a que se refere o n.º 1 do artigo 1775.º do Código Civil, em que algum dos acordos apresentados não é homo-logado ou nos casos resultantes de acordo obtido no âmbito de processo de separação ou divórcio sem consentimento do outro cônjuge;

c) ...............................................................................................2 - .............................................................................................. 3 - .............................................................................................. 4 - ..............................................................................................5 - ..............................................................................................

ARTIGO 14.º [...]

1 - ..............................................................................................2 - .............................................................................................. 3 - Recebido o requerimento, o conservador informa os cônju-

ges da existência dos serviços de mediação familiar; mantendo os cônjuges o propósito de se divorciar, e observado o disposto no n.º 5 do artigo 12.º, é o divórcio decretado, procedendo-se ao corres-pondente registo.

4 - ............................................................................................... 5 - .............................................................................................. 6 - ..............................................................................................7 - ..............................................................................................8 - ............................................................................................»

ARTIGO 7.º Alteração ao Código Penal

Os artigos 249.º e 250.º do Código Penal, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 400/82, de 23 de Setembro, e alterado pela Lei

n.º 6/84, de 11 de Maio, pelos Decretos-Leis nºs 101-A/88, de 26 de Março, 132/93, de 23 de Abril, e 48/95, de 15 de Março, pelas Leis nºs 90/97, de 30 de Julho, 65/98, de 2 de Setembro, 7/2000, de 27 de Maio, 77/2001, de 13 de Julho, 97/2001, 98/2001, 99/2001 e 100/2001, de 25 de Agosto, e 108/2001, de 28 de Novembro, pelos Decretos-Leis nºs 323/2001, de 17 de Dezembro, e 38/2003, de 8 de Março, pelas Leis nºs 52/2003, de 22 de Agosto, e 100/2003, de 15 de Novembro, pelo Decreto-Lei n.º 53/2004, de 18 de Março, e pelas Leis nºs 11/2004, de 27 de Março, 31/2004, de 22 de Julho, 5/2006, de 23 de Fevereiro, 16/2007, de 17 de Abril, e 59/2007, de 4 de Setembro, passam a ter a seguinte redacção:

«ARTIGO 249.º [...]

1 - ..............................................................................................a) ............................................................................................... b) ...............................................................................................c) De um modo repetido e injustificado, não cumprir o regime

estabelecido para a convivência do menor na regulação do exercício das responsabilidades parentais, ao recusar, atrasar ou dificultar significativamente a sua entrega ou acolhimento;

é punido com pena de prisão até dois anos ou com pena de multa até 240 dias.

2 - Nos casos previstos na alínea c) do n.º 1, a pena é espe-cialmente atenuada quando a conduta do agente tiver sido condi-cionada pelo respeito pela vontade do menor com idade superior a 12 anos.

3 - ..............................................................................................

ARTIGO 250.º [...]

1 - Quem, estando legalmente obrigado a prestar alimentos e em condições de o fazer, não cumprir a obrigação no prazo de dois meses seguintes ao vencimento, é punido com pena de multa até 120 dias.

2 - A prática reiterada do crime referido no número anterior é punível com pena de prisão até um ano ou com pena de multa até 120 dias.

3 - (Anterior n.º 1.) 4 - Quem, com a intenção de não prestar alimentos, se colocar

na impossibilidade de o fazer e violar a obrigação a que está sujeito criando o perigo previsto no número anterior, é punido com pena de prisão até dois anos ou com pena de multa até 240 dias.

5 - (Anterior n.º 3.) 6 - (Anterior n.º 4.)»

ARTIGO 8.º Norma revogatória

São revogados o artigo 1780º, o n.º 2 do artigo 1782º, os artigos 1783º, 1786º e 1787º e os nºs 3 e 4 do artigo 1795º-D do Código Civil e o artigo 1417º-A e o n.º 1 do artigo 1422º do Código de Processo Civil.

ARTIGO 9.º Norma transitória

O presente regime não se aplica aos processos pendentes em tribunal.

ARTIGO 10.º Entrada em vigor

A presente lei entra em vigor 30 dias após a sua pu-blicação.

N.R. Com o próximo número será publicada uma breve análise quanto ao novo regime jurídico do divórcio.

Boletim do Contribuinte 767

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALNOVEMBRO 2008 - Nº 21

As entidades empregadoras devem apresentar, durante o corrente mês de No-vembro, os mapas do quadro de pessoal devidamente preenchidos com elementos respeitantes aos respectivos trabalhado-res, incluindo os estrangeiros, referentes ao mês de Outubro anterior.

Estão também vinculados ao cum-primento desta obrigação os serviços da Administração Pública central, regional e local e os institutos públicos com trabalhadores ao seu serviço em regime jurídico de contrato de trabalho e apenas em relação a esses trabalhadores.

Estão dispensados de entregar tais mapas os empregadores de serviço doméstico.

Formas de entrega

Os mapas do quadro de pessoal po-dem ser entregues por meio informático, nomeadamente em suporte digital (dis-quete ou CD-ROM) ou correio electróni-co (e-mail), ou em suporte papel, no caso de microempresa (que emprega até 10 trabalhadores). Refira-se que, neste caso, os modelos de preenchimento manual e informático são impressos e distribuídos pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda, à venda nas livrarias do Estado e nas Lojas do Cidadão.

Aplicações informáticas

O preenchimento dos mapas por meio informático pode ser feito através de um dos seguintes processos:

- preenchimento directo da informa-ção do quadro de pessoal, através da utilização de uma aplicação in-formática disponibilizada em www.gep.mtss.gov.pt

- utilização de aplicação de recolha da própria empresa, que cumpra os parâmetros de normalização e validação definidos no Dossier de Especificações Técnicas.

Códigos dos IRCT

Em www.gep.mtss.gov.pt encontra-se disponível uma aplicação de apoio que

permite a consulta, identificação/selecção e obtenção dos códigos dos Instrumentos de Regulamentação Colectiva de Traba-lho (IRCT) aplicados nas empresas, bem como o acesso às respectivas categorias profissionais.

CAE – Revisão 3

Encontra-se disponível para consulta, no mesmo site, a codificação da activi-dade económica da empresa ou estabele-cimento – Classificação das Actividades Económicas (CAE – Rev. 3).

Envio dos mapas

A entrega por meio informático (correio electrónico, disquete ou CD-ROM) deverá conter toda a informação referente à entidade empregadora, ou seja, os dados da empresa, de todos os estabelecimentos e dos respectivos trabalhadores.

• Entrega por correio electrónico (e-mail):

- [email protected] - se a sede da entidade empregadora se localizar no Continente;

- [email protected] - se a sede da entidade empregadora se localizar na Região Autónoma da Madeira;

- [email protected] - se a sede da entidade empregadora se lo-calizar na Região Autónoma dos Açores.

• Entrega em suporte digital (dis-quete ou CD-ROM):

- à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), nos Centros Locais e Unidades Locais (ex-de-legações ou subdelegações da IGT) em cuja área a sede está situada, se a sede da entidade empregadora se localizar no Continente;

- se a sede da entidade empregadora se localizar nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, a entrega deverá ser efectuada ao respectivos serviços regionais da ACT em cuja área a sede está situada.

Análise e substituição da infor-mação

A informação enviada será objecto de análise mais detalhada na fase de recep-ção e/ou tratamento estatístico, que po-derá dar lugar a pedidos de substituição se forem detectadas situações anómalas, nomeadamente de incoerência entre ele-mentos da informação, só detectada pelo recurso a tabelas de dados de dimensão incompatível com a sua disponibilização, para download, na Internet.

Troca de informações entre ACT e GEP

Os mapas do quadro de pessoal en-tregues nos serviços regionais da ACT, nos Centros Locais e Unidades Locais (ex-delegações e subdelegações da IGT) em disquete, CD-ROM ou papel, serão posteriormente enviados directamente pela ACT ao Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP), do Ministério do Trabalho e da Solidariedade.

Os mapas que sejam enviados por via electrónica directamente ao GEP serão por este remetidos posteriormente à ACT.

Afixação e rectificação dos mapas

Na data do envio do mapa, o em-pregador deve afixar, por forma visível, cópia do mapa apresentado, incluindo os casos de rectificação ou substituição, ou disponibilizar a consulta, no caso de apresentação por meio informático, nos locais de trabalho, durante um período de 30 dias, para que o trabalhador interessa-do possa reclamar, por escrito, directa-mente ou através do respectivo sindicato, das irregularidades detectadas.

Decorridos os 30 dias, o emprega-dor, caso concorde com a reclamação apresentada, deve proceder ao envio da respectiva rectificação para as entidades acima referidas.

O empregador deve manter um exemplar do mapa do quadro de pessoal durante cinco anos.

Contra-ordenações

Constitui contra-ordenação leve:- o não envio dos mapas às respecti-

vas entidades;

MAPAS DO QUADRO DE PESSOALEntrega durante o mês de Novembro

Boletim do Contribuinte768

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALNOVEMBRO 2008 - Nº 21

Na sequência do alerta do Provedor de Justiça para a necessidade de introdu-zir alterações às condições de acesso dos trabalhadores independentes às presta-ções de abono de família para crianças e jovens e de subsídio pré-natal, o Governo aprovou um diploma que fixa o rendi-mento anual relevante para efeitos de atribuição, suspensão, cessação e fixação do montante destas prestações sociais.

Assim, foi alterada a forma de cál-culo do rendimento dos trabalhadores independentes para acesso às prestações. Até agora, segundo o Decreto-Lei nº 176/2003, de 2.8, ao rendimento anual não eram descontadas as despesas efectu-adas com a actividade profissional, pelo que as famílias eram posicionadas em escalões de rendimento mais elevados.

Deve ter-se presente que o valor do rendimento anual relevante dos trabalhadores independentes passa a corresponder para todos os beneficiários, em conformidade com os coeficientes previstos no Código do IRS, a 70% do valor dos serviços prestados ou a 20% do valor das vendas das mercadorias e de produtos.

Por outro lado, o novo decreto-lei vem alargar a todos os beneficiários do abono de família o pagamento do

- a omissão, no preenchimento do mapa, de trabalhadores ou elemen-tos que nele devam constar;

- a não rectificação ou substituição dos mapas, sempre que ordenadas pela Inspecção-Geral do Trabalho com base em irregularidades de-tectadas;

- a não afixação no local de trabalho de cópia do mapa apresentado ou a não disponibilização da sua con-sulta, no caso de entrega por meio informático.

Valores das coimas

Os limites das coimas corresponden-tes às infracções leves têm os seguintes valores:

montante adicional do abono de família, anteriormente apenas aplicável aos bene-ficiários do 1º escalão de rendimentos.

Segundo o Executivo, este montante adicional tem como objectivo compensar as despesas que as famílias têm com a educação dos seus filhos no início de cada ano lectivo.

Lembramos que, actualmente, as famílias abrangidas pelo 1º escalão de

TRABALHADORES INDEPENDENTESAlteração das regras de atribuição do abono de família

- se praticadas por empresa com vo-lume de negócios inferior a 10 000 000 euros, de 178 a 445 euros, em caso de negligência e de 534 a 801 euros, em caso de dolo;

- se praticadas por empresa com vo-lume de negócios igual ou superior a 10 000 000 euros, de 534 a 801, em caso de negligência, e de 890 a 1335 euros, em caso de dolo.

Importa referir que o volume de ne-gócios reporta-se ao ano civil anterior ao da prática da infracção.

InformaçõesGabinete de Estratégia e Planeamen-

to (GEP): Telefone (das 9h - 13h e 14h - 17h):21 311 49 00

Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT):

Contactos disponíveis em http://www.act.gov.pt/

Telefone: 213 308 700 Questões informáticas:- Gabinete de Estratégia e Planea-

mento (GEP):[email protected].

gov.pt Questões de conteúdo:- Gabinete de Estratégia e Planea-

mento (GEP):[email protected] Autoridade para as Condições do

Trabalho (ACT):[email protected]

rendimentos (rendimentos mais baixos) beneficiam no mês de Setembro de uma 13ª prestação destinada a apoiar as des-pesas com a escola dos filhos.

Procede-se, ainda, à alteração do Decreto-Lei n.º 176/2003, que estabe-leceu o regime de atribuição do abono de família para crianças e jovens, in-tegrando neste diploma várias normas constantes de diplomas avulsos, bem como à respectiva republicação, con-tribuindo desta forma para uma maior simplificação, sistematização e clareza do regime jurídico aplicável.

De acordo com o Despacho nº 27266-A/2008, de 24.10 (2ª série do DR), até 31 de Dezembro de 2008, podem solicitar a colocação em situa-ção de mobilidade especial, por opção voluntária, os funcionários e agentes da administração directa e indirecta do Estado que reúnam as seguintes condições:

- independentemente da idade, se encontrem integrados nas carrei-ras ou categorias identificadas no anexo àquele despacho; ou

- tenham, pelo menos, 55 anos de idade e se encontrem integra-

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAMobilidade especial por opção voluntária

dos nas carreiras ou categorias identificadas no anexo àquele despacho.

O requerimento de colocação em situação de mobilidade especial terá de ser apresentado junto do órgão ou serviço cujo mapa de pessoal prevê o posto de trabalho que o funcionário ou agente ocupa.

O referido requerimento de mobili-dade é apresentado ao abrigo do nº 5 do art. 11º da Lei n.º 53/2006, de 7.12, que estabeleceu o regime comum de mobi-lidade entre serviços dos funcionários e agentes da Administração Pública.

Boletim do Contribuinte 769NOVEMBRO 2008 - Nº 21

BiocombustíveisDL n.º 206/2008 (1), de 23.10 - Procede à

primeira alteração ao DL n.º 62/2006, de 21 de Março, que transpôs para a ordem jurídica interna a Directiva n.º 2003/30/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 8 de Maio de 2003, relativa à promoção da utilização de biocombustíveis ou de outros combustíveis renováveis nos transportes.Cartas de condução

Decreto n.º 47/2008, de 17.10 - Aprova o Acordo entre a República Portuguesa e o Princi-pado de Andorra de Reconhecimento Mútuo e Homologação das Cartas de Condução, assinado em Andorra la Vella em 27 de Junho de 2007.

Decreto n.º 48/2008, de 17.10 - Aprova o Acordo entre a República Portuguesa e a Repúbli-ca de Angola para o Reconhecimento Mútuo de Títulos de Condução, assinado em Luanda em 22 de Fevereiro de 2008.Código Civil - Codigo Processo Civill - Regime jurídico do divorcio

Lei n.º 61/2008 (1), de 31.10 - Altera o regime jurídico do divórcio.

Comércio de carnes – Distribuição e vendaDL n.º 207/2008, de 23.10 - Procede à

primeira alteração ao DL n.º 147/2006, de 31 de Julho, que aprova o Regulamento das Condições Higiénicas e Técnicas a Observar na Distribuição e Venda de Carnes e Seus Produtos, revogando os Decretos-Leis n.os 402/84, de 31 de Dezembro, e 158/97, de 24 de Junho.Contratos de investimento

Resl. Cons. Min. n.º 157/2008, de 17.10 - Aprova as minutas dos aditamentos ao contrato de investimento e ao seu anexo contrato de con-cessão de benefícios fiscais, que passam a integrar os contratos de investimento e de concessão de benefícios fiscais outorgados em 29 de Dezembro de 2006, a celebrar entre o Estado Português e a MOVIDA - Empreendimentos Turísticos, S. A..

Resl. Cons. Min. n.º 159/2008, de 17.10 - Aprova as minutas do contrato de investimento e respectivos anexos, a celebrar pelo Estado Portu-guês e a Kirchhoff Automotive Deutschland, G. m. b. H., e a GAMETAL - Metalúrgica da Gandarinha,

S. A., que tem por objecto a expansão e moder-nização da unidade fabril desta última sociedade, localizada em Oliveira de AzeméisConvenção sobre extradição celebrada entre Portugal e Argélia

Aviso n.º 211/2008, de 28.10 - Torna públi-co que, em 31 de Outubro de 2007 e em 14 de Outubro de 2008, foram recebidas notas pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Portuguesa e pela Embaixada da República Popular e Democrática da Argélia em Lisboa, respectiva-mente, pelas quais ambos os Estados contratantes comunicam que concluíram os seus requisitos constitucionais necessários para a manifestação do seu consentimento em estarem vinculados à Con-venção de Extradição entre a República Portuguesa e a República Democrática e Popular da Argélia, assinada em Argel em 22 de Janeiro de 2007.Cultura – Apoio às artes

Port. n.º 1204-A/2008, de 17.10 – (1º Supl.) - Aprova o Regulamento das Modalidades de Apoio

(Continuação da pág. 772)

1.ª SÉRIE - DIÁRIO DA REPÚBLICA - OUTUBRO/2008

COMPILAÇÃO DE SUMÁRIOS - 2ª QUINZENA (De 16 a 31 de Outubro de 2008)

(Continua na pág. seguinte)

Açúcar- AE entre a RAR - Refinarias de Açúcar Reuni-

das, S. A., e a FESAHT - Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal e outros - Integração em níveis de qualificação.

(Bol. do TE, nº 40, de 29.10.2008)Agricultura

- AE entre a Companhia das Lezírias, S. A., e a FESAHT - Federação dos Sindicatos da Agricul-tura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal e outras - Integração em níveis de qualificação.

(Bol. do TE, nº 39, de 22.10.2008)- CCT entre a ANEFA - Associação Nacional

de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente e o SETAA - Sindicato da Agricultura, Alimentação e Florestas - Integração em níveis de qualificação.

(Bol. do TE, nº 40, de 29.10.2008)Anúncios Luminosos

- CCT entre a AFAL - Associação dos Fabrican-tes de Anúncios Luminosos e a FETESE - Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de Serviços e outros - Revisão global.

(Bol. do TE, nº 39, de 22.10.2008)Banca

- AE entre o Banco Privée Espírito Santo, S. A. - Sucursal em Portugal e o Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários - Integração em níveis de qualificação.

(Bol. do TE, nº 39, de 22.10.2008)- AE entre a Caixa Geral de Depósitos, S. A.,

e o Sindicato dos Bancários do Norte e outros - Integração em níveis de Qualificação.

(Bol. do TE, nº 39, de 22.10.2008)

REGULAMENTAÇÃO DO TRABALHO

Compilação de sumários do Boletim do Trabalho e Emprego, 1ª Série, nºs 39 e 40, de 2008(Também disponível em www.boletimdocontribuinte.pt, menu Regulamentação do Trabalho)

Carnes- CCT entre a ARCDP - Associação dos Reta-

lhistas de Carnes do Distrito do Porto e outras e o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Ramo Ali-mentar e Similares - Alteração salarial e outras.

(Bol. do TE, nº 40, de 29.10.2008)- CCT entre a Associação dos Comerciantes

de Carnes do Concelho de Lisboa e outros e outras associações de empregadores e o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria e Comércio de Carnes do Sul - Integração em níveis de qualificação.

(Bol. do TE, nº 40, de 29.10.2008)Comércio, Escritórios e Serviços

- CCT entre a UACS - União de Associações do Comércio e Serviços e outra e o CESP - Sindi-cato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal e outros - Alteração salarial e outras e texto consolidado.

(Bol. do TE, nº 39, de 22.10.2008)- CCT entre a Associação Comercial do

Distrito de Beja e o CESP - Sindicato dos Traba-lhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal e outro - Alteração salarial e outras e texto consolidado.

(Bol. do TE, nº 40, de 29.10.2008)

Comunicações- AE entre os CCT - Correios de Portugal, S.

A., e o SINDETELCO - Sindicato Democrático dos Trabalhadores das Comunicações e dos Média e outros - Integração em níveis de qualificação.

(Bol. do TE, nº 40, de 29.10.2008)Formação

- AE entre o CFPSA - Centro de Formação para o Sector Alimentar e a FETESE - Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de Serviços - Integração em níveis de qualificação.

(Bol. do TE, nº 39, de 22.10.2008)Fotografia

- CCT entre a ANIF - Associação Nacional dos Industriais de Fotografia e a FETESE - Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de Serviços e outros - Alteração salarial e outras.

(Bol. do TE, nº 40, de 29.10.2008)Papel e Cartão

- CCT entre a ANIPC - Associação Nacional dos Industriais de Papel e Cartão e o SINDETELCO - Sindicato Democrático dos Trabalhadores das Comunicações e dos Média - Revisão global.

(Bol. do TE, nº 40, de 29.10.2008)Produtos Químicos e Farmacêuticos- CCT entre a NORQUIFAR - Associação Na-

cional dos Importadores/Armazenistas e Retalhistas de Produtos Químicos e Farmacêuticos e a FETI-CEQ - Federação dos Trabalhadores das Indústrias Cerâmica, Vidreira, Extractiva, Energia e Química - Integração em níveis de qualificação.

(Bol. do TE, nº 40, de 29.10.2008)Ourivesaria

- CCT entre a Associação dos Industriais de Ourivesaria do Sul e o SIMA - Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins - Alteração salarial e outras – Rectificação.

(Bol. do TE, nº 40, de 29.10.2008)

Siglase

Abreviaturas

Feder. - FederaçãoAssoc. - AssociaçãoSind. - SindicatoInd. - IndústriaDist. - DistritoCT - Comissão Técnica

CCT - Contrato Colectivo de TrabalhoACT - Acordo Colectivo de TrabalhoPRT - Port. de Regulamentação de TrabalhoPE - Port. de ExtensãoAE - Acordo de Empresas

Boletim do Contribuinte770NOVEMBRO 2008 - Nº 21

1 - Transcrito neste número.

Directo às Artes e o Regulamento das Modalidades de Apoio Indirecto às Artes e revoga a Port. n.º 1321/2006, de 23 de Novembro.Divórcio

Lei n.º 61/2008 (1), de 31.10 - Altera o regime jurídico do divórcio. Domínio público hídrico

Resl. Cons. Min. n.º 154/2008, de 16.10 - Delega no Ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, com a faculdade de subdelegação, a competência para homologar as propostas de delimitação do domínio público hídrico.Ensino – Cursos Profissionais

Port. n.º 1204/2008, de 17.10 - Cria o curso profissional de Técnico de Protecção Civil.Igualdade - Estatuto das conselheiras e dos conselheiros para a igualdade

Resl. Cons. Min. n.º 161/2008, de 22.10 - Adopta medidas de promoção da transversalidade da perspectiva de género na administração central do Estado e aprova o estatuto das conselheiras e dos conselheiros para a igualdade, bem como dos membros das equipas interdepartamentais para a igualdade.Incentivos

Port. n.º 1204-A/2008, de 17.10 – (1º Supl.) - Aprova o Regulamento das Modalidades de Apoio Directo às Artes e o Regulamento das Modalidades de Apoio Indirecto às Artes e revoga a Port. n.º 1321/2006, de 23 de Novembro.

Decl. de Rectific. n.º 66/2008, de 27.10 - Rectifica a Port. n.º 964/2008, de 28.8, que aprova o Regulamento de Aplicação da Acção n.º 1.6.1, «Desenvolvimento do regadio», da medida n.º 1.6, «Regadio e outras infra-estruturas colectivas», integrada no subprograma n.º 1, «Promoção da competitividade», do Programa de Desenvolvi-mento Rural do Continente.

Port. n.º 1229-A/2008, de 27.10 – (1º Supl.) - Altera o Regulamento aprovado pela Port. n.º 357-A/2008, de 9 de Maio, que aprova o Regulamento de Aplicação da Acção n.º 1.1.3, «Instalação de Jovens Agricultores», da medida n.º 1.1, «Inovação e desenvolvimento empresarial», integrada no subprograma n.º 1, «Promoção da competitividade», do Programa de Desenvolvimen-to Rural do Continente, abreviadamente designado por PRODER.

Port. n.º 1229-B/2008, de 27.10 – (1º Supl.) - Altera a Port. n.º 596-B/2008, de 8 de Julho, que aprova o Regulamento de Aplicação da Acção n.º 2.4.1, «Apoio à Gestão das Intervenções Territo-riais Integradas», da medida n.º 2.4, «Intervenções territoriais integradas», integrada no subprograma n.º 2, «Gestão sustentável do espaço rural», do Pro-grama de Desenvolvimento Rural do Continente, abreviadamente designado por PRODER.

Port. n.º 1229-C/2008, de 27.10 – (1º Supl.) - Altera a Port. n.º 289-A/2008, de 11 de Abril, que aprova o Regulamento de Aplicação da Acção n.º 1.1.1, «Modernização e Capacitação das Empre-sas», da Medida n.º 1.1, «Inovação e Desenvolvi-

mento Empresarial», Integrada no Subprograma n.º 1, «Promoção da Competitividade», do Programa de Desenvolvimento Rural do Continente, desig-nado por PRODER.

Port. n.º 1238/2008, de 30.10 - Aprova o Regulamento de Aplicação da Medida n.º 1.2, «Cooperação Empresarial para o Mercado e Internacionalização», designado «Redimensiona-mento e cooperação empresarial», integrada no subprograma n.º 1, «Promoção da competitivida-de», do Programa de Desenvolvimento Rural do Continente – PRODER. Jurisprudência – Crime de emissão de cheque s/ provisão

Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça n.º 9/2008, de 27.10 - Verificados que sejam todos os restantes elementos constitutivos do tipo objectivo e subjectivo do ilícito, integra o crime de emissão de cheque sem provisão previsto na alínea b) do n.º 1 do artigo 11.º do DL n.º 454/91, de 28 de Dezembro, na redacção introduzida pelo DL n.º 316/97, de 19 de Novembro, a conduta do sacador de um cheque que, após a emissão deste, falsa-mente comunica ao banco sacado que o cheque se extraviou, assim o determinando a recusar o seu pagamento com esse fundamento.Ordenamento do território

Resl. Cons. Min. n.º 156/2008, de 17.10 - Ratifica a suspensão parcial do Plano Director Municipal do Fundão, pelo prazo de dois anos, com vista à implementação do Plano de Pormenor da Zona Industrial da Soalheira.

Resl. Cons. Min. n.º 158/2008, de 17.10 - Ratifica a suspensão parcial do Plano Director Municipal de Oliveira do Bairro, pelo prazo de dois anos.

Dec. Regul. Reg. n.º 21/2008/A, de 21.10 - Suspende parcialmente o Plano Director Muni-cipal da Horta.

Decl. de Rectific. n.º 63-B/2008, de 21.10 – (1º Supl.) - Rectifica o DL n.º 166/2008, de 22 de Agosto, do Ministério do Ambiente, do Or-denamento do Território e do Desenvolvimento Regional, que aprova o Regime Jurídico da Reserva Ecológica Nacional e revoga o DL n.º 93/90, de 19 de Março, publicado no Diário da República, 1.ª série, n.º 162, de 22 de Agosto de 2008.

Dec. Regul. Reg. n.º 22/2008/A, de 22.10 - Suspende parcialmente o Plano Director Municipal de Angra do Heroísmo.Património Imobiliário do Estado

Resl. Cons. Min. n.º 162/2008, de 24.10 - Aprova o Programa de Gestão do Património Imo-biliário do Estado para o quadriénio de 2009-2012.Pescas

Port. n.º 1195/2008, de 16.10 - Fixa a percentagem máxima de capturas acidentais da espécie atum rabilho capturado no Atlântico Este e Mediterrâneo.

Port. n.º 1196/2008, de 16.10 - Altera o n.º 1 do anexo I da Port. n.º 424-D/2008, de 13 de Julho, que aprova o Regulamento do Regime de Apoio à Imobilização Definitiva de Embarcações de Pesca com Restrições de Actividade no âmbito do Plano de Recuperação da Pescada e do Lagostim.

1.ª SÉRIE - DIÁRIO DA REPÚBLICA - OUTUBRO/2008

COMPILAÇÃO DE SUMÁRIOS - 2ª QUINZENA (De 16 a 31 de Outubro de 2008)

(Continuação da pág. anterior) Recenseamento eleitoralResl. Cons. Min. n.º 163/2008, de 27.10 -

Prorroga, por seis meses, o mandato da Unidade de Missão para o Recenseamento Eleitoral e do respectivo gestor.Saúde

Resl. Cons. Min. n.º 159-A/2008, de 17.10 – (1º Supl.) - Estabelece a realização de uma campanha de sensibilização para a cirurgia de am-bulatório e assinala o dia 20 de Outubro de 2008 como o dia de abertura dessa campanha.Serviço Publico - indemnizações compen-satórias

Resl. Cons. Min. n.º 165/2008, de 27.10 - Aprova, para o corrente ano, a distribuição das indemnizações compensatórias pelas diferentes empresas prestadoras de serviço público.Sistema financeiro – Garantia do Estado

Lei n.º 60-A/2008, de 20.10 – (1º Supl.) - Estabelece a possibilidade de concessão extra-ordinária de garantias pessoais pelo Estado, no âmbito do sistema financeiro.

Port. n.º 1219-A/2008, de 23.10 – (1º Supl.) - Regulamenta a concessão extraordinária de garantias pessoais pelo Estado, no âmbito do sistema financeiro.Televisão – Concurso para licenciamento de novo canal de televisão

Port. n.º 1239/2008, de 31.10 - Procede à abertura do concurso público para o licenciamento de um serviço de programas de âmbito nacional, generalista, e acesso não condicionado livre e aprova o respectivo Regulamento. Tribunal Penal Internacional

Aviso n.º 215/2008, de 29.10 - Torna público que em 29 de Setembro de 2008 foi o Tribunal Penal Internacional para a ex-Jugoslávia notificado de que a República Portuguesa concluiu os seus requisitos de direito interno necessários para a manifestação do seu consentimento em estar vin-culada ao Acordo entre a República Portuguesa e as Nações Unidas sobre a Execução de Sentenças do Tribunal Penal Internacional para a ex-Jugoslávia, assinado na Haia, em 19 de Dezembro de 2007.Turismo

Decl. de Rectific. n.º 63-A/2008, de 17.10 – (1º Supl.) - Rectifica a Port. n.º 937/2008, de 20.8, que estabelece os requisitos mínimos a observar pelos estabelecimentos de turismo de habitação e de turismo no espaço rural.Urbanismo e reconversão urbanistica

Decreto n.º 49/2008, de 17.10 - Declara como área crítica de recuperação e reconversão urbanística a zona a que respeita o aglomerado po-pulacional de Aljustrel, no município de Ourém.Viticultura – certificação de origem e deno-minação geográfica

Port. n.º 1234/2008, de 29.10 - Designa a Comissão Vitivinícola Regional de Trás-os-Montes como entidade certificadora para exercer funções de controlo da produção e comércio e de certi-ficação dos produtos vitivinícolas com direito à denominação de origem (DO) «Trás-os-Montes» e indicação geográfica (IG) «Transmontano».

Boletim do Contribuinte 771

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALNOVEMBRO 2008 - Nº 21

ORGANIZAÇÃO:

Departamento de FormaçãoLisbeth FerreiraRua Gonçalo Cristóvão, nº 111, 6º Esq. 4049-037 Porto Tel: 223399457/00 Fax: 222058098 E-mail: [email protected]

������������������Ao participar neste workshop ficará por dentro do que há de mais actual na área de inovação, incluindo modelos e ferramentas adoptados por empresas que possuem um sistema de inovação altamente eficaz. Este workshop apresentará um roteiro que poderá implementar na sua própria empresa. Casos práticos e trabalhos em grupo farão com que esteja equipado para implementar um programa de inovação totalmente novo ou melhorar um programa existente. Será dada ênfase a estratégias, processos e ferramentas para inovar de forma eficaz.

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1. Introdução

2. Liderança Inovadora

3. Estratégias para Inovação

4. Formando uma estrutura organizacional para a Inovação

5. Gestão de Parcerias e Redes para a Inovação

6. Resultados de Inovação

7. Cultura Inovadora

FORMADOR: ALEXIS GONÇALVESConsultor internacional com uma forte experiência na gestão de sistemas de inovação e na aplicação do método Lean Six Sigma conducentes a um processo de inovação efectiva, aumentando a qualidade e a produtividade através de toda a organização. Foi Senior Vice-President, Customer Experience Management no Citigroup - Global Consumer Bank; Vice-President, Innovation Effectiveness & Quality Management no Citigroup - Global Corporate and InvestmentBank; Director, Six Sigma Program no Citigroup - Global Corporate and Investment Bank; Regional Manager, Performance Engineering na American Express.

PREÇO: 450 G + IVAInclui: Coffe-breaks, Almoço, Livro “Inovação Empresarial no Século XXI”, Praveen Gupta, Edição Vida Económica

Descontos: 15% Assinantes de publicações do Grupo Editorial Vida Económica e Membros da Associação de Alunos e Antigos Alunos da Escuela de Negocios Caixanova (descontos não acumuláveis).

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Boletim do Contribuinte772NOVEMBRO 2008 - Nº 21

(Continua na pág. 769)R. Gonçalo Cristóvão, 111-6º - 4049-037 Porto

Telf. 223 399 400 • Fax 222 058 098www.boletimdocontribuinte.ptImpressão: Uniarte Gráfica, Lda.Nº de registo na DGCS 100 299

Depósito Legal nº 33 444/89

Boletim do ContribuinteEditor: João Carlos Peixoto de Sousa

Proprietário: Vida Económica - Editorial, S.A.

1.ª SÉRIE - DIÁRIO DA REPÚBLICA - OUTUBRO/2008

COMPILAÇÃO DE SUMÁRIOS - 2ª QUINZENA (De 16 a 31 de Outubro de 2008)

Acordo Portugal – Angola - TurismoAviso n.º 209/2008, de 23.10 - Torna público

terem sido emitidas notas, em 15 de Dezem-bro de 2006 e em 12 de Dezembro de 2007, respectivamente pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal e pelo Ministério das Re-lações Exteriores de Angola, em que se comunica terem sido cumpridas as respectivas formalidades constitucionais internas de aprovação do Acordo de Cooperação entre a República Portuguesa e a República de Angola no Domínio do Turismo, assinado em Luanda em 5 de Abril de 2006.Acordo Portugal - Argélia

Dec. Pres. Rep.n.º 126/2008, de 16.10 - Ratifica o Acordo de Cooperação no Domínio da Defesa entre a República Portuguesa e a República Democrática e Popular da Argélia, assinado em Lisboa em 31 de Maio de 2005.

Resl. Assemb. Rep. n.º 60/2008, de 16.10 - Aprova o Acordo de Cooperação no Domínio da Defesa entre a República Portuguesa e a República Democrática e Popular da Argélia, assinado em Lisboa em 31 de Maio de 2005.

Aviso n.º 219/2008, de 31.10 - Torna público que em 18 de Março e em 21 de Julho de 2008 foram recebidas notas pela Embaixada da Repú-blica Portuguesa em Argel e pela Embaixada da República Democrática e Popular da Argélia em Lisboa, respectivamente, pelas quais ambos os Estados Contratantes comunicam que concluíram os seus requisitos constitucionais necessários para a manifestação do seu consentimento em esta-rem vinculados à Convenção Relativa ao Auxílio Judiciário em Matéria Civil e Comercial entre a República Portuguesa e a República Democrática e Popular da Argélia, assinada em Argel em 22 de Janeiro de 2007. Acordo Portugal - Bolívia

Aviso n.º 218/2008, de 31.10 - Torna público ter, em 19 de Setembro e em 9 de Outubro de 2008, sido emitidas notas, respectivamente pelo Ministério do Poder Popular para as Relações Exte-riores venezuelano e pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros português, em que se comunicou terem sido cumpridas as respectivas formalidades constitucionais internas de aprovação do Acordo entre a República Portuguesa e a República Boli-variana da Venezuela sobre o Exercício de Activi-dades Remuneradas por parte de Dependentes do Pessoal Diplomático, Consular, Administrativo e Técnico de Missões Diplomáticas, Consulares e Representações Permanentes junto de Organiza-ções Internacionais, assinado em Caracas em 13 de Maio de 2008. Acordo Portugal - Brasil

Aviso n.º 213/2008, de 28.10 - Torna público terem sido, em 2 de Outubro de 2006 e em 1 de Outubro de 2008, emitidas notas, respectivamente pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros portu-guês e pela Embaixada da República Federativa do Brasil em Lisboa, em que se comunica terem sido cumpridas as respectivas formalidades constitu-cionais internas de aprovação do Acordo entre a República Portuguesa e a República Federativa do Brasil sobre Protecção das Matérias Classificadas, assinado no Porto em 13 de Outubro de 2005.Acordo Portugal – Brasil - Turismo

Aviso n.º 210/2008, de 23.10 - Torna público terem sido emitidas notas, em 6 de Julho de 2006

e em 1 de Outubro de 2008, respectivamente pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros português e pela Embaixada do Brasil em Lisboa, em que se comunica terem sido cumpridas as respectivas formalidades constitucionais internas de aprovação do Acordo de Cooperação no Domínio do Turis-mo entre a República Portuguesa e a República Federativa do Brasil, assinado em Salvador em 30 de Outubro de 2005.Acordo Portugal - Colombia

Aviso n.º 214/2008, de 28.10 - Torna público terem sido, em 11 de Abril de 2007 e em 14 de Outubro de 2008, emitidas notas, respectivamente pelo Ministério de Relações Exteriores colombiano e pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros por-tuguês, em que se comunica terem sido cumpridas as respectivas formalidades constitucionais internas de aprovação do Acordo entre a República Portu-guesa e a República da Colômbia sobre o Exercício de Actividades Remuneradas por Parte de Depen-dentes de Funcionários Diplomáticos, Consulares, Administrativos e Técnicos de Embaixadas e Postos Consulares Portugueses e Colombianos, assinado em Lisboa em 8 de Janeiro de 2007.Açores

Lei n.º 62/2008, de 31.10 - Primeira alteração à Lei n.º 79/98, de 24 de Novembro, que aprova o enquadramento do Orçamento da Região Autó-noma dos Açores.

Dec. Regul. Reg. n.º 19/2008/A, de 17.10 - Cria uma reserva integral de caça na ilha de São Miguel, na qual ficam proibidas a caça de qualquer espécie e todas as actividades que, de alguma for-ma, perturbem o habitat das espécies a proteger.

Dec. Regul. Reg. n.º 20/2008/A, de 20.10 - Aprova os quadros regionais das ilhas de Santa Maria, São Miguel, Terceira, Graciosa, São Jorge, Pico, Faial, Flores e Corvo do pessoal em regime de contrato individual de trabalho por tempo indeterminado.

Dec. Regul. Reg. n.º 21/2008/A, de 21.10 - Suspende parcialmente o Plano Director Muni-cipal da Horta.

Mapa Oficial n.º 3/2008, de 31.10 - Mapa oficial com o resultado da eleição para a Assem-bleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores realizada em 19 de Outubro de 2008, bem como o nome dos deputados eleitos, por círculos e por partidos ou coligações.

Decl. de Rectific. n.º 65/2008, de 24.10 - Rectifica o Decreto Legislativo Regional n.º 40/2008/A, de 25 de Agosto, da Assembleia Legis-lativa da Região Autónoma dos Açores, que aprova o regime económico, financeiro e contra-ordena-cional aplicável à gestão de resíduos realizada na Região Autónoma dos Açores.

Actividade industrialDL n.º 209/2008, de 29.10 - Estabelece o

regime de exercício da actividade industrial (REAI) e revoga o DL n.º 69/2003, de 10 de Abril, e res-pectivos diplomas regulamentares.Ambiente – Emissões de sistemas de ar condicionado

DL n.º 205/2008, de 16.10 - Transpõe parcialmente para a ordem jurídica interna a Di-rectiva n.º 2006/40/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 17 de Maio, na parte que se refere às emissões provenientes de sistemas de ar condicionado, estabelecendo os requisitos para a homologação CE ou a homologação nacional de automóveis relativos às emissões provenien-tes de sistemas de ar condicionado, bem como disposições sobre a montagem a posteriori e o reenchimento desses sistemas.Ambiente - Parque empresarial de recupera-ção de materiais

Resl. Cons. Min. n.º 164/2008, de 27.10 - Ratifica a suspensão parcial do Plano Director Municipal de Santa Maria da Feira, pelo prazo de dois anos, com vista à implementação do parque empresarial de recuperação de materiais.Ambiente - prevenção e controlo integrados da poluição

Decl. de Rectific. n.º 64/2008, de 24.10 - Rectifica o DL n.º 173/2008, de 26.8, que esta-belece o regime jurídico relativo à prevenção e controlo integrados da poluição, transpondo para a ordem jurídica interna a Directiva n.º 2008/1/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de Janeiro.Ambiente - Protecção das águas subterrâ-neas

DL n.º 208/2008, de 28.10 - Estabelece o regime de protecção das águas subterrâneas con-tra a poluição e deterioração, transpondo para a ordem jurídica interna a Directiva n.º 2006/118/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 12 de Dezembro, relativa à protecção da água subterrâ-nea contra a poluição e deterioração.Arrendamento

Port. n.º 1240/2008 (1), de 31.10 - Fixa, para vigorar em 2009, o preço de construção da habitação por metro quadrado, consoante as zonas do País, para efeitos de cálculo da renda condicionada.

Port. n.º 1240-A/2008 (1), de 31.10 – (1º Supl.) - Estabelece os factores de correcção extraordinária das rendas a que se refere o artigo 11.º da Lei n.º 46/85, de 20 de Setembro. Assembleia da República

Resl. Assemb. Rep. n.º 61/2008, de 31.10 - Or-çamento da Assembleia da República para 2009.

Declaração n.º 10/2008, de 31.10 - Conta de gerência da Assembleia da República referente ao ano de 2007.

9 7 2 2 0 0 8 0 0 0 0 3 5 12000