a natureza da realidade pessoal - seth (partial)

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Estou orgulhosa de publicar este livro com meu prprio nome, embora no compreenda plenamente a mecnica de sua produo nem a natureza de personalidade que assumo ao transmiti-lo. No trabalhei nele conscientemente. Apenas entrei em transe uma vez por semana, falei mediunicamente por Seth, ou como Seth, e ditei as palavras a meu marido, Robert Butts, que as escreveu. Considero o livro como meu, uma vez que no acredito que pudesse ter sido escrito sem mim e minhas aptides particulares. Por outro lado, compreendo que h muitas outras coisas envolvidas. Precisei, por exemplo, ler o manuscrito para descobrir o que havia nele e, nesse sentido, o livro no parece ser meu. O qu, porm, significa isso? Minha idia a seguinte: Nossa orientao costumeira focaliza-se quase que exclusivamente naquilo que consideramos o mundo real, mas existem muitas realidades. Mudando nossa conscincia, podemos vislumbrar essas realidades alternadas e todas elas so a aparncia que a Realidade toma em determinadas condies. No creio que possamos, necessariamente, descrever uma em termos de outra. Durante anos estive confusa, tentando definir Seth no mundo dos conceitos de verdadeiro e falso, onde ele aceito como um esprito independente os espiritualistas consideram-no um esprito-guia, e a comunidade cientfica o v como alguma poro deslocada de minha prpria personalidade. Eu no podia aceitar qualquer dessas idias, pelo menos no sem nuances. Se eu dissesse: Olhe aqui, gente, eu no acho que Seth seja um esprito do modo que vocs pensam, isso seria ento interpretado como um reconhecimento de que Seth era apenas uma poro de minha personalidade. Algumas pessoas acharam que eu estava tentando diminuir Seth ou negando a elas ajuda de um super ser quando pensavam que, finalmente, haviam encontrado um. Na verdade, acho que os eus que conhecemos na vida normal so apenas a realizao, tridimensional de outros eus-fonte dos quais recebemos nossa energia e vida. A realidade desses eus no cabe dentro da estrutura do ser humano, mas manifesta-se atravs da nossa individualidade atual. A designao esprito-guia pode ser uma representao simblica conveniente dessa idia, e no estou dizendo que os guias espirituais no existam. Estou dizendo que a idia merece um exame mais profundo, pois o esprito-guia pode representar algo muito diferente do que pensamos. A idia pode tambm ser limitadora, caso coloquemos sempre o conhecimento revelado fora de ns e procuremos tornar literais alguns fenmenos que podem estar alm de tal interpretao. Enquanto tentava definir Seth dessa forma e me perguntava se ele era ou no um esprito-guia, fiquei isolada, at certo ponto, de sua realidade maior, que existe em termos de um vasto poder imaginativo e criativo, maior que o mundo dos fatos e que no

pode ser encerrada nele. A personalidade de Seth bem observvel em nossas sesses, por exemplo, mas a fonte dessa personalidade, no. Com respeito a este assunto, a origem de qualquer personalidade misteriosa e no aparente no mundo objetivo. Meu trabalho ampliar as dimenses de tal mundo e os conceitos das pessoas sobre ele. Os livros de Seth podem ser o produto de outro aspecto dimensional de minha prpria conscincia, no focalizado nesta realidade, mais alguma outra coisa intraduzvel em nossos termos, sendo Seth uma grande criao psquica mais real do que qualquer fato. Sua existncia pode estar simplesmente em uma ordem de eventos diferente daquela com a qual estamos acostumados. No estou dizendo que no devamos aplicar o que aprendemos no mundo habitual. Com toda essa certeza estou fazendo isso, e Seth escreveu este livro para ajudar as pessoas a lidarem mais eficazmente com seu dia-a-dia. Estou insistindo que devemos ser muito cuidadosos a respeito de interpretaes literais, com o risco de limitarmos um fenmeno multidimensional ao prende-lo a um sistema de fatos tridimensionais. Freqentemente ns compreendemos mais atravs da intuio e da emoo do que por deduo intelectual. Tentar definir o conhecimento revelado, ou um Seth, em termos de nossas idias limitadas sobre a personalidade humana, como tentar traduzir, digamos, uma rosa como nmero 3, ou tentar explicar uma pessoa em termos de outra. O engraado que uma personalidade no focalizada em nossa realidade pode ajudar as pessoas a viverem mais eficaz e alegremente neste mundo, mostrando-lhes que outras realidades tambm existem. Neste livro, Seth est dizendo que voc pode mudar sua experincia, alterando suas crenas a respeito de si mesmo e da existncia fsica. Para mim, o Material de Seth j no um manuscrito contnuo de teorias fascinantes a serem julgadas em relao realidade. De uma forma estranha, ele tomou vida. Os conceitos existentes dentro dele vivem. Eu os vivencio e, por esse motivo, minha realidade pessoal expandiu-se. Comecei a ter vislumbres das dimenses interiores maiores, das quais emerge nossa vida comum, e a familiarizar-me com outros mtodos alternativos de percepo, que podem ser usados no apenas para ver outros mundos, mas tambm para ajudar-nos a lidar mais eficazmente com este. Enquanto Seth estava produzindo este livro, minha prpria vida foi enormemente enriquecida de maneiras inesperadas. Experincias freqentes do tipo psicodlico acompanharam o material editado por Seth, e minhas prprias habilidades criativas e psquicas desenvolveram-se em reas inteiramente novas. Pouco antes de Seth comear A Natureza da Realidade Pessoal: Um Livro de Seth, por exemplo, encontrei-me entrando em uma nova aventura que chamo de desenvolvimento sumari. Sumari refere-se a uma famlia de conscincia que compartilha certas caractersticas gerais. H uma linguagem envolvida que no uma

linguagem nos termos usuais. Acredito que ela atua como uma estrutura psicolgica e psquica que me liberta da referncia verbal comum, permitindo-me expressar e comunicar sentimentos e dados interiores que esto imediatamente abaixo do padro da palavra formalizada. O desenvolvimento sumari foi se expandindo enquanto Seth produzia este livro. Agora, h vrios estados de conscincia envolvidos. Em um, escrevo poesia sumari, e em outro, traduzo o que escrevi. Em um nvel diferente eu canto canes sumaris, mostrando conhecimentos e realizaes musicais muito alm de meus talentos e formao. Os cantos tambm podem ser traduzidos, mas sua comunicao em nvel emocional, sejam as palavras entendidas ou no. Em outro estado de conscincia, recebo material que deve representar remanescentes de antigos manuscritos do Speaker-Orador (esses tambm so traduzidos mais tarde). Seth define os Speakers como professores, tanto fsicos como nofisicos, que constantemente interpretam e, comunicam conhecimento interior atravs dos tempos. Meu marido tambm escreveu em sumari, mas preciso traduzir para ele. Enquanto Seth continuava ditando A Natureza da Realidade Pessoal, escrevi um manuscrito completo de poesias, Dialogues of the Soul and Mortal Self in Time (Dilogos da Alma e do Eu Mortal no Tempo), no qual resolvi muitas de minhas prprias crenas atravs de sugestes que Seth ia fazendo em seu livro. Isso levou a outro grupo de poemas, The Speakers. Para mim, tudo isso significa que existe uma rica veia de criatividade e conhecimento disponvel a cada um, de acordo com suas habilidades, logo abaixo da superfcie da conscincia normal. Acredito que ela faa parte de nossa herana humana, acessvel, at certo ponto, a qualquer pessoa que explore as dimenses interiores da mente. Dialogues of the Soul and Mortal Self in Time, The Speakers e algumas poesias sumaris esto sendo reunidos em um livro que ser publicado brevemente e que considero parceiro deste. Mostra o que estava acontecendo em minha realidade pessoal enquanto Seth escrevia seu livro sobre o assunto, e revela como o mpeto criativo se espalha por todas as reas da personalidade. Seth refere-se com freqncia aos poemas e s experincias que lhe deram origem. Muitos destes eventos ocorreram enquanto eu tentava compreender a relao entre seu mundo e o meu, e a ligao entre a experincia interior e a exterior. Alm disso, porm, enquanto Seth ditava este livro, eu tambm de repente me encontrei escrevendo um romance, The Education of Oversoul 7, que foi produzido mais ou menos automaticamente. Oversoul Seven, o principal personagem, atingiu seu prprio tipo de realidade. Eu dizia mentalmente: Okay, Seven, vamos ver o prximo capitulo, e l estava, to rapidamente quanto eu conseguia escrever. Pores do livro tambm me chegaram em sonhos. Sei que Seven e seu professor, Cyprus existem em certos termos, contudo a realidade deles no pode ser explicada no mundo usual dos fatos, por exemplo; o

romance inclua muitos poemas sumaris e pores dos manuscritos do Speaker; e quando eu canto sumari, identifico-me com Cyprus, que deve ser um personagem de fico. Descobri que poderia tambm me sintonizar com Seven para ser ajudada em meus desafios pessoais. Adoro entregar-me totalmente, usando minhas habilidades to livremente quanto possvel. Contudo, com a mesma fora, muitas vezes me escandalizo intelectualmente com os prprios eventos que intuitivamente me intrigam, ou com as interpretaes que lhes so dadas. De nada adianta fingir o contrrio, e acho que h uma boa razo para esta mescla de intuio e intelecto, que s vezes no deixa de ser inquietante. Estou aprendendo que ambos os elementos so importantes em meus trabalho e no de Seth. E talvez minha prpria recusa em aceitar respostas superficiais me leve a pesquisar com tal intensidade, sendo responsvel, de certa forma, por eu produzir um Seth em vez de um Chapeleiro Louco. A revelao sumari, juntamente com as experincias ligadas a Education of Oversoul 7 e A Natureza da Realidade Pessoal, suscitaram tantas perguntas que fui forada a buscar uma estrutura maior para compreender o que estava acontecendo. Como resultado, estou trabalhando em um livro chamado Aspect Psychology que, espero, apresentar uma teoria da personalidade suficientemente ampla para conter a natureza e as atividades psquicas do homem. Neste livro, Seth refere-se a Aspects, como o chamamos, que deve ser publicado em 1975. Entrementes, tudo que posso dizer isto: Vivemos em um mundo de fatos fsicos, mas esses fatos brotam de um campo mais profundo de criatividade e, em um sentido real, os fatos so fices que se tornam vivas em nossa experincia. Tudo so fatos. Seth, ento, um fato, tanto quanto eu e voc, e de uma forma estranha ele caminha em ambos os mundos. Espero que Aspects tambm cubra o mundo dos fatos e as ricas realidades interiores das quais eles vm, pois nossa experincia inclui ambos. A Natureza da Realidade Pessoal no apenas enriqueceu minha vida criativa como desafiou minhas idias e crenas. Concordo plenamente com os conceitos aqui apresentados por Seth, embora compreenda que so contrrios a muitos dogmas religiosos, sociais e cientficos comumente aceitos. Certamente este livro a resposta a todos que escreveram pedindo ajuda e aplicaram as idias de Seth em seu dia-a-dia, e estou certa de que ir ajudar muita gente a lidar com os eventos e problemas variados que enfrentam na vida diria. A idia principal de Seth que criamos nossa realidade pessoal por meio de nossas crenas conscientes a respeito de ns mesmos, dos outros e do mundo. Segue-se a isto o conceito de que o ponto de poder est no presente, no no passado desta vida ou de qualquer outra. Ele salienta a capacidade do indivduo de agir conscientemente, e fornece

exerccios excelentes destinados a mostrar a cada pessoa como aplicar essas teorias a qualquer situao. A mensagem clara: No estamos merc do subconsciente nem impotentes diante de foras que no podemos compreender. A mente consciente dirige a atividade inconsciente e tem sua disposio todos os poderes do eu interior. Esses so ativados de acordo com nossas idias sobre a realidade. Ns somos deuses escondidos na criatura humana, diz Seth, com a habilidade de formar nossa experincia ao trazermos para a realidade nossos pensamentos e sentimentos. Seth mencionou A Natureza da Realidade Pessoal pela primeira vez na Sesso 608, em 5 de abril de 1972, pouco depois de Rob e eu terminarmos a leitura das provas de seu livro anterior, Seth Speaks: The Eternal Validity of the Soul. Na verdade, ele comeou a ditar em 10 de abril de 1972, mas nossa realidade pessoal foi subitamente perturbada pela enchente causada pela Tempestade Tropical Agnes. Por causa disso, como vero nas notas de Rob, o trabalho do livro foi adiado por algum tempo. Seth muitas vezes usa episdios de nossas vidas como exemplos especficos de questes maiores, e nossas experincias com a enchente serviram como ponto de partida para ele falar sobre crenas pessoais e calamidades. Em vrios outros casos, ele tambm usou situaes de nossa vida como base para o material uma reviravolta suriosa. Desde os primeiros dias de nossas sesses, que comearam no final de 1963, Seth sempre me chamou de Ruburt, e Rob, de Joseph, dizendo que esses nomes referem-se a nossos eus maiores, dos quais saram nossas identidades atuais. Ele continua a fazer isso neste livro. Como sempre, Rob metodicamente registra cada sesso em sua prpria verso de taquigrafia e depois a datilografa. Isso muito mais fcil e rpido do que gravar cada sesso e depois datilograf-la. Periodicamente, Rob marca os horrios a fim de mostrar quanto tempo Seth leva para transmitir uma determinada mensagem. O prprio Seth dita as palavras que devem ser grifadas ou postas entre parnteses. Muitas vezes ele indica a colocao de vrgulas e outras pontuaes. Este livro deve ajudar o leitor a compreender a natureza da experincia pessoal e usar tal conhecimento para tornar sua vida diria mais criativa e agradvel. Jane Roberts Elmira, Nova York (6 de novembro de 1973)

INTRODUO DE ROBERT F. BUTTS

Minha mulher, Jane Roberts, escreveu a introduo ao livro A Natureza da Realidade Pessoal em novembro de 1973. agora aqui estou, quase 32 anos mais tarde, escrevendo minha prpria Introduo ao mesmo livro! Eu considero muito bem-vinda a incrvel e evocativa oportunidade de escrever esta Introduo, em ambos os casos os nveis de minha psique-consciente e inconsciente. Eu estou mais do que feliz em contribuir com esta traduo de Realidade Pessoal (como Jane e eu logo viemos a chamar o livro) para a lngua portuguesa. certamente um privilgio que eu no havia previsto, mas eu no posso faz-lo com a mesma intensidade que minha esposa: mais do que qualquer outra pessoa, ela sabia o que desejava debater neste livro. Este o segundo (depois de Seth Speaks) da srie de 9 livros sobre Seth que ela ditaria nos prximos 25 anos aquela essncia de personalidade energtica pela qual ela falava em um estado dissociado ou de transe. Ela tambm escreveu outros 14 livros sobre temas s vezes relacionados a este, incluindo autobiografia, poesia e fico. At agora, vrios livros de Jane foram traduzidos para 15 idiomas. Cartas daqueles que ela ajudou atravs de Seth ainda chegam de todas as partes do mundo, e eu respondo a cada uma da melhor maneira que posso. Desde a morte de Jane, deixar que outras pessoas conheam o Material de Seth tornou-se uma paixo amorosa em minha vida. Eu ainda estou publicando livros do grande volume da obra que ela criou, que totalizaram mais de 16.000 pginas datilografadas. Meu objetivo, no qual sou ajudado por minha querida segunda esposa, Laurel, conseguir publicar todo o material de Seth e informaes afins para registro, por assim dizer, do legado de Jane no somente para agora,mas tambm para o futuro. Vrios editores dedicados esto me ajudando nessa tarefa de longo prazo, e eu lhes sou realmente grato. O Matria de Seth tambm est arquivado na biblioteca da Universidade de Yale, uma das instituies lderes de ensino nos Estados Unidos, aberta ao pblico. Eu ainda estou incrementando a coleo como chamada, e incluirei esta traduo to logo for publicada. O Material de Seth atrai visitantes de vrios pases. PREFCIO DE SETH A FABRICAO DA REALIDADE PESSOAL

SESSO 609, 10 DE ABRIL DE 1972, 21H29, SEGUNDA-FEIRA (Jane mencionou, algumas semanas atrs, que Seth, sua personalidade quando em transe, logo iniciaria mais um livro. A idia lhe viera mente certa noite, logo depois do jantar. Ns no havamos levado a coisa muito a srio, pois acabramos de fazer a reviso do primeiro livro de Seth, Seth Speaks: The Eternal Validity of the Soul, * no ms anterior,

certamente no estvamos preparados para o fato de que ele era bem capaz de lanar outro projeto to rapidamente. Nem Jane havia pensado conscientemente sobre um assunto ou ttulo para qualquer livro futuro de Seth. (Contudo, na reunio regular de ltima quarta-feira, Seth confirmou as previses dela mas sem marcar uma data. (Agora, ruburt [como Seth chama Jane] est muito certo. Estamos nos preparando para outro, mas antes eles precisam de um perodo de descanso. (Os livros automaticamente unificam o material e apresentam-no dentro de uma certa estrutura... Como agora j sabem, um tempo considervel necessrio para a preparao das notas, e por isso estou esperando um pouco. (Ruburt percebeu isso muito claramente e, como sempre, fica imaginando sobre o que vou escrever e que tipo de livro vai sair. O livro pode ser transmitido normalmente e em alarde no decorrer das sesses regulares, ampliando seu prprio conhecimento e de outras pessoas. Sugiro um formato muito simples; sempre o menos complicado possvel em relao sua parte mecnica. Voc entende? (Sim, eu respondi, e Seth passou a tratar de outros asuntos pelo resto da noite. (Ao nos sentarmos para a sesso desta noite, Jane disse: Bem, Seth est pronto e eu sinto o impulso para trabalhar. Talvez ele comece seu livro... Ela no estava falando sobre o assunto particularmente ou pelo menos eu no lembro de ouvi-la falar muito sobre ele. (A energia do comando de Jane ainda me impressiona, especialmente quando eu penso que ela pesa menos de 50 quilos. Com sua permisso, Seth pode manifestar-se com muito vigor. A transmisso dela, entretanto, era agora mediana. Com isso quero dizer que quando ela fala por Seth, sua voz tem um registro mais baixo, fica um tanto mais forte e adquire a pronncia e o ritmo caractersticos, mas singulares, de Seth. Jane tirou os culos e colocou-os sobre a mesa que nos separava. No momento seguinte,seus olhos muito mais escuros,ela estava em pleno transe.) (Boa noite, Seth.) Chamaremos o assunto deste dia de A Construo da Realidade Pessoal. A experincia produto da mente, do esprito, dos pensamentos e sentimentos conscientes, como tambm dos pensamentos e sentimentos inconscientes. Juntos, eles formam a realidade que voc conhece. Raramente, contudo, fica merc de uma realidade que existe separada de voc, ou que lhe seja imposta. Voc est to intimamente ligado aos eventos fsicos que compem sua experincia de vida, que geralmente no consegue distinguir entre as ocorrncias aparentemente materiais e os

pensamentos, expectativas e desejos que lhes do origem. Se em seus pensamentos mais ntimos existem caractersticas fortemente negativas, e se elas formam barreiras entre voc e uma vida mais plena, em geral olha por entre as barreiras, sem v-las. At que elas sejam reconhecidas, constituem impedimentos. Mesmo os obstculos tm uma razo de ser. Se eles forem seus, cabe a voc reconheclos e descobrir a razo de sua existncia. Seus pensamentos conscientes podem ser grandes indcios na revelao dessas obstrues. Voc no est to familiarizado com seus prprios pensamentos como imagina. Eles podem escapar-lhes como gua atravs de seus dedos, carregando com eles nutrientes vitais que se espalham pelo panorama de sua psique e todos, com muita freqncia, carregando barro e lama que bloqueiam os canais da experincia e da criatividade. Um exame de seus pensamentos conscientes lhe revelar muita coisa sobre o estado de sua mente interior, suas intenes e expectativas, e muitas vezes o levar a uma confrontao direta com desafios e problemas. Seus pensamentos, se estudados, permitiro que voc veja para onde est indo. Eles apontam claramente para a natureza dos eventos fsicos. O que existe fisicamente existe primeiro no pensamento e no sentimento. No h outra regra. (9h40) Voc tem uma mente consciente por um bom motivo. No est merc de impulsos inconscientes, a menos que neles consinta conscientemente. Seus sentimentos e expectativas atuais podem sempre ser usados para verificar seu progresso. Se no gosta de sua experincia, precisa alterar o tipo de mensagem que est enviando, por meio de seus pensamentos, a seu prprio corpo, a seus amigos e associados. Cada pensamento tem um resultado (em seus termos). O mesmo tipo de pensamento, habitualmente repetido, parecer ter um efeito mais ou menos permanente. Se voc aprecia os efeitos, raramente examina o pensamento. Caso se encontre assoberbado por dificuldades fsicas, entretanto, comear a imaginar o que est errado. s vezes voc culpa outras pessoas, ou sua criao, ou uma vida anterior, caso aceite a reencarnao. Pode responsabilizar Deus ou o demnio, ou simplesmente dizer: Assim a vida, e aceitar a experincia negativa como uma coisa que lhe necessria. Finalmente, poder chegar a um meio-entendimento da natureza da realidade e lamentar-se: Acredito que causei essas coisas negativas, mas sou incapaz de reverte-las. Se esse for o caso, ento, independentemente do que voc disse a si mesmo at agora, ainda no acredita ser o criador de sua prpria experincia. Assim que reconhecer esse fato, comear imediatamente a alterar as condies que causam seu destino de insatisfao.

(Pausa de um minuto s 9h49) Ningum o fora a pensar de uma forma particular. No passado, voc pode ter apreendido a considerar as coisas de maneira pessimista. Pode at supor, como fazem muitos, que o sofrimento enobrece, que um sinal de profunda espiritualidade, uma marca que o separa dos outros, uma roupagem mental necessria aos santos e poetas. Nada poderia estar mais longe da verdade. Toda conscincia tem em si mesma o mpeto profundo e permanente de usar suas habilidades plenamente, de expandir sua capacidade, de aventurar-se com alegria para alm das barreiras aparentes de sua prpria experincia. A conscincia existente nas mais nfimas molculas, grita contra qualquer idia de limitao. Elas anseiam por novas formas e experincias. Cada tomo, ento, procura conscientemente unir-se a novas estruturas e significativas. Eles fazem isso instintivamente. O homem foi investido (e investiu a si mesmo) de uma mente consciente para dirigir a natureza, o molde e a forma de suas criaes. Todas as aspiraes profundas e motivaes inconscientes, todos os impulsos silenciados surgem da aprovao ou desaprovao da mente consciente e esperam sua orientao. Somente quando abdica de suas funes que ela pode deixar-se controlar pela experincia negativa. Somente quando recusa responsabilidade, pode finalmente ficar merc aparente de eventos sobre os quais parece no ter qualquer controle. Agora podemos fazer um intervalo. (Obrigado) (10h, Jane saiu facilmente do transe. Tenho a sensao, disse ela, de que esse foi o incio do Captulo Um. Essa impresso foi causada pelo fato de Seth ter chamado seu material dessa noite de ensaio algo que ele nunca fizera antes. Ela acabou estando parcialmente correta. Reiniciamos s 10h07.) Os livros sobre pensamento positivo apenas, embora s vezes sejam benficos, em geral no levam em considerao a natureza habitual dos sentimentos negativos, das agresses ou represses que so, com freqncia, simplesmente varridos para baixo do tapete. Os autores dizem-lhe que deve ser positivo, compassivo, forte, otimista, cheio de alegria e entusiasmo, sem lhe dizer como sair da situao em que se encontra e sem entender o crculo vicioso que parece prende-lo. Esses livros, embora s vezes tenham valor, no explicam como os pensamentos e emoes causam a realidade. No levam em considerao os aspectos multidimensionais do eu nem o fato de que, no final, cada personalidade, embora regida por leis gerais definidas, ainda precisa encontrar e seguir sua prpria maneira de adapta-las sua situao pessoal.

Se sua sade for precria, voc pode remedi-la. Se seus relacionamentos pessoais so insatisfatrios, pode muda-los para melhor. Se vive na pobreza, pode encontrar-se cercado de abundncia. Compreenda isto ou no, voc perseguiu sua condio atual com determinao, usando muitos recursos, por fins ou razoes que em certa ocasio fariam sentido para voc. Poder dizer: Sade precria no faz nenhum sentido para mim, ou O rompimento da relao com meu cnjuge no era o que eu estava procurando, ou Certamente no tenho procurado a pobreza com todo o trabalho que venho realizando. Se voc nasceu pobre ou doente, ento certamente lhe parecer que essas circunstncias lhe foram impostas. Contudo, elas no o foram, e, at certo ponto, podem ser mudadas para melhor. Isso no significa que no sejam precisos esforos e determinao. Significa, sim, que voc no impotente para mudar os eventos, e que cada pessoa, independente de sua posio, status, circunstncias ou condio fsica, est no controle de sua prpria experincia pessoal. Voc v e sente o que espera ver e sentir. O mundo, como voc o conhece, um quadro de suas expectativas. O mundo, como o conhece a raa dos homens, a materializao coletiva de suas expectativas individuais. Como os filhos vm de seus tecidos fsicos, tambm o mundo resultado de sua criao conjunta. (10h26. Pausa. Depois suavemente, com um sorriso:) Estou escrevendo este livro para ajudar cada pessoa a resolver seus problemas pessoais. Espero fazer isto mostrando exatamente como voc forma sua prpria realidade e explicando como altera-la vantajosamente. A existncia dos assim chamados pensamentos e sentimentos negativos no ser maquiada, nem sua capacidade de lidar com eles. Ponto final. Pois eles esto sob o seu controle. H mtodos para us-los como trampolins para a criatividade. Em nenhum momento lhe direi que deve reprimi-los ou ignor-los. Mostrar-lhe-ei como reconhec-los dentro de sua experincia, como descobrir quais deles tiveram permisso de faz-lo perder o controle, e como dominar os que parecem estar alm de seu controle. Os mtodos que indicarei exigem concentrao e esforo. Eles tambm iro desafi-lo e trazer expanso e alteraes de conscincia de natureza benfica sua vida. Eu no sou uma personalidade fsica. Basicamente, entretanto, voc tambm no . Sua experincia atual fsica. Voc um criador, traduzindo suas expectativas para a forma fsica. O mundo tem o objetivo de servir como ponto de referncia. A aparncia exterior uma rplica do desejo interior. Voc pode mudar seu mundo pessoal. Voc muda-o sem sab-lo. Precisa apenas usar sua habilidade conscientemente, examinar a natureza de seus

pensamentos e sentimentos e projetar aqueles com os quais basicamente concorda. Eles misturam-se aos eventos com os quais voc est to intimamente familiarizado. Espero ensinar-lhe mtodos que lhe permitem compreender a natureza de sua prpria realidade, e indicar um caminho que o ajude a mudar essa realidade da maneira que desejar. (Mais alto:) Fim do ditado. (Est bem. Voc bem esperto, comeando seu livro dessa forma. (Amavelmente: ) Este o meu jeito. Eu lhe darei o ttulo e outras informaes pertinentes em uma outra sesso, e se voc, quiser, tambm um esboo do plano. (Acho que Jane gostaria de ver isso.) Vamos fazer este to simples quanto possvel... D-nos um momento... (Ainda em transe, Jane fez uma longa pausa s 10h37. Os olhos fechados, ela sentou balanando-se para frente e para trs, com um p sobre a borda da mesa.) O livro vai explicar como formada a realidade pessoal, dando muita nfase a como mudar aspectos desfavorveis da experincia individual. Ele ir, esperamos, evitar os atributos Pollyana (1) de muitos livros de auto-ajuda, e procurar despertar no leitor um desejo veemente de compreender as caractersticas de realidade, mesmo que seja apenas para resolver seus prprios problemas. Os mtodos apresentados sero muito prticos, exeqveis e dentro das possibilidades de qualquer pessoa genuinamente preocupada com os problemas inerentes natureza da existncia humana. Mostraremos que todas as curas so resultado da aceitao de um fato bsico: Que a matria formada pelas qualidades interiores que lhe do vitalidade, que a estrutura segue a expectativa, que a matria, em qualquer momento, pode ser completamente mudada pela ativao das faculdades criativas inerentes em toda conscincia. Por favor, considere o que fizemos hoje como meu prefcio. Quero dizer, a parte ditada. Desejo-lhes afetuosamente, uma boa noite. (Obrigado, Seth. Boa noite. (A transmisso de Jane como Seth terminou s 22h17 e foi tranqila, mas um tanto rpida, considerando a modesta velocidade com que tomo notas do que ditado, em meu mtodo caseiro de taquigrafia. Acho que peguei metade do ttulo, ela disse assim que

saiu do transe. A Natureza da Realidade Pessoal hfen ou vrgula depois algo mais, mas no entendi essa parte. De repente, sinto-me exausta, ela acrescentou, rindo, mas no escreva isso. (Algumas observaes posteriores: Passaram-se seis meses antes de sabermos o resto do ttulo para o livro de Seth. Enquanto Jane estava descansando, antes do jantar, em 25 de outubro de 1972, o nome completo veio-lhe mente consciente: A Natureza da Realidade Pessoal: Um Livro de Seth. Tivemos a sesso 623, com os Captulos Quatro e Cinco naquela noite. (Nunca pedimos um esboo do livro a Seth. Uma vez iniciado o livro, percebemos que no era necessrio. Essa deciso tambm deu a Jane o mximo de liberdade.) (1) Pollyana, herona do romance com o mesmo nome (1913), de Eleanor Porter. Pessoa caracterizada por um grande otimismo e com tendncia a encontrar o bem em todas as coisas. CAPTULO 1 O RETRATO VIVO DO MUNDO

SESSO 610, 7 DE JUNHO DE 1972 21H10, QUARTA-FEIRA (Um nmero de eventos, especialmente a morte da me de Jane depois de uma doena de muitos anos, fez-nos deixar de lado as sesses depois que Seth terminou seu prefcio em 10 de abril, Jane conseguiu manter suas aulas de ESP [Extra-Sensory Perception, ou seja, Percepo Extra-Sensorial] e composio literria parte do tempo; ela tambm trabalhou em seu livro, The Education of Oversoul 7, mencionado na Introduo. (Durante todo esse tempo, entretanto, aguardamos com interesse nossa participao diria no novo livro de Seth, Jane deixara de lado Seth Speaks por longos perodos durante sua produo, a fim de evitar um envolvimento consciente com ele mas, disse recentemente, sorrindo, ela planeja ler e usar esta obra em todas as sesses ao transmitilas. Qualquer nervosismo que tenha sentido a respeito de sua produo diminura muito. Eu incentivei sua nova atitude de liberdade. (Indicarei os vrios estados de conscincia de Jane, como sempre fao nas sesses, mas as notas podem ser apenas sugestes e um observador interessado. A verdadeira variedade e profundidade das realidades e personalidade que ela vivencia so qualidade caractersticas dela, e muitas vezes desafiam a palavra escrita.) Boa noite. (Boa noite, Seth.)

Agora o ditado. O primeiro captulo intitula-se O Retrato Vivo do Mundo. O retrato vivo do mundo cresce dentro da mente. O mundo, como lhe aparece, semelhante a uma pintura tridimensional qual cada indivduo d sua contribuio. Cada cor, cada trao que aparece nela foi primeiro pintado dentro de uma mente, e s depois se materializou externamente. Neste caso, contudo, os prprios artistas so uma poro do quadro e aparecem dentro dele. No h efeito no mundo exterior que no brote de uma fonte interior. Todo movimento foi inicialmente produzido dentro da mente. A grande criatividade da conscincia a herana do ser humano. Ela no pertence somente humanidade, entretanto. Cada ser vivo possui e o mundo vivo consiste em uma cooperao espontnea que existe entre o menor e o maior, o mais alto e o mais baixo, entre os tomos e as molculas e a mente consciente racional. Todos os tipos de inseto, pssaro e animal cooperam nesta aventura, produzindo o ambiente natural. Isso to normal e inevitvel como o fato de sua respirao formar uma nvoa no vidro quando voc respira sobre ele. Toda conscincia cria o mundo, marcando-o com uma colorao emocional. O mundo um produto natural de sua conscincia. Sentimentos e emoes emergem nesta realidade, de uma maneira precisa. Os pensamentos aparecem, crescendo no canteiro j plantado. As estaes surgem, formadas por antigas modulaes de sentimentos, sendo sustentados por ritmos profundos e duradouros. Eles so o resultado, torno a dizer, de aspectos criativos inatos que constituem uma poro de toda a vida. Esses aspectos antigos esto profundamente enraizados nas psiques de todas as espcies, e delas emergem os padres individuais, os projetos especficos de novas diferenciaes. (21h29. Intensamente:) Podemos dizer que o corpo da terra tem sua prpria alma, ou mente, (o termo que voc preferir). Usando esta analogia, as montanhas e os aceanos, os vales e os rios e todos os fenmenos naturais brotam da alma da terra, assim como todos os eventos e todos os objetos manufaturados surgem da mente interior ou alma da humanidade. O mundo interior de cada pessoa est conectado com o mundo interior da terra. O esprito se faz carne. Parte da alma de cada indivduo, ento, est intimamente conectada com o que chamaremos de alma do mundo, ou alma da terra. A menor folha de grama, ou flor, tem conscincia desta conexo e, sem raciocinar, compreende sua posio, sua singularidade e sua fonte de vitalidade. Os tomos e as molculas que compem todos os objetos, seja o corpo de uma pessoa, uma mesa, uma pedra ou uma r, captam este imenso impulso criador que sustenta sua existncia e sobre

o qual se apiam individualmente. Eles so bem diferenciados e seguros de si mesmo. Assim, o indivduo humano eleva-se em distino vitoriosa, partindo das fontes antigas e, ainda, sempre novas, de sua prpria alma. O eu passa do no-conhecimento ao conhecimento, surpreendendo a si prprio constantemente. Ao ler estas sentenas, por exemplo, uma parte de seu conhecimento torna-se consciente e disponvel instantaneamente. Uma parte permanece inconsciente, mas mesmo o conhecimento inconsciente saber em sua prpria inconscincia. Voc sempre sabe o que est fazendo, mesmo quando no o percebe. Seu olho sabe que v, embora no veja a si prprio a no ser por meio de reflexo. Da mesma forma, o mundo como voc o v um reflexo do que voc , um reflexo no em vidro, mas na realidade tridimensional. Voc projeta seus pensamentos, sentimentos e expectativas para fora, e depois os percebe como a realidade externa. Quando lhe parece que outros o esto observando, voc est observando a si mesmo do ponto de vista de suas prprias projees. Agora podemos fazer um intervalo. (21h46 22h09) Voc o retrato vivo de si prprio e projeta para fora, na carne, o que pensa ser. Suas emoes, seus pensamentos conscientes e inconscientes alteram e formam sua imagem fsica. Isso relativamente fcil de compreender. No to fcil, entretanto, compreender que seus sentimentos e pensamentos formam sua experincia exterior do mesmo modo, ou que os eventos que parecem acontecer a voc so criados por voc dentro de seu ambiente mental ou psquico interior. Seu corpo no magro ou gordo, alto ou baixo, saudvel ou doente por acaso. Essas caractersticas so mentais, e so lanadas por voc sobre sua imagem. No quero ser espirituoso, mas voc no nasceu ontem. Sua alma no nasceu ontem, mas antes dos anais do tempo, segundo o que voc pensa do tempo. As suas caractersticas ao nascer eram suas por uma razo. O eu interior as escolheu. O eu interior, em grande escala pode, at mesmo hoje, alterar muitas delas. Voc no chegou ao nascimento sem uma histria.sua individualidade sempre foi latente dentro de sua alma, e a histria que faz parte de voc est escrita dentro da memria inconsciente que no apenas reside em sua psique, mas que est fielmente decodificada em seus genes e cromossomos (1) e ativada no sangue que corre em suas veias. Voc consciente, alerta e participante em um nmero muito maior de realidades do que sabe, enquanto sua alma se expressa atravs de voc. Essa conscincia de suas horas diurnas usuais, a conscincia do ego, eleva-se como uma flor do sub-solo, desta camada inconsciente de sua prpria realidade. Embora voc no tenha conscincia disso, este

propri ego emerge, depois volta a cair no inconsciente, do qual outro ego ento eleva como um novo desabrochar da terra na primavera. (22h27) Voc no tem agora o mesmo ego que tinha cinco anos atrs, mas no est consciente da mudana. Em outras palavras, o ego sai daquilo que voc . uma parte da ao de seu ser e de sua conscincia; mas assim como o olho no pode ver a mudana de suas prprias cores e expresses e no est consciente do fato de que vive e morre constantemente com a mudana de sua estrutura atmica, tambm voc no tem conscincia de que o ego muda, morre e renasce continuamente. Fisicamente, a estrutura de uma clula retm sua identidade, mesmo enquanto a matria que a compe continuamente alterada. A clula se reconstri segundo seu prprio padro de identidade, contudo faz sempre parte de uma ao emergente e viva, respondendo mesmo em meio a suas mortes numerosas. (1) Para os que j se esqueceram: Cromossomos so corpos microscpicos nos quais a substncia protoplsmica do ncleo de uma clula se separa durante a diviso da clula. Eles portam os genes, o projeto que determina as caractersticas da hereditariedade. Ocasionalmente, uma nota de rodap como esta ser includa a fim de esclarecer o material de Seth. Geralmente, ele foge, sua prpria maneira, de definies padronizadas. Assim, vrios nomes so dados a formas estruturais psicolgicas. Os nomes nada significam, mas as estruturas por trs deles, sim. Tais estruturas psicolgicas tambm retm sua identidade, seu padro de singularidade, mesmo mudando, morrendo e renascendo constantemente. O olho surge da estrutura fsica. O ego, da estrutura da psique. Ele no pode ver a si mesmo, assim como o olho. Ambos se dirigem para fora um caso a partir do corpo fsico, e o outro, a partir da psique interna, em direo ao ambiente. A conscincia criativa corporal cria o olho. A psique criativa interior cria o ego. O corpo forma o olho na esplndida sabedoria de seu grande conhecimento inconsciente. A psique produz o ego que percebe psicologicamente, da mesma forma que o olho percebe fisicamente. Tanto o olho como o ego so criaes orientadas para a realidade exterior. Pode fazer uma pausa. (22h36 22h45) Isso no ditado (do livro). Ruburt estava certa na viso de alguns momentos atrs (durante o intervalo). No meu livro ns vamos entrar mais profundamente na natureza do inconsciente e da psique,

apresentando alguns conceitos que so de grande valor. O prprio Ruburt, inconscientemente, mas tambm at certo ponto conscientemente, ficou mais curioso com questes concernentes conscincia e personalidade o papel da conscincia do ego, por exemplo desde que iniciou seu livro, Oversoul 7 (no final de maro de 1972). Muito ainda no conhecido. Seus psiclogos no so capazes de pensar em termos de uma alma, e seus lderes religiosos no conseguem, ou recusam-se a compreend-la psicologicamente, at mesmo no nvel mais simples. Em outras palavras, a metafsica e a psicologia no se encontraram. Eu sou, como muitas vezes j afirmei, independente de Ruburt. No h ligaes entre ns. Ele ainda no compreende a verdadeira natureza de sua prpria criatividade. Poucas pessoas o fazem. H sempre razes psicolgicas para todos esses fenmenos para absolutamente qualquer fenmeno. Em alguns aspectos, naturalmente, os filhos de Ruburt so seus livros. Sua psique enormemente criativa. Parte do que eu pareo ser, ao falar atravs dele, um fenmeno to profundo e inconsciente como o o nascimento de uma criana. De um modo diferente, tambm o Oversoul 7, da forma que ele pensa sobre o livro. Esses so os filhos fsicos merc do tempo e dos elementos, mas filhos eternos, mais inteligentes que o pai: deuses brotando da psique humana, meio-humanos, meio-divinos. E neste nvel, os pais ficam admirados, encantados, diante das realizaes superiores de seus filhos, da superioridade da prole, e, contudo, de certa forma, ciumentos. Se os livros so filhos simblicos, ento, nesses mesmos termos, isto que eu represento para Ruburt assume um aspecto muito mais vivo, em sua realidade tridimensional. Em vrias ocasies ele ficou pensando sobre a esquizofrenia, por exemplo. Ele no compreende que neste nvel, agora e excluindo minha independncia e outras questes envolvidas, ele cria personalidades livres de tempo, organiza-as sob a liderana da mente consciente e designa-lhes tarefas de grande validez e importncia, que depois so executadas. Isto criatividade de uma natureza muito especializada e permite-lhe investigar, caso o deseje, a natureza da conscincia, da psique e da criatividade de uma forma que poucos podem fazer. Ele prprio estabelece as condies que tomariam possveis esses resultados. Nossas duas realidades se cruzam em algum lugar, e neste lugar de encontro aparece aquilo que vocs conhecem de mim. Se encontra alm disso minha prpria realidade independente. Eu terei mais coisas a dizer e acrescentar a estas notas, de modo que elas iro aumentar. (Elas so mais interessantes.)

Se Ruburt considerasse seus problemas como desafios, alcanaria resultados muito melhores. Isso tudo por agora, e desejo-lhes uma boa noite. (O mesmo para voc, Seth. Obrigado.) Aparea em nossa aula um dia. (Est bem. Encerramos s 23h10. Jane d sua aula de ESP tera-feira noite, todas as semanas. Como eu sou mais solitrio por natureza, aproveito este tempo para datilografar a sesso de segunda-feira ou trabalhar no arquivo e na correspondncia. (Em resposta a muitas perguntas, explicarei aqui por que prefiro escrever durante as sesses a usar um gravador. Logo depois que Seth comeou a falar atravs de Jane, no final de 1963, tentamos gravar o material, mas logo descobri que, baseando-me em minhas anotaes, posso datilografar uma sesso muito mais rapidamente do que ouvindo uma fita. (Isso muito importante, uma vez que todo o nosso trabalho psquico feito noite, depois de termos trabalhado o dia todo, escrevendo e pintando, e executando todas as outras coisas ligadas a um modo de vida organizado [Contudo, precisei modificar minha programao a fim de encontrar o tempo adicional exigido para a preparao deste manuscrito. Pinto de manh e fao este trabalho tarde.] (Quando Jane me fala como Seth, sua transmisso muito mais lenta do que durante uma aula, por exemplo. Isso, juntamente com as instrues de Seth, torna a pontuao fcil. A transcrio fica concisa, depois de uma correo ocasional, e est pronta para a publicao. Alm disso, acho que o fato de que um trabalho de to boa qualidade obtido desta forma, indica muitas coisas importantes sobre estas sesses.). SESSO 613, 11 DE SETEMBRO DE 1972 21H10 DE SEGUNDA-FEIRA Depois da primeira sesso para transmisso deste captulo, Jane trabalhou imensamente em Oversoul 7 e trabalhou um pouco em um projeto de longo alcance que ela talvez v chamar de Aspect Psychology. Depois, pouco antes de voltarmos ao livro de Seth, ocorreu a grande enchente de 23 de junho de 1972, sexta-feira. (A enchente foi a pior registrada nesta parte do pas. Comeou com a tempestade Tropical Agnes que, de certa forma irnica, perdera seu status de furao quando iniciou um curso irregular pela Costa Leste, partindo da Flrida. Agnes foi precedida por dias de pesadas chuvas que se estenderam por uma ampla frente de centenas de milhas. A tempestade

inesperadamente rumou para o interior, depois de adquirir nova fora partindo dos Cabos da Virgnia, e quando atingiu Nova York e Pensilvnia, a enchente tornou-se inevitvel. (Jane e eu decidimos permanecer na cidade quando, finalmente, pouco antes do amanhecer, pediram que evacussemos a regio de Elmira. Nossa deciso, naturalmente, tinha significados simblicos profundos para ns, que por enquanto entendemos apenas parcialmente. O Rio Chemung, que atravessa a cidade, passa a menos de um quarteiro de nosso apartamento, mas como morvamos no segundo andar, pensamos que estaramos seguros. Decidimos que o prdio era slido. A vizinhana esvaziou-se, restando apenas ns dois, e ficou extremamente silenciosa. (A gua, densa com lodo, tinha um cheiro quase sufocante de efluentes de petrleo e chegou a 30 cm no quintal, depois a 90, depois a 1.50 m... Jane e eu nos encontramos experimentando um novo mundo drstico, e embora Seth ainda no o tivesse dito, acredito que essa foi uma das razes de termos ficado para trs. Ns bebericvamos vinho e aplicvamos uma auto-hipnose leve para aliviarmos a tenso, mas ao vermos a gua subir pela parede da velha casa de tijolos vermelhos, ao lado da nossa, na verdade a nova realidade ameaou transformar-se em uma coisa aterradora. Havamos tomado a deciso certa? (A fuga, naquele ponto, tornara-se provavelmente impossvel. Eu sugeri que Jane se sintonizasse psiquicamente, para ver o que podamos descobrir sobre nossa situao. difcil ficar calmo quando voc j est com medo, disse ela, mas comeou a equilibrar-se. Pouco a pouco, atingiu um profundo estado de relaxamento. Disse-me que a gua alcanaria seu nvel mais alto naquela tarde, inacreditavelmente, chegaria a quase trs metros de altura no quintal, e chegaria metade da parede que leva janela do primeiro andar da casa ao lado da nossa. Estaramos em segurana, desde que ficssemos onde estvamos. Jane parecia espantada, entretanto, quando disse que a Ponte da Rua Walnut iria embora. Tambm me espantei, pois a velha ponte de ao cruzava o Rio chemung a menos de um quarteiro de nossa casa. No podamos v-la por causa das casas do outro lado da rua. (Logo que Jane recebeu esta informao, comeamos a nos sentir melhor. Comemos, jogamos cartas e periodicamente verificvamos o nvel da gua. Passaram-se vrias horas. A enchente atingiu seu ponto mximo dentro de quinze miutos da hora estabelecida por Jane, e a dez centmetros da marca anunciada por ela. Dormimos naquela noite sabendo que a gua estava baixando rapidamente. Na manh seguinte, caminhei at a Ponte da Rua Walnut. Ela havia sido destruda; vrias de suas estruturas foram levadas pelas guas. (Tivemos sorte, em comparao com outras pessoas da cidade. Perdemos nosso carro, mas tnhamos um lugar para morar e todos os nossos quadros, manuscritos e registros, incluindo os cinqenta e trs volumes do material de Seth, estavam intactos. Como ocupamos dois apartamentos para termos espao suficiente para viver e trabalhar, tivemos condies de abrigar um casal que perdera tudo na enchente. Estava frio e

chovia. Nossos dias transformaram-se em uma rotina de sobrevivncia, embora Jane tivesse terminado Oversoul 7 em julho e reiniciado suas aulas. Este livro foi abandonado por um bom tempo. (Em agosto, Jane realizou uma sesso que tratou da enchente na qual Seth mal teve tempo de mencionar as razes que estavam por trs de nosso envolvimento pessoal na situao e mais tarde, naquele ms, e em setembro, tivemos vrios convidados ligados ao trabalho psquico. Um deles foi Richard Bach, autor do livro de grande sucesso, Ferno Capelo Gaivota (1). (Quando sentimos que era hora de retomar o trabalho de livro de Seth, Jane descobriu, para sua surpresa, que estava um pouco nervosa a respeito dele. Contudo, falando por Seth, ela retomou as ditadas to suavemente que no parecia ter havido um intervalo de trs meses...) Boa noite. (Boa noite, Seth) D-nos um momento (suavemente), e recomearemos a ditar. (Est bem.) Sua experincia no mundo da matria fsica flui do centro de sua psique interior e ento percebida por voc. Eventos, circunstncias e condies externas so como um tipo de feedback [retroinformao] vivo. Alterando-se o estado da psique, automaticamente se alteram as circunstncias fsicas. No existe qualquer outra forma vlida de mudar os eventos fsicos. Para tornar isso mais claro, voc poderia imaginar uma dimenso no interior de voc, na qual cria, em miniatura, sob forma psquica todas as condies exteriores que encontram. Simplificando: voc faz exatamente isso. Seus pensamentos, sentimentos e quadros mentais podem ser chamados de eventos externos em gestao, pois de uma forma ou de outra, cada um deles se materializa na realidade fsica. Voc muda constantemente, at mesmo as condies que parecem ser as mais permanentes de sua vida, variando a atitude que tem em relao a elas. No h nada em sua experincia exterior que no se tenha originado dentro de voc. bvio que ocorrem interaes com outras pessoas, mas no h nenhuma que voc no tenha aceitado ou atrado com seus pensamentos, atitudes ou emoes. Isto se aplica a cada rea de sua vida. Usando termos seus, aplica-se tanto antes da vida como depois dela. De alguma forma extremamente milagrosa, voc recebe o dom de criar sua prpria experincia.

Nesta existncia, est aprendendo a lidar com a inexaurvel energia que se encontra sua disposio. A situao global e a de cada indivduo so a materializao do progresso do homem ao formar seu mundo. (21h24) A alegria da criatividade flui atravs de voc com a mesma facilidade com que voc respira. Suas mais nfimas experincias dependem dela. Seus sentimentos tm realidades eletromagnticas que se lanam para fora, afetando a prpria atmosfera. Elas se agrupam por meio de atrao, criando reas de eventos e circunstncias que finalmente se aglutinam, por assim dizer, em matria, na forma de objetos ou como eventos no tempo. Alguns sentimentos e pensamentos so traduzidos como estruturas que vocs chamam de objetos; eles existem naquilo que vocs chamam de espao. Outros so traduzidos como estruturas psicolgicas, chamadas de eventos, que parecem existir naquilo que vocs chamam de tempo. Espao e tempo so ambos postulados bsicos, o que significa simplesmente que o homem aceita ambos, presumindo que sua realidade esteja enraizada em uma srie de momentos e em uma dimenso de espao. Assim, sua experincia interior traduzida nestes termos. At a durao de um evento ou objeto no espao ou tempo determinada pela intensidade dos pensamentos ou emoes que lhe do origem. A durao no espao, porm, no a mesma que no tempo, embora possa parecer que sim. Estou falando agora em seus prprios termos. Um evento ou objeto que existe brevemente no espao pode ter uma durao muito maior no tempo. Pode ter uma importncia e uma intensidade muito maiores existindo em sua memria, por exemplo, muito depois de ter desaparecido no espao. Tal evento ou objeto no existe simplesmente de modo simblico dentro de sua mente ou memria mas nos termos que vocs usam, sua realidade continua como um evento no tempo. Sua realidade no espao tambm no aniquilada, desde que exista dentro de sua mente. Vamos usar um exemplo muito simples: Disseram a uma criana que ela no podia brincar com uma boneca. A ordem desobedecida. A criana, propositalmente ou no, quebra a boneca, e ela finalmente jogada fora. A boneca existir no tempo, de modo muito vital, enquanto a criana ou o futuro adulto se lembrar dela. (21h40) Se a boneca ficava em cima de uma cmoda, e isso tambm for vividamente lembrado, ento o espao no qual a boneca ficava ainda carrega a impresso da boneca, embora outros objetos possam ter sido ali colocados. Voc reage, portanto, no apenas ao que visvel a seus olhos fsicos no espao, ou ao que est diretamente sua frente no tempo, mas tambm a objetos e eventos cuja realidade persiste em voc, embora parea ter desaparecido.

Basicamente, voc cria sua experincia atravs de suas crenas sobre si mesmo e sobre a natureza da realidade. Outra forma de compreender este ponto perceber que voc cria suas experincias com suas expectativas. Suas atitudes diante de si mesmos e da vida em geral, formam a tonalidade sensvel que governa grandes reas de sua experincia. (Pausa) Eles do a conotao emocional geral que caracteriza o que lhe acontece. Ponto final. Voc o que lhe acontece. Seus sentimentos so freqentemente transitrios, mas por baixo deles encontram-se certas qualidades emocionais exclusivamente suas, que so como profundos acordes musicais. Embora seus sentimentos cotidianos possam oscilar, essas tonalidades sensveis que lhes caracterizam continuam sempre subjacentes. s vezes eles sobem superfcie, mas em ritmos muito longos. Voc no pode chamar estas sensaes de positivas ou negativas. Elas so tonalidades de seu ser e representam as pores mais ntimas de sua experincia. Isto no significa que representam o ncleo a partir do qual voc forma sua experincia. Se voc tem medo de emoes ou de expressar sentimentos, ou se voc aprendeu que o eu interior no passa de um repositrio de impulsos incivilizados, ento talvez tenha o hbito de negar esse ritmo profundo. Voc poder tentar agir como se ele no existisse, ou at mesmo tentar refuta-lo. Ele, porm, representa seus impulsos mais profundos e criativos; lutar contra ele como tentar nadar contra a corrente. Agora voc, pode fazer uma pausa. (21h57 22h06) Essas tonalidades sensveis, portanto, permeiam seu ser. Eles so a forma que seu esprito toma quando combinado com a carne. A partir deles, de seu ncleo, surge sua carne. Tudo que voc experincia tem conscincia, e cada conscincia dotada de uma tonalidade sensvel prpria. H uma grande cooperao envolvida na formao da terra, como voc pensa nela, e assim, as estruturas vivas individuais do planeta surgem da tonalidade sensvel que existe em cada tomo e em cada molcula. Sua carne se forma em resposta a esses acordes interiores de seu ser, e as rvores, pedras, mares e montanhas brotam como o corpo da terra, dos acordes interiores profundos que existem nos tomos e molculas, que tambm so vivos. Devido cooperao criativa que existe, o milagre da materializao realiza-se to suave e automaticamente que voc no tem conscincia de sua participao nele. (22h16) A tonalidade sensvel, ento o movimento e a fibra a viga a poro de sua

energia dedicada sua experincia fsica. Ora, ele flui naquilo que voc como ser fsico, e materializa-o no mundo de estaes, espao, carne e tempo. Sua fonte, entretanto, muito independente do mundo que voc conhece. Uma vez que voc adquira a sensao de sua prpria tonalidade sensvel, ter conscincia de seu poder, fora e durabilidade, e poder, at certo ponto, fluir com ele para realidades mais profundas de experincia. A incrvel riqueza emocional e a variedade e o esplendor da experincia fsica so o reflexo material desta tonalidade sensvel. Ela imprime uma direo sua vida, condiciona os eventos e as qualidades de sua percepo. Preenche e ilumina os aspectos individuais de sua vida e determina, em grande parte, sua confiana pessoal. Ele a sua essncia. Sua amplitude tem longo alcance, entretanto. Ele no determina, por exemplo, eventos especficos. (Pausa) Pinta as cores da paisagem maior de sua experincia. a sensao de voc prprio, inexaurvel. Em outras palavras, representa a expresso de voc mesmo em pura energia, da qual emana sua individualidade, o Voc de voc, a identidade inconfundvel que nunca duplicada. A energia vem do centro do SER (em letras maisculas), do Tudo Que (com letras maisculas costumeiras), e representa a fonte da vitalidade infinita. Ela o Ser em Voc. Como tal, toda a energia e o poder de Ser esto focalizados e refletidos atravs de voc, na direo de sua existncia tridimensional. Pode fazer uma pausa. (22h35 22h47) Apesar do carter nico de sua tonalidade sensvel, ela expressa em uma certa forma que compartilhada por toda conscincia focalizada na realidade fsica. Portanto, nesses termos, voc brota da terra, como todas as outras criaturas e estruturas vivas naturais. Voc , como ser fsico, uma poro da natureza e, portanto, no separado dela. As rvores e as pedras possuem sua prpria conscincia, e tambm compartilham uma conscincia global (gestalt), assim como as pores vivas de seu corpo. As clulas e os rgos tm sua prpria conscincia e uma conscincia gestltica. Assim, a raa dos homens tambm tem uma conscincia individual e uma gestltica ou coletiva, que sua individualidade mal percebe. A conscincia coletiva da raa (em seus termos) possui uma identidade. Voc uma poro dessa identidade, embora continue sendo nico, individual e independente. Est confinado apenas por sua escolha da realidade fsica, escolha essa que o colocou dentro

do contexto de experincia dessa realidade. Como ser fsico, voc segue leis ou suposies fsicas, que formam a estrutura da expresso corporal. Dentro dessa estrutura, voc tem plena liberdade para criar sua experincia, na sua vida pessoal em todos os seus aspectos, o retrato vivo do mundo. Sua vida pessoal e, at certo ponto, sua experincia de vida individual, ajudam a criar o mundo como conhecido em seu tempo. (23h) Neste livro, falaremos sobre seu mundo subjetivo e sua parte na criao de eventos, tanto particulares como coletivos. importante, antes de continuarmos, que voc entenda que a conscincia est dentro de todo fenmeno fsico. vital que voc compreenda sua posio dentro da natureza. A natureza criada a partir de dentro. A vida pessoal que voc conhece brota de dentro de voc, embora lhe seja dada. Ponto final. Uma vez que voc parte do ser, ento, voc se d de uma certa forma, a vida que vivida atravs de voc. (Pausa) Novo pargrafo. Voc faz sua prpria realidade. No existe outra regra. Saber disso o segredo da criatividade. Eu tenho falado sobre voc, contudo isso no deve ser confundido com o voc que em geral voc pensa que : apenas o ego, pois o ego somente uma poro de Voc, essa parte hbil de sua personalidade que trata diretamente com o contedo de sua mente consciente e que afetada, muito diretamente, pelas pores materiais de sua experincia. O ego uma poro muito especializada de sua identidade maior. uma poro de voc que se manifesta para tratar diretamente com a vida que o Voc maior est vivendo. O ego pode sentir-se cortado, sozinho e amedrontado, entretanto, se a mente consciente deixar que ele seja absorvido por ela. O ego e a mente consciente no so a mesma coisa. O ego composto de vrias pores da personalidade: uma combinao de caractersticas que mudam constantemente e que agem de um modo unificado a poro da personalidade que trata mais diretamente com o mundo. (Muito devagar s 23h18:) A mente consciente um excelente atributo perceptivo, uma funo que pertence conscincia interior, mas que, neste caso, est voltada para fora, na direo do mundo dos eventos. Atravs da mente consciente, a alma olha para fora. Por si s, ela percebe com clareza. Em certos termos, o ego o olho por meio do qual a mente consciente percebe, ou o foco atravs do qual ela v a realidade fsica. A mente consciente, porm, automaticamente muda seu foco no decorrer da vida. O ego, embora parea o mesmo para ele prprio, est sempre mudando. apenas quando a mente consciente se torna rgida em sua direo, ou permite que o ego assuma algumas de suas prprias funes, que surgem as dificuldades. Ento o ego permite mente consciente trabalhar em certas direes e bloqueia sua

percepo em outras. (23h25) fim do captulo. Fim do ditado. O livro permitir que outros ajudem a si mesmos. Atingir um pblico muito maior e ajudar mais pessoas do que Ruburt poderia ajudar individualmente, ou que eu poderia ajudar atravs de sesses individuais. preciso fazer uma lista das pessoas que pedem ajuda, para que elas sejam informadas sobre o livro. ( uma boa idia. Por correio ou telefone, Jane tem recebido mais pedidos de ajuda do que pode atender.) Ruburt no deve, portanto, sentir que precisa realizar sesses individuais para pessoas que devem fazer este trabalho sozinhas. E agora, desejo-lhe uma boa noite. (Obrigado, Seth, e boa noite. Foi muito agradvel participar desta sesso.) Se tiver alguma pergunta, pode faze-la. (Fiz uma pausa, considerando o adiantado da hora, e depois perguntei a Seth sua opinio sobre a visita recente de um jovem cientista de outro estado. Jane, como Seth e como ela prpria, tinha conseguido sintonizar-se com uma certa informao tcnica. Senti, entretanto, que provavelmente uma grande quantidade de tempo e esforos seria necessria, em base regular durante muitos anos, para Jane usar totalmente suas habilidades em reas especializadas.) O efeito da visita foi bom, especialmente para Ruburt. Chegaremos s perguntas [cientficas] dele. Para Ruburt ter mais confiana, quis que este livro estivesse decentemente iniciado. Outras sesses substituiro o ditado de vez em quando, mas o projeto principal ser o livro. O material sobre a enchente ser usado mais tarde, como exemplo, quando as calamidades naturais forem tratadas no livro; portanto voc ter esse material, e outros podero us-lo e compreend-lo. E agora, uma boa noite. (Obrigado mais uma vez, Seth. (Finalizamos s 23h32. Jane saiu rapidamente de um excelente estado de dissociao. Estou contente por Seth estar novamente trabalhando em seu livro, disse ela. Sei que bobagem, mas eu me sinto muito melhor. J estava comeando a imaginar se minha prpria atitude estava atrapalhando o trabalho, depois de todas essas outras interrupes... Agora, como Seth Speaks, este realmente dois livros em um. No

apenas sobre a natureza da realidade pessoal, mas tambm sobre as circunstncias que cercam a produo do material e as muitas idias que Jane tem a respeito dele. Fiquei feliz em saber que Seth planeja incluir informaes sobre alimentos em seu livro estava preocupado, pensando se esse material seria deixado de lado por causa de outros eventos, e talvez esquecido.) CAPTULO 2

A REALIDADE E AS CRENAS PESSOAIS SESSO 614, 13 DE SETEMBRO DE 1972 21H36, QUARTA-FEIRA

(Jane sentia-se feliz agora, pois o livro de Seth estava indo bem depois de tantos atrasos. Sua energia tem estado "alta" estes dias. Depois da longa sesso de segunda-feira noite, ela voltara com uma ainda mais longa na aula de ESP na noite de tera-feira - e tambm acrescida de Sumari (1). Agora tnhamos uma sesso marcada para esta noite. (Ela, porm, no estava cansada, disse. Sua nica queixa era a respeito da umidade, pois ela muito sensvel ao tempo; hoje foi um dia quente, e choveu depois do jantar. Demos uma volta no quarteiro pouco antes do horrio da sesso. Boa noite. ("Boa noite, Seth.") Vamos recomear o ditado. Captulo Dois: "A Realidade e as Crenas Pessoais." Voc forma a estrutura de sua experincia por meio de suas prprias crenas e expectativas. Essas idias pessoais sobre si mesmo e a natureza da realidade afetaro seus pensamentos e emoes. Voc toma suas crenas sobre a realidade como verdadeiras, e em geral no as questiona. Elas parecem auto-explicativas e aparecem em sua mente como declaraes de fato, demasiadamente bvias para serem examinadas. Com muita frequncia elas so aceitas, portanto, sem perguntas. No so reconhecidas como crenas sobre a realidade, mas, pelo contrrio, so consideradas como tos caractersticas da prpria realidade. (Pausa) Em geral essas idias parecem irrefutveis, fazendo tanto parte de voc que no lhe ocorre especular sobre sua legitimidade. Elas se tornam suposies invisveis, mas, no obstante, colorem e formam sua experincia pessoal.

Algumas pessoas, por exemplo, no questionam suas crenas religiosas, mas aceitam-nas como fato. Outras acham comparativamente fcil reconhecer tais suposies interiores quando elas aparecem em um contexto religioso, mas tem pouco discernimento no que se refere a outros tipos de crenas. (21h45) muito mais simples reconhecer suas prprias crenas em relao religio, poltica ou assuntos semelhantes, do que identificar suas mais profundas crenas sobre si mesmo, sobre quem e o que voc - particularmente em relao sua prpria vida. Muitas pessoas so completamente cegas para suas prprias crenas a respeito de si mesmas e da natureza da realidade. Voc recebe excelentes pistas de seus prprios pensamentos conscientes. Muitas vezes se recusa a aceitar certos pensamentos que lhe vm mente porque eles conflitam com outras idias geralmente aceitas. Sua mente consciente est sempre tentando apresentar-lhe um quadro claro, mas voc muitas vezes permite que idias preconcebidas bloqueiem essa inteligncia. Tornou-se moda culpar o subconsciente por problemas e dificuldades de personalidade, sendo que a idia que eventos anteriores, carregados e misteriosos, alojaram-se ali. Neste pas, vrias geraes cresceram acreditando que as pores subconscientes da personalidade no eram confiveis, tinham muita energia negativa, continham apenas episdios desagradveis que seria melhor esquecer. (21h54) Eles cresceram acreditando que a mente consciente era relativamente impotente, que a experincia adulta era estabelecida nos dias da infncia. Tais conceitos criaram divises artificiais. As pessoas aprenderam que no deveriam ter conscincia de material "subconsciente". As portas do eu interior foram firmemente fechadas. Somente uma psicanlise longa podia ou devia bri-las. O indivduo normal sentia que era melhor deixar essa rea de lado, e assim, ao fechar essas pores do eu, tambm estabelecia barreiras contra a alegria do eu interior espntneo. As pessoas sentiam-se dissociadas do centro de sua prpria realidade. O conceito do pecado original era muito pobre, limitado e distorcido, mas, pelo menos, era acompanhado de procedimentos muito simples: Atravs do batismo, voc podia ser salvo, ou por meio de algumas palavras, sacramentos ou rituais, alcanava a redeno. (Ver o Evangelho de Marcos 1:1-11, por exemplo) A idia do subconsciente maculado, porm, no deixou ao homem uma sada assim fcil. Os poucos rituais possveis exigiam anos de anlise, que apenas os muito ricos tinham o privilgio de vivenciar. Mais ou menos ao mesmo tempo em que a idia do subconsciente suspeito se

generalizou, a idia da alma foi relegada ao esquecimento. Milhes de pessoas, portanto, acreditaram em uma realidade na qual se encontravam privados da idia de uma alma, sendo oprimidos pelo conceito de um subconsciente nada confivel, talvez definitivamente maligno. Essas pessoas viam-se como um ego, solitrio e vulnervel, vagando, perigosamente e sem proteo, nas ondas tumultuosas de processos involuntrios. (Pausa s 22h05. Certamente estas sesses no so "espirituais" em termos comuns. Ainda em transe, Jane acendeu um cigarro. Sua cerveja havia acabado, mas como eu ainda tinha um pouco, ela bebeu do meu copo. 1) Mais ou menos ao memso tempo, muitas pessoas inteligentes estavam compreendendo que as idias das religies organizadas sobre Deus, cu e inferno eram distorcidas e injustas, tendo o sabor de histrias de contos de fadas infantis. Essas pessoas no tinham onde buscar ajuda. Nessas circunstncias, olhar para dentro teria parecido uma tolice, pois elas haviam aprendido que, para incio de conversa, este dentro continha a fonte de seus problemas. Os que no podiam pagar uma terapia, tentavam com mais vigor inibir quaisquer mensagens do eu interior, por medo de serem tragados pelas selvagens emoes infantis. Agora, antes de qualquer coisa: no h limites ou divises para o eu, embora, para propsitos de discusso, uma palavra como "ego" possa ser usada aqui, j que comprende o que ela significa. Voc pode verdadeiramente confiar nas pores aparentemente inconscientes de si mesmo. Como veremos mais tarde, pode tornar-se cada vez mais conscientemente perceptivo, trazendo para sua conscincia pores cada vez maiores de si mesmo. 1 Jane aprendeu sozinha, algum tempo atrs, que uma quantidade muito moderada de lcool boa para as sesses. Tambm o fumo. Depois ela foi informada que ambas as substncias enfraquecem o sistema nervoso central. Achamos que Jane combina a espontaneidade resultante com suas habilidades psquicas naturais nestas sesses. Ela no comea a tomar qualquer bebida at que as sesses tenham sido iniciadas.

(22h12) Voc respira, cresce e realiza inmeras atividades delicadas e precisas constantemente, sem ter conscincia do como executa essas aes. Vive sem saber conscientemente como mantm este milagre da percepo fsica no mundo da carne e do tempo. As pores aparentemente inconsciente da pessoa atraem tomos e molculas do ar para formar sua imagem. Seus lbios movem-se, a lngua pronuncia seu nome. O nome pertence aos tomos e molculas dentro de seus lbios ou lngua? (Pausa) Os tomos e as molculas movem-se constantemente, formando-se em clulas, tecidos e rgos. Como

pode o nome proferido pela lngua pertencer a eles? Eles no lem nem escrevem, contudo falam slabas complicadas que comunicam a outros seres, como voc mesmo, desde um simples sentimento s mais complicadas informaes. Como fazem isso? Os tomos e molculas da lngua no conhecem a sintaxe da lngua que falam. Quando voc comea uma sentena, em geral no tem a menor idia consciente de como ir termin-la; contudo, tem f de que as palavras faro sentido e de que o que deseja dizer fluir sem esforo. Tudo isso acontece porque as pores interiores de seu ser atuam espontaneamente, alegremente, livremente. Tudo isso ocorre porque seu eu interior acredita em voc, geralmente mesmo quando voc no acredita nele. As pores inconscientes de seu ser atuam incrivelmente bem, em geral a despeito da grande incompreenso de sua parte sobre a natureza delas e de suas funes, e diante de fortes interferncias que voc faz por causa de suas crenas. Cada pessoa experincia uma realidade nica, diferente da de qualquer outro indivduo. Essa realidade brota da paisagem interior dos pensamentos, sentimentos, expectativas e crenas. Se voc acredita que o eu interior trabalha contra voc e no por voc, atrapalha seu funcionamento - ou melhor, fora-o a comportar-se de uma certa forma por causa de suas crenas. funo da mente consciente fazer julgamentos claros sobre sua posio na realidade fsica. Muitas vezes, falsas crenas impedem-na de faz-los, pois as idias egoisticamente mantidas impedem uma viso clara. Eu sugiro uma pausa. (22h31. O transe de Jane havia sido profundo. Ela se sentia melhor agora, disse, porque o tempo perdera um pouco de sua qualidade opressiva. Eu comentei que, na minha opinio, o material desta noite representava ela e Seth em seu melhor momento - o que tambm o material tinha uma simplicidade enganadora. Jane ficou contente, dizendo que agora se sentia bem e livre a respeito da produo do livro.) Voc est pronto? ("Sim." Eu estava terminando minhas anotaes quando Jane tirou os culos e recomeou a falar por Seth s 22h53.) Suas crenas podem ser como cercas que o rodeiam. Voc precisa primeiro reconhecer a existncia de tais barreiras - precisa v-las, caso

contrrio nem ir perceber que no est livre, simplesmente porque no enxergar para alm das cercas. (De maneira muito positiva:) Elas representaro as barreiras de sua experincia. H uma crena, porm, que destri as barreiras artificiais da percepo, uma crena expansiva que, automaticamente, trespassa idias falsas e inibidoras. Agora, separadamente: O Eu No Limitado Essa afirmao uma declarao de fato que existe independentemente de sua crena ou descrena nela. Depois desse conceito vem outro: O Eu no conhece nem fronteiras nem separaes. As que voc experimenta so resultado de falsas crenas. Depois vem a idia que eu j mencionei: Voc Cria Sua Prpria Realidade A fim de compreender a si mesmo e compreender o que voc , pode aprender a experienciar-se diretamente separado de suas crenas sobre si mesmo. Peo que cada leitor se sente em silncio. Feche os olhos. Tente perceber dentro de si as profundas tonalidades sensveis que mencionei anteriormente (sesso 613, Captulo Um). Isso no difcil de fazer. O conhecimento que voc tem de sua existncia ir ajud-lo a reconhecer seus profundos ritmos interiores. Cada pessoa perceber esses tons sua prpria maneira, portanto no se preocupe com o que vocs devem sentir. Simplesmente diga a si prprio que elas existem, que so compostos das grandes energias de seu ser feito carne. Depois, abandone-se experincia. Se estiver familiarizado com termos como meditao, tente esquecer o termo durante esse processo. No use qualquer nome. Livre-se de conceitos, experiencie seu prprio ser e o movimento de sua prpria vitalidade. No questione: "Isto est cert? Estou fazendo da maneira correta? Estou sentindo o que devo sentir?" Este o primeiro exerccio do livro. Voc no deve usar o critrio de outras pessoas. No existem padres - apenas seus prprios sentimentos. No h recomendao de limite de tempo. A experincia deve ser agradvel. Aceite o que acontecer como unicamente seu. O exerccio ir coloc-lo em contato com voc mesmo. Ir faz-lo retornar para si mesmo. Sempre que estiver nervoso ou aborrecido, pare um instante para perceber esta tonalidade sensvel dentro de voc, e descobrir que entrou em seu prprio ser e esta seguro.

Quando tiver feito este exerccio vrias vezes, sinta esses ritmos profundos saindo de voc em todas as direes, como na verdade acontece. Eles irradiam-se eletromagneticamente de seu ser fsico e, de maneiras que eu espero explicar mais tarde, formam o ambiente que voc conhece, ao mesmo tempo em que formam sua imagem fsica. (23h14) Eu lhe disse que o eu no limitado; contudo, certamente voc acha que seu eu acaba onde sua pele se encontra com o espao, que voc est dentro de sua pele. Ponto final. Seu ambiente, entretanto, uma extenso de seu eu. o corpo de sua experincia, unido forma fsica. O eu interior forma os objetos que voc conhece, to certa e automaticamente como forma seu dedo ou seu olho. Seu ambiente o quadro fsico de seus pensamentos, emoes e crenas tornados visveis. Uma vez que seus pensamentos, emoes e crenas movem-se atravs do espao e do tempo, voc afeta condies fsicas separadas de voc. Considere a espetacular estrutura de seu corpo simplesmente do ponto de vista fsico. Voc o percebe como slido, como percebe toda matria fsica; contudo, quanto mais a matria explorada, mais bvio se torna que dentro dela a energia toma formas especficas (a forma de rgos, clulas, molculas, tomos, eltrons), cada uma menos fsica que a anterior, cada uma combinando-se em misteriosa unidade (gestalt) para formar este corpo. (23h25) Os tomos dentro de seu corpo giram. H comoo e atividade constantes. A carne que parecia to slida acaba sendo composta de partculas que se movem rapidamente - em geral orbitando-se mutuamente - com grandes trocas de energia ocorrendo continuamente. A substncia, o espao fora de seu corpo, composto dos mesmos elementos, mas em propores diferentes. H um intercmbio fsico constante entre a estrutura que voc chama de seu corpo e o espao fora dele: interaes qumicas, trocas bsicas sem as quais a vida como voc a conhece no seria possvel. Segurar a respirao morrer. A respirao, que representa a mais ntima e mais necessria de suas sensaes fsicas, precisa fluir daquilo que voc , passando para o mundo que parece no ser voc. Fisicamente, pores de voc deixam seu corpo constantemente e misturam-se aos elementos. Voc sabe o que acontece quando a adrenalina liberada por meio dos vasos sanguneos. Ela o excita e prepara-o para a ao. Mas, de outras formas, a adrenalina no permanece simplesmente em seu corpo. Ela lanada ao ar e afeta a atmosfera, embora transformada. Qualquer de suas emoes libera hormnios, mas elas tambm o deixam da mesma forma que sua respirao; podemos, ento, dizer que voc libera substncias qumicas no ar que, por sua vez, o afetam.

As tempestades fsicas, portanto, so causadas por essas interaes. Estou lhe dizendo mais uma vez que voc forma sua prpria realidade, e isso inclui o clima fsico, que o resultado, en masse, de suas reaes individuais. Tratarei mais especificamente deste ponto mais tarde. (Uma nota acrescentada mais tarde: Seth o faz - no Captulo Dezoito) Voc est em existncia fsica para aprender e compreender que sua energia, traduzida em sentimentos, pensamentos e emoes, cria toda a experincia. No h excees. Uma vez que voc compreenda isso, ter apenas que aprender a examinar a natureza de suas crenas, pois elas automaticamente o faro sentir e pensar de certas formas. Suas emoes suas crenas, e no o contrrio. Gostaria que voc reconhecesse suas prprias crenas em vrias reas. preciso que compreenda que qualquer idia que aceite como verdade uma crena que voc tem. Precisa, portanto, dar o prximo passo e dizer: "No necessariamente verdade, embora eu acredite nisso." Voc aprender, espero, a desconsiderar todas as crenas que impliquem em limitaes bsicas. Pode fazer uma pausa. (23h40. Jane ficou surpresa ao saber que quase cinquenta minutos se haviam passado. Sua fala tornara-se cada vez mais vigorosa e significativa, e a sesso transformara-se em uma dessas ocasies em que ela - e Seth - pareciam ser bem capazes de continuar pela metade da noite. Eu tambm recebera uma infuso de energia. Como eu estava disposto a continuar, Jane mudou de idia a respeito de terminar a sesso neste ponto. Recomeamos da mesma forma s 23h56.) Mais tarde trataremos de algumas razes de suas crenas, mas neste ponto quero que voc simplesmente as reconhea. Vou mencionar algumas crenas falsas limitadoras. Se voc concordar com qualquer uma delas, reconhea que uma rea na qual deve trabalhar pessoalmente. 1. A vida um vale de lgrimas. 2. O corpo inferior. Como um veculo da alma, ele automaticamente degradado, maculado. Voc pode sentir que a carne inerentemente m e pecadora, que seus apetites so errados. Os cristos podem achar o corpo deplorvel, pensando que a alma desce nele "descida" significando, automaticamente, a mudana de uma condio mais elevada ou melhor para uma pior. Os seguidores de religies orientais em geral sentem que seu dever, tambm, negar a carne, elevar-se acima dela, por assim dizer, para um estado onde nada desejado. (O

"vazio", no Taosmo, por exemplo) Usando um vocabulrio diferente, eles ainda acreditam que a experincia terrena no desejvel em si. 3. Sou impotente diante das circunstncias que no posso controlar. 4. Sou impotente porque minha personalidade e carter foram formados na infncia e estou merc de meu passado. 5. Sou impotente porque estou merc de eventos de vidas passadas, em outras encarnaes, sobre as quais no tenho controle agora. Devo ser punido, ou estou punindo a mim mesmo por maldades feitas a outros em vidas passadas. Devo aceitar os aspectos de minha vida por causa de meu carma. (1) 6. As pessoas so basicamente ms, e dispostas a me prejudicar. 7. Eu tenho a verdade, e ningum mais. Ou: meu grupo tem a verdade e nenhum outro grupo a tem. 8. Ficarei mais frgil, mais doente e perderei meus poderes ao envelhecer. 9. Minha existncia depende de minha experincia na carne. Quando meu corpo morre, minha conscincia morre com ele. Ora, essa foi uma lista um tanto generalizada de falsas crenas. Agora, eis uma lista mais especfica de crenas mais ntimas, sendo que voc poder ter qualquer uma delas a respeito de si mesmo. 1. Sou doente e sempre o fui. 2. H algo errado a respeito de dinheiro. As pessoas que o tm so gananciosas, menos espirituais do que as que so pobres. Elas so mais infelizes e so esnobes. 3. No sou criativo. No tenho imaginao. Prxima: Nunca posso fazer o que desejo. Prxima: As pessoas no gostam de mim. Prxima: Sou gordo. (Essa seria nmero 6") E 7: Sempre tive m sorte. (1) No hindusmo e no budismo, o carma considerado como a soma moral total dos atos de uma pessoa em qualquer vida - determinando, assim, a sorte ou o destino dela na vida seguinte. Seth v as vidas reencarnatrias como existindo ao mesmo tempo: h, portanto, um constante dar-e-tomar entre elas. Uma vida "futura", ento, pode afetar uma "passada", por isso o carma como geralmente considerado no se aplica. (0h15) Muita gente tem essas crenas. As pessoas que acreditam nelas iro experiencilas. Os dados fsicos sempre parecero reforar as crenas, mas foram as crenas que formaram a realidade. Vamos tentar derrubar esses conceitos limitadores. Primeiro, voc precisa entender que ningum pode mudar suas crenas para voc, nem podem elas ser impostas a voc de fora. Voc pode verdadeiramente mud-las por si mesmo, entretanto, com conhecimento e diligncia.

Olhe ao redor. Todo o seu ambiente fsico a materializao de suas crenas. Seu sentido de alegria, tristeza, de sade ou doena - tudo isso causado por suas crenas. Se voc acredita que uma certa situao deve torn-lo infeliz, isso que far, e a infelicidade ento reforar a condio. Dentro de voc est a habilidade de mudar suas idias sobre a realidade e sobre voc mesmo, de criar uma experincia pessoal de vida que seja satisfatria para voc e para os outros. Gostaria que voc escrevesse suas crenas sobre si mesmo, tomando conscincia delas. Mais tarde poder usar esta lista de uma forma que nem suspeita no momento. Pausa ou fim da sesso, o que voc preferir. ("Bem, acho melhor termin-la." (Trmino s 0h25. Ns dois nos sentamos muito melhor agora do que antes do incio da sesso.) SESSO 615, 18 DE SETEMBRO DE 1972 21H32, SEGUNDA-FEIRA (Jane j teve uma sesso - curta - hoje. O correio nos trouxera boas notcias no incio da tarde; ns as comemoramos com uma bebida e ento Seth apareceu. (Enquanto estvamos jantando, Jane recebeu um telefonema interurbano de um dos nossos visitantes em agosto passado. Infelizmente, ela precisou dizer-lhe que tivera pouco tempo para trabalhar nos projetos cientficos discutidos na ocasio, embora ainda estivesse interessada. Enquento lavava a loua e pensava sobre isso, recebeu uma comunicao divertida de Seth: Ela devia parar de se preocupar com tais coisas e "assumir uma posio de desinteresse divino." (Jane estava pronta para a sesso regular s 21h, embora, devido ao telefonema, no estivssemos certos do que seria tratado. s 21h30, porm, a sesso ainda no fora iniciada e ela estava impaciente. Quando tirou os culos, contudo, e comeou a falar por Seth, sua voz era calma, seu ritmo lento, os olhos muitas vezes fechados._ Ditado. ("Boa noite, Seth.") Suas crenas conscientes dirigem o funcionamento de seu corpo. No o contrrio. Seu eu interior utiliza-se da conscincia fsica, do pensamento fisicamente orientado, para agir no mundo que voc conhece. A mente consciente particularmente equipada para dirigir atividade exterior, ou experincia desperta e para supervisionar o trabalho fsico.

Suas crenas dela sobre a natureza da realidade so ento transmitidas a pores internas do eu. Estas dependem especialmente da interpretao da realidade temporal feita pela mente consciente. A mente consciente estabelece as metas, e o eu interior faz com que aconteam, usando todos os seus recursos e inexaurvel energia. O grande valor da mente consciente est precisamente em sua habilidade para tomar decises e estabelecer direes. Seu papel, porm dual: tem o objetivo de avaliar condies tanto dentro como fora, de cuidar dos dados que chegam do mundo fsico e das pores interiores do eu. No , portanto, um sistema fechado. Para ser humano, preciso discriminar o uso de tal conscincia. Muitos tm medo de seus prprios pensamentos e no os examinam. Aceitam as crenas de outros. Esse tipo de ao distorce as informaes tanto de dentro como de fora. No existe luta entre o eu intuitivo e a mente consciente. Parece haver somente quando o indivduo se recusa a enfrentar todas as informaes disponveis em sua mente consciente. (Pausa) s vezes, parece mais fcil evitar os reajustes freqentes no comportamento que o auto-exame requer. Em tais casos, a pessoa colhe muitas crenas de segunda-mo. Algumas se contradizem; os sinais dados ao corpo e ao eu interior no fluem suavemente nem so absolutamente definidos, mas tornam-se uma mistura confusa de contra-orientaes. Isso imediatamente faz disparar alarmes de vrias naturezas. O corpo no funciona de modo adequado, ou o ambiente emocional geral sofre. Essas reaes so excelentes advertncias, e devem ser tomadas como um sinal de que necessria uma mudana. Ao mesmo tempo, o eu interior transmitir mente consciente percepes e intuies que tm a finalidade de clarear a sua viso. Se, porm, voc acreditar que o eu interior perigoso e no pode confiar nele, se tiver medo de sonhos ou de qualquer material psquico intrusivo, estar rejeitando essa ajuda e dando-lhes as costas. (21h50) Se voc acredita tambm que precisa aceitar suas dificuldades, ento esta crena apenas pode impedi-lo de resolv-las. Repito: Suas idias e crenas formam a estrutura de sua experincia. Suas crenas e as razes existentes por trs delas podem ser encontradas em sua mente consciente. Se aceitar a idia de que as razes para seu comportamento esto para sempre enterradas no passado desta vida, ou em qualquer outra, no vai conseguir alterar sua experincia at mudar essa crena. Estou falando agora mais ou menos de experincias normais. Mais tarde, discutiremos reas particulares, como casos de doenas de nascena. A percepo de que voc forma sua prpria realidade deve ser uma percepo libertadora. Voc responsvel por seus sucessos e alegrias. Pode mudar as reas de sua

vida que no lhe sejam agradveis, mas precisa assumir responsabilidade pelo seu ser. Seu esprito uniu-se carne, e na carne, para vivenciar um mundo de incrvel riqueza, para ajudar a criar uma dimenso de realidade de cores e formas. Seu esprito nasceu na carne para enriquecer uma rea maravilhosa de percepo sensorial, para sentir a energia tomando forma corprea. Voc est aqui para usar e aproveitar o corpo e expressar-se por meio dele. Voc est aqui para ajudar na grande expanso de conscincia. Voc no est aqui para chorar pelas misrias da condio humana, mas para mud-las quando elas no lhe agradarem, por meio da alegria, fora e vitalidade que existem dentro de voc; para criar o esprito na carne do modo mais fiel e belo que puder. A mente consicente permite-lhe olhar para fora, para o universo fsico, e ver o reflexo de sua atividade espiritual, perceber e avaliar suas criaes individuais e coletivas. Poderamos dizer que a mente consciente uma janela aravs da qual voc olha para fora - e, olhando para fora, percebe os frutos de sua criao interior. Muitas vezes deixa que falsas crenas ofusquem essa grande viso. Sua alegria, vitalidade e realizao no vm de fora, como resultado de eventos que "lhe acontecem." Elas brotam de eventos interiores que so o resultado de suas crenas. (22h06. Seth-Jane, mergulhados em seus pensamentos, fizeram uma pausa.) Muito tem sido escrito sobre a natureza e importncia da sugesto. Uma das idias atuais em voga que voc est constantemente merc de sugestes. Suas prprias crenas conscientes so as sugestes mais importantes que voc recebe. Todas as outras idias so rejeitadas ou aceitas, dependendo de voc acreditar ou no que elas sejam verdadeiras, de acordo com a tagarelice constante e consciente que ocorre dentro de sua mente a maior parte do dia: as sugestes que lhe so feitas por voc mesmo. Voc aceita a sugesto de outras pessoas somente quando se ajusta a suas prprias idias sobre a natureza da realidade em geral, e a seus conceitos sobre si mesmo em particular. Quando usa sua mente consciente de maneira adequada, examina as crenas que lhe chegam. Elas no lhes so impostas. Se usar a mente consciente da maneira correta, tambm perceber idias intuitivas que recebe de seu interior. Voc est apenas metade consciente quando no examina as informaes que lhe chegam de fora e ignora os dados que lhe chegam de dentro. (22h13) Muitas crenas falsas, portanto, so indiscriminadamente aceitas porque voc no as examinou. Voc deu ao eu interior um quadro falso da realidade. Como funo da mente consciente avaliar a experincia fsica, ele [o eu interior] no conseguiu realizar adequadamente seu trabalho. Se as pores interiores do eu tivessem essa responsabilidade, no haveria necessidade de uma mente consciente. (Enfaticamente:) Quando o eu interior confundido, ele imediatamente tenta remediar a

situao por meio de um influxo de medidas autocorretivas. Ocasionalmente, quando a situao foge do controle, ele ignora as reas restritivas da mente consciente e resolve o problema lanando energia em outras camadas de atividade. Ele consegue trabalhar ao redor dos pontos cegos da mente racional, por exemplo. Em geral peneira, da barragem de crenas conflitantes, aquilo que tem mais vida a oferecer, enviando o que foi peneirado em um aparente surto de revelaes. Essas revelaes resultam em novos padres que mudam o comportamento. Voc precisa estar consciente dos contedos de sua prpria mente racional. Descubra as ambiguidades. Independentemente da natureza de suas crenas, elas na verdade se fazem carne e se materializam. O milagre de seu ser no pode escapar de si mesmo. Seus pensamentos florescem como eventos. Se achar que o mundo mau, voc se deparar com eventos que parecem maus. No existem acidentes em termos csmicos, ou em termos do mundo como voc o conhece. Suas crenas crescem no tempo e no espao, to certamente quanto as flores. Quando voc compreende isso, pode at sentir seu crescimento. Pode fazer uma pausa. (22h29 - 22h44) Retomamos o ditado. A mente consciente basicamente curiosa, aberta. tambm equipada para examinar seu prprio contedo. Devido a teorias psicolgicas do ltimo sculo, muitos ocidentais acreditaram que o propsito principal da mente consciente era inibir material "inconsciente." Pelo contrrio: como mencionado (nesta sesso), ela tambm tem o propsito de receber e interpretar importantes dados que lhe vm do eu interior. E ela faz isso muito bem, recebendo e interpretando impresses. O que aconteceu, porm, que o homem foi ensinado a aceitar [apenas] informaes vindas do mundo exterior e a estabelecer barreiras contra o conhecimento interior. Essa situao nega ao indivduo sua fora plena, e separa-o - agora, conscientemente - das fontes importantes de seu ser. Essas condies inibem a expresso criativa em particular, e negam ao eu consciente as vises e intuies que emergem e que, de outra forma, estariam disponveis. Pensamento e sentimento ento parecem separados. A criatividade e o intelecto no se mostram como os irmos que so, mas, sim, como estranhos. A mente consciente perde seu bom gume. Ela corta de sua experincia o amplo corpo de conhecimento interior disponvel. Divises ilusrias aparecem no eu.

Por si mesmo, o eu age espontaneamente, como uma unidade, mas uma unidade em constante variao. Ouvindo vozes tanto dentro como fora, a mente consciente capaz de formar crenas ligadas ao conhecimento do eu como recebidos de fontes materiais e imateriais. Ento o exame de crenas ocorre juntamente com outras atividades naturalmente, facilmente sem esforo. Uma vez que a mente consciente tenha aceitado um conjunto de crenas conflitantes, porm, uma tentativa definida necessria para separ-las. Lembre-se de que mesmo falsas crenas parecem ser justificadas em termos de dados fsicos, uma vez que sua experincia no mundo exterior a materializao dessas crenas.