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A Música” A Música” De : Vladimir Nabokov

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Page 1: A Música De : Vladimir Nabokov. Espaços físicos O átrio de entrada… O átrio de entrada… …do salão... …do salão... …no espelho do vestíbulo …no espelho

““A Música”A Música”

De : Vladimir Nabokov

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Espaços físicosEspaços físicos

““O átrio de entrada…”O átrio de entrada…” “…“…do salão...”do salão...” “…“…no espelho do no espelho do

vestíbulo”vestíbulo” “…“…sala de visitas…”sala de visitas…” ““Ao piano…”Ao piano…” “…“…na casa…”na casa…” “…“…em direcção ao tecto…”em direcção ao tecto…”

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“…“…lugar vago, uma lugar vago, uma pequena poltrona de pequena poltrona de espaldar em forma de espaldar em forma de pretzel quase à sombra pretzel quase à sombra do piano de cauda.”do piano de cauda.”

““Num divã…” Num divã…” “…“…braço da cadeira.” braço da cadeira.” ““Há um cinzeiro sobre o Há um cinzeiro sobre o

piano”piano” “…“…direcção da porta.”direcção da porta.” “…“…para além da para além da

porta…”porta…”

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Espaços psicológicos Espaços psicológicos

““Uma floresta negra de notas ascendentes, uma descida, Uma floresta negra de notas ascendentes, uma descida, um vale, depois um grupo distinto de pequenos trapezistas um vale, depois um grupo distinto de pequenos trapezistas em voo.”em voo.”

“…“…teclado mudo.”teclado mudo.” “…“…numa outra cidade, onde o mar ribombava à noite e numa outra cidade, onde o mar ribombava à noite e

onde haviam vivido desde o casamento.”onde haviam vivido desde o casamento.” “…“…para eles uma espécie de prisão de que ambos para eles uma espécie de prisão de que ambos

fatalmente seriam cativos até que o pianista deixasse de fatalmente seriam cativos até que o pianista deixasse de construir e conservar as suas abóbadas de som.” construir e conservar as suas abóbadas de som.”

“… “… sob um céu desmaiado, no pátio do clube de ténis e, sob um céu desmaiado, no pátio do clube de ténis e, um mês depois, na noite de núpcias, choveu tanto que não um mês depois, na noite de núpcias, choveu tanto que não se ouvia o mar.”se ouvia o mar.”

“…“…aquelas folhas cintilantes no jardim, aquele mar quase aquelas folhas cintilantes no jardim, aquele mar quase silencioso, aquele mar de prata, lânguido, leitoso.”silencioso, aquele mar de prata, lânguido, leitoso.”

“…“…iam nadar ao mar…”iam nadar ao mar…” ““As alforrecas, arrastadas para a praia pedregosa…” As alforrecas, arrastadas para a praia pedregosa…”

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“…“…que saíam do cobertor…” que saíam do cobertor…” “…“…pela sala…” pela sala…” “…“…sentou-se à mesa…” sentou-se à mesa…” “… “…para o jardim…” para o jardim…” “…“…lá a casa…” lá a casa…” “…“…no parque…” no parque…” “… “… em casa dele.”em casa dele.” ““Passeei na praia…” Passeei na praia…” “…“…no cais…”no cais…” “ “ A barreira musical A barreira musical

dissolveu-se.” dissolveu-se.” “…“…uma estreita uma estreita

masmorra…” masmorra…” “…“…uma cúpula mágica de uma cúpula mágica de

vidro…” vidro…” “… “… o cativeiro encantado” o cativeiro encantado”

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A importância e o papel da A importância e o papel da música para a evocação dos música para a evocação dos

elementos no espaço elementos no espaço psicológicopsicológico

““A música A música une-nos,une-nos,

eleva-nos,eleva-nos, liberta-nos liberta-nos

e e ilumina-nos...”ilumina-nos...”

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Os Espíritos são sensíveis à música? Os Espíritos são sensíveis à música? Querem falar da música? Querem falar da música? O que é á música diante da música? O que é á música diante da música? Desta harmonia que nada sobre a Desta harmonia que nada sobre a

Terra pode-vos dar uma ideia? Terra pode-vos dar uma ideia?

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A música é para o homem, e o homem para a A música é para o homem, e o homem para a música. Por exemplo o canto do selvagem é música. Por exemplo o canto do selvagem é para a suave melodia. Entretanto, os para a suave melodia. Entretanto, os Espíritos vulgares podem experimentar um Espíritos vulgares podem experimentar um certo prazer em ouvir música, porque não certo prazer em ouvir música, porque não são ainda capazes de compreender são ainda capazes de compreender outra mais sublime. A música tem para os outra mais sublime. A música tem para os Espíritos encantos infinitos, em razão de Espíritos encantos infinitos, em razão de suas qualidades sensitivas muito suas qualidades sensitivas muito desenvolvidas. Refiro-me à música, que é desenvolvidas. Refiro-me à música, que é tudo o que a imaginação espiritual pode tudo o que a imaginação espiritual pode conceber de mais belo e de mais suave. A conceber de mais belo e de mais suave. A música transmite certas emoções, certos música transmite certas emoções, certos estados de espírito, que variam bastante estados de espírito, que variam bastante consoante a pessoa, a música, o dia, entre consoante a pessoa, a música, o dia, entre outros aspectos.outros aspectos.

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Só assim deste modo se pode compreender Só assim deste modo se pode compreender a influência que a música opera nas a influência que a música opera nas almas, arrebatando-as, em quaisquer almas, arrebatando-as, em quaisquer ocasiões, às ideias indecisas da Terra, ocasiões, às ideias indecisas da Terra, para as vibrações do íntimo com o Infinito.para as vibrações do íntimo com o Infinito.

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Bibliografia MusicalBibliografia Musical

Muse – Hysteria (Piano version)Muse – Hysteria (Piano version)

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Adrien SilvaAdrien Silva Gustavo PaivaGustavo Paiva Hugo ArrombaHugo Arromba João OliveiraJoão Oliveira

10ºAV10ºAV