a mudança na filosofia de produto

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  III Simpósio Nacion al ABCiber - Dias 16, 17 e 18 d e Novembro de 2009 - ESPM/SP - Ca mpus Prof. Francisc o Gracioso 1 A mudança na Filosofia de Produto 1  Bento Gustavo de Sousa Pimentel 2  Universidade do Estado do Pará. Resumo Este artigo é resultado essencial da reflexão e seu foco não é uma exposição acerca da metodologia projetual, mas o último momento de uma movimentação intelectual situada antes do idealizar a cadeia produtiva e a atividade projetual em si. É ao mesmo tempo, uma desmaterialização do Design em que sobram mais indagações que assertivas, direcionadas à ação projetual e etapas conseguintes, tendo o produto dentro do mercado em degrau avaliativo e reflexivo. Também pode ser entendido como ressignificações sobre este complexo tema que é o Design Sustentável e a nova forma-função da categoria Designer entre nós: a de concretizar estes paradigmas almejados de sustentabilidade da vida, com comprometimento. Palavras-chave: Design sustentável; mercado; decadência; necessidade; design social. 1.Introdução Este texto é uma exposição de estudos e trabalhos na área de design 3 , dentro de uma  proposta crítica de análise da atual concepção da sustentabilidade 4  aplicada ao design,  projetado pelos meios de comunicação mais significativos, os Meios de Comunicação de Massa, MCM 5 . Pretendeu-se adotar neste estudo uma ótica filosófica tendo como base experiencial a real necessidade de produção universitária da área, dentro do curso de 1  Artigo científico apresentado ao eixo temático “Vigilância, ciberativismo e poder”, do III Simpósio Nacional da ABCiber. 2  Graduando em Bacharelado em Design Modalidade Produto, da Universidade do Estado do Pará,  [email protected]. 3  Banner exposto no ‘V FORPEEXP’, Fórum de Ensino, Extensão e Pesquisa, apresentação como Palestrante na “IV Fórum Bienal de Pesquisa em Arte”, ambos ocorridos no Estado do Pará, e participação no “VI Encontro Regional de Estudantes de Design do Norte e Nordeste”, ocorrido na Paraíba, todos no ano de 2008. 4  Entendida aqui como uma plataforma teórica para criação de produtos e serviços em design, idealizadas para serem sustentavelmente: rentáveis, produtivamente dentro dos novos parâmetros de conservação ambiental, e socialmente inclusoras. 5  BARBOSA, Walmir de Albuquerque. PINTO, Lúcio Flávio. NASCIMENTO, Fernando. LIMA, Regina Lúcia, nome IN: SEMINÁRIO CULTURAL DA AMAZÔNIA (Versão 09.03.2004), Belém (PA).

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Este artigo é resultado essencial da reflexão e seu foco não é uma exposição acerca dametodologia projetual, mas o último momento de uma movimentação intelectual situada antesdo idealizar a cadeia produtiva e a atividade projetual em si. É ao mesmo tempo, umadesmaterialização do Design em que sobram mais indagações que assertivas, direcionadas àação projetual e etapas conseguintes, tendo o produto dentro do mercado em degrau avaliativoe reflexivo. Também pode ser entendido como ressignificações sobre este complexo tema queé o Design Sustentável e a nova forma-função da categoria Designer entre nós: a deconcretizar estes paradigmas almejados de sustentabilidade da vida, com comprometimento.

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A mudana na Filosofia de Produto1 Bento Gustavo de Sousa Pimentel2 Universidade do Estado do Par.

Resumo Este artigo resultado essencial da reflexo e seu foco no uma exposio acerca da metodologia projetual, mas o ltimo momento de uma movimentao intelectual situada antes do idealizar a cadeia produtiva e a atividade projetual em si. ao mesmo tempo, uma desmaterializao do Design em que sobram mais indagaes que assertivas, direcionadas ao projetual e etapas conseguintes, tendo o produto dentro do mercado em degrau avaliativo e reflexivo. Tambm pode ser entendido como ressignificaes sobre este complexo tema que o Design Sustentvel e a nova forma-funo da categoria Designer entre ns: a de concretizar estes paradigmas almejados de sustentabilidade da vida, com comprometimento.

Palavras-chave: Design sustentvel; mercado; decadncia; necessidade; design social.

1.Introduo Este texto uma exposio de estudos e trabalhos na rea de design3, dentro de uma proposta crtica de anlise da atual concepo da sustentabilidade4 aplicada ao design, projetado pelos meios de comunicao mais significativos, os Meios de Comunicao de Massa, MCM5. Pretendeu-se adotar neste estudo uma tica filosfica tendo como base experiencial a real necessidade de produo universitria da rea, dentro do curso de1

Artigo cientfico apresentado ao eixo temtico Vigilncia, ciberativismo e poder, do III Simpsio Nacional da ABCiber. 2 Graduando em Bacharelado em Design Modalidade Produto, da Universidade do Estado do Par, [email protected]. 3 Banner exposto no V FORPEEXP, Frum de Ensino, Extenso e Pesquisa, apresentao como Palestrante na IV Frum Bienal de Pesquisa em Arte, ambos ocorridos no Estado do Par, e participao no VI Encontro Regional de Estudantes de Design do Norte e Nordeste, ocorrido na Paraba, todos no ano de 2008. 4 Entendida aqui como uma plataforma terica para criao de produtos e servios em design, idealizadas para serem sustentavelmente: rentveis, produtivamente dentro dos novos parmetros de conservao ambiental, e socialmente inclusoras. 5 BARBOSA, Walmir de Albuquerque. PINTO, Lcio Flvio. NASCIMENTO, Fernando. LIMA, Regina Lcia, nome IN: SEMINRIO CULTURAL DA AMAZNIA (Verso 09.03.2004), Belm (PA).1

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Bacharelado em Design - Habilitao em Projeto de Produto na Universidade do Estado do Par, bem como contradies, e questes que foram pontuadas tendo como referncias reflexes geradas em debates, articulados em eventos locais e nacionais que tiveram como pauta os pontos mais candentes da rea. Participante desses encontros, como debatedor ativo e integrante de grupos regionais e nacionais nessa rea, realizou-se esse estudo pretendendo-se retomar questes apresentadas e contradies mais tocantes, os pontos focais dos debates, e outros que passam a ser valorizados na construo destes trabalhos como fruto de reflexes. Portanto, a abordagem apresentada est sustentada numa postura crtico-dialtica, pois contextualiza o tema abordado, onde a produo cientifica vista como resultado da interveno humana em seu tempo histrico a favor de transformaes sociais, tendo conflitos e acertos em sua condio concreta e real. A necessidade de trazer tona uma discusso sobre o tema design sustentvel se d no intento de revelar uma realidade em termos prticos do campo de estudo que tem mostrado as dificuldades materiais dos projetos, os quais se encontram muitas das vezes com problemas de apoio e infra-estrutura dentro da prpria universidade. A compreenso que o texto assume da propaganda que existe uma abordagem alienante, marcada pelo mau uso da publicidade. Quanto aplicao que esta faz da sustentabilidade, v-se a necessidade de abordar o aspecto ideolgico por conta da hiptese de uma insuficiente leitura realizada primeira vista a respeito do tema. A partir do estudo da forma de viabilizao ao usurio, demonstrada em modelos de anlise marxista (que apesar de serem consideradas nulas ferramentas prticas em produo ou construes scio-polticas, ainda so a base para anlise das mazelas sociais em certo recorte conjuntural), concebe-se esta exposio publicitria do tema como alienatria, mediando a responsabilidade real dos eixos produtivos e governamentais por uma abordagem em nvel comunicacional dualista e superficial, ao espectador, ao usurio, indivduo, sujeito. Ns. Com a inteno exposta acima - levar em conta eventos realizados no ano de 2008 e 2009 em Belm e no Brasil, tais quais: V Frum de Ensino, Pesquisa e Extenso do Par, VI Encontro Regional Norte e Nordeste de Estudantes de Design (ocorrido na Paraba), IV Frum Bienal de Pesquisa em Arte, Programa de Vivncia Estudantil Pr-Campo II, Primeiro Encontro de Possveis Multiplicadores promovido pela a associao Design Possvel em So Paulo, e Primeiro Simpsio Tcnico-Cientfico do Setor Joalheiro de Belm.2

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2. Mudana na Filosofia de Produto

Como fruto da caminhada exposta acima, pretendo neste tpico fazer uma anlise da propaganda realizada sobre a sustentabilidade da vida em sua dimenso produtiva, no intento de delinear a sustentabilidade real das coisas, e no final, no perder o pulso em afirmar que preciso mudar estruturalmente os paradigmas de produo, porm, reiterando e reforando os posicionamentos conquistados pela sociedade civil e ONGs no que diz s vigilncias das fronteiras sociais, de renda, de produo, de mo-de-obra e de influncia, fronteiras nas quais pretende lidar diretamente o design social. No intento de desenhar os limites entre sustentabilidade, comrcio, resduo, reaproveitamento, tica6, e incluso social, preciso perguntar primeiramente se podemos contabilizar o que consumimos com nosso poder aquisitivo de maneira racional, uma vez que esse consumo idntico ao de servios bsicos pelos quais pagamos nossos impostos de base, tais como gua e luz. Existe at o resduo, o excesso disso. O que diriam nossos anteriores governantes nesse quesito sobre o fenmeno do Apago em um passado recente? O fator pregnante, sobre as animosidades propagandsticas sustentveis e as fronteiras citadas acima, delegadas pela tica, a vigilncia. Como podemos pensar em produzir de forma diferenciada para um novo tipo de comrcio se essas fronteiras as de venda, de produo e de mo-de-obra - no oferecem a margem de segurana que o consumidor e o produtor precisam, ou de maneira desvirtuada, usufruem disso? Ser informado corretamente faz parte dos direitos bsicos, tais como possuir gua e luz, vale reiterar. Portanto, fica deveras difcil mensurar em respostas, indagaes relativas sustentabilidade, comrcio, resduo, reaproveitamento e incluso social sem tocar em assuntos relativos preo, como j fora colocado aqui, quanto ao dinamismo maior de movimentos sociais que so motivados por questes econmicas. Faz parte dos nossos direitos, por exemplo, saber em nota o quanto se gasta com embalagens. Mas claro que, para isso ser indicado de forma correta no apontamento mensal, precisa-se da fiscalizao dessas fronteiras dentro dos setores de servios, do governo e da sociedade. Talvez a ter-se- o efeito esperado, sabendo-se o quanto ganhar com isso. Usar do

E aqui vale uma ressalva do Design de Interao, sobre o cdigo de tica do designer grfico, Captulo II Dos Deveres Fundamentais, Artigo 50, clusula 1: Interessar-se pelo bem pblico e com tal finalidade contribuir com seus conhecimentos, capacidade e experincia para melhor servir sociedade.3

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direito de consumidor tambm saber quanto custa o lixo, para mim, ao outro e ao industrial, e o que iro fazer com ele quando este deixar a residncia comum. Portanto, tm que ser racionalizado at que ponto essas demonstraes pblicas, publicitrias ou propagandsticas de procura por alternativas ao resduo, reaproveitamento e incluso social realmente so contribuies reais todos e sustentveis do mesmo modo. E nesse nterim que, ressignificando o conceito de sustentabilidade, entramos

sistematicamente em rpido aprofundamento sobre a teoria da episteme - e claro sobre aplicaes reais aqui, na conceituao sobre a epistemologia do amor. A epistemologia do amor7 se entrelaa com a biologia do amor em dilogo com o desenvolvimento sustentvel, que de forma sucinta aponta: conhecer amar. Na ressignificao do conhecimento em uma tica crtica levada cabo pelo sofrimento claramente uma influncia das categorias marxistas na relao indivduo e objeto, delineada pelo materialismo histrico e que se d de forma idntica teoria elaborada por Paulo Freire exposta anteriormente alcana-se o conhecimento epistemolgico, no caso aqui, a biologia do conhecimento, inerentemente cercada pela biotica. O conhecimento amor em medida que: a lida na realidade comum uma preocupao tica, pois nos atos da vida quase ordinria em que mal se racionaliza as prprias aes, temos costumes e comportamentos espontneos que giram em torno da conservao desse viver e na preocupao com o bemestar de quem amamos, seja esta sentena empregada para anlise em mim, ou no outro. Estas aes se do na superfcie, na vivncia das coisas. Portanto, a pergunta que se faz de antemo um novo modelo de sociedade almejada, e estando posicionados como indivduos pensantes dos eixos populares no-dominantes, : o que queremos conservar primeiramente?. Desse modo, se pode repensar o prprio termo sustentabilidade, vendo que isso na verdade desvirtua materialmente o real termo (direcionado s classes dominantes), que transformar. Pois da mesma forma que os movimentos sociais lutam pelos direitos que anseiam e desejam usufruir deles, todos querem usufruir deste novo tipo de comrcio, nesta nova sociedade. Mas os anseios e os conflitos histricos tm que ser postos a servio da balana. O que queremos : transformar os costumes da sociedade dominante, conservando a vida do povo (que protagonista das movimentaes sociais perifricas) e o que h de bom nela (o modo de vida ribeirinho, por exemplo).

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ROMESN, Humberto Maturana. (2005) In: tica E Desenvolvimento Sustentvel: Caminhos Para A Construo De Uma Nova Sociedade. http://www.scielo.br/pdf/psoc/v16n3/a13v16n3.pdf. Acesso em: 18 de Setembro de 2008.4

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No entanto, isso no realmente o que propagandeado pela indstria da mdia8 global. Creio na tese da existncia de um desvio muito contraditrio e histrico (desde a dcada de 60, boom das revolues culturais do sculo passado) das causas ambientais, quando alcanam um patamar miditico global, tal qual a de um Greenpeace ou uma WWF (World Wide Fund for Nature), que so exemplos de ONGs que tratam do fator ambiental. Em minha opinio, quando estes movimentos sociais nas origens das ONGs ou empresas sociais, todas essas organizaes so movimentos adquirem patamar corporativo, bem como com os aspectos propagandsticos, publicitrios e pblicos em grande escala, no se levar em conta os interesses dos eixos participativos que mais anseiam essas mudanas sociais e ambientais, eixos perifricos. Em conseqncia do nvel elevado em que as aes se do, constri-se por consolidao corporativa um cenrio capaz de formar uma grande quantidade de opinies via indstria. E nessas opinies apropriadas e desvirtuadas veiculadas pelos MCM, que as definies globais de sustentabilidade tm chegado at ns por um processo alienante. Marilena Chau teceu consideraes importantes sobre a forma que so feitas as descries dos fenmenos desse cunho, que evocam as minorias como objeto merc da ideologia dominante. De forma crnica, essas concluses nunca tm sagacidade suficiente para oferecer fora explicativa queles que desejam expor-la (a alienao). Uma definio sinttica sobre este conceito na escrita de Chau seria:Determinao objetiva da vida social no modo de produo capitalista, apoderando-se tanto da cultura dominante, quanto da dominada, pois ainda que seu contedo e finalidade sejam diversos nos dois casos, sua forma idntica em ambos (...), isto , particularizao extrema de suas divises internas. Este movimento denomina-se alienao. (CHAU, 1998, p. 166-167).

Nesse sentido, alienam-se as pessoas e tambm os conflitos reais, capazes de gerar possveis cataclismos sociais. Ou seja, tais noes chegam at ns tangenciando nossa realidade e nivelando interesses em torno de projetos de transformao de modos de viver, que so, claro, diferentes em cada contexto. Mesmo ainda que vivamos sob um sistema econmico e social eminentemente homogeneizador, a ocupao dos espaos e atividades exercidas se do de forma particular e refletem diferentes nveis de qualidade de vida das pessoas, as quais esto em maior ou menor grau associado intensidade da pobreza social.8

Tendo em mente uma diferenciao conceitual em relao com a Mdia como Instituio, que possui o dever de informar o cidado em esfera econmica, poltica e cultural.5

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Um exemplo desta homogeneizao das necessidades sociais tangenciadas o do aquecimento global. Este termo define o fenmeno de aumento da diferena entre as mximas e mnimas temperaturas nos micro e macro climas do planeta9, resultando nos cataclismos urbanos e ambientais. Mas no assim que nos veiculado. O que nos transmitido pelos grandes meios de propaganda a venda do ato de redimir de um determinismo que nasce anteriormente isso. Nesse ponto o docente e jornalista Meirevaldo Paiva escreve de forma muito acertada em seu livro Sementes do Conformismo (impresso autnoma. Belm, 2004): Ingenuidade foi pensar que a cincia estaria a servio do bem-estar dos povos como se os instrumentos de distribuio no tivessem os rtulos (made in) indstria capitalista. O discurso determinista que outrora tinha fora em uma sociedade pautada pela lei do desenvolvimento, agora durante um novo sentimento de crise contemporneo vigncia do Protocolo de Kyoto10 (2008-2012), possui outra forma: o redimir como um processo transferidor desse determinismo. Se antes o intuito federalista da frase era a Amaznia dos amaznidas, eles que cuidem dela, hoje o determinismo se desenvolve, dizendo faa sua parte agindo individualmente com pequenos atos e ajude salvar o planeta. Este discurso mantm o consumidor continuamente alheio a discusses sobre consumo, conservando o mercado desse nicho, que geralmente caro, e assumindo uma postura colaborativa que na verdade conformista, em aceitar uma oferta imposta pela possibilidade da demanda esmagadora de uma indstria que no assume, e nem pode assumir os custos de responsabilidade residual sobre seus produtos em toda sua cadeia, incluindo a publicidade, primeiro imposto colossal indireto. Ou seja, paga-se por isso. D-se originalmente esse uso intermedirio na atmosfera pragmtica dos artefatos interativos (design de interao) e suas implicaes, a terminao de Agenciamento Mediado11. Este agenciamento aqui visualizado eticamente na compra do produto deturpado, controle (mediao) alheio do bem-estar do usurio, promovido na iluso virtual dos valores de aquisio (por adaptaes em processos de recusa, ressignificao ou alterao) da9

Conceito retirado do documentrio A farsa do aquecimento global (The great global warming swindle). Dir. Martin Durkin. Channel 4. United Kingdom, 2007. 10 Documento construdo em 1998 por vrios pases, que, segundo o Greenpeace, Compromete a uma srie de naes industrializadas (Anexo B do Protocolo) a reduzir suas emisses em 5,2% - em relao aos nveis de 1990 para o perodo de 2008-2012. http://www.greenpeace.org.br/clima/pdf/protocolo_kyoto.pdf. Acesso em 11 de Maio de 2009. 11 AMSTEL, F. M.C van. Agenciamento Mediado e Implicaes ticas para o Design de Interao. UTFPR.6

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necessidade primeira, que a qualidade horizontal de vida. Desse modo, a sustentabilidade se torna uma marca, um branding, que pode abrigar toda uma infinita possibilidade de artigos por meio da propaganda, como escreve Wolfgang Fritz Haug na Crtica da Esttica da Mercadoria, sobre a Propaganda vigente na poca:Uma poca na qual quase todos que produzem algo valioso podem estabelecer o perfil de uma demanda, que no s excede com o tempo tudo o que existia como, tambm, at certo ponto, torna-se monoplio... Em toda parte existem oportunidades de assumir a liderana atravs da propaganda (...) tudo o que est a caminho do funcional conduz xitos econmicos desproporcionais que se repetidos conscientemente acarretam o atrofiamento econmico de tudo o que no tenha sido abrangido por esse desenvolvimento. (HAUG, 1971, P. 37-74).

A objetiva pergunta que se faz : que intuito ratifica ou incentiva esse processo de desenvolvimento?. Apoiado em Chau (1998), ter-se- a resposta imediata: esse desenvolvimento incentivado pela consagrao da legitimao simultnea da classe dominante e paralisao dos dominados . Uma aproximao deste tema em nveis filosficos, nos leva ao mito socrtico da caverna, trazido ns por Plato, que ilustra a viso filosfica12 da epistemologia, em que o conhecimento nunca alcanvel seno no plano supra-sensvel das idias (Luminescncia), e de forma analgica, mais ou menos isso a situao que temos em mos segundo a anlise de Habermas (1998), para quem Nietzche13 comea o discurso da modernidade quando erradica a dialtica do iluminismo. A eterna inacessibilidade de todas as relaes pautadas pelo platonismo, como o amor platnico, o cristianismo, aqui se refletem, na sustentabilidade. Portanto, vale dizer que o capitalismo em sua forma sustentvel virtual em suas possibilidades que atrofia economicamente quem no pode se incluir em sua tica selvagem, to quanto seu valor assinala sua atual crise, queda livre e alienada. De contraponto a isso, Marx, em seus escritos estticos (Mszarrs, I. Marx: a Teoria da Alienao, 1970), para se opor a possibilidade da alienao estilstica da relao dualista de sujeito e objeto, adere relao de necessidade, do utilitarismo dentro do indivduo, destituindo uma possvel anlise que possa desvirtu-lo posteriormente de seu caminho, que feita a partir da superfcie da materialidade, aliena-o de qualquer possibilidade de resistncia social.12

Segundo o dicionrio UNESP do Portugus Contemporneo (BORBA, F.S. 2004) Hermenutica : Sf interpretao do sentido de um texto. Outra interpretao filosfica mais vlida definio de Hermenutica como regras de interpretao de enunciados a usada atualmente pelas Cincias Sociais. Nelas, o Crculo Hermenutico seria o movimento cclico entre todo e parte. 13 Que posteriormente postular o desabamento de toda filosofia europia de substrato platnico.7

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Retomando o debate na esfera do social, e continuando a descrio dos fenmenos acerca do processo de alienao do termo sustentabilidade produtiva, para efetuar-se a venda e, portanto, para distanciar o consumidor da possibilidade de perceber que ele mesmo vive nesse Mito da Caverna, manipula-se o mesmo pela ideologia, impedindo-o de ajudar realmente na consolidao do que se diz conceitualmente sobre polticas pblicas e alargamento da democracia possvel14, com participao popular no desenvolvimento das mesmas. Como acontecera com a educao, a responsabilidade passada de modo deturpado das mos estatais para a iniciativa privada, consolidando-se via indstria da mdia, uma perfeita e medocre sociedade do espetculo. De posse das margens de uma pesquisa cientfica em andamento e alheia aos olhos dos interesses financeiros e mercadolgicos, regidos pelo comrcio oportunista e oligrquico, a indstria miditica, na forma dos representantes globais das grandes ONGs (ou ainda entidades polticas com o discurso do intuito informativo social na esfera da instrumentao do artigo pblico), encontra sua rea de atuao junto ao grande pblico, vindo a ns apelar para a salvao do planeta, construindo com nossa colaborao, um conceito sobre o Aquecimento que no possui forma definida, sendo um hbrido de: estticas comerciais, informativos mopes e processos de um discurso miditico alienador, aonde a real significao dos progressos cientficos se perde. Desse modo, o termo sustentabilidade se consolida esvaziado de significados ancoradores de aes substantivas, como acontece com tantos outros termos: o determinismo, o cientificismo, o racionalismo, o darwinismo, o neoliberalismo de final de sculo, o espiritualismo, quando, na busca por um radical demasiado naturalista, desumanizam suas reais intenes, fenmeno tambm visto nas snteses racionalistas dogmticas cclicas de Kant, no quesito do deslocamento da anlise esttica do objeto para o sujeito, que, erigindo infindveis possibilidades de anlise, necessita de um denominador comum para conceitu-las positivamente, procriando processos de genteficao, coisificao e assim por diante em um ciclo alienatrio. Benedito Nunes assinala em um artigo para a revista PZZ (Ano II, n0 4, Agosto de 2007) que:Na doutrina de Nietzche, que a Metafsica alcana sua extrema possibilidade, j virtual ao incio fundador em Plato, pois se o primeiro nome da metafsica o14

Se no quisermos procurar em cada ato uma imagem prefigurada do futuro, poderemos acreditar que as aes coletivas, lanando dardos sobre objetivos restritos e nem sempre conjugados, cumpre seu papel na construo e alargamento da democracia possvel. (SCHERER-WARREN, 1993, p. 92)8

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platonismo, o ltimo niilismo, o momento que o apaditrismo, a alienao, de que a errncia constitui sinnimo, alastra-se, sombra da maior retrao, ao planeta como um todo, de onde os deuses desertaram (...) e se a metafsica Filosofia, o acabamento da cincia primeira, cujos signos so os do niilismo, do obscurecimento do mundo, tambm o fim do saber filosfico. (NUNES, 2007, p.56).

No entendimento sobre o assunto, que trata busca pela compreenso pelo saber filosfico, o processo restante antes de uma renovao sistmica, a prpria mortandade da filosofia, esta a reflexo que o auto nos oferece. De uma forma idntica e cclica aos sentimentos de crise vistos a partir de Schoppenhauer (que sero em Marx e Nietzche os sentimentos de superao e o conceito de niilismo respectivamente), temos agora um cenrio idntico, mas figurado pelos protagonistas do sustentabilismo a partir da privatizao dos direitos bsicos sobre o consumo, qualidade de vida e a prpria garantia dos mesmos. No que o aquecimento global e suas conseqncias no sejam um fato real, porm, o que eu quero destacar e enunciar, a crtica para ver-se o panorama destes fenmenos e como eles podem ser entendidos sem o estigma do pervertimento racional e cientfico. Em abordagem de fundo econmico-social, Lefbvre15 assinala que em Nietzche, a volatilizao dos paradigmas, a decadncia e seu reflexo na questo social, resultado do esgotamento da vontade de poder, posterior crise da decadncia dos valores e da cultura, configurando junto ao motivo napolenico a vontade que o far criar o mito do superhomem, anti-heri maior da tragdia nietzcheana. No contraponto, em Nunes podemos construir uma esperana diferente, uma vez que atravs dele, os mitos nietzchenianos nada mais so do que a sntese sobre a potncia substancialmente presente nas desmedidas concepes desenvolvimentistas, que agravam o diagnstico do problema no bioma terrestre, atual crise do modelo produtivo de final de sculo: um retorno das crises do capitalismo, a exemplo aos complexos fatos anteriores e posteriores a II Guerra Mundial, entre outros. Ou seja, busca-se uma possibilidade real de subverso que no se aliene em um desvirtuamento mercadolgico ou propagandstico sobre a transformao conservativa dos meios de vida. Com respeito a uma cultura dominante, e sobre as sadas momentaneamente encontradas para estes raciocnios na ressignificao das motivaes produtivas em design, sociedade, filosofia, paradigmas de produo, paradigmas de cincia e esta movimentao da complexidade epistmica que expe a inverso da relao natural da mesma, na forma da15

LEFEBVRE, H. Nietzche: Brevirios, Fondo de Cultura Econmica. CFE, 1993, Mxico.9

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busca de um episteme, que se adqe ao objeto em suas formas freireanas e que so alvos de possveis dialticas em Marx, vale afirmar que: sobre as minorias sociais a se contraporem ideologicamente ao sustentabilismo, segundo Chau (1990), preciso que o Estado reproduza o projeto da Cidadania Cultural, em que a transformao da vida pudesse ter vias prticas e oficializadas com direito resguardado pela cidadania, sobre o que j se produz sustentavelmente e precisa se conservar assim, provendo acesso, garantia de produo e participao. Conservao. Sobre a Propaganda, Publicidade e consumo, valido uma assertiva de Oliviero Toscani, voz que se destaca na categoria inteira, em um coral ansioso acerca de um veculo que deseja e pode ser aprimorado a evitar a reproduo tcnica mascarada da reproduo da tcnica de marcas de um Goebbels, como expe W. F. Haug, no quinto captulo da primeira parte da Crtica da Esttica da Mercadoria, ou at mesmo Toscani, em:Todas as publicidades se enchem de vales risonhos e colinas verdejantes, casas de campo comeam a aparecer em todos os clipes das companhias de seguros, e Chambourcy, Nestl, Youplait passam de repente a ter fome de natureza (...) a publicidade poderia tornar-se a parte ldica, fantasista ou provocante da imprensa. Poderia explorar todos os domnios da criatividade e do imaginrio, do documentrio e da reportagem, da ironia e da provocao (...) servir grandes causas humanistas (...) educar o pblico (...) estar na vanguarda. (TOSCANI, 1996, p. 38-47).

Ou seja, uma propaganda realista que compreenda a realidade dialtica do homem em tica humanista, e que possui em mos uma srie de boas temticas que no s, ofereceriam ao usurio o produto, como tambm a reflexo. Uma nova concepo da arte fotogrfica e publicitria16. O esclarecimento dos direitos do consumidor, o incentivo ao engajamento objetivo, a cultura como forma de protecionismo, assim como a feira, a brutalidade, o simbolismo desptico das doenas de incio de sculo figuradas como dspotas modernistas, o irrisrio e o absurdo, as informaes sobre os malefcios da maconha, ndices de acidente automobilsticos por uso do lcool, do cigarro, todos estes so temas que possuem polmica, e que em teorias estticas que vez por outra vem a tona por um ou outro artista ou publicitrio audaz nos expor o confronto entre os limites das artes visuais, o design, a engenharia, a arquitetura, a publicidade fotogrfica e a propaganda17, que poderiam ser acrescentados aos limites da sustentabilidade, sociedade, desenvolvimento e design.

16 17

TOSCANI, 1996, p. 71. Estudiosos de Duchamp, do Arts & Crafts ou da primeira fase da Bauhaus.10

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3. Para no concluir

Arriscando alguns exemplos de resoluo espalhados pelo globo, para as crticas desenhadas aqui, sobre o Design: em termos de idealizao para este ofcio, penso ser essencial primar por um retorno cclico da importncia social no seio das necessidades do usurio, com garantias de uma potica criadora, cosmopolita, que tenha o sentimento contemporneo de sincronismo em moto contnuo18, e que sejam profissionais capazes de desempenhar o seu trabalho com conhecimento, inovao, sensibilidade e conscincia19. Acerca da problemtica social e coletando algumas informaes sobre Design via web disponveis tambm via publicaes, bom sinalizar duas iniciativas que acho importante: Design for the other 90%20, ONG que visa projetar estrategicamente levando em conta o contexto scio-econmico de uma dada populao perifrica (tais como Camboja e frica), e, relembrando alguns ndices regionais de IDH brasileiro que se equiparam ao da ndia, temos l o A design for development strategy21, pensado no National Institute of Design, NID, Centre of Bamboo Iniciatives, por M. P. Ranjan (clara continuao das problematizaes elaboradas de forma primorosa pela demanda da Hochschule fr Gestaltung ULM, no exemplo de Gui Bonsiepe), e que me parece apontar de modo assertivo ao desenvolvimento regional, atravs do design. E, termos de novos lugares a serem ocupados pela iniciativa privada, vejo o Design Possvel (rede empresarial em expanso pelo Brasil), os empreendimentos solidrios22e o prprio conceito alemo de empresa cidad, modelos que merecem ser colocados em discusso em busca de um refinamento de suas bases ideolgicas, e ao mesmo tempo, merecedores de destaque.. De forma a delimitar a problematizao construda neste texto, que discute basicamente a filosofia de projeto para produo de produtos e servios em design, este artigo significa a busca de uma superao progressiva de um decorrente pensamento produtivo e ideolgico, que apesar das terminologias correntes no se renova, tendendo antecipadamente a entrar em decadncia sem mesmo ter deslanchado uma produo significativa. Sua contribuio foi realizada tendo como eixos balizadores a relao teoria-prtica. Transitei entre o pensamento de Aldo Leopolod, Paulo Freire, Thomas Kuhn, Nietzche e18

Sentena de Karim Rashid, presente em seu catlogo. Visualizado durante a exposio em So Paulo em 26 de outubro de 2008. Consulta em Maro de 2009. 19 Citao de Rafael Cardoso Denis como j referenciado. In Apud. 20 http://other90.cooperhewitt.org/. Consulta em 27.04.2009. 21 http://www.design-for-india.blogspot.com/. Consulta em 27.04.2009. 22 INOVAO em pauta, publicao da FINEP, n.4, novembro/dezembro de 2008.11

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Marx, enriquecendo e embasando com elementos da prtica, uma reflexo desenvolvida ao longo da experincia do curso. A digesto dos paradigmas produtivos, desenvolvimentista e sustentvel, realizada pelas modalidades epistemolgicas encontradas na pedagogia da libertao, e da longa estrada da filosofia, a partir das prticas de confeco de projetos, informativos, expositivos, extenso universitria, comunicados e dilogos interestaduais da categoria estudantil em design de produtos, desconstri um problema produtivo em um outro social, para uma finalizao epistemolgica. Seu posterior encadeamento cientfico-produtivo, aponta para uma nica sada: preciso aproximar a cincia e a tecnologia produtiva da grande parte da populao que sobrevive nos arredores e na malha urbana, desviando os sentidos que constroem a problemtica para produtos e servios, de uma comunicao social que vela, desvirtua e conurba a realidade. No h desenvolvimento local sem participao dos eixos sociais que merecem ateno e prioridade. Portanto, espero que este artigo promova reflexes acerca de resultados encontrados em pesquisa em design e aponte para a necessidade de construo da convico de que se precisa transformar a trajetria do designer na Amaznia, de uma forma justa com os eixos cientficos e produtivos, bem como com o social.

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