a moral

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Page 1: A MORAL
Page 2: A MORAL

A MORALA MORAL

OS VALORESOS VALORES

Diante das pessoas e coisas, Diante das pessoas e coisas, estamos constantemente fazendo estamos constantemente fazendo juízos de valores.juízos de valores.

Significa que fazemos juízos de Significa que fazemos juízos de realidade. realidade.

Page 3: A MORAL

Mas o que são valores?Mas o que são valores? Só no século XIX surge uma Só no século XIX surge uma

disciplina específica, a teoria dos disciplina específica, a teoria dos valores ou axiologia (do grego axios, valores ou axiologia (do grego axios, “valor”). A axiologia não se ocupa “valor”). A axiologia não se ocupa dos seres, mas das relações que se dos seres, mas das relações que se estabelecem entre os seres e o estabelecem entre os seres e o sujeito que os aprecia.sujeito que os aprecia.

Page 4: A MORAL

Algo possui valor quando não Algo possui valor quando não permite que permaneçamos permite que permaneçamos indiferentes.indiferentes.

A não indiferença é a essência do A não indiferença é a essência do valer.valer.

Page 5: A MORAL

Os valores são, num primeiro momento, Os valores são, num primeiro momento, herdados por nós.herdados por nós.

O mundo cultural é um sistema de O mundo cultural é um sistema de significados já estabelecidos por outros.significados já estabelecidos por outros.

Conforme atendemos ou transgredimos os Conforme atendemos ou transgredimos os padrões, os comportamentos são padrões, os comportamentos são avaliados como bons ou maus. avaliados como bons ou maus.

Page 6: A MORAL

A partir da valoração, as pessoas nos A partir da valoração, as pessoas nos recriminam por não termos seguido recriminam por não termos seguido as formas da boa educação.as formas da boa educação.

Nós próprios nos alegramos ou nos Nós próprios nos alegramos ou nos arrependemos dependendo da ação arrependemos dependendo da ação praticada.praticada.

Page 7: A MORAL

Isso quer dizer que o resultado de Isso quer dizer que o resultado de nossos atos está sujeito à sanção, ou nossos atos está sujeito à sanção, ou seja ao elogio ou à repreensão.seja ao elogio ou à repreensão.

Page 8: A MORAL

MORALMORAL

Etimologicamente moral vem do Etimologicamente moral vem do latim mos, moris, que significa latim mos, moris, que significa “maneira de se comportar regulada “maneira de se comportar regulada pelo uso”, daí o nome “costume” que pelo uso”, daí o nome “costume” que em grego significa ética, daí a em grego significa ética, daí a semelhança entre moral e éticasemelhança entre moral e ética

Page 9: A MORAL

Moral é o conjunto de regras de Moral é o conjunto de regras de conduta admitidas em determinada conduta admitidas em determinada época por um grupo de homens.época por um grupo de homens.

A ética ou filosofia moral é a parte da A ética ou filosofia moral é a parte da filosofia que se ocupa com a reflexão filosofia que se ocupa com a reflexão a respeito das noções e princípios a respeito das noções e princípios que fundamentam a vida moral.que fundamentam a vida moral.

Page 10: A MORAL

CARÁTER HISTÓRICO E SOCIAL CARÁTER HISTÓRICO E SOCIAL DA MORALDA MORAL

A fim de garantir a sobrevivência, o A fim de garantir a sobrevivência, o homem transforma a natureza por homem transforma a natureza por meio do trabalho.meio do trabalho.

Para que a ação coletiva se torne Para que a ação coletiva se torne possível, surge a moral, com a possível, surge a moral, com a finalidade de organizar as relações finalidade de organizar as relações entre os indivíduos. entre os indivíduos.

Page 11: A MORAL

Consideramos a moral como o Consideramos a moral como o conjunto de regras que determinam conjunto de regras que determinam o comportamento dos indivíduos em o comportamento dos indivíduos em um grupo social.um grupo social.

É impossível pensar um povo sem É impossível pensar um povo sem qualquer conjunto de regras. qualquer conjunto de regras.

Page 12: A MORAL

Segundo o antropólogo francês Lévi Segundo o antropólogo francês Lévi Strauss, a passagem do reino animal Strauss, a passagem do reino animal ao reino humano, ou seja, a ao reino humano, ou seja, a passagem da natureza à cultura, é passagem da natureza à cultura, é produzida pela instauração da lei.produzida pela instauração da lei.

Page 13: A MORAL

CARÁTER PESSOAL DA MORALCARÁTER PESSOAL DA MORAL

A moral, ao mesmo tempo que é A moral, ao mesmo tempo que é conjunto de regras que determinam conjunto de regras que determinam como se deve ser o comportamento como se deve ser o comportamento dos indivíduos do grupo, é também a dos indivíduos do grupo, é também a livre e consciente aceitação das livre e consciente aceitação das normas.normas.

Page 14: A MORAL

O homem ao mesmo tempo que é O homem ao mesmo tempo que é herdeiro, é criador da cultura, e só herdeiro, é criador da cultura, e só terá vida autenticamente moral se, terá vida autenticamente moral se, diante da moral constituída, for diante da moral constituída, for capaz de propor a moral constituinte, capaz de propor a moral constituinte, aquela que é feita dolorosamente por aquela que é feita dolorosamente por meio das experiências vividas.meio das experiências vividas.

Page 15: A MORAL

CARÁTER SOCIAL E PESSOAL CARÁTER SOCIAL E PESSOAL DA MORALDA MORAL

CARÁTER SOCIAL DA MORAL X A CARÁTER SOCIAL DA MORAL X A INTIMIDADE DO SUJEITOINTIMIDADE DO SUJEITO

Se aceitarmos unicamente o caráter social Se aceitarmos unicamente o caráter social da moral, sucumbimos ao dogmatismo e da moral, sucumbimos ao dogmatismo e ao legalismo. Essa perspectiva visa ao legalismo. Essa perspectiva visa apenas inculturar nas pessoas o medo às apenas inculturar nas pessoas o medo às consequências da não-observância da lei.consequências da não-observância da lei.

Page 16: A MORAL

Se aceitarmos como predominante a interrogação Se aceitarmos como predominante a interrogação do indivíduo que põe em dúvida a regra, do indivíduo que põe em dúvida a regra, corremos o risco de destruir a moral, podendo corremos o risco de destruir a moral, podendo recair no individualismo.recair no individualismo.

É preciso, portanto, considerar os dois pólos É preciso, portanto, considerar os dois pólos contraditórios do pessoal e do social numa contraditórios do pessoal e do social numa relação dialética, ou seja, uma relação recíproca relação dialética, ou seja, uma relação recíproca entre determinismo e liberdade, entre adaptação entre determinismo e liberdade, entre adaptação e desadaptação à norma, aceitação ou recusa da e desadaptação à norma, aceitação ou recusa da interidção.interidção.

Page 17: A MORAL

O ATO MORALO ATO MORAL

ESTRUTURA DO ATO MORALESTRUTURA DO ATO MORAL

A instauração do mundo moral exige do A instauração do mundo moral exige do homem a consciência crítica, que homem a consciência crítica, que chamamos de consciência moral. É a chamamos de consciência moral. É a consciência que discerne o valor moral dos consciência que discerne o valor moral dos nossos atos.nossos atos.

O ato moral é portanto constituído de dois O ato moral é portanto constituído de dois aspectos: o normativo e o fatual.aspectos: o normativo e o fatual.

Page 18: A MORAL

O normativo são as normas ou regras O normativo são as normas ou regras de ação e os imperativos que de ação e os imperativos que enunciam o “dever ser”. Ex.: não enunciam o “dever ser”. Ex.: não minta, não mate, etc.minta, não mate, etc.

O fatual são os atos humanos O fatual são os atos humanos enquanto se realizam efetivamente. enquanto se realizam efetivamente. Ex.: Diante da norma “não minta”, o Ex.: Diante da norma “não minta”, o ato mentir será considerado imoral.ato mentir será considerado imoral.

Page 19: A MORAL

Considera-se a-moral o ato realizado Considera-se a-moral o ato realizado à margem de qualquer consideração à margem de qualquer consideração a respeito das normas. Ex.: O homem a respeito das normas. Ex.: O homem “sem princípios”.“sem princípios”.

O ATO VOLUNTÁRIOO ATO VOLUNTÁRIO

É um ato de vontade que decide pela É um ato de vontade que decide pela busca do fim proposto.busca do fim proposto.

Page 20: A MORAL

O ATO RESPONSÁVELO ATO RESPONSÁVEL

Responsável é aquele que reponde Responsável é aquele que reponde por seus atos, isto é o homem por seus atos, isto é o homem consciente e livre assume a autoria consciente e livre assume a autoria do seu ato, reconhecendo como seu do seu ato, reconhecendo como seu e respondendo pelas consequências.e respondendo pelas consequências.

Page 21: A MORAL

O DEVER E A LIBERDADEO DEVER E A LIBERDADE

O comportamento moral é consciente, O comportamento moral é consciente, livre e responsável. É também obrigatório, livre e responsável. É também obrigatório, cria um dever.cria um dever.

A obediência a lei livremente escolhida A obediência a lei livremente escolhida não é prisão, ao contrário, é liberdade. não é prisão, ao contrário, é liberdade. Para sermos realmente livres, devemos ter Para sermos realmente livres, devemos ter a possibilidade de transgressão da norma.a possibilidade de transgressão da norma.

Page 22: A MORAL

A VIRTUDEA VIRTUDE

Etimologicamente, virtude vem da Etimologicamente, virtude vem da palavra latina vir, que designa o palavra latina vir, que designa o homem.homem.

A virtude é a permanente disposição A virtude é a permanente disposição pra querer o bem.pra querer o bem.

Page 23: A MORAL

Concluímos, que o delicado tecido da Concluímos, que o delicado tecido da moral diz respeito ao indivíduo no moral diz respeito ao indivíduo no mais fundo de seu “foro íntimo”, ao mais fundo de seu “foro íntimo”, ao mesmo tempo que o vincula aos mesmo tempo que o vincula aos homens com os quais convive.homens com os quais convive.