a mensagem arquidiocesana

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Encontro Inauguração Neo sacerdotes Delegação arquidiocesana conta como foi a experiência na JMJ – Madri. PÁGINA 6 Arcebispo ordena quatro novos sacerdotes e concede Ministério de Acolitato e Leitorato a semi- naristas. PÁGINA 11 Dom Fernando instaura Câmara de Instrução Processual da Arquidiocese de Olinda e Recife. PÁGINA 7 PERNAMBUCO DIZ SIM À VIDA Após levar cerca de 150 mil pessoas à avenida Boa Viagem, a Caminhada Arquidiocesana Sim à Vida se tornará um evento da Província Eclesiástica de Pernambuco. O arcebispo de Olinda e Re- cife, dom Fernando Saburido, apresentou a proposta aos bispos das outras nove dioceses em en- contro realizado no início do mês de novembro. O projeto já foi aprovado e já tem data marcada. Será no dia 21 de Outubro de 2012. PÁGINA 5

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Informativo da Arquidiocese de Olinda e Recife.

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Encontro Inauguração Neo sacerdotesDelegação arquidiocesana conta como foi a experiência na JMJ – Madri. PÁGINA 6

Arcebispo ordena quatro novos sacerdotes e concede Ministério de Acolitato e Leitorato a semi-naristas. PÁGINA 11

Dom Fernando instaura Câmara de Instrução Processual da Arquidiocese de Olinda e Recife. PÁGINA 7

PERNAMBUCODIZ SIM À VIDA

Após levar cerca de 150 mil pessoas à avenida Boa Viagem, a Caminhada Arquidiocesana Sim à Vida se tornará um evento da Província Eclesiástica de Pernambuco. O arcebispo de Olinda e Re-cife, dom Fernando Saburido, apresentou a proposta aos bispos das outras nove dioceses em en-contro realizado no início do mês de novembro. O projeto já foi aprovado e já tem data marcada. Será no dia 21 de Outubro de 2012. PÁGINA 5

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A MENSAGEM ARQUIDIOCESANA - Setembro/Outubro de 201102

EDITORIAL

A criação denovas paróquias

EXPEDIENTE

PROGRAMÇÃO CATÓlLICADA RÁDIO OLINDA

ASSINATURA

Desde nossa infância somos conhecedores da existência das paróquias na organização da Igreja Católica. É uma praxe que remonta aos primeiros séculos da história da Igreja. Aqui em nossa arquidiocese, encontramos esta nomenclatura desde a colonização, temos como paróquias mais antigas: Nossa Senhora do Pilar na Ilha de Itamaracá e são Miguel na cidade de Ipojuca. Com o passar dos séculos vivenciando o crescimento do povo de Deus, a Igreja sempre procurou instituir este modelo de administração para melhor assistir seus fi lhos. Hoje nós contabilizamos 105 paróquias no território desta Igreja Particular de Olinda e Recife, abrangendo um total de 18 municípios, mais o Arquipélago de Fernando de Noronha.

O Documento de Aparecida, no número 170 esclarece: “Entre as comunidades eclesiais, nas quais vivem e se formam os discípulos e missionários de Jesus Cristo, sobressaem as paróquias. São células vivas da Igreja e o lugar privilegiado no qual a maioria dos fi éis tem uma experiência concreta de Cristo e a comunhão eclesial”. O texto prossegue tratando com bastante clareza sobre o tema, principalmente no que se refere à vida e ao dinamismo pastoral que toda paróquia deve vivenciar, buscando a constituição de uma verdadeira rede de comunidades, facilitando o diálogo e a constante integração com todas as pastorais, movimentos e organismos que compõem este espaço.

Buscando colaborar sempre mais para o crescimento do Reino de Deus entre nós, neste ano nossa arquidiocese foi agraciada com a criação de algumas paróquias. Começamos o segundo semestre participando da criação da Paróquia de São Pedro no bairro de Santo Aleixo, Jaboatão dos Guararapes, a ereção canônica aconteceu no dia 19 de agosto. Acolhendo um anseio do povo, dom Fernando Saburido presidiu a Santa Missa, juntamente com alguns sacerdotes e grande participação popular. A nova paróquia foi desmembrada do território da Paróquia de Santo Amaro também em Jaboatão. Com o seu território desmembrado da Paróquia de São Paulo Apóstolo, no dia 21 de setembro foi criada a Paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro no bairro de Jardim São Paulo, Recife. Acolhendo um sonho de mais de dez anos, o arcebispo presidiu a solene concelebração eucarística que marcou o início da caminhada desta porção da nossa arquidiocese.

Todo este dinamismo pastoral mostra claramente não só a organização canônica da Igreja, mas de uma forma sempre crescente o compromisso que assumimos com Jesus Cristo de anunciar e testemunhar a todos o evangelho da vida. A paróquia sempre será no seu ser o local do encontro com o Senhor, presente em cada irmão e irmã.

Domingo

5h – Amanhecer – Batista Filho e padre João Carlos7h30 – Correio da Amizade – padre Amaurílio Machado e Luciano Cavalcanti9h – Santa Missa (presidida por dom Fernando Saburido)10h30 – Programa de Domingo Envelhecer de bem com a vida – Pastoral da pessoa idosa – CNBB20h – Padres que cantam

Segunda a sexta-feira

5h – De olho na cidade* Mensagens de otimismo* Parada positiva com músicas católicas* Pai Nosso, Ave Maria, Oração do Santo Anjo* Benção da água com padre Cosmo Francisco6h - O Evangelho do dia – padre Amaurílio Machado6h55 - Bom dia, dom Fernando Saburido9h10 – Oração da manhã – padre Reginaldo Manzotti9h30 – O Evangelho do dia – padre Amaurílio Machado10h10 – A benção do padre Cosmo Francisco10h30 – Bom dia do padre João Carlos15h – Terço da Misericórdia – padre Reginaldo Manzotti16h – Programa Caminhos da Fé17h – Santa Missa – padre João Carlos17h30 – Programa Anoitecer – padre João Carlos

Sábado 6h – O Evangelho do dia – padre Amaurílio Machado7h – Rádio Vaticano – A palavra do papa Bento XVI e as notícias do Vaticano7h30 – Músicas que falam de Deus11h – Fé em debate – padre Reginaldo Manzotti19h45 – Boletim Informativo da Arquidiocese – Luciano Cavalcanti20h – Fé e Vida – Rubens Souza Filho

Bispo Arquidiocesano:Dom Antônio Fernando Saburido

Presidente da Comissão Arquidiocesana de Pastoral para a Cultura, Educação e Comunicação Social:Pe. Luciano José Rodrigues Brito

Edição:Kleber Nunes e Renata Gabrielle

Jornalista Responsável:Renata Gabrielle (DRT-PE 4584)

Reportagem:Kleber NunesRenata Gabrielle

Colaboração:Pe. Luciano BritoSandra Virgínia

Diagramação:Renato Araújo

Você pode assinar o jornal “Mensagem Arquidiocesana” preenchendo o cupom com seus dados e anexandoum cheque no valor de R$ 30,00 (trinta reais),referente à assinatura anual, em favor da Arquidiocesede Olinda e Recife.

Remeter seu nome, endereço completo e telefone para a redação do Jornal “A Mensagem Arquidiocesana”:

Arquidiocese de Olinda e Recife (Av. Rui Barbosa, 409 – Graças - CEP: 52011-040 Recife-PE) ou através do site: www.arquidioceseolindarecife.org

Fone: (81) 3271.4270. Fone da Redação do Jornal: (81) 3453.4958

CÚRIA METROPOLITANA

Cúria Metropolitana – Palácio dos Manguinhos

Av. Rui Barbosa, 409 – Graças / RecifeCEP: 52011-040Fones: (81) 3271.4270 / 3453.4958Site: www.arquidioceseolindarecife.orgE-mail: [email protected]

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A MENSAGEM ARQUIDIOCESANA - Setembro/Outubro de 2011 03

Terceiro mês temático do ano, outubro é dedicado às missões. Como nos anos ante-riores o tema se inspira na Campanha da Fraternidade, dando-lhe roupagem mis-

sionária. Neste ano 2011 o tema “Missão na Ecologia” motiva os missionários/as a falar sobre os danos causa-dos ao planeta, nos últimos tempos, e alertar sobre suas conseqüências, motivando para uma mudança de ati-tude, tendo em vista o bem comum. De fato, a intenção é despertar em todos/as, especial interesse pelo meio-ambiente, levando em consideração a necessidade de conceber a natureza como criatura de Deus, merece-dora de todo nosso respeito e atenção. Preservá-la é

MISSÃO NA ECOLOGIA

Dom Antônio Fernando Saburido, OSBArcebispo de Olinda e Recife

dever de todos para que possamos garantir melhores condições de vida para nós e para as gerações futuras.

O mês de outubro tem início com a memória de Santa Teresinha do Menino Jesus, padroeira das mis-sões, por decreto do Papa Pio XI. Contemplativa da ordem carmelitana estava sempre unida em oração a todos os missionários/as que deixavam suas famílias e afazeres para anunciar o Reino de Deus em terras longínquas. “Na verdade, mesmo não podendo ser mis-sionária no sentido de trabalhar nas missões distantes de sua terra, ela sempre sonhou em partir para essas regiões mesmo como carmelita. Como não foi possível ir para as distantes terras orientais, Terezinha pro-

meteu aos seus irmãos que estaria com eles, logo que sua alma saísse do envelope da carne” (CT.220). A palavra missão em Teresinha tinha um sabor de evangelização heróica à maneira dos que deixam sua pátria e partem para longe, correndo riscos e enfrentando difi culdades para levar o nome de Jesus a todos os povos e línguas

Nos últimos tempos, a Igreja tem insistido na consciência missionária, diante dos desafi os atuais, ou seja: evasão religiosa, indiferentismo, agnosticismo, questões éticas, políticas, sociais, etc, que interferem direta ou indiretamente na vida do povo de Deus. “A Igreja é chamada a repensar profundamente e a relan-çar com fi delidade e audácia sua missão nas novas circunstâncias latino-americanas e mundiais. Ela não pode fechar-se frente àqueles que só veem confusão, perigo e ameaças ou àqueles que pretendem cobrir a variedade e complexidade das situações com uma capa de ideologias gastas ou de agressões irresponsáveis.” (DAp 11). É neste espírito que nossa arquidiocese está empenhada nas Santas Missões Populares desde 2005, em comunhão com todo o Regional NE2. Ao mesmo tempo, se pretende responder aos apelos da CNBB, conforme orientam os últimos projetos nacionais de evangelização e as Diretrizes gerais da ação evangeli-zadora da Igreja no Brasil.

No 4º domingo de outubro, dia 23, celebramos o DIA MUNDIAL DAS MISSÕES, ocasião em que todo o mundo Católico Apostólico Romano realiza a COLETA ANUAL, destinada às missões “Ad Gentes”. Trata-se de gesto concreto em benefício dos missionários e comunidades carentes, presentes, especialmente, em países de maior difi culdade econômica, social e religiosa. Vários países da África enfrentam, em pleno século XXI, situações dessa ordem, inclusive, fome e desnutrição. Diante de tal realidade, nos sentimos privilegiados e, por outro lado, questionados.

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A MENSAGEM ARQUIDIOCESANA - Setembro/Outubro de 201104

“O mundo não terá paz enquanto as re-ligiões não dialogarem e as religiões não dialogarão, se as Igrejas cristãs não se unirem”. Esta afi rmação do teólogo Hans

Kung pode ser comprovada por qualquer pessoa que se consagre à paz e à justiça. As grandes causas da humanidade precisam da participação efetiva das religiões que podem lhes dar maior credibili-dade e nova força espiritual. Entretanto, em geral, têm sido grupos cristãos que têm provocado este diálogo no serviço e estas Igrejas só podem fazer isso à medida que dialogam e colaboram entre si.

Desde que, no começo do século XX, começou o atual movimento ecumênico, despontaram em seu seio duas correntes: o movimento “Fé e Ordem” e o “Fé e Ação”. Nascidos nos anos 20 do século passa-do, o primeiro acreditava que a unidade das Igrejas se constrói pelo estudo e por defi nições de doutri-na. Entretanto, mesmo quando grupos ecumênicos conseguiam acordos importantes sobre pontos doutrinais, as divisões continuavam fortes, por causa de elementos históricos, culturais e de sen-sibilidade. Então, o movimento Fé e Ação propu-nha construir a unidade não através de discussões teóricas, mas de trabalhos concretos em favor da paz e da justiça.

Na América Latina, as Igrejas entraram em uma atitude ecumênica quando cada Igreja começou a viver a pastoral, não apenas como tarefa interna e sim como serviço à causa dos lavradores, operários e índios, sejam estes da Igreja ou não. As pastorais populares tornaram as Igrejas mais ecumênicas. Hoje, o ambiente é de certo “inverno ecumênico”. Isso é sinal de que cada Igreja está menos compro-metida com o povo. Ao recuar no serviço concreto ao povo, acabam menos abertas umas às outras e à causa da unidade.

A Zona da Mata Sul de Pernambuco vive ainda as conseqüências trágicas das inundações. Elas atingiram católicos, evangélicos e pessoas de out-ras religiões ou sem religião. E a situação dos traba-lhadores do complexo de Suape, vítimas de um progresso pensado sem partir da realidade do povo empobrecido merece uma comissão ecumênica que denuncie a realidade e assessore os trabalhadores na defesa dos seus direitos. No cuidado com a vida e na luta pacífi ca pelas melhores causas da humani-dade, juntos as Igrejas podem dar um testemunho de unidade e viverem o evangelho da unidade que nos foi dado por Jesus.

Teias da unidade

Enchei-vos reúne milhares de fi éis em Olinda

Fraternidade O Caminho: dez anos amando como Jesus amou

por Renata Gabrielle

As redes foram lançadas. Milhares de fi éis par-ticiparam no dia 9 de outubro do Enchei-vos 2011, promovido pela Renovação Carismática Católica da Arquidiocese de Olinda e Recife. O

encontro foi realizado no Chevrolet Hall, em Olinda, Região Metropolitana do Recife.

A programação contou com momentos de oração, lou-vor, adoração e pregação. O arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, presidiu a Santa Missa concele-brada pelo vigário episcopal do Vicariato Recife Sul, padre Sérgio Pereira; presidente da Comissão Arquidiocesana de Pastoral para a Juventude, padre Gimesson Silva; o pároco de São Cosmo e Damião (Igarassu), padre Rosivaldo Pon-tes; e o fundador do Santuário da Divina Misericórdia, em Arcoverde, padre Adilson Simões.

Dom Fernando ressaltou a alegria de ver a juventude reunida na Caminhada Arquidiocesana Sim à Vida, no do-mingo anterior, 2, em Boa Viagem, e de reencontrá-los no

Uma manhã para celebrar o amor ao próximo. O dia 23 de outubro, teve lugar especial nos corações dos leigos e consagrados da Frater-nidade O Caminho. Mas, sobretudo, nos dos

pobres de Jesus Cristo. Pessoas que tiveram suas vidas to-cadas por palavras e gestos de amor e doação. Era dia de agradecer pelos dez anos da fraternidade. O arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, presidiu Missa em Ação de Graças na Basílica do Carmo, no centro do Re-cife.

Dom Fernando parabenizou os consagrados pelo tra-balho realizado. “A beleza do cristianismo está na co-ragem de viver o compromisso com a missão. Entretanto, algumas pessoas decidem consagrar-se inteiramente a Jesus e ao irmão. Isso é um gesto edifi cante para todos nós”, disse o grupo está na arquidiocese há seis anos.

“Servir aos pobres de Jesus Cristo”. Com esse objetivo, jovens de todo o Brasil dedicam suas vidas a encontrar Je-

Enchei-vos. “Nós tivemos a satisfação enorme de estar nas ruas de Boa Viagem dando ‘sim à vida’ e eu fi quei encan-tado com a quantidade de jovens na caminhada. Foi algo que tocou os nossos corações. Esta também é uma forma de evangelizar.” E acrescentou: “Todos são convidados a participar do Reino de Deus, praticar a justiça e amar o próximo com Jesus amou”.

Pessoas de todas as idades e das 105 paróquias da Ar-quidiocese de Olinda e Recife e de outras dioceses da Província Eclesiástica de Pernambuco estiveram pre-sente. Diversos dons e um mesmo objetivo: evangelizar. “Devemos nos esforçar para viver a fraternidade no amor recíproco. Deus nos dá os dons para que coloquemos a serviço do irmão de modo a construir o Reino de Deus”, disse o arcebispo.

O encontro chegou a sua 28ª edição e refl etiu o tema: “Por causa da Tua palavra, lançaremos as redes” (Lc. 5, 5).

sus no próximo. Aqueles ignorados pela sociedade são os prediletos do Senhor. São eles a razão pela qual a Frater-nidade O Caminho foi criada. O trabalho missionário e evangelizador se divide em quatro: Missão Anawin (Pas-toral de Rua), Missão Dimas (Pastoral Carcerária), Missão Madalena (Mulheres em situação de prostituição) e Mis-são “Sede sóbrios” (Dependentes químicos).

A fraternidade tem duas casas de missão na Arquidi-ocese de Olinda e Recife localizadas no bairro da Boa Vista, no Centro do Recife. A casa feminina chama-se Fraternitas Nossa Senhora das Vitórias e a masculina, Fraternitas São Pedro de Alcântara. Recentemente, foi inaugurada, na ci-dade de Abreu e Lima, Região Metropolitana do Recife, uma Casa de Recuperação para o tratamento de dependentes químicos. Na chácara, são acolhidas pessoas viciadas em drogas e que não têm condições fi nanceiras para custear o tratamento.

O ministro regional da Fraternidade O Caminho, irmão Mikael, agradeceu por todo esse tempo de missão e serviço. “Damos infi nitas graças a Deus por esses dez anos que Ele nos deus e que somos felizes. Porque quem serve a Deus encontrará tribulações, mas é feliz”, disse. Após a Missa, os presentes partilharam o almoço servido no clausto do convento.

Mais informações sobre o trabalho realizado pela Fraternidade O Caminho através do site http://ocaminho.org.br. Os contatos das casas de missão na Arquidiocese de Olinda e Recife são:

Fraternitas Nossa Senhora das Vitórias Tel.: (81) 3231-2426

Fraternitas São Pedro de AlcântaraTel.: (81) 3423-5529.

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Marcelo Barrosmonge beneditino, teólogo e escritor

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A valorização da vida desde sua concep-ção até o seu término natural. Esse foi o recado dado por quase 150 mil pes-soas, segundo contagem do Corpo de

Bombeiros, na quinta edição da Caminhada Sim à Vida, realizada no dia 2 de outubro. Representantes de todas as paróquias da Arquidiocese de Olinda e Recife, vestiram branco, levaram faixas e bandeiras para protestar contra tudo que ameaça o maior dom de Deus. Animados por cinco trios elétricos a multi-dão percorreu, com muita disposição, os quase três quilômetros do trecho, na Avenida Boa Viagem, Zona Sul do Recife, para gritar principalmente por aque-les que não podem se defender. O sucesso do evento o tornará ainda mais amplo. A caminhada passará a ser um evento da Província Eclesiástica de Pernam-buco. A proposta foi apresentada pelo arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, aos bispos das outras nove dioceses. A proxima edição será no dia 21 de Outubro de 2012.

Debaixo de sol forte e sob um calor de mais de 30 graus, o arcebispo, deu início à caminhada frisando o compromisso de cada cristão com a defesa da vida. Tendo como foco principal o crime covarde do abor-to, o religioso lembrou também os males que afl igem não só o ser humano, mas todos os viventes, em to-das as fases da vida. “Estamos aqui para protestar contra toda forma de violência, como as drogas e a degradação do meio ambiente”, afi rmou.

Dom Fernando aproveitou para cobrar uma maior conscientização política dos presentes. “Existem diversos projetos de lei que pretendem legalizar o aborto, aguardando julgamento em Brasília. Temos que cobrar daqueles que escolhemos para nos repre-sentar, que eles respeitem a vida”, declarou.

O público respondeu ao arcebispo com muita alegria, que chegou a contagiar os moradores da orla de Boa Viagem, e também os banhistas que pararam para ver a caminhada. E a criatividade foi o ponto forte da edição deste ano. A Paróquia de São Cosme e Damião, da cidade de Igarassu, Região Metropoli-tana do Recife, compôs uma ala. Em frente ao tercei-ro trio, uma adolescente com vestes azuis e brancas, representou Maria grávida. Atrás, um grupo de pes-soas com um fi gurino escuro, galhos de árvore e um painel representando a natureza que sofre por causa da ação gananciosa do homem. “Mostramos o sim por excelência. O sim que trouxe defi nitivamente a vida para toda humanidade, por meio de Maria, e também a necessidade de darmos um sim para a manutenção da vida de nosso planeta”, explicou o pároco, padre Rosivaldo Pontes.

O jovem portador de defi ciência física Rodrigo de Lima Santos, da Paróquia de Nossa Senhora da Apre-sentação, saiu do município de Escada, e viajou 63 quilômetros até o Recife para participar pela primei-ra vez do evento. Com muita disposição, Rodrigo provou que a vida vale a pena. Apesar da limitação

física, ele não parou um só minuto de dançar e lou-var, agradecendo a Deus o privilégio de poder estar ali, ao mesmo tempo que pedia para a sociedade que lute em favor de uma cultura de paz.

A quinta edição do Sim à Vida foi classifi cada como um sucesso pela organização. “Comemoramos, não só a quantidade de pessoas, que quase triplicou em relação ao ano passado, mas também, o trabalho de conscientização sobre o tema, realizado o ano todo nas paróquias, que sensibilizou e amadureceu mais os fi éis sobre a defesa da vida”, afi rmou o então presidente da Comissão Arquidiocesana para a Vida e Família, padre Adriano Chagas.

A caminhada, deu início à Semana da Vida, que culminou com o Dia do Nascituro, celebrado no país, no dia 8 de outubro, foi encerrada com um momen-to de oração e a bênção de dom Fernando.

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Arquidiocese mobiliza multidão em defesa da vidaPor Kleber Nunes

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Várias nações num só coraçãoPor Hildo Neto – delegado da Arquidiocese de Olinda e Recife na delegação ofi cial da CNBB

Renovação da fé através da JMJ

Bandeiras de várias nações do mundo tremu-lando, gritos entusiasmados pelas ruas de Madri, na Espanha, e muito respeito e atenção na hora das celebrações. As cenas se repetiam

todos os dias durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que foi realizada de 16 a 21 de agosto na capital es-panhola. O silêncio dos dois milhões de jovens presentes durante a vigília e as missas ecoou a força da Igreja Católi-ca em todos os países do planeta. O sucessor de Pedro, o Papa Bento XVI, apesar da idade avançada, mostrou vi-talidade e carisma juvenis durante os momentos em que marcou presença.

Daqui a pouco menos de dois anos ele estará em ter-ras brasileiras para celebrar a JMJ no Rio de Janeiro, que

será realizada entre os dias 23 e 28 de julho de 2013 e terá como lema “Ide e fazei discípulos todos os povos”. No entanto, a Jornada no Brasil já começou desde o anúncio do País como sede do maior evento da Igreja Católica. A chegada da Cruz da Jornada e do ícone de Maria no dia 18 de setembro em São Paulo foram o ponto de partida para a missão de organizar a JMJ, que promete ser uma das maiores de todos os tempos.

A Cruz e o ícone peregrinarão pelo Brasil até julho de 2013. A Arquidiocese de Olinda e Recife (AOR) acolherá os dois símbolos entre os dias 15 e 18 de janeiro de 2012. Uma série de atividades já estão sendo programadas pela Comissão Episcopal da Pastoral para a Juventude para re-cebê-los. Uma grande celebração e shows católicos mar-carão a chegada da Cruz e do ícone de Maria no dia 15.

Por sinal, o presidente da Comissão Episcopal da Pas-toral para a Juventude da AOR, padre Gimesson Silva,scj, participou da JMJ em Madri, que teve como tema “En-raizados e Edifi cados em Cristo, fi rmes na Fé!” (Cf. Col 2,7). “Essa foi a minha primeira Jornada. Foi algo fantás-tico. Você encontra jovens de todos os cantos do mundo que se unem para celebrar, festejar, rezar, meditar e se comprometer com o projeto de um mundo novo”, relatou o sacerdote, que é pároco em Camaragibe.

A AOR foi representada na delegação ofi cial da Con-ferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) pelos jo-vens Hildo Neto, Jorge Xavier e Monique Cavalcante. Eles tiveram a missão de observar toda a estrutura, vivenciar cada momento e trocar experiências para poderem estar à frente da organização da JMJ no Brasil. Por isso, os três

participaram também da pré-jornada, que foi realizada em diversas dioceses da Espanha.

Durante três dias, eles conviveram com a realidade da diocese, participando de celebrações, partilhas, atividades culturais e lúdicas. Foram momentos cheios de muita fé e espiritualidade, que proporcionaram uma vivência plena de como o povo espanhol prática o catolicismo. O que mais fi cou marcado foi o carinho com o qual as famílias receberam os brasileiros.

Já em Madri, onde estavam mais de 15 mil brasileiros para a JMJ, os momentos mais relevantes foram a vigília e a missa de envio no aeroporto de Quatro Ventos. Lá se con-centraram os dois milhões de jovens para as celebrações. Deixando de lado todas as difi culdades de acomodação, os jovens expressavam com os gritos “Esta es la Juventud del Papa” e “Benedicto” toda a satisfação de estarem pre-sentes num momento histórico da Igreja Católica.

Jorge destacou a união dos povos e a convivência entre as mais diversas realidades juvenis como pontos altos da JMJ. “Foram momentos de comunhão e aprendizagem. Todos unidos pela fé em Jesus e falando a língua do amor”, afi r-mou. “Na próxima Jornada, os brasileiros poderão vivenciar esta experiência de conviver com jovens de todo o mundo sem nenhuma desavença, apenas para partilhar, celebrar a vida e construir um mundo melhor”, acrescentou.

Para acompanhar de perto todos os preparativos para a JMJ no Brasil acesse o Blog do Setor Juventude da AOR – www.juventudeaor.blogspot.com.br – e o site da Comis-são Episcopal da Pastoral para a Juventude da CNBB – jovensconectados.com.br.

A JMJ Madrid foi uma experiência alegre, dinâmica, profunda e comprometedora de fé, esperança e amor! Eu pude vibrar com jovens do mundo inteiro! Eu rezei

com jovens do mundo inteiro! Eu me aventurei por Madrid com jovens do mundo inteiro! Eu me com-prometi em ser sentinela da esperança com jovens do mundo inteiro!

As palavras não conseguem expressar a riqueza da vivência da JMJ Madrid! Claro que não vamos guardar a chama acesa da fé debaixo do candeeiro! Vamos sim partilhar o que vivemos com os muitos que não puderam estar! Porém, o coração fi ca com o gostinho da vivência que lá no fundo nos deixou plenos e felizes!!!

O que mais me chamou a atenção foi perceber o colorido do rosto da juventude! Vi jovens do mundo inteiro cantando, rezando, brincando, falando, parti-lhando! Que maravilha! Todos unidos na mesma fé! To-dos comungando da mesma esperança! Todos vivendo o mesmo amor! Realmente ali vivemos uma confrater-

nização universal de todos os povos, raças e culturas!A alegria foi contagiante com a presença do Santo

Padre Bento XVI! A sua presença paterna deu alento à juventude carente de uma palavra de estímulo, coragem e fé! O Papa nos centrou em Cristo e no

seu Reino. O seu convite foi para que fi xemos o ol-har n’Ele, criemos raízes n’Ele e fundamentemos a nossa vida n’Ele, não nos deixando levar por uma ideologia dominante que manipula, exclui, explora e margi-naliza. Firmes na fé, a juventude acolheu esta palavra e se comprometeu em ser protagonista da civilização do amor!

Como religioso, sacerdote dehoniano, vivi dias de renovação da minha fé, da minha vocação e do meu ministério! Recebi novo ânimo para continuar o serviço de animação da juventude na Arquidiocese de Olinda e Recife e no Regional NE 2! Espero fi rmar cada vez mais a paixão pela juventude e doar a mi-nha vida a seu serviço!

Que venha Rio 2013!!! Bote fé na juventude!!!

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Pe. Gimesson Eduardo da Silva, SCJPresidente da Comissão Episcopal Pastoral

para a Juventude na Arquidiocese de Olinda e Recife

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A MENSAGEM ARQUIDIOCESANA - Setembro/Outubro de 2011 07

A festa de acolhida da Cruz da Jorna-da Mundial da Juventude (JMJ) e do Ícone de Maria na Arquidiocese de Olinda e Recife (AOR) será no dia 16 de janeiro de 2012. A data foi defi ni-

da após uma reunião realizada no dia 4 de outubro, na Cúria Metropolitana, no bairro das Graças, Zona Norte do Recife.

O local, programação e atrações ainda estão sendo defi nidos, mas tudo indica que será no Marco Zero. Já foram confi rmadas a presença da banda Anjos de Resgate e de Batista Lima (Banda Limão com Mel), que teve uma bela experiência de conversão e gra-vou um CD só com músicas religiosas, além de vários outros nomes da música católica local. Os símbolos passarão por todos os vicariatos e fi carão na AOR até o dia 18, quando seguirão para a diocese de Caruaru.

Participaram da reunião o assessor nacional da Comissão Episcopal para a Juventude da CNBB, pa-dre Carlos Sávio; o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido; o presidente da Comissão Ar-quidiocesana para a Juventude da AOR, padre Gimes-son Silva; o coordenador de pastoral da AOR, padre Josenildo Tavares; o coordenador do Setor Juven-tude da AOR, Hildo Neto; o delegado ofi cial da AOR na JMJ Madri, Jorge Xavier; além de várias outras representações.

Mais rapidez e mais facilidade para os processos canônicos. No mês de setembro, a Arquidiocese de Olinda e Recife instalou a Câmara de

Instrução Processual. O órgão que funciona na Cúria Metropolitana, no bairro das Graças, Zona Norte da cidade, foi criado para instruir os fi éis que ne-cessitem abrir um processo, como de anulação de casamento, por exemplo.

Quem precisava abrir um processo na Igreja, até então tinha que recorrer diretamente ao Tribunal Eclesiástico, que funciona na sede da Conferência Na-

cional dos Bispos do Brasil Regional Nordeste 2 (CNBB NE2), no bairro da Boa Vista. O tribunal atende aos qua-tro Estados que formam o regional, por isso o tempo de espera para os julgamentos demoravam bastante, cerca de dois anos no caso da nulidade matrimonial. “A Câmara Eclesiástica tem o objetivo de instruir todo o processo canônico, só depois de completada esta fase é que ele vai para o tribunal já para ser julgado”, ex-plicou o juiz auditor e coordenador da câmara, monse-nhor Edvaldo Bezerra, que acredita na redução de 50% do tempo de julgamento dos processos.

A Câmara Eclesiástica da arquidiocese funcionará com dois juízes auditores e um notário. A equipe será responsável por toda a preparação dos trâmites pro-cessuais. Os processos julgados no Recife serão sub-metidos ao Tribunal de Segunda Instância, em For-taleza. Se o tribunal cearense for contrário à decisão da Primeira Instância, a Câmara de Instrução Proces-sual apela ao Vaticano. “Recife não possuía uma câ-mara eclesiástica porque a sede do tribunal já era aqui, mas devido ao grande número de processos, vimos a necessidade de criação do órgão”, afi rmou o arcebispo de Olinda e Recife, dom Antônio Fernando Saburido.

Na ocasião, o arcebispo deu posse aos juízes audi-tores e instrutores da Câmara, Dr. José Bartolomeu de Lima Brito e Dra. Maria Socorro de Alencar Barbosa; ao juiz coordenador, monsenhor José Edvaldo Bezer-ra e ao notário, padre André de Vasconcelos Martins.

Para o bispo de Guarabira, na Paraíba, e modera-dor do Tribunal Eclesiástico da CNBB NE2, dom Fran-cisco de Assis Dantas Lucena a instalação da câmara é mais um serviço da Igreja para a sociedade. “São muitos processos no nosso tribunal. Oferecer esta opção de agilizar e tornar mais acessível o serviço é mais uma prova do caráter pastoral intrínseco à Igreja”, declarou.

ServiçoCâmara Eclesiástica do RecifeAv. Rui Barbosa, 409 - GraçasExpediente: Segundas, quartas e sextas, das 9h às 13hFone: 3271.4270

Para saber mais sobre o assunto, acesse no site da Arquidiocese a matéria “Nulidade Matrimo-nial: saiba como Igreja analisa pedidos”

Bote Fé Recife será no dia 16 de janeiro

Arquidiocese instala Câmara de Instrução Processual

por Hildo Neto- Setor Juventude AOR

por Kleber Nunes

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A MENSAGEM ARQUIDIOCESANA - Setembro/Outubro de 201108

Uma, Sancta, Catholica et Apostolica

Arquidiocese realiza Assembleia de Pastoral 2011

O adjetivo “católico”, que fi gura no “Credo”, como parte essencial da natureza da Igreja (una, sancta, catholica et apostólica), não deve ter para nós ressonância negativa, como se

fosse algo a declarar o que “não somos” (não sou protes-tante, espírita, etc. ), mas algo inerente à própria concepção que Jesus teve de sua Igreja. Nós, cristãos ( católicos), nunca deveríamos encarar a humanidade não-católica como aque-les que “não são”, mas sim como aqueles a quem a Igreja tem a missão de unir, não primeiramente a ela mesma, mas ao próprio Jesus: “fazei discípulos meus todos os povos”.

Quem somos nós, católicos? Somos aqueles que seguem Jesus (discípulos missionários) e acolhem a todos aqueles que querem segui-lo também. Tradicionalmente, afi rma-mos que o termo “católico” signifi ca universal. No plano conceitual, isso é correto. Outra questão, porém, é a de como se entende e se vive o conceito de “católico”. À luz dos textos do Novo Testamento, notadamente os escritos de São Paulo, bem como a tradição dos padres da Igreja, que, na Lumen Gentium, são retomados com grande fi deli-dade, vemos logo que a “catolicidade” da Igreja não pode ser compreendida como algo análogo à globalização, que é um conceito usado atualmente como justifi cativa para muitas práticas que podem ser altamente fechadas sobre si mesmas, dependendo dos interesses subjacentes. Não! A igreja não é um grupo de “universalistas”, com pretensões de “cobrir” todos os recantos do mundo. A catolicidade da Igreja tem sua origem nas “intenções de Deus”, que quer a salvação de todos e, em Jesus Cristo, a realiza. O “olhar de Deus” é, exatamente por ser divino, um “olhar univer-sal”. No amor, Deus “vê a todos”, homens e mulheres, como chamados à salvação. Não são as estruturas da Igreja que precisam ser universais; a salvação é que é universal, para todos. Nisto existe algo muito mais profundo do que sim-plesmente estruturas, leis, costumes, normas, mesmo que possam ser iguais em qualquer parte. Para ser “sacramento da salvação”, a Igreja não pode fazer algo que nem Deus pode fazer. E, se existe algo que Deus “não pode fazer”, é exatamente deixar de amar a uma única criatura humana. Por isso, para ser realmente “católica”, a Igreja deve ser como um “abraço de Deus” que envolve a todos.

Importa entender a catolicidade da Igreja como uma

realidade que transcende toda e qualquer idéia de simples universalismo. Na catolicidade, está contido algo que é in-fi nitamente superior a qualquer coisa que possa ser vista tão somente no plano da organização das estruturas, dos ritos, ou do poder. “Católico” não é somente o poder que atinge o mundo inteiro; “católicos” são todos aqueles que aceitam livremente a autoridade de Cristo, recebida do Pai (“Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra...”). E será sempre mais católica a autoridade, na Igreja, desejada por Jesus, quanto mais for exercida como serviço aos irmãos na fé e a toda a humanidade. Os destinatários da salvação são todos os homens e mulheres de todos os tempos. O “serviço da salvação” supõe necessariamente a mediação das estru-turas de organização. Nossa igreja tem primado, ao longo dos séculos, pela preservação das tradições; pela atua-lização de suas leis; pela fi delidade à tradição litúrgica; pelo livre e responsável acolhimento aos pastores; pela prática da corresponsabilidade, por parte dos mesmos pastores; e, consequentemente, pela responsável obediência que lhes é devida. Tudo isto, enfi m, constitui um maravilhoso con-junto que não poucas luzes tem trazido para a humanidade. Mesmo assim, só nisto ainda não está contida a catolicidade da Igreja. O que dá vida a tudo isto é o infi nito amor de Deus, que é de todos e para todos; trata-se de um “elo invisível”, porém real, místico, todavia experimentado, completo, apesar de às vezes fragmentado... “Catolicidade”: Deus em todos e todos em Deus.

Além das estruturas visíveis da Igreja, o desdobramento mais visível da catolicidade é o serviço da caridade para com todos. Acredito, portanto, que, assim como somos con-vidados a superar divisões e nos voltar todos para Jesus, do mesmo modo, quando todos os cristãos se colocam a serviço da humanidade, na caridade para com todos, Jesus vê sua Igreja tal qual ele a concebeu na mente e no coração: não mais dividida e fragmentada, porém, “uma só”, diversa, diferente aqui e ali, com muitos rostos e variados gestos... Enfi m, “católica”; “o abraço de Deus” que envolve a todos.

Exatamente por ser “católica”, a Igreja deve ser ecumêni-ca. Não há catolicidade se não há abertura para o outro, para o diferente. Frequentemente, hoje em dia, vemos escrita, até nos parabrisas dos carros, a frase: “Sou católico, com a graça de Deus”. Aqui pode se encontrar um testemunho de

amor à Igreja e, assim, torná-la mais visível na sociedade. Todavia, podemos estar diante de uma postura fechada e excludente, caso a intenção da frase seja dizer: “Eu não sou aquilo que os outros são e eles não são aquilo que eu sou”. Não! Não deve haver ambiguidade na Igreja, máxime na sua catolicidade. O ecumenismo, portanto, é uma exigência da catolicidade da Igreja. E é, por isso mesmo, que ela é ca-paz de identifi car e reconhecer os “sinais de catolicidade” presentes nas outras igrejas também, sobretudo naquelas que nasceram diretamente da efervescência da Reforma, que, diga-se com justiça, surgiu de um poderoso desejo de renovação. Isso é tão verdade que o resultado está aí testemunhado pela história. Ou seja, o desejo de renovação conduziu a Igreja ao Concílio de Trento, que, por sua vez, foi capaz de defi nir o perfi l da catolicidade de uma forma tão consistente que, quando o passar do tempo começou a desgastar esse perfi l, a Igreja ainda tinha tamanhas “reser-vas de catolicidade” que foi possível reunir-se de novo em Concílio. Foi o Concílio Ecumênico Vaticano II.

O papa João XXIII, que o convocou, insistia na dimensão ecumênica do Concílio, que ele via como a forma mais cor-reta de afi rmar a catolicidade. Referindo-se aos cristãos das outras igrejas, costumava dizer: “Não devemos parar naqui-lo que nos separa, mas olhar sempre Aquele que nos une”.

A catolicidade já está presente em todo aquele que, só em Jesus Cristo, busca a verdade e a salvação. É na profi ssão de fé no único salvador, Jesus Cristo, que nascerá a unidade por ele mesmo desejada e, infe-lizmente, tantas vezes quebra-da ao longo da história. Muito acima de todas as tentativas de refazer a unidade perdida está o próprio Jesus, que não vai permitir que nossas fraquezas humanas frustrem defi nitiva-mente seu desejo maior: “que todos sejam um”.

Espiritualidade

Monsenhor Lino Rodrigues Duartevigário geral da Arquidiocese de Olinda e Recife

Por Renata Gabrielle

Uma Igreja em estado permanente de mis-são. É nesse clima de compromisso e renovação que a Arquidiocese de Olinda e Recife realiza nos dias 11 e 12 de novembro, a Assembleia de Pastoral. O encontro que contará com a partici-pação de padres, religiosos e leigos terá como sede o Centro Arquidiocesano de Pastoral, na Várzea, Zona Oeste do Recife. A expectativa é que cerca de 400 pessoas representando os seis vicariatos episcopais, paróquias e comissões debatam sobre os desafi os e urgências de cada setor a médio e longo prazo.

A assembleia terá caráter propositivo, avali-

ativo e formativo. Essas serão as temas que nor-tearão as discussões. O evento terá como asses-sores os professores Sérgio Douets e Degislando Nóbrega sobre “Marcas do nosso Tempo que dão o que pensar” e “Metodologia Pastoral – contexto e ação”, respectivamente.

A assembleia acontece das 8h às 17h, no dia 11. Já no dia 12, as atividades iniciam às 8h e terminam às 12h30. A abertura será com uma oração e em seguida a palavra do arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido.

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A MENSAGEM ARQUIDIOCESANA - Setembro/Outubro de 2011 09

A arte promovendo a solidariedade e juntas a transformação social. Um exemplo do sonho pregado e vivido por dom Helder Camara foi concretizado no dia 21 de setembro, na sede

da Cúria Metropolitana, nas Graças. Representantes da As-sociação Brasileira de Canto Coral (Abcantocoral), doaram quase 900 quilos de alimentos para a Arquidiocese de Olinda e Recife. Os mantimentos foram arrecadados na 11ª edição do Festival Nacional de Corais de Empresas (Fenace), que acon-teceu de 8 a 11 de setembro, no Teatro de Santa Isabel.

O Fenace é um evento que estimula o trabalho dos corais formados por funcionários de empresas que atuam em di-versos segmentos. Com o apoio da Ação de Cidadania con-tra a fome a miséria e pela vida de Pernambuco, os grupos realizam, uma vez por ano, apresentações para arrecadar alimentos que são divididos com outras instituições que realizam trabalhos sociais. De acordo com a presidente da Abcantocoral, Suely Farias, o cuidado do arcebispo com os menos favorecidos foi o que motivou a escolha da arquidi-ocese para receber as doações deste ano. “Dom Fernando Saburido realiza e apóia diversos trabalhos voltados para os mais pobres. Sabemos que aqui os alimentos terão um des-tino certo”, afi rmou.

Os alimentos foram doados às fraternidades O Caminho e Toca de Assis, que seguindo o modelo de São Francisco de Assis, realizam um trabalho de evangelização e construção da dignidade de moradores de rua do Recife. E também à As-sociação Maria Amélia, que trabalha na recuperação de jo-vens infratores e dependentes de substâncias psicoativas, em Vitória de Santo Antão.

Um diálogo entre irmãos. Foi assim o 1º Encon-tro realizado pelo Vicariato Episcopal para a Vida Religiosa da Arquidiocese de Olinda e Recife, no mês de setembro, no Colégio

Salesiano, bairro da Boa Vista, centro do Recife. Partic-iparam da reunião o arcebispo metropolitano, dom Fer-nando Saburido; vigários gerais monsenhor Lino Duarte e José Albérico Almeida, vigário episcopal para a Vida Re-ligiosa, frei Paulo Amâncio, OFMCap, vigários episcopais, coordenador e presidentes das 12 Comissões de Pastoral, além de provinciais das Ordens Religiosas presentes no território arquidiocesano.

Os vigários gerais apresentaram aspectos da dinâmica da arquidiocese como a estrutura organizacional dos vi-cariatos e comissões. Um novo encontro fi cou marcado para o primeiro semestre de 2012.

“A vida religiosa é muito forte e a arquidiocese quere-mos, com vocês, formar uma família e participar mais as-siduamente de momentos como estes para nos conhecer-mos melhor e criarmos laços”, disse dom Fernando.

Um exército em ordem de batalha. Com trabalho silencioso, a Legião de Maria transformou com carinho, atenção e evangelização, inúmeras vidas no Esta-

do de Pernambuco nos últimos 54 anos. O arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, presidiu Missa em Ação de Graças no Santuário Nossa Se-nhora de Fátima, no bairro da Boa Vista, centro do Recife, no dia 11 de setembro.

A concelebração contou com a participação do di-retor espiritual arquidiocesano da Legião de Maria, padre Augusto César Figueroa; reitor do Santuário, padre Mota, e pelo padre Roberto Carlos. Legionári-os das diversas paróquias e dioceses do Estado se uniram em oração. A Legião de Maria também comemora 90 anos de fundação e atuação no mundo e 60 anos no Brasil.

“A Legião de Maria é um movimento missionário que está no dia-a-dia da Igreja. A missão popular começa desse esforço de vocês de estar perto das pessoas desanimadas e debilitadas dando testemu-nho de alegria. Essa alegria permanente só teremos em Deus e isso deve ser motivador para que todos nós entendamos que o desafi o é grande, mas deve-mos nos empenhar sempre”, disse dom Fernando.

Ao fi nal da celebração, o arcebispo abençoou a imagem peregrina de Nossa Senhora das Graças que percorrerá as dioceses da Província Eclesiástica de Pernambuco a começar pela Diocese de Pesqueira. “A Legião não só na Arquidiocese de Olinda e Recife, mas em todo o mundo é um movimento missionário, que realiza um trabalho belíssimo no silêncio de Nossa Senhora sem muita propaganda. Os legionári-os chegam aonde nós, padres, não conseguimos che-gar devido à série de atividades”, ressaltou o padre Augusto César.

Aconteceu no dia 12 de outubro, dia das Cri-anças, a 1ª Corrida e Caminhada por Comu-nidades Saudáveis, concomitante ao evento, ocorreu também o lançamento da campanha

“Hanseníase em Crianças: Correr para combater”. A inicia-tiva, promovida pala Pastoral da Saúde, teve como parceiros a Prefeitura do Recife, Governo do Estado, Federação Per-nambucana de Atletismo e Nederland Hanseniasis Relief (NHR), uma organização holandesa de combate à hanseníase no mundo. O objetivo foi chamar atenção para a temática da Hanseníase em Crianças, que tem aumentado de maneira considerável no nosso estado.

A movimentação começou cedo em frente a Igreja Matriz de Casa Amarela, os moradores do bairro e comu-nidades vizinhas, bem como os corredores, já se apresen-tavam dispostos desde às 7h. A acolhida, aliada ao aqueci-mento dos participantes, fi cou por conta dos profi ssionais de educação física da Academia da Cidade, que contaram com a animação da Frevioca da Prefeitura do Recife.

Além da corrida e caminhada, a manhã foi de atividades voltadas para o público infantil: encenação de teatro de ma-mulengos com o tema hanseníase, apresentação de percussão, distribuição de mudas de Pau-Brasil e arrecadação de brinque-dos. As peças recolhidas serão doadas a crianças carentes de comunidades atingidas pela doença na capital pernambucana.

De acordo com a coordenadora municipal de Controle da Hanseníase, Milde Cavalcanti, a gestão continua in-vestindo na formação de parcerias com a sociedade por meio de mobilizações comunitárias e campanhas educati-vas. A hanseníase tem cura, o tratamento é efi ciente e está disponível gratuitamente nas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS).

O encerramento das atividades se deu com premiação para os cinco primeiros colocados na corrida de ambos os sexos, além disso, todos os outros corredores ganharam medalha de participação.

Fonte: Assessoria de Comunicação da Pastoral da Saúde

Arte e solidariedade

Vicariato realiza encontro com religiosos

Legião de Maria comemora 54 anos de atuação no Estado

Pastoral da Saúde promove Corrida e Caminhada por Comunidades Saudáveis

por Kleber Nunes

por Renata Gabrielle

por Renata Gabrielle

Abcantocoral doa alimentos à Arquidiocese

A 46ª Assembleia Pastoral do Regional Nordeste 2 da CNBB (Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte) foi realizada entre os dias 1 e 4 de se-

tembro, no convento de Santo Antônio de Ipuarana, em Lagoa Seca, na Paraíba. O encontro contou com a participação do bispo emérito de Catanduva (SP) dom Celso Queirós, que aprofundou o tema “Na Trí-plice Missão da Igreja: A Caridade”.

Os 150 participantes das 21 dioceses do Regional refl etiram, sob a orientação de dom Celso, as formas de ampliar e melhorar as ações da Igreja Católica relativas à caridade e discutiram como colocar em prática essas propostas. “Cada jovem salvo é um mundo que recomeça. Assim como Jesus disse ‘Le-vanta-te e anda’, devemos dizer o mesmo e ajudar aos que de nós necessitam”, afi rmou o bispo.

Foi apresentado no último dia o itinerário do Ritual de Iniciação Cristã (RICA), compromisso fi rmado durante a 45ª Assembleia Regional. O en-caminhamento das missões na Amazônia também foi apresentado, assim como o quadro das ações missionárias nas dioceses.

Dom Adriano Ciocca Vasino, bispo de Floresta (PE), deu o encaminhamento e pistas para a próxi-ma Assembleia, cujo tema escolhido foi Juventude, tendo em vista a próxima Jornada Mundial da Juven-tude, que será no Rio de Janeiro, em 2013.

Mensagem - No fi m do encontro, foi divulgada uma mensagem que exorta a Igreja a “pregar a Pa-lavra; celebrar os Sacramentos na sagrada Liturgia e servir os fi lhos e fi lhas de Deus praticando a Cari-dade, fruto da Fé”. O texto convoca ainda a Igreja a ouvir os clamores da sociedade procurando ser um sinal da presença de Cristo na terra e se propõe a continuar o processo de evangelização por meio de várias iniciativas. “Santas Missões Populares e do processo de Iniciação Cristã com Adultos, cujo es-copo é o compromisso cristão, bem como do forta-lecimento do Setor das Pastorais Sociais do Regional e de ações desenvolvidas pela ‘Caritas’”.

Fonte: Assessoria de Comunicação CNBB Regional NE 2

Paraíba sediou a 46ª Assem-bleia Pastoral do Regional Nordeste 2

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A MENSAGEM ARQUIDIOCESANA - Setembro/Outubro de 201110

Pároco

• Padre Luciano José Rodrigues Brito - primeiro pároco da recém criada Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Jardim São Paulo, no Recife.

Administradores paroquiais

• Padre Antônio Pereira, OMI - primeiro adminis-trador paroquial da recém criada Paróquia São Pedro Apóstolo, em Santo Aleixo, Jaboatão dos Guararapes.

• Padre Marivaldo da Conceição foi nomeado e to-mou posse como administrador paroquial da Paróquia Nossa Senhora dos Remédios, no Recife.

• Frei Rinaldo Pereira dos Santos, OFMCap – Paróquia São Paulo Apóstolo, em Jardim São Paulo, Recife.

• Padre Sérgio Araújo Absalão da Silva foi nomeado administrador paroquial da Paróquia Nossa Senhora das Graças, no Recife.

Vigários paroquiais• Padre Alberto José Falcão de Lira - Paróquia Nossa

Senhora da Apresentação, em Escada, em especial no Distrito de Frexeiras.

• Frei Francisco Damião da Silva, OC – primeiro vigário paroquial da recém criada Paróquia São Pedro Apóstolo, em Santo Aleixo, Jaboatão dos Guararapes.

• Padre Heleno José da Silva - Paróquia Nossa Senhora de Fátima, no Ibura, Jaboatão dos Guara-rapes.

• Padre Luciano Gustavo Lustosa da Silveira – Paróquia Nossa Senhora da Apresentação, em Escada.

• Padre Robson Bezerra de Melo – Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Bairro Novo, Olinda.

Capelão

• Padre Expedito Miguel do Nascimento Filho, SJ, - Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip).

Comissão Arquidiocesana de Pastoral

• O Frei Dennys Nunes Pimentel, OC, assume a presidência da Comissão Arquidiocesana de Pastoral para a Vida e a Família após renúncia, por problemas de saúde, do então presidente, padre Adriano José das Chagas.

Comissão para a administração do Fundo de Susten-tação do Clero da Arquidiocese

• Representantes dos Vicariatos:Padre Alessandro Corazza – Vicariato Olinda;Frei Joaquim Ferreira – Vicariato Recife Norte;Padre Josivaldo Bezerra – Vicariato Cabo;Padre Maurício Diniz – Vicariato Vitória;Padre Sérgio Pereira – Vicariato Recife Sul

• Representantes do Clero por faixa etária:Até 10 anos de ordenação – Padre Josivan Sales;De 10 a 31 anos de ordenação – Padre Sérgio Peres;A partir dos 31 anos – Padre Manoel Marques

• Presidente – Padre Sérgio PeresVice-presidente – Padre Josivan Sales

Nomeações Foi dado início ao processo de pre-paração do 4º Encontro Nacional que reunirá todas as expressões de enti-dades laicais. O encontro foi realizado

pelo Setor Leigos da Comissão Episcopal para o Laicato da CNBB e contou com a participação de membros de Movimentos, Associações Lai-cais, Novas Comunidades e Associações de Lei-gos nascidas dos Carismas das Congregações e Ordens Religiosas, Movimentos Juvenis e re-presentante do Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB).

Realizado no último dia 3 de outubro, em São Paulo, na sede da Legião de Maria, a reunião defi niu a realização do encontro em Recife (PE), de 2 a 4 de novembro de 2012. Fará parte da pro-gramação da Igreja no Brasil e da Celebração dos 50 anos do Concílio Vaticano II. Vários outros de-talhes foram analisados e algumas tarefas foram defi nidas. A equipe fará nova reunião no dia 15 de março para avaliar as providências tomadas, bem como dá continuidade ao processo de preparação.

O bispo da diocese de Tocantinópolis (TO) e responsável pelas expressões laicais, dom Gio-vane Pereira de Melo, presente na reunião, sali-entou a importância e o valor dos Movimentos, Associações e Novas Comunidades como espaço do protagonismo dos leigos e sua presença na realidade urbana. Disse ainda que a Comissão para o Laicato tem como serviço fortalecer a comunhão dentro da pluralidade dessas enti-dades, tendo como horizonte as atuais Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, em particular as cinco urgências para ação pastoral hoje. “Cada um dando sua contribuição a partir de sua espiritualidade e carisma, tendo o Espíri-to Santo à frente, construiremos comu-nhão na Igreja no Brasil”, sublinhou o bispo.

Fonte: CNBB

Recife sediará 4º Encontro de expressões e entidades laicais

A Comissão Arquidiocesana para a Edu-cação e a Cultura promoveu encontro com diretores e representantes das in-stituições de ensino religioso presentes

na Arquidiocese de Olinda e Recife. Foi uma manhã dedicada a assuntos como a estrutura da comissão no setor educacional, o fortalecimento das escolas católicas, articulação e revitalização da Pastoral Universitária. A reunião foi realizada na Faculdade Damas, no bairro das Graças, Zona Norte do Recife.

Esteve presente o arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido; o coordenador de pasto-ral da arquidiocese, o presidente da Comissão para a Educação e Cultura, frei Rinaldo Pereira, e o padre Josenildo Tavares. A ideia é formar a comissão a par-tir de lideranças presentes nos vicariatos e pessoas ligadas às instituições de ensino.

Comissão discute temas ligados à educação religiosapor Renata Gabrielle

Os 25 anos da Pastoral da Criança na Arquidiocese de Olinda e Recife foram comemorados no dia 28 de agosto com um “Encontrão de Líderes”, no pátio

da Paróquia Nossa Senhora das Graças no Engenho do Meio, Zona Oeste do Recife, com a participação de mais de mil voluntários.

A festa teve início com a Celebração Eucarísti-ca, que contou com a participação do presidente da Comissão Arquidiocesana de Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz, padre Francisco Mota; do diretor espiritual da Pastoral da Criança, padre Manoel Marques. Estiveram presentes coordenadores de outras dioceses do Estado, padres e diáconos da Arquidiocese de Olin-da e Recife. Houve ainda homenagens aos líderes e ex-coordenadores. O pároco de Nossa Senhora das Graças, padre João Roberto Barbosa encerrou a confraternização com a bênção fi nal.

Pastoral da Criança festeja Jubileu de Pratapor Renata Gabrielle com informações da Pastoral da Criança

A Arquidiocese de Olinda e Recife, por meio da Pastoral da Aids, promove En-contro de Sensibilização no dia 19 de novembro, das 8h30 às 12h30, no Centro

Arquidiocesano de Pastoral Dom Vital, na Várzea, Zona Oeste do Recife. As inscrições serão feitas no dia e local do evento. Mais informações com Ana Vir-gínia pelos telefones: 8775-5066 / 9959-4887

Pastoral da Aids realiza encontro de sensibilizaçãopor Renata Gabrielle

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A MENSAGEM ARQUIDIOCESANA - Setembro/Outubro de 2011 11

Quatro novos sacerdotes para a messe do Senhor

Dom Fernando concede Ministérios de Leitorato e Acolitato a seminaristas

É bonito ver o nascimento de vocações. É gratifi cante presenciar a concretização do ‘sim’. A Arquidiocese de Olinda e Re-cife está em festa. No dia 1º de outubro,

Acácio Carvalho, Hélio do Nascimento, Ivan Maciel e Rivadávio Barros receberam o Sacramento da Or-dem no grau do presbiterato. O Santuário de Nossa Senhora de Fátima, no bairro da Boa Vista, centro do Recife, encheu-se de alegria. Padres, familiares, ami-gos e fi éis de diversas paróquias da Arquidiocese e de dioceses vizinhas participaram da Concelebração Eucarística.

Em sua homilia, o arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, falou sobre a escolha da data para a ordenação, que teve motivo especial. Era dia de Santa Teresinha do Menino Jesus, doutora da Igreja e padroeira das Missões. “O sacerdócio é serviço. Não status. Ser padre é servir de uma ma-neira total, plena. O ministério deve ser exercido na humildade e simplicidade, tão bem vivenciados por Santa Teresinha.” E acrescentou: “O sacerdote deve ser aberto ao diálogo, deve compreender o outro. Não podemos viver no egoísmo, mas temos que pen-sar no nosso irmão. Precisamos da união de todos para caminharmos”.

Seguiu-se o belo ritual de ordenação e pela im-posição das mãos e Oração Consecratória de dom Fernando Saburido, os quatro diáconos transitórios receberam o presbiterato tornando-se sacerdotes. A felicidade foi traduzida em lágrimas, sorrisos e abraços. “Convido a todos a rezar por nossos quatro irmãos para que sejam fi éis e possam crescer espiri-tualmente”, disse o arcebispo.

O vigário geral da arquidiocese, monsenhor Lino Duarte, dirigiu algumas aos neo sacerdotes. Pala-vras de aconselhamento para a missão que se torna maior. “Nós (padres) vamos fazer o máximo para que vocês se sintam bem entre nós para que possamos

O Seminário Nossa Senhora da Graça, em Olinda, Região Metropolitana do Recife, celebrou entre os dias 17 e 20 de outu-bro a festa de sua padroeira. O Tríduo

teve como tema central ‘As várias faces de Maria’ e foi realizado na Capela do Seminário. No dia 20, nove seminaristas receberam os Ministérios de Acolitato e Leitorato das mãos do arcebispo metro-politano, dom Fernando Saburido. Todas as noites os fi éis participaram das Missas presididas pelos neo-sacerdotes, Acácio Carvalho, Hélio do Nasci-mento, Ivan Maciel e Rivadávio de Barros. Ordena-dos no dia 1º de outubro.

O encerramento das festividades foi na Catedral da Sé. Mantendo a tradição, o arcebispo concedeu a nove seminaristas, que estão no segundo ano do curso de Teologia, os Ministérios de Acolitato e Lei-torato. Os leitores receberam das mãos de dom Fernando a Bíblia Sagrada. No rito de instituição do ministério de acólito, o candidato recebe das mãos do Bispo, a patena com a hóstia a ser consagrada.

Durante a homilia, o arcebispo refl etiu sobre a im-portância de Nossa Senhora na construção do Reino de Deus: “Nossa Senhora esteve presente na primei-

ra comunidade formada pelo Senhor, que se expan-diu por todo o mundo. A cruz não impediu Maria de ter a alegria interior de colaborar com o Reino de Deus. Uma vez fazendo a vontade de Deus, nada nos impedirá de chegarmos a nossa meta.” E concluiu: Entre os tantos títulos referentes a Maria, temos o de Nossa Senhora da Graça, que traz nos seus braços a graça por excelência, Jesus Cristo.

O seminarista Abdon de Santana falou em nome dos leitores e acólitos. “Esta etapa da nossa cami-nhada é de suma importância, pois nos revigora na vocação. Grande graça é oferecer as nossas mãos para o serviço do Senhor”, afi rmou. Após a cele-bração, sacerdotes, seminaristas, familiares, amigos e fi éis presentes participaram de confraternização ao no terraço da Catedral da Sé.

Os Seminaristas que receberam os Ministérios de Leitorato e Acolitato fora: Abdon de Santana, Antônio Diego Santos, Gutemberg Machado, João Pedro Alves, José Romualdo de Oliveira, Marlon Lauriano, Robson Soares, Rodrigo Soares e Rogério José da Silva.

trabalhar juntos na construção do Reino de Deus.”, disse. Padre Rivadávio foi escolhido para falar em nome dos sacerdotes recém ordenados.

Os quatro padres receberam as provisões. Foram nomeados vigários paroquiais.

Pe. Acácio CarvalhoVigário paroquial da Paróquia Nossa Senhora das

Candeias, Jaboatão dos Guararapes.Pe. Hélio do NascimentoVigário paroquial da Paróquia Nossa Senhora dos

Prazeres com atenção especial para a Capela São Francisco de Assis, na Vila Torres Galvão, na cidade do Paulista.

Pe. Ivan MacielVigário paroquial da Paróquia Nossa Senhora do

Ó, em Ipojuca.Pe. Rivadávio de Barros Vigário paroquial da Paróquia São José Operário,

Destilaria, no Cabo de Santo Agostinho.

Por Renata Gabrielle

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A MENSAGEM ARQUIDIOCESANA - Setembro/Outubro de 201112

“Por onde formos também nós que brilhe a Tua luz”por Renata Gabrielle

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Cidade irmãs unidas por histórias, pontes e de-voção. As paróquias São Gonçalo do Amarante, em Itapissuma, e Nossa Senhora do Pilar, na Ilha de Itamaracá, receberam entre os dias 16 e 18 de

setembro a Visita Pastoral do arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, e seus assessores. Esta foi a primei-ra visita realizada em duas paróquias simultaneamente.

A recepção foi calorosa. Em procissão, o arcebispo seguiu com os fi éis e autoridades locais até a Matriz de Itapissuma, situada às margens do Canal de Santa Cruz. No local, falou sobre a importância do evento e sobre a estrutura organi-zacional da arquidiocese, que está dividida em Vicariatos Episcopais e Comissões de Pastoral. Após a recepção, dom Fernando foi homenageado com a Medalha Pedra Negra con-cedida pela Câmara Municipal de Itapissuma e entregue pelo prefeito da cidade, Cal Volia.

O dia estava apenas começando e o compromisso seguinte é daqueles que levam à refl exão e perplexidade. Visita à penitenciária Barreto Campelo e Agroindustrial São João (PAISJ). Encontrar Jesus em cada um dos detentos é consta-tar as condições subumanas em que vivem e que não podem ser omitidas e negligenciadas. O número de jovens nos presí-dios visitados refl ete a realidade criminal do país. Acompan-hado dos agentes da Pastoral Carcerária, dom Fernando visi-tou um dos pavilhões da Barreto Campelo. Local inóspito e que causa náuseas. Nas unidades, dom Fernando falou sobre a preocupação da Igreja com situação presenciada. “A gente está aqui porque vê em cada um de vocês a pessoa do Cristo com suas necessidades, suas carências. A nossa intenção é levar vocês a uma consciência cidadã e cristã para que pos-sam superar esse momento e se reabilitar em todos os aspec-tos, do ponto de vista social e espiritual também”, afi rmou o arcebispo.

Paralelamente, ocorreram duas reuniões com repre-sentantes de instituições de ensino e pescadores das duas cidades. Momentos para compartilhar preocupações seme-lhantes. Reuniões com o Conselho de Pastoral das paróquias e o Conselho Missionário Paroquial foram realizadas na noite da sexta-feira, 16, e do sábado, 17, em Itapissuma e Itama-racá respectivamente. “O Conselho tem a missão de garantir a vida de comunhão na paróquia. Por isso, ele é responsável pela organização e articulação das pastorais e pela espiri-tualidade e formação dos fi éis”, ressaltou o coordenador de pastoral da arquidiocese, padre Josenildo Tavares. Uma questão em comum precisa ser cuidadosamente trabalhada nas duas comunidades: a festa dos padroeiros. Onde o profa-

no desrespeita o sagrado, a fé. Além da necessidade de ativi-dades missionárias. Ir ao encontro do povo.

O sábado foi dedicado a Itamaracá. Um dia de intensas atividades. A comitiva visitou a Comunidade Terapêutica “Itamaracá Projeto Renascer”. Local que acolhe dependentes químicos e que buscam uma vida nova. Realidades vividas em visitas anteriores e que se repetem. Gestos nobres sur-gidos em meio a dor e à alegria de ver um fi lho renascer. Assim como o Sr. Silveira presidente da Associação Maria Amélia, em Vitória de Santo Antão, Celivaldo Varejão criou o projeto para conceder a outras famílias a felicidade que rece-beu. “O primeiro passo é vocês quererem se recuperar e de-pois o apoio da família e a fé é que vai garantir a mudança”, disse dom Fernando aos jovens atendidos pela instituição. Os internos apresentaram algumas canções religiosas para os presentes e em seguida se confraternizaram com os seus familiares e amigos.

Houve ainda encontros com agentes da Pastoral da Saúde e do Idoso, além dos Ministros Extraordinários da Eucaris-tia de Itamaracá e Itapissuma. O arcebispo acompanhado do administrador paroquial de Itamaracá visitou duas senhoras enfermas e ministrou o Sacramento da Unção dos Enfermos. Ele explicou o signifi cado do sacramento desfazendo o mito da ‘extrema unção’. Nestes breves momentos de diálogo ou-viu confi ssões, histórias, conheceu músicas, cocos e cirandas. A última visita foi a uma família fragilizada pela perda do fi lho de 18 anos. Jovem universitário vítima de bala perdida, em novembro de 2010. A mãe sofre e lamenta, mas não per-deu a fé por causa disso. “Escutei palavras bonitas da parte dela, sobretudo pela sua confi ança em Deus”, revelou emo-cionado o arcebispo.

Reuniões com os catequistas e as juventudes paroqui-ais, encerrou a tarde de encontros do sábado. À noite, dom Fernando presidiu a Celebração Eucarística na capela Bom Jesus dos Passos, uma simpática igreja localizada na praia de Jaguaribe. A igreja não comportou a quantidade de fi éis, tendo alguns deles fi cado no pátio externo da capela. Já na Igreja Matriz, o vigário episcopal do Vicariato Olinda, padre Sandro Corazza, liderou reunião com animadores de liturgia: Missa, Celebrações da Palavra, Matrimônio. Os participantes do encontro apresentaram sua experiência nos ministérios e funções de leitores, animadores do canto, acolhida, minis-tros extraordinários da comunhão e preparação do Batismo.

Pela primeira vez a Pastoral Familiar paroquial realizou a Caminhada Sim à Vida, que reuniu uma multidão na manhã escaldante do domingo, 18. Dom Fernando iniciou o evento

com uma mensagem e reforçando o convite para a Camin-hada Arquidiocesana, que foi realizada no dia 2 de outubro, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife. Nem mesmo o calor foi capaz de desanimar os participantes, que ao som de músicas religiosas seguiu pela avenida principal da cidade.

No fi nal da manhã, assim como em Itamaracá, o arcebispo visitou alguns enfermos. Foi até a casa deles e levou a es-perança aos que sofrem. Ir ao encontro daqueles que sofrem leva alento e paz. Famílias se reuniram em torno daqueles breves momentos. A fé na misericórdia de Deus se revelava em cada rosto.

A Concelebração Eucarística marcou o encerramento da Vi-sita Pastoral na Paróquia Nossa Senhora do Pilar, em Itamaracá, e foi presidida por dom Fernando Saburido. O arcebispo falou sobre a necessidade de fazer missão. “Deus convida a cada um de nós a fazermos de fato alguma coisa pelo Reino de Deus. O leigo tem papel importante nessa missão. Eles são protagonis-tas.” Destacou ainda a questão do desenvolvimento acelerado do Estado que está causando sérios problemas sociais como é o caso de Suape, que foi tema de série de reportagens ‘Os fi lhos de Suape”, do Diario de Pernambuco, e que se estenderá ao Litoral Norte com a vinda de empresas multinacionais para a região. Após a Missa, houve uma breve confraternização com os paroquianos de Itamaracá, no Salão Paroquial.

Chegava a hora de se despedir de Itapissuma. A missa na Igreja São Gonçalo do Amarante foi presidida por dom Fer-nando Saburido. A homilia foi feita pelo vigário episcopal do Vicariato Olinda, padre Sandro Corazza. “Quanta riqueza a gente tem na nossa Igreja, quantas atividades pastorais! Deus chama a gente a assumir muito mais os compromis-sos. Vamos abrir os nossos corações. Agora é o momento de responder ao chamado de Deus”, disse o vigário episcopal. Na ocasião, também foi celebrado os 90 anos do Apostolado da Oração da paróquia. Após a Missa, dom Fernando e seus assessores participaram do jantar, que também reuniu os paroquianos e, em especial, os associados do Apostolado da Oração, no Salão Paroquial.

A visita terminou com uma notícia triste. A morte de um jovem de 18 anos. Morto minutos antes numa praça próxi-ma à Igreja. Mais uma vez a história se repetiu. Assim como Eduardo, que foi morto em novembro de 2010, na praça de Itamaracá, outro jovem foi vítima da violência. Deixando clara a necessidade de políticas públicas em defesa da vida.

A diferença entre as paróquias se perde em suas seme-lhanças. A fraternidade, presentes desde a origem das duas cidades, deve se converter em pontes.

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