a memória como elemento de construção de uma identidade cultural

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  • 7/25/2019 A Memria Como Elemento de Construo de Uma Identidade Cultural

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    A Memria como Elemento de Construo de uma IdentidadeCultural

    Bertone de Oliveira Sousa

    Segundo Peter Burke (2000, p. 69), a explicao tradicional

    da relao entre a memria e a histria escrita, na qual a memria

    reflete o que aconteceu na verdade e a histria reflete a memria,

    algo j em grande parte superado pela historiografia. Outrora, a

    histria era vista como relato dos grandes feitos de reis, generais e

    personagens importantes do passado. Cabia ao historiador a

    descrio objetiva dos fatos e seu ofcio era uma forma de a

    posteridade aprender com os exemplos do que relatava.

    Koselleck dissertou sobre esse aspecto da histria que

    vigorou da Antiguidade aos tempos modernos. Ao falar da historia

    magistra vitae comenta acerca do carter pedaggico desse mister,

    com o qual se podia repetir os sucessos do passado ou os seus erros.

    O Cristianismo, por sua vez, manteve-se associado a essa definio

    uma vez que seu espao de experincia era pautado em um horizonte

    de expectativas escatolgico, na espera do advento do messias e da

    instaurao do milnio. Isso implicava sempre relembrar os feitos

    passados de patriarcas, profetas, apstolos e outros personagens

    bblicos, ou seja, o passado era meio de instruo para manter a f

    no presente enquanto se esperava o reino de Deus.

    A partir da Revoluo Francesa ocorre uma mudana

    substancial na forma de encarar a histria: com o ideal de progresso,no se busca mais os conselhos do passado, mas a transformao do

    mundo. Kosseleck ressalta que a partir de ento que o espao de

    experincia deixou de estar limitado pelo horizonte de expectativas,

    pois a marcha do progresso se projeta para o futuro, e a revoluo

    colocava a si mesma como perspectiva histrica, conduzindo um

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    futuro incerto. Com isso, a espera pelo Juzo Final transformou-se, a

    partir da segunda metade do sculo XVIII em um conceito histrico

    relacionado esperana. (KOSELLECK, Reinhart. 2006, p. 58) Pelas

    transformaes ocorridas no sculo XIX oriundas da crena no

    progresso e na industrializao, o surgimento das naes e dosentimento de nacionalidade, Pierre Nora o considerou como o sculo

    da memria porque as transformaes sociais, culturais e simblicas

    exigiam que os indivduos, as famlias, as novas associaes assentes

    no contrato, as classes e os novos Estados-Nao procurassem, no

    passado democratizando uma atitude tpica da antiga aristocracia ,

    a sua legitimao. (CATROGA, Fernando. 2001, p.52)

    J no sculo XX, a virada historiogrfica promovida pelosAnnales nos mostrou que a histria uma montagem de selees e

    interpretaes elaboradas pelo historiador, bem como de

    condicionamentos scio-culturais nos quais ele est inserido. O

    estudo da memria tambm passou por modificaes conceituais a

    partir da dcada de 1920. Ao mostrar que a memria uma

    construo social, Halbwachs tambm apontou que os indivduos

    recordam daquilo que consideram importante para seu grupo. Para

    ele, as lembranas so sempre coletivas, pois, mesmo que em

    determinadas circunstncias se esteja materialmente s, o indivduo

    recorda tendo como referenciais estruturas simblicas e culturais de

    um grupo social.

    Ele faz ainda uma clara distino entre memria histrica e

    histria escrita. A primeira est diretamente relacionada histria

    vivida, pois esta se baseia em experincias vivenciadas pelo grupo,

    que busca conservar a imagem do seu passado. Para ele, a histria

    escrita comea onde termina a memria social, pois enquanto esta

    continuar ativa, no h necessidade de registr-la por escrito, mas

    quando ela se distancia no tempo apagando-se na memria dos

    homens que entra o historiador relacionando e classificando os

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    fatos segundo necessidades ou regras que no se impunham ao

    crculo de homens que por muito tempo foram seu repositrio

    (HALBWACHS, Maurice. 2006, p. 100). Porm, estudos realizados

    posteriormente apontaram que, assim como a memria, a histria

    tambm produto dos grupos sociais, pois reconstroem o passado apartir de categorias de sua prpria cultura.

    preciso aqui distinguir entre dois tipos de memria, o

    primeiro, mneme, que a lembrana involuntria, evocada por

    circunstncias, objetos, pessoas ou lugares, em cuja experincia

    passada faa brotar a recordao; o segundo anamnese, o

    trabalho consciente e sistemtico de recuperao das lembranas;

    o processo de rememorao do que ocorreu no passado. Nesse caso,pode haver reelaborao, reflexo, julgamento e ressignificao das

    experincias vividas. Por isso, a memria seletiva, nem tudo fica

    gravado na lembrana. Da o fato de que a histria, ao tentar

    resgatar a memria coletiva e transform-la em narrativa, constri

    um relato aproximado do que ocorreu, dado o fato de o historiador

    encontrar-se em outro tempo e no ter vivido diretamente o fato

    sobre o qual escreve.

    Isso nos remete tambm s questes postas por Paul

    Ricoeur acerca do tempo e narrativa histrica, da construo do texto

    histrico, do processo de ficcionalizao da narrativa do passado. Ele

    ressalta que a narrativa uma forma de reconfigurarmos nossa

    experincias temporal. O historiador enxerga o passado a partir do

    vestgio, por isso no parte do real, mas de representaes

    construdas pelos sujeitos sociais. Ao ter contato com elas, o

    historiador as analisa, interpreta, manipula, recorta e articula, a

    partir disso, um texto de histria. Cada poca fabrica seu universo de

    smbolos e significados, produz a sua representao do tempo

    histrico. Por isso, para Ricoeur, a narrativa introduz a inteligibilidade

    do tempo histrico, pois ao partir da rememorao, ela ressignifica o

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    tempo passado atravs da escrita. Ele tambm demonstra que, ao

    atuar sobre a memria arquivada, a historiografia promove um

    deslocamento espacial dos protagonistas da narrativa e o tempo em

    que os acontecimentos se desenrolam.

    Jacques Le Goff (2003, p. 467) argumenta como a Histria

    Nova tem se relacionado com a memria coletiva a partir dos nveis

    em que o individual se enraza no social e no coletivo (lingstica,

    demografia, economia, biologia, cultura) e tambm do estudo dos

    lugares da memria coletiva (...): Lugares topogrficos, como os

    arquivos, as bibliotecas e os museus; lugares monumentais como os

    cemitrios ou as arquiteturas; lugares simblicos como as

    comemoraes, as peregrinaes, os aniversrios ou os emblemas;lugares funcionais como os manuais, as autobiografias ou as

    associaes (idem).

    Que relao, ento, pode ser estabelecida entre a memria e

    a construo de uma identidade cultural? Nas ltimas dcadas, o

    estudo das identidades tornou-se lugar-comum no campo das

    cincias sociais, sobretudo a partir dos anos 90. As mudanas

    histricas ocorridas nesse perodo conduziram emergncia doestudo das identidades como um referencial de compreenso e

    explicao das mudanas sociais, marcada por sociedades cada vez

    mais heterogneas, culturas hbridas e grupos complexamente

    diversificados. Percebe-se, assim, uma fragmentao das coeses

    sociais, outrora escamoteadas sob unidades territoriais, polticas e

    scio-culturais, cedendo lugar a uma multiplicidade de identidades

    que reivindicam lugar e visibilidade ante o modelo de globalizao

    econmica, poltica e cultural e a homogeneizao dela advinda.

    justamente esse processo, composto de constantes

    emprstimos que pe em evidncia as formaes identitrias no

    interior dos grupos sociais e que se manifestam como reaes deles

    aos projetos unificadores. Nesse contexto, o Estado perde a

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    centralidade sobre as relaes sociais, o que resulta em maior

    intercmbio entre indivduos e grupos. Assim, os significados e as

    identidades so produzidos por esses grupos a partir de relaes que

    estabelecem entre si.

    Portanto, essa temtica se relaciona com a memria na

    medida em que as identidades se constituem como uma herana de

    significados, ligados constituio de uma memria e de um discurso

    que legitime a idia de pertencimento. Desse modo, a memria

    importante no processo de formao identitria dos grupos, o que os

    leva a buscar fazer-se conhecer e reconhecer como um processo

    histrico no interior de um processo histrico mais amplo.

    Burke (2000) sublinha que os historiadores se interessam

    pela memria por dois motivos: por ela ser uma fonte histrica e por

    ser um fenmeno histrico. Ela se relaciona com a identidade na

    medida em que a alteridade a essncia da constituio de ambas:

    recordar em si mesmo um ato de alteridade. Ningum se recorda

    exclusivamente de si mesmo, e a exigncia de fidelidade, que

    inerente recordao, incita ao testemunho do outro. (CATROGA,

    Fernando. 2001, p. 45)Para Castells, a identidade a fonte de significado e

    experincia de um povo. (...) Toda e qualquer identidade

    construda. A principal questo, na verdade, diz respeito a como, a

    partir de qu, por quem e para qu isso acontece. (CASTELLS,

    Manuel. 2000, p.22-23). Ora, sabemos que a identidade possui um

    carter relacional, ou seja, ela se define em relao alteridade,

    depende, para existir, de algo fora dela: a saber (...), de umaidentidade que ela no (...), mas que, entretanto, fornece as

    condies para que ela exista (...). A identidade , assim, marcada

    pela diferena. (WOODWARD, Kathryn. 2000, p. 09) Por isso

    importa saber a partir de quais referenciais ela construda, como

    afirmar Castells na citao acima. Por isso tambm ela est

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    intimamente ligada ao conceito de representao social, pois, se a

    identidade marcada pela diferena, significa que pode estar em

    constante competio ao que lhe exterior.

    Para Roger Chartier, as representaes aspiram a um

    carter universalista e so sempre determinadas pelos interesses dos

    grupos que as produzem. Por esse motivo, nunca so discursos

    neutros, colocando-se sempre em situaes de competio e

    engendram sempre discursos e prticas sociais diferenciadas. Ao

    parafrasear Marcel Mauss, Chartier afirma que mesmo as

    representaes coletivas mais elevadas s tm uma existncia, isto ,

    s o so verdadeiramente a partir do momento em que comandam

    actos que tm por objetivo a construo do mundo social, e comotal a definio contraditria das identidades tanto a dos outros

    como a sua. (CHARTIER, Roger. 2002, p. 18) Enquanto discurso e

    prtica, as representaes so esboadas por indivduos que

    descrevem a sociedade tal como pensam que ela , ou como

    gostariam que fosse. (Idem, p. 19)

    A representao inclui as prticas de significao e ossistemas simblicos por meio dos quais os significados so

    produzidos, posicionando-nos como sujeito. por meio dossignificados produzidos pelas representaes que damossentido nossa experincia e quilo que somos. (...) Osdiscursos e os sistemas de representao constroem oslugares a partir dos quais os indivduos podem se posicionare a partir dos quais podem falar. (WOODWARD, Kathryn.2000, p. 17)

    Nota-se, portanto, que h estreita relao entre os conceitos

    de identidade, memria e representao. Esses conceitos esto

    imbricados no cotidiano e nas prticas sociais dos mais diversos

    grupos. Ento, de que modo e memria contribui para a construode uma identidade cultural? Michael Pollak nos responde comeando

    por enumerar trs caractersticas da identidade, que so: os limites

    de pertencimento a um grupo, a continuidade temporal e o

    sentimento de coerncia, ou seja, de que os elementos que compem

    um indivduo ou um grupo esto de fato unificados e que a quebra

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    desse sentimento (de unidade e continuidade) podem acarretar

    fenmenos patolgicos (no plano individual) ou a desagregao (na

    esfera coletiva), e arremata:

    Podemos portanto dizer que a memria um elemento

    constituinte do sentimento de identidade, tanto individualcomo coletiva, na medida em que ela tambm um fatorextremamente importante do sentimento de continuidade ede coerncia de uma pessoa ou de um grupo em suareconstruo de si (...) A memria e a identidade sovalores disputados em conflitos sociais e intergrupais.(POLLAK, Michael, 1992, p. 200-212 [grifos do autor])

    Podemos encontrar diversos exemplos de como a memria e

    a identidade so elementos disputados no campo social, em conflitos

    tnicos, religiosos, familiares, grupos que reivindicam a posse da

    verdade ou da ancestralidade como forma de legitimar a posse de umterritrio, de um bem, ou conjunto de bens; em certos lugares

    como nos Blcans aps a dissoluo da Unio Sovitica podemos

    ver a reivindicao de nacionalidades, com base na memria da

    constituio de um grupo, uma etnia; em outros lugares, a disputa

    est relacionada com reivindicaes de espao poltico-social, anseio

    de grupos minoritrios de manifestar-se, como o caso dos

    movimentos que lutam pelos direitos dos negros, homossexuais,

    mulheres, etc., que so grupos que possuem elementos constitutivos

    comuns sua vida, ou seja, possuem uma memria, formam uma

    identidade e buscam espao para expressar suas diferenas. No caso

    da pennsula balcnica e de outros pases do leste europeu, a luta

    pela formao de novos territrios tm sido uma constante desde o

    incio dos anos 90. No continente africano ps-colonizao, em

    determinados pases, conflitos tnicos tm marcado guerras civis

    pungentes, como o caso, mais recentemente, de Ruanda, Somlia,Zaire, Angola, entre outros.

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    H uma multido de motivos, uma multido de memrias elembranas que tomam difcil a valorizao em relao sociedade em geral e que podem ser a origem de conflitosentre pessoas que vivenciaram os mesmos acontecimentose que, a priori, por terem elementos constitutivos comunsem suas vidas, deveriam sentir-se pertencentes ao mesmogrupo de destino, mesma memria. (Idem).

    Stuart Hall avalia esse processo de fragmentao identitria

    como resultado processo de fragmentao do sujeito ps-moderno,

    composto de vrias identidades, amide contraditrias. Como

    conseqncia do colapso dos referenciais objetivos de cultura, que

    no passado norteava a vivncia dos grupos, esse sujeito torna-se,

    assim, problemtico, instvel, provisrio.

    A identidade torna-se uma celebrao mvel: formada etransformada continuamente em relao s formas pelasquais somos representados ou interpelados nos sistemasculturais que nos rodeiam. definida historicamente, e nobiologicamente. (...) medida que os sistemas designificao e representao cultural se multiplicam, somosconfrontados por uma multiplicidade desconcertante ecambiante de identidades possveis. (HALL, Stuart. 2006, p.12-13)

    Por isso se faz necessrio investigar os elementos que

    constituem a memria dos grupos, seus ritos de recordao, seus

    referenciais de sentido, seus smbolos de traduo da experincia

    vivida, numa palavra, as partes componentes da identidade deles. Deacordo com Diehl (2002, p. 111-112), o estudo da memria e da

    identidade constitui a chave de compreenso das perspectivas

    historiogrficas que marcam os modos de pensar e reconstituir o

    passado na atualidade. Para ele, a memria no deve ser entendida

    apenas como uma busca de informaes acerca do passado, mas

    como um processo dinmico da prpria rememorizao.

    Isso tem conduzido os estudos histricos a umredimensionamento das noes de tempo, espao e movimento.

    Vive-se uma crise da viso iluminista e de suas herdeiras no sculo

    XIX de redeno do homem no futuro; esse aspecto da ps-

    modernidade o que Stuart Hall chamou de descentramento do

    sujeito, levando-o a assumir uma identidade mvel, hbrida. Desse

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    modo, a forma como a memria atua na reorientao da vivncia

    cotidiana dos grupos sociais importante para analisar a formao e

    mudana das identidades culturais nas sociedades contemporneas.

    Para a histria, no so as memrias e identidades os pontos

    centrais, mas as suas respectivas representaes nas experincias eexpectativas de vida (Idem, p. 113). importante destacar tambm

    que o processo contnuo de (re)formulao das identidades faz com

    que os significados culturais sejam ressubjetivados para grupos

    sociais e jamais para a sociedade como tal. Caso contrrio, a

    identidade passa a ser ideologia, facilmente vinculada concepo

    de cultura nacional. (ibidem, p. 115)

    Portanto, memria e identidade so fatores que, emconjunto, objetivam gerar unidade, organizao, sentido histrico.

    Para isso, atuam, no raramente, no sentido de regularem o

    comportamento social dos indivduos a fim de evitar a fragmentao

    do grupo e manter a coeso em torno de referenciais simblicos

    comuns. Estudar as sociedades contemporneas luz desses

    conceitos importante na medida em que nos auxiliam a

    compreender como os agentes histricos se constituem e como

    constituem relaes entre si em qualquer sociedade. Estudar as

    identidades compartilhadas pelos indivduos esquadrinhar o

    universo de significados que norteiam sua existncia enquanto grupo

    social, instituio, comunidade, etnia, enfim, enquanto agentes da

    memria.

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