a marcha contra a precariedade é uma iniciativa de combate ... · são hoje 720 mil trabalhadores...

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Bloco mobilizado contra a precariedade José Sócrates enche a boca com o seu "combate à precariedade". Mas o objectivo é apenas dividir precários e trabalhadores com contrato. Para impor a todos as novas leis laborais. Na verdade, Portugal bate recordes de precariedade. A inspecção do trabalho não funciona. O PS fez a lei à medida das empresas de trabalho temporário, que exploram dupla- mente os trabalhadores e às quais está ligado o próprio porta-voz do Partido Socialista, Vitalino Canas. O novo código permite a renovação até três anos dos contratos a prazo – o triplo do tempo que a lei estipu- lava no tempo de Guterres. QUESTÃO DE RESPEITO. O trabalho precário é a garantia de uma vida precária. Perante a crise na habitação, os aumentos dos com- bustíveis e dos alimentos, o dia-a-dia é cada vez mais imprevisível para quem vive do seu trabalho. A renda, as contas, a escola dos filhos – nada disso se interrompe quando cessa um contrato ou quando termina um biscate a recibo verde. A precariedade não é só o roubo de direitos: a própria dignidade dos tra- balhadores e das trabalhadoras é posta em causa. PODE SER DE OUTRO MODO. O Bloco vai mostrar que se podem tomar medidas concretas desde já para enfrentar o desemprego e a precariedade. Ao longo dos dias da Marcha contra a precariedade, serão apresentadas propostas mobilizado- ras, que abram o debate sobre o país que queremos. UM DESAFIO AOS PODEROSOS. A Marcha é um desafio à política do governo e às opções económicas dos últimos anos. O sufoco em que vive quem trabalha não é apenas resulta- do da "situação internacional", como diz Sócrates. Este Portugal precário é o produto de políticas erradas, que respondem à crise com mais crise. O novo código laboral é a cereja sobre o bolo. Quem celebra? Os patrões, que pagam cada vez menos, e as empresas de trabalho temporário, que ganham cada vez mais. :: MARCHA Envia estes dados para a Sede nacional (por CTT ou email) e receberás em casa a proposta de adesão - Av. Almirante Reis, 131, 2º 1150-015 Lisboa www.esquerda.net A nova lei do divórcio acaba com o conceito de culpa. Com a sua intervenção parla- mentar, o Bloco de Esquerda abriu caminho a estas alterações. A noção de culpa no divórcio assentava na ideia de que o casamento é indissolúvel. Para terminar, tinha que ser apurado um ou uma culpada. Com a actual lei, a vontade expressa de um dos cônjuges é motivo suficiente. NOVA LEI DO DIVÓRCIO VERÃO 2008 :: DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Mais exploração Pelo direito a ter direitos A economia portuguesa vive de salários baixos. As horas extraordinárias têm sido usadas como complemento. Agora, em vez de aumentos de salários e normalização dos horários, o governo quer que as horas extra deixem de ser pagas. A isto chama "flexibilidade de horário". Daí o entusiasmo dos patrões. A nova lei prevê a concentração de horários em três ou quatro dias, 12 horas por dia, sem pagamento suplementar de horas extras. Esta "flexibilização dos horários" passa a ser possível por acordo individual entre patrão e empre- gado. Claro que o empregado pode sempre recusar, mas a sua posição é frágil; no caso do chama- do "banco de horas", em que o pagamento suplementar é substituído por descanso, é necessário o aval dos sindicatos. As férias também estão em causa. As empresas passam a poder fechar as portas por mais de 15 dias no Verão, o que poderá fazer disparar as férias forçadas. O novo Código teve o acordo da UGT e a recusa da CGTP e de toda a oposição de esquerda. Em Junho passado, mais de duzentos mil trabalhadores manifestaram-se em Lisboa contra este ataque. A votação parlamentar da nova lei está prevista para depois do verão. NOVO CÓDIGO DO TRABALHO FRANCISCO VAN ZELLER “Felizmente temos Sócrates” Francisco Van Zeller, presidente da confederação patronal, diz que Vieira da Silva fez melhor que um governo de direita. Para o líder da CIP, “Os governos de direita são mais tímidos no que respeita a relações de trabalho. Este ministro e esta equipa são especializados e souberam muito bem até onde podiam ir. Isto é mérito de especialistas”. LUSA 16 QUARTEIRA 19 MATOSINHOS 20 ESPINHO 21 CAMINHA 23 MANTA ROTA 24 PORTIMÃO 25 VILA NOVA DE MILFONTES 27 NAZARÉ PORTO | Fac. de Psicologia e Ciências da Educação 29 a 31 AGOSTO AGOSTO O BLOCO NAO PARA A Marcha Contra a Precariedade é uma iniciativa de combate, para enfrentar as novas leis laborais e as mentiras do governo. PAG.04 No ano parlamentar que agora terminou, o Bloco de Esquerda foi a oposição que mais propos- tas viu aprovadas na Assembleia da República. Entre elas, estão o direito ao acompanhamento dos doentes nas urgências hos- pitalares ou o direito ao subsídio de desemprego para os traba- lhadores da administração pública. OPOSIÇÃO QUE CONTA LUÍS FAZENDA www.esquerda.net

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Page 1: A Marcha Contra a Precariedade é uma iniciativa de combate ... · São hoje 720 mil trabalhadores nesta situação. A esta precariedade há que somar muitos ... alimentos por parte

Bloco mobilizadocontra a precariedade

José Sócrates enche a boca como seu "combate à precariedade".Mas o objectivo é apenas dividirprecários e trabalhadores comcontrato. Para impor a todos asnovas leis laborais.

Na verdade, Portugal bate recordesde precariedade. A inspecção dotrabalho não funciona. O PS fez a leià medida das empresas de trabalhotemporário, que exploram dupla-mente os trabalhadores e às quaisestá ligado o próprio porta-voz doPartido Socialista, Vitalino Canas. Onovo código permite a renovaçãoaté três anos dos contratos a prazo– o triplo do tempo que a lei estipu-lava no tempo de Guterres.

QUESTÃO DE RESPEITO.O trabalho precário é a garantia deuma vida precária. Perante a crise nahabitação, os aumentos dos com-bustíveis e dos alimentos, o dia-a-diaé cada vez mais imprevisível paraquem vive do seu trabalho. A renda,as contas, a escola dos filhos – nadadisso se interrompe quando cessaum contrato ou quando termina umbiscate a recibo verde.

A precariedade não é só o roubo dedireitos: a própria dignidade dos tra-balhadores e das trabalhadoras éposta em causa.

PODE SER DE OUTRO MODO.O Bloco vai mostrar que se podemtomar medidas concretas desde jápara enfrentar o desemprego e aprecariedade. Ao longo dos dias daMarcha contra a precariedade, serãoapresentadas propostas mobilizado-ras, que abram o debate sobre o paísque queremos.

UM DESAFIOAOS PODEROSOS.A Marcha é um desafio à política dogoverno e às opções económicas dosúltimos anos. O sufoco em que vivequem trabalha não é apenas resulta-do da "situação internacional", comodiz Sócrates. Este Portugal precárioé o produto de políticas erradas, querespondem à crise com mais crise. Onovo código laboral é a cereja sobreo bolo. Quem celebra? Os patrões,que pagam cada vez menos, e asempresas de trabalho temporário,que ganham cada vez mais.

:: MARCHA

Envia estes dados para a Sede nacional (por CTT ou email) e receberás em casa a proposta de adesão - Av. Almirante Reis, 131, 2º 1150-015 Lisboa

www.esquerda.net

A nova lei do divórcio acaba como conceito de culpa.Com a sua intervenção parla-mentar, o Bloco de Esquerdaabriu caminho a estas alterações.A noção de culpa no divórcioassentava na ideia de que ocasamento é indissolúvel. Paraterminar, tinha que ser apuradoum ou uma culpada.Com a actual lei, a vontadeexpressa de um dos cônjuges émotivo suficiente.

NOVA LEI DO DIVÓRCIO

VERÃO 2008 :: DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Mais exploração

Pelo direito a ter direitos

A economia portuguesa vivede salários baixos.As horas extraordináriastêm sido usadas comocomplemento.Agora, em vez de aumentosde salários e normalizaçãodos horários, o governoquer que as horas extradeixem de ser pagas.A isto chama "flexibilidadede horário". Daí oentusiasmo dos patrões.

A nova lei prevê a concentraçãode horários em três ou quatrodias, 12 horas por dia, sempagamento suplementar de horasextras.Esta "flexibilização dos horários"passa a ser possível por acordoindividual entre patrão e empre-gado. Claro que o empregadopode sempre recusar, mas a suaposição é frágil; no caso do chama-do "banco de horas", em que opagamento suplementar ésubstituído por descanso, é

necessário o aval dos sindicatos.As férias também estão em causa.As empresas passam a poderfechar as portas por mais de 15dias no Verão, o que poderá fazerdisparar as férias forçadas.O novo Código teve o acordo daUGT e a recusa da CGTP e de todaa oposição de esquerda. Em Junhopassado, mais de duzentos miltrabalhadores manifestaram-se emLisboa contra este ataque. Avotação parlamentar da nova leiestá prevista para depois do verão.

NOVO CÓDIGO DO TRABALHO

FRANCISCO VAN ZELLER

“FelizmentetemosSócrates”

Francisco Van Zeller, presidenteda confederação patronal, dizque Vieira da Silva fez melhorque um governo de direita.

Para o líder da CIP, “Os governos dedireita são mais tímidos no que respeitaa relações de trabalho. Este ministroe esta equipa são especializados esouberam muito bem até onde podiamir. Isto é mérito de especialistas”.

LUSA

16 QUARTEIRA 19 MATOSINHOS20 ESPINHO21 CAMINHA23 MANTA ROTA24 PORTIMÃO25 VILA NOVA DE MILFONTES27 NAZARÉ

PORTO | Fac. de Psicologia e Ciências da Educação

29 a 31 AGOSTOAGOSTO

O BLOCO NAO PARA

A Marcha Contra a Precariedade é uma iniciativa de combate, paraenfrentar as novas leis laborais e as mentiras do governo. PAG.04

No ano parlamentar que agoraterminou, o Bloco de Esquerdafoi a oposição que mais propos-tas viu aprovadas na Assembleiada República. Entre elas, estãoo direito ao acompanhamentodos doentes nas urgências hos-pitalares ou o direito ao subsídiode desemprego para os traba-lhadores da administraçãopública.

OPOSIÇÃO QUE CONTA

LUÍS FAZENDA

www.esquerda.net

Page 2: A Marcha Contra a Precariedade é uma iniciativa de combate ... · São hoje 720 mil trabalhadores nesta situação. A esta precariedade há que somar muitos ... alimentos por parte

PORTUGUESES QUE VIVEM ABAIXODO LIMIAR DA POBREZA2 milhões

BENEFICIÁRIOS DO RENDIMENTOSOCIAL DE INSERÇÃO311 mil (quase 40% são menores)

DESPESA ANUAL COM O RSI 371 milhões.

PRESTAÇÃO MÉDIA DE RSI 83 por beneficiário.

LUCRO DOS CINCO MAIORESBANCOS EM 2007

9 milhões por dia.

PERDA DE RECEITA FISCAL DEVIDOAOS BENEFÍCIOS FISCAIS À BANCA

700 milhões por ano.

:: TRABALHO:: TRABALHO :: BREVES

Crise só para alguns

Em Portugal, crescem as desigualdadessociais. Enquanto o país se afunda nacrise, as petrolíferas, em especial aGalp, arrecadam mil milhões de eurospor ano com base na especulação. Écomo se houvesse dois países dife-rentes. Há um país da gente que tra-balha, que está desempregada ou naprecariedade, que não sabe se o postode saúde está aberto quando temuma urgência, das pessoas que têmdificuldades. O outro país é o dasempresas que especulam, de adminis-tradores como os do BCP que podemreceber mais de 400 milhões de eurospara a sua fortuna privada, ao mesmotempo que estão a cometer um crime.Enquanto o governo mantém a políti-ca de austeridade, a factura vai paraquem paga os aumentos nos juros,bens alimentares e combustíveis. So-mados, estes aumentos representamjá menos 65 euros por mês no orça-mento de uma família com saláriomédio de 500 a 700 euros.

:: CUSTO DE VIDA

O aumento dos cereais tem-sereflectido no preço do pão, mastambém na carne e noutros bensalimentares que integram cereaisno seu processo de produção.

BIOCOMBUSTÍVEISRESPONSÁVEIS POR AUMENTOSPorque aumentam

os alimentos?

Quase um quarto do emprego por contade outrém é a prazo. O peso destescontratos aumentou 11% no primeirotrimestre de 2008 em relação ao mesmoperíodo do ano anterior. São hoje 720mil trabalhadores nesta situação. A estaprecariedade há que somar muitosmilhares de falsos recibos verdes,existentes entre os mais de 900 miltrabalhadores "por conta própria".

Cada vez maisprecários

O crédito incobrável aos particularesultrapassou os 2,5 mil milhões de eurosem Maio. Trata-se de mais 17,3% emrelação ao mesmo mês do ano passado.No crédito imobiliário, o caso é mais grave,com uma subida de 72% no último ano.As principais razões apontadas pela Decopara este incumprimento é o aumento dodesemprego e a descida dos salários reais,conjugados com a forte subida das taxasde juro.

Cada vez maisendividados

Os preços dos bens alimentaresbatem recordes nos mercadosmundiais, com aumentos demais de 100% no último anopara arroz, trigo ou lácteos. Asconsequências são devastadoras.A ONU já contabilizou 37 paísescom necessidade urgente de aju-da alimentar.

As causas deste fenómeno sãomúltiplas: aumento da procura dealimentos por parte dos países emacelerada industrialização (Índia, Chi-na); aumento da procura para fabrico

de "biocombustíveis"; aumento doscustos de produção, sobretudo dopetróleo; más colheitas em algumasregiões fornecedoras (fruto dealterações climáticas); e, finalmente,a pura especulação – muitos especu-ladores deslocaram-se para os merca-dos de bens alimentares fugindo dacrise nos mercados financeiros.

Há alguma saída?Sim. As intervenções públicas devemser estudadas caso a caso. Por exem-plo, parece evidente que o subsídioaos "biocombustíveis" explica partedesta crise. Embora estes combustíveissejam somente 1,5% do consumo

actual, eles correspondem a metadedo aumento da procura verificado nosdois últimos anos. Porém, as fomesnão costumam ser causadas directa-mente por razões da produção alimen-tar. Num mundo que idolatra o fun-cionamento do mercado e a proprie-dade privada, as fomes resultam mui-tas vezes de oscilações dos preços ede especulações.Por isso, este problema só tem soluçãoidentificando a carência alimentarcomo uma falha nos direitos maiselementares e organizando a inter-venção colectiva em nome dessesdireitos.

Trocadopor miúdos

DESPESAS ANUAISCOM O RSI

IMPOSTOSPERDIDOS EMBENEFÍCIOSFISCAIS À BANCA

371

milh

ões

700

milh

ões

Aproveitando a situação frágil de muitasfamílias, muitos bancos e instituiçõesfinanceiras fazem campanhas agressivasaos seus sistemas de crédito. O Blocopropõe que os contratos de créditocom taxa variável indiquem sempre,bem visível, a estimativa do custototal e a data prevista para a conclusãodos pagamentos, além das previsões doBanco de Portugal para a evolução dataxa.

BLOCOCOMBATEPUBLICIDADEAGRESSIVA

CRÉDITO

O Partido Socialista impediu a apro-vação das propostas do Bloco parasimplificar o acesso dos mais pobresao Complemento Solidário paraIdosos. A previsão do governo eraatingir os 400 mil idosos, mas o CSIactual não abrange mais de 90 mil,que têm de percorrer vários obstáculosburocráticos para concluir o seu pedi-do de ajuda. Esta ajuda é fundamentalpara muitos idosos, cujas reformasnão chegam aos 400 euros.

O Bloco propôs que a renovação daprestação do CSI passe a ser conferidapelo período de dois anos, renovávelautomaticamente. O período de refe-rência do pagamento do CSI, actual-mente de 12 meses, é aumentadopelos bloquistas para 14 meses, àsemelhança das pensões e reformas,que o CSI é suposto complementar.A proposta foi rejeitada pela maioriaabsoluta do PS.

Milhares de imigrantescontinuam sem direitos

Ilegalidadeforçada

O governo anunciou com pompa ecircunstância que 12 mil imigrantesque já viviam e trabalhavam emPortugal conseguiram legalizar-seao abrigo da nova lei de estrangei-ros. Mas candidataram-se a obteresse título mais de 50 mil traba-lhadores extra-comunitários. E osoutros 38 mil? São pessoas que,apesar de estarem irregulares, con-seguiram convencer os seus patrõesa realizarem um contrato de traba-lho e a fazerem os seus descontospara a Segurança Social. Não é istosuficiente para que se pudessemregularizar? Sócrates prepara-se paradeixar na ilegalidade estes milharesde cidadãos estrangeiros que traba-lham em Portugal, com contrato detrabalho, descontos para a Segu-rança Social, e que forneceram no-me, morada, telemóvel, número desegurança social e de contribuinte,etc.

Também injustiçados permanecemos imigrantes explorados de formatotalmente precária. Sem contrato,são impedidos sequer de pedir au-torização de residência. Que saídalhes oferece o governo? Nenhuma.

Quantos serão? Ninguém sabe. Umcálculo prudente aponta para, pelomenos, outros 50 mil. Total: 100mil. O governo regularizou 12 mil.A exploração dos imigrantes contin-ua a ser um bom negócio. O gover-no PS parece interessado em prote-gê-lo.

Ao contrário de outros países, o governoportuguês não se distanciou da chamada"directiva da vergonha". Esta directivaeuropeia, já aprovada, estabelece que osimigrantes sem papéis detectados em soloeuropeu possam estar até 18 meses detidos,esperando decisão judicial de expulsão. Umavez expulsos, não poderão voltar à UniãoEuropeia durante cinco anos. Os menoresde idade não acompanhados também podemser assim repatriados. A crueldade desta lei,que trata como criminosas pessoas queapenas buscam melhores condições de vida,tem motivado protestos por todo o mundo.

GOVERNOENVERGONHADO

Nos meses que antecederam os jogosolímpicos, a Amnistia Internacionaldenunciou o aumento da repressãosobre a imprensa e os utilizadores deinternet e telemóveis. Quanto aoTibete, que luta há décadas contra aocupação chinesa, a Amnistia denun-cia que, desde Março, a populaçãoé impedida de comunicar com o ex-terior.Numerosas organizações têm aprovei-tado a atenção mundial para alertarpara a situação na China. Mas forçascomo o PCP, não só criticam essaatitude vigilante sobre os direitoshumanos, como afirmam a sua soli-dariedade com o partido único chinês.

Para o Bloco de Esquerda, o regimechinês é um exemplo de capitalismoselvagem, que faz negócios comqualquer governo de qualquer país.O governo chinês interessa-se peloapoio de alguns partidos de esquerdaeuropeus porque quer ter boasrelações nos meios sindicais do oci-dente, ao mesmo tempo que proíbeo sindicalismo e a expressão livres.Trata-se de silenciar a sobre-explo-ração dos trabalhadores chineses ea repressão no Tibete.A luta pela globalização alternativaé a luta pelos direitos humanos nomundo. Aí, o internacionalismo doBloco tem um só critério.

Levar a ditadurana desportiva?

JOGOS OLIMPICOS PEQUIM

PS chumbamelhor apoio a idosos

REGULARIZAÇÃO DE TODOS OS IMIGRANTESQUE VIVEM E TRABALHAM EM PORTUGAL

O BLOCOPROPÕE

FLIC

KR

/ GU

STA

VO

.TO

SHIA

KI

DESIGUALDADES

Para muitos, precariedade e pobreza.Para poucos, oportunidade de negócio.