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Fatec Garça
CURSO TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL
BIANCA DE MELLO DELGADO
ORLANDO FRANCISCO DOS SANTOS
A MANUFATURA INTELIGENTE DO CONCEITO A APLICAÇÃO
GARÇA
2013
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Fatec Garça
CURSO TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL
BIANCA DE MELLO DELGADO
ORLANDO FRANCISCO DOS SANTOS
A MANUFATURA INTELIGENTE DO CONCEITO A APLICAÇÃO
Artigo Científico apresentado à Faculdade de Tecnologia de Garça – FATEC, como requisito para a conclusão do curso de Tecnologia em Mecatrônica Industrial, examinado pela seguinte comissão de professores:
Data da Aprovação 24/06/2013
___________________________________
Prof. Grad. Paulo Sérgio Castro FATEC Garça
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Prof. Grad. Edson Mancuzo FATEC Garça
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Prof. Grad. Yuji Yamamoto FATEC Garça
GARÇA
2013
A MANUFATURA INTELIGENTE DO CONCEITO A APLICAÇÃO
Bianca de Mello Delgado1 [email protected]
Orlando Francisco dos Santos [email protected]
Prof. Grad. Paulo Sérgio Castro2 [email protected]
Abstract: The Intelligent Manufacturing combines data from an industry so that
relevant information is available to employees at any level of the organization. Through converged ethernet connection occurs between the industrial network and network management. The safety and reliability of data are essential to the success of the industry, why care at the time of deployment of intelligent manufacturing is paramount. Keywords: Intelligent Manufacturing. Industrial networks. Convergence of networks.
Ethernet.
Resumo: A Manufatura Inteligente articula os dados de uma indústria de forma que
as informações relevantes estejam disponíveis para os funcionários em qualquer nível da organização, em tempo real. Através da ethernet convergida ocorre a ligação entre a rede industrial e a rede administrativa. A segurança e a confiabilidade nos dados são essenciais para o sucesso das indústrias, por isso os cuidados na hora da implantação da manufatura inteligente são de suma importância. Palavras-chave: Manufatura inteligente. Redes industriais. Convergência de redes. Ethernet.
1 INTRODUÇÃO
O ser humano desde o inicio da sua existência traçou sua história com base na
busca por controle das informações, controles estes que o ajudavam a viver e
mudaram totalmente o curso da história, podemos destacar nesta linha do tempo que
a humanidade formou o controle sobre a produção do fogo por volta de 500.000 a.C.,
o controle da agricultura cerca de 10.000 a.C., o controle da escrita em 4.000 a.C., o
1 Alunos do Curso de Tecnologia em Mecatrônica Industrial. Faculdade de Tecnologia de Garça. 2 Docente da Faculdade de Tecnologia de Garça.
controle dos metais para fabricação de armas com inicio no ano 3.000 a.C., o controle
de novos territórios por volta de 300 a.C., o controle dos mares com grandes
navegações no século XV, o controle do vapor e mecanização na Revolução Industrial
no século XVIII, o controle dos computadores em 1940, até o surgimento da internet
na década de 90, ao longo de toda esta história o homem foi instigado a controlar algo
e quem atingia este controle primeiro saia na frente nas corridas pelo avanço.
Nos dias de hoje com a presente tecnologia nas indústrias muitas informações
são geradas, porém existem diversos problemas para controlar estas informações,
como a quantidade de formulários impressos a serem preenchidos, o risco de
duplicação ou perda de dados originais, passar as informações dos produtos
produzidos de forma rápida e segura entre as diversas áreas da empresa, entre
outros, para resolver estes problemas esta surgindo a manufatura inteligente, que
interliga as redes corporativas (administrativas) com as redes industriais (do chão de
fabrica), com isto todos os setores da empresa podem acessar os dados da produção
que lhe são pertinentes em tempo real e agilizar a tomada de decisões.
Para Automation Today (2011, v.12, p.16) a Manufatura Inteligente é a “...
estratégia de transformar dados, no nível do sistema de controle de automação, em
informações significativas, visíveis e úteis para pessoas em qualquer nível da
organização, a fim de auxiliá-las na tomada de decisões bem fundamentadas”.
Um evento que ocorre em uma determinada máquina da produção é
solucionado rapidamente pela operação e manutenção, porém este evento sozinho
ou agrupado com outros eventos pode gerar sérios impactos nos resultados da
corporação, e muitas vezes os setores responsáveis pelo acompanhamento do
resultado corporativo não toma conhecimento destes “pequenos” eventos para poder
justificar os resultados obtidos e apresentar soluções. Com a utilização de um sistema
de manufatura inteligente os setores interessados são alertados imediatamente e com
isso nada passa despercebido no processo produtivo, além da tomada de decisões
se tornar mais rápida, podendo minimizar as perdas causadas por estes eventos, e
com o conhecimento rápido dos eventos por todos os setores responsáveis ocorrera
uma maior integração entre as áreas da empresa a fim de chegar a uma solução para
o evento, fazendo com que este seja extinto ou possa voltar a ocorrer em intervalos
já avaliados.
Segurança também é um dos fatores que chamam a atenção com a manufatura
inteligente, pois através da interligação de toda a planta não se faz necessário que os
operadores acessem áreas perigosas para fazer inspeções e leituras de dados, além
do sistema emitir alertas automáticos em tempo real para manutenção, operação e
gestão, por exemplo, sobre um evento perigoso e que pode trazer riscos a produção,
segurança e saúde.
Um ponto comum em todos os sistemas de manufatura integrada presentes no
mercado é o uso das redes Ethernet, pois suas vantagens são imensas, tais como
fácil instalação, configuração e ser uma rede convergida com alta capacidade de
transmissão de controle, dados, voz, vídeos e mobilidade, mas além destas
características técnicas outro dado das redes Ethernet que é crucial para seu uso é
este padrão de rede ser o padrão utilizado para acessarmos a internet, assim os
sistemas de manufatura inteligente podem ser acessados remotamente, ou seja,
gestores da empresa podem acessar os dados em tempo real mesmo estando em
casa ou em uma viajem, o fator mobilidade também se destaca na Ethernet pois os
acessos pode ser feitos por Smartphones ou Tablets, conforme mostrado na figura
01. A implantação de redes Ethernet também impacta em uma redução de custos,
pois é possível achar varias soluções prontas no mercado para implantação,
ampliação e segurança na transmissão.
Figura 01 - Topologia típica de redes em um ambiente industrial.
Fonte: Novus (2012).
Os gestores reconhecem que, para atingir esses objetivos corporativos e ser competitivas em um mercado globalizado, as organizações precisam
melhorar o acesso às informações para as pessoas certas, em um formato integrado e de fácil acesso, possibilitando uma tomada de decisões rápida e inteligente, e maior agilidade para reagir às mudanças nas condições do
mercado e das operações, sem prejuízos à eficiência (Vitor, 2009, p.19).
Executivos e gestores já se renderam aos benefícios da manufatura inteligente,
pois em um cenário globalizado eles já notaram que não basta ter apenas a melhor
automação nos melhores equipamentos, é necessário resumir e partilhar as
informações a partir de uma mesma fonte de forma rápida, e poder acessá-las a partir
de qualquer ponto, e por qualquer pessoa da empresa. Pois a manufatura inteligente
apresenta os dados no formato que o solicitante necessita, deste modo a corporação
se tona transparente, fiel e coerente, tendo todos os funcionários a mesma fonte de
informação, e esta fonte permanece intacta mesmo tendo seu acesso aberto a todos,
além de padronizar a linguagem utilizada em toda a empresa com termos como
‘equipamento’, ‘células de trabalho’ e ‘unidade de fabricação’, e de avisar ao mesmo
tempo diversos setores com alertas de eventos como metas perdidas, condições de
exceção e desvio de planos.
Os benefícios atingem toda a organização desde os setores internos como
gestão, produção, logística, financeiro e manutenção, por exemplo, mas também
beneficia parceiros externos como fornecedores e centros de distribuição, além de
possibilitar o acesso a todas as informações em tempo real, a manufatura inteligente
também possui como uma das principais características o filtro das informações para
as áreas que lhe são pertinentes, pois de nada interessa ao setor financeiro saber que
a máquina de embalar de determinada linha de produção esta parada para
manutenção, o mesmo vale para a manutenção que não interessa saber o custo da
matéria prima sobre o produto final, o que antes poderia demorar horas para se
selecionar apenas a informação desejada, com um sistema de manufatura inteligente
pode ser feito rapidamente e de forma totalmente confiável.
Sucesso, esta é a palavra que se torna objetivo para as empresas que decidem
implantar um sistema de manufatura inteligente, mas antes de se atingir o sucesso
com o uso do sistema é necessário se focar o sucesso da implantação do projeto e
este vem apenas com a união dos departamentos de Engenharia e TI em um fluxo
único de trabalho, uma vez que os engenheiros se preocupam principalmente com a
velocidade e o tempo operacional dos equipamentos, o pessoal de TI se preocupa
com uma transmissão de dados segura e confiável, a união destes dois focos em um
único fluxo de trabalho se torna crucial para atingir o sucesso.
Para implantação de um sistema de manufatura inteligente é necessário um
investimento na estrutura da rede de dados e em alguns casos modernização de
máquinas e equipamentos para que estes possam disponibilizar na rede os dados e
status dos equipamentos necessários, a quantificação do retorno financeiro deste
investimento é de difícil contagem, uma vez que não há como estipular valor monetário
para uma informação, mas estudos da Apollo Alliance que é uma associação de
negócios e mão de obra apontam que o retorno pode ser em torno de 240% sobre o
investimento, levando-se em consideração que além da informação estes sistemas de
manufatura inteligente também geram economia de energia, material e mão de obra.
Mesmo sendo de difícil contabilização o retorno deste investimento na indústria
pode ser justificado analisando minuciosamente os benefícios que ajudam empresa a
resolver os problemas antes que afetem os resultados, por exemplo, os operadores
pode estudar no próprio equipamento a eficiência do mesmo e as condições do rejeito,
a engenharia e manutenção podem monitorar a disponibilidade dos equipamentos,
eficiência da operação e analisar as causas raiz, já para a qualidade é possível
monitorar os índices de qualidade ao longo da produção e verificar fatores externos
que melhoram ou pioram os resultados, para a gestão de produção é possível
visualizar todo o processo de forma simples, ou dados específicos podendo assim
extrair dados como a eficiência energética, já os executivos da empresa podem avaliar
continuamente o processo em tempo real monitorando os indicadores KPIs
(Indicadores Chaves de Desempenho) graças a uma rica base de dados de simples
visualização, podendo correlacionar estes dados com ferramentas administrativas.
Com estes dados em mãos é possível entender o que acontece em torno de um
evento de qualidade ou manutenção e assim relacioná-lo com o resultado financeiro.
De acordo com a Associação Nacional de Fabricantes (NAM, www.nam.org) a
manufatura inteligente também possui uma justificativa de existência na escassez
gradativa de mão de obra qualificada que vem sendo notada no mercado de trabalho
nas últimas décadas, a manufatura inteligente vem como uma solução, pois com a
convergência das redes economiza-se mão de obra que era utilizada, por exemplo,
para agrupar, digitalizar, e selecionar dados presentes em formulários.
A manufatura inteligente se mostra estar em um cenário promissor e com
grande apoio político-social, segundo a Automation Today (2009, v.11, p.12) “a União
Europeia aprovou um pacote de 1,2 bilhão de euros para um novo programa de
pesquisa “Fábricas do Futuro” [...] para reindustrializar sua base de produção com
produção inteligente, segura e sustentável”.
2 DESENVOLVIMENTO 2.1 Projeto
Diante dos benefícios da Manufatura Inteligente e a compreensão da
necessidade de instalação para diferenciar-se da concorrência no mercado atual, é
necessário entender o que priorizar no projeto de implantação e como utilizar estes
dados depois.
As empresas estão descobrindo que a coleta dos dados foi deixada
esquecida e isolada nas mãos dos controladores, IHMs e outros sistemas de controle de fábrica, que podem fornecer informação vital sobre a eficácia total do equipamento, disponibilidade do sistema, uso de energia e outros
importantes indicadores de desempenho. Para aproveitar esses dados, as empresas devem superar barreiras para coletar, correlacionar, visualizar e
compartilhar a informação de toda a fábrica com a operação em geral. (Nesi, 2011, p.20)
A necessidade de coletar as informações, que por anos foram esquecidas em
controladores, IHMs e softwares supervisórios, faz com que seja necessário executar
um projeto de interligação de todos os componentes importantes do chão de fábrica,
reunindo todos estes dados em uma só base de dados, assim a informação será
sempre a mesma para qualquer setor da corporação seja ele a manutenção ou a
logística, a fonte será a mesma, assim também é possível garantir que os dados não
sejam alterados para mascarar resultados e esconder não conformidades do
processo.
Após o agrupamento de todas as informações em um só lugar é necessário que
os dados sejam ordenados e correlacionados, por exemplo, em um dia de queda de
produção e alta perda de processo é necessário relacionar esta informação ao seu
motivo como uma não conformidade de matéria prima, por exemplo, em um sistema
de manufatura inteligente todas as respostas estarão disponíveis, e para encontra-las
é necessário dispor estes dados de forma a facilitar a visualização isto pode ser feito
através de gráficos e tabelas.
No projeto de implantação deve ser utilizado o máximo de recursos e
componentes já disponíveis no chão de fábrica para reduzir os custos, mas é
necessário sempre se atentar para as tendências de mercado, pois implantar um
sistema atual e manter um controlador que já não possui assistência é perigoso para
a disponibilidade do sistema e dos equipamentos, por este motivo o upgrade muitas
vezes se faz necessário e pode ser facilmente negociado com os fornecedores, além
deste cuidado é importante também implantar um sistema onde seja possível a
expansão já que a objetivo é sempre o crescimento.
Com base no que se deseja é importante se pensar nas etapas de instalação
do projeto, alguns pontos podem ser cruciais entre o sucesso da implantação e uma
implantação que não atenda todas as necessidades, assim como todos os projetos de
automação.
2.1.1 A arquitetura
Colocar no papel como se deseja montar a parte física da implantação é o único
caminho para que tudo seja feito corretamente, além disso, será possível visualizar os
componentes necessários e como montar tudo, existem diversas ferramentas capazes
de fazer estas analises, através dos fornecedores também é possível conseguir estas
informações e até mesmo que ele te forneça toda esta “papelada”. Depois que tudo
estiver no papel deve ser analisado a capacidade e o desempenho de todos os
componentes para evitar surpresas futuras, lembrando sempre de possibilitar
expansões futuras. A opção por redes abertas como a Ethernet/IP é valiosa, pois
facilita e flexibiliza a implantação. Abaixo figura 02 demonstra uma ferramenta capaz
de demonstrar os componentes necessários para a implantação da parte física.
Figura 02 - Tela da ferramenta de previsão de desempenho para Ethernet/IP
Fonte: Rockwell Automation (2009)
2.1.2 Lista de materiais
Depois que todos os componentes já estiverem selecionados eles devem ser
listados para que se possa verificar a compatibilidade entre os diversos fornecedores,
diversos deles também dispõe de todo este levantamento para a corporação. O ponto
primordial da lista de componentes são os detalhes, pois são neles que o projeto
esbarra e atrasa no momento da implantação. É possível encontrar disponível na
internet ou com fornecedores softwares capazes de disponibilizar a lista de
componentes e suas configurações facilitando assim a implantação.
2.1.3 Implantação
Depois de acertados os detalhes e adquiridos os componentes inicia a
implantação, que na verdade é o “mãos a massa” do projeto, nesta etapa pode ser
utilizada mão de obra terceirizada ou da própria corporação, em caso de mãos de obra
própria é importante ter em mão manuais e vídeos sobre os softwares e componentes,
já se a mão de obra for terceirizada o acompanhamento de perto por uma equipe da
corporação é muito importante para se familiarizar com a tecnologia instalada.
2.1.4 Concluindo o projeto
Após todas as instalações e configurações, e já com tudo testado e funcionando
deve ser oferecidos treinamentos para todas as pessoas que terão acesso as
informações ou a pessoas chaves que terão de funcionar como multiplicadores
posteriormente, estes treinamentos tem como funcionalidade demonstrar o sistema
de Manufatura Inteligente e passar para cada equipe o que elas podem extrair de
melhor das informações evitando assim dúvidas e problemas posteriores.
2.1.5 Acelerar o processo
Depois de cumpridas as etapas anteriores, basta tirar proveito de todas as
informações disponíveis e acelerar o processo produtivo diminuindo perdas, paradas
não planejadas, e aumentando a produção.
2.2 Ethernet Industrial
No final de 1970 pesquisadores da empresa XEROX criaram e testaram a
primeira rede Ethernet, o conceito inicial da rede Ethernet é a comunicação
compartilhada por um único cabo para todos os dispositivos conectados a rede. Uma
vez conectado a rede Ethernet o dispositivo pode se comunicar com qualquer outro
dispositivo já conectado, o que permite a expansão da rede sem que seja preciso
modificar os dispositivos antigos. A Ethernet é a tecnologia de rede local (LAN) mais
utilizada no mundo em aplicações de rede de comunicação comercial.
No inicio a rede Ethernet estava nas residências e nos escritórios e com o
passar do tempo foi evoluindo, o que possibilitou sua aplicação em vários
seguimentos.
A ethernet começou a ser utilizada no meio industrial a partir da necessidade
de interligar diversos novos componentes inteligentes (sensores, controladores)
através de uma rede industrial que tornasse acessível todos os sinais do processo e
interligasse todos os dispositivos em um mesmo meio físico.
Conforme a norma 802.3 do IEEE (Institute of Eletrical and Electronics
Engineers, em português Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos), a
Ethernet utiliza a camada física (camada 1) e a de enlace (camada 2) do modelo OSI
(Open System Interconnection – modelo teórico base para criação de diversos outros
protocolos de comunicação). A camada de Rede (camada 3) implementa o Protocolo
de Internet (IP) para gerenciar o roteamento de pacotes de dados através das
diferentes redes. A camada de transporte (camada 4) utiliza o TCP (Transmission
Control Protocol) e UDP (User Datagram Protocol) para garantir a transmissão de
dados livre de erros. Abaixo figura 03 compara as camadas do modelo OSI com as
camadas do TCP/IP.
Figura 03 - Comparação entre as camadas da Ethernet Industrial e do modelo OSI.
Fonte: Anselmo Júlio Rocha (2009).
O padrão TCP/IP (Transmission Control Protocol/Internet Protocol) é o mais
difundido para comunicação a longa distância envolvendo computadores, e há alguns
anos foi adotado como padrão no meio industrial, e assim surgiram as redes Ethernet
industriais.
Atualmente existem quatorze redes Ethernet industriais comercializadas no
mundo todo, sendo as principais a Profinet, a HSE (High Speed Ethernet) e a Ethernet
IP, que por ser gerenciado por uma Organização Não Governamental, e ser o
protocolo utilizado nas redes corporativas é o mais adotado nas redes industriais.
O determinismo é uma das características mais importantes das redes
industriais, ele permite a previsão exata da velocidade de transmissão de dados e
garante que a chegada desses aconteça no instante previsto. Porém a Ethernet
baseia-se no método de acesso CSMA/CD (Carrier Sense Multiple Access with
Collision Detection), que é não determinístico, pois não garante que em caso de
colisão de dados os mesmos sejam retransmitidos. Para amenizar esse problema
utiliza-se switches, equipamentos que divide a rede em domínios de colisão e
retransmite os dados apenas para a porta onde esta o receptor do dado transmitido,
que assegura a chegada dos dados transmitidos. Mas somente os switches não
solucionam os problemas, pois ainda pode haver colisões, para solucionar esse
problema utiliza-se o sistema full duplex, em que há um canal de transmissão e um
canal de recepção. Com isso a Ethernet Industrial é muito utilizada no gerenciamento
de processos de fábrica.
2.2.1 Ethernet/IP
A Ethernet/IP (Ethernet Industrial Protocol) é um padrão de rede industrial
aberto que suporta mensagem em tempo real e troca de mensagens e foi
desenvolvida pela CI (Control Net International), a IEA (Industrial Ethernet
Association) e a ODVA (Open Device Net vendor Association), com a função de ser
um protocolo comum de camadas de aplicação para sistemas de controle baseados
na tecnologia Ethernet.
A Ethernet tem sido o padrão de fato para sistemas empresariais há muitos
anos, e a adoção da Ethernet/IP pela indústria, para fins de controle e
informações, atuou como elemento habilitador da convergência entre as
redes fabris e administrativas das empresas (Automation Today, 2009, v.11,
p.14).
A Ethernet/IP cria a oportunidade de reduzir riscos e custos, ter acesso seguro
a informações e melhorar a agilidade e o desempenho geral dos negócios.
2.2.2 CIP (Protocolo Industrial Comum)
Para que todas as necessidades de produção fossem atendidas os fabricantes
foram forçados a usar varias redes especializadas, que na maioria das vezes
incompatíveis entre si, tornando o fornecimento de dados em tempo real entre as
diversas redes impossível de ser administrado pelos engenheiros. Camadas de
aplicativos comuns são importantes para solucionar esses problemas de
interoperabilidade, o protocolo de aplicação CIP proporciona comunicação contínua
entre o chão de fabrica e os níveis administrativos da indústria, permitindo a integração
entre o controle, a configuração e a coleta de dados em diversas redes, em que as
informações necessárias são obtidas em tempo real.
Com o CIP é possível que uma indústria especifique a melhor rede para suas
aplicações e não gaste muito ao conectar redes não similares. Além de possibilitar a
integração com tecnologias internet padrão.
2.3 Segurança
A decisão de implantar um sistema de manufatura inteligente utilizando a
convergência das redes industriais requer algumas analises adicionais além do
custo/beneficio, uma destas analises é a segurança dos dados que irão trafegar pelas
redes.
O US-CERT (sigla em inglês para Equipe de Resposta a Emergências de
Computadores), órgão do governo norte-americano ligado ao Departamento de Segurança Nacional, alertou para a existência de ataques contra sistemas
de controles industriais e de infraestrutura (SCADA, na sigla em inglês). Segundo informações do órgão, há muitos sistemas desse tipo presentes na
internet em condições que os tornam vulneráveis, sem o uso de firewalls ou senhas seguras. (ROHR, 2010).
O crescente número de redes industriais e sistemas SCADA conectados a
internet faz com que junto apareçam falhas na segurança, diversos órgãos e
empresas de segurança no mundo estão notando estas falhas e alertando as
empresas e desenvolvedores para correções, o primeiro worm descoberto foi o
Stuxnet encontrado nos computadores industriais da usina de enriquecimento de
urânio em Natanz, no Irã em Junho de 2010, segundo especialistas o mesmo tinha
como função danificar as centrífugas da usina e a contaminação ocorreu através da
conexão de dispositivos físicos como pen drive ou CD-ROM a computadores da usina,
uma vez que nenhuma máquina esta conectada a internet.
Antes do advento do Stuxnet, a grande maioria dos ataques cibernéticos eram focados em fazer algum tipo de dano a sistemas financeiros,
computadores pessoais e também a roubar informações pessoais de seus usuários [...] É fácil imaginar o que um ataque bem coordenado poderia fazer
com outros equipamentos desta planta, até o limite de um vazamento nuclear ou atingimento de temperatura crítica em um reator nuclear sem que alarmes fossem disparados, válvulas fossem acionadas e que os técnicos pudessem
agir. (SILVA, 2011).
Conectar os equipamentos e controladores do chão de fábrica a rede
corporativa cria uma nova situação na corporação, pois as ameaças que se costuma
prevenir nos computadores comuns, agora chegaram até os controladores e
computadores industriais, além dos danos que podem ser causados, existe o risco de
perda de informações preciosas e para que isto não ocorra são necessários alguns
cuidados.
Nenhuma tecnologia isoladamente pode proteger por completo a automação industrial e os sistemas de controle. Proteger esses ativos requer uma abordagem de segurança do tipo “Segurança Reforçada”, que considera
ameaças de segurança internas e externas. Essa abordagem utiliza diversas camadas de defesa (físicas e eletrônicas) em níveis distintos da manufatura,
como em células de trabalho e operações de produção, aplicando políticas e procedimentos que tratam de diversos tipos de ameaças. (Automation Today,
2011, v.13, p.17).
A identificação das ameaças que podem ser originadas tanto de fontes internas
quanto de fontes externas com a localização dos níveis da manufatura em que elas
ocorrem permite uma melhor capacidade de diagnóstico e defesa contra as ameaças,
pois possibilita um foco maior do método utilizado apenas nos locais onde a ameaça
a qual ele defende pode ocorrer, pois de nada adianta aplicar softwares de proteção
para computadores nos controladores, sua eficácia será nula. Aproveitar fatores como
combinação e diversificação dos dispositivos físicos e eletrônicos são também
importantes armas contra as ameaças, uma vez que quanto maior a diversidade de
dispositivos de segurança menor será a chance das ameaças conseguir vence-los.
Abaixo figura 04 demostra as camadas das redes de Manufatura Inteligente.
Figura 04 - As camadas das redes de Manufatura Inteligente
Fonte: Rockwell Automation (2009, v.11, p.17)
Desenvolver políticas de acesso físico e digital também tem se demonstrado
eficaz, uma vez que edições acidentais de dados são comuns quando o colaborador
acessa dados os quais não são da sua responsabilidade, estas políticas podem
começar estabelecendo as necessidades e capacidades para cada nível de acesso
tanto para leitura dos dados quanto para escrita dos dados, softwares de
gerenciamento com níveis de credenciais são de grande valia para estas restrições.
Para o controle de acesso físico é importante uma infraestrutura robusta e segura
onde os equipamentos estejam seguros em muitos casos as corporações optam por
instalar seus servidores em salas com toda infraestrutura necessária tal como controle
de temperatura para se evitar o superaquecimento dos equipamentos, liberação do
acesso por biometria, para bloquear pessoas não autorizadas, e salas com sistemas
anti-incêndio, para garantir a integridade dos equipamentos mesmo em condições
extremas.
Deve-se atentar que os sistemas de segurança corporativo e de manufatura
são basicamente iguais, mas se diferem no fato dos sistemas de segurança de
manufatura ter de atuar sem paralisar o equipamento, por exemplo, na seção
administrativa os funcionários atualizam os softwares e antivírus dos computadores
assim que uma atualização esta disponível porém nos servidores de manufatura esta
atividade deve ser tratada como uma tarefa programada, para que não exista o risco
dela paralisar o processo produtivo.
Para o perfeito funcionamento destes sistemas de segurança deve-se fazer a
divisão de responsabilidade da manufatura inteligente assim como em todos os outros
processos, sendo assim o pessoal de TI fica responsável por atuar no nível
corporativo, a fim de garantir o sigilo, integridade e disponibilidade dos dados, já as
tarefas para o chão de fábrica fica a cargo da Engenharia.
Alguns cuidados importantes com os computadores muitas vezes passam
despercebidos, porém é necessário se atentar aos detalhes, pois são eles que
causam danos ou paralizações, alguns pontos importantes são:
Implemente e mantenha ativos softwares antivírus e antispyware, eles são de
grande valia para proteção dos sistemas;
Desative as atualizações automáticas de todos os softwares, esta podem
causar paradas indesejadas, assim como as varreduras e buscas automáticas
de antivírus e antispyware, além dos riscos de perda de dados, uma vez que
tais softwares muitas vezes erroneamente alertam arquivos de computadores
industriais e relatórios como softwares mal intencionados;
Proíba o acesso direto à internet, implementar uma Zona Desmilitarizada
(DMZ) permite a troca de informações entre a chamada Zona Corporativa e de
Manufatura, mas não de forma direta o que faz com que os dados sejam
“inspecionados” tanto na entrada da DMZ quanto na saída, garantindo a
integridade total da informação;
Implante uma politica de senhas com os seguintes cuidados:
Histórico das senhas utilizadas anteriormente, evitar a repetição de
senhas recentes é muito seguro;
Torne obrigatório o uso de senhas complexas, pois assim é mais difícil
descobri-las caso se deseje, a obrigatoriedade de caracteres
maiúsculos, minúsculos, símbolos e números na mesma senha é um
bom caminho;
Crie períodos para as senhas expirarem, forçar a troca das mesmas de
tempos em tempos aumenta a complexidade para invasões;
Estipule o tamanho mínimo da senha, senhas curtas são mais fáceis de
descobrir.
Tenha sistemas de recuperação automático em caso de desastres, e teste-os
de tempos em tempos, testar apenas em caso de necessidade pode trazer
surpresas desagradáveis e que seriam de fácil correção.
Desative contas de visitantes nos computadores e remova a descrição da conta
de administrador, mas mantenha-a ativa, o administrador deve possuir acesso
a todos os computadores, mas visitantes não devem acessar computadores
sozinhos;
Utilize a função Ctrl+Alt+Del pra acesso a tela de login, pois assim impede a
tentativa de login automático;
Bloqueie portas USB, paralela e serial que não estejam em uso, assim não será
possível à conexão de modens, impressoras ou outros dispositivos sem
autorização;
Desative componentes do Windows que não são utilizados na zona de
manufatura, assim garante-se uma maior restrição de acesso aos dados.
Os controladores também necessitam de atenção especial aos detalhes dentre
eles:
Faça a proteção por meio físico, ou seja, acompanhamento e rastreamento dos
visitantes e bloqueio do acesso a painéis e salas de controle impedem acessos
desautorizados, outro procedimento físico é manter a chave de seleção dos
controladores na posição “RUN”, pois assim fica impedido o acesso e edição
remota assim como a instalação de firmwares;
Proteção por meio de projeto eletrônico pode ser útil, pois torna possível o
bloqueio da conexão direta a porta de configuração dos controladores, sendo
possível a alteração de configuração apenas por meios alternativos;
Tornar obrigatório a autenticação, autorização e a auditoria; a autenticação
verifica se a solicitação de acesso não esta sendo feita por um falso usuário, a
autorização verifica se este usuário esta autorizado a acessar o controlador, e
por último a auditoria permite inspecionar todos que acessaram o controlador
nos últimos tempos.
Para Automation Today (2011, v.13, p.18) “Proteger os computadores e
controladores da manufatura de sua empresa contra ameaças em potencial é um fator
importante em uma solução de rede otimizada”. Não nos resta dúvidas de que para
um perfeito funcionamento de uma manufatura inteligente devemos garantir fielmente
a segurança para sigilo, integridade e disponibilidade, pois com todos estes pontos
em ordem toda a manufatura trabalha tranquilamente e os dados estarão sempre
seguros e a disposição.
2.4 Protótipo
Para exemplificar as camadas e redes que podem ser utilizadas na esfera
industrial faz-se uso de um protótipo com diversos níveis de redes e supervisão com
o intuito de se observar de forma simplificada a real integração que se pode obter na
indústria.
O protótipo tem como base duas células de trabalho, a célula denominada
“Célula 1” é composta por duas esteiras separadoras de blocos por altura, conforme
a figura 05, e a célula denominada “Célula 2” é composta um circuito pneumático que
simula uma prensa de gravação do numero de série nas peças.
Figura 05 - Representação gráfica da Célula 1.
Fonte: Os autores.
Para o funcionamento das esteiras as peças de metal devem ser colocadas na
esteira 1, ao ser detectada pelo primeiro sensor indutivo digital habilita a leitura de um
sensor indutivo analógico, a peça irá gerar um nível de tensão de 0V a 10V na saída
do sensor indutivo analógico, este valor será enviado ao CLP para que ele possa
identificar se esta peça será classificada como baixa (peça defeituosa) ou alta (peça
perfeita), o valor nominal das peças pode ser alterado pelo software supervisório, a
peça ao passar para à esteira 2 e ser detectada pelo segundo sensor indutivo digital
desliga a esteira 1 e liga a esteira 2, as peças classificadas como alta (peça perfeita)
são enviadas para a direita e as peças classificadas como baixas são enviadas para
a esquerda de acordo com a classificação feita através do sensor indutivo analógico,
a esteira 2 permanece em funcionamento por aproximadamente 5 segundos. Após
este tempo ela se desliga, e liga novamente a esteira 1 recomeçando o ciclo.
Já a outra célula trabalho é composta por dois atuadores pneumáticos
acionados por válvulas 5/2 vias e cada atuador possui dois sensores magnéticos
presos ao corpo para monitorar se o atuador esta avançado ou recuado, ao pressionar
os botões bi manuais o cilindro 1 avança travando a peça na mesa de trabalho, depois
de travada a peça o cilindro 2 atua para gravar a peça e recua em seguida, quando o
cilindro 2 chega a posição de recuado o cilindro 1 recua liberando a peça para que o
operador a retire.
A Célula 1 é controlada diretamente pelo CLP Siemens S7 314C-2DP, onde
esta o programa, este CLP possui comunicação de nível campo no padrão As-i com
um bloco de I/O remoto onde estão conectados os componentes da Célula 2, porém
o programa de trabalho da Célula 2 esta armazenado no CLP Festo CPX-FEC que
esta se comunicando em rede PROFIBUS DP com o CLP Siemens, e por fim o CLP
Festo CPX-FEC se comunica em Ethernet com um computador por onde é monitorado
todo o processo em um software supervisório, o ScadaBR. Abaixo figura 06 apresenta
o esquema das redes de comunicação utilizada no protótipo.
Figura 06 - Esquema de redes de comunicação do protótipo.
Fonte: Os autores.
Através do supervisório é possível monitorar os processos, alterar o processo,
colher dados estatísticos, gerar relatórios, monitorar alarmes entre outras funções
disponíveis e é através dele que se observa a viabilidade das ferramentas de
Manufatura Inteligente.
Como resultado da Manufatura Inteligente demonstrada no protótipo temos as
informações dos equipamentos em funcionamento em tempo real, histórico com
atualização simultânea dos dados de produção, tais como produção e perda do
processo, históricos e dados em tempo real de manutenção tais como alarmes e
equipamentos em manutenção, além dos dados para o setor de vendas como, por
exemplo, a taxa de entrega dos produtos.
3 CONCLUSÃO
Atualmente a informação é essencial para a sobrevivência das empresas e ao mesmo
tempo o é o seu maior desafio. Conseguir que as informações necessárias estejam
acessíveis quando for preciso, e de forma segura, porém é um problema a ser sanado.
Ao longo da pesquisa ficou evidente a eficácia da Manufatura Inteligente. Ao interligar
o chão de fábrica com a área administrativa da corporação através da rede Ethernet
a Manufatura Inteligente faz com que os dados trafeguem de maneira rápida e segura,
estando sempre à disposição de quem precisar, agilizando assim toda e qualquer
tomada de decisões além de fornecer a estas mesmas tomadas de decisões uma
base solida e atual de informações.
Com o desenvolvimento do protótipo pode-se notar a eficiência da Manufatura
Inteligente, pois ela possibilita a interligação de equipamentos e máquinas de diversas
marcas, e diversos protocolos de redes industriais e administrativas, sendo assim
expansível e de possível comunicação com as mais diversas tecnologias presentes
no mercado.
Através de um software supervisório é possível gerar relatórios e ter o controle remoto
das linhas de produção, tudo em tempo real.
Conclui-se que a confiabilidade das informações e a agilidade com que elas são
oferecidas fazem da Manufatura Inteligente uma ferramenta extraordinária para as
empresas que almejem se destacar nos dias de hoje onde o fator crucial para se
sobressair no mercado corporativo é ter as informações sempre à disposição.
REFERENCIAS
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