a mãe, contrutora do lar
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VELOSO PIMENTEL
A
Me, Construtora
do Lar
1 9 6 6
E D I T O RA
RT.
D. S.A.
R. DO LAVAPS, 1023 - FONE 37-7928 - CX. POSTAL 30402
SO
PAULO (12)
- S. P. -
BRASIL
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jfirmam osnaturalistas que a abelha ope-
rria necessita,
em
mdia,
de 100
flores para
fabricar
um grama de mel.
A me de famlia, talvez precise sacrificar-se
muitas
centenas
de
vezes
por dia
para conseguir
que os
filhos
compreendam a dignidade
da
vida humana e crist.
E
para qu e transformem a compreenso em ao estvel,
continuada durante
toda
a vida, a me perde a conta dos
sacrifcios que
deve
impor-se ou
suportar,
porque o amor
materno se nega a cont-los...
No presente livrinho, A Me, Construtora do Lar , qual
abelha inimituel, poder sentir, diariamente, a recendncia
de
centenas
e de
milhares
de flores
do
amor materno, quando
consagrado a
elaborar
o favo de mel no
corao
dos
filhos.
Roma,
10de
janeiro
de 1965,
na
festa
da Sagrada Famlia.
-
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do
mesmo
autor:
I m p r i m a t u r
S o
Paulo,
8 - 4 - 1 9 6 6
om
Lafayette
1. Juvelino toma o bonde
2. Emanuel, Deus conosco
3. Operrios para a vinha
4. Formao crist do adolescente
5. O
noivo
ideal
6. As mos estendidas
7. Vamos trabalhar
8. O amor do prximo
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C A P T U L O
I
Uma
alegoria...
O
papel
das mulheres crists
semelhante
ao dos
anjos
da
guarda. Podem dirigir o mundo,
se ficarem invisveis como eles .
(Frederico Ozanam)
l _
EVOCANDO
A
RAIZ.
A
raiz extrai
da
terra
os
sucos
vitais
para
a rvore, para aflor...
Sucos detoda espcie e qualidade.
Sucos
enrijecedores
de troncos,
sucos inspidos,
amargos...
To-
dos
eles,
portadores de
vida.
Vida
para a rvore,
para
si
mesma, para
enfeite do
mundo...
Vida
para
os
outros, produzindo
sombra, lenha, mveis, frutos, fi -
bras, utilidades humanas variads-
simas...
inclusive produzindo
a
cruz, o
smbolo sagrado
do
Amor
de Deus ao s homens...
Vidaparaa
flor,
para seu
mun-
do
de maravilhas e de encantos.
Vida
para os
outros,
para
perfu-
mar-lhes
a
existncia, descansar-
-Ihes osolhos fatigados,
almentar-
-Ihes o esprito embevecido em sua
contemplao.. . lombrar-lhes, tal-
vez, a
mais perfumosa
das
flores,
a
flor
deJess,o
estandarte liber-
11
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CAPTULO
I
Uma alegoria...
O papel da s mulheres crists
semelhante
ao dos
anjos
da
guarda. Podem dirigir o mundo,
se ficarem invisveis como eles .
(Frederico
Ozanam)
l _
EVOCANDO
A
RAIZ.
A
raiz extrai da terra os sucos
vitais para a rvore, para a flor...
Sucos detoda espcie e qual idade.
Sucos
enrijecedores
de
troncos,
sucos inspidos,
amargos. . . To-
do s eles, portadores
de
vida.
Vida para a rvore, para si
mesma , para
enfeite do mundo...
V i d a para os outros, produzindo
sombra, lenha, mveis , f rutos,
fi -
bras, uti l idades humanas variads-
simas.. . inclusive produzindo a
cruz, o smbolo sagrado do Amor
de Deus
aos
h o m e n s . .
.
Vida
paraa flor,para seum u n -
do
de maravilhas e de encantos.
Vida para os outros,
para
perfu-
mar- lhes a existncia, descansar-
-Ihesosolhos
fatigados,
alimentar-
-Ihes o
espr i to embevecido
em sua
contemplao... lombrar-lhes, tal-
vez, a mais perfumosa das f lores,
a f lor de
Jess,
oestandarte l iber-
11
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tador do s
povos,
oprprio Messias
Nosso Senhor Jesus Cristo.
2
ARAIZTRABALHAEM
SEGREDO
A
raiz extrai avida daqui lo qu e
n o
aparece aos
olhos. Ningum,
at hoje, penetrou na usina mis-
teriosa
da
raiz
onde ela
trabalha,
selecionando o
material
que vai
absorver, assimilar e distribuir
continuamente para a vida da r-
vore
ou da
flor...
Ela
trabalha
em
segredo,
sem
exibies vaidosas, a procurar a
glria e obem-estar... do s outros.
Quem,
colhendo a fruta saborosa
ou
a flor odorfera, se lembra de
louvar
a raiz?
3
_ Q
JBILO
DA
RAIZ.
A raiz no recebe diretamente a
gota
de
orvalho,
nem o raio deluz,
n e m o sorriso agradecido... Em
torno dela reinam a
terra
ou o lo-
do , a
escurido mais negra,
o si-
lncio,oisolamento... Ela jaz per-
ptuamente esquecida...
Se o instrumento a desenterra,
para machuc-la, para dilacer-la.
S e m o
caridosa
a
irriga
co m
gua
fresca e lmpida, essa gua lhe
chega
embarrada...
Seu alimento
norma l a lama...
Qu e que a faz estremecer de
jb i lo ,
que a
torna viosa,
que lhe
12
fa z produzir mais seiva, mais tron-
co ,mais frutos, mais utilidades?...
a
terra adubada
que a
recobre...
4
A
PRESENA
DO
AMOR.
Talvez
algumas semelhanas
com a
me... tambm
ela
escondida
no seio
da fam l ia ,
cuja
atividade
del icada mas
obscura, cujos sacri-
fcios reais
mas nem
sempre
co -
nhecidos e louvados,cujo amor in-
cansvel masvitalizante.. a esto
presentes,
fiis,
ativos.
Como a raiz
d vida
rvore,
a me constri seu lar. De suas
imolaes
secretas,
de seu dom
constante, surge
a
vida exuberante
dos
f i l h o s . . . q u e tero n o m e .. .
qu e
sero
louvados.
. .
aplaudidos
por
suas
virtudes... que
brilharo
por seus
feitos...
que
per fuma-
ro,
qui, toda
um a
poca
da
his-
tria da humanidadepor seu he-
rosmo
humano e
cristo.
. . que
iro
constituir a
glria
deDeusna
vidapresente
e na
prpria vida fu -
tura
do
cu.. .
5 A GLRIA DA ME.
raro
que, ao ver-se a figura
notvel du m ho mem de bem, se
diga dele, espontaneamente:
"foi
a me que of ez
grande"
E, no entanto, perguntado quem
o
fizera
to
bom, Francisco Cop-
p e
respondeu :
"minha
m e e o
Evangelho"
CAPTULO II
O menor
esforo
conta
Eu sou a luz domundo. Aquele
que me
segue
n o
anda
em
trevas,
ma s
ter
a luz da
vida (Joo,
8, 12).
l A
ILUMINAO
DO
COLISEU.
Voemos por noite escura, at o
Estdio Coliseu
de
Los Angeles,
no s
Estados Unidos.
o ms de
ju n ho
de 1945. C e m m i l especta-
dores haviam-se reunido para
ho -
menagear
os
heris
da
segunda
guerra mundial. Encenou-seum a
batalha simulada,
na qual se de-
monstravam duas idias: uma, a
fraqueza da
fora humana indi-
v idu a l ; outra, a fora da unio
de todas as grandes e pequenas
foras individuais. Feita
a de-
monstrao, pesado silncio inva-
di u oEstdio. Fo i ento que se
ouviu a voz domestre decerim-
nias
:
"Talvez,
comeou ele,
algum
dos
presentes
esteja dizendo
a si
m e s m o : meu
trabalho
no im-
portante, pois
to obscuro Mas
eu vo s asseguro o contrrio. O
trabalho mais insignificante pode
tornar-sede
imensa
valia.
Permiti
que vo-lo
demonstre sugestiva-
mente.
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No
mesmo
instante,
todos
os ho-
lofotes doEstdio seapagaram.
clar idade fer ica
do
Coliseu suce-
de u total escurido. Em m eio
treva,
o
presidente
da
r euni o
acende
um fsforo e o
mostra
t r iunfante
multido.
"Agora, prossegue ele, podeis
todos ver a importncia dumape-
quena luz. Suponham os que todos
v s
acendais
um
fsforo
como
eu.. ."
Imediatamente, milhares
de is-
queiros
e de
fsforos explodiram
em
todo
o
Estdio, i luminando-o
completamente .
A
lio
f oi
mais clara
que a
i lu-
minao simblica do Coliseu de
Los
Angeles.
Os 100 000
especta-
dores compreenderam
queest ao
alcance de
cada
pessoa acender
um a
luz , fazer sempre
o
bem,
por
menor qu e
parea...
ao invs de
amaldioar a treva, de criticar
inut i lmente omal , se mapo ntar- lhe
o
devido remdio.
2 A ILUMINAO DO
CORAO DOS FILHOS
Qu e transformao
para
melhor
receberia o Brasil, se os 15 m ilhes
de
faml ias, os 15m i lhesd emes ,
comeassem
a acender , no prpr io
lar, a luz divina de Jesus Cristo,
qu e a
"luz
dos
homens,
a luz
das
Naes".
Ele prprio declarou de si mes-
mo: "Eu sou a luz do mundo.
Aquele que me
segue
n o
anda
em
t revas, mas
ter
a luz da vida".
Qu e
ter a luz da vida?
saber
qu e
a v ida, no pensamento e na
inteno
de
Deus,
a
caminhada,
longa
ou
breve,
de
todos
e de
cada
um ,
para
a posse definitiva efeliz
de Deus, suprema aspirao da al-
m a
h u m a n a .
Ter a luz da v ida saber o uso
a faze r do s bens encontrveis ao
longo do
caminho
d a
v ida,
os
bens
do
corpo e da alma,
os
bens da
graa
divina,
os
mandamentos,
os
sacramentos, a palavra de Deus
nas
Escr i turas,
a
liturgia,
os
bens
das inst i tuies humanas, a cultu-
ra, a riqueza,a vida social, obem-
-estar e a
liberdade,
a paz.. .
saber que
tudo
dado
ao ho-
menm pela
munificncia
divina
para,
com tudo isso, realizar o ni-
co
negcio
qu e
conta, realizar
a
prpria salvao
e a do
prximo
pela
prtica
sempre mais
perfeita
e
amorosa
do
A m o r
a
Deus
e aos
semelhantes.
Com o pequeno esforo de
acen-
der a luz da vida no corao dos
filhos,
a me ne les"est depositan-
do ,
no Banco da vida presente e
da futura, o Cheque de valor in-
finito, que d direito posse do
prpr io Deus.
De
fato,
o
menor esforo
conta.
14
CAPTULO
III
O Dia
Nacional
de
Ao
de
Graas"
Vivei circunspectamente, no
como
nscios,
ma s como
sbios,
aproveitando bem o tempo, porque
os
dias
so
maus.
Po r
isso,
n o
sejais
insensatos, antes aprendei
a
compreender a
vontade
de
Deus.
Entretende-vos sempre co m sal-
mos, hinos e cnticos espirituais,
cantando
e
salm-odiando
ao
Senhor
em vossos coraes, DANDO
SEMPRE GRAAS por todas as
cousas a Deus Pai, em nome de
Nosso
Senhor Jesus Cristo (So
Paulo aos
Efsios).
Nos
Estados
Unidos,
o
d ia anual
de AO DE
GRAAS tornou-se
N A C I O N A L
pr incipalmente gra-
as aos
esforos incansveis
de
um a
mulher , a senhora Sarah
Hale.
Durante 17 anos consecuti -
vos, ininter ruptamente ,
ela
levou
avante
a
campanha, sozinha,
atra-
v s
de
palestras, cartas, artigos
em
revistas, conversaes
com
amigas
e
amigos.
A despeito
da
fria indiferena
ambiente, ela continuou em sua
15
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campanha, mostrando sobretudo
as vantagens resultantes dum a ex-
presso pblica
de gratido a
Deus, em d ia
especial para todo
o pas,
ao
invs
de
haver dias
di -
ferentes para cada Estado da Fe-
derao Amer icana.
Impressionado com os esforos
persistentes de
Sa rah Hale,
o Pre-
sidente Lincoln proclamou
o dia
26
de
novembro
de
1863
o
"dia
nacional de ao de graas"
para
aquele ano.
Ao anunc iar ao pas o feliz
acontecimento, disse o Presidente
Lincoln:
"pareceu-me conveniente
e
necessrio
que o dia de
ao
de
graas a Deus seja solene, reve-
rente e reconhecidamente tornado
pblico, com um s corao e uma
s voz, por todo o povo amer i -
cano".
Desde
esse d ia, para sempre
m e-
morvel
no s
anais
da
Histria
amer icana, cada ano destacado
um dia em que o povo
ianque
tri-
buta of icialmente a Deus sua ho-
menagem
de "ao de
graas".
Como a constncia de Sarah
Hale beneficiou toda a nao nor-
te-amer icana, assim tambm,
o que
cada um faz ou
deixa
de
fazer
consolida
ou
enf r aquece
o
bem-es-
tar de
todos.
Sarah Hale agiu como raiz do
povo amer icano. Do seu esforo
perseverante, brotou a flor da gra-
t ido a
Deus
na
Amrica
do
Nor -
te. E hoje
essa flor viceja
em de-
zenas de
pases
do mu n do ,
inclusi-
ve no Brasil.
Razo sobeja
tinha
aqueleautor,
quando a f i r m a v a :
"ningum sabe
o
bem que
faz ,
no mundo das a l -
mas, aquele
qu e
C O M E A
a
fazer
o
bem".
A me de
faml ia que , conforme
a doutr ina de So Paulo, acostuma
os
filhos ao de graas a Deus,
pode estar
certa
de
qu e
est
con-
t r ibu indo imenso para fazer de les
autnticos filhos de Deus .
6
C A P T U L O
IV
Os
"focolarinos
5
Dou-vos
um ,
preceito novo: que
vos
ameis uns aos outros
COMO
eu vos
amei;
assim
tambm
v s
amai-vos
mutuamente.
Nisto todos
conhecero que
sois meus
discpu-
los, se
tiverdes caridade
uns
para
com os outros (Joo, 13, 34,35).
l DILOGO CONSTRU-
TIVO.
Estamos
em
1943.
Em
plena
guerra m undial . Na cidade de
Trento. Jovem balconista repara
no rosto
dos fregueses nuvem de
tristeza, de desconfiana, de deses-
pero. . . Fica inquieta. Achaa ati-
tude bem anorm al. Consulta o pa-
dre vigrio, expondo-lhe sua d-
vida.
Compreende-se, fi lha, a ex-
presso estampada na f isionomia
dos clientes...
A
guerra
est
a...
destruidora... horrvel... Mas no
vamos
chorar
sobre tmulos.
Va-
m os
semear sempre
a boa
semente.
A
boa semente, fi lha, o Evange-
lho.
Voc o l?
Bem que eu
desejaria l-lo,
padre . Mas, desculpe minha fran-
queza.
Eu mal se i ler . Sou quase
17
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a n a l f a b e t a . . .
O sr. poderia dizer-
-m e qual o essencial do Evange-
lho, padre?
O vigrio n o esperou.
Minha f i lha,
a
quintessncia
do
Evangelho, o que h nele de es-
sencial, como que a nata, a
flor...
a
car idade fraterna.
J ouvi falar
tantas
vezes da
caridade. O sr. poderia dizer-m e,
praticamente, com o posso ser ca-
r idosa?
Ora,
mu i to simples. Por
exemplo,
n o pode
voc receber
del icadamente as pessoas?
Inte-
ressar-se por elas sem
faz-las
es-
pe rar? Perguntar-lhes, discreta-
mente , como
est
a
faml ia, como
lhes correm os negcios? No po-
de
voc informar-se a respeito dos
deslocados de
guerra,
do s
pobres
da
localidade,
d os
doentes,
dos mo-
ribundos,
dos que no tm
casa?...
Compreendi , padre . Obr i-
gada.
2 0 EVANGELHO EM
PRTICA.
No d ia 7 de dezembro de 1943,
a primeira focolarina se consa-
grava
a Deus para o bem das al-
mas, dos necessitados, para qu e
vivessem todos UNIDOS, como
o
pede
o
Evangelho.
Em 1946, as moas imi tadoras
da pioneira j e r am umas 40. E,
segundo o his tor iador do movi-
mento focolar ino, aumentavam co -
m o
as virgens consagradas no
tempo
de S .
Ambrsio,
de
quem
se conta oseguinte: o santo bispo
de Milo pregava to bem sobre
a consagrao a Deus que as jo-
vens
que o
ouviam fugiam todas
para
oconvento.
Para
imped i r a
fuga
das filhas, as mes escon-
diam-nas em casa, no lhes per-
mit indo
assistir s
pregaes
do
ho mem de Deus.
J em 1947, o arcebispo de Tren-
to D.
Car los Ferrari aprovou
o
p r ime i ro
estatuto
focolar ino.
Noano
seguinte, consagrou-se
a
Deus tamb m o pr imeiro focolar i -
no
h o m e m .
U m
fato fortuito
o
atraiu a esse
gnero
de
vida.
Aconteceu
se
estragasse a instala-
o eltrica
da s
focolarinas.
Foi
chamado
o eletricista da vizinhan-
a. Rapaz de vinte anos, sbrio,
forte, bem educado, sem
histrias
sentimentais.
Trepou na
escada
e
comeou des-
preocupadamen te o
trabalho" enco-
mendado. Nem
suspeitava que a
graa de Deus o estivesse esprei-
tando para atra-lo, suave e livre-
mente para
a
vida mais perfeita.
quase sempre assim. Quando o
18
homem
cumpre f ie l e honestamen-
te o
dever
de
estado, Deus
lhe re-
serva bnos especiais.
Bem,
voltemos ao nosso eletri-
cista.
Dura nte o conserto da luz,
por det rs da parede de madeira,
ouviu
as jovens falando de
Jesus
e de Mar ia, com a espontaneidade
daqueles
que os trazem nocorao,
como pessoas
de casa..
.
No di a
seguinte,
teve qu e
con-
tinuar o trabalho,
porque
na
vs-
pera ficara distrado com o dilo-
go da s jovens... Em dado mo-
mento, porm, novamente , como
no
dia anterior, ao invs de pros-
seguir no
reparo
do s fios, fica es -
cutando o dilogo da s focolarinas,
dilogo t o
i ncomum,
t o atraen-
te , em atmosfera de fraterna ca-
r i dade .
. .
Como
paga do
trabalho
executa-
do , ped iu
o
favor
de lhe ser
expli-
cada mais a
fund o
aquela vida.
Foi o pr imeiro focolar ino. Uni-
ram-se a
el e
mais dois jovens.
Const i turam comunidade. Procu-
rando alojamento,
o
que no era
nada fcil
em
tempo
de
guerra,
alugaram... um
galinhe iro. Ins-
talaram
nele luz
eltrica.
U m d e -
les, entendido em , pintu ra, deco-
rou-o com smbolos da nova vida
qu e se
propunham levar
um
Cristo na parede, de braos
aber-
tos
para acolher os generosos vo -
luntrios. Outra pin tura represen -
tava
Nossa Senhora, sorrindo,
ao
ver a
chegada
de
jovens coraes
ardentes...
Estabeleceram-se
na
Nova
N a-
zar tornada morada de almas de
escol,
fe l izes como
nu m
palcio.
E o mov imento focolarino se di-
fund iu na Europa, na Amrica do
Norte e na do Sul . No Brasi l j
esto
estabelecidos no Recife e na
cidade
de So
Paulo.
3 A MSTICA DO MOVI-
MENTO.
Os
focolarinos procuram imitar
a vida de Nossa Senhora que , na
palavra do evangelista,
"medita-
va em seu corao tudo quanto
Jesus dizia
e
fazia".
Para isso, escolhem alguma
sentena do Evangelho, alguma
palavra pronunciada por Jesus
qu e
sempre palavra de vida
e a sabore iam, a digerem no nti-
m odaalma, a incorporam na vida
e a
i r radiam
t o
naturalmente
co -
m o
a f lor perfumosa i r radia per-
f u m e .
. .
Escolhem, por exemplo, a se-
guinte passagem do Evangelho:
"O rosto de Jesus tornou-se bri-
lhante como
o sol; as
suasvestes,
brancas como a
neve".
uma pas-
19
-
7/23/2019 A Me, Contrutora Do Lar
13/47
sagem de S . Mateus que descreve
a t ransf igurao de Jesus no mon-
te
Tabor, diante
do s
apstolos
Pe -
dro, Tiago e Joo, admirados ante
o deslumbramento do Mestre .
Da ref lexo
atenta
e prolongada
do s
personagens
e das
circunstn-
cias desse tpico
do
Evangelho,
desse
dilogo
inter ior com Jesus,
brotam lies inesperadas, m aravi-
lhosas para
a
vida prtica
de
cada
dia. Um a das incontveis
dessas
lies
a seguinte: o cristo, co-
m o o
sol, deve resplandecer
de
amor nas suas obras e levar sem-
pre om istrio do Cristo na cons-
cincia
branca
comoneve.
. .
Tomemos outro pensamento do
Evangelho para nosso alimento
es -
p i r i tual: "Aqui morro de fome".
extrado
da
parbola
do filho
prdigo.
Este,
descontente da fa-
mlia, resolve abandonar a
casa
paterna para entregar-se
s vis
paixes. Exper imenta querer bas-
tar-se a si mesmo. Dispensar os
pais. Dispensar a lei de Deus. Es -
quece os
amigos mais dedicados
para
entregar-se
no s
braos
da
amizade ftua dos falsos amigos,
dos amigos do dinheiro... do s
t raidores que o levam para os pra-
zeres
enganadores.
. . Depois
de
provar
a
a m i z a d e
falaz.
. . depois
de sorver, at s fezes, o clice da
d e p r a v a o . . .
onde pensa encon-
trar-se feliz,
realizado...
sente-se
abandonado .. .
S O Z I N H O . .
. sem
amigos... sem dinheiro.
. . sem
sade...
sem esperanas... apa-
vorado...
Comea
a
ref le t i r .
.. Pensa
pro-
fundamente no que
fez,
no que no
devia te r feito, no car inho amoro-
so
do pai, na abundncia de bens
n a f a m l i a . . . na rao al imentar
que lh e cabe
agora
cada dia como
comensal de sunos... Olha para
si . . . v-se reduzido a
trapos...
na
roupa...
no corpo... na al-
ma...
Po r f im, resume o que sua
vida naquele momen to : "Aqui
mor ro de
fome"
E decide voltar
para o seio da fam l i a .
Na parbola do filho prdigo
representado
o
homem mode rno
qu e
conquistou tudo bens, ri-
quezas,
vida prolongada, espao,
l iberdade mas no CONQUIS-
TO U
Deus. E, por isso, m orre de
fome
porque
s o
inf ini to pode
sa -
ciar-lhe
oesprito e o
corao.
Um a
terceira palavrinha do
Evange lho: "Quem no comigo
contra
mim". Quem egosta,
quem
vive para
si ,para
seus
inte-
resses
exc lus ivos . . .
quem
ambi-
cioso... avarento...
contra
o
Cristo.
Quem no o
imita
no
desapego
do s bens, quem no lhe segue os
20
exemplos de pobreza, de humilda-
de, de compaixo, de carregamen-
to da
cruz
do s
deveres
de
cada
dia.. .
Quem
n o se' lhe assemelha no
amor entranhado para o prximo,
sobretudo
para
o prximo mais
abandonado,
mais repelente...
quem,
em resumo, no se d ispe
a seguir as pegadas do Divino
Mestre mediante a
prtica
das
obras de misericrdia corporais e
espirituais, noter parte na feli-
cidade
temporal que a paz
interior,
a
alegria
do cumpr imento
das
boas obras,
a
tranqilidade,
a confiana em Deus e talvez
ne m
mesmo na fe l icidade suprema,
a N ICA NECESS RIA, a f e li c i-
dade do Re ino do s cus.
4 _ Q VALOR DEUMA
PREOCUPAO
ESSEN-
CIAL
Valeu
a pena a medesconheci-
da da pr imeira
focolarina,
ainda
hoje
viva, incutir
na
filha
a vi-
vncia
da car idade
crist,
preocu-
par-se
em
insular
na
f i lha
a
vida
de
Jesus.
Essa
preocupao
originou,
na
Igreja, novo movimento cr ist iani-
zante, nova onda de vida divina.
composto hoje de mais de qui-
nhentos membros de ambos os
se-
xos,
que consagram a vida a Deus
e
s
almas mediante
a prtica pe-
rene
da
caridade
material
e
espi-
ritual. Todos eles, almas que tes-
t emunham no mundo a p r e sena
reconfortante e
amiga
de Jesus e
de Mar ia Sant ssima.
Eis o fruto espontneo do Evan-
gelho
despertar nos homens de
bo a vontade odesejo de realizar o
do m
de si a Deus e aos outros por
amor de Deus. Assim o Evange-
lh o
v ivido conduz
o
h o m e m
ao
pon-
to ALTO da vida, ao meio cons-
tante
de superao de si , ao meio
de
ultrapassamento
indefinido.
E
isso, na
companhia amiga
do
melhor dos AM IGOS , na compa-
nhia
de Jesus.
o que af i rmava o convertido
Francisco Coppe, extasiado pe-
rante
o
tesouro
do
Evangelho:
"Em cada pgina do Evangelho,
di z o filho
prdigo francs, Cristo
brilha como
um a
aurora, palpita
como um
corao".
21
-
7/23/2019 A Me, Contrutora Do Lar
14/47
C A P T U L O V
Um a
pitada
de
psicologia
familiar
ser duas vezes
bo m
s-lo dis-
cretamente. Pois, de fato, aumen-
ta-se o
valor
de
uma, ddiva,
no
se fazendo sentir sua importncia
(J . Guibert).
l_A
FORA
CONQUISTA-
DORADABONDADE.
Comecemos por um fato. Autn-
tico. Ainda
qu e
relatado
sem in -
dicao
de
n o m e s
e de
datas.
Co -
lhido na real idade cotidiana.
Uma famlia compe-se de oito
membros. Pai , m e e seis filhos.
Cinco rapazes
e uma moa, a pri-
mognita .
Esta,
estudante de Di-
reito , deseja fazer-se rel igiosa.
Fala
dessa inc l inao
me que
fica indecisa. Expe omesmo pro -
b lema
ao pai , oqua l ,como de cos-
tume,
se
en fu rece
e, com o
quase
monlogo
habitual, termina com
esta
frase: voc
poder pensar em
f icar f reira no dia em quehouver
paz nesta
casa
A f i lha, muito humilhada, to-
m ou a srio a possibil idade de rea-
22
lizar
seu sonho. Consul tou suas
antigas mestras, tambm religio-
sas.
A f am l ia v iv ia desun ida . Mar i -
do e esposa no se entendiam. Os
filhos,
inocentes da
rixa
quase
contnua
do s
pais , sempre
que po-
d iam , fugiam decasa.
Dessa
forma, nesse clima de fle-
chadas ou , pelo menos, de al f ine-
tadas, os encon t ros f ami l ia res re-
duziam-se
ao s
indispensveis .
De-
pois,
cada qual procurava alhures,
em geral fora de casa,
aquilo
qu e
no encontrava no lar , pratica-
mente desfeito .
A futura
religiosa
comeou
por
viver em casa
C OMO
ir ia viver
no convento. Tornou-se teimosa-
mente caseira , calma, sorridente,
respeitosa, del icada,
servial .. .
Sobre tudo com o pai , a quem co -
meou
a contar fatos banais , a
pr in c p io
pa ra
distra-lo.. .
depo is
para
consult-lo.
. . depois ,
para
pedir- lhe
d i re t ivas.
. .
conselhos .
. .
Depois ,
voltou-se para a m e,
m a i s fcil de conquistar pela ama-
bilidade, pela doura, pelo carinho
afetuoso,
f i l i a l . . .
Depois , fo i a vez dos manos .. .
Pedia a todos alguma colaborao-
zinha , alguma sugesto oportuna,
alguma atividade prpria
para
harmon iza r
a famlia... Como,
por exe mp lo, a celebrao do ani-
versrio do pai com real destaque...
cu mpr imen to s ,bolos, agradecimen-
tos pela sua. . .
b o n d a d e . . . pro-
messas.. .
A o
cabo de seis meses, a fam-
lia registrava temperatura social
e mora l comple tamen teoutra..
.
A
bondade da
moa
conquistou
todos os
m e m b r os ,
a o
m e s m o te m -
po
qu e
lhes desvelava
a
aurora
de
mais paz , de ma is
harmonia...
Co m um a pitadinha de psicolo-
gia , a l iada fora irresistvel da
caridade,
a jovem
fe z
o milagre
da harmonizao da fam l ia .
2 APROVEITAMENTO DA
LIO.
Valemo-nosda l io
anterior
p a-
ra assinalarmos alguns meios pr-
ticos na uti l izao prof cua do pre-
sente ensaio. So pitadinhas de
j e i t in ho s cordiais, que a me, cons-
3
-
7/23/2019 A Me, Contrutora Do Lar
15/47
ciente de sua elevada misso, vai
colhendo onde pode
e vai
aplican-
do na hora mais propcia.
Para isso,
sugerimos:
a) Ler
o
presente livro, todo,
antes
de
comear
sua
aplicao,
pa-
ra ver o
plano
de
conjunto pro-
posto para
a construo do
lar.
b) Examinar quaisositens apli-
cveis famlia, ainda no postos
em prtica.
c) Comear com UM deles, ape-
nas, julgado de fcil e imediata
aplicao, embora n o seja o mais
importante emanter sua prtica,
pelo menosdurante
uma
semana
e
at mais, se necessrio.
d) Convidar,discretamente,um
por um os
membros
da
famlia
a
a ju da rem
a
aplicao
do
ponto
e s-
colhido. Desta forma, todos se
tornam
"operrios"
construtores
do lar.
Esta atitude, das mais simpti-
cas e oportunas, desperta na fam-
lia o
senso
de
solidariedade
e de
responsabilidade, dois princpios
fecundos no amadurecimento da
personal idade humana
e
crist.
e) Depoisque um item "entrou"
na vida da famlia, ou , melhor, se
incorporou
ao
patrimnio fami-
liar, escolher outro e proceder da
m e s m a f o r m a que da primeira es-
colha,qui melhorando-a pela
ex-
perincia adquirida.
U m a observao importante:
durante a aplicao do segundo
item e de todos os demais, velar
na manuteno sempre mais per-
feita
do
terreno
j
conquistado.
f)
Agradecer a Deus que nos
concede trabalhar na execuo de
se u
plano deAmor.
medida que a me vai adqui-
rindoprticanaconstruo dolar,
medida que se"especializa" em
sua
misso humano-divina, apon-
taro, no horizonte de cada dia,
novos
segredos profissionais
com
os quais ela torna sempre mais
encantadora a vida de famlia.
24
CAPTULO VI
Construir o larsegundooplanodeDeus
Sede
imitadores
de
Deus, como
filhos
amados,
e
tomai
o
caminho
da
caridade (Efsios,
5, 1),
1 0 PLANO DE DEUS.
No tarefa leve construir o
lar. No como construir a casa
material que o arquiteto projeta
e o
engenheiro ergue, embeleza,
aproveitando
o que
existe
de mo-
derno nas tcnicas arquitetnicas,
domsticas e
urbansticas...
Construir o lar, no plano de
Deus, envolve trabalho rduo, re -
quer preparao especializada e
sempre atualizada, capacidade de
esforo contnuo, otimismo cris-
to, todas
elas
altas virtudes que
ne m
sempre se aprendem nas es-
colas de arquitetura e de enge-
nharia.
Para construir o lar noideal d i-
vino,
podem
ajudar imensoa scon-
sideraes
seguintes:
a) Para a educao e a vida
do homem, nada se faz de dura-
douro e de bom sem Deus, pois
Deus
o
fundamento
de
todo
o
bem, a fora reguladora de todo
trabalho, a plenitude do corao
h u m a n o . . .
25
-
7/23/2019 A Me, Contrutora Do Lar
16/47
Na palavra
potica
de
ann imo
escritor,
Deus...
povoa as soliesmais afastadas,
consolaas dores mais
pungentes,
cobre
os
mais profundos vazios,
aquece
os coraes mais frios,
enfeita as casas mais pobres.
Deus...
compreende
todas
as
aspiraes,
protege todas
as
liberdades,
respeita todos os
sentimentos,
restaura todas as runas,
secunda todos os esforos.
Deus.
acalma as
paixes,
fortifica a
vontade,
sustem
a
coragem,
dilata os coraes.
Deus...
d surto
s
asas,
leva as almas aos
pncaros,
donde
contemplam o
cu,
esperando
que a lhes sejaper-
mitido habitar.
. .
Pela
f,
pela
orao,
pelo
cum-
primento do dever, a me vai se
assemelhando a Deus, lenta mas
seguramente, tornando-se b lsamo
das dores do lar, alvio das tris-
tezas, anjo libertador
das
angs-
tias, amparo
das
desolaes...exe-
cutora fiel do plano divino nolar.
26
b) A esposa e o marido, ao se
un i rem em matr imn io , f izeram
escolha privilegiada, assumindo
solene comp romissode setornarem
COOPERADORES
de
Deus para
o
surgimento
de
novas vidas. Pois,
para o nascimento de todo
novo
homem, intervm sempre
trs
ope-
radores
: o
mar ido
e a
mulher
pa-
ra
dar
aos
filhos
a vida
fsica,
e
Deus para criar-lhesa alma imor-
tal, feita
imagem
e
semelhana
divinas.
c)
Como
o
brao executa ordens
emanadas
do crebro, como a
ln-
gua
exprime palavras nascidas
na
inteligncia, como o corao se
abre para acolher
os
amigos...
a
me,
na
fam l ia , cumpre
determi-
naes provindas
do
prprio
Deus.
Por isso, no exagero af irmar
qu e a me no somente a espo-
sa do marido, seu conforto, sua
consolao. Ela tambm delega-
da por Deus, sua embaixatriz, pa-
ra , em seu lugar, em seu nome,
em
seu poder, prover s necessi-
dades
de
toda espcie
do s
filhos,
auxil iada em tudo o que
isso
im -
plica
de
sacrifcio
e de
amor, pela
mesma dedicao da parte do ma-
rido.
d)
Construir
o lar segundo o
plano de Deus comea pelacon-
vico
fel iz
a convico de que ,
atravs
do amor, da pacincia , da
mansido,
da
bondade,
da longa-
nimidade, da
compreenso,
da
energia , do esforo perseverante
de cada dia,
a me
est protegen-
do
os laos sagrados
e
indestrut-
veis do matrimnio cristo,
est
insulando
no
mar ido
e nos
filhos,
nos empregados e em todas as
pessoasque tm
contato
com a fa-
mlia , os germes de delicadeza e
de atenes, de respeito e de or-
dem,
de
dedicao
e de
servio,
de
amor de
Deus
e do
prximo.. .
nu -
m a palavra, todos os germes de
grandeza e de fel ic idade humanas,
ao mesmo tempo
que
consolida
as
bases
da
sociedade
e os
fundamen-
tos
do
progresso
em
todos
os as-
pectos da vida.
E depois ,
como a Virgem Maria acreditou
na
mensagem
do
Arcanjo Gabriel
e se tornou me do
Redentor,
a
m e
crist
cr em sua misso
pro-
videncial de
construtora
dolar.
E
depois,
com
inaltervel
pacincia
e
perse-
verana, reza para manter-seuni-
da a Deus de quem cooperadora
para a fe l ic idade dos f i lhos.
E
depois,
medita a vida de Jesus, aprende
e vive o Evangelho
para
fazer
dele
a
"Boa
Nova" de cada
dia,
de cada hora, para si, para o es-
poso, para os
fi lhos,
para todos.
E depois,
luta para no
sucumbir
ao
"ter-
rvel cotidiano",
ao
recomear
ca-
da dia os mesmos trabalhos, pois
por mais rotineiros que paream,
so perm itidos por Deus, podendo,
portanto,
valer
tanto quanto
os
mo men to s
de
descanso
e de
tran-
qi l idade .
Luta, sobretudo, para
no
ceder
tentao perigosa de no mais
crer na santidade divina de sua
misso, depois de ter nela crido
com
entusiasmo na aurora rsea
do
mat r imn io .
E depois ,
trabalha e no descansa enquanto
n o faz,de
cada membro
da fa-
ml ia , o templo de Deus, a morada
de
Deus,
o
tabernculo
do
Deus
vivo.
E depois ,
a me pode
entoar
o hino de vit-
ria do profeta
Simeo
e
aguardar
em paz a hora de receber o convite
de entrar def in i t ivamen te
na
ter-
ra prom etida do cu, reservada aos
"servos
fiis", aos
"trabalhadores
da
vinha divina"
que so
todas
s
almas^
aos
construtores
do lar se-
gundo
o
plano
de
Deus.
27
-
7/23/2019 A Me, Contrutora Do Lar
17/47
CAPTULO VII
A
m e
de faml ia e o esposo
Maridos, amai vossas mulheres
e
no as
trateis
com mau humor.
Mulheres,
sede
submissas aos ma-
ridos, como convm
no
Senhor
(Colos.
3,
19).
O lar,
na
inteno
de
Deus, sur-
ge
como osis
de
harmon ia
e de
convivncia festiva.;
o que se depreende da hist-
ria do primeiro casal humano.A o
criar Deus o p r imei ro homem, co-
locou-o no
"paraso
terrestre". O
paraso,
eis o
osis.
E ao
receber
Ev a comoesposa, A d o exc lamou:
"Eis
a
carne
de
minha carne,
o
osso
de
m e u s
ossos".
Exploso
festiva da alma de Ado por poder
conviver
na
companhia jubilosa
daquela
que ia ser a
companheira
e como que o complemento de sua
existncia.
verdade
que o
pecado pode
in -
troduzir
a
nota dissonante
que de-
sarmoniza
e o
egosmo voraz
qu e
enluta.
M as
no
menos verdade
qu e
o
Cristo venceutanto o pecado co-
m o
o egosmo. E is
por
que a fa-
mlia autenticamente
crist
pode
aspirar
a
encontrar aquela
paz que
o Salvador veiotrazer
a
todos
os
homens de boa vontade.
Duas ati tudes
da me
contri-
buem
poderosamente para fazer
do
lar a
harmonia ednica
e a
sim-
biose festiva.
28
1 A HARMONIA
DO
LAR.
A
me luc ra imensamen te pa ra
si , para os f ilhos e para o m undo
inteiro,
se se
esfora conscienciosa-
men te na cooperaocom om a r i d o
para
qu e el e c u m p r a as responsa-
bil idades que Deus lhe assinala co-
m o cabea
do
lar.
Uma esposa desenvolve bem es-
se pensamento aoescrever: "a paz
e o contentamento que gozo como
jo vem me provm do c u m p r i m e n -
to do
pape l
que me
cabe. Deus
criou a mulher como companhe i ra
do h o m e m .
Para
pr em pr tica
isso, cada dia retomo nimo para
ver, em me u esposo, a imagem viva
do Pai Celeste no seio do lar. Vi-
vend o assim,
eu
c u m p r o
a
vontade
de Deus , mos t ro a m xima es t ima
ao
mar ido ,
do u
constantemente
o
bom exemplo aos
filhos,
o que ne-
cessariamente pro duz a harm onia
do
nosso querido
e
idolatrado lar ."
A
me que assim fala e assim
procede
te m
carradas
de
razo.
Melhor ainda, d mostras de ver-
dadeira sabedoria divina.
Respeito , venerao, compreen-
so, prestao de servios, supor-
tao recproca, numa palavra, ca -
ridade crist ativa, mtua , nasci-
da no corao da m e , a raiz mis-
teriosa
e f ecunda da v ida f ami l ia r ,
a
derramar-se
no
corao
de to-
dos, eis o segredo da harmonia do
lar.
2
CONVIVNCIA FESTI-
VA DO LAR.
O mat r imn io
no ,
automati-
camente, uma vida
a.dois
com to-
das as
garantias
de
equil brio ,
de
compreenso, de amor recprocos,
sempre na med ida justa e oportu-
na. Longe disso. El e impl ica es-
foro contnuo, renovado cada dia,
da parte de ambos os cnjuges,
paraa harmon ia dos prprios cn-
juges
e
para edif icao
do s
filhos.
O
marido mais inc l inado, por
natureza,
a
preocupaes
do
traba-
lho profissional,
a
interesses mes-
m o estranhos
s
responsabil idades
estritas da fam l ia , estudos, via-
gens, vida poltica, social,
"hob-
bies"...
A esposa, por sua vez, tende a
colocar, talvez, o a m o r do s
filhos
m u i t o ac ima
do
a m o r
ao
mar ido ,
o que
leva
o
esposo
a
julgar-se
preterido, inti l , desnecessrio ao
convvio
fam il iar . Da as sadas
freqentes, as ausncias prolonga-
das . . . qui o comeo do e sboroa-
mento do lar .
A esposa e me que d todo seu
amor ao mar ido e toda sua vida
aos
filhos, em equ i l br io haur ido
da
experincia pessoal
e da
un i o
co m Deus na ref lexo e na orao,
e a j u d a
o
m a r i d o
a
imit- la , seja
pela palavra amiga seja pelo
exemplo
silencioso mas constante,
inal tervel e eficaz, pode
estar
certa de queest f azendo rendosos
investimentos no esposo e nos
m e m b r o s da fam l ia , tanto para a
vida presente como para
a
v ida
fu tu ra .
Desse dom de si de esposa
ao marido e de me aos f i lhos
surge o prenuncio promissor da
convivncia festiva do lar.
29
-
7/23/2019 A Me, Contrutora Do Lar
18/47
C A P T U L O VIII
A famlia, primeira escola
O corao da me a sala de
aula do
filho
(Henry W. Bucker).
l
UM INQURITO.
A
revista "Orizzonti", que se
publica em
R o m a ,
em seu
n m e r o
de 12 de
j u n h o
de
1960, fe z
um
inqur i to
em
torno
do
t ema
se -
gu in te :
"a
quem
cabe a culpa se
os
jovens desandam?" .
Responderam
candente ques-
t o centenas de pais de faml ia,
de
educadores, de psiclogos, de
sacerdotes,
de
jur istas,
de
md i -
cos. .
As
respostas citam
as
pr incipais
instituies
educat ivas
do
m u n d o ,
procurando, ao depois, h ierarqui-
z-las segundo a influncia exer-
cida
sobre
a
juventude .
2 A SOCIEDADE.
N a
escala infer ior
do s
instru-
mentos
de
educao
aparece "a
Sociedade
que, atravs
da Convi-
vncia
social,
da
Poltica,
do
Cine-
ma, do Rdio , da
Televiso,
do
Teatro,
do
Esporte,
do
Tur i smo,
da
R u a . . .
poder ia
exercer
expres-
siva influncia
educat iva" . Mas,
segundo a
revista citada,
a
Convi-
vncia
social,
no seu
var iadssimo
conjunto,
antes
me io de
defesa
e
de
propaganda
do s
interesses
pessoais e
grupais
que preocupa-
o do bem
estar co mu m,
genera-
lizado.
O
Tur ismo,
qu e
poder ia
ser es-
cola de descoberta do
b em
existen-
te no
o u t r o . .
.
ocasio
de
hinos
de
louvor ao
Cr iador d iante
das ma-
ravilhas
naturais.
..
inst rumento
de
educao
do s
indivduos
e dos
povos... antes diletantismo egos-
ta.. . momentneo.. .
O Cinema, a Rdio, a Televiso,
oTeatro,
a Imprensa, a Rua.. . in -
sinuam teses nascidas
no
esprito
e no corao dos adultos que a ju-
ventude
no compreende ou, se as
compreende, no so al imentos as-
simi lveis
por
almas ainda ten-
ras
.
..
"A
Poltica,
ao
invs
de ser de-
dicao
ao
be m pbl ico o bem
de
todos
e de
cada
um se
trans-
fo rma
em
t rampolim
de
domina-
o, de
ganncia,
de
especulao
egosta,
de
aproveitam ento escan-
dalosamente individualista
ou de
f a c o . . . "
"A sociedade , cont inua "Oriz-
zonti", no preenche as condies
intrnsecas
de
educar .
Ela
quase
vazia de
valores educativos vitais
m o r m e n t e
os
valores humanos
de
solidar iedade universal
e os va-
lores
divinos
do
Re ino
de
Deus ,
do
A m o r
de
Deus.
e do
a m o r
do
prximo."
Talvez
haja exagero pessimista
no
aspecto quase
inteiramente
ne -
gativo
da s
instituies sociais.
Nem
t udo ,
no
entanto, ne las,
le -
va
o
crepe...
a
espada...
a viso
derrotista...
a
d e so n e s t i d a d e . . .
No
me io
de
mui to joio,
lourejam
tambm
esperanosos
trigais. . .
3 A
ESCOLA,
A
IGREJA
E
A
FAMLIA.
Depois ,
surgem a Escola e a
Igreja
qu e
conservam ainda hoje
a eficcia de sempre na educao
da
juventude .
Mas a
Escola
conserva o
jovem
apenas algumas horas
do
d ia,
du -
rante as
quai s
el eentra em
conta-
to com professores e raramente
com
ed uca dor es. . . Por isso, e la
inf lui
pouquss imo na verdadeira
f o r m a o . . .
A Escola parece ins-
t ru i r mui to
e
educar
p o u c o . ..
A
Igreja cont inua sendo
a
E d u -
cadora
do s
povos
e das
naes,
mandatada p or Aquelequ e
recebeu
as naes por herana. S ua ao
educativa
se
exerce d i re tamente
na s funes do Sacro Ministr io,
na administ rao dos Sacramen-
tos, na s cerimnias religiosas, na
pregao
da
palavra
d i v i n a . . . O
se u
contato d i re to e imed ia toco m
os
jovens
reduzido e
passageiro.
Reduzido ,
pois que minguada a
percentagem da
j u v e n t u d e
qu e
fre-
qenta a
Igreja.
Passageiro, j
que
esse contato no excede de es-
cassa horinha semanal
ou de
even-
tuais manifestaes pblicas
de f.
31
-
7/23/2019 A Me, Contrutora Do Lar
19/47
Existe ainda a influncia indi-
reta
da Igreja, veiculada atravs
da mentalidade crist j inerradi-
cvel nomundo. Nos quatro qua-
drantes
do
universo, numas
re -
gies mais noutras menos,
o
fer-
mento doEvangelho, a luz deCris-
to, o sal da sabedoria divina con-
t inuam irradiando su a fora cris-
tianizante.
No
entanto, ainda assim, sua in-
fluncia educativa parece fraca.
S
assim
se
explica
o
cristianismo
de
superfcie
de inmeros catli-
cos
emesmodecatlicos engajados
no apostolado direto da Igreja.
A Escola e a Igreja, ainda qu e
portadoras dos
valores educativos,
carecem de meios extrnsecos, os
insubstituveis contatos perenes
entre
educadores e educandos, in-
dispensveis educao em pro-
fundidade. O s contatos apenas in -
termitentes, em educao,
rara-
mente
conseguem formar persona-
l idades crists cnscias de suas
responsabilidades.
Justamente
a
pode intervir
a
fam l ia
crist qu e preenche simul-
taneamente as funes de Socie-
dade,
de
primeira Escola
e
de
es -
cola
complementar da s instituies
escolares e eclesiais, mediante as-
.sistncia permanente dada aos fi-
lhos.
O
jovem tem fome e sede de
aprender. N a condio de famin -
to e desedento, comeebebe aquilo
que
se lhe oferece de mais perto.
32
A
famlia,
atravs
da palavra e
do exemplo cotidianos, colhidos
no
patrimnio inexaurvel
da
Igreja
e nas conquistas aproveitveis da
convivncia
social, determina, no s
jovens, a ecloso do s valores qu e
dignificam
avida humanaecrist.
E na
Famlia
sobretudo
a me
qu e supre, emcerto sentido, a au-
sncia do educador e prolonga a
presena materna da Igreja junto
dos filhos.
4 _
INSUBSTITUIBILIDA-
DE DA FAMLIA.
N e n h u m a dasinstituies educa-
tivas citadas pode tomar o lugar
da famlia crist.
Pois
a famlia
a nica escola que, ao lado da
vida
crist
e da
vida social, instila
preciosos valores
na
alma
das ge-
raes novas. Valores que os fi-
lhos incorporam no convvio da
famlia como
o
alimento
que
inge-
rem . . .
Um a
comparao esclarecedora:
privado da alimentao
regular,
dosada com as vitaminas necess-
rias idade, o men in o definha, se
raquitiza e pode chegar a sofrer
deficincias orgnicas ao longo da
vida
inteira.
. .
Falto
dos
valores
dafamlia, ojovem podelevar pa-
ra a
existncia
a
sensao
dum
vcuo
angustiante.
. .
Um a
m e d e seis filhos resume
esses valores nas seguintes pala-
vras: "no crculo da famlia,
aprendemos asabedoria, apacin-
cia,
a compreenso, a alegria, a
espon tane idade ,
a
confiana,
o
servio, a ecloso normal da per-
sonal idade, a sociabilidade, o res-
peito
que no se aprendem em n e -
nhuma outra escola .
Outra me escreve t a m b m :
no h escola quesubstitua a es-
pon tane idade do ambiente fam i -
l ia r , feito de virtudes, de tradi-
es, de
alegrias,
de tristezas, de
ponderveis s conhecidos e s
apreciados no
mbi to
da
famlia
e ,
portanto, s transmissveis tam-
bm pela faml ia
como legado pr-
prio de honra e de ufania."
Num congresso de
educao
crist, uma das oradoras, m e d e
famlia, pde afirmar:
"no meu
en tender ,
a me crist pode plei-
tear para si o privilgio de ser
a
primeira educadora
dos
filhos,
a
p r i m e i r a professora, a primeira
or ien tadora educacional,
porque
a
primeira a poder mostrar ver-
dade i ro
afeto ao s
filhos,
a primei-
ra a
acolh-los
de
corao aberto,
a primeira a dar-lhes confiana,a
pr imei ra a inici-los ao contato
social indispensvel na superao
hu man a ,
a
primeira
a
iniciar
os
filhos ao contato co m Deus , espe-
rana ini lud ve l docorao, a pri-
m e i r a a estabelecer contato co m
os homens,
com a
natureza intei-
ra, onde cada ser a expresso
m u d a dum pensamento e dum de-
sejo d i v i n o s . . . "
"N a famlia, acrescenta Fulton
Sheen, pode-se
respirar
a comu-
nho autntica
dos
coraes
e das
almas, o clima real da compreen-
so e do amor, um qu de entu-
siasmante, deanimador, de indul-
gente,
qu e venceoartificial, o ro-
t ineiro , o
esmagador..."
N a perspectiva delineada pelos
poucos testemunhos citados,
a
fam l ia a continuao da voz do
Evangelho, do Deus
fe i to
ho mem,
de Jesus entre ns,
cuja
presena
amiga, fraterna, afasta a imagem
du m
Deus que assusta, qu e pesa,
qu e
esmaga.
. . Eis po r que a fa-
mlia crist, que vive em comu-
nho de pensamento e de amor
com
a
Igreja,
canteiro privile-giado de plantinhas esperanosas
onde comeam
a
desabrochar
as
persona l idades
crists mais mar-
cantes
e os
homens mais completos
do convvio social fraterno.
A m e
crist pode
prestar va -
liosssima contribuio e servio
duradouro ao m u n d o inteiro, so-
ciedade e Igreja se ,convencida
da
fora
educativa da
fam l i a ,
se
esmera p or tornar-se aeducadora
do
lar.
Dia
a
dia, semelhante
laborio-
sidade persistente da abelha, den-
tro da sala de aula de sua casa,
ela vai insulando no corao do s
filhos
o me l
saboroso
da
mais
au -
tntica educao crist.
33
-
7/23/2019 A Me, Contrutora Do Lar
20/47
C A P T U L O
IX
Quando comea a educao dos filhos
A educao
dos
filhos comea
no dia em que os pais comeam a
namorar
(U m
psiclogo).
l _ Q ANVERSO
E O RE-
VERSO DA MEDALHA.
Faleceu no dia 21 de abril de
1964, no Recife , vtima deaciden-
te
automobilstico,
o
jovemmaris-
ta
I rmo Barroso.
Desde pequeno, aprendera, na
fam l ia , o amor fraterno. Sua re-
soluo, consignada na caderneta
de
notas ntimas, ainda quando
aluno
da segunda srie
ginasial,
reza assim:
"esforar-me-e i
p or
ver o Cristo, em pessoa, em todos
os hom ens e colegas. Ao saud-
-los, saudarei o Cristo presente
neles. Ao receber a saudao de-
les, fare i de conta que o Cristo
m e s m o
qu e
m e
sada . .
."
Morreu em
p lena lucidez , can-
tando salmos de alegria.
A
car idade
crist, que o
jovem
marista aprende u nos joe lhos da
me , oamadureceunoCristo, o sa-
tisfez de tal modo que, ao des-
pedir-se da vida apenas no seu de-
sabrochar,' sente que vai
entrar
na
p len i tude da ve rdade i r a VIDA do
cu
e por isso canta, no parecen-
do
p rovar o horror natural da
morte iminente .
E agora, o reverso da medalha.
Ho mem
culto,
co m
d ip loma uni -
versitrio, 40 anos. Situao eco-
nmica excelente. Perm anece sol-
teiro.
Triste.
Ctico. N o acre-
di ta em nada. No espera nada
da vida. Pergu ntado por pessoas
amigas na m e d i d a em que a
amizade possve l medrar no co-
rao
de
algum
qu e
du v ida
de
tudo
por que no pensa em ca-
sar , responde impeni tentemente:
"no quero criar outros
infelizes
como
eu "...
A causa
da sua infe l icidade, em
par te , vamos encontr- la
na
fam -
l ia. Perdeu
a me aos
trs
anos.
O
pa i
desinteressou-se
do
pequeno ,
qu e
cresceu abandonado,
sem a
educao da
fam l i a . N e m
a es-
cola,
ne m
a inda
a
un ive r s idade ,
mui to menos a sociedade, preen-
cheram o vazio da in fn c ia . . .
Os dois exemplos evidenciam,
saciedade, que a v ida sempre ou
quase sem pre, a resposta d o que
foi a
infncia,
do que
foram
os
p r i m e i r o s anos. Por isso, no se
pode
pe rde r
nenh um
d i a , nenh uminstante na sadia educao dos fi -
lhos.
2 RESPO STA A TALHO
DE FOICE
Um a
jovem
m e
recebeu
choque
eltrico
ao consultar especial ista
de cr ianas. Ingenuam ente per-
guntou
ao m dico : em que
idade
devo
comear
a
educao do f i lho?
Com quantos anos est se u
fi lho, senhora?
Com cinco,
d r.
J comcinco? Asenhora n o
tem mais tempo que perder , pois
j
est
com cinco anos de
atraso...
3 IMPORTNCIA DOS
PRIMEIROS ANOS.
Dur ante os .15 a 20
p r ime i ros
anos, os f i lhos tm os olhosaten-
tos, perscrutado res, penetrantes
sobre os pais para buscar neles
direo de
vida, orientao segu-
ra, meios de integrarem-se na so-
ciedade, fora de vontade, cora-
gem, segurana. O que os pais
fazem ou deixam de fazer
pode no somente afe tar os pr-
prios filhos
para a v ida presente
e
para
a
vida futura,
m as
tambm
incontveis
pessoas qu e, por sua
vez, recebero
ou
deixaro
de re-
ceber a inf luncia do s
f i lhos .
. .
Na cidade de Rio Grande, no
R io Grand e
do
S u l ,
a 3 de
outubro
de 1964,f oi
in au gu rado
o
"Parque
infant i l
I rmo
Iscio".
A cidade
inte i ra
quis
perpetuar ,
com um
busto de bronze ,e m praa pblica,
algum
qu e inf luenciou, durante a
vida ,
mai s
de
trs
m il
a lunos
do
Curso
i nfant i l .
Os trs
m i l ,
por
su a
vez ,
influenciaram a
c idade
de
mais
de c em mi l habi t an tes ..
34
35
-
7/23/2019 A Me, Contrutora Do Lar
21/47
S no cu veremos a fora da
boa
semente lanada,
em
tenra
idade, no corao da criana.
4 _
POR
QUE COMEAR
CEDO.
A
Sagrada
Escritura, qu e
nunca
falha
em suas af i rmaes, tem, a
respeito da educao, uma palavra
rica de ensinamentos alis
toda
ela foi escrita para E N S I N A R O
H O M E M
de todos os tempos e de
todas
as
condies sociais
e de
consolao para
os
pais.
Di z
ela,
no l ivro,
d os
Provrbios:
"o
ho -
m em seguir, na. idade m adura , o
m e s m o caminho qu e
tiver
comea-
do a
seguir
no s
pr imeiros
anos".
A
me quer ver o f i lho sadio
de corpo? Incuta-lhe hbitos
de
higiene prprios da idade. Quer
v-lo sadio de
a l m a ?
Incuta-lhe
o
respeito
de
Deus,
o
respeito
do s
semelhantes. Respeite-o como sa -
crrio da divindade.
Quer v-lo vitorioso sobre os v-
cios da
adolescncia,
da
juventude ,
da
idade adulta?
Mostre-lhe
a
beleza e a possibilidade da virtude,
do
esforo,
do sacrifcio. . .
O filho levar
para
a vida aqui-
lo que a me lhe instila
pelo
exem-
plo, aquilo que lhe ensina pela pa-
lavra,
sobretudo NUNCA perde-
r de
vista aquilo
que a me
ins-
tila
e ensina por si, por aqui lo
que ela , em seu ntimo.
5
0 EXEMPLO
DA
NATU-
REZA.
A
natureza se renova anualmen-
te com a
chegada
da
pr imavera.
Os campos se cobrem de p lanta-
es esperanosas, ashortas se ali-
nham de hor tal ias vi taminizantes ,
os pomares p e r fumam a atmosferacom suas flores
promissoras .
. .
A
hum anidade t ambm se r eno-
va com a
chegada
das crianas, dos
jovens .
. . que
va lem mai s
qu e as
plantaes,
que as
hortalias,
qu e
os pomares . . . po i s que se de s t i -
nam a irradiar, no
m u n d o ,
a es-
perana da sobrevivncia humana,
distribuir
a
amizade
da
convivn-
ci a
fratern a, recender,
na
vida
profissional,
o per fume
inebrian-
te da
vida
crist,
feita
de
alegria,de compreenso, de
servio...
O jard inei ro que comea tarde
a
semente i ra
de
flores
se
expe
a
n o
poder colh-las
para
as
festas
da fam l i a .
. .
O frut icultor
qu e
aguarda
os
meses de canculapara a poda ou
a monda do pomar vai encontr- lo
infestado de rebentos-ladres, ver-
dadeiros tiranos sugadores da sei-
va dest inada
ao s
f ru tos . .
.
O
hor te lo dorminhoco e negli-
gente colher apenas verduras ra-
quitizadas, chamuscadas, fibro-
sas.. . sem
gosto.
. .
A natureza assim. Ou se apro-
veita dela na ocasio em que pode
produzi r
ou ela se vinga inexora-
velmente .
36
6
A
FAMLIA,
VIVEIRO
DE CRISTOS E DE
SANTOS.
No homem,
d-se algo deanlo-
go. A me que seme ia, nos filhos,
a boa
semente
daf r a t e rn idade hu -
mana, do amor de Deus e do pr-
ximo,
a semente do s
bons hbitos
de vida fsica
e
moral, intelectual
e social, desdeodespontar da exis-
tncia
. . .
v-los- enveredar pelo
caminho
da vida honestos e segu-
ros,
entusiastas e
esperanosos...
ufania
sempre crescente para a
fam l ia .
A m e
negligente
com os filhos
v-los- entrar
na
vida
se m
d i r e -
o, sem apoio, desengonados,
sem confiana em si, sem f nos
homense, talvez, o que maistris-
te, sem f em
Deus ,
s em esperana
de realizar algo
de bom e de im-
portante, s em a vitamina poliva-
lente da caridade, doot imismo, da
amizade .
.. V-los- passar pela
vida como fria sombra e sem in-
fluncia... Ou, o qu e imensa-
mente pior, exercendo influncia
nefasta...
A m e diligente faz do filho um
sol de luz
benfazeja,
um a
inteli-
gncia a servio do corao, um
corao a servio do outro, um
homem
a servio do homem, ben-
feitor dohomem,um cristo a ser-
vio
do Cristo, um outro Cristo
qu epassa pela vida fazendo o bem.
Cabe m e pensar nisso tudo
a respeito do s filhos,
para
fazer
deles personalidades humanas
e
crists,
no
sentido mais amplo
da
palavra, t ransformando
a
famlia
em viveiro de homens, decristos
e de
santos.
E isso desde o pri-
meiro
namoro.
37
-
7/23/2019 A Me, Contrutora Do Lar
22/47
CAPTULO
X
Como
comear a educao dos filhos
As crianas precisam do ali-
mento afetivo tanto quanto do ali-
mento material (Um grupo de
mdicos).
0 ttulo acima talvez faa nas-
cer no
esprito
de
numerosas mes
a
esperana
de
encontrarem,
no
presente captulo, a chave para a
orientao metdica, racional
e
crist
do s filhos desde o comeo
da vida. Queira Deus
qu e
n o fi -
quem frustrad as nessa esperana
ansiosa e justa.
1
TRS PRINCPIOS FUN-
DAMENTAIS
N O D E -
SENVOLVIMENTO
DO
SER HUMANO.
A vida dohomem evoluo pe -
rene.
A
natureza inteira, alis,
no conhece a estabilidade. O pr-
prio
do temporrio, do passageiro,
a
mudana cont nua,
a
trans-
formao constante, a instabili-
dade.
No
caso especial
do
homem, e le
passa
de germe a ser
vivo.
De ser
vivo
a
beb...
acriana... a ado-
lescente. . .
a
a d u l t o . . .
a
habitan-
te docu .
..
Em
todasas fases de sua evolu-
o
vital
o homem inf luenc iado
por
trs princpios basilares,
trs
desejos naturais, veementes:
38
odesejo deintegrar se na vi-
da,
o
desejo
de
estabelecer rela-
es interpessoais,
o desejo de
segurana.
S o
trs
foras simultneas,
convergentes, qu e v isam a
condu-
zir a pessoa plena posse de si
e na
plena
capacidade.
S e
satisfeitas
normalment e ,
as
trs
tendncias,
a
pessoa
vai en-
t rando confiante
e
serena
na ma-
tur idade na qual pode p roduz i ro
m ximo de rendimento.
Se no sat isfe i tas, se mant idas
represadas,
surgem os homens
imaturos, para os quais s existe
um a
cura
a de
r e faze r em,
p or
si ou com o auxlio de outros, a
pr imeira educao destorcida.
2
0 PRINCPIO DE INTE-
GRAO NA VIDA.
um a inclinao atuante, dira-
m os hoje"agressiva", pe la quaLo
homem
deseja manifestar e a jus-
tar
real idade ,
em
cada perodo
de seu
ciclo evolutivo vital,
um a
a uma suas tendncias, suas apti-
des, seus talentos, para, com eles ,
quais
vias
de
acesso, ingress ar
co m
segurana
na
v ida
e
conqui s t ar
se u
lugar
na
convivncia humana.
Nesse desenrolar do painel hu-
mano,
desf i lam, como
em
f i lme
sensacional,
todas as inclinaes
boas e ms, fsicas e
psquicas,
in -
telectuais e volitivas, em otivas e
artsticas, morais e sociais, reli-
giosas
e sobrenaturais . . . num
misto
de
possibi l idades
e de
espe-
ranas,
de
inquietudes
e de
apreen-
ses.
. .
Nelas est
se
real izando
uma vida .
Po r
elas est
se
escre-
vend o
o
dest ino temporal
e
eterno
du m
h o m e m .
. .
A integrao se processa pela
interao do
organismo
em
cresci-
mento com outros seres humanos
j desenvolvidos ou em desenvol-
vimento .
Os
me ios
de
desenvolvimento
so var iadssimos, desde a pala-
vra e os
atos mais solenes
at as
atitudes e os gestos aparentemen-
te mais insignificantes. O essen-
cial ao
desenvolvimento
que
o
se r
desenvolvido
ou
adulto
m a-
nifeste afe to
quele
qu e est em
vias de desenvolver-se.
3
_ Q
CASO E SPECFICO
DO
AFETO.
Af irmam psiquiat ras e psiclo-
gos que a
criana,
na
p r ime i r a
e
na
segunda infncia, necessita
do
afeto materno, genuno, perma-
nente , sempre da mesma pessoa.
N a
falta
da
me ,
um a
subst i tuta,
tambm permanente , lhe indis-
pensvel . Carente desse afeto, o
desenvolvimento
fsico,
m e n t a l e
afet ivo
da
cr iana sofre pre juzos
t r emendos
para toda a vida. As
crianas
pr ivadas
do
afeto,
seja
em
seus prprios lares
ou
fora
de -
les, so
font e s
de
infeco social
t o grave como podem s-lo os
por tadores da d if ter ia ou da febre
t i f id e . . .
Na criana p r ivada de afeto, se -
gundo
o
e squema
de um
p s iqu ia-
39
-
7/23/2019 A Me, Contrutora Do Lar
23/47
tra, podem observar-se
os
seguin-
tes efeitos:
" ansiedade aguda...
excessivo anelo de
amor.
. .
insopitveis sentimentos de
vingana.
. .
busca automtica decompen-
saes, de mentiras, roubos, enga-
nos, f ingimentos, ataques, destrui-
es,
acusaes, recusas, condena-
es, queixas, nervosismos inexpl i-
cveis,
f u g a s . . .
sentimentos
de
cu lpabi l idade ,
de
depresso, de no -valor. . .
incapacidade
de
adaptao
social..."
E o
psiquiatra
conclu i:
"so to -das elas formas
de
neurose e de
instabil idade, enquanto
n o
e l im i-
nadas por adequada terapia".
Os prprios homens, sobretudo
os portadores de imaturidades, se
privados do afeto , podem chegar
inval idao, por inteiro , da ca-
pacidade de
adaptao
social, vi-
vendo marginais ao genuno con-
vvio
h u m a n o e cristo, insatisfei-
tos,
inseguros,
angustiados, aze-
dos, sempre disponveis a compen-
saes,
a
evases,
a
extravagn-
cias e a desatinos at.. . Oh o m e m
se m afeto vive
no
arrocho indes-
torcvel de infernal camisa-de-fer-
ro.
. . sempre pronto a demo l i r . . .
ou
a e n f e z a r - s e . . .
o u . . .
pior ain-
da. . .
D-se bem o contrrio com oh o-
4
m em cercado
do
autntico afeto
materno, famil iar
e
social. Nessa
atmosfera,
respira
satisfao, dis-
ponibi l idade
para todas
as inicia-
tivas enlevantes possveis.
Perma-
nece fiel
ao
dever
de
estado, vence
as
tentaes
de
ima tu r idade ,
sente
confiana
em si e nos
outros.
um homem que ajuda a construir ,
porque
aprendeu
a
construir-se
a
si com o
material
insubstituvel
do
afeto.
Emcerta
maneira , vive
se-
guro, tranqilo , fel iz.
Co mo a
criana,
j
desde
o
seio
materno ,
toda
disponibil idade
para integrar-sena
vida,
toda
f ra-
queza para
receber segurana
e
valor, toda amorosa para receber
afeto e confiana, justifica-se o
mote com que se abre o
presente
captulo de que a "criana precisa
do
al imento afetivo
tanto
quanto
do al imentomaterial".
Na
famlia de Deus, todos os
homens, crianas e adultos, ima-
turos e maduros, necessitam do
afeto cristo que S. Paulo chama
caridade para se integrarem na
falange do povo de Deus, estabele-
cerem relaes serenas
e
constru-
tivas,
sentirem-se real izados
e a-
guardarem em paz a hora de en-
trada
na
famlia
do
cu.
4
Q
PRINCPIO
DAS
RELAES
INTER-PESSOAIS.
O ser humano no pode ser com-
preendido no
vcuo, isolado, avul-
so, mas
somente
dentro de seu
mu n do , dentro de suas relaes e
sobretudo
de
relaes interpes-
soais.
No
caso da criana, nada se
co mpreen de
dela ,
de seu desenvol-
vimento , se nos afastamos do bi-
n mio
C R I A N A
M < E . Estes
so os termos dominantes em ma-
tria
de psicologia infanti l . Por
isso, .mais que nunca verdade
qu e
"o
fu tu ro
da criana comea
a ser escrito no dia em que os
pais comeam o namoro". De fa-
to, do ajustamento recproco do s
pais
va i
d e p e n d e r
a
atmosfera
emocional do lar , e desta atmosfe-
ra depende o destino
da
criana.
Uma atmosfera f irme, calma, es-
tvel, isto no quer dizer sem
tempestades; pois , depois destas
ve m geralmente
o sol favorece
o
desenvolvimento da criana, sua
integrao
na
v ida .
O desenvolvimento se real iza
atravs de p roblemas , de confli-
tos,
qu e
nunca sero dramticos
mas superados. prefervel is to
a uma atmosfera semtem pes tades,
mas de contnuas guerri lhas, ins-
t ve l , con t inuamen te em tenso.
Diante disso, a criana e ainda os
adultos no sobrevivem mocional-
men te .
Acriana
leva, para a vida, TO-
DAS as impresses da infncia.
A s boas, so- lhe fermento vita l .
Impu l s io n am-n a a melhorar sem-
pre,
e m
tudo . Ass im ,
a
criana
qu e
aprendeu a falar sempre a verda-
de ,
via de
regra,
se metamorfo -
sear em
homem veraz, leal ,
au -
tntico.
O
h o m e m
qu e
exper imen-
to u avivncia nagraa santifican-
te
desde
a
infncia ter sempre
o
desejo p r o f u n d o
de
conserv-la.
Aquele que aprendeu a rezar b e m ,
todos
os dias, no ter dif iculda-
de
em
dirigir-se
a
Deus
em
todas
as circunstncias da vida.
As impresses ms so fermen-
to s
dissolventes
da s
disposies
d a
criana. Deprimem-lhe
a
vida.
Tornam-lhe a vida pesada, insu-
portvel . o caso do homem inso-
civel,misantropo... Oisolamen-
to dos piores venenos
para
a vi-
d a h u m a n a .
. .
Mui tos
no o su-
por tam por mu i to tempo... O m e -
nino
que aprendeu a men t i r , s e
quiser desfazer-se
do mau
hbito ,
qu e
lutas terrveis dever
travar
den t ro
de si e para as
quais
no
est
preparado ...
Muitas das ati tudes dos adultos
so adquiridas na atmosfera do
lar.
O
nosso mundo
de
adu l tos
como
que a continuao do peque-
no
m u n d od a f am l ia .
5
_
Q PRINCPIO
DE
SEGU-
RANA.
o obj e t ivo m xim o do ser hu-
mano. A criana precisa sentir-
se emocionalmente segura. Esta
segurana depe nde dos pais e
substitutos. Dentro do ambie nte
de segurana,
o
desenvolvimento
n o rma l .
41
-
7/23/2019 A Me, Contrutora Do Lar
24/47
S em segurana, o filho cresce
desajustado, incapaz de estabele-
cer relaes humanas na base do
respei to mtuo e da simpat ia re-
cproca. Sem segurana, a
crian-
a cai na neurose abandnica, ca-
racterizada
por
trs sintomas:
angst ia,
sentimento
de
no-valor
pes-
soal,
necessidade neurt ica
do
a m o r e de o pr prova.
ANGSTIA
Fisiolgicamen-
te, a falta de ar, um comeo de
agonia. . . Mas no dessa angs-
tia que t ratamo s aqui . Tratamos
da
angstia psicolgica, espcie de
mal-estar interior, ntimo, vago
e
surdo.
A
pessoa
angustiada sente-
-se insegura, sem
saber
explicar o
motivo
dessa insegurana. Teme
um
per igo iminente ,
um
acidente.. .
Fica em perptuo
"estado
de aler-
ta",
ao
mesmo t empo
qu e
experi-
menta
incapacidade
total de
fugir
ou
de
resistir
a
ameaas,
a
peri-
gos... Segundo Heidegger,
" a
vivncia
no nada e na solido...".
Ora,
a v ida normal ser COM
Algum, ser A
DOIS,
ser no
AMOR .
Ensinam os psiclogos
qu e "ser" no se conjuga no sin-
gular . Ns que t raduzimos a
menta l i dade DUAL da existncia
autntica.
Aprende-se a SER COM , a SER
A
DOIS,
a SER NO AMOR , na
42
infncia , sendo COM os pais, ven-
do-se
aceito pelos pais, sentindo-se
seguro pelos pais ou substitutos.
Ento a pessoa sente-se A DOIS,
sente-se em segurana.
A
solido advm somente quan-
do a pessoa se sente abandonada
e re je i tada, quando, em criana,
n o
real izou a aprendizagem es-
sencial de SER C O M .
S E N T I M E N T O D E NO-VA-
LO R
PESSOAL,
ou
comp lexo
de
inferioridade.
O
homem ap r ende
a ser
algum,
a ser impor tante , a TERV A L O R ,
a
contar, pela aceitao
do s pais.
Quando
a
criana,
nos
pr imeiros
anos
de
vida,
se
sente aceita
e re-
conhecida pelos pais, acha-se eu-
frica. Ao contrrio, se no acei-
ta
pelos pais
ou
substitutos, sente-
-se
abandonada . E esse sent imen-
to de desvalorizao e de inferio-
rizao acompanha-a pe la v ida
adulta, atormentando-a cont inua-
mente . Sente uma espcie de
ameaa prpria existncia, pois
pensa assim: "o s outros valem e
eu
n o
valho
nada".
O
sent imento
de
no-valor pes-
soal com pensado pe la procura,
fora de si, de algum valor econ-
mico, social,artstico, religioso.. .
A
procura obsessiva
de
mui to
d i-
nheiro, de posio social, de car-
gos pblicos, de
valores
econmi-
cos, religiosos e socia is. . . nada
mai s
s o qu e
mecani smos
de
com-
pensao do sent imento de no-va-
lor pessoal. a procura de valo-
rizao pessoal fora de si , quando
a pessoa sente que, dentro de si ,
n o
existe esse
valor.
O
qu e
caracteriza
o
sent imento
de infer ior idade a busca DOEN-
TIA, exagerada de bens exterioresa si. A procura justa e p rudent e
destes mesmos bens
pe r fe i t amen-
te
normal .
N E C E S S I D A D E N E U R T I C A
DE
AMOR
E DE
P-LO
PRO-
VA.
A
insegurana ocaminho aber-
topara o
desespero.
E o
desespero
a antecmara do suicdio, cuja
freqncia
mais pronunciada se
encontra
entre
os
neurticos
aban-
donados. Nem todos os neurti-
cos se suicidam. Aqueles que no
se su ic idam, QUEREM SER. Mas
esteser s possve l A DOIS , SER
COM, n a M E N T A L I D A D E
DUAL.
por
isso que procuram
o
a m o r O B S E S S I V A M E N T E .
Mas, inseguros como so, pois
N O real izaram a aprendizagem
do amor na infncia, com os pais,
so t ambm DESCONFIADOS.
Po r
isso, tudo
fazem
para
pr