a luta pelo direito - resumo

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A LUTA PELO DIREITO CAPÍTULO I – Introdução Para o autor, direito é uma ideia prática e que possui uma antítese, o fim e o meio. - a paz é o objetivo do direito e a luta é o meio de obtê-la. O autor acredita que o direito possua uma dupla ideia: DIREITO OBJETIVO: “a ideia objetiva, que nos oferece o conjunto dos princípios do direito em vigor, — a ordem legal da vida”; DIREITO SUBJETIVO: “o precipitado da regra abstrata no direito concreto da pessoa”. Ele acredita também que o direito não é ideia de lógica mas de força, representada pela estátua da justiça, símbolo do direito: - a estátua possui em uma mão a balança, na qual se pesa o direito, e na outra uma espada, está simbolizando a força usada para fazer valer o direito. - “A espada sem a balança é a força bruta, a balança sem a espada é o direito impotente; completam-se mutuamente: e, na realidade, o direito só reina quando a força dispendida pela justiça para empunhar a espada corresponde à habilidade que emprega em manejar a balança.” O autor afirma que nós somos os responsáveis por nossos direitos e que este, por sua vez, é defendido através da luta: O direito é o trabalho sem tréguas, e não somente o trabalho dos poderes públicos, mas sim o de todo o povo. ...é o espetáculo de uma nação inteira desprendendo ininterruptamente para defender o seu direito...”

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A LUTA PELO DIREITO

CAPTULO I Introduo

Para o autor, direito uma ideia prtica e que possui uma anttese, o fim e o meio.- a paz o objetivo do direito e a luta o meio de obt-la.

O autor acredita que o direito possua uma dupla ideia:DIREITO OBJETIVO: a ideia objetiva, que nos oferece o conjunto dos princpios do direito em vigor, a ordem legal da vida;DIREITO SUBJETIVO: o precipitado da regra abstrata no direito concreto da pessoa.

Ele acredita tambm que o direito no ideia de lgica mas de fora, representada pela esttua da justia, smbolo do direito:- a esttua possui em uma mo a balana, na qual se pesa o direito, e na outra uma espada, est simbolizando a fora usada para fazer valer o direito.- A espada sem a balana a fora bruta, a balana sem a espada o direito impotente; completam-se mutuamente: e, na realidade, o direito s reina quando a fora dispendida pela justia para empunhar a espada corresponde habilidade que emprega em manejar a balana.

O autor afirma que ns somos os responsveis por nossos direitos e que este, por sua vez, defendido atravs da luta:O direito o trabalho sem trguas, e no somente o trabalho dos poderes pblicos, mas sim o de todo o povo.... o espetculo de uma nao inteira desprendendo ininterruptamente para defender o seu direito...

E, para ele, as leis de nada valem sem o sentimento de justia, e querer justia tambm no suficiente, deve-se agir.

CAPTULO II - O interesse na luta pelo direito

O autor inicia o captulo com a seguinte frase:A luta pelo direito concreto de que ns vamos ocupar nesta segunda parte tem, como causa, uma leso ou uma subtrao deste direito.E nos d ento a ideia de que neste captulo trataremos da luta pelo direito negado.

Segundo o autor a luta pelo direito um dever do interessado para consigo prprio e para ele, o indivduo lesado, em seu direito, pode se resolver de duas formas: ele pode resistir ao adversrio e pode ceder, porm, seja qual for a escolha deve fazer um sacrifcio: ou sacrificar o direito paz ou a paz ao direito, limitando ao mais vantajoso.- Quando um indivduo lesado em seu direito, faz-se irremissivelmente esta considerao, nascida da questo que em sua conscincia se apresenta, e que pode resolver como bem lhe aprouver: se deve resistir ao adversrio ou se deve ceder.Qualquer que seja a soluo, dever fazer sempre um sacrifcio; ou sacrificar o direito paz ou a paz ao direito. A questo assim apresentada parece limitar-se a saber qual dos dois sacrifcios o menos oneroso.

O autor considera que existem dois grupos de indivduos: um primeiro grupo que luta por seu direito at o fim, no somente pelo interesse ou valor material mas pela dor moral que lhe causada atravs da injustia: - No o interesse material vulnerado, que impele o indivduo que sofre tal leso a exigir uma satisfao, mas sim a dor moral que lhe causa a injustia de que vtima.A grande questo para ele no a restituio do objeto que muitas vezes doado a uma instituio de beneficncia, a que o pode impelir a litigar; o que mais deseja que se lhe reconhea o seu direito.

E um ltimo grupo que escolhem abrir mo de seus direitos paz:- A experincia, porm, nos ensina tambm que outros indivduos colocados em semelhante situao tomam uma deciso inteiramente contrria; preferem a paz a um direito conquistado to trabalhosa e penosamente.

O autor possui uma ideia contrria do segundo grupo e a considera condenvel e contraria essncia do direito e conclui ainda que se esta ideia prevalecesse, o direito seria destrudo, pois a mesma defende a fuga da justia enquanto o direito justamente a luta pela justia: - Como julgamo-los?... este ama a paz, aquele o combate, e, sob o ponto de vista do direito, ambos so respeitveis, porque todo o interessado pode escolher ou abandonar o seu direito ou faz-lo valer.- Consideramos este modo de ver [...] perfeitamente condenvel e contrrio prpria essncia do direito.- Se fosse possvel supor que chegasse alguma vez a prevalecer, destruir-se-ia o prprio direito, porque defende a fuga diante da injustia, enquanto o direito no existe sem lutar contra ela.

CAPTULO III - A luta pelo direito na esfera individual

No incio do captulo o autor diz que temos a obrigao de resistir ao ser atacado em nosso direito:- Aquele que for atacado em seu direito deve resistir; - um dever para consigo mesmo- Temos, pois, o dever de defender nosso direito, porque nossa existncia moral est direta e essencialmente ligada sua conservao; desistir completamente da defesa, o que atualmente no muito prtico, porm que poderia ter lugar, equivaleria a um suicdio moral.

O autor ainda diz que injustia um ataque contra o direito:- Toda a injustia no , portanto, mais que uma ao arbritraria, isto um ataque contra a ideia do direito.

Ele afirma ento, que a vida do homem se divide em dois meios:O MATERIAL: onde o homem defende sua propriedade(fim de matrimnio, diviso de patrimnio);-O MORAL: onde o homem defende sua honra (contratos em geral).

E, por fim, afirma que devemos defender nosso direito, seja ele qual for:- Temos, pois o dever de defender nosso direito, porque nossa existncia moral est direta e essencialmente ligada a sua conservao; desistir completamente de defesa, o que no muito prtico, porem que poderia ter lugar, equivaleria a um suicdio moral.

CAPTULO 4 - A Luta pelo direito na esfera social

O autor nos mostra que as leis s so teis, enquanto so usadas com frequncia as leis menos usadas ou abandonadas, caem em desuso.- Enquanto a realizao prtica do direito pblico e do penal est assegurada, porque est imposta como um dever... a do direito privado apresenta-se aos particulares como forma de direito, isto , por completo abandonada a sua prtica sua livre iniciativa e sua prpria atividade.

Ele nos mostra tambmque no direito privado cada um deve defender a lei na sua posio, pois quem defende o seu direito defende todo o direito.- Portanto, cada um est encarregado na sua posio de defender a lei, quando se trata do direito privado, porque todo o homem est encarregado, dentro da sua esfera, de guardar e de fazer executar as disposies legais.

A ESSENCIA DO DIREITO A AO-A LIBERDADE DE AO PARA O SENTIMENTO LEGAL O QUE O AR PARA A CHAMA; SE A DIMINUS OU PARALISAIS, ACABAREIS COM TAL SENTIMENTO

Capitulo 5 - O direito alemo e a luta pelo direito

Nesse capitulo Ihering compara o direito da Alemanha com o RomanoO nosso direito civil para repleto de materialismo, porque a maioria das medidas em relao a violao do direito gera um valor material. No direito Romano, a resoluo do crime no direito civil, no era por atribuio de valor e sim por decreto de penas.- o dinheiro no era, pois, o fim que se tinha em vista, mas um meio de atingi-lo. Esse modo de encarar a questo, que o direito romano intermedirio tinha...

O ladro quando lesa uma pessoa, ataca seu patrimnio, as leis do estado, a ordem legal e a sua moral. Quando o devedor de um emprstimo, nega de m f que se lhe fez, acontece o mesmo ataque em relao a moral e as leis do estado mas sua pena geralmente uma multa.