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A LITERATURA INFANTIL COMO INCENTIVO A FORMAÇÃO DE LEITORES NA

ESCOLA E NA VIDA

PROFESSOR PDE: Lourdes Salete Chioquetta1

Orientadora IES: Prof. Me. Roseli Viola Rodrigues 2

RESUMO

O presente artigo visa importância em trabalhar clássicos da Literatura Infantil com alunos de 3º ano do curso Formação de Docentes do Colégio Estadual de Pato Branco. Disciplina: Literatura Infantil, em condição de professores estagiários de escolas municipais. Tem objetivo de subsidiar aprofundamento teórico-prático, análise de metodologias, incentivar leitura de diferentes obras para o Ensino Fundamental com séries iniciais através de histórias infantis, videos, filmes indicados aos novos leitores. Como problemática indagamos por que alunos iniciam o processo de leitura entusiasta pelos livros, na sequência demonstram pouco interesse? É possível, Literatura Infantil desencadear caminhos que levam as várias formas de leitura evidenciando-se contos de fadas, saber separar o real do imaginário, propiciar ferramentas diferenciadas na absorção dos conteúdos apresentados, através do lúdico ao alfabetizador. Ao realizar o estudo utilizou-se pesquisa exploratória, qualitativa, bibliográfica, desenvolvimento de atividades explorando livros, filmes, histórias de literatura atual, tidos como instrumentos de motivação para formar leitores críticos, destacando aspectos simbólicos (visão real, imaginária) da sociedade de consumo. O tema abordado, descrito por meio deste artigo científico, resultado de todos os passos, metodologias apresentadas, executadas seguiu determinações do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE. Por fim considerações finais.

Palavras chaves: Leitura. Literatura. Prazer. Simbólico. Real.

1Professora do Estado do Paraná – Pedagoga, aluna do Programa de Desenvolvimento Educacional-PDE- UNICENTRO Universidade Estadual do Centro-Oeste – Guarapuava- PR

2 Mestre em Educação, Pedagoga, Professora do Departamento de Pedagogia Universidade Estadual do Centro-Oeste de Guarapuava-PR

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1 INTRODUÇÃO

O presente artigo vem registrar o resultado do Caderno Pedagógico, que

tem como título: A Literatura Infantil como incentivo a formação de leitores na escola

se na vida: "Simbolismo se realidade". Aplicado aos alunos do 3º ano do curso de

Formação de Docentes no Colégio Estadual de Pato Branco, tendo como tema: A

produção e a utilização de materiais pedagógicos como recurso de aprendizagem;

enfatizando Literatura Infantil para o hábito da leitura. Aproveitando das experiências

vivenciadas durante todo percurso como educadora no curso de Formação de

Docentes, foi possível observar que os alunos apresentam necessidades

indispensáveis de conhecimentos teórico-prático durante sua formação e

dificuldades na aplicação dos conteúdos de literatura Infantil para as séries iniciais,

onde, logo, estarão atuando. Partindo desse pressuposto em relação ao ensino-

aprendizagem da literatura infantil, levantou-se o seguinte questionamento: Como

propor metodologias de incentivo para formação de leitores e desenvolver o gosto

pela leitura através da literatura infantil com alunos de séries iniciais do ensino

fundamental, motivados com os contos de fadas clássico-modernos e que esse

processo prolongue-se gradativamente em suas vidas?

Para Lerneu (2000, o.89), “a leitura significativa proporciona não somente as

pistas essenciais e o feedback necessário para aprender a ler, mas proporciona seu

próprio esforço. Aprender a ler é uma atividade que dá prazer”.

Na sua contemporaneidade, a função estética da literatura vem refletindo

sobre valores humanos necessários ao bom convívio social no desenvolvimento de

alguns sentimentos apresentados pelos personagens de livros ou filmes tais como:

Amor, raiva, inveja e medo que são representações do que se passa no interior das

pessoas, principalmente das crianças e jovens. Tais sentimentos, se, transmitidos

por meio de uma linguagem simbólica, durante a infância, serão benéficos à

formação da consciência ética do indivíduo passando a fazer parte de sua vida.

Diante dessa revolução histórico-cultural, concebe-se que, literatura infanto-

juvenil se faz presente, e cada vez mais necessária na escola, na vida não só como

aprendizado, mas, principalmente, como lazer. "Lazer este que venha relacionado

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ao prazer", ao desafio constante na aprendizagem da leitura, por isso, há

necessidade de se propor e criar situações estratégicas, inovar métodos, mostrar

que todos esses conteúdos fazem parte do nosso dia-a-dia e que não são tão

difíceis de absorvê-los quando trabalhados por meio do universo literário que o

mundo da leitura oferece.

Para o ensino da literatura infantil, o professor deve facilitar essa leitura

oportunizando todos os contatos possíveis com as histórias nas várias formas

literárias, representativas, de modo que os alunos construam seu próprio

conhecimento, destacando o real, o imaginário, ser criativo e reflexivo.

Abramovich (1997, p.16) ressalta:

“Ah, como é importante para a formação de qualquer criança ouvir muitas e muitas histórias... escutá-las é o inicio da aprendizagem para ser leitor e ser leitor é ter caminho absolutamente infinito de descobertas e de compreensão do mundo”. (ABRAMOVICH, 1997, p.16)

Ao concordar com a autora, quando levanta tal problemática, passamos a ter

tais indagações: Que tipo de literatura usar para contar histórias, como utilizá-las

para despertar o interesse pela leitura para que não percam o desejo de ler nas

séries seguintes? E como motivá-los ao prazer na leitura?

Podemos, assim, começar compreender como é importante Literatura

Infantil no desenvolvimento cognitivo das crianças. Ser leitor é meio para conhecer

os diferentes tipos de textos, de ampliar o vocabulário e o universo linguístico.

Propõem-se como tema de nosso artigo, a importância da leitura com os

contos de fadas (clássicos), outras obras infanto-juvenil (modernos) que estimulam

os educandos sem perder a noção de realidade; desenvolver a criatividade, fantasia,

viajar com imaginação para absorver, não só o prazer em ler, porém que faça a

leitura do mundo escrevendo sua própria história.

Fundamentando-se nestas teorias busca-se responder ao problema de

pesquisa que questiona: Como propor uma metodologia que promova aprendizagem

da literatura infantil por meio da leitura de obras, contos e atividades, instigando

ensino diferenciado aos alunos do curso de Formação de Docentes para que os

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mesmos, na sua prática pedagógica, possam fazer diferença no trabalho docente?

Fazendo o que se está propondo indica tornar a leitura prazerosa em aprendizagem

de conteúdos, próxima do hábito de ler sem que ela se torne obrigação no cotidiano

escolar, expandindo esse sentimento para vida.

Assim sendo, o professor tem um importante papel como mediador no

processo ensino-aprendizagem. Pois cabe-lhe transmitir os conteúdos, tão logo criar

novas metodologias, propondo atividades que reforcem o prazer pela leitura,

aproveitando o que os contos de fadas oferecem de positivo com os educandos,

explorando capacidade, criatividade na busca do saber ler e ver o mundo.

Abramovich (1997) nos coloca:

Leitores que reconhecem na Literatura seu valor ou função social e que acima de tudo, aprendam a entender o texto, ler as entrelinhas estabelecendo um diálogo com a vida; que encontrem na leitura das obras literárias oportunidade de prazer e de lazer, que sejam capazes de nela reconhecer valores estéticos e artísticos que se dão através da palavra. (ABRAMOVICH, 1997)

Assim, este estudo, tem como objetivo geral, construir uma identidade para

formação de educadores do Curso Normal que pressupõe levar em consideração a

complexidade da alfabetização e letramento nas séries iniciais do ensino

fundamental, contextualizar leitura na dimensão da Literatura Infantil, do mundo

simbólico ao mundo real sem quebrar com rigidez a legitimidade social que o

estatuto de verdade dá a eles, porém de forma lúdica, criativa.

Também é necessário análise da literatura infantil pelo professor já que ele

está diante de um processo de comunicação, onde a criança está construindo

história através dessa leitura.

Portanto, esta pesquisa tem como intuito fazer com que os alunos

participem, encarem este desafio tornando a leitura interessante, instigante, que

seus conteúdos façam parte da vida dos educandos usando o lúdico como

instrumento de ensino, que gerem momentos de alegria, satisfação, prazer em

aprender.

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Este estudo foi realizado no Colégio Estadual de Pato Branco, no terceiro

ano do Curso de Formação de Docentes. A escolha da aplicação deste tema para o

Curso de Formação de Docentes não foi aleatória, mas sim de um conhecimento

pré-estabelecido, percebeu-se que, os alunos do curso apresentam dificuldades no

que diz respeito à prática docente dos conteúdos de literatura infantil para as séries

iniciais, voltadas a questionamentos que permitem aos alunos compreensão de que

aprendizagem será resultado de um bom trabalho pedagógico.

Acredita-se que, este artigo é relevante no sentido de sensibilizar os

educandos do curso de Formação de Docentes e professores para incentivar a

leitura da literatura infantil, nas séries iniciais, contribuindo em especial para a rede

pública estadual na prática pedagógica, visando melhoria do ensino ofertado.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Através da história, alguns estudos apontam a importância e finalidade da

leitura na escola, seja ela na alfabetização ou em continuidade ao desempenho

escolar dos alunos para sua vida, explorando a literatura infanto-juvenil como

metodologia de ensino para formação de novos leitores.

Abramovich (1997), afirma que:

(...) se quer hoje do aluno não é que ele seja apenas o decodificador, mas que ele seja o leitor/criador, crítico e contestador. Para que o aluno seja efetivamente um leitor o professor deve criar entre ele e as obras literárias uma atitude de intimidade, de curiosidade pelos livros, de interesse pela descoberta de valorização e de encantamento como leitor e como produtor de textos. (ABRAMOVICH, 1997)

É fundamental dar oportunidade às crianças e jovens que conheçam as

intenções do autor ao abordar este ou aquele assunto. O amadurecimento, a

compreensão serão possíveis somente quando o aluno dominar efetivamente a

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leitura, tiver envolvimento do mundo e conhecer as artimanhas no “mexer dos

pauzinhos” das autoridades constituídas. Para que isto aconteça será necessário

que aluno e professor leiam os mais variados tipos de livros, textos e produções.

Sabe-se que lendo a obra na sua totalidade pode-se tecer individual e coletivamente

a leitura do homem contextualizado no seu tempo.

Para GREGORIN FILHO, (2009, p. 29),

Lobato fora o precursor de uma nova literatura destinada às crianças no Brasil, uma literatura que ainda passaria por inúmeras transformações e por grandes mudanças na tecnologia e na sociedade. Essas mudanças, de maneira histórica e dialógica foram trazendo para a literatura infantil a diversidade de valores do mundo contemporâneo, o questionamento do papel do homem diante de um universo que se transforma a cada dia e, além disso, os diferentes contextos sociais e culturais presentes na formação do povo brasileiro, sua diversidade, e o mais importante, trouxeram as vozes e sentimentos da criança para as páginas dos livros, para as ilustrações e para as diferentes linguagens, [...], (GREGORIN FILHO, 2009, p.29).

A compreensão da literatura ,na escola, passa pelo entendimento de que,

sua razão de ser no currículo escolar, justifica-se pela formação de novos leitores,

os quais devem reconhecer nela o seu valor, sua função social.

Convivendo com os seres imagináveis, a criança inventa, teoriza, cria

hipóteses para compreender sua realidade. Esse envolvimento com o mundo

imaginário, pressupõe preparação para compreensão do mundo real, no qual está

inserida.

De acordo com proposta curricular para o curso de Formação de Docentes

SEED - PR, (2008, P.131), "o imaginário encontrado na Literatura Infanto-Juvenil

recupera nossa alfabetização simbólica, aquela que nos acompanha desde

sempre..."

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2.1 A NATUREZA DA LITERATURA INFANTIL

Compreende-se que, através do universo simbólico forma-se base ao

universo do leitor, pois, à medida que vai operando com os elementos imaginários é

normal inventar suas hipóteses através de mecanismos explicativos, visando a

compreensão da realidade. (ABRAMOVICH, 1997).

COELHO, (2000) conclui que,

A literatura infantil é, antes de tudo, literatura; ou melhor, é arte: fenômeno de criatividade que representa o mundo, o homem, a vida, através da palavra. Funde os sonhos e a vida prática, o imaginário e o real, os ideais e sua possível/impossível realização... "COELHO, (2000, p.27).

2.2 ALFABETIZAÇÃO

Na alfabetização, prioriza-se, antes de mais nada, muita leitura e a

linguagem oral está amplamente relacionada a ela para seu bom desempenho. A

autora reforça que, para aquisição da linguagem oral e o bom desempenho das

crianças, ao se alfabetizar, depende da variedade, da quantidade de leitura e,

principalmente, de como induzir, contar, instigar prazerosamente os educandos ao

ato de ler refletindo sobre a fantasia e o mundo em que vivem. (FERREIRO, 2002)

Segundo Ferreiro (2002, p.133),

A alfabetização é um processo através do qual as pessoas aprendem a ler e a escrever. O domínio da leitura e da escrita pressupõe o aumento do domínio da linguagem oral, da consciência metalinguística e repercute diretamente nos processos cognitivos... (FERREIRO, 2002, p.133)

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Para Aroeira (1996, p.141), “(...) Contar histórias é uma experiência de

grande significado para quem conta e para quem ouve”. Assim ao contar histórias o

educador incentiva a criança na busca de sua realização interior ao aprender. Isso

geralmente acontece com os contos de fadas (problemática existencial) ou contos

maravilhosos (problemática social).

2.3 LEITURA NA ESCOLA

Segundo Cunha (1984), a leitura é aceita e praticada mais frequentemente

entre as crianças do que entre os adultos, pois as crianças se satisfazem, se

realizam com as leituras feitas enquanto que os adultos não conseguem relacionar

essas leituras com suas atividades diárias. Ele nos diz que:

Neste universo, opera-se por associações mais simples de pensamento, os de contiguidade, feito com base na proximidade explicita se compulsória entre os elementos da cadeia significativa: texto – contexto. Lógica comandada pelos princípios da sucessividade e de linearidade, o que corresponde ao resgate do tempo real com base na verossimilhança, pretendida como uma lei absoluta da linguagem discursiva. (CUNHA, 1984, p. 63)

Segundo Bettellheim (1980), para a leitura,

Há uma concordância geral de que mitos e contos de fadas falam-nos na linguagem de símbolos representando conteúdos inconscientes. Seu apelo é simultâneo à nossa mente consciente e inconsciente, a todos os três aspectos - id, ego e superego - e à nossa necessidade de ideais do ego também. Por isso é muito eficaz; e no conteúdo dos contos, os fenômenos internos psicológicos recebem corpo em forma simbólica. (BETTELLHEIM, 1980, p. 46-47).

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Bettellheim (1980) ressalta que nos tipos de leitura tanto mitos como os

contos de fadas, representam de certo modo inconsciente o desejo que

simbolicamente essas histórias podem instigar a fantasia e mesmo sabendo que não

vai acontecer na realidade, elas inspiram admiração para os leitores.

Para Aparecida (2008), leitura é um:

Processo de contínuo aprendizado e que, desde cedo, é preciso inserir a criança no contexto literário para que de maneira prazerosa ela venha adquirir intimidade com o texto e aos poucos consiga estabelecer um diálogo com o que ouve ou com o que lê. (APARECIDA, 2008).

Para Aparecida (2008), fica claro que quanto mais cedo a criança

desenvolver o gosto pela leitura melhor compreenderá os caminhos que os textos

literários oferecem-lhe na aquisição da leitura, da escrita, de inserir-se no contexto

social ao qual pertence como cidadão capaz.

De acordo com Lerner (2000, p. 89), para compreender a leitura “devem-se

considerar não somente os olhos, mas também os mecanismos da memória,

atenção, ansiedade, uso da linguagem, compreensão da fala além das relações

interpessoais e diferenças socioculturais".

2.4 LITERATURA INFANTIL

A literatura infantil enriquece a imaginação da criança, oferece condições de

libertação sadia, ensina libertar-se pelo espírito, leva a usar o raciocínio, a cultivar

sua liberdade.

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Tais propostas pedagógicas oferecem êxito, porém é necessário

investimentos da escola, do professor em formar leitores e que para tal se trilhe o

caminho do caráter lúdico da literatura infantil e aproveitar o fascínio que crianças

têm pelas ilustrações, pois estas são um convite para ela mergulhar no universo

lúdico.

Para COELHO (2000, p.16-17),

A escola é o espaço privilegiado para o encontro entre o leitor e o livro. Neste espaço estimulamos o exercício da mente; a percepção do real em suas múltiplas significações (...). Espaço que deve ser libertário (sem ser anárquico) e orientador (sem ser dogmático), para permitir ao ser em formação chegar ao seu autoconhecimento e a ter acesso ao mundo da cultura que caracteriza a sociedade a que ele pertence. (COELHO, 2000, p. 16-17)

De acordo com esses conceitos, leitura desperta o interesse, atenção das

crianças, desenvolvendo nelas criatividade, percepção de diferentes resoluções de

problemas, autonomia, criticidade, que são elementos importantes para formação

pessoal e social do ser humano.

Nessa perspectiva, buscamos junto aos autores, alicerces para apresentar

possibilidades e maneiras de incentivar leitura com literatura infantil na escola,

explorando formas lúdicas que encantem os novos leitores gradativamente pela

vida.

2.5 COMO CONQUISTAR O LEITOR

A autora Marilze S. Petroni escreve em seu livro “Como Conquistar um

Leitor”, 10 itens que devem ser desenvolvidos para induzir a criança a tornar-se uma

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amiga dos livros e 10 itens que devem ser evitados para que a criança não crie

obstáculos em seu desenvolvimento como leitor, também para auxiliar professores

na condição de motivá-los para o hábito de ler. Para ela, quando nos propomos

realizar alguma coisa, manifestam-se sentimentos comportamentais que podem ser

agradáveis ou não: de prazer, angústia, medo, raiva, indiferença ou preguiça.

(PETRONI, 2002, p. 23)

Petroni (2002, p. 48) afirma que:

A criança quando inicia seu processo de aprendizado é entusiasta com os livros, mas a leitura mal orientada, a leitura com cobrança e as frustrações das chacotas feitas por colegas e, às vezes, até pelo professor leva ao desinteresse. Quando mais tarde, já na adolescência, sem base para desenvolver sozinha uma leitura compreensiva, abandona os livros. (PETRONI, 2002, p.48)

Além disso, nesse mesmo livro, a autora desenvolveu 10 mandamentos que

podem ser utilizados como requisitos primordiais para educadores na conquista de

novos leitores e 10 passos norteadores dos verdadeiros objetivos que devem

conduzi-los ao prazer de ler:

Escolha de livros interessantes de acordo com a idade do leitor; despertar o

interesse com informações sobre a leitura ou perguntas que induzam à vontade de

ler; escolha de livros que possam ser divididos em pequenos trechos para que a

leitura seja feita aos poucos; preparo de comentários sobre a leitura para que o leitor

possa participar dando sua opinião; inicialmente faça leitura coletiva. Divida em

trechos que devem ser comentados, ilustrados e reconstruídos; procure averiguar se

todas as palavras e assuntos foram entendidos para evitar dúvidas; faça analogia

com o que foi lido e vida real para que o leitor saiba o que é imaginário e real;

importante fazer um levantamento de tudo que foi aprendido; fazer uma estatística

geral sobre ideia e conteúdo do livro; conclua com os leitores o que mais marcou de

tudo que foi lido. (PETRONI, 2002, p. 55-56).

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2.6 O QUE DEVE SER EVITADO NO ENSINO DA LITERATURA

Conforme nos diz Petroni, 2002: Nunca obrigue uma criança a ler; nunca

peça para ler ameaçando com cobranças futuras; nunca peça para ler em público

sem preparo prévio; nunca enalteça o livro além do que ele apresenta, mas também

não deixe de apresentar os atrativos existentes; nunca prossiga a leitura sem

despertar o interesse; nunca use leitura para preencher tempo que não seja possível

dar atendimento para a boa compreensão; nunca permita que os erros cometidos

deixem a criança ressentida ou triste, use palavras de incentivo; nunca deixe de

elogiar uma boa leitura e incentivar os que erram; nunca deixe de ler para comentar

alguma coisa interessante que aprendeu por meio da leitura. O entusiasmo contagia.

(PETRONI, 2002, p.99-102)

Com essa relação pode-se concluir que o ato de ler não é tão simples, mas

que existem muitas possibilidades para induzir novos leitores ao mundo encantado

da literatura, da fantasia, da realidade na visão da sociedade contemporânea

voltada ao consumo.

Assim sendo, fica claro que o desenvolvimento da leitura acontece

gradativamente, e utilizar-se dos contos de fadas, como algo novo passível de

transformação, faz com que o aluno sinta-se agente, capaz de criar e se encantar

pelos livros, de interferir em seu meio como também construir sua própria história.

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Conforme problematização apresentada neste artigo e mediante as

dificuldades na aplicação e na transposição didática dos conteúdos de Literatura

Infantil pelos alunos do Curso de Formação de docentes, daí a necessidade do

objeto do nosso estudo abordar, através de pesquisa exploratória, qualitativa,

bibliográfica: (questionário, livros de literatura infanto-juvenil, leitura e análise de

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clássicos da literatura infantil (Monteiro Lobato, Cinderela, Chapeuzinho Vermelho,

filmes como Shrek, Crônicas de Nárnia) e outros que contribuam na melhoria da

prática docente para formação dos novos leitores.

O estudo delineou-se com prática pedagógica, realizada durante a Prática

de Formação desses alunos (estágio supervisionado) e desenvolvidas as atividades

descritas no Caderno Pedagógico com os alunos do 3º ano do Curso de Formação

de Docentes, tendo por objetivo uma proposta metodológica incentivadora que

venha favorecer o encantamento dos educandos pela leitura sem que ela se torne

apenas uma obrigação exigida na escola. Isso quer dizer que na atuação direta com

esses alunos, pode-se prepará-los à prática do magistério e que não recaiam sobre

erros e sim conduzi-los a buscar formas mais interessantes para formar alunos com

aquisição e domínio da leitura.

De acordo com Gil (1999 p. 111),

Tal material exploratório pode constituir-se principalmente de livros literários e de autores com destaque na literatura infantil, como Monteiro Lobato entre outros. Tendo como principal vantagem, o fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos mais amplos. (GIL, 1999, p. 111)

Segundo Mariza Lajolo, presença de obras de literatura na escola, nos dias

de hoje, apontam caminhos em que se entrelaçam literatura e educação: educação

pela leitura e a educação para a leitura. A diferença é sutil. No 1° caso, o texto

literário é instrumento pedagógico a serviço do currículo; no 2°, a escola abre seu

espaço para discussão e apreciação prazerosa do texto literário. (ZILBERMAN &

LAJOLO, 1985)

A pesquisa foi realizada tendo como público alvo 16 alunos, que são

professores estagiários em escolas/creches municipais. Aplicada com 20 horas no

turno contrário as suas aulas, sob orientação do professor PDE fazendo-os refletir

sobre sua própria ação pedagógica.

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3.1 A LITERATURA INFANTIL NA SALA DE AULA

Com relação literatura infantil na sala de aula Gregorin Filho (2009, p. 47)

apresenta um quadro que classifica os livros com sua função no âmbito da realidade

escolar em: "Didáticos; De apoio Didático e de Literatura”.

Esse quadro é de suma importância para percepção dos livros de leitura

literária, tendo como aliados, no desenvolvimento da afetividade e imaginação do

aluno que, a própria LDB prioriza como necessidade de que temas inerentes à

sociedade sejam discutidos em sala de aula. Desse modo, a literatura infantil pode e

deve ser vista como um importante veículo para tais discussões, já que é a

expressão máxima da arte, da alma de um povo. (GREGORIN FILHO, 2009, p. 73 e

75)

Para Gregorin Filho (2009), as Rodas de Leitura e Contação de Histórias

são:

Atividades que tem como objetivo levar o aluno do ensino fundamental a encarar as atividades de leitura como continuidade das contações de histórias vivenciadas em seu lar ou da sua comunidade, além de propiciar esse tipo de experiência àquelas crianças que por motivos diversos não tiveram a oportunidade de conviver com essa experiência tão ancestral. (GREGORIN FILHO, 2009, p.79).

Os seguintes materiais foram utilizados na pesquisa: revisão bibliográfica,

sites da área de estudo, livros de literatura infantil e filmes assistidos na

implementação: (As Crônicas de Nárnia e Shrek). Sugestões de filmes para

complementação do conteúdo: "O Reino dos Gatos"; "As Bicicletas de Belleville";

"Deu a Louca na Chapeuzinho", outros.

Utilizou-se também a apostila elaborada pela professora do PDE com os

itens que devemos seguir para conquistar novos leitores; sugestões e escolha de

livros de literatura infantil; filmes escolhidos entre os contos de fada clássicos

-modernos e outros. Para o desenvolvimento deste trabalho, foi utilizada pesquisa

descritiva e exploratória. Esse material estudado está de acordo com os seguintes

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autores: Oficinas (COSSON, 2009 p. 121 a 135). “Como conquistar um Leitor”

(PETRONI, 2002 p.13). Literatura e os Estágios Psicológicos da Criança (COELHO,

2000, p.32-40). Quadro comparativo dos tipos de leitor (GREGORIN FILHO, 2009

p.45).

4 IMPLEMENTAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

Para execução deste artigo: "A Literatura Infantil como incentivo à formação de

leitores na escola e na vida: "Simbolismo e Realidade", cujo tema é: "Produção e

utilização de materiais pedagógicos como recurso de aprendizagem", enfatizando a

Literatura Infantil para o hábito da Leitura. Foi implementado no Colégio Estadual de

Pato Branco Ensino Fundamental, Médio, Profissional e Normal para os alunos do

Curso de Formação de Docentes, 3ª série B, período noturno, nos meses de

setembro, outubro e novembro de 2011, no município de Pato Branco - Paraná.

Este tema foi desenvolvido durante o Programa de Desenvolvimento

Educacional – PDE, apresentado à direção e equipe pedagógica do mesmo Colégio

durante a semana pedagógica, no segundo semestre do ano letivo de 2011.

As atividades propostas no caderno pedagógico levantaram subsídios que

indicam algumas das causas desmotivadoras nos educandos em construir uma

identidade de prazer pela leitura, não só durante o processo de alfabetização, porém

perdurando para toda sua vida. Dentre elas a aplicação de atividades de leitura que

recaem nos mesmos erros já detectados com os alunos, como por exemplo exigir e

utilizar os mesmos mecanismos de leitura e cobrar o ano inteiro como se fosse

regra.

As Diretrizes Curriculares Educacionais – DCE – SEED traçam estratégias

que visam nortear o trabalho do professor e garantir apropriação do conhecimento

pelos estudantes da rede pública. Para tanto os princípios democráticos que

fundamentam a construção dessas Diretrizes solicitam dos professores engajamento

de profunda reflexão especificamente para o curso Formação de Docentes que

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diretamente estarão formando novos leitores sem participação crítica constante e

transformadora.

Cosson (2009), diz em seu livro “Letramento Literário: teoria e prática” que:

Todos nós exercitamos a linguagem de muitos e variados modos em toda nossa vida, de tal modo que o nosso mundo é aquilo que ela nos permite dizer, isto é, a matéria constitutiva do mundo é, antes de mais nada, a linguagem que o expressa. (COSSON, 2009, p. 15)

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo veio comprovar os objetivos propostos no início deste trabalho.

Após o término deste, observou-se ao finalizar aplicação das atividades do caderno

pedagógico e do questionário que os alunos do terceiro ano do Curso de Formação

de Docentes demonstram pouca ou nenhuma aptidão para trabalhar com Literatura

Infantil de forma lúdica, prazerosa e incentivadora aos processos de ensino-

aprendizagem de leitura nas séries iniciais do ensino fundamental. Servindo-se

destas estratégias como prática docente que faz mediação entre real e imaginário

da criança, entende-se a importância desse processo de leitura ao qual educandos

se deixem levar ao prazer de ler, perdurem mergulhados nas vastas obras literárias

dos contos de fadas e outras que motivem a ler mais e mais em toda sua vida.

Levantou-se por meio do questionário aplicado e pela participação nas

atividades do caderno, que as alunas compreenderam a importância das várias

versões na qual Literatura Infantil apresenta e das possibilidades que temos ao

transmitir-lhes conceitos inovadores em utilizar vasta literatura tida nos livros, filmes,

séries, principalmente ler muitas e muitas histórias. Portanto promover nas práticas

pedagógicas encantamento pela literatura, enquanto ato de ler, criar, recriar histórias

e também para absorção dos conteúdos pelos educandos necessárias na sua

formação acadêmica.

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Observou-se também que a escola além de abordar os conteúdos deve ser

um espaço de prazer onde nela estimule-se criatividade, imaginação e comunicação

expressiva na construção do próprio conhecimento.

Nesse sentido destaca-se que o lúdico deve facilitar essa compreensão em

abstrair da literatura sua essência sem desestimular a seriedade do trabalho de

ensinar e do aprender. É preciso que o educando saiba que estudar requer

seriedade, atenção, mesmo quando por meio de leitura pois esta é um meio para

que o cérebro alcance mais rapidamente as conclusões desejadas.

Por se tratar de uma turma do Curso de Formação de Docentes, futuros

professores, o assunto trabalhado gerou interesse ao desempenhá-lo, pois além de

conhecer mais sobre literatura infanto-juvenil, o material produzido acrescentou

direção, um caminho para sua prática pedagógica futura na disciplina de Literatura

Infantil.

Nos tópicos analisados pelos alunos, através do questionário e das outras

atividades propostas durante implementação, constatou-se repostas que levam às

mesmas conclusões dos autores já citados neste artigo. Percebe-se, claramente,

que há pouco interesse, ou indiferença pela leitura. Em consequência, gera

dificuldades nos processos de alfabetização de (leitura/escrita) e em alguns casos

formas abstratas de ensinar no dia-a-dia torna esse processo mecânico. Alguns

professores do ensino fundamental demonstram pouco ou nenhum interesse em

buscar novas formas de ensinar literatura nem de responder o questionário proposto

parecendo muito tradicional. Por outro lado, há professores dinâmicos, criativos e

incentivadores da leitura mergulhados na literatura, na arte.

Considerando o quanto é importante Literatura Infanto-Juvenil para escola,

pensamos transpor formas lúdicas de ensiná-la inserindo-a ao nosso "corpo

linguagem" desde os mais simples até os mais complexos textos literários, que o

educando entenda e aproprie-se da magia dessa linguagem abstraindo dela suas

próprias conclusões da leitura e do mundo.

6 REFERÊNCIAS

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