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A literatura brasileira está dividida em duas grandes eras, que acompanham a evolução política e econômica do Brasil:

A Era Colonial : Quintentismo, Barroco e Arcadismo

Era Nacional: Romantismo, Realismo, Naturalismo, Parnasianismo, o Simbolismo, o Pré-Modernismo e o Modernismo até chegarmos ao momento Contemporâneo , que é o nosso tempo.

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Em 1500, os navegantes que aqui chegaram deveriam enviar ao rei, em Portugal, notícias sobre as novas terras encontradas. Esses textos, constituem a chamada literatura de informação sobre o Brasil,

escrita em estilos diversos, dependendo de cada autor.

Essas obras não têm cunho estético, ou seja, não foram feitas como obra de arte. São importantes porque trazem conhecimento da vida no Brasil, da presença dos índios e de como se deu a colonização.

Esses textos dos cronistas servem como referencial para que possamos saber como era a terra, a gente, os costumes, a aparência, a língua, a flora, a fauna do Brasil e dos índios que aqui habitavam.

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PERO VAZ DE CAMINHA– “Carta do Achamento do Brasil” (1500)

Certidão de nascimento do país , primeiro texto escrito a respeito do nosso país

Partes selecionadas:A partida e a chegada Índios dançam com os portuguesesSobre a missa e o comportamento dos

índiosTrocas entre os povos

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Senhor, posto que o Capitão-mor desta Vossa

frota, e assim os outros capitães escrevam a Vossa Alteza a notícia do achamento desta Vossa terra nova, que se agora nesta navegação achou, não deixarei de também dar disso minha conta a Vossa Alteza, assim como eu melhor puder, ainda que -- para o bem contar e falar -- o saiba pior que todos fazer! (...)

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A partida de Belém foi -- como Vossa Alteza sabe, segunda-feira 9 de março. E sábado, 14 do dito mês, entre as 8 e 9 horas, nos achamos entre as Canárias, mais perto da Grande Canária. E ali andamos todo aquele dia em calma, à vista delas, obra de três a quatro léguas. E domingo, 22 do dito mês, às dez horas mais ou menos, houvemos vista das ilhas de Cabo Verde, a saber da ilha de São Nicolau, segundo o dito de Pero Escolar, piloto. (...)

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Pardos, nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas. Traziam arcos nas mãos, e suas setas. Vinham todos rijamente em direção ao batel. E Nicolau Coelho lhes fez sinal que pousassem os arcos. E eles os depuseram. Mas não pôde deles haver fala nem entendimento que aproveitasse, por o mar quebrar na costa. Somente arremessou-lhe um barrete vermelho e uma carapuça de linho que levava na cabeça, e um sombreiro preto. E um deles lhe arremessou um sombreiro de penas de ave, compridas, com uma copazinha de penas vermelhas e pardas, como de papagaio. E outro lhe deu um ramal grande de continhas brancas, miúdas que querem parecer de aljôfar, as quais peças creio que o Capitão manda a Vossa Alteza. E com isto se volveu às naus por ser tarde e não poder haver deles mais fala, por causa do mar.

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E segundo o que a mim e a todos pareceu, esta gente, não lhes falece outra coisa para ser toda cristã, do que entenderem-nos, porque assim tomavam aquilo que nos viam fazer como nós mesmos; por onde pareceu a todos que nenhuma idolatria nem adoração têm. E bem creio que, se Vossa Alteza aqui mandar quem entre eles mais devagar ande, que todos serão tornados e convertidos ao desejo de Vossa Alteza. E por isso, se alguém vier, não deixe logo de vir clérigo para os batizar; porque já então terão mais conhecimentos de nossa fé, pelos dois degredados que aqui entre eles ficam, os quais hoje também comungaram.

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Esse relato feito por um dos pilotos da frota de Cabral

Esse texto nos fornece importantes informações que não constam na Carta de Caminha, nem sempre fazendo o mesmo seguimento que do outro escrivão.

De autoria,como já afirmamos, desconhecida, este relato reconstitui a travessia do oceano atlântico pela frota de Cabral, com informações que complementam e às vezes contradizem o texto de Caminha.

Divergências: data da partida: 08/03, data da chegada: 24/04

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Descrição dos índios, fisicamente e de suas casas.

Descrição da natureza.Missa.Momento em que os índio são levados até

a embarcação dos portugueses.

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O alemão Hans Staden, aventurando no Brasil pela segunda vez, foi preso pela tribo tupinanbá e mantido prisioneiro de janeiro a outubro de 1554,

Sendo preparado para o ritual antropofágico por esse tempo e conseguindo,depois, ser resgatado por um navio francês.

Chegando a Europa, relata a vida indígena: os casamentos, a poligamia,os ritos.

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O ritual antropofágico:(...) havia muitas mulheres (...) e fui obrigado então a

gritar-lhes na sua língua: (...) Eu, vossa comida, cheguei. (...) Quando entrei, correram as mulheres ao meu encontroe me deram bofetadas, arrancando a minha barba e falando em sua língua: (...) Vingo em ti o golpe que matou o meu amigo, o qual foi morto por aqueles dentre os quais tu estiveste.

 Dão-lhes (aos prisioneiros) uma mulher para os guardar e também para ter relações com eles.(...)

Fornecem boa comida; tratam assim deles algum tempo (...) convidam então os selvagens de outras aldeias para aí se reunirem naquela época (...) conduzem o prisioneiro uma ou duas vezes pela praça e dançam ao redor dele (...)

 

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pintam a cara do prisioneiro, e enquanto uma das mulheres o está pintando, as outras cantam. E logo que começam a beber, levam o prisioneiro para lá, bebem com ele e com ele se entretêm. Acabando de beber, descansam no dia seguinte (...) de manhã, antes de clarear o dia, vão dançar e cantarao redor do bastão com que o devem matar (...) amarram a mussurana ao pescoço e em redor do corpo do paciente,esticando-a para os dois lados (...) aquele que deve matar o prisioneiro (...) pinta o próprio corpo de pardo, com cinza (...) pega na clava e diz: Sim, aqui estou, quero te matar,porque os teus também mataram a muitos dos meu samigos e os devoraram. (...) então desfecha-lhe um golpe na nuca, os miolos saltam e logo as mulheres tomam o corpo, puxando-o para o fogo(...) .

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Crônica escrita por Pero Lopes de Sousa, irmão de Martim Afonso de Sousa, de quem foi companheiro na primeira expedição portuguesa propriamente de exploração pelo litoral brasileiro, em busca do Rio Prata, em 1530.

O texto foi escrito em forma de diário – com datas -revelando o dia-a-dia da viagem e as impressões momentâneas dos fatos.

Descreve os índios , a natureza, e a dificuldade da viagem.

Linguagem direta, descritiva e seca.

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Os homens mui bem dispostos, e as mulheres mui formosas, que não hão nenhuma inveja às da Rua Nova de Lisboa, não têm os homens outras armas senão arcos e flechas; a cada duas léguas têm guerras uns com os outros (...).

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Essas singularidades remetem ao período em que o autor esteve no Brasil, tentando estabelecer aqui uma colônia francesa, batizada França Antártica.

Intenção política em relação à terra: (...) Não vejo razão para que ela (a terra) seja

chamada de Índia, (...) tal nome vem do notável rio Indo, que está bem distante de nossa América. Portanto, bastará chamá-la de América ou de França Antártica.

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 O índio: (...) gente prodigiosamente estranha e selvagem, sem

fé, sem lei, sem religião, sem civilidade nenhuma, que vive como animais irracionais, de modo como a natureza a fez (...) talvez (...) convivendo com os cristãos, aos poucos se despoje dessa brutalidade, passando a vestir-se de modo mais civilizado e humano.Como se não lhes bastasse viver nus, pintar o corpo (...) e arrancar-se os pêlos, os selvagens (...) – VISÃO NEGATIVA

furam os lábios com certa planta muito aguçada. A terra:Quanto ao território de toda a América, é muito fértil

em arvores que dão frutos excelentes, mas sem lavoura nem cultivo (...) sendo terra cultivada, produziria muito bem (...) – VISÃO POSITIVA

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O principal foco deste excerto é a apresentação do cotidiano indigena:

 A organização social do índio: Quanto à organização social de nossos selvagens, (...)

apesar de serem conduzidos apenas pelo seu natural (...) eles se dêem tão bem e vivam em tanta paz uns com os outros.(...)

se alguém for ferido por seu próximo, e se o agressor for preso, ser- lhe -á infligido o mesmo ferimento no mesmo lugar do corpo (...) é vida por vida, olho por olho, dente por dente etc.(...) não costumam permanecer mais de cinco ou seis meses num lugar (...) vão assim mudando amiúde as suas aldeias de lugar (...)

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A desmistificação do índio:(...) cabe notar que eles têm memória tão boa

que, se alguém lhes disser uma só vez o nome,(...) cem anos sem rever essa pessoa, não o esqueceriam nunca. Quanto à caridade natural deles, direi que diariamente distribuem entre si e dão de presente vê ação, peixes, frutos (...) não só a um parente ou vizinho seu (...) como também (...) para com os estrangeiros seus aliados (...)

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Narra a conquista e o estabelecimento de Portugal na América, além de retratar as plantas, os indígenas e os animais da nova terra.

A História da Província de Santa Cruz é o primeiro livro publicado por um português inteiramente dedicado ao Brasil.

É um canto de louvor às riquezas do Brasil - seus livros são uma propaganda de imigração .

Texto descritivo:Descreve as capitanias hereditárias (apenas oito

delas).

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Descreve as árvores, as frutas (mandioca, maracujá);

Visão positiva da natureza;Descreve animais;Fala sobre as ervas que vieram de Portugal e

se planta aqui.

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Descreve a fauna, a floraDescreve Salvador e fala sobre Tomé de

SouzaDescreve os índios – Visão negativa“Homens sem F, L e R – Fé, Lei e Rei

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A presença dos Jesuítas no Brasil foi importante para a formação de uma vida cultural, foram eles que fundaram as primeiras escolas, iniciaram as atividades pedagógicas , montaram as bibliotecas e escreveram os primeiros textos artísticos no Brasil.

Os Jesuítas trabalhavam em prol da fé cristã. Este padres era da Companhia de Jesus, que se encarregavam de catequizar os índios e educar os colonos portugueses. Além da poesia, escreveram também teatro (autos), sempre baseados em textos bíblicos.

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O mais conhecido e talvez o mais atuante

Autor da Arte de gramática da língua mais usada na costa do Brasil: a gramática da língua Tupy

Escreveu autos Poesia religiosa – No material

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Defesa dos índios contra a escravidão –possuem alma cristã

Fala sobre a conversão e os problemas referentes a isso.