a linguagem da modernidade na literatura em língua portuguesa

22
E.E Dr. Reynaldo do Nascimento Falleiros A linguagem da modernidade na literatura em língua portuguesa Diogo da Silva Devesa nº11 3º ano A Professora: Eliane Língua Portuguesa 1

Upload: diogo-devesa

Post on 08-Nov-2015

187 views

Category:

Documents


52 download

DESCRIPTION

Trabalho sobre a linguagem da modernidade na literatura em língua portuguesa, onde abordei sobre antologia, poetas e suas principais obras modernas, além de uma explicação de seus poemas.

TRANSCRIPT

E.E Dr. Reynaldo do Nascimento Falleiros

A linguagem da modernidade na literatura em lngua portuguesa

Diogo da Silva Devesa n11 3 ano AProfessora: ElianeLngua Portuguesa

Taboo da Serra,18 de Maio de 2015

NDICEIntroduo ________________________ 3O que uma antologia?______________ 4

Biografia e poemas:Jorge Amado _______________________5Mrio Andrade ______________________6Ceclia Meireles _____________________8Clarisse Lispector ___________________10Fernando Pessoa ___________________12Manuel Bandeira ____________________13Carlos Drummond ___________________14Concluso _________________________16Fontes de pesquisa __________________17

INTRODUO

A linguagem de hoje procura usar palavras simples e objetivas, de forma que at as pessoas menos estudadas compreendam o contedo.Antigamente a linguagem era mais rebuscada e regrada; hoje em dia, a linguagem est mais livre e "solta".A linguagem da modernidade tanto na esttica quanto na vida social apresenta um anticonvencionalismo temtico, e inovao dos contedos que encontra correspondncia tambm nesta linguagem.Alm das inovaes tcnicas, a linguagem torna-se coloquial e espontnea, mesclando expresses da lngua culta com termos populares, o estilo elevado com o estilo vulgar.H uma forte aproximao com a fala, isto , com a oralidade, e geralmente desejam denunciar a realidade como ela , nua e crua. Assim, liberto da escrita nobre, o artista volta-se para uma forma prosaica de dizer, feita de palavras simples e que, inclusive, admite erros gramaticais. Isso tudo se baseia nas modificaes do Modernismo, que surge com o intuito de renovar a ideia de literatura e do escritor; este ltimo trazendo em si o desejo de expressar-se livremente, rompendo cnones e privilegiando temas como a realidade brasileira com uma crtica radical s instituies j ultrapassadas, ineficaz e incompetente. De acordo as inovaes, pode-se obviamente dizer que essa mudana no foi consideravelmente aceita quando anunciada, pois ainda que fosse algo diferente, moderno, os autores no possuam certo desejo intenso, ou certa conscincia dessa classe, de sua situao de oprimido ou da necessidade dessa transformao.

O QUE UMA ANTOLOGIA?Antologia uma compilao de textos, acompanhados ou no de notas e observaes. Normalmente eles so escolhidos conforme certas normas de avaliao e personificam uma determinada vertente literria ou a obra completa de um escritor. O termo provm do grego anthos, que significa flor, e lego, o qual traz a conotao de escolher; assim resulta em florilgio, ou seja, coleo de flores.Quase sempre as antologias oferecem ao leitor composies poticas ordenadas conforme o tema, o autor ou a poca na qual foram produzidas. A mais arcaica de que se tem cincia foi estruturada por Melagro, poeta nascido na Grcia antiga. Estas coletneas so utilizadas para distribuir histrias breves e romances sintticos em um nico livro a ser impresso e vendido no mercado editorial.Este termo s passou a ser usado aps o sculo XVIII, pois at ento somente eram utilizados os vocbulos cancioneiro, flores, florilgio, romanceiro, silva e silvas para se referir a uma coleo de textos literrios. Nesses dois ltimos sculos a antologia conquistou um status especial nas atividades educativas.Ela tem sido utilizada como ferramenta pedaggica nas pesquisas sobre os livros nacionais, pois abriga os textos mais importantes da literatura brasileira. Tambm ideal para orientar a anlise da obra de um determinado escritor quando ela muito ampla ou h uma carncia de tempo escolar. Ento o professor forado a realizar uma escolha das passagens que melhor simbolizam essa produo literria.A antologia tambm se presta disseminao de escritos manuscritos ancestrais, os quais esto espalhados por vrios lugares e/ ou so originais. Ou ajudam a divulgar textos editados em outros idiomas, principalmente aqueles que no esto ao alcance de um determinado conjunto de leitores.As coletneas ou antologias exercem um desempenho pedaggico significativo, porm igualmente atuam como instrumentos de converso de escritores e produes literrias em instituies, contribuindo para a criao de cnones. Isto pode ser comprovado nas obras greco-latinas e tambm nas japonesas, persas e chinesas na poca antiga.Os estudiosos tm se esforado para distinguir essencialmente uma antologia e uma miscelnea, apesar das dificuldades para esclarecer essa diferena. Esta mais destinada a abrigar colees que no seguem propsitos pedaggicos e crivos de seleo que sejam alicerados em razes slidas.A atividade do editor de uma antologia ser mais perfeita se o responsvel pela seleo tecer uma apreciao crtica dos textos, determinando seu contexto, dividindo-os em gneros ou tpicos particulares, e at mesmo dispondo-os conforme critrios cronolgicos, justificando constantemente suas escolhas em uma introduo, em anotaes ou em observaes resumidas que devem preceder cada parte da coletnea.BIOGRAFIA JORGE AMADO: Jorge Leal Amado de Faria (Itabuna, 10 de agosto de 1912 Salvador, 6 de agosto de 2001), foi um dos mais famosos e traduzidos escritores brasileiros de todos os tempos.Ele o autor mais adaptado da televiso brasileira, verdadeiros sucessos como Tieta do Agreste, Gabriela, Cravo e Canela e Guerra so criaes suas, alm de Dona Flor e Seus Dois Maridos e Tenda dos Milagres. A obra literria de Jorge Amado conheceu inmeras adaptaes para cinema, teatro e televiso, alm de ter sido tema de escolas de samba por todo o Brasil. Seus livros foram traduzidos em 55 pases, em 49 idiomas, existindo tambm exemplares em Braille e em fitas gravadas para cegos.Amado foi superado, em nmero de vendas, apenas por Paulo Coelho mas, em seu estilo - o romance ficcional -, no h paralelo no Brasil. Em 1994 viu sua obra ser reconhecida com o Prmio Cames.Cantadores e violeirosMulher casada no haviaS se fosse na Bahia... Por aqui j se dizia: Casada era s projeto - Mesmo as que tinham neto De viva no outro dia.

Ressalta sobre a luta do Sequeiro Grande, ressaltando as figuras e os feitos, as inquietaes tambm.

O Gato Malhado e a Andorinha Sinh

O mundo s vai prestarPara nele se viverNo dia em que a gente verUm gato malts casarCom uma alegre andorinhaSaindo os dois a voarO noivo e sua noivinhaDom Gato e Dona Andorinha.Versos de Jorge Amado dizem do mundo que s tem graa e encanto quando se vive nele fora das prises.BIOGRAFIA: MRIO ANDRADEMrio de Andrade nasceu no dia 9 de Outubro de 1893 em So Paulo. Formou-se em Cincias e Letras, cursou filosofia e, em 1915, concluiu o curso de canto no Conservatrio Dramtico e Musical de So Paulo. Dois anos depois, diplomou-se em piano. Nesse mesmo ano de 1917 publicou, sob o pseudnimo de Mrio Sobral, o seu primeiro livro de poemas: H uma gota de sangue em cada poema. Msico, contista, poeta, colaborou em vrias revistas como crtico de arte e cronista. Membro ativo do grupo modernista de So Paulo, Mrio de Andrade ficou para a histria da literatura universal como uma das vozes de proa do modernismo. Aderiu ao partido democrtico em 1928, manifestando-se mais tarde contra o Estado Novo. Coberto de reconhecimento pelo papel de vanguarda que desempenhou em trs dcadas, Mrio de Andrade morreu em So Paulo em 25 de fevereiro de 1945, vitimado por um enfarte do miocrdio.

TietEra uma vez um rio...Porm os Borbas-Gatos dos ultra-nacionais esperiamente!

Havia nas manhs cheias de Sol do entusiasmoas mones da ambio...E as gignteas!As embarcaes singravam rumo do abismal Descaminho...

Arroubos... Lutas... Setas... Cantigas... Povoar!...Ritmos de Brecheret!... E a santificao da morte!...Foram-se os ouros!... E o hoje das turmalinas!...- Nadador! vamos partir pela via dum Mato-Grosso?- Io! Mai!... (Mais dez braadas.Quina Migone. Hat Stores. Meia de seda.)Vado a pranzare com la Ruth.

J o rio despejo, por causa da intensa urbanizao o tiet acabou sofrendo um efeito puluitivo, com o despejo de lixo urbano e resduos qumicos industriais, tornando-se um lixo a cu aberto.

DescobrimentoAbancado escrivaninha em So Paulo Na minha casa da rua Lopes Chaves De supeto senti um frime por dentro. Fiquei trmulo, muito comovido Com o livro palerma olhando pra mim.

No v que me lembrei que l no Norte, meu Deus! muito longe de mim Na escurido ativa da noite que caiu Um homem plido magro de cabelo escorrendo nos olhos, Depois de fazer uma pele com a borracha do dia, Faz pouco se deitou, est dormindo. Esse homem brasileiro que nem eu.

O poema retrata a sbita preocupao de um homem que mora numa grande cidade e est no conforto de seu lar.

BIOGRAFIA: CECLIA MEIRELESCeclia Meireles uma das grandes escritoras da literatura brasileira. Seus poemas encantam os leitores de todas as idades. Nasceu no dia 7 de novembro de 1901, na cidade do Rio de Janeiro e seu nome completo era Ceclia Benevides de Carvalho Meireles.Formou-se professora (cursou a Escola Normal) e com apenas 18 anos de idade, no ano de 1919, publicou seu primeiro livro Espectro (vrios poemas de carter simbolista). Embora fosse o auge do Modernismo, a jovem poetisa foi fortemente influenciada pelo movimento literrio simbolista. Sua formao como professora e interesse pela educao levou-a a fundar a primeira biblioteca infantil do Rio de Janeiro no ano de 1934. Escreveu vrias obras na rea de literatura infantil como, por exemplo, O cavalinho branco, Colar de Carolina, Sonhos de menina, O menino azul, entre outros. Estes poemas infantis so marcados pela musicalidade (uma das principais caractersticas de sua poesia). No ano de 1939, Ceclia publicou o livro Viagem. A beleza das poesias trouxe-lhe um grande reconhecimento dos leitores e tambm dos acadmicos da rea de literatura. Com este livro, ganhou o Prmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras. Ceclia faleceu em sua cidade natal no dia 9 de novembro de 1964. O amor difcil para os indecisos. assustador para os medrosos. Avassalador para os apaixonados. Mas, os vencedores no amor so os fortes.Os que sabem o que querem e querem o que tm! Sonhar um sonho a dois, e nunca desistir da busca de ser feliz, para poucos. Eu sou uma desses "poucos" amo avassaladoramente o amor das minhas vidas.No poema, o amor um dom que poucas pessoas tem, e que nunca devemos desistir de procurar a felicidade em nossas vidas.

Retrato

Eu no tinha este rosto de hoje, assim calmo, assim triste, assim magro, nem estes olhos to vazios, nem o lbio amargo.Eu no tinha estas mos sem fora, to paradas e frias e mortas; eu no tinha este corao que nem se mostra. Eu no dei por esta mudana, to simples, to certa, to fcil: Em que espelho ficou perdida a minha face?Uma pessoa triste com vontade de voltar ao passado, arrependida da velhice e sem vontade de viver.

BIOGRAFIA: CLARISSE LISPECTORClarice Lispector nasceu na Ucrnia, na aldeia Tchetchenilk, no ano de 1925. Os Lispector emigraram da Rssia para o Brasil no ano seguinte, e Clarice nunca mais voltou pequena aldeia. Fixaram-se em Recife, onde a escritora passou a infncia. Clarice tinha 12 anos e j era rf de me quando a famlia mudou-se para o Rio de Janeiro. Entre muitas leituras, ingressou no curso de Direito, formou-se e comeou a colaborar em jornais cariocas. Casou-se com um colega de faculdade em 1943. No ano seguinte publicava sua primeira obra: Perto do corao selvagem. A moa de 19 anos assistiu perplexidade nos leitores e na crtica: quem era aquela jovem que escrevia "to diferente"? Seguindo o marido, diplomata de carreira, viveu fora do Brasil por quinze anos. Dedicava-se exclusivamente a escrever. Separada do marido e de volta ao Brasil, passou a morar no Rio de Janeiro. Em 1976 foi convidada para representar o Brasil no Congresso Mundial de Bruxaria, na Colmbia. Claro que aceitou: afinal, sempre fora mstica, supersticiosa, curiosa a respeito do sobrenatural. Em novembro de 1977 soube que sofria de cncer generalizado. No ms seguinte, na vspera de seu aniversrio, morria em plena atividade literria e gozando do prestgio de ser uma das mais importantes vozes da literatura brasileira.

A PerfeioO que me tranquiliza que tudo o que existe, existe com uma preciso absoluta. O que for do tamanho de uma cabea de alfinete no transborda nem uma frao de milmetro alm do tamanho de uma cabea de alfinete. Tudo o que existe de uma grande exatido. Pena que a maior parte do que existe com essa exatido nos tecnicamente invisvel. O bom que a verdade chega a ns como um sentido secreto das coisas.Ns terminamos adivinhando, confusos, a perfeio.O poema retrata a exatido das coisas existentes.Meu Deus, me d a coragem

Meu Deus, me d a coragemde viver trezentos e sessenta e cinco dias e noites,todos vazios de Tua presena.Me d a coragem de considerar esse vaziocomo uma plenitude.Faa com que eu seja a Tua amante humilde,entrelaada a Ti em xtase.Faa com que eu possa falarcom este vazio tremendoe receber como respostao amor materno que nutre e embala.Faa com que eu tenha a coragem de Te amar,sem odiar as Tuas ofensas minha alma e ao meu corpo.Faa com que a solido no me destrua.Faa com que minha solido me sirva de companhia. Faa com que eu tenha a coragem de me enfrentar.Faa com que eu saiba ficar com o nadae mesmo assim me sentircomo se estivesse plena de tudo.Receba em teus braoso meu pecado de pensar.O poema retrata sobre uma pessoa s, que pede coragem para Deus para enfrentar todos os dias de solido, em um vazio tremendo.

BIOGRAFRIA: FERNANDO PESSOAFernando Antnio Nogueira Pessoa foi um dos mais importantes escritores e poetas do modernismo em Portugal. Nasceu em 13 de junho de 1888 em Lisboa (Portugal) e morreu, na mesma cidade, em 30 de novembro de 1935. Fernando Pessoa se enquadra como modernista, caracterizou-se por usar trs heternimos, cada qual com caractersticas prprias em suas poesias como se fosse possvel se dividir em trs poetas diferentes de tal maneira que possvel distinguir, em sua obra, a poesia de cada um dos heternimos como pessoas diferentes, um mais pessimista, outro mais otimista, outro mais realista e cada qual consegue persistir na sua linha de pensamento e transmitir para sua poesia. Alm dessa caracterstica, as obras de Fernando Pessoa tambm apresentavam diversas caractersticas temticas e tambm estilsticas, como: conscincia do absurdo da existncia, oposies como pensar e sentir, esperana e desiluso, pensamento e vontade, que o conduzem a sentimentos de tdio, angstia, solido, entre outros e para fugir desses sentimentos evoca a infncia, a iluso do sonho, o fingimento e outras formas de superao. J quanto forma esttica do escritor, podemos dizer que ele apresenta economia de meios com uma sintaxe simples, por exemplo, linguagem sbria, versos curtos. Alm disso, o autor tambm usava bastantes recursos musicais, como a aliterao, a rima e a eufonia.Mar portugus mar salgado, quanto do teu salSo lgrimas de Portugal!Por te cruzarmos, quantas mes choraram,Quantos filhos em vo rezaram!Quantas noivas ficaram por casarPara que fosses nosso, mar!Valeu a pena? Tudo vale a penaSe a alma no pequena.Quem quere passar alm do BojadorTem que passar alm da dor.Deus ao mar o perigo e o abismo deu,Mas nele que espelhou o cu.O poema aponta as virtudes portuguesas que Fernando Pessoa acredita que o pas deva se "regenerar", ou seja, tornar-se grande como foi no passado atravs da valorizao cultural da nao.MetadesEnquanto no atravessarmosa dor de nossa prpria solido,continuaremosa nos buscar em outras metades.Para viver a dois, antes, necessrio ser um.Enquanto no nos desprendermos da ideia de que para sermos felizes, necessitamos de outra pessoa, continuaremos presos solido. Antes de nos entregarmos a algum necessrio dar valor a si prprio.

BIOGRAFIA: MANUEL BANDEIRAEste notvel poeta do nasceu em Recife, Pernambuco, no ano de 1886, e faleceu no ano 1968. Teve seu talento evidenciado desde cedo quando j se destacava nos estudos. Para analisarmos qualquer poema de Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho, de suma importncia ressaltar que ele foi uma das figuras mais importantes do modernismo brasileiro. Apesar de ser um poeta fabuloso, tambm foi ensasta, cronista e tradutor. Enturmou-se aos modernistas em 1921 e participou da Semana de Arte Moderna, descartando de vez o lirismo bem comportado. Passou a abordar temas com mais encanto, sendo que muitos deles tinham foco nas recordaes de infncia. Em sua obra, o aspecto biogrfico, marcado pela tragdia e tuberculose, poderoso, constando at em obras nitidamente modernas. H, ainda, a marca da melancolia, da paixo pela vida e das imagens brasileiras. J as figuras femininas se destacam em "ardente sopro amoroso", enquanto noutros poemas, trata-se de uma condio humana e finita, sem deixar de demonstrar o desejo de transcendncia. A poesia de Manuel Bandeira nasce parnasiana e simbolista e, aos poucos, se distingue da caracterstica literria, onde se destaca como "o melhor verso livre em portugus". O poeta transita do Parnasianismo ao Modernismo em experincias concretistas, conservando e adaptando os ritmos e foras mais regulares.PardalzinhoO pardalzinho nasceuLivre. Quebraram-lhe a asa. Sacha lhe deu uma casa, gua, comida e carinhos. Foram cuidados em vo: A casa era uma priso, O pardalzinho morreu. O corpo Sacha enterrou No jardim; a alma, essa voou Para o cu dos passarinhos!Manuel Bandeira traz tona um dos anseios mais intensos e profundos do ser humano, que desfrutar a liberdade.

Arte de amarSe queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.A alma que estraga o amor.S em Deus ela pode encontrar satisfao.No noutra alma.S em Deus - ou fora do mundo.As almas so incomunicveis.Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.Porque os corpos se entendem, mas as almas no.No se ama com a alma. Uma alma no se completa com outra, isso no amor, os corpos podem se comunicar, as almas, no.

BIOGRAFIA: CARLOS DRUMMOND DE ANDRADECarlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira, Minas Gerais em 1902, e faleceu no Rio de Janeiro, em 1987. Foi o primeiro grande poeta ps-movimento modernista e um dos mais importantes poetas brasileiros. A riqueza e expressividade da linguagem e do tema, impregnados de senso de humor, atribuem-se sua obra potica. O conjunto de sua obra potica complexo e vasto, do qual, pela frequncia, possvel destacar certas caractersticas e tendncias. Seu estilo literrio se separa em trs momentos, de modo que o autor no possua certa caracterstica literria fixa de modo geral, mas sim, em seus devidos momentos. Num primeiro momento, sem se deixar envolver, o poeta mantm certo distanciamento do mundo sua volta, o que lhe possibilita brincar e soltar a razo, deixando-a entregue a si mesma, maquinando incertezas e certezas, mais afeitas a negar e anular que a construir. Da os temas do cotidiano, da famlia, do isolamento, da monotonia entendiante das coisas e do viver, expressos numa linguagem coloquial plena de ironia seca, sarcasmo e humor desencantado, onde sentimento e emoo so refreados (como, por exemplo, no texto A Paixo Medida). No segundo momento, sem se distanciar, deixa-se envolver pela realidade sua volta e canta a impotncia e a solido em um mundo mecnico, frio e poltico; a decepo e a falta de perspectiva diante da fragmentao causada pela guerra; o sofrimento e a solidariedade do ser humano brasileiro e universal. Temas estes abordados em tons ora esperanosos, ora desesperanosos, com a mesma ironia, humor e sobriedade. Finalmente, o poeta busca o real, atravs de interrogaes e negaes que lhe revelam o vazio, o nada e o desencanto que sempre acompanham o homem.Para semprePor que Deus permiteque as mes vo-se embora?Me no tem limite, tempo sem hora,luz que no apagaquando sopra o ventoe chuva desaba,veludo escondidona pele enrugada,gua pura, ar puro,puro pensamento.Morrer acontececom o que breve e passasem deixar vestgio.Me, na sua graa, eternidade.Por que Deus se lembra mistrio profundo de tir-la um dia?Fosse eu Rei do Mundo,baixava uma lei:Me no morre nunca,me ficar semprejunto de seu filhoe ele, velho embora,ser pequeninofeito gro de milho.O autor fala da dor que um filho sente ao perder uma me, fala que me deveria ser eterna, e filho nenhum merece esse sofrimento.

Poema da purificao

Depois de tantos combateso anjo bom matou o anjo maue jogou seu corpo no rio.As gua ficaram tintasde um sangue que no descoravae os peixes todos morreram.Mas uma luz que ningum soubedizer de onde tinha vindoapareceu para clarear o mundo,e outro anjo pensou a feridado anjo batalhador.O poema fala da luta mundana entre o bem e o mal, onde mesmo com o bem vencendo, algum superior purifica o mal.

CONCLUSOO termo moderno bastante incompreensvel para possuir uma nica concepo ou entendimento, j que o moderno para uma poca pode no ser necessariamente para a outra. Nele, destaca-se ruptura lgica entre o pensamento tradicional, testa. Ser moderno ser diferente do normal. Criar algo moderno criar coisas inovadoras que ainda no foram inventadas e que trar benefcios aos destinados. Na literatura moderna, os grandes autores romperam as normas de escritas, criando novos estilos que foram considerados modernos. O pintor, o escritor ou o msico no precisam se guiar por outras leis que no as de sua prpria interioridade e de seu prprio arbtrio. A liberdade s poder ser cerceada por regimes autoritrios que proibirem a circulao dos objetos artsticos. Em resumo, todas as normas foram abolidas. No uma corrente esttica, mas uma noo, muito frequente, com a qual se qualifica muitas vezes, e em termos positivos, a qualidade de uma obra.

FONTES DE PESQUISA

http://terceirob2012.blogspot.com.br/p/antologia.htmlhttp://trabalhodoterceirob.blogspot.com.br/http://www.suapesquisa.com/biografias/cecilia_meireles.htmhttp://www.brasilescola.com/biografia/clarice-lispector.htm

Acesso em 20 de maio de 201517