a lenda do graal

5/21/2018 A Lenda Do Graal

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A LENDA DO GRAALA LENDA DO GRAAL

Prof.Prof. Dra. M. Teresa Nappi MorenoDra. M. Teresa Nappi MorenoE mail: [email protected] mail: [email protected]


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O ato de contar histrias mgico por naturezaporquanto transforma e fascina a quem ouve tantoquanto transforma e fascina a quem conta.

Transformar e fascinar so movimentos do processo

de cura da alma. Assim, quando dois ou mais sereunirem para contar e ouvir histrias, a divindadeestar presente e o milagre acontecer.

(Alvarenga, 2008, p. 12)


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Sculo XII : para alguns historiadores marco da eramoderna.

Mito de Parsival: durante diversos sculos, XII, XII, XIV.

Jos de Arimatia, libertado ao redor de 70 d.C. aps 30anos de priso; Maria Madalena.

Chrtien de Troyes: 1190, Le conte du Graal. (Poemainacabado, com 9 mil versos).

Wolfram Von Eschenbach: verso utilizada para libreto

da pera Parsifal, de Richard Wagner. Sir Thomas Malory: La Morte Darthur, sculo XIV. A francesa: mais simples, direta, mais prxima do

inconsciente.


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Robert de Boron, francs. Entre 1200 e 1210 publicou:Roman de LEstoire du Graal. Tem todos os elementosda lenda como hoje conhecida, e a verso mais

popular.

Wolfrang Von Eschenbach, em Parzival: pedraesmeralda no lugar do clice e os Templrios o seus

guardies. A pedra chamada Exillis, Lapis exillis ou Lapis ex coelis:

pedra cada do cu.

As primeiras histrias escritas no Ciclo do Graal aoredor 1180 at 1230.


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O Santo Graal: lenda mago Merlin, o druida, (sacerdotesceltas) relatou ao rei Arthur e seus cavaleiros. (texto).

Diz-se que quando Jesus esteve em Cornualha, recebeuum clice de um druida que havia se convertido ao

cristianismo. Jesus tinha uma especial carinho por esteclice. E aps a sua crucificao, Jos de Arimatialevou-o santificado pelo sangue de Jesus, ao seu antigodono: o druida Merlin. (trao de unio entre a religio

celta e a crist).


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O Rei Pescador

Mora no Castelo do Graal. Ferido, ferimentos graves que o impedem de viver,

porm no o levam morte. Povos primitivos: o bem estar do reino depende da

virilidade ou poder de seu governante. ( A BelaAdormecida).

Rei na adolescncia, praticando para ser um cavaleiroandante, encontrou um acampamento abandonado.

Salmo sendo assado num espeto.

Pegou um pedao, estava muito quente, ferindo seusdedos. Levando-os boca, sentiu o gosto maravilhosodo salmo,e nunca mais o esqueceu. Essa a ferida doRei Pescador.


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Salmo: peixe da sabedoria, da tradio cltica, quequeima as mos, mas que uma vez na boca, conferesabedoria.

(Johnson, 2004, p. 14).

Adolescente, entrando pela 1 vez com processo deindividuao, sem estar preparado, se fere.Este ser seu

motivo de redeno. O primeiro lampejo de uma conscincia, de uma

individualidade, geralmente aparece ao jovem como umaferida.

Ferida na coxa, numa verso, e uma flecha nostestculos, em outra. Gerar, capacidade de relacionar-se.

Transportado numa liteira devido suas dores.


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O clice, o Graal, guardado em seu castelo. Todas as noites realizada uma cerimnia solene: umabela donzela traz a lana que perfurou o corpo de Cristo,outra donzela leva a patena usada para o po da ltimaCeia, e outra, traz o Graal, brilhando por uma luz que sai

de seu interior. Nas cerimnias, todos podem comer,e beber do clice,

realizando seus desejos. Menos o Rei Pescador. Todos so servidos, exceto o rei, e e todos tambm tm

a conscincia de que seu prprio ponto central falho,porque seu rei no pode partilhar o Graal.(Johnson, 2004, p.22).

Estrutura neurtica do homem dividido e fraturado. Bobo da corte profecia que o Rei Pescador ser curadoquando vier corte um tolo-ingnuo-puro, e far uma

pergunta especfica.


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a parte inocente do homem que curar a ferida do rei.

Parsifal: o tolo ingnuo e puro Menino pobre, mora no Pas de Gales e nem tem um

nome. Criado pela me Dor no Corao. Perdera o marido que

era cavaleiro. Protegia Parsifal. Um dia, passeando pelo bosque, o puro-tolo-ingnuo,

encontrou 5 cavaleiros, em suas belas armaduras eespadas reluzentes. Tomado pela intensidade da emergncia simblica,

reclamante da estruturao egica, ousou fazer a

primeira pergunta a um Outro, pergunta essa que odevolveria a si mesmo:(Alvarenga, 2008,p.34).


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Quem sois? Somos cavaleiros do rei Arthur Que preciso fazer para ser um cavaleiro?

Devers ir at a corte do Rei Arthur e pedir a ele que tefaa cavaleiro. Neste momento, Parsifal sabe que precisa partir, se

desenvolver, estrutura egica querendo se realizar. Dor de Corao, sua me: No gostaria que fosses,

insiste, poders morrer como aconteceu a teu pai. Libera-o, mas d alguns conselhos:

* respeitar as donzelas, temer a donzela que risse;* manter-se puro de corao;* proteger os mais fracos;


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* ir igreja de Deus, sempre que necessitasse dealimento;

* nunca fazer muitas perguntas.

Deu-lhe uma roupa da qual ele demorou para sedesfazer.

16 anos quando inicia sua jornada.

Tenda jovem alimento . Encantamento convento: Santo Sacramento sobre altar enem as freiras e nem os monges podem se aproximardele. Parsifal promete que quando estiver mais fortevoltar e ai desfaz o encantamento.

Cavaleiro Vermelho. Consegue chegar at o Rei Arthur.


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Donzela que no ri h seis anos. Alegria de viver quando o lado Parsifal desabrocha. Mata o Cavaleiro Vermelho e fica com sua espada,

armadura e cavalo. Aqui ele transporta uma grande

quantidade de energia de seu adversrio o instinto,para si prprio, como e para o seu ego. (incorporao). Cavaleiro Vermelho: aspectos de sua sombra. Derrota muitos cavaleiros, no os mata, porm exigem

que sirvam o rei Arthur. ajudado por um escudeiro. Recusa a tirar a roupa que

sua me lhe dera, tecida por ela.

Castelo de Gournamond: ganha um padrinho. Imagemde homem novo substituindo a imagem desgastada depai.


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Gournamond: padrinho arquetpico. Consegue que tire as roupas de baixo, dadas pela me.

Inicio corte cordo umbilical, separao da imagemmaterna.

Parte ao encontro da me, por um sentimento interno. Descobre que ela morrera assim que ele saiu. Culpa, mas para seguir seu desenvolvimento foi

necessrio ser desleal com a me. Branca Flor:Anima. Resgatar reino. Dorme com ela, sem sexo. A descrio parece

semelhante imagem Rei e Rainha deitados. (alquimia). Saber como tratar a mulher interior, aAnima, e como

tratar a exterior, uma difcil tarefa.


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Cuidados para no cair nas mos da deusa Maya, noshumores daAnima, para no perder a noo derealidade e substituir por uma irrealidade esfumaante,

ilusria. Castelo do Rei Pescador. Usufrui tudo, porm no consegue fazer a pergunta: A

quem serve o Graal? : complexo materno. Dia seguinte, tudo volta como antes. Retorno ao Castelo rei Arthur. Festa, a Donzela Tenebrosa. A nova busca do Graal. Resposta: O Graal serve ao rei do Graal.


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Onde est o centro da gravidade de nossapersonalidade? Onde fica o centro de significado da vida humana?

Deus, Self. Jung: recolocao do centro de gravidade do ego para oSelf: processo de individuao.

Quando Parsival aprende que ele no o centro do

universo, nem de seu pequenino reino, fica livre daalienao e, por fim, o Graal deixa de ser vedado a ele.Agora pode entrar e sair do castelo pelo resto de suavida, quando quiser. Nunca mais ser um estranhonele. (Johnson, 2004, p. 115).


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ParsifalParsifal


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ParsifalParsifal


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ParsifalParsifal


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Rei ArthurRei Arthur LancelotLancelot


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LancelotLancelot


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Um outro ponto: Os cavaleiros reunidos, a aventura foio aparecimento do Graal, levado por mensageirosanglicos cobertos por um vu e pairando sobre osconvivas.

(Alvarenga, 2008, p.14). A busca deveria ser individual, e sem o vu. Ou seja ter

pureza de alma, captar a sua plenitude.

uma tarefa pessoal, a busca do Graal. Saram todos em busca do Graal, e numa parte escura

da floresta, e onde no havia mais caminho, cada uminiciou seu prprio caminhar. No h como saberantecipadamente qual rumo dever ser tomado.


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O feminino da deusa contido na busca do Graal. Recuperao da autonomia. Era das deusas, elas dispunham sobre seu corpo.

Encontrar o clice significa concorrer para areintegrao dos atributos do feminino representadospela soberania e autonomia, sabedoria e fecundidade,

fertilidade e competncia para nascer e morrereternamente, transformar-se e dominar o tempo, curar emudar de forma quando bem lhe aprouver.

(Alvarenga, 2008, p. 67). O clice permanece mantendo o sofrimento da Deusa

Me, por ser o continente do sangue e suor do Filhoamado.


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Merlin: o velho sbio ficou sendo o fio condutor de todoo ciclo, como guia feiticeiro e mestre dos ritos iniciticos.

Vivo na floresta encantada, sonhando sonhos sonhadose vividos.

Pertence ao ciclo do heri. Arthur Merlin: heri dos tempos novos, como sendo

aquele que promove seu prprio destino, seu prpriocaminho,por opo pessoal, individual.

PARA QUEM SERVE O GRAAL?


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Lancelot eLancelot e GuinGuinverevere


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REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

ALVARENGA, M. Z. O Graal: Arthur e seus cavaleiros:leiturasimblica. So Paulo: Casa do Psiclogo, 2008. __________ e cols.Mitologia simblica:estruturas da psique e

regncias mticas. So Paulo: Casa do Psiclogo, 2007.

BRADLEY, M. Z.As brumas de Avalon. 4 vol. So Paulo: Imago,1989. CAMPBELL, J.As transformaes do mito atravs do tempo. So

Paulo: Cultrix, 1994.

________A extenso interior do espao exterior. So Paulo:Campus, 1992. JOHNSON, R. A. HE, a chave do entendimento da psicologia

masculina. Ed. revisada e ampliada. So Paulo: Mercuryo, 2004

(1989?). JUNG, C. G. Um mito moderno. Lisboa: Ed. Minotauro Ltda., 1962. JUNG, E. & VON FRANZ, M. L.A lenda do Graal do ponto de vista

psicolgico. So Paulo: Cultrix, 1989. (1955, 57 ?).

NEUMANN, E. A Grande Me. So Paulo: Cultrix, 1996.

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