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i UNIVERSIDADE FERAL DA PARAÍBA UFPB CENTRO DE FPORMAÇÃO DE TECNÓLOGOS COLÉGIO AGRÍCOLA VIDAL DE NEGREIROS CAMPUS III BANANEIRAS CURSO DE ESPECIALIZAÇAO EM EDUCAÇAO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO INTEGRADA AO ENSINO MÉDIO NA MODALIDADE DE EDUCAÇAO DE JOVENS E ADULTOS ALEITUARA COMO ATO SOCIAL: UMA ANÁLISE NO PROCESSO NO ENSINO MÉDIO NA MODALIDADE DE JOVENS E ADULTOS SELMA MARIA DE LIMA ROCHA BANANEIRAS PB 2007

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Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Educação Profissional Técnica de Nível Médio Integrada ao Ensino Médio na modalidade de Educação de Jovens e Adultos, em cumprimento às exigências legais para a obtenção do título de Especialista em Educação de Jovens e Adultos.

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i UNIVERSIDADE FERAL DA PARABA UFPB CENTRO DE FPORMAO DE TECNLOGOS COLGIO AGRCOLA VIDAL DE NEGREIROS CAMPUS IIIBANANEIRAS CURSO DE ESPECIALIZAAO EM EDUCAAO PROFISSIONAL TCNICA DE NVEL MDIO INTEGRADA AO ENSINO MDIO NA MODALIDADE DE EDUCAAO DE JOVENS E ADULTOS ALEITUARA COMO ATO SOCIAL: UMA ANLISE NO PROCESSO NO ENSINO MDIO NA MODALIDADE DE JOVENS E ADULTOS SELMA MARIA DE LIMA ROCHA BANANEIRAS PB 2007 ii SELMA MARIA DE LIMA ROCHA

LEITURA COMO ATO SOCIAL: UMA ANLISE DO PROCESSO NO ENSINO MDIO NA MODALIDADE DE JOVENS E ADULTOS MonografiaapresentadaaoCursode EspecializaoemEducaoProfissional TcnicadeNvelMdioIntegradaaoEnsino MdionamodalidadedeEducaodeJovens eAdultos,emcumprimentosexigncias legais para a obteno do ttulo de Especialista em Educao de Jovens e Adultos.

Bananeiras PB 2007 iii Ficha catalogrfica elaborada na Seo de processos Tcnicos da Biblioteca Setorial de Bananeiras. UFPB/CTF Bibliotecria: Marilande Rodrigues Fonseca CRB4/988 R672l Rocha, Selma Maria de Lima Leitura como ato social: Uma analise do processo no Ensino Mdio na modalidade de Jovens e Adultos/Selma Maria de Lima Rocha. Bananeiras, 2007. 50p.: il. Orientador: Ricardo Targino Moreira Monografia (Especializao) CFT/UFPB.

1. Leitura - Educao Jovens - Adultos. 2. EJA - Hbito Leitura. 3. Qualificao Profissional - Hbito Leitura. 4. Interpretao Texto. Hbito - Leitura. UFPB/CFT/BSC.D.V: 038 (043.2) iv SELMA MARIA DE LIMA ROCHA LEITURA COMO ATO SOCIAL: UMA ANLISE DO PROCESSO NO ENSINO MDIO NA MODALIDADE DE JOVENS E ADULTOS Monografia aprovada em ___/____/____ Banca Examinadora Dr. Ricardo Targino Moreira Orientador Dra. Neiva Maria de Almeida Examinadora Dra. Maria do Socorro Nbrega Queiroga Examinadora v Os cidados civilizados no so produtos do acaso, mas de processo educativo. (Karl Popper) vi Agradecimentos ADeusquemedeuforasfsicaseemocionaispararealizarestesonhodevoltara estudar, mesmo em meio a tantas dificuldades e carga de trabalho. minha me que me ensinou atravs de sua resistncia e fora de vontade, a ser forte e no desistir facilmente. Ao meu marido Artur e filhos Alan e Elaine que sempre me ajudaram e so o motivo de tanto esforo e dedicao pelos projetos que realizo em minha vida. sminhasirmsSoniaeCliaquesempreestiverampresentesemminhavida, dispostasameouvircommuitaatenoepacinciaajudando-meaprosseguircommeus objetivos. AoprofessorDr.RicardoTarginoMoreiraportermeorientadoeporsersempre muito paciente, cuidadoso e amigo. AoprofessorMsc.dsonBritoGuedeseaprofessoraMsc.AnaCludiadaSilva Rodrigues por nos terem dado a oportunidade de participar de um curso to rico e proveitoso para as nossas vidas. A partir deste curso passamos a ver a EJA com outros olhos. DireoeprofessoresdeLnguaPortuguesadaEscolaEstadualdeEnsino FundamentaleMdioJosBronzeadoSobrinho,pornosabriraspostasdareferidaescola, para que desenvolvesse-mos a nossa pesquisa. AoscolegasprofessoresdeRemgioqueparticiparamdesteCursocomigo,pelos momentosdedescontraoedeamizade.Vocsfizeramcomqueocotidianofossemais agradvel. Atodososprofessoresquetobrilhantementeministraramestecurso,trazendopara nsinformaesnovaseimportantesparaoanossaprofisso,ajudando-nosasermosmais crticos e participativos em um mundo globalizado. MUITO OBRIGADA! vii Dedicoestetrabalhoaomeupai,quetobrilhantementeesteve presenteemminhavida,dandoamor,carinhoetudoaquiloque uma filha precisa para crescer feliz e acreditando que a vida vale apena.QuandoescutoafraseNobastaserpaitemque participar, vejo com muito carinho como meu pai participou em todos os momentos da minha vida e hoje mesmo em outro estgio da vida, continua ao meu lado nesta hora de conquistas. viii RESUMO Essetrabalhoteveporfinalidadeanalisar,demaneirareflexivaaleituracomoato social dos alunos da 1, 2 e 3 sries do Ensino Mdio na modalidade de Jovens e Adultos, da EscolaEstadualdeEnsinoFundamentaleMdioJosBronzeadoSobrinho,verificandoo quanto falta do hbito de leitura tem prejudicado os alunos quanto qualificao para a vida profissional,paraoseudia-diaemsaladeaulanoquerefere-seainterpretaodetextoe reflexo dos vrios textos apresentados em outras disciplinas, alm dos de Lngua Portuguesa Utilizamoscomoferramentaparaapesquisaquestionriosquetrazemperguntassubjetivaspara melhor conhecer as causas e as dificuldades enfrentadas por professores e alunos no que trataestapesquisa.Foramquestionriosdefcilentendimento.Apsanalisarmosos questionriosidentificamosqueograndeproblemadiagnosticadoquenossosalunosno desenvolveram este hbito de leitura no decorrer de sua vida, seja no mbito escolar, seja no mbitosocial,istogerouumagrandelacunaemsuasvidas.Oprazerpelaleituracriadoa partirdeestmulos,eaformacomosetrabalhacolaboramuitoparasecriarumagerao habituadaalerecomumalinguagemmuitomaisamplaevaliosa,fazendopartedeuma sociedade onde poder participar e argumentar, mostrando a fora da palavra quando se tem leitura e conhecimento.PALAVRAS CHAVE: Leitura, Jovens e Adultos, Textos diversificados ix ABSTRACT This work has for purpose to analyze, in a reflexive way the reading as a social students act of the 1, 2 and 3 grades of the Medium, teaching in the youths and Adults Modality, of the E.E.E.F. Jose B. Sobrinho School. Verifyinghowmuchthelackofthereadinghabithasbeenharmingthestudentswith relationship to the qualification for the professional life. For their day by day in classroom in what refers the text interpretation and reflexion of several texts presented in other disciplines, residetheonesofthePortugueselanguage.Weusedastoolfortheresearchquestionnaires that bring subjective questions to know best, the causes and difficulties faced by teachers and difficultiesinwhatthisresearchtreats.They,werequestionnairesofeasyunderstanding. After we analyze the questionnaires, we identified that the great diagnosed problem is that our students didnt develop this habit of reading in Elapsing of their life, be in the school ambit, be in the social ambit, this generated a great gap in their lives. The pleasure for the reading is created from incentives. Andtheformasoneworkcollaboratesalottogrowupagenerationhabituatedtoreadand with a much wider and valuable language, being part of a society wherethey will be able to participate and to argue, showing the force of the work when exists reading and know ledge. Key Works Reading, Youths and Adults, Diversified texts. x SUMRIO 1. INTRODUO ...................................................................................................................1 2. REVISAO DE LITERATURA...........................................................................................3 2.1 Falando de leitura...................................................................................... ................4 2.2 Como e quando comeamos a ler...............................................................................5 2.3 Ampliando a noo de leitura.....................................................................................6 2.4 Concepo de leitura ...............................................................................................11 2.5 Impacto da leitura para o aprendiz adulto ...............................................................14 2.6 Leitura um meio para a realizao da aprendizagem ...................................... .16 3. METODOLOGIA .............................................................................................................19 4. ANLISE DE DADOS DA PESQUISA ..........................................................................21 4.1 Pesquisa com professores ........................................................................................21 4.2 Alunos que participaram da pesquisa ......................................................................25 5. CONCLUSO ...................................................................................................................40 6. REFERNCIAS BIBLOGRFICAS...............................................................................42 7. APNDICE ........................................................................................................................44 8. ANEXO ...............................................................................................................................52 1 1 - Introduo Muitosetemescritosobreoensinodaleitura,jqueumdosmltiplosdesafiosa seremenfrentadospelaescolaodefazercomqueosdiscentessejamleitorescriativos, reflexivos e possam agir com autonomia nas sociedades letradas.Esta pesquisa procurou fundamenta-se em vrios tericos no sentido de favorecer um maioraprimoramentodotemaabordado,assimcomoaconstruodeumespaoparaa ampliaodasreflexesqueprecisamserrealizadas,comoolevantamentodequestesou hipteses para posteriores discusses a serem tratadas no interior das escolas. Dandoincioaefetivaodoprojetonecessrioconhecer,diagnosticareanalisara realidade escolar, campo de investigao destapesquisa. Aps diagnosticar juntoaos professores daEscola Estadual deEnsino Fundamental e MdioJosBronzeadoSobrinhoagrandedificuldadequeosmesmostmemtrabalharas diversasdisciplinasporfaltadeumaleiturareflexivaporpartedosalunoseoaparente desinteressequeusmesmosmostrampelaleitura,vimosqueprecisotodaaescolase mobilizar para criar situaes que tragam esses jovens a descobrirem o gosto pela leitura. A E.E.E.F.M. JosBronzeado Sobrinho tem como preocupao fundamental oferecer um estudo de Lngua Portuguesa de qualidade, que tenha como base referencial os Parmetros Curriculares Nacionais, priorizando a melhoria da leitura dos alunos. No entanto no preciso pesquisarmuitoparasaberqueosjovens,emsuagrandemaioria,aindanodescobriuo verdadeiro gosto pela leitura e a importncia desta em suas vidas. importantesalientarnestapesquisa,oquantofaltadeleituratemdeixadonossos jovens pouco qualificados para concorrer s vagas que so oferecidas no mercado de trabalho, bem como a dificuldade que os mesmos tm em concluir seus estudos, pois quando no se tem 2 umaleiturareflexivasente-semuitasdificuldadesementendereacompanharasdiversas disciplinasdocurrculo,istoosfazrepetirumasrieporvriasvezes,levando-osa desistncia. OobjetodestapesquisasurgiuapartirdedebatescomprofessoresdoEnsinoMdio sobreestaproblemticaeasdificuldadesqueosmesmosenfrentamemministrarsua disciplina, pois os alunos pouco interagem com os textos, tornando-se sujeitos da leitura e no apenas leitores que agem mecanicamente, sem uma reflexo do texto lido. AssimarealizaodotrabalhoquecompeestaMonografia,procuracontribuirno sentido de perceber a viabilidade do estudo de aspectos importantes na prtica pedaggica e as dificuldadesnaleituraaquienfatizadas,paraaprimoraremelhorfavorecero ensino/aprendizagem dos sujeitos desta pesquisa. O presente trabalho tem como objetivo refletir sobre as atuais prticas de leitura entre jovens e adultos do ensino mdio da modalidade EJA e quanto isto o tem prejudicado no dia-a-dia, seja no mbito escolar, seja no profissional. 3 2- REVISO DE LITERATUTA ParaGeraldi(2003),amaiorpartedotempoedeesforogastoporprofessorese alunos durante o processo escolar, na assim chamada aula de lngua portuguesa destinada aprendizagemdametalinguagemdeanlisedalngua,comalgunsexercciosdelngua propriamente ditos. Noentanto,umacoisasaberalngua,isto,dominarhabilidadesdeinterao, entendendoeproduzindoenunciadosadequadosadiversoscontextos,percebendoas dificuldadesentreumaformadeexpressoeoutra.Outracoisasaberanalisarumalngua dominando conceitos e metalinguagem a partir dos quais se fala sobre a lngua e se apresenta suas caractersticas estruturais de uso (GERALDI, 2003). Esseartifciodousodalinguagemcomprometeedificultaaaprendizagemnaescola deumalngua.Comprovarestaartificialidademaissimplesqueseimagina.Naescolaos textossolidosapenaspararesponderquestespreviamenteelaboradas,quechamamosde compreensotextual,nohpreocupaoemlevaroalunoarefletirmaisprofundamente sobre o texto lido. Para Lajolo (1982). Ler no decifrar, como num jogo de adivinhaes, o sentido de um texto. , a partir do texto, ser capaz de atribuir-lhe significado, conseguir relacion-lo atodososoutrostextossignificativosparacada um,reconhecerneleotipo de leitura que seu autor pretendia e, dono da prpria vontade, entregar-se a estaleitura,ourebelar-secontraela,propondooutranoprevista. (LAJOLO, 1982, p. 59). Para minimizar o problema da falta de leitores conscientes da importncia da leitura e noapenasdacodificaodesta,muitoseducadoresapregoamanecessidadedaconstituio dohbitodeler.Aleituraseriaaponteparaoprocessoeducacionaleficiente, proporcionandoaformaointegraldoindivduo.Massabemosqueasescolas, 4 principalmenteaspblicas,passampeloquesechamadecrisedeleitura.Istosignificaa ausncia de leitura, de textos escritos, principalmente livros. OBrasil,emtermosdepublicao,distribuioevendadematerialimpresso, principalmentelivros,aindaestumpoucodefasado,havendotambmumagrandecarncia debibliotecas.Masasofertasdelivrosvmaumentando,inclusiveapreosaccessveisa camadas mais amplas da populao. O volume de exemplares vendidos em edies populares cresce, revelando que, mesmo em termos de leitura de livros, a crise no se d tanto falta doqueler,aospreosaltos,apoucaqualidadedematerialoumesmodainexistnciade leitores.Aquestomaisampla,vemdafaltadeestmulosporpartedasinstituies escolares,paraqueojovemsaibavalorizarohbitodeler,tornando-onoumsacrifcio, mas um ato prazeroso (MARTINS, 2003). 2.1-Falando de leitura Quandofalamosemleitura,logovemanossamentealeituradeumlivro,jornal, revista,folheto.Masomaiscomumassociarmosaidiaaolivro.Semdvidaoatodeler estarsemprerelacionadospalavrasescritas,eoleitorgeralmentevistocomoum decodificador da letra. Mas sabemos que existem vrias formas de leitura como: ler a mo; ler o olhar de algum; ler o tempo; ler o espao (MARTINS, 2003). Muitasvezestemosemnossacasa,objetosquenemsempredamosateno,masde repentecomeamosobservarseuformato,cor,tamanho,utilidadeenosdamoscontaque estamosfazendoumaleituradesuascaractersticas,poissnaquelemomentoapresenado objeto, ali, se mostrou importante. Issopodeacontecertambmemrelaospessoascomasquaisconvivemos.Ser que isso tambm ocorre com a leitura de um texto escrito? ( idem) 5 Com freqncia folheamos um livro mecanicamente, passando os olhos pela leitura, comoseoqueestivssemoslendonadanosacrescentasse.Reagimosassimquandoaquela leitura no interessa, quando no sentimos a necessidade de l-la. Se o texto for composto de gravurasenonoschamouaateno,nodespertounossointeressepeloassunto,ento olhamos, mas no interagimos com o texto lido. (MARTINS, 2003)apartirdessasconsideraessobreasformasdepraticaraleitura,queprecisamos despertar nosalunos um interesse maior pelo o que lem, fazendo da leitura algo quechame ateno, o aluno ao observar um livro, um texto veja muito mais que sinais grficos e sim algo que encha seus olhos, chamando sua ateno para a importncia da leitura do que os mesmos tmemmos,valorizandoseusconhecimentosprviosparainstiga-losabuscarmais informaes no texto lido. 2.2 - Como e quando comeamos a ler Desdeosprimeirosanosdevidacomeamosaconvivercommuitascoisasaonosso redor.Comeandopelobero,ame,afamlia,etc,enquantolemosgravamostudoem nossocrebro,processoquechamamosdeaprendizagemnatural.Quandoacriana encaminhadaescola,jlevaconsigoumasriedeaprendizagensquesirofaze-lase desenvolver mais rapidamente no que se referem a aprendizagem de leitura e escrita. Quando comeamos a organizar os conhecimentos adquiridos, a partir de situaes que arealidadeimpeedanossaatuaonela;quandocomeamosaestabelecerrelaesentre experincias e tentamos resolver os problemas que se apresentam, ento estamos procedendo leitura, as quais nos habilitam a ler toda e qualquer coisa. (MARTINS, 2003) Apsicanlisedizquetudoaquiloquenoschamaatenoquenosinteressa,fica gravadonanossamente,jamaisesquecido,principalmenteapalavraescrita,daa 6 valorizaodesesaberlereescrever.SegundoMartins(2003),oesquecimentoum instrumentodedefesa,comistopodemosperceberqueoserhumanobuscadeumaforma inconsciente guardar na memria algo que no foi muito importante em sua vida, deixando ai este conhecimento esquecido at um dia em que este possa vir a se importante para o seu dia-a-dia. Istonosmostratambm,oquantoimportantedesenvolvernascrianase adolescentes a importncia da leitura na sua vida, visto que ao armazenarmos conhecimentos emnossamemria,quepoderoterumsignificadomuitoimportantenonossofuturo, servindocomobaseparaumavidamaisprspera,commaisfacilidadeparadesenvolveras habilidades de leitura. 2.3-Ampliando a noo de leitura Segundo Martins (2003), se o conceito de leitura est geralmente restrito decifrao da escrita, sua aprendizagem, no entanto, liga-se por tradio ao processo de formao global doindivduo,suacapacitaoparaoconvvioesituaosocial,poltica,econmicae cultural.Desde a poca grega e romana, o saber ler era algo exclusivo dos que tinham o poder e dos homens livres, portanto era privilgio de poucos. O aprendizado se dava de maneira muito rgidaeocorriasemprecombasenacodificaodossmbolos.Primeirodecorava-seo alfabeto, depois se soletrava e por fim decorava-se as palavras isoladas. Atualmenteascoisasnosotodiferentes,infelizmente,muitoseducadoresainda utilizamdestemtodotradicionalparaalfabetizarseuseducandos.Prevaleceoaprender semsaberoporquouparaqu,impossibilitandooalunocompreenderoverdadeiro significado da leitura, sua funo e seu papel na sociedade. 7 Mastambmnopodemosafirmarquequalqueroutromtodomaismoderadode leiturapossalevaroindivduo,asabervalorizaroatodelernosentidodoseuvnculo constante com o mundo que o cerca, conquistando sua autonomia, seu lugar no espao de que faz parte. Para diminuir o problema de falta de leitura, muitos professores tm buscado incutir no seu aluno o hbito de leitura. A leitura seria ento, um fator importante para a formao do indivduo.Masmesmocomtodointeressedosprofessoresemdesenvolvernoeducandoa prtica de leitura, v-se que as escolas passam pelo que denominaram de crise de leitura. Estacrisesedpelofatodoalunadonolertextosescritos,principalmentelivros,noseu dia-a-dia.(MARTINS, 2003) A leitura, longe do que oferecida pela escola, que no trata a mesma como algo que poderiasermotivodediscurso,informaoeummeiodecomunicao,deveriadar prefernciasatextosbemdiferentesdosquesooferecidos,comointuitoapenasde preencher fichas de leitura; mas oferecer textos dinmicos, interessantes e que desenvolvam noeducandoacapacidadederaciocinarlivremente,semseapegaraesteretipos,modelos criados por pessoas que esto longe da sua realidade escolar, que pouco sabem dos gostos que o jovem tem, como o meio em que vive e at mesmo o que ele procura a o ler aquele texto. Quandopensamosemleituranopodemosrestringir-nosapenasalivros,ouquando muito,atextosescritosemgeral.Precisamoslevaremconsideraotambmaleiturade mundo,jquecontamoscommilhesdeiletradosquenocostumamteraescritacomo refernciadocotidianoequenecessitamfazerpartedessasociedadecheiadeconflitose preconceitos, precisamos valorizar estas pessoas para que se sintam parte deste contexto. A leitura se realiza a partir do dilogo do leitor com o objeto lido, seja escrito, sonoro, seja um gesto, uma imagem, um acontecimento. Esse dilogo referenciado por um tempo e um espao, uma situao; desenvolvido de acordo com os desafios e as respostas que o objeto 8 apresenta. Portanto, sabemos que o tempo que cada leitor leva para fazer uma leitura depende decadaum,deacordocomseusdesejoseanseios.Cadaleitor,mesmofazendoamesma leitura por vrias vezes, ter sempre uma forma para entender o que leu (MARTINS, 2000). No dicionrio Aurlio, a palavra Leitura (do latim medieval lectura) significa ato ou efeito de ler; tambm a arte de decifrar um texto segundo o autor. Ensinar leitura e escrita desenvolver habilidades de ler, compreender, interpretar diferentes tipos e gneros de textos.A leitura faz parte do cotidiano l-se para ampliar os limites do prprio conhecimento, para obter informaes simples e complexas, para buscar diverso e descontrao, que comea fora daescolaecontinuadentrodela.necessrioler.Lertransformaraescritaemfala.Ler decodificar mensagens.Ler interagir.Ler compreender e interpretar. Ler, sobretudo, para aprender a arte de escrever (LUCYK, 2003). necessriomostrarascrianas,adolescentesejovensque,devemoslernoapenas paracumprirmetaspr-determinadaspelaescola,mascomoumatoprazerosoeimportante para seu desenvolvimento educacional e social. ParaPiletti(2000),oatodelerumprocessodinmicoeativo,poislerumtexto implicanosaprenderoseusignificado,mastambmtrazerparaessetextonossa experincia e nossa viso de mundo como leitor. Ao conceber o ato de ler, como um processo dinmico,estsepriorizandoaformaodeumleitorcrticoecriativo.claroquea formaodoleitornodependeexclusivamentedaescola,maselatemumaparcela significativa de responsabilidade nesse processo. Oalunadoprecisaserincentivadoabuscarnaleituraumaformadeenriquecerseus conhecimentos; Piletti (2000) coloca a escola como responsvel direta pela formao de bons leitores,eistofundamentalparaquensprofessoresprocuremosdinamizarestabuscade novos conhecimentos de nossos alunos, atravs do ato de ler.9 Naprtica,oqueseobservaqueaescolanovemdesenvolvendoasatividadesde leitura dentro dessa perspectiva ampla. Sendo funo bsica da escola ensinar a ler e escrever, ela no vem privilegiando a leitura de mundo. A leitura no deve restringir-se ao ato mecnico dereconhecimento/reproduodepalavrasefrases,assimcomonodevefavoreceruma leitura passiva de texto. Aprticadeleituraemsaladeaulaestlongedoquedeveramoster,preocupa-se apenasemfazeroalunolertextosquenotmqualquersignificado,poisestodistantesde suarealidade.Comportamentoaqueosalunosrespondemmecanicamente,reproduzindo apenasas questes propostas pelos livros didticos. Segundo Geraldi (2003), nos textos colocados disposio dos estudantes por grande parte dos livros didticos de comunicao e expresso, pode-se constatar que tais textos no respondem a qualquer para qu. Conseqentemente o nico para que l-lo que o estudante descobre de imediato responder s questes formuladas a ttulo de interpretao. As leituras realizadasemoutrasdisciplinasdocurrculo(histria,geografia,cinciaetc.)somenos artificiais do que as realizadas nas aulas de lngua portuguesa, pois est um pouco mais claro paraoalunooparaquextrairinformaesdotexto,aindaquearespostatenhasido autoritria e artificialmente imposta pelo processo escolar. A fim de estimular a participao ativa do aluno na leitura de textos, cabe ao professor a responsabilidade de estabelecer, em sala de aula, situaes abertas e flexveis que, alm de possibilitarem a interao professor/classe, abram caminhos para a interao aluno/texto. Para Piletti,2000,odilogodoprofessorcomaclasseimportante,porquevaiestabelecerum caminho de mo dupla, isto , a troca de experincias entre professor aluno, fazendo com que cresamjuntos.Oprofessordeveterocuidadodeselecionarediversificaromaterialde leitura de acordo com as caractersticas dos seus alunos; para que isso se concretize, deve ser um leitor ativo e manter-se sempre atualizado. 10 AcompreensodeumtextoparaKleiman,(2005)umprocessoquesecaracteriza pelautilizaodeconhecimentoprvio;oleitorutilizanaleituraoqueelesabe,o conhecimentoadquiridoaolongodesuavida.medianteainteraodediversosnveisde conhecimento como o lingstico, o textual, o conhecimento de mundo, que o leitor consegue construirosentidodotexto.Foipensandojustamentenestesnveisdeconhecimentoque interagem entre si, que consideramos a leitura um processo interativo. Podemos dizer que sem conhecimentoprvionohaverentendimentodaleitura.Eesseaspectooprofessorpode ajudaraoalunoaconstruir:trazersuasleiturasparacompreendereatuarmelhorem sociedade. Oalunopodertorna-secientedanecessidadedefazerdaleituraumaatividade caracterizadapeloengajamentoeusodoconhecimento,emvezdeumamerarecepo passiva. Sabendo como o conhecimento adquirido determina, durante a leitura, as inferncias queoleitorfarcombaseemmarcasformaisdotexto.Oconhecimentolingstico,o conhecimentotextual,oconhecimentodemundodevemserativadosdurantealeiturapara poder chegar ao momento de compreenso, momento esse que passa despercebido, em que as partes discretas se juntam para fazer um significado. O mero passar o olhar pelas linhas no uma leitura, pois leitura implica uma atividade de procura por parte do leitor, no seu passado, de lembranas e conhecimentos. ( idem) necessrioestabelecer-seobjetivosparaquepossamosfazerumaboaleitura, sabendo que quando se l sem um objetivo pr-determinado, tendemos a dar pouca nfase ao que se est lendo, passando os olhos por cima, para cumprir meramente o papel de um leitor. Segundo Kleiman, (2005) a leitura que no surge de uma necessidade para chegara um propsito no propriamente uma leitura; quando lemos porque outra pessoa nos manda ler, como acontece freqentemente na escola, estamos apenas exercendo atividades mecnicas 11 que pouco tm a ver com significado e sentido. Alis, essa leitura desmotivada no conduz a aprendizagem. 2.4 - Concepo de leitura Asinmerasconcepesdeleiturapodemsersintetizadasemduascaracterizaes: comoumadecodificaomecnicadesignoslingsticos,pormeiodeaprendizado estabelecidoapartirdecondicionamentoestmulo-resposta(perspectivabehaviorista-skinneriana);ecomoumprocessodecompreensoabrangente,cujadinmicaenvolve componentessensoriais,emocionais,intelectuais,fisiolgicos,neurolgicos,bemcomo culturais, econmicos e polticos (perspectiva cognitivo-sociolgica). Investigaesinterdisciplinaresvmapontandoque,estaltimaconcepod condiesdeumaabordagemmaisamplaemaisaprofundadadoassunto.Odebate decodificarversuscompreenderpareceestarseesvaziando.Ambassonecessriasnoato de ler. Decodificar sem compreender intil; compreender sem decodificar, impossvel. Arespeitodetodastentativasdeumavisosistemticaemetdica,senos perguntarmos o que que significa a leitura para ns mesmos, certamente cada um chegar a umarespostadiferenciada.Issoporquesetrata,antesdequalquercoisa,umaexperincia individual,cujoslimitesnoestomarcadospelotempoemquenosdetemosnossinaisou peloespaoocupadosporeles.Acentue-se,porsinais,entendem-seaquiqualquertipode expresso formal ou simblica, configuradas pelas mais diversas linguagens. SegundoFreire(1989,p.8),aprenderaler,aescrever,aalfabetizar-se,antesde tudo, aprender ler o mundo, compreender o seu contexto, no numa manipulao mecnica de palavras,masnumarelaodinmicaquevinculalinguagemerealidade.Porisso,ler 12 identificar-secomoapaixonadooucomomstico.serumpoucoclandestino,aboliro mundo exterior e sair transformado de uma experincia de vida. ParaMartins(l982,p.22),saberlereescrever,jentregregoseromanossignificava possuirasbasesdeumaeducaoadequadaparaavida,educaoessaquevisavanoso desenvolvimentodascapacidadesintelectuaiseespirituais,comoaptidesfsicas, possibilitando ao cidado integra-se efetivamente. Afunodoeducadornoseriaprecisamenteadeensinaraler,masadecriar condiesparaoeducandorealizarasuaprpriaaprendizagem,conformeseusprprios interesses,necessidades,fantasias,segundoasdvidaseexignciasquearealidadelhe apresente. Trata-se, antes de dialogar com o leitor sobrea leitura, isto , sobre o sentido que ele d a algo escrito: um quadro, uma paisagem, sons, imagens, coisas, idias, situaes reais ou imaginrias. Aleiturapode,defato,tornar-semeioessencialdeaquisiodeconhecimentos,de desenvolvimento de pensamento e de enriquecimento da personalidade, uma vez que saber ler sercapazdeextrairaessnciadamensagemescrita,edessaforma,participardavida intelectual, da escola de sua comunidade, enfim de todo o processo de evoluo do mundo. Acrianaqueentranaescola,antesdeaprenderalereescrever,jtemum conhecimentomnimonecessriodegramticafundamental.Talconhecimentono consciente, mas resultante de sua insero em uma determinadarealidadee cultura. Mas so equipamentosmaissensoriaissemainflunciasistemticadoambientepedaggico,mas pelasprpriastentativasprimitivas,feitaspelacrianaparalidar,porsimesma,com exigncias culturais que lhe so transmitidas pela famlia, pela escola, pelos demais ambientes pelos quais faz parte e/ou se relaciona. Aentradanaescolapropiciaoacessodacrianaaummundonovo:omundodos livros.Almdisso,provvelqueacrianajtenhatidoexperinciasanteriorescomlivros 13 variados,normalmente,osdehistriasinfantis,emcasaounapr-escola.Essecontatoda crianacomlivrosocorreudeformaindireta,atravsdaleituradashistrias,pelospaisou pelos professores. A criana pode, at, ter participado da histria de alguma forma: fazendo perguntas ou comentrios, olhando figuras, etc. Entretanto, por no ter ainda o domnio dos sinais escritos que representa a lngua, a criana poder ler uma s historia de diferentes maneiras, a cada vez que for solicitada, mesmo contando com apoio de figuras ou ilustraes. Sdepoisdealfabetizadas,isto,depossedosistemadesignosescritos(cdigo grfico)queacrianaseveremcondiesdereproduzir,muitasvezesedamesma maneira, a mensagem registrada no papel. No entanto, conforme as circunstncias, ela prpria faz leituras diferentes desse mesmo texto.DeacordocomTeberosky(1991),investigaesrecentesdemonstramquea aprendizagemdaescritanoumatarefasimplesparaacriana,jquerequerumprocesso complexo de construo, em que suas idias nem sempre coincidem com as dos adultos. Seaescolaconseguirdesenvolvernoalunoogostopelaleituraeacapacidadede compreender textos de uso social, j ter dado um grande avano para atingir outros objetivos doensino.Formarleitoresdeveser,portanto,oobjetivodetodoprofessordoEnsino Fundamental,poisoalunoquepassapelaescolaeconsegueserumbomleitor,dar continuidade ao aprendizado da escola, atravs de livros, jornais e revistas que vier a ler, e se desenvolvermuitomaiscomocidado,tendoemvistaquecomoalunosdoEnsinoMdio EJA, o aluno precisar ter acesso e facilidade de leitura. Nainteraoatravsdaleitura,importanteperceberquenossefaznecessrio analisar como a linguagem funciona no texto, mas principalmente como ele est a servio das intenesdoautor.Nessaperspectiva,otextovistocomooprodutodeumaintenodo autoraalgoaserdito,ouseja,humafinalidadenodizerquepodeapenasinformarou 14 divertir, persuadir, chocar, enganar. Os textos so, portanto, socialmente produzidos para fins e situaes especficas na sociedade. Evidenciaresseaspectodaleituradetextoparaoalunooprimeiropassoparaele poderatribuiraotextoumafuno,paradepois,eleprpriofazeranlisessemelhantesem outros textos, visto que no h textos neutros. Toda leitura de qualquer texto, por mais neutra que parea, est inserida num contexto social que determina as maneiras de escrever e ler. Incentivarosalunosleituradeumtextocriarnelesodesejodel-lo.despertar nelesointeressepelosaspectos,fatosesentimentoscontidosnotexto,mostraroproveito que podero tirar do contedo e da forma do texto; justificar, de alguma forma, a atividade daleituraedotextoemsi,poisosalunoslemcominteresseredobradoquandosabempor que e para que esto lendo. 2.5 - O impacto da leitura para o aprendiz adulto Sabemos como importante a leitura para qualquer grupo social. Mas, principalmente paraoaprendizadultoelasefaznecessria,poisomesmovembuscandocrescernoseu trabalho,ouatmesmoterumanovaperspectivadevidaenecessitaporissoterumnvel culturalqueoprojetenocampodotrabalho.Oacessodetodosleituraumaquestode direitouniversal(KLEIMAN,2005).Masaoobservarmosomundodostrabalhadores brasileiros,vemosqueessedireitonoestsendorespeitado;quecadavezmaisosadultos queocupamgrandepartedamo-de-obranestepas,notmtempoparabuscarnoslivros, revistas, jornais, informaes necessrias para o seu bom desempenho na vida profissional. A esfera do trabalho est intimamente relacionada satividades ligadas ao estudo e a formao na vida do adulto que estuda para ser promovido, para trocar um trabalho por outro melhor. Isso o que leva muitas vezes, um trabalhador adulto buscar maiores informaes no 15 campo da educao, e que tem reorientado muitos indivduos a voltarem escola, passando a ser aluno do EJA. SegundoKleiman(2005),oindicadordeletramentodapopulaobrasileira, recentementepublicada,mostraquecercade40%dapopulaoestfazendooufezcursos: aproximadamente50%paraconseguirumempregooumelhorardecargo,outros50%para obter desenvolvimento pessoal. (Ribeiro, 2003).Tais nmeros no so de estranhar, j quea funo precpua da leitura seja a de servir como ferramenta para continuar aprendendo, para o desenvolvimento no s do indivduo , mas tambm da sua comunidade. Asociedadedeverterumapreocupaomaiorcomestesadultosqueprocurama escola para poder crescer dentro de suas atividades, facilitando o seu convvio com a educao continuada, para que seu interesse pelo mundo do letramento no se torne algo efmero, sem sentido no seu dia-a-dia. Sabemos que quando sefalaem leitura como um ato prazeroso, como lazer, com um sentidoldico,nosepodepensarqueoadultoqueprocuraaescolaestejavendoamesma com o mesmo pensamento, este o faz como um ato de sobrevivncia, pois tem que concorrer comjovensquevmdeumasociedadeletrada,totalmenteenvolvidacomasnovas tecnologias e com as constantes mudanas ocorridas no mundo. Sobre este aspecto, Kleiman diz que: Oadultoquetrabalhamanualmentetempouqussimosmomentosparao lazer e, se a leitura a que for submetido no for prazerosa, se o livro no for atraente,seapginaimpressanotiverabelezaeasofisticaodeoutros textos multissemiticos que combinam harmoniosamente linguagem plstica, musicais,verbais,esseaspectodaleituracontinuarsendoprivilgiode poucos. (Kleiman,,2005, p.17). Precisamos de polticas pblicas voltadas para a classe menos favorecida da sociedade, paraquepossamosternasprximasgeraesadultosquetenhamcontatocomosdiversos tiposdeleitura,equeconsigamfazerdamesmaumatoprazerosoedeconstante 16 transformao em suas vidas, sendo cidados capazes de diferenciar as leituras que o mundo lhes oferece, escolhendo o que for melhor para si e sua famlia. ParaMonteiroLobatoUmanaosefazcomhomenselivros;importante analisarmosestafamosafraseditaporumdosmaisilustresescritoresbrasileiro,vistoqueo nossopovopoucotemseenvolvidocomaleitura.SegundoaCmaraBrasileiradeLivro (LBV), em cada 100 brasileiros 30 tm contato regular com livros e 60 tm pouco ou nenhum contato.Issomuitopreocupante,massabemosqueocorre,principalmentepelafaltade poderaquisitivodamaiorpartedapopulao,peloanalfabetismoepelafaltadebibliotecas pblicasqueatendamscamadaspopularesquenodispemdessaferramentanoseu cotidiano. 2.6 - Leitura: um meio para a realizao da aprendizagem Muitosetemescritosobreoensinodaleitura,jqueumdosmltiplosdesafiosa seremenfrentadospelaescolaodefazercomqueosalunossejamleitorescrticos, reflexivos e possam agir com autonomia nas sociedades letradas. Ostrabalhosdesenvolvidosemsaladeaulaestolongedepromoverumverdadeira prtica de leitura; os professores, principalmente de Lngua Portuguesa, pouco ou quase nada fazemparadesenvolvernoalunoestaconscinciadelerparaseudesenvolvimento psicolgico,preocupando-semuitomaiscomgramtica,tambmdissociadadetextos, ortografia e questionrios onde o aluno j tem as respostas direcionadas. Nosedeveensinargramticasemrelaodiretacomotexto,poisnofalamosde modo fragmentado. Desde a mais tenra idade comeamos a falar pequenas frases e em seguida conseguimosformulartextos.Entoporqueensinargramticaaoalunodissociadadotexto, se este convive diariamente com textos, sejam orais, visuais ou escritos? Deve-se envolver o 17 educando no mundo da leitura, para que o mesmo ao estar constantemente voltado para uma leituraprazerosa,nosintadificuldadeeminteragircomoprofessorquandoesteestiver ministrando aulas de gramtica. OsParmetrosCurricularesNacionais(1997)reforamessaquesto,aononegara importncia dos textos que respondem a exigncias das situaes privadas de interlocuo, em funo de compromissos de assegurar ao aluno o exerccio pleno da cidadania. preciso que as situaes escolares de ensino de Lngua Portuguesa priorizem os textos que caracterizem os usos pblicos da linguagem. Oprofessortemumpapelmuitoimportantenavidadoaluno,quedeoferecer oportunidadesdesteinteragircomalinguagemescrita,deus-lademodosignificativo.A significaoeointeressecaminhamjuntos.Pode-sechamardesignificativoaquiloquefaz partedavidadoeducando,quebuscaatravsdaescolapossveissoluesparaoseubom desempenho na vida profissional. Para estimular no aluno o gosto pela leitura, cabe ao professor oferecer oportunidades destes conviverem com textos de fcil entendimento levando-os a refletir cada vez mais sobre assituaespropostasnotexto,relacionando-oaoambienteemqueestinserido.Odilogo do professor com a classe importante, porque vai estabelecer um caminho de mo dupla, isto ,atrocadeexperinciasentreprofessorealunos,fazendocomquecresamjuntos (PILETTI, 2000). Matencio(2000)esclarece,tambm,quealeituranoapenasumsimples processo de decodificao, como praticam aindamuitas escolas brasileiras, mas ela vai alm desse conceito. Para ela. Aleitura,assimcomoaescrita,umaatividadeindividual,realizadade forma visual, por movimentos dos globos oculares. Ao longo desse processo, os olhos no se fixam em cada palavra, como fariam pressupor as atividades deleituranasescolas,masidentificamumconjuntodepalavras.Poroutro lado o professor que o oriente nessa conduta.( Matencio, 2000, p.40) 18 Os Parmetros Curriculares Nacionais, Brasil (1996, p. 70) refletem sobre como deve seroensinodeLnguaPortuguesanaescola,ecomoestatemumpapelimportantena formao de leitores. Assumir a tarefa de se formar leitores impe escola a responsabilidade de organizar-seemtornodeumprojetoeducativocomprometidocoma intermediaodapassagemdoleitordetextosfacilitados(infantisou infanto-juvenis)paraoleitordetextosdecomplexidadereal,talcomo circulam socialmente na literaturae nos jornais; do leitor de adaptaes ou de fragmentos para o leitor de textos originais e integrais. preciso facilitar e promover a vontade de ler. S se aprende a ler, lendo; por isso o professoroprincipalmediadordessaleitura.Suaresponsabilidadeemescolherbemos textosaseremlidosdefundamentalimportnciaparaqueoatodelersejaalgo verdadeiramenteimportantenavidadoeducando.Aleituranopodeservistacomoalgo obrigatrio,masalgoquepossibilitecriarumlaodeinteraoentreleitoretexto,paraque ele possa ler o mundo em que vive ativa e criticamente. 19 3 - METODOLOGIA EstapesquisafoidesenvolvidanaEscolaEstadualdeEnsinoFundamentaleMdio Jos Bronzeado Sobrinho, localizada na cidade e Remgio na Avenida Joaquim Cavalcante de Morais. Esta escola conta com um pblico de 411 alunos no turno noite, sendo que destes 235 cursam o Ensino Mdio na modalidade de Jovens e Adultos e 176 cursam o Ensino Mdio e o EnsinoFundamentalregular.Agrandemaioriadestesalunosvemdeumacamadapopular carente,necessitandotrabalharparasemanteroumantersuafamlia,tendoemvistaque muitossocasados.Estoforadafaixaetria,porissobuscamumEnsinoqueviabilizeo tempo em que devero permanecer na escola. Desenvolvemosessetrabalhocom137alunosdoEnsinoMdioEJA,poisnesta modalidade de ensino que esta Ps-graduao est diretamente ligada, so alunos da 1, 2 e 3 SrieeoitoprofessoresdeLnguaPortuguesa,queensinamoujensinaramaestesalunos pesquisados.EstesprofessorespossuemumahistriadelutaetrabalhoparaqueaEscola consigadesenvolverseupapeldiantedasociedade,inserindonoseualunadoa responsabilidadenecessriaparaeusetornemcidadoscomumbomnveldecriticidade junto a um mundo to cheio de problemas sociais e econmicos. Os instrumentos utilizados paracoleta de dadosda pesquisa foram questionrios com perguntas subjetivas e objetivas, para obteno de dados que nos permitam um estudo sobre o tema proposto. Apresentemonografiafoioperacionalizadaapartirdapesquisabibliogrficaeda pesquisadecampo,comquestionrioselaboradosnoperododesetembroanovembrode 2006eentreguesaosalunoseprofessoresparaseremrespondidosemsaladeaula,no decorrer de uma hora aula. 20 De posse dos instrumentos j coletados, fez-se levantamento das perguntas e respostas de modo que,atravs destes, pde-se perceber oconsenso e as divergncias entre estas, haja vistaquecadacategoriaenvolvidarespondiaaperguntasdiferentes,deacordocomsua funo na escola. Osdadoscoletadosforamanalisadosdeformaquantitativaapartirdoscontedos obtidosetambminterpretados,buscandoligaoentreosresultadosobtidoscomalguns fundamentos tericos. Iniciamosoprocessomaisespecficodaanlise,buscandonamaioriadasvezes, compreendermosocontextoemquetaisrespostasouargumentosforamcolocados,pois precisvamos entender a classe social do alunado para poder assim analisar de forma coerente seusquestionamentos.Houveumaanlisereflexivadessesquestionriosparaquepudessem ser levantados os dados para as anlises e contribuies da pesquisa. A metodologia conteve os seguintes procedimentos; Encontro com os professores da 1, 2 e 3 Srie do Ensino Mdio/EJA para inform-los sobre a pesquisa; Aplicao dos questionrios com os professores; Aplicao de questionrios com os alunos; 21 4 - Anlises dos dados da pesquisa 4.1 - Pesquisa com professores Aofazerumlevantamentosobreatemtica:Aleituracomoatosocial,pode-se caracterizar esta pesquisa como sendo quantitativa, por se tratar de um tema onde pretendeu-sealcanarummelhornveldeinformaoquepossibilitemabuscarsoluesqualitativas paraosproblemasescolaresrelacionadossdificuldadesdeaprendizagemdaleitura,oque motivou a escolher essa temtica como objeto de estudo. Foram escolhidos como pesquisados professores do Ensino Mdio na Modalidade de Educao de Jovens e Adultos (EJA), j que o universo do trabalho est diretamente ligado a estepblico,osquaismostraram-sefelizesporfazerpartedestapesquisaepodercontribuir com os seus conhecimentos e suas experincias para uma possvel melhoria na aprendizagem de todo o alunado, em relao leitura. Muito interessa a esta aprendiz do ensino saber sobre este problema que h anos vem sendo investigado na prtica diria, tentando desvelar os motivos que impedem de iniciar um processodecompreensoedemudanadaprticaetransformaraLeituracomoumato social. 4.1.1 Professores que participaram da pesquisa Na Figura 1 encontram-se a percentagem de professores que participaram da pesquisa; verificamosque72,42%dosprofessoresquelecionamnocolgionoresponderamao 22 questionrio,eque27,58%participaram,masissosedeu,porqueforampesquisadosapenas professoresqueensinamoujensinaramLnguaPortuguesaaopblicodestapesquisa,mas levando-seemcontasomenteosprofessoresdeLnguaPortuguesa,temosumuniversode 100%.27,5872,42Participaram No participaram Figura 1: Percentagem de professores que participaram da pesquisa da anlise da leitura Aoanalisarmososquestionrios,detectamosquedosoitoprofessoresquatrotm formaoparalecionaradisciplinadeLnguaPortuguesa,ouseja,50%;enquantoosoutros 50%tmformaoemPedagogia,paransissonoostornamincapazesdeexercersuas atividades,poissemostrarammuitopreocupadoscomobomdesempenhodosalunose procuram sempre que possvel, participar de cursos de formao continuada e das discusses dos PCNs. O vnculo empregatcio um fator que muito preocupa os professores, pois seis deles so prestadores de servio e fica sempre a grande preocupao se sero professores da escola que lecionam no semestre seguinte, sobre isso diz Didonet (2005, p.48). 23 A educao no pode estar merc do voluntarismo, da improvisao ou da disposio voltil de governantes que no tm percepo de sua importncia, ouquesofacilmentelevadosaadotarcomoprioridadeaesdeinteresse de grupos poltica ou economicamente mais forte. Vivemos em uma pocaque poltica partidriae educao se confundem, precisamos terpolticosenvolvidoscomaeducao?Claroquesim,masumenvolvimentoqueajudea educaoacrescerenoapenasafavorecerasvontadesdepoucos,poissefalamuitoem liberdade,emdemocracia,masinfelizmentepoucosevnaprtica,ficamainda,algumas pessoas merc de desmandos polticos. 4.1.2 - Quanto ao livro adotado QuandosequestionousobrequalseriaolivroadotadoparaoEJAEnsinoMdio, todosforamunnimesemafirmarqueestamodalidadedeensinonotemacessoalivros, ficandoassimacargodosprofessoresaobrigaodepesquisaremlivrosdamodalidadedo ensino regular. Para Piletti (2000), o professor deve ter o cuidado de selecionar e diversificar o material de leitura de acordo com as caractersticas, necessidades e interesses de seus alunos; paraqueissoseconcretize,deveserumleitorincansvelemanter-sesempreatualizado. Professoresealunosbuscamvriasfontesdepesquisa,precisandofazerxroxparapoder desenvolvermelhorsuasatividades,buscandomelhorarcadavezmaisonveldeensino/ aprendizagemdaquelaescola,tornandooalunadoaptoaprosseguirosestudosemnvelde terceiro grau. Levando-seemcontaquesopessoasquenasuagrandemaioriaexercemalguma atividade empregatcia durante o dia e tm pouco tempo disponvel para pesquisa, o muito que possa fazer para melhorar a qualidade de ensino ainda pode ser pouco. 24 4.1.3 - Variedades de textos utilizados em sala de aula ComonosorientamosPCNs,oalunodevermanterumaestreitarelaoentreos diversosgnerostextuais,oquesirengrandecereenriquecerseudesempenhonavida.A partirdoentendimentodosdiversosgnerostextuaisoalunoterseucaminhonomundoda leitura mais facilitado. Os professores concordaram plenamente em responder sobre a importncia dos textos diversosparamelhordesempenhodosalunos;todosacreditamquedevemosestimularos mesmosaleremosmaisvariadostextos,parasassimteremumaprendizadomelhor, buscandoatravsdeleiturasdiversasentendermelhoromundoglobalizado,utilizando jornais, revistas, gibis, propagandas e outros, para facilitar o aprendizado e estimular o gosto pela leitura.

4.1.4 - Planejamento escolar Aofalardoplanejamento,verificou-searesponsabilidadeimplcitanasrespostasde cadaum,poisacreditamqueplanejamentoescolarimportantssimoparaquesetenhaem menteobjetivosqueoslevemadesenvolverbemosseustrabalhos,buscandoaprimoraras metasaserematingidas,bemcomorealizarpesquisasembuscademelhorescontedosa serem ministrados em sala de aula. 25 4.1.5 - Conhecimento de informtica Hojenopodemosimaginarumaescolaondeainformticaestejalongedosseus trabalhosdirios,ondeomundoesttodoaliemsuafrente,facilitandoaaprendizagemeo conhecimentodomundoqueoscerca.Falareminternetfalaremglobalizao,inseriro alunoemummundovirtual,porissoficamosadmiradosaoobservarmosquedosoito professorespesquisados,apenas25%mantmhbitosdiriosdeusodainformtica, mostrandocomissoqueasescolaspblicasdointeriorestolongedeofereceraosseus professores maneiras de lidar com esta nova tecnologia para implementar o ensino e inserir o aluno no mundo da multimdia, o que se constitui um grande obstculo para ser enfrentado. 4.1.6 - Orientao para o uso de internet Comoumprofessorpoderorientarumalunoparaousodainternetseoprprio professornotem?Aoobservarosalriodosprofessoressabemosdasdificuldadesqueos mesmosencontramparasemanter,sobrandomuitopoucoparainvestiremlivros,revistase computadores. At para procurar locais que possam acessar internet fica difcil, por causa do fatortempo,poisprecisamdaraulaemduasoumaisescolaparasobreviver,istoosdeixa afastadodasinformaesdomundovirtual.Dosprofessorespesquisados50%afirmaram orientar seus alunos para o uso da internet, e isto muito bom, pois como vimos no pargrafo anteriorapenas25%temacessoconstanteainternet,masissonolhestiraodireitode acreditarqueoalunodeversim,buscarestetipodeinformaomostrandoaelesa importnciadesemanteratualizados.Osprofessoresnomencionaramqualouquaissites informam aos seus educandos.

26 4.2 - Os alunos que participaram da pesquisa Foi utilizado para a amostra de dados da anlise da leitura um total de 137 alunos das trssriesdoEnsinoMdio/EJA,ouseja,58,29%dosalunosqueestomatriculadosno referido curso. Todos eram ou foram alunos dos professores que participaram da pesquisa. Os mesmos estavam assim distribudos: 4.2.1 Faixa etria Inicialmenteapesquisaprocurouanalisarafaixaetriadoalunado.Analisandoa Figura 2 verificou-se que 47,44 % dos alunos tm entre 19 e 25 anos, 26, 27% de 15 a 18 anos e 6,65% dos alunosde 36 a 45 anos de idade. Notamosqueonmerodealunosnafaixaetriaentre19a25anosmaior,e relacionamosistoaofatodeque,nestafaixaetriaquesurgeodesejodeterseuprprio emprego,independnciaeacimadetudorecuperarotempoperdidonaescola,sejapor vontadeprpria,sejapornecessidadedetrabalharparasemanter.Nossosjovensesto buscando na escola o tempo perdido na adolescncia. Figura 2: Percentual de alunos que participaram da pesquisa por faixa etria 26,27%47,44%19,70%6,65%36 4526 3519 2515 1827 4.2.2 - Voc gosta de ler? Quandoperguntamosaoalunoseelegostadeler,vimosdeacordocomaFigura3 que 82,42% dos pesquisados responderam que sim. Avaliando esta resposta observamos que, mesmosemmuitoincentivo,nossoalunadoaindasedescobrecomoumleitor,buscando atravsdaleiturainformaesparaoseucotidianoecomissocresceeducacionalmentee profissionalmente,poissetornaumsercrticoeinseridonomundoqueoscerca.17,58% delesafirmaramnogostardeler,ficandoassimapreocupaoemtransformarestesalunos emleitoresempotencial.Podemostambmobservaratravsdestarespostaque,nossas escolas muito tm a fazer em prol de seus alunos para que descubram naleitura o prazer e a necessidade de boas leituras para se tornarem cidados crticos e participativos. 82,4817,58SimNo Figura 3: Percentagem obtida em resposta a pergunta sobre o gosto pela leitura. Lajolo e Zilberman (l996) dizem que: oatodelernodecifrar,comoumjogodeadivinhaes,o sentidodeumtexto,sercapazdeatribuir-lhesignificado, conseguirrelacion-loaoutrostextossignificativosparacada um,reconhecerneleotipodeleituraqueoautorpretendiae, 28 dono da prpria vontade entregar-se a essa leitura, ou rebelar-se contra ela. 4.2.3 - O que voc gosta de ler? Ofereceraosjovensdiversidadesdetextosalgodefundamentalimportnciapara termos educandos voltados para boas leituras, e a partir disto, desenvolver nestes o hbito de leitura,mostrandocomoimportanteconhecerosmaisvariadostiposdeleituraparas assim, poderem optar por algo. 44,52%52,55%27%16,78%3,64%4,37%NenhumAlmanaquesGibisJornaisRevistasLivros Figura 4: Percentual de alunos que definiram que tipo de leitura faz parte de seus gostos. AnalisandoaFigura4,observa-seque44,52%dosalunospesquisados,optarampor livros,vistoqueosmesmosrelacionaramestesaromances,asrevistasforamasmais escolhidas recebendo um percentual de 52,55%, pois como sabemos, podemos encontrar estas em preos bem mais acessveis, com um visual mais atrativo e uma gama de reportagens bem variadas. Os jornais ficaram com um percentual de 27% de alunos, enquanto os gibis so lidos 29 por16,78%eosalmanaquescomumpercentualde3,64%.Aindativemos4,37%dealunos que no gostam de ler nenhum tipo de gnero literrio. 4.2.4 - Quando voc ler? DeacordocomasrepostasobtidasnaFigura5,observamosque,umpequeno percentual que de 21,89 % , lem todos os dias, 18,86% lem uma vez por semana, 31,38 %, umavezpormse18,86%lraramente,porissosefaznecessriooempenhomximodos professores para ajud-los a se tornarem alunos sujeitos do ato de ler. 21,89%31,38%13,86%32,11%RaramenteUma vez por msUma vez por semanaTodos os dias Figura5:Percentagemdealunosqueresponderamaperguntasobreotempoquereservam para leitura. Para Kock (2002), para que o aluno torne-se sujeito do ato de ler preciso que ele se torneaptoaaprenderasignificaoprofundadostextos,sendocapazdereconstru-lose reinvent-los.Enquantooalunonotiverconscinciadestefatovaifazendodaleituraalgo 30 semmuitaimportncia,semvaloriz-laaleituracomofundamentalparaoseucrescimento intelectual, dispensando seu tempo livre tambm para uma boa leitura. 4.2.5 - Tipo de livro O destaque maior para a escolha da leitura preferida deu-se ao gnero romance, que foi de65,69%,vistoqueosjovensnessafazedavida,secaracterizamcomosonhadores, romnticos em busca de respostas para suas perguntas sentimentais. Em seguida, tivemos um percentualde22,62%quedisseramgostarmaisdeespionagens,entendoqueestetipode leituraaguaaimaginaoetorna-osmaisinvestigativos.2,91%disseramgostardelera Bbliae13,13%escolheramoscontoscomorefernciaparapassarotempo.Aindativemos 12,40% que disseram no gostar de ler, por isso no escolheram gnero algum. Ao juntarmos estespercentuais,observou-sequeultrapassaram100%,pormistosedeudevidoaofatode alguns alunos terem escolhido mais de um gnero textual. 4.2.6 - Voc j leu para fazer avaliao? NoBrasil,temosgrandeseimportanteslingsticaseestudiososdalinguagem desenvolvendotrabalhossignificativosacercadoensinodeleituraejsabemosqueesse ensinonopapelsdoprofessordeLnguaportuguesa,masaelecompeteodeverde desenvolvercompetnciasehabilidadesdeleituraemseualuno.Taldesenvolvimentono poderserrealizadosatravsdeexercciosmecnicosouaulasmalplanejadaspelo professor, que utiliza apenas o livro didtico como instrumento de transmitir conhecimento. 31 53,58%46,42%SimNo Figura 6: Percentagem obtida atravs da pesquisa sobre leitura como avaliao Aoquestionarmososalunossobrealeituracomoinstrumentodeavaliao, verificamosatravsdaFigura6que,53,28%afirmaramquejutilizaramaleituracomo instrumento de avaliao, enquanto 46,71 % disseram no ter passado por essa experincia.Apenas30%dosalunosconsideraramatarefadeleiturainteressanteedisseramque gostariamdecontinuarcomosexerccios,poisaprenderammuitocomestamodalidadede atividadequemuitooenriqueceram,desenvolvendonosmesmosoraciocnio,queatento nosabiamqueeramcapazesdedesenvolver.Osoutros70%nogostaramdestaformade avaliao,poisdisseramtersidochatoecansativoesemmuitosobjetivos.Comestas respostasreforoaidiadeprecisamosplanejarmuitobemasatividadesquepretendemos aplicaremsaladeaula,poisaocontrriocairemosnoerrodefazermosexercciosqueno tragam muito crescimento para o aluno, por no serem seus contedos significativos em suas vidas. 4.2.7 - Quando voc era criana costumava ouvir estrias? Sabemos da importncia do incentivo da famlia para uma boa leitura desde a infncia, paraquepossamostercrianaseadultoscomhbitodeleitura,buscandoatravsdeestrias 32 lidasporparenteseprofessoresumelodeinteresseegostopeloquemaistardevaise transformar em um grande aliado para seu desenvolvimento: a leitura. 40,14%21,89%37,95%s vezesNoSim Figura 7: Percentagem de alunos pesquisados para obter informaes sobre quais pessoas lem para eles. Dos alunos pesquisados 40,14% mencionaram no ter ouvido estorias quando criana, enfatizando cada vez mais o que j foi dito anteriormente, que um bom leitor comea desde a mais tenra idade, se a criana no tiver este estmulo no inicio de sua vida, consequentemente terdificuldadesemdescobriraimportnciadoatosocialdeler,oquepoderlev-loa desvalorizaroesforodosprofessoresemdesenvolvernosmesmosestehbito.21,89% assinalaramtercontatocomaleituraatravsdeseusfamiliares,enquanto37,95%disseram que raramente teve o prazer de ouvir historinhas contadas por seus familiares e professores. 33 4.2.8 Quem contava estrias para voc? O fato de encontrarmos alunos apaixonados por leituras, d-se principalmente, quando osmesmostmestecontatocomoslivrosdesdeainfncia,sejaouvindoestriascontadaspelos pais e familiares, seja convivendo com pessoas que fazem da leitura um hbito dirio. 17,51%29,19%8,02%5,83%7,29%5,83%6,56%ProfessoraIrmosTiosAvAvMePai Figura 8: Percentagem obtida atravs da pesquisa sobre quem contava estrias para o aluno AnalisandoaFigura8,percebe-seoqueocostumedelerparaascrianasainda poucousadoemnossasociedadeeistoserefletenaescola.Vemosmaisumavezcomoo papeldametopresentenavidadosfilhos,poisdeacordocomestapesquisa29,19% respondeuteramecomoresponsvelporcontarhistriasparaeles,enquantoopaiobteve 17,51%,aav8,02%,ostios7,29%,oav5,83%osirmos5,83%.Oquemaischamou atenonestapesquisafoiopapeldaprofessora,queobteve6,56%poiscomosabemos grande a influncia do professor ou professora na vida dos alunos quanto ao hbito de leitura e 34 se estes no os incentivam realizando para isso leituras em sala de aula, como podem cobrar dos mesmos este hbito? 4.2.9 - As pessoas com quem voc mora, o que lem? SegundoSmith(1989,p.17),noexistemuitadiferenaentrelerepensar,melhor dizendo, a leitura um pensamento estimulado pela lngua escrita, em que a atividade mental centra-se na compreenso de um texto escrito. Afirma ainda que A leitura uma atividade construtiva e criativa, tendo quatro caractersticas distintas e fundamentais: objetiva, seletiva, antecipatria e baseada na compreenso,temasobreosquaisoleitordeveclaramente,escrevero controle. Observamosquenodia-a-dia,poucoocontatodoalunadocomqualquertipode leitura, pois ao serem questionados sobre a famlia, de como seria a relao dos mesmos com a leitura apenas 1,45 % dos 147 alunos pesquisados, relatou ter a me como leitora, mas no mencionouquetipodeleituraeraescolhidoporela,apenasquegostavadeler.Sabendodo quoimportanteoincentivodafamliaparaqueseusfilhoscriemogostopelaleitura, justificvel o fato dos nossos jovens no se mostrarem interessados em manter este hbito to importante para seu desempenho no dia-a-dia. 4.2.10 - Voc usa internet? Ao avaliarmos a Figura9 que trata sobre o uso da internet, s ficamos cada vez mais convencidosdanecessidadedequenossasescolastmdeinserirestesalunosealunasno mundo virtual. Vimos que 58,38 % no usam internet, enquanto 18,24% usam, 21,89% usam svezese1,45%noresponderamaquesto.preocupanteverqueagrandemaioriados 35 nossos alunos no tem acesso ao uso de internet, pois a mesma um veculo de informao e de descoberta de possveis leitores, tambm um instrumento de transformao da sociedade para um mundo mais informado e mais interessante. 18,24%58,39%21,89%1,45%No respondeus vezesNoSim Figura 9: Percentagem obtida atravs da pesquisa com os alunos para saber sobre o usoda internet. Nos Estados Unidos, est se dando uma nfase muito grande no uso de computadores na escola. Os laboratrios de informtica esto sendo instalados na maioria das escolas com o objetivodequeosalunospossampesquisaron-lineefazerusoderecursosdainternet. Praticamenteemtodososestadosamericanosrequer-sequeosprofessoressetornem competentes no uso de computadores a fim de que possam manter a licena para lecionar. Em nossasuniversidadesbrasileiras,ousodecomputadoresesttornando-sepraticamente obrigatrio,tantoparaosalunoscomoparaosprofessores.Noentanto,osrecursos financeiros parecem representarao mesmo tempo, a ajuda e oempecilhopara esse processo. Palloff e Pratt (2005). 36 4.2.11 - Se a resposta for sim, com que freqncia? Quando questionados sobre a freqncia que usam a internet, vemos na Figura 10 que 4,37% responderam que todos os dias, 12,40% que usam 2 ou 3 vezes por semana e 10,21% responderam que usam uma vez por semana, enquanto 21,8 % nunca acessam a internet. Este resultado, s refora a idia de que precisamos urgentemente buscar meios para informatizar nossasescolas,bemcomoorientarnossosalunos paraquebusquememoutrasformasdeter acesso a este recurso. 8,95%37,87%20,89%44,77%raramenteuma vez por semana2 a 3 vezes porsemanaDiareamente Figura 10: Percentagem obtida em relao ao uso da internet 4.2.12 - Voc acredita que os conhecimentos em sala de aula so importantes? Ensinaraturmasdejovenseadultosrequerqueoprofessorouprofessora,desperte nestesaimportnciadosconhecimentosadquiridosemsaladeaulaparaasuavida,seja, familiar, social e profissional, para que os mesmos encontrem motivos para estarem ali. Esse aspectofoisignificativamentepelassugestesdapesquisada,pois43,06%dosalunos 37 concordaramqueosconhecimentosadquiridosemsaladeaulasoimportantssimose 40,14% que muito importante para o seu desempenho na vida, 7,29% acreditam que pouco vaimudarasuavidaeaindativemos3,64%queacreditamquepouqussimasvezesestes conhecimentos serviriam para a sua vida. Responderam que no sabem 5,83%. 4.2.13 - Por que voc estuda? Se fizssemos esta pergunta a uma criana, com certeza ela pensaria na profisso dos pais,dealgumheridatelevisoqueelegostasseparapoderresponder.Mas,aofazermos estaperguntaajovenseadultos,quepordiversosmotivosabandonaramosestudosna adolescncia,ficoubemclaroqueaprioridaderecaibasicamenteemconseguirumemprego paragarantir um futuro melhor, cuja resposta abrangeu 52,60%, deles, enquanto que 57,66% conhecimentoparasassimterumfuturomelhor.Outros8,02%responderamquevoltaram assinalaramqueestavamembuscadeaestudarporquegostamesentiamfaltadaescola; 2,91%disseramserumaexignciadospais;enfim,3,64%responderamqueeraporfaltado que fazer, era apenas para preencher o tempo. 4.2.14 - Como voc considera o conhecimento? Para68,61%dospesquisadosoconhecimentomuitoimportanteparaavidadas pessoas, pois atravs dele que o homem poder fazer uma leitura de mundo muito mais clara eobjetiva,transformandoarealidadeemquevive.Oconhecimentofundamentalnavida humana, pois precisamos estar informados sobre tudode novoque surge no nosso meio, para s assim interagirmos mais facilmente. 17,51% consideram o conhecimento importante para a vida,enquanto1,45%sconsideramoconhecimentoimportantealgumasvezesnasuavida, 38 0,72%acreditamqueoserhumanonoprecisadeconhecimentodesaladeaulaparaviver, pois diz ser o mundo a escola da vida. No podemos ignorar ao pensamento do aluno quando eledizqueaomundoaescoladavida,masprecisamosmostraraestesaimportnciada informao cientifica para que o mesmo possa aprimorar seus conhecimentos. 67,88%2,18%5,10%17,51%7,29%Muito Importante Importante s vezesNo importante No responderam Figura 12: Percentagem obtida atravs da pesquisa sobre a importncia do conhecimento 4.2.14 - Ao estudar voc deseja?

defundamentalimportnciaparaasnossasvidastraarmosobjetivosparaque possamosalcanaralgoesendoassimprecisamosorientarnossosalunosparaquepensem bastante sobre seu futuro, o que desejam e quais caminhos podero trilhar para alcanar o que almejou. Devem discutir assuntos como mercado de trabalho, profisses, etc.De acordo com a Figura 12, ao questionarmos o que estes alunos desejam ao estudar, 25,54%responderamquepretendemapenasconcluiroEnsinomdio,48,17%pretendem fazer um curso superior e 41,60 % pensam em conseguir um emprego digno para que possam terumavidamelhorqueadosseuspais,5,83%nomanifestouopiniosobreoque 39 pretendiamalcanaraoprosseguircomseusestudos.Ficaassimexplcitoquede fundamental importncia oferecer a estes alunos, palestras e debates sobre profisses para que osmesmospossampensarnamelhorescolhaparaoseufuturo.Ototaldepercentuais ultrapassouos100%,masissodeveu-seaofatodeosalunosescolheremmaisdeuma resposta. 25,54%48,17%41,60%5,83%outroConseguir umempregoConcluir o ensinosuperiorConcluir o ensinomdio Figura Figura12: Percentagem obtida ao responder a pergunta sobre o que voc deseja ao estudar 40 5 - CONCLUSO A analise das informaes obtidas na pesquisa e as contribuies trazidas pela histria culturaldaleiturapermitiramproblematizarasafirmaessobreaausnciadeleituranos meios populares e suas conseqncias cognitivas. Observou-se que os jovens e adultos da escola pesquisada que freqentam os cursos no turnonoturno,poucoounenhumcontatotemcomosdiversostiposdeleituraexistentes. Pode-serelacionarestefatoaobaixopoderaquisitivo,faltadeinflunciasdafamliaea formacomoaescolapraticaaleitura,utilizandocomoinstrumentoprincipalapenasolivro didtico. A responsabilidade de divulgar e tornar o ato de ler um fato concreto est nas mos da escola; ela o principal instrumento de transformao desses jovens, incutindo nos mesmos a importncia da leitura para sua realizao profissional, para que se tornem cidados crticos e participativos,poisaleiturapossibilitaaoeducandoumlequedeinformaesquefacilitar suavidaemsociedade,fazendocomqueomesmoparticipedeformamaisefetivanas decises que possam ocorrer no seu universo educacional. A leitura mecnica no suficiente paraformar um bom leitor. O professor no deve sepreocuparapenasemquantostextosoulivrosoalunolporano,masaverdadeira mensagemqueesteslivrosdeixaramemseusinterlocutores.Aescoladevepreocupar-seem tornaraleituraumatoreflexivo,ondeoleitorconsigainterpretaroqueestescritonas entrelinhas do texto, onde ele interaja e se descubra como leitor dinmico Hoje,asescolastratamleituracomomeradecodificaodesinaisgrficos, trabalhandocomtextosfragmentadosecomrespostasprontasparaseusquestionrios,isto tornaoatodelerenfadonho,mecnicoe,dessaforma,distantedoquerealmentesefaz necessrio para que se tenha uma boa leitura. 41 As poucas experincias com a leitura, afastam o aluno de um mundo crtico, deixando-omargemdasociedade,ecomoaleituraalgomuitoimportanteparaodesenvolvimento emvriosaspectosdesuavida,v-secomoimportantecriarsituaesondenossosjovens possam ter uma ligao mais efetiva com os diversos textos. Diantedaevoluotecnolgicadofinaldomilnio,aescolatemmaisumafuno importante,queadetornarseualunadoaptoatercontatomaisrealcomastecnologias como:computadoreseinternet,investindonoconhecimentoelevando-osarefletirsobrea importncia destesrecursos para o seu bem estar intelectual eemocional, podendo concorrer empdeigualdadesvagasqueomercadodetrabalhooferea,equenecessiteparatanto conhecimentos nestas reas, ou seja, colocar o aluno da modalidade EJA em consonncia com um mundo transformado tecnologicamente. Nemosdocentestemacessoconstanteaessasnovastecnologias,sejaporumpoder aquisitivo baixo, seja por falta de tempo, pois os mesmos precisam trabalhar em duas ou mais escolas para que possam ter um salrio digno. Ento fica difcil orientar o aluno quanto ao uso correto dos sites, como pesquisar e como fazer uso correto das informaes obtidas. O hbito de leitura criado a partir de estmulos e a forma como se trabalha colabora muitoparasecriarumageraohabituadaaler,quecomcertezaterumalinguagemmuito maisamplaevaliosa,fazendopartedasociedadeondepoderparticipareargumentar, mostrando a fora da palavra quando se tem leitura e conhecimento. 42 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS BRASIL, Secretaria de educao fundamental. Parmetros Curriculares Nacionais: Lngua Portuguesa. Braslia: MEC/SEF, 1997. DIDONET, Vital. As eleies e a poltica educacional dos prximos anos. . Revista Ptio. 2005, fevereiro/abril, Ano IX, n.33, p. 14, 15, 16, 17. FERREIRA, A.B.H., Mine Dicionrio de Lngua Portuguesa, Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2001. FREIRE, Paulo: A importncia do ato de ler. So Paulo, Cortez, 1989. GERALDI, Joo Vanderley, et alii, (org). O Texto em sala de aula, So Paulo: tica. 2003. KLEIMAN, ngela. O impacto da leitura para o aprendiz adulto. Revista Ptio. 2005, fevereiro/abril, Ano IX, n.33, p. 14, 15, 16, 17. KLEIMAN, ngela. Texto e Leitor: Aspectos cognitivos da leitura. So Paulo: Pontes, 2002. KOCK, Ingedore G. Villaa. Argumento e linguagem. So Paulo, Cortez, 2002. LAJOLO, Marisa. Literatura: leitores e leitura. So Paulo: Contexto, 1997 . LAJOLO, Marisa e ZILBERMAN, Regina. A formao da leitura no Brasil. So Paulo: tica, 1982. 43 LUCYK, Pedro. Projeto Marista de Leitura diria. 2003. MATENCIO, Maria de Lourdes Meirelles. Leitura, produo de texto e a escola, reflexosobre o processo de letramento. So Paulo, Mercado de Letras, 2000 MARTINS, Maria Helena. So Paulo, Brasiliense,2003. (Coleo Primeiros Passos; 74) PALLOFF, Rena e PRATT, Keith. A internet exige que leiamos e nos comuniquemos atravs da escrita. Portanto, essas habilidades se tornaro mais importantes. RevistaPtio. 2005, fevereiro/abril, Ano IX, n.33, p. 14, 15, 16, 17 PILETTI, Claudino (org), Didtica Especial. So Paulo: tica, 2000. SMITH, Frank. Compreendendo a leitura uma anlise da psicolingstica da leitura e do aprender a ler. Porto Alegre, Artes Mdicas, 1989. TEBEROSKY, Ana. Aprendendo a escrever Perspectivas Psicolgicas e implicaes educacionais. So Paulo tica, l995. REVISTA PTIO, AnoVIII, n 29, fevereiro/abril 2004. Disponvel em: http:< // www. Marista_uce.com.br. >Florionpolis, 16/07/03. 44 APNDICES 45 APNDICE A FAIXA ETRIA DOS ALUNOS PESQUISADOS FAIXA ETRIAQUANTIDADEPERCENTUAL (%) 15 A 183626,27 19 A 256547,44 26 a 352719,70 36 a 4596,52 46 a 55-- O QUE VOCE GOSTA DE LER? PERGUNTAQUANTIDADEPERCENTUAL(%) SIM11382,48 NO4417,58 O QUE VOCE COSTUMA LER? FAIXA ETRIAQUANTIDADEPERCENTUAL (%) LIVROS6144,52 REVISTAS7252,55 JORNAIS3727,00 GIBI2316,78 ALMANAQUE53,34 NADA64,37 QUANDO VOCE LER? PERGUNTAQUANTIDADEPERCENTUAL (%) TODOS OS DIAS3021,89 UMA VEZ POR SEMANA 4331,38 UMA VEZ POR MES1913,89 RARAMENTE4432,11 QUE TIPO DE LIVRO VOCE LER? PERGUNTAQUANTIDADEPERCENTUAL (%) ROMANCE9065,69 ESPIONAGEM3122,62 BIBLIA42,91 CONTOS1813,13 NENHUM1712,40 46 VOCE J LEU PARA FAZER UMA AVALIAO? RESPOSTAQUANTIDADEPERCENTUAL(%) SIM7346,62 NO6453,58 QUANDO VOCE ERA CRIANA COSTUMAVA OUVIR ESTRIAS? RESPOSTAQUANTIDADEPERCENTUAL(%) SIM5540,14 NO3021,89 S VEZES5237,95 QUEM CONTAVA ESTRIAS PARA VOC? RESPOSTAQUANTIDADEPERCENTUAL (%) PAI246,65 ME4029,19 AV118,02 AV85,83 TIOS107,29 IRMOS85,83 PROFESSORES917,50 VOC USA INTERNET? RESPOSTAQUANTIDADEPERCENTUAL (%) SIM 2518,24 NO8058,39 S VEZES3021,89 NO RESPONDEU21,45 SE A RESPOSTA FOR SIM COM QUE FREQUNCIA? RESPOSTAQUANTIDADEPERCENTUAL (%) DIAREAMENTE68,95 2 A 3 VEZES POR SEMANA 1737,87 UMA VEZ POR SEMANA 1420,89 RARAMENTE3044,17 47 VOC ACREDITA QUE OS CONHECIMENTOS EM SALA DE AULA SO IMPORTANTES? RESPOSTAQUANTIDADEPERCENTUAL (%) MUITSSIMO5943,06 MUITO5540,14 POUCO107,29 POUQUSSIMO53,64 NO SEI85,83 POR QUE VO ESTUDA? RESPOSTAQUANTIDADEPERCENTUAL (%) VONTADE DOS PAIS42,91 GOSTO118,02 ADQUIRIR CONHECIMENTO 7957,66 TER UM EMPREGO7252,60 POR QUE NO TEM OUTRA COISA PARA FAZER 53,64 VOC CONSIDERA O CONHECIMENTO: RESPOSTAQUANTIDADEPERCENTUAL (%) MUITO IMPORTANTE9467,88 IMPORTANTE2317,51 S VEZES75,10 NO22,18 NO RESPONDEU107,29 AO ESTUDAR VOC DESEJA? RESPOSTAQUANTIDADEPERCENTUAL (%) CONCLUIR O ENSINO MDIO 3525,54 CONCLUIR O ENSINO SUPERIOR 6648,17 CONSEGUIR UM EMPREGO 5741,60 OUTRO85,83 48 UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARABA CENTRO DE FORMAO DE TECNLOGOS CAMPUS III B ANANEIRAS /PB Curso de Especializao em Educao Profissional Tcnico de NveoMdio na Modalidade EDUCAO DE JOVENS E ADULTOS Caroalunoestourealizandoumapesquisasobreleituracomoumatosocialeparaissoprecisoda colaborao de todos. Portanto, solicito que respondam este questionrio e desde j agradeo sua colaborao . Escola_______________________________________________________________________ Srie:_____ Faixa etria: ( )15 a 18 ( ) 36 a 45 ( )19 a 25 ( ) 46 a45 ( )26 a 35 ( ) 56 ... 1) Voc gosta de ler?( ) Sim( ) No Por qu?______________________________ 2) O que voc costuma ler em casa? ( )Livros ( )Revistas ( )Jornais ( )Gibi ( )Almanaque ( Jlia, Bianca, Sabrina) 3) Quando voc l?

( ) Todos os dias ( ) Uma vez por semana ( ) Uma vez por ms ( ) Raramente 4) Que tipo de livro voc gosta de ler? ( ) Romance ( ) Espionagem

( ) Contos ( ) Nenhum5) O que voc l na escola? 6) Voc j leu algum livro para fazer uma avaliao sobre ele?

( ) Sim ( ) No 7) Caso a resposta for afirmativa, o que voc achou?_____________________ ______________________________________ 8) Prefere ler livros orientados pelos professores ou por amigos? ____________________________________________________________________________ 9) Quando voc era criana costumava ouvir estrias? ( ) Sim 49 ( ) No ( ) s vezes 10) Quem contava para voc?_______________ ______________________________________ 11) E as pessoas com quem voc mora ( pai, me, irmo, avs, marido, mulher etc.), o que costumam ler? Indique cada um deles separadamente. 12) Voc usa a internet?

( ) Sim ( ) No ( ) s Vezes 13) Se a resposta for sim, com que freqncia usa? ( ) Diariamente ( ) De 2 A 3 vezes por semana ( ) Uma vez por semana ( ) Raramente 14) Voc acredita que os conhecimentos adquiridos com as leituras em sala de aula podero ajudar no seu dia-a-dia? ( ) Muitssimo ( ) Muito ( ) Pouco ( ) Pouqussimo ( ) No sei

15) Por que voc estuda? ( ) Vontade dos pais ( ) Gosto ( ) Adquirir conhecimentos ( ) Ter um emprego no futuro ( ) Por que no tem uma outra coisa para fazer 16) Voc considera o conhecimento: ( ) Muito importante ( ) Importante ( ) As vezes ( ) No( ) Nunca 17) Ao estudar, voc deseja: ( ) Concluir o ensino mdio ( ) Concluir um ensino superior ( ) Conseguir um emprego ( ) Outro_____________________________ Grato por sua ateno! 50 UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARABA CENTRO DE FORMAO DE TECNGOS CAMPUS III - BANANAEIRAS /PB Curso de Especializao em Educao ProfissionalTcnico de Nvel MdioIntegrada a Modalidade de Jovens e Adultos /EJA QUESTIONRIO/PROFESSOR Caro colega, Opresentequestionriotemcomoobjetivoanalisarcomosedaraleituradoseducandos.Portanto solicitamosquenodeixenenhumaquestosemresponder,oqueagradecemosantecipadamentepela colaborao. 1) Nome________________________________________________________________________ 2) Disciplina____________________________________________________________________ 3) Colgio(s) onde leciona ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ 3) Formao profissional; ( ) Pedaggico ( ) Logos ou Pro formao ( ) Licenciatura Plena em Letras( )Outra. Qual?________________________________________________________________________ 4) Instituio onde estudou;______________________________________________________________________ 5) Ano de formatura;____________________________________________________________________ 6)Tempo de Experincia de ensino:_______________________________________________________________________ 7) Carga horria em sala de aula:_________________________________________________________________________ 8) Vnculo empregatcio: ____________________________________________________________________________ 9) Livro adotado: Autor:_______________________________________________________________________ 10) Sries que leciona:______________________________________________________________________ 11) Sobre o livro adotado:________________ 12)Obedece a seqncia do livro? ( )Sim ( ) No( ) s vezes 13 ) Em relao aos textos, eles estimulam a aprendizagem? ( ) Sim ( ) No 14) Se no, por qu?____________________________________________________________________________ 51 15) Os alunos gostam de trabalhar com os textos do livro adotado? ( )Sim ( )No Se no, por qu? __________________________________________________________________________________________________________________

16) Na elaborao do planejamento acrescenta assuntos que o livro adotado no trs? ( )Sim ( )No 17) Alm dos textos do livro, usa textos de: ( )Jornais( )Revistas ( )Outros livros ( )Internet ( )No usa outro tipo de texto. Por qu? ____________________________________________________________________________ 18) Qual o seu conhecimento de informtica? ( )Nenhum ( )Pouqussimo ( )Pouco ( )Intensivo ( )Avanado 19) Orienta seu aluno para o uso da internet? ( )Sim ( )No ( )As vezes 20) Recomenda algum site ao alunado? ( )No ( )SimQual(is)? ____________________________________________________________________________

Grato por sua ateno! 52 ANEXOS 53