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A LEI - Toráhh A palavra Toráhh , traduzida por lei, significa propriamente uma direção, que era primitivamente ritual. Usa-se o termo, nas Escrituras, em diversas acepções, segundo o fim e conexão da passagem em que ele ocorre. Por exemplo, algumas vezes designa a revelada vontade de YAOHU UL (Lê-se 'iáu-rru ul’ e significa o Criador Todo-Poderoso e Eterno - Sl 1.2; 19.7; 119; Is 8.20; 42.12; Jr 31.33). Também significa o Velho Testamento, distinto do Novo Testamento (Mt 11.13; 12,5; Jo 1.17; At 25.8), e por isso, freqüentemente é considerada como a lei de Moisés e assim sendo, a religião dos judeus (Mt 5.17; Hb 9.19; 10.28). Outras vezes, num sentido mais restrito, significa as observâncias rituais ou cerimoniais da religião judaica (Ef 2.15; Hb 10.1 – estas sim, cravadas na cruz com o Seu cumprimento no Messias). É neste ponto de vista que o apóstolo Paulo afirma que "ninguém será justificado diante dele por obras da lei" (Rm 3.20). A "lei gravada nos seus corações", que Paulo menciona em Rm 2.15, é o juízo do que é mau e do que é justo, e que na consciência de cada homem YAOHU UL implantou. Principio Predominante da Lei O princípio predominante da lei era a teocracia. O próprio Eterno era considerado como Rei; as leis foram por Ele dadas; o tabernáculo (e depois templo) era considerado como Sua habitação; ali houve visíveis manifestações da Sua glória (Shekinah); ali revelou a Sua vontade; era ali oferecido o pão todos os sábados; ali recebeu os Seus ministros, exerceu funções de Soberano e ali, exercia o ritual da salvação (além das Festas messiânicas) em Yaohushua (Lê-se iau-rrú-shua), o Seu Filho Unigênito. Com YAOHU UL tinha relação a paz e a guerra, questões estas determinadas sob todos os governos pela suprema autoridade (Dt 1.41,42; Js 10.40; Jz 1.1,2; 1Rs 12.24). A idolatria era uma traição. Por conseqüência, em relação aos judeus, era YAOHU ao mesmo tempo UL (Criador Eterno) e Rei. A teocracia tinha as suas externas manifestações. Deste modo, o tabernáculo, onde se realizou o culto público desde o Êxodo até ao reinado de Salomão, era não só o templo de YAOHU UL, mas também o palácio do Rei invisível. Era a "Sua Santa Habitação"; era o lugar em que encontrava o Seu povo e com ele tinha comunhão, sendo portanto "o Tabernáculo da Congregação". Depois do Tabernáculo veio o Templo, harmonizando-se suntuosidade do edifício e os seus serviços com as determinações divinas, e com o aumentado poder da nação. Mas o Senhor, como Rei, não só tinha o Seu palácio, mas também tinha os Seus ministros e funcionários do Estado. Sacerdotes e Levitas eram apartados para o Seu serviço. Este governo de YAOHU UL era reconhecido por meio dos sacrifícios de várias espécies, realizados sob condições cuidadosamente definidas, exprimindo a propriciação, consagração e comunhão que apontavam para o vindouro Sacrifício de Yaohushua. Os direitos divinos eram ainda reconhecidos por meio de certas festividades, que na sua variedade eram o sábado de todas as semanas, as três grandes festas anuais, o ano sabático, e além disso o jubileu, tudo isto levado a efeito com os seus fins espirituais e morais de apontar para a definitiva erradicação do pecado, em Yaohushua. As especificadas determinações promulgadas em nome de YAOHU UL alcançavam plenamente a vida individual e nacional, mas não foi tudo decretado duma só vez e num só lugar. Houve ordenações feitas no Egito (Ex 12 e 13); no Sinai (Ex 19 e 20); em Parã (Nm 15.1); e nas planícies de Moabe (Dt 1.5). As enunciações vinham por vezes do tabernáculo (Lv 1.1). 1

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A LEI - Toráhh

A palavra Toráhh , traduzida por lei, significa propriamente uma direção, que era primitivamente ritual. Usa-se o termo, nas Escrituras, em diversas acepções, segundo o fim e conexão da passagem em que ele ocorre. Por exemplo, algumas vezes designa a revelada vontade de YAOHU UL (Lê-se 'iáu-rru ul’ e significa o Criador Todo-Poderoso e Eterno - Sl 1.2; 19.7; 119; Is 8.20; 42.12; Jr 31.33). Também significa o Velho Testamento, distinto do Novo Testamento (Mt 11.13; 12,5; Jo 1.17; At 25.8), e por isso, freqüentemente é considerada como a lei de Moisés e assim sendo, a religião dos judeus (Mt 5.17; Hb 9.19; 10.28). Outras vezes, num sentido mais restrito, significa as observâncias rituais ou cerimoniais da religião judaica (Ef 2.15; Hb 10.1 – estas sim, cravadas na cruz com o Seu cumprimento no Messias). É neste ponto de vista que o apóstolo Paulo afirma que "ninguém será justificado diante dele por obras da lei" (Rm 3.20). A "lei gravada nos seus corações", que Paulo menciona em Rm 2.15, é o juízo do que é mau e do que é justo, e que na consciência de cada homem YAOHU UL implantou.

Principio Predominante da LeiO princípio predominante da lei era a teocracia. O próprio Eterno era considerado como Rei; as leis foram por Ele dadas; o tabernáculo (e depois templo) era considerado como Sua habitação; ali houve visíveis manifestações da Sua glória (Shekinah); ali revelou a Sua vontade; era ali oferecido o pão todos os sábados; ali recebeu os Seus ministros, exerceu funções de Soberano e ali, exercia o ritual da salvação (além das Festas messiânicas) em Yaohushua (Lê-se iau-rrú-shua), o Seu Filho Unigênito. Com YAOHU UL tinha relação a paz e a guerra, questões estas determinadas sob todos os governos pela suprema autoridade (Dt 1.41,42; Js 10.40; Jz 1.1,2; 1Rs 12.24). A idolatria era uma traição. Por conseqüência, em relação aos judeus, era YAOHU ao mesmo tempo UL (Criador Eterno) e Rei. A teocracia tinha as suas externas manifestações. Deste modo, o tabernáculo, onde se realizou o culto público desde o Êxodo até ao reinado de Salomão, era não só o templo de YAOHU UL, mas também o palácio do Rei invisível. Era a "Sua Santa Habitação"; era o lugar em que encontrava o Seu povo e com ele tinha comunhão, sendo portanto "o Tabernáculo da Congregação". Depois do Tabernáculo veio o Templo, harmonizando-se suntuosidade do edifício e os seus serviços com as determinações divinas, e com o aumentado poder da nação. Mas o Senhor, como Rei, não só tinha o Seu palácio, mas também tinha os Seus ministros e funcionários do Estado. Sacerdotes e Levitas eram apartados para o Seu serviço. Este governo de YAOHU UL era reconhecido por meio dos sacrifícios de várias espécies, realizados sob condições cuidadosamente definidas, exprimindo a propriciação, consagração e comunhão que apontavam para o vindouro Sacrifício de Yaohushua. Os direitos divinos eram ainda reconhecidos por meio de certas festividades, que na sua variedade eram o sábado de todas as semanas, as três grandes festas anuais, o ano sabático, e além disso o jubileu, tudo isto levado a efeito com os seus fins espirituais e morais de apontar para a definitiva erradicação do pecado, em Yaohushua.As especificadas determinações promulgadas em nome de YAOHU UL alcançavam plenamente a vida individual e nacional, mas não foi tudo decretado duma só vez e num só lugar. Houve ordenações feitas no Egito (Ex 12 e 13); no Sinai (Ex 19 e 20); em Parã (Nm 15.1); e nas planícies de Moabe (Dt 1.5). As enunciações vinham por vezes do tabernáculo (Lv 1.1).Que as prescrições da Lei tinham caído em desuso, pode provar-se não só pela decadência da religião e da moral no tempo dos reis, porém mais particularmente pela descobertas, no 18º ano do rei Josias, do "livro da Lei na casa do Senhor" (2Rs 22.8), e pelas reformas que se seguiram e não raras vezes,sofriam as conseqüências deste abandono (Subjugados, primeiramente pelos assírios e mais tarde pelos babilônios).O sumário das ordenanças desta Lei (os cinco primeiros livros da Toráh), mais os Profetas, os Salmos e Escritos (demais livros), formava para a nação judaica (o Povo de YAOHU UL – Rom 11:1-4) um código que, embora rigoroso, era salutar (Ne 9.13; Ez 20.11; Rm 7.12), e além disso agradável à uma mentalidade reta (Sl 119.97 a 100; Rm 7:12).

Instituições Cerimoniais:As instituições cerimoniais, por exemplo, estavam maravilhosamente adaptadas às necessidades, tanto espirituais como materiais, dum povo nas condições do israelita. Porquanto:

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1) Eram, até certo ponto, regularmente sanitários. E era isto um dos fins daquelas disposições, referentes às várias purificações, à separação dos leprosos, e à distinção de alimentos, etc.2) Serviam para perpetuar entre os israelitas o conhecimento do verdadeiro YAOHU UL, para manter a reverência pelas coisas santas, para a manifestação de sentimento religiosos na vida, todos os dias, e em todas as relações sociais, apontando para um futuro reinado do Messias. Dum modo particular eram as festas sagradas, fatores de valor para a consecução destes fins.3) Tinham, além isso, o efeito de evitar que os israelitas se tornassem estreitamente relacionados com as nações circunvizinhas (Ef 2.14,17). E assim deviam tantas vezes ter guardado o povo israelita da idolatria e corrupção, que campeavam em todo o mundo: deste modo conservou-se a nação inteiramente distinta dos outros povos, até que veio o tempo em que esta barreira fora quebrada pelo próprio povo, a despeito das orientações divinas (II Co 6:14).4) Estas observâncias tinham outros usos na sua simbólica significação. Em conformidade com o estado moral e intelectual do povo que não tinha ainda capacidade para prontamente alcançar as verdades divinas, eram as coisas espirituais representadas por objetos exteriores e visíveis. E assim, as idéias de pureza moral e de santidade divina eram comunicadas e alimentadas pelas repetidas abluções das pessoas e moradas; pela escolha de animais limpos para o sacrifício; pela perfeição sem mácula, que se requeria nas vítimas oferecidas (tipo do Messias); e pela limitação das funções sacerdotais a uma classe de homens que eram especialmente consagrados a estes deveres, e que se preparavam com repetidas purificações. Além disso, pela morte da vítima expiatória, para a qual o pecador tinha simbolicamente transferido os seus pecados pondo as mãos sobre a cabeça do animal e oferecendo a YAOHU UL o sangue que representava a vida, ensinava-se a importante verdade de que o pecado merecia um castigo extremo que somente podia ser desviado, sacrificando-se outro ser em substituição (Rm 6:23). E desta maneira, por meio de símbolos impressivos, lembravam-se constantemente, aos piedosos israelitas, da justiça e santidade da violada Lei, da sua própria culpa e de quando necessitavam da misericórdia divina; e quando eram efetuados estes serviços religiosos, na sinceridade dum espírito reto, a alma crente era enriquecida com a humilde esperança da compaixão divina, e manifestava-se em atos de gratidão, de obediência, e de amor – era a Graça manifesta antes da cruz!5) Estas várias instituições prefiguravam também coisas futuras, melhores e mais grandiosas  (Gl 3.24). Pelo que se diz na epístola aos Hebreus, sabemos que o sacerdócio, os sacrifícios, e todos o ritual judaico formavam uma profecia típica da pessoa e obra do Grande Libertador, e daquela redenção eterna que Ele devia executar quando chegasse a plenitude dos tempos.A Lei não era destruída pelo Evangelho. Era isso evidente pelas próprias declarações de Jesus Cristo. Ele não veio pra "revogar a lei" mas pra cumpri-la (Mt 5.17,18). Quando a Lei era apenas típica, servindo para certo fim, que a vinda de Cristo havia abolido, então era nisso ab-rogada. Tinha realizado o seu propósito, e já não era necessária (Gl 3.24,25). A parte  cerimonial deixou de ter a sua verdadeira significação. Aquele para que a Lei apontava, já tinha vindo. Restavam as permanentes obrigações da lei moral, cuja aplicação foi alargada pelo Salvador (Mt 5.21-48). Todavia, em virtude da grande influência da Lei na vida e pensamento do povo judeu, não é para admirar que sob a Nova Aliança se tornassem as suas ordenações um assunto de alguma perplexidade. Para compreensão deste ponto, veja-se o livro de At (10, 11, 15) e ainda Romanos, Gálatas e Hebreus.

A TORÁHA Toráh original foi transmitida por YAOHU UL a Moshê (Moisés), após ter permanecido Moshê por 40 dias e 40 noites com YAOHU UL, sem comer, dormir ou beber. Esta situação levou-o a um estado comparado aos anjos; totalmente desligado de necessidades físicas. A Toráh foi transmitida a Moshê, diretamente de YAOHU UL e ensinada ao povo. Seu conteúdo foi compilado na íntegra, para que assim ele jamais fosse esquecido e permanecesse imutável, mesmo com o passamento dos sábios que a transmitiram, de geração a geração.

Assistindo a Keriá Ha ToráhImagine que você está participando de um serviço completo, desde a Keriá HaToráh (leitura da Toráh), no momento em que o rolo é tirado do Aron Hacôdesh (Arca Sagrada) até que seja restituído à Arca.

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Nos Serviços Matinais de Shabat e Yom Tov, isto acontece geralmente no meio do serviço, entre Shacharit (Serviço Matinal) e Mussaf (Serviço Adicional).Imaginemos que é Shabat e o serviço chegou a este estágio. O chazan, cantor, coloca-se ao lado da Arca. As preces apropriadas foram recitadas. A Toráh foi tirada da Arca e entregue ao chazan. Ele recita o primeiro versículo de Shemá e alguns determinados versos, que a congregação repete, e então carrega a Toráh em direção à Bimá (mesa onde será aberta para a leitura). À sua passagem, curvamo-nos e beijamos o manto do Sêfer Toráh. O manto cobre completamente o rolo; apenas os dois braços são visíveis na base e na parte superior. Muitas vezes o topo dos braços está colocado numa coroa prateada especial, e o Sêfer Toráh é ainda decorado com uma bandeja de prata pendente na parte frontal, um lembrete do Peitoral vestido pelo Sumo Sacerdote no Templo sagrado. Um ponteiro de prata é também pendurado freqüentemente, para ser usado pelo leitor para marcar o trecho de leitura.O manto é feito de fino material bordado com símbolos. Na Bimá, o Sêfer Toráh é despido de seus ornamentos e de seu manto. Sob este manto há um cinturão de seda ou outro material fino que segura o rolo. Este é desatado, e o Sêfer aberto.Depois que o chazan se assegura do local onde deve começar a leitura, isto é, o início da porção semanal relativa a este Shabat em particular (ou a porção que deve ser lida, se for Yom Tov), ele enrola o rolo novamente, e o cobre com o manto. O primeiro a ser convocado para a leitura da Toráh é sempre um cohen. Ele recita as bênçãos e lê a primeira seção, e fala a bênção sobre ela. Em seguida, chama-se o segundo, que é um levi. Após este vem um terceiro, que não é nem cohen nem levi, mas um Israel. Sete homens são chamados no Shabat, e um oitavo, chamado maftir (que também lê um capítulo dos Profetas).Quando a leitura da porção semanal é concluída, dois homens são chamados. Um para erguer a Toráh para que toda a congregação a veja, e o outro para enrolá-la e atar o Sêfer Toráh, e vesti-lo antes que seja recolocado na Arca. Quando é erguido o Sêfer Toráh, toda a congregação se levanta e diz: "Esta é a Toráh que Moshê colocou diante dos Filhos de Israel," etc.Os rolos da Toráh são feitos de pergaminho, isto é, a pele de um animal casher, especialmente tratada para esta finalidade. É desnecessário dizer que não há peles grandes o suficiente para escrever toda a Toráh em uma só peça, por este motivo, vários rolos são costurados juntos, cada um de forma quadrada. Como linha para costurá-los, não são usados algodão ou lã, e sim tendões de animal. A tinta usada para escrever a Toráh não é do tipo comum, mas uma especial, muito durável. Apenas tinta preta pode ser usada, e nem uma outra cor, mesmo dourada.O instrumento com o qual se faz a escrita não é uma pena comum, mas uma pena bem afiada, de forma a escrever tanto linhas muito finas como as muito grossas, se necessário.O pergaminho deve ser acertado com um estilete, que deixa uma marca sobre ele, mas nenhum traço de cor. Isto assegura linhas retas.A escrita deve ser feita usando-se caracteres hebraicos quadrados, utilizados tradicionalmente na escrita de Sifrê Toráh desde tempos imemoriais. Nenhum outro tipo de escrita, mesmo artística, pode ser usado. Algumas das letras são adornadas com coroas formadas por linhas curtas. Porém nada pode ser deixado ao gosto artístico do escriba, pois tudo deve ser copiado estritamente da maneira tradicional passada a nós de geração a geração, desde os dias de Moshê. O escriba é chamado sofêr, em hebraico. A palavra é derivada de sêfer, livro.Antes de iniciar a sagrada tarefa de escrever o Sêfer Toráh, o escriba prepara-se apropriadamente. Vai ao micvê, uma imersão ritual, para ficar puro tanto de corpo como de mente. Deve passar algum tempo em meditação e busca interior, e dirigir todos seus pensamentos à sua sagrada tarefa.Cada palavra que o sofêr escreve deve ser copiada de um texto perfeito. Não pode escrever de memória. O texto (a escrita) deve ser claro e simples, e uma letra não deve tocar a outra. Deve ser tão claro que qualquer criança que saiba ler (hebraico) possa ser capaz de entendê-lo.A escrita não contém nekudot (vogais) ao contrário do Chumash ou Sidur, quando a leitura é facilitada pelas vogais e pela pontuação (massoretas). As porções são divididas por espaços em branco, e estes espaços devem ser por sua vez medidos em determinado tamanho, de acordo com a tradição.Como a Toráh não tem pontuação de nenhum tipo, não é fácil de ser lida por um leitor não treinado, principalmente por ter de ser lida de acordo com algumas notas. Todo garoto Bar-Mitsvá, que completa treze anos, sente as dificuldades de aprender a ler sua porção na Toráh. Mesmo

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assim, há muitos meninos que lêem não apenas uma porção breve, mas toda a Porção Semanal na Toráh. Seria impossível enumerar aqui todas as leis e regras que devem ser observadas ao escrever o Sêfer Toráh, pois existem muitas, e são na maioria destinadas ao Sofêr, e não ao leigo. Quando a Toráh está quase completa, uma celebração solene é realizada, chamada "Siyum HaToráh," compleição da Toráh. Algumas poucas letras são escritas à tinta, e estas são completadas no Siyum."É uma mitsvá para todo judeu escrever um Sêfer Toráh, ou ter um escrito para ele.Os rolos são presos a carretéis de madeira, chamados "Etz Chaim" (Árvore da Vida), pois refere-se à Toráh como "árvore da vida para aqueles que a seguram firmemente." São rolos de madeira especialmente preparados com discos planos, um em cada extremidade. Estes discos são muitas vezes ornamentais, com pequenos espelhos inseridos na madeira, etc. Cada Sêfer Toráh, tem, naturalmente, dois Etz-Chaims. Ao fazer guelilá, o Etz Chaim direito deve ser colocado sobre o esquerdo, pois o direito segura o rolo sobre o qual o começo da Toráh (Bereshit) está escrito.O Sêfer Toráh é o bem mais sagrado do judeu. Os judeus freqüentemente arriscam a vida para salvar um Sêfer Toráh em caso de fogo. O rolo da Toráh não deve ser tocado com a mão nua, mas com um Talit ou outro objeto sagrado. Quando é colocado sobre uma mesa para leitura, a mesa deve ser coberta com um tecido ou Talit.Através do respeito devido ao Sêfer Toráh, pode-se entender o respeito que devemos ter a um erudito da Toráh, pois ele é como um Sêfer Toráh vivo!Existem algumas dúvidas a serem esclarecidas a respeito do número de pessoas convocadas para a leitura da Toráh em várias ocasiões, e por que são tirados muitos Sifrei Toráh ocasionalmente. Já mencionamos que no Shabat, sete homens são chamados, e um para Maftir. Nas três festas (Pêssach, Shavuot e Sucot), cinco homens são chamados, e um para Maftir. Se a festa coincide com Shabat, então são convocados oito homens no total, como num Shabat comum. Em Rosh Chôdesh e em Chol Hamoed), quatro pessoas são chamadas. Em Yom Kipur – seis, e uma para Maftir. Em todas as outras ocasiões – três. A seguinte tabela será útil:

Shabat – 7 e Maftir Yom Kipur – (se não é Shabat) – 6 e Maftir Festas (se não é Shabat) – 5 e Maftir Chol Hamoed (se não é Shabat ) – 4 Rosh Chôdesh (se não é Shabat) – 4 Chanucá, Purim, Dias de Jejum, Segundas e Quintas, e Shabat-Minchá – 3

Há ocasiões quando uma porção especial deve ser lida, como aquela da Lua Nova (se ocorrer num Shabat), ou qualquer uma das quatro Parshiyot: Shekalim, Zachor, Pará, Hachôdesh. Naquele evento, não apenas um, mas dois Sifrei Toráh são tirados da Arca, para que não seja preciso manejar o rolo para frente a para trás a fim de se encontrar a segunda porção, mantendo a congregação à espera neste meio-tempo. Por esta razão, tiramos dois rolos em um Yom Tov, porque Maftir é invariavelmente lido numa porção diferente (Pinechás). Há ocasiões em que três Sifrei Toráh devem ser tirados, como por exemplo em Shabat Rosh Chôdesh-Chanucá.É notável, de fato, que em qualquer Shabat ou festa, ou mesmo segunda ou quinta, a mesma porção seja lida em todas as congregações por todo o mundo! A Porção Semanal da Toráh está presente na grande maioria dos calendários judaicos.NOTA: O QUE VIMOS ACIMA É ORTODOXO MAS QUE DE FORMA ALGUMA DEVE SER TOMADO COMO ORIENTAÇÃO

PARA OS NOSSOS DIAS – SOB RISCO DE TORNÁ-LOS JUDAIZANTES – PARA NÓS, OS GENTIOS!

Toráh sempre atualAo abrir um livro da Toráh, você encontrará algo que o fará olhar para a vida, para a religião e para outras pessoas de maneira diferente. E mais, isso conecta à Fonte de tudo.Traz paz para os inquietos, entusiasmo aos ansiosos, propósito aos que querem uma vida mais significativa. Para todos: médicos, advogados, professores, programadores, contadores... e para você.

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Se isso pode transformar seu dia, imagine o que pode fazer com sua vida! Este é o projeto místico da Criação, bem como seu destino. No Sinai, YAOHU UL entregou-lhe a Toráh.Tecnicamente Toráh se refere ao pergaminho mantido na Arca Sagrada da sinagoga, ou aos Cinco Livros de Moisés. Mas é também tudo que se projeta a partir deste tronco central: milhares de anos de sabedoria.Historicamente é a experiência que todo o povo de YAOHU UL vivenciou no Sinai e transmitiu de geração em geração, sem falhar, até os dias de hoje.Literalmente, Toráh significa direção, ou orientação. São as instruções para a vida e o roteiro deste mundo, de acordo com o Próprio Fabricante (o Eterno).A Toráh foi a primeira a reconhecer o valor de cada pessoa, não apenas de reis e rainhas.Defende os direitos humanos, a educação universal, a responsabilidade ambiental, a liberdade de informação, a ética na medicina, a justiça e reforma social, o conceito total de progresso e esperança para o futuro.Ainda hoje tentamos alcançar a Toráh.Viver Toráh é viver os tempos de YAOHÚSHUA hol-MEHUSHKHÁY (o Messias, pronunciado: 'merrush-rrái'), os tempos sonhados e ansiados pelos nossos Sábios e por aquele tempo estar tão próximo, exatamente por isto, a Toráh agora está em todos os lugares como nunca esteve antes.

Como é feitaO rolo da Toráh que é aberto e lido na sinagoga é escrito com uma técnica especial por um sôfer, escriba, em pergaminho de couro de animal casher e tinta à pena. Qualquer letra a mais, a menos, falhada ou apagada, invalida todo o rolo da Toráh e sua Santidade. Ela deve ser periodicamente revisada

A precisão do textoO grande sucesso da tradição judaica é a transmissão meticulosa e precisa do texto da Toráh.Como sabemos que a Toráh que temos hoje é o mesmo texto outorgado no Monte Sinai?A Toráh foi originalmente inspirada por YAOHU UL a Moshê, letra por letra (II Tm 3:16). O Midrash (o Livro das tradições judaica) nos diz: "Antes de sua morte, Moshê escreveu treze rolos de Toráh. Doze foram distribuídos a cada uma das Doze Tribos. O 13º foi colocado na Arca da Aliança juntamente com as tábuas". Como eram conferidos os novos rolos?Um autêntico "texto de prova" era sempre mantido no Templo Sagrado em Jerusalém, e os outros rolos podiam ser conferidos baseando-se nele. Após a destruição do Segundo Templo em 70 EC, os sábios faziam conferências periódicas para eliminar qualquer falha.

A tarefa do escribaQuantas letras há na Toráh? São 304.805 letras e 79.976 palavras. O meticuloso processo de copiar um rolo à mão leva mais de duas mil horas (trabalho de tempo integral por um ano). Para eliminar qualquer chance de erro humano, o Talmud enumera mais de vinte fatores relevantes para que um rolo de Toráh possa ser considerado casher, apto. Este é o sistema de segurança embutido na Toráh. Se faltar algum destes fatores, ela não terá a santidade necessária nem poderá ser usada para leitura em público. Séculos afora, os escribas judeus têm aderido às seguintes pautas:

Um rolo de Toráh é desqualificado se mesmo uma única letra for adicionada. Um rolo de Toráh é desqualificado se mesmo uma única letra é apagada. Um escriba deve ser um judeu erudito e devoto, que tenha passado por treino especial e

certificação. Todos os materiais (pergaminho, tinta e pena) devem estar de acordo com especificações

estritas, e serem preparados especificamente com o objetivo de escrever um rolo de Toráh O escriba não pode escrever sequer uma letra num rolo de Toráh de memória. Ao contrário,

ele deve ter um segundo rolo casher aberto à sua frente todo o tempo. 5

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O escriba deve pronunciar cada palavra em voz alta, antes de copiá-la do texto correto. Cada letra deve ter espaço suficiente ao seu redor. Se uma letra tocou outra em qualquer

parte, todo o rolo está invalidado. Se uma única letra estiver tão danificada que não possa ser lida, ou se assemelhar-se à

outra letra (esteja o defeito na escrita ou seja devido a um furo, rasgo ou mancha), isso invalida todo o rolo. Cada letra deve ser suficientemente legível, de forma que uma criança em idade escolar possa distinguí-la de outras letras similares.

O escriba deve colocar espaços precisos entre as palavras, de forma a que uma palavra não pareça ser duas palavras, ou duas palavras pareçam ser uma só.

O escriba não pode alterar o formato das seções, e deve manter-se dentro do tamanho das linhas e configurações de parágrafos.

Um rolo de Toráh no qual qualquer erro tenha sido encontrado não pode ser usado, e deve ser consertado dentro de 30 dias, ou enterrado.

A leitura da ToráhQuando um rolo de Toráh fica pronto para ser entregue em um estabelecimento, geralmente sinagogas e casas de estudos onde será utilizada para os serviços religiosos, uma grande festa toma lugar. É armada em honra à Toráh uma chupá, pálio - cobertura de tecido que é usada sob os noivos no dia de seu casamento sob a qual recebem as bênçãos de sua união. Este costume é alusivo ao noivo, Yaohushua (*), e Seu casamento com Sua noiva - Israel. Todos dançam com a Toráh com música e alegria. Geralmente pessoas doam a Toráh em memória a um ente querido falecido. A partir do momento em que este rolo é doado, ele será aberto, lido e santificado por todos que irão usufruir dele. A leitura da Toráh é realizada segundas e quintas-feiras, no Shabat e nas festas judaicas, em Rosh Chôdesh (o primeiro dia do mês) e jejuns. * YAOHUSHUA (o Messias): Os judeus ortodoxos não tem a compreensão plena da Divindade (ainda aguardam o Messias) e por isto julgam que seja YAOHU ABU (o Pai) aqui tipificado...

ConteúdoMoshê escreveu todos os cinco livros da Toráh. As passagens que se referem a ele aparecem na terceira pessoa, pois cada uma de suas palavras foi-lhe ditada por YAOHU UL. A Toráh é também denominada pelos seguintes nomes: Leis de Moisés, Chumash ou Pentatêuco. É composta por cinco livros: Bereshit (Gênesis) Shemot (Êxodo)Vayikra (Levítico)Bamidbar (Números) Devarim (Deuteronômio)Os nomes acima que derivam do grego estão relacionados com o conteúdo, enquanto que as denominações hebraicas são constituídas pela primeira ou principal palavra do início de cada livro. Ex: "Bereshit…", "No início (princípio) YAOHU UL criou os Céus e a Terra…" O Chumash contém a história da Criação do mundo e do homem, a origem do povo de YAOHU UL e toda sua legislação civil e religiosa, finalizando com a morte de Moshê. É um guia de vida que estudada nos leva a uma compreensão ímpar do verdadeiro papel do homem no mundo. A Toráh contém 613 mandamentos (*), dos quais 248 são positivos ("o que farás") e 365 são negativos ("o que não farás"). Estes preceitos ligam o povo judeu a YAOHU UL e a seu semelhante, ao real objetivo de nossas vidas no mundo material e nossa conexão permanente com o mundo espiritual, onde um não se desvincula do outro. Os preceitos e mandamentos cobrem todas as fases da vida judaica, todas as atitudes para com o próximo e a maneira de reverenciar YAOHU UL, para atingir os mais altos padrões morais.

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* 613 leis: Impor estas leis (instruções de uma época a um povo em formação) aos gentios, é judaizar. Muitas destas leis são impraticáveis, hoje, até mesmo entre os judeus ortodoxos e por isto, perderam sua finalidade (instruir) e são passíveis de interpretação humana, o que as desqualifica como preceitos eternos!

Bereshit (Gênesis) Bereshit significa "No início". O primeiro livro do Chumash divide-se em três partes: a primeira trata do princípio do mundo e da humanidade; a segunda narra a história dos patriarcas Avraham, Yitschak e Yaacov (Abraão, Isaac e Jacó); a terceira parte é dedicada a história de Yossef (José), o encontro com seus irmãos e o estabelecimento dos doze filhos de Yaacov, que formaram as Doze Tribos de Israel. Porções:Bereshit, Nôach, Lech Lechá, Vayerá, Chayê Sara, Toledot, Vayetsê, Vayishlach, Vayêshev, Mikêts, Vayigash, Vaychi.

Shemot (Êxodo) Shemot significa "Nomes". Narra a vida de Moisés, a aparição de YAOHU UL a ele, os milagres e as pragas no Egito, o Êxodo do povo judeu e a travessia do Mar Vermelho. Neste livro está descrita grande parte da constituição civil e religiosa do povo judeu. Porções:Shemot, Vaerá, Bô, Beshalach, Yitrô, Mishpatim, Terumá, Tetsavê, Ki Tissá, Vayak'hel, Pecudê.

Vayicrá (Levítico) Vayicrá significa "Ele chamou". A primeira parte deste livro dedica-se aos sacrifícios e ao ritual de consagração de Aharon (Aarão) e seus filhos como sacerdotes. A segunda parte descreve as leis de cashrut, dieta alimentar e as leis de pureza e impureza. Por último descreve as festas e datas sagradas e eternas, as leis do jubileu e as bênçãos reservadas para aqueles cumpridores dos mandamentos Divinos. Porções:Vayicrá, Tsav, Shemini, Tazria, Metsorá, Acharê, Kedoshim, Emor, Behar, Bechucotai.

Bemidbar (Números) Bemidbar significa "No deserto". O quarto livro narra os acontecimentos ocorridos com o povo quando habitava o deserto. A primeira parte relata os censos e as disposições das tribos, a consagração dos levitas para o serviço do Tabernáculo e acontecimentos e leis ocorridas antes da partida do Sinai. A segunda parte descreve a estadia no deserto, as dificuldades, os doze espiões e a falta de confiança do povo. Relata a rebelião de Côrach, o episódio de Moshê nas águas de Merivá, a morte de Aharon e a chegada dos judeus às margens orientais do rio Jordão. Porções:Bamidbar, Nassô, Behaalotechá, Shelach, Côrach, Chucat, Balac, Pinechas, Matot, Mass'ê.

Devarim (Deuteronômio) Devarim significa "Palavras". Quinto e último livro da Toráh constitui-se dos discursos pronunciados por Moshê ao povo, relembrando todos os mandamentos Divinos e a necessidade do cumprimento sincero dos mesmos. Aqui Moshê repreende o povo por falhas passadas, mas também os abençoa. Destaca-se neste livro o cântico de Moshê, Haazinu. Porções:Devarim, Vaet'chanan, Êkev, Reê, Shofetim, Ki Tetsê, Ki Tavo, Nitsavim, Vayêlech, Haazínu, Vezot Haberachá.

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NOTA: Em nosso site, o Caminho, semanalmente publicamos (às quinta-feiras) a porção da semana (Parashat)...

O que são MidrashimA costumeira tradução de Midrashim como "lendas," fábulas" ou "contos" é não somente inadequada, como na verdade, errônea.O termo "Midrashim" é derivado do radical hebraico darash, que significa pesquisar, investigar. O Midrash, então, é uma exposição dos pessukim (versículos) da Toráh, que foi extraído por Nossos Sábios depois de eles terem sondado as profundezas de cada passuk e todas as palavras e letras ali contidas, na busca por seu verdadeiro significado.Segundo a tradição Sinaítica, as palavras da Toráh podem ser explanadas pelos Sábios de Toráh em diversos níveis de entendimento. Todos eles são verdadeiros, pois YAOHU UL criou a Toráh de tal maneira que cada uma de suas palavras e letras está imbuída de significado, dando margem a grande número de interpretações. Explicaremos agora a origem dos Midrashim (adaptado de R. Moshe Chain Luzzato, Ma'amar al Ha'agados).O Todo Poderoso inspirou (*) a Moshê todo o texto da Toráh, da primeira palavra, "Bereshit", ("No princípio") até as palavras finais, "l'ainai kol Yisrael." ("aos olhos de todo Israel") Ao mesmo tempo, Ele forneceu a Moshê uma detalhada explicação Oral do texto que estava ditando. O Texto Escrito da Toráh era constituído de simples anotações, breves alusões à elaborada Toráh Oral. YAOHU UL, entretanto, advertiu Moshê a não registrar a Toráh Oral por escrito.* inspirou: Os ortodoxos crêem que YAOHUH realmente DITOU, palavra por palavra da Toráh (por isto o seu zelo em contar tais palavras para ver se nenhuma ficou de fora ou algo foi acrescentado durante a cópia de uma nova Toráh), indo de encontro ao que Paulo nos diz em II Tm 3:16...Moshê e os Sábios que o seguiram preservaram cuidadosamente não apenas o Rolo da Toráh Escrita, como também sua Explicação Oral. Estudaram-na e transmitiram-na de uma geração para a seguinte.Chegou um tempo, entretanto, em que os líderes de Toráh daquela geração sentiram que a Toráh Oral não poderia mais ser preservada somente na memória, como havia sido feito nas gerações precedentes. As perseguições e aflições sofridas pelo povo judeu nas mãos dos Romanos afetaram sua paz de espírito e seus poderes de concentração.A Toráh Oral corria o risco de ser esquecida. Os Sábios, portanto, usaram uma regra sinaítica, transmitida desde Moshê, que autorizava os Sábios de Toráh, líderes de uma geração, a adotar medidas de emergência a fim de assegurar a sobrevivência da Toráh. Para este fim, a preservação da integridade da Toráh, encarregaram-se da compilação da Toráh Oral em uma obra de muitos volumes. Estes são conhecidos como a Mishná e a Guemará (Talmud). Foi uma tarefa gigantesca que somente pôde ser realizada por muitas gerações composta pelos mais brilhantes eruditos de Toráh (aproximadamente de 3450 a 4230). Foi concluída com sucesso, obviamente com a ajuda do Todo Poderoso.Os Sábios codificaram devidamente as halachot, as leis religiosas que YAOHU UL ordenara a Moshê. Ocorreu um problema, entretanto, sobre como registrar a Ética Divina e os ensinamentos morais que o Criador tinha revelado a Moshê. Estes continham profundos princípios morais e ideológicos que, caso fossem escritos, seriam lidos por estudantes de caráter impuro. Os Sábios temiam que se alguma pessoa não guiada pelo temor a YAOHU UL estudasse as verdades éticas da Toráh, distorceria seu significado, mesmo se fosse um sábio. E se os futuros estudantes destas explicações, os Midrashim, fossem também ignorantes, certamente deduziriam princípios errôneos a partir deles.Os Sábios mesmo assim decidiram registrar por escrito os ensinamentos morais da Toráh – mas através de um código secreto. Isso os tornaria inteligíveis apenas àqueles que tivessem a chave para o código mestre. Conseqüentemente, disfarçaram estes Divinos ensinamentos morais, os Midrashim, como histórias, enigmas, parábolas e ditos enigmáticos. Seriam ininteligíveis aos leigos – poderiam ser decifrados apenas por um círculo limitado de estudantes de Toráh a quem os professores transmitiriam estas leis. Estes, por sua vez, revelariam a seus discípulos que o texto literal do Midrashim era apenas um invólucro exterior que camuflava a alma deles e sua verdadeira essência.

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Se alguém lesse os Midrashim sem ter conhecimento do código, o verdadeiro significado lhe escaparia. O que se segue é uma lista parcial de axiomas a respeito dos Midrashim:• Eles relacionam princípios profundamente morais e éticos através de parábolas e historietas aparentemente simples.• Aos não-iniciados, muitas máximas de nossos Sábios parecem conter a verdade em seu sentido absoluto. Na realidade, eram aplicáveis apenas a uma esfera limitada – um determinado tempo, lugar, ou assunto. Portanto, um observador que não esteja familiarizado com a aplicação limitada ou a um Midrash específico, talvez fique confuso. Para ele, parecerá contradizer outra declaração dos Sábios. – Os Sábios sabiam por tradição que YAOHU UL, quando planejou a Toráh, investiu cada palavra e cada letra com um vasto número de diferentes significados, e todos são verdadeiros.• Os Sábios muitas vezes ocultam profundos aspectos morais por princípios aparentemente contraditórios que eram aceitos naqueles tempos. Na verdade, eles não estavam preocupados com a validade das regras científicas, mas sim com as lições morais por trás delas.– É impossível compreender os Midrashim, a menos que a pessoa se familiarize antes com certos conceitos fundamentais. Por exemplo, é axiomático que todas as leis naturais sejam ditadas por forças espirituais lá do alto. As leis da natureza operam somente como resultado da radiância que vem dos Mundos Superiores. De modo oposto, cada um dos movimentos do homem deixa uma impressão espiritual nos Mundos Superiores.• É importante perceber também que, se Nossos Sábios apresentam diversas opiniões diferentes sobre um mesmo assunto, todas elas contêm um certo aspecto da verdade. Embora possam ser contraditórias na superfície, num certo sentido todas encerram a verdade.• Nossos Sábios possuíam uma tradição de que cada versículo da Toráh, além de ser verdadeiro em seu sentido simples e óbvio, também encerra grande número de pistas para acontecimentos presentes e futuros. Eles explicaram os versículos segundo as regras Divinas para a interpretação da Toráh. Os Midrashim nos inspiram temor e amor ao Criador, relatando-nos Sua grandeza, a singularidade do povo judeu, a santidade dos tsadikim, e a Divina recompensa neste mundo e no Mundo Vindouro. Portanto, são também intitulados "agadot", que em aramaico, é derivado do radical "atrair", porque cativam o coração do leitor, atraindo-o ao Serviço do Todo Poderoso. Ao ler os Midrashim, devemos ter em mente que foram registrados pelos Sábios, cuja estatura e santidade foram tamanhas que viveram milagres. Cada palavra de nossos santos Sábios foi pronunciada quando o Ruach Hacôdesh (o Espírito Divino) pairava sobre eles. Nenhum Midrash foi registrado para contar-nos simplesmente uma história – cada um deles transmite uma profunda mensagem. Naturalmente, uma tradução dos Midrashim fornece apenas o mais pálido reflexo da santidade (*), beleza e sabedoria inerentes aos textos originais em hebraico. Uma popularização em outro idioma não pode ser mais que uma "medida de emergência", necessitada pela inabilidade da maioria dos leitores para atingir as fontes originais. Rezamos e esperamos pela era em que "a terra estará repleta da sabedoria de YAOHU UL, como as águas cobrem o mar" (Yeshayáhu 11:9).* um pálido reflexo: Seguindo estas diretrizes, ao leitor simples, seria impossível compreender as Escrituras, indo de encontro com o dito per Yaohushua: ...E chegando-se a ele os discípulos, perguntaram-lhe: Por que lhes falas por parábolas? Respondeu-lhes Jesus: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado; pois ao que tem, dar-se-lhe-á, e terá em abundância; mas ao que não tem, até aquilo que tem lhe será tirado. Por isso lhes falo por parábolas; porque eles, vendo, não vêem; e ouvindo, não ouvem nem entendem. Mt 13:10-13. Não há mistérios aos simples, somente aos sábios (Rm 1:22; I Cor 1:27).Geralmente pessoas doam a Toráh em memória a um ente querido falecido. A partir do momento em que este rolo é doado, ele será aberto, lido e santificado por todos que irão usufruir dele. A leitura da Toráh é realizada segundas e quintas-feiras, no Shabat e nas festas judaicas, em Rosh Chôdesh (o primeiro dia do mês) e jejuns.

Fidelidade ao originalManter a fidelidade completa ao texto original de um documento tão antigo e grande como a Toráh é um desafio, mesmo em circunstâncias normais; quanto mais levando-se em conta as perseguições e exílios que o povo judeu experimentou durante toda a história Há dois mil anos, os judeus estão espalhados pelos quatro cantos do mundo. A destruição do Templo testemunhou a dissolução do Sanhedrin (sinédrio), o tribunal de autoridade máxima judaica que unia o povo judeu em caso de discordância.

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No entanto, a história comprova que mesmo após todas as atribulações, perseguições e migrações de comunidades judaicas no mundo inteiro, apenas os rolos de Toráh iemenitas contém alguma diferença do restante (precisamente nove letras). A razão deste fato ímpar é que por centenas de anos, a comunidade iemenita não tomou parte do sistema global de verificação. Mesmo assim, há diferenças apenas no soletrar, e nenhuma altera o sentido das palavras. Tal é a natureza das poucas diferenças entre os rolos da Toráh de hoje. O resultado através dos anos é admirável! Guardar cuidadosamente as palavras da Toráh tem sido uma prioridade judaica através dos séculos.

A transmissão da Toráh através das geraçõesYAOHU UL transmitiu diretamente a Moshê os cinco livros da Toráh e, posteriormente os livros dos Profetas, as Escrituras e a Lei Oral aos demais escritores...

NEVIIM - Profetas Os livros dos Profetas incluem: Yehoshua, Shofetim (juizes), Shemuel I e II, Melachim (Reis) I e II, Yirmiyáhu, Yechezkel, Yeshayáhu e Trê-Assar (os 12 livros dos profetas menores): Hoshea, Yoel, Amos, Ovadiá, Yoná, Michá, Nachum, Chabacuc, Tsefanyá, Chagai, Zecharya, Malachi. Ao todo, tivemos 48 Profetas e 7 Profetisas cujas profecias foram registradas devido à sua importância. Em adição a estes, houve profetas em Israel a cada geração, mas pelo fato de suas profecias terem sido restritas apenas ao seu tempo, elas não foram registradas.

KETUVIM - As Escrituras Sagradas Estas incluem os livros de Ruth, Tehilim (Salmos), Iyov (Job), Mishlê (Provérbios), Cohêlet (Eclesiastes), Shir Hashirim (Cântico dos Cânticos), Echá (Lamentações), Daniel, Ester, Ezra (que contém o livro de Nechemya) e Divrê Hayamim (Crônicas) I e II. Todos esses livros foram escritos por um ou outro de nossos profetas através de inspiração Divina.

A LEI ORAL - Messorá Somando-se aos preceitos, mandamentos e proibições escritos na Toráh, YAOHU UL ensinou a Moshê mais leis, que ele deveria memorizar e transmitir oralmente a seus sucessores, que por sua vez deveriam manter essa tradição de geração a geração (daqui origina-se a palavra "Messorá", que significa "transmitir"). A Messorá inclui tudo aquilo que Moshê aprendeu com YAOHU UL mas não escreveu, apenas transmitiu oralmente a seus sucessores. Essa tradição passou de geração a geração na seguinte ordem: Moshê a passou a Yehoshua (corrompido em Josué), Yehoshua (2488) aos anciãos e juízes, os anciãos (2516-2839) aos Profetas, os Profetas (2830-3350) aos Homens da Grande Assembléia (3370-3400) durante o exílio babilônico. Entre os últimos sábios da Grande Assembléia estava Shimon, O Justo (que foi também Sumo-Sacerdote no segundo Templo), o qual passou a tradição à Antigonos de Socho (3460). A Toráh Oral foi então transmitida seguindo esta ordem: Yosê ben Yoezer e Yosê ben Yochanan (3500) (*) - Yehoshua ben Perachya e Nitai o arbelita (3560) - Yehuda ben Tabai e Shimon ben Shetach (3621) - Shemaya e Avtalyon (3722) - Hilel e Shamai (3728) - Raban Shimon ben Hilel e Rabi Yochanan ben Zacai (3768) - Raban Gamliel ben Raban Shimon e os discípulos de Rabi Yochanan ben Zacai: Rabi Eliezer, Rabi Yehoshua ben Chananya, Rabi Yossê Hacohen, Rabi Shimon ben Netan'el e Rabi Elazar ben Arach (3800) - Raban Shimon ben Raban Gamliel e Rabi Akiva (3810) - Raban Gamliel (II) ben Raban Shimon e os discípulos de Rabi Akiva: Rabi Nechemya, Rabi Shimon bar Yochai, Rabi Elazar ben Rabi Shimon, Rabi Meir, Rabi Yehudá, Rabi Elazar ben Shamua (3828) - Raban Shimon (II) ben Raban Gamliel (3881) - Rabi Yehudá Hannassi ben Raban Shimon (3910), conhecido como Rabênu Hacadosh, "nosso santo Rabi" ou simplesmente "Rebi". * Ano judaico: Estamos, desde a fundação do mundo, no ano de 5767.

A MISHNÁ

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De Moshê até Rabênu Hacadosh, as leis orais foram assim aprendidas de cor e passadas de geração a geração oralmente. Rabi Yehudá, entretanto, percebeu que por causa das crescentes dificuldades e perseguições, os judeus poderiam, não ser capazes de reter na memória todas aquelas leis tradicionais, e decidiu registrá-las. Sendo um grande estudioso, e também um homem de recursos consideráveis, ele reuniu à sua volta os maiores eruditos do seu tempo e registrou todas as leis tradicionais e as interpretações da Toráh que eles haviam aprendido de seus mestres. Ele organizou todo este vasto conhecimento em seis seções: 1. Zeraim - "Sementes" - as leis ligadas à agricultura; 2. Moed - "Estação" - leis de Shabat e dos Festivais; 3. Nashim - "Mulheres" - as leis do casamento, etc; 4. Nezikin - "Danos" - as leis civis e criminais; 5. Codashim - "Coisas Sagradas" - as leis dos sacrifícios; 6. Taharot - "Purezas" - as leis sobre pureza. Cada seção foi subdividida em tratados, cada tratado em capítulos, e cada capítulo em Mishnayot.

A GUEMARÁ As Mishnayot foram escritas de maneira muito concisa, sem discussões ou argumentações. Os discípulos de Rabênu Hacadosh as discutiram mais tarde e examinaram estas Mishnayot detalhadamente. Os grandes eruditos que viveram após a redação e conclusão da Mishná, que estudaram, examinaram, discutiram e interpretaram as Mishnayot, foram chamados "amoraim" que significa "mestres" ou "intérpretes". Desta maneira as Mishnayot foram estudadas nas grandes yeshivot de Israel e da Babilônia e durante cerca de 400 anos, após a destruição do Segundo Templo. Finalmente, Rav Ashi (4127), um dos grandes eruditos de seu tempo, percebendo que os crescentes problemas e sofrimentos do povo judeu poderiam fazer com que muitas das leis e interpretações que haviam sido passadas de geração a geração fossem esquecidas, decidiu escrevê-las. Juntamente com Ravina e outros líderes das yeshivot na Babilônia, compilaram a Guemará - o Talmud Bavli - obra sagrada, estudada até hoje. Grandes estudiosos em Israel por sua vez, já haviam compilado o Talmud Yerushalmi, obra esta também sagrada e estudada em todos os tempos.

RABANAN SEVURAI (4260-4350) Por este nome, foram chamados os eruditos que viveram após a redação e término da Guemará. Eles não adicionaram nem subtraíram nada do Talmud; apenas se esforçaram por entender e interpretar a Guemará.

GUEONIM (4349-4798) Os grandes eruditos, sucessores dos Rabanan Sevurai, eram chamados Gueonim. Por muitos anos, lideraram as grandes academias da Babilônia. O último deles foi o Rav Hai Gaon.

RISHONIM E ACHARONIM Os "Primeiros" e os "Últimos" Codificadores (4773-5335) Após os Gueonim, viveram os grandos eruditos: Rabênu Chananel, Rabi Yitschac Alfasi, Rabênu Gershon Meor Hagolá ("Luz da Diáspora"), Rabi Yossef iben Migash, Rashi (Rabi Shelomô Yitschaki), Rambam (Maimônides) e outros. Rashi alcançou projeção eterna por seus comentários sobre a Toráh e o Talmud, sem os quais seriam praticamente incompreensíveis hoje em dia; Maimônides destacou-se pela obra Mishnê Toráh - a codificação de todas as leis da Toráh. Os netos de Rashi, juntamente com outros grandes sábios eruditos de seu tempo, compilaram as explicações profundas sobre o Talmud, chamadas de "Tosfot". Vários entre os grandes eruditos dos anos posteriores reuniram as decisões finais e acordos sobre as leis em disputa, codificadas pelos rishonim e as organizaram. O mais notável dentre eles foi o autor dos "Turim", Rabi Yaacov ben Asher. Mais tarde, Rabi Yossef Caro reexaminou e reformulou as decisões legais, organizando-as em sua famosa obra, o Shulchan Aruch. Em cada geração surgiram grandes eruditos, cujo conhecimento da Toráh servia como um imenso facho de luz sobre Israel. (*)

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* Luz: Isto explicaria do porque, em seus dias, os judeus não terem reconhecido o Messias na pessoa de Yaohushua (tornaram extremamente – como ainda são – legalistas).

O QUE É CABALÁ?Cabalá: aquilo que é recebido. Aquilo que não pode ser conhecido apenas através da ciência ou da busca intelectual. Um conhecimento interior que tem sido passado de sábio para aluno desde o despertar dos tempos. Uma disciplina que desperta a consciência sobre a essência das coisas.(*)* Conhecimento interior: Naquele tempo falou Yaohushua, dizendo: Graças te dou, ó ABI, UL (Criador Eterno) do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos. Mat 11:25Entramos neste mundo e nossos sentidos encontram sua crosta externa. Tocamos a terra com nossos pés, a água e o vento atingem nossa pele, recuamos perante o calor do fogo. Escutamos os sons e ritmos. Vemos formas e cores. Logo começamos a medir, a pesar e a descrever com precisão. Como cientistas, registramos o comportamento dos compostos químicos, das plantas, animais e seres humanos. Nós os gravamos em video-tape, observamos sob o microscópio, criamos modelos matemáticos, enchemos um supercomputador com dados a seu respeito. De nossas observações, aprendemos a domar nosso ambiente com invenções e engenhocas, e então nos damos um tapinha nas costas e dizemos: "Tudo isto fizemos."Mas nós mesmos, nossa consciência, que está examinando este mundo, residimos em uma camada mais profunda. Eis por que não podemos deixar de perguntar: "E sobre a coisa em si mesma? Aquilo que está lá antes que a medíssemos? O que é matéria, energia, tempo, espaço - e como vieram a ser?”Para explicar nosso mundo sem examinar esta profundeza interior é tão superficial quanto explicar o trabalho de um computador descrevendo as imagens vistas no monitor. Se virmos uma bola movendo-se para cima e para baixo na tela, diríamos que está ricocheteando contra o fundo da tela? Os dispositivos na sua barra de rolagem exercem alguma força sobre a página dentro da tela? A barra do menu tem realmente os menus ocultos atrás dela?O autor de um software de uso facilitado seguiu regras consistentes para que você possa trabalhar confortavelmente dentro dele. Se for um jogo de alguma complexidade, ele precisou determinar e seguir um grande conjunto de regras. Mas uma descrição destas regras não é uma explicação válida de como isso funciona. Para isso, precisamos ler seu código, examinar o equipamento, e, mais importante - examinar a descrição de seu conceito original. Precisamos vê-lo da maneira que o autor o vê, como evolui passo a passo de um conceito em sua mente através do código que ele escreve, até os pontinhos fosforescentes minúsculos na tela.O código por trás da realidade, o conceito que instila vida às equações e as torna reais. Homens e mulheres sacrificaram seu alimento, seu conforto, viajaram grandes distâncias e pagaram com sua própria vida para chegar a conhecer estas coisas. Não há uma só cultura neste mundo que não tenha seus ensinamentos para descrevê-las. Nos ensinamentos judaicos, elas são descritas na Cabalá.Segundo a tradição, as verdades da Cabalá foram conhecidas por Adam (Adão). Aquilo que sua mente apreendeu, nenhuma outra mente pode conceber. Mesmo assim ele foi capaz de transmitir um vislumbre de seu conhecimento a algumas das grandes almas que dele descenderam, como Hanoch e Metushelach. Foram eles os grandes mestres que ensinaram Nôach (Noé), que por sua vez ensinou seus próprios alunos, incluindo Avraham (Abraão). Avraham estudou na academia do filho de Nôach, Shem, e enviou seu filho Yitschac para lá estudar, depois dele. Yitschac por sua vez mandou seu filho Yaacov estudar com Shem e com o bisneto de Shem, Ever.Adam, Nôach, Avraham - estes foram pais de toda a humanidade. Eis por que você encontrará alusões às verdades que eles ensinaram seja onde for que tenha chegado a cultura humana.Mesmo assim, a fonte essencial para a Cabalá não é Adam ou Nôach ou mesmo Avraham. É o evento no Monte Sinai, onde a essência primordial do cosmos foi desnudada para que uma nação inteira a contemplasse. Foi uma experiência que deixou uma marca indelével sobre a psique judaica, moldando por completo nossas idéias e nosso comportamento desde então.No Sinai, a sabedoria interior tornou-se não mais uma questão de intuição ou revelação particular. Era então um fato que havia penetrado em nosso mundo e se tornado parte da história e da experiência dos mortais comuns.Eis por que a Cabalá não pode ser chamada de filosofia. Uma filosofia é o produto de mentes humanas, algo com que qualquer outra mente humana pode jogar, espremê-la ou esticá-la

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segundo os ditames de seu próprio intelecto e intuição. Mas Cabalá significa: "que é recebida." Recebida não apenas de um professor, mas do Sinai. Assim que o aluno tenha dominado o caminho deste conhecimento recebido, ele ou ela pode encontrar maneiras de expandi-lo ainda mais, como uma árvore se ramifica a partir de seu tronco. Mas será sempre um crescimento orgânico, jamais tocando a vida e a forma essenciais daquele conhecimento. Os ramos, galhos e folhas irão apenas onde deveriam para aquela árvore em particular - um bordo jamais se tornará um carvalho, e jamais um aluno revelará um segredo que não estivesse oculto nas palavras de seu mestre.

A Veracidade da ToráhComo se sabe que a revelação no Monte Sinai por si só é prova da veracidade da profecia de Moshê?Moshê Maimônides (1135-1204) é reconhecido como o mais famoso dos comentaristas judeus. Escritor aclamado, filósofo, médico de renome e mestre talmúdico - este é seu legado. Como diz a antiga máxima judaica: "De Moshê (Moisés, o líder do povo judeu) a Moshê (Maimônides) nunca houve ninguém tão grandioso como Moshê!"Acima de tudo, Maimônides foi um escritor prolífico sobre os mais importantes tópicos do judaísmo. Sua obra magna, Mishnê Toráh, (Revisão da Toráh) é considerada até os dias de hoje como a mais conceituada e completa codificação da lei judaica.A seguir, no oitavo capítulo de sua obra Mishnê Toráh, Maimônides explica um dos mais importantes alicerces da crença judaica: a prova de que a Toráh e a profecia de Moshê são verídicas.Os judeus não acreditaram em Moshê somente pelos milagres que realizou. Sempre que a crença da pessoa é baseada em milagres, ela terá dúvidas, pois sabe que também é possível realizar milagres através de magia ou bruxarias.Todos os milagres realizados por Moshê no deserto não foram feitos para servir de prova da legitimidade de sua profecia, ao contrário, foram realizados com um claro objetivo. Por exemplo, era necessário afogar os egípcios, então Moshê dividiu o mar e os afundou nele; precisávamos de alimento, ele nos forneceu maná; estávamos sedentos, então ele partiu a pedra e nos concedeu água; o grupo de Kôrach se amotinou contra ele, então a terra os engoliu. (*)* ...milagres que (Moshê) realizou: Temos aqui mais uma prova do porque os judeus ortodoxos não reconheceram o Messias na pessoa de Yaohushua... Segundo Paulo, tudo que foi realizado no Êxodo, foi através de Yaohushua (I Co 10:1-4).A origem de nossa crença em Moshê foi a revelação no Monte Sinai, que presenciamos com nossos próprios olhos, e ouvimos com nossos ouvidos, sem depender de outras testemunhas. Havia fogo, trovões e raios. Ele penetrou nas densas nuvens; a Voz Divina falou com Moshê e nós ouvimos: "Moshê, Moshê, vá e diga-lhes o seguinte..."Desta maneira, a Toráh diz: "Face a face, YAOHU UL (*) falou com você." A Toráh também declara: "YAOHU UL não fez este acordo com nossos patriarcas, mas conosco - que estamos todos vivos hoje."* Face a face (YAOHU UL): Porque a lei foi dada por meio de Moisés; a graça e a verdade vieram por Yaohushua. Ninguém jamais viu a YAOHU. O UL unigênito, que está no seio do Pai (ABU), esse o deu a conhecer. João 1:17-18.Como se sabe que a revelação no Monte Sinai por si só é prova da veracidade da profecia de Moshê? A Toráh relata: "Contemple. Virei a vocês numa nuvem densa, de forma que o povo Me escute ao falar com você, então eles acreditarão para sempre em você." Isso dá a impressão que antes deste fato, eles não acreditavam nele com uma fé duradoura, mas com uma fé que dava margem a dúvidas.Desta maneira, Moshê e o povo foram testemunhas que observaram juntas o mesmo evento; sua designação como profeta na revelação no Monte Sinai, sem a necessidade de realizar milagres adicionais.Moshê sabia que aquele que crê em outra pessoa por causa de milagres sente apreensão, dúvidas e suspeitas. Por este motivo, ele buscou ser liberado da missão, dizendo a YAOHU UL: "Eles não acreditarão em mim." Até que YAOHU UL o informasse que esses milagres serviam apenas como medida temporária até que deixassem o Egito. Quando eles partissem, ficariam aos pés da montanha e todas as dúvidas que tivessem sobre ele seriam removidas. YAOHU UL lhe disse: "Aqui,

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dar-lhe-ei um sinal e eles saberão que Eu verdadeiramente o enviei desde o início, e dessa maneira, nenhuma dúvida permanecerá em seus corações."Por isso, se um profeta tentar contestar a profecia de Moshê, mesmo realizando grandes milagres, não devemos dar-lhe ouvidos. Chega-se a esta conclusão porque a profecia de Moshê não depende de milagres, pois vimos e ouvimos com nossos próprios olhos e ouvidos.Não acreditamos em qualquer profeta que vier depois de Moshê pelos milagres que ele realizar. Cremos nele pela mitsvá que Moshê nos ordenou: "Se ele fizer um milagre, escute-o."Da mesma forma que somos ordenados a dispensar um julgamento legal, baseado em declarações de duas testemunhas (mesmo se não soubermos se eles estão dizendo a verdade ou não), é uma mitsvá dar ouvidos a este profeta, mesmo sem saber se o milagre é verdadeiro ou realizado através de mágica ou bruxaria.Isso pode ser comparado a testemunhas que negaram um fato que foi presenciado por uma terceira pessoa. Ela terá certeza que são falsas testemunhas, já que viu com seus próprios olhos.Por isso, a Toráh declara: "Mesmo se vier este sinal de milagre, você não deve ouvir as palavras do profeta." Ele faz milagres que negam o que você testemunhou. Como pode um milagre fazer-nos aceitar esta pessoa que vem para negar a profecia de Moshê que vimos e ouvimos (*)!* vimos e ouvimos: ...e não aceitaram o Messias!!! Neste tópico, fica evidente que os judeus não O reconheceram por estarem cegos (Romanos 11). Onde se leu YAOHU UL, dever-se-ia ler Yaohushua!

Os Códigos da ToráhAs mensagens descobertas através da repetição de letras em intervalos revelam a grandeza da Toráh; uma mera coincidência? Muitos dizem que só acreditariam em YAOHU UL e na Toráh se pudessem testemunhar algum sinal. As descobertas dos códigos legítimos servem como evidência de um ponto muito significativo: a Toráh não poderia ser de autoria humana.Procurem, em seu livro de orações, a página do kidush, recitado sobre uma taça de vinho nas noites de sexta-feira, o Shabat. O primeiro parágrafo desta bênção - que se inicia com as palavras "Yom Hashishi"- é retirado do primeiro livro da Toráh, e fala do sétimo dia da Criação. Apontem sobre a última letra da palavra "Hashishi". Trata-se da letra hebraica "yud". E agora, ignorando os espaços entre as palavras dessa prece, contem seis letras. A sétima letra é um "shin". Contem outras seis letras e verão que a sétima letra é um "resh". Sete outras letras e encontrarão um "alef". Contem novamente e a sétima letra cairá num "lamed".O que encontramos? As letras "yud, shin, resh, alef e lamed" - que compõem a palavra "Israel" são encontradas em intervalos de sete letras no primeiro parágrafo da bênção do kidush das sextas-feiras à noite.Sabemos quão significativo é o número sete para o judaísmo. O Shabat é o sétimo dia da semana, e guardá-lo é uma mitsvá ordenada ao povo de Israel (*) em homenagem ao sétimo dia da Criação. Será que desvendamos um código - a palavra "Israel" codificada em intervalos de sete letras - precisamente na passagem da Toráh referente ao sétimo dia da Criação? Ou seria apenas mera coincidência? * Israel: ...e ao estrangeiro – gentios – Êxo 20:10Padrões semelhantes de palavras foram encontrados há mais de meio século por um rabino de origem tcheca, Michael Weismandel. Mas somente com o advento dos modernos computadores foi possível estatisticamente verificar se tais padrões de palavras são involuntários e simples coincidência, ou se foram deliberadamente criptografados na Toráh. Após a morte do Rabbi Weismandel, seus discípulos e os rabinos Shmuel Yavin e Avram Oren continuaram o seu trabalho de pesquisa de palavras e padrões codificados na Toráh.Mas o grande avanço ocorreu no início da década de 80, quando um rabino de Jerusalém mostrou ao Dr. Eliyahu Rips, renomado professor de Matemática na Universidade Hebraica de Jerusalém, o trabalho do rabino Weismandel. Com a ajuda de avançadas ferramentas de estatística e computadores modernos, o Dr. Rips iniciou sua pesquisa buscando na Toráh padrões de palavras e, a seguir, verificando matematicamente se estes haviam sido propositalmente codificados dentro da mesma. Mais tarde, o Dr. Rips teve a colaboração, neste estudo, do Dr. Moshe Katz, do Instituto Technion, de Haifa, e do físico Doron Witztum, de Jerusalém.

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Segue-se um exemplo do que foi desvendado pelo Dr. Rips:No segundo capítulo do Livro Bereshit, encontramos o seguinte: "Do solo fez o Senhor YAOHU UL brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista e boas para alimento; e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal".Os nomes das árvores não são mencionados explicitamente nesse capitulo da Toráh. O Dr. Eliyahu Rips sugeriu que talvez estivessem codificados no mesmo, em intervalos regulares de letras. A seguir, tomou os nomes de 25 árvores mencionadas na Toráh (segundo referência no trabalho "A fauna e a flora na Toráh", de Yehuda Feliks), programando o seu computador para decifrar se os mesmos haviam sido codificados. E o que encontrou o computador? Os nomes das 25 árvores haviam realmente sido codificados nesse capítulo da Toráh!Em artigo intitulado "Códigos na Toráh: leitura em intervalos iguais", Daniel Michelson, professor de Matemática na Universidade da Califórnia e na Universidade Hebraica, estimou a probabilidade de o fenômeno ser mera coincidência. Seus resultados indicam que a probabilidade dessas 25 árvores terem sido acidentalmente codificadas nesse capítulo da Toráh é de 1 em 100 mil. Isto significa que se tomarmos 100 mil textos hebraicos de tal comprimento, deveríamos esperar encontrar os nomes das 25 árvores codificados em apenas um dos mesmos. Seria meramente sorte o fato de que este fenômeno das árvores foi precisamente encontrado na passagem da Toráh que narra a criação das árvores por YAOHU UL?Outro exemplo interessante pode ser visto no 38¼ capítulo de Bereshit. O texto relata a história de Yehuda e Tamar, que deu à luz a Peretz e Zêrach. Sabemos, através do Livro de Ruth, que Boaz descendia de Peretz e que esposara Ruth. Este casal teve um filho a quem deram o nome de Oved e este, por sua vez, teve um filho, Yishai, o pai do rei David. Os matemáticos examinaram se as informações sobre a linhagem do rei David estão codificadas nesse capítulo da Toráh que fala de seus ancestrais. E o que foi que encontraram? Os nomes Boaz, Ruth, Oved, Yishai e David soletrados de trás para frente em um intervalo de 49 letras. Como se isto ainda não bastasse, encontraram tais nomes em ordem cronológica! O professor Michelson analisou se seriam meras coincidências. Seus resultados estatísticos: as chances de todos os cinco nomes - Boaz, Ruth, Oved, Yishai e David - aparecerem por acaso nesse capítulo da Toráh são de 1 em 6.500. As probabilidades dos nomes aparecerem em ordem cronológica por simples coincidência são de 1 em 200 mil!Surge, naturalmente, uma pergunta interessante. Por que a ancestralidade do rei David teria sido codificada em intervalos de 49 letras? Sabemos que Shavuot - o dia em que YAOHU UL deu ao povo de Israel os Dez Mandamentos - ocorreu 49 dias após o Êxodo. Shavuot foi a data de nascimento e morte do rei David. E também é a festividade em que estudamos o Livro de Ruth.Outros códigos foram encontrados na Toráh, e as experiências estatísticas indicam que a possibilidade de serem os mesmos, por pura coincidência, é infinitamente reduzida. Os pesquisadores concluíram que tais códigos foram deliberadamente inseridos na Toráh. Relatam também que a maioria dos códigos são tão incrivelmente complexos que os modernos computadores levam horas para descriptografar um único padrão de palavra. Ainda assim, muitos fazem uma pergunta que parece legítima: será possível que os antigos hebreus escreveram a Toráh plantando tais códigos na mesma? A resposta: será que esses "antigos hebreus" poderiam também ter previsto o futuro ou engendrado tão complexo código?

Famosos experimentos: Em 1986 o Dr. Eliyahu Rips, Doron Witztum e Yoav Rosenberg realizaram uma extensa experiência – desvendar se os nomes de 64 rabinos famosos, estavam codificados em intervalos de letras iguais no primeiro livro da Toráh. Descobriram o seguinte: os nomes dos 64 grandes rabinos estavam de fato codificados em Bereshit e as datas de nascimento e morte dos mesmos estavam codificadas bem próximas a cada um de seus respectivos nomes. A probabilidade de que tais códigos sejam feliz coincidência é de 1 em 62.500. Este resultado estatístico é altamente significativo e indica que todas estas informações haviam sido deliberadamente codificadas na Toráh milhares de anos antes de tais rabinos terem nascido.A experiência dos Rabinos Famosos e seus resultados foram levados ao mundialmente renomado Instituto de Estatísticas Matemáticas, em Harward. De modo a avaliar sua validade, foram rigorosamente revistos e analisados durante seis anos. Tal estudo foi posteriormente publicado em uma conceituada revista de matemática, "Statistical Science", em agosto de 1994.Os resultados desta experiência, no entanto, não estão isentos de críticas. Muitas pessoas argumentam que o fenômeno dos códigos é peculiar à língua hebraica. Para contra-argumentar, Eliyahu Rips, Doron Witztum e Yoav Rosenberg tentaram duplicar a experiência em outros textos hebraicos. Não encontraram tais códigos em nenhuma outra publicação em hebraico. Nos últimos

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três anos vários outros matemáticos tentaram encontrar a "falha fatal" nesta experiência. Nenhum teve sucesso.Para corroborar a veracidade dos códigos dos Rabinos Famosos, o Dr. Harold Gans, matemático criptólogo sênior da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos, realizou experimento similar. O Dr. Gans tem praticamente três décadas de experiência em desvendar códigos para o governo dos Estados Unidos, que mantém os métodos e especialistas mais avançados no mundo em descriptografia de documentos codificados.A princípio, o Dr. Gans estava muito cético quanto à existência de códigos legítimos da Toráh. No entanto, quando realizou a experiência, além de validar seus resultados, fez uma descoberta adicional: além dos nomes e datas em que nasceram e morreram cada um dos rabinos haviam sido codificadas também suas respectivas cidades. Que conclusão, então, tiraram Eliyahu Rips, Doron Witztum, Yoav Rosenberg e Harold Gans da experiência com os Rabinos Famosos? Apenas uma: que as informações haviam sido deliberadamente colocadas na Toráh. E no entanto, a Toráh existe em sua presente forma há milhares de anos. Como o seu autor poderia ter tido conhecimento sobre a existência futura, bem como detalhes da vida de homens que só iriam nascer séculos mais tarde? A única conclusão lógica é a de que o autor não pode ter sido um ser humano - pois quem colocou todos os dados lá, não estava limitado pelo tempo nem pelo espaço. Mais uma constatação incrível de que a Toráh é de autoria Divina.

Os exageros nos códigos da Toráh Ao se decifrar quaisquer códigos, o maior desafio é avaliar-se se os padrões de palavras codificados ocorrem acidental ou deliberadamente. Obviamente, podem-se encontrar interessantes padrões de palavras em praticamente qualquer texto examinado - em um romance, no jornal diário ou mesmo neste artigo. Felizmente, o campo de estatística permite aos matemáticos asseverar - com razoável certeza - se os padrões de palavras ocorrem por coincidência ou se foram deliberadamente codificados dentro de um determinado texto.Mas, à medida que se tornou mais conhecida a experiência dos Rabinos Famosos, inúmeras pessoas publicaram livros que ameaçam inteiramente a credibilidade da pesquisa sobre os códigos da Toráh. Tais livros não empregam metodologia científica alguma, nem fazem distinção entre códigos estatisticamente significativos e códigos que aparecem acidentalmente. O exemplo mais notável é o livro "O Código da Bíblia", de autoria de Michael Drosnin. Apesar de ser bestseller em nove países, as informações e alegações apresentadas no livro são altamente falaciosas. A obra apresenta códigos que não têm significado estatístico e ainda vai mais longe, alegando que os mesmos podem ser utilizados para se prever o futuro.Eliyahu Rips, Doron Witztum e Harold Gans denunciaram a veracidade das informações apresentadas no livro de Michael Drosnin. Afirmaram que seu trabalho tem falhas de lógica e que não utiliza nenhum dos métodos estatísticos necessários para validar a colocação intencional dos códigos. Os pesquisadores também demonstraram, através do uso da matemática e da lógica, ser impossível usar os códigos da Toráh para se prever o futuro. Dão o seguinte exemplo básico para ilustrá-lo:No "Código da Bíblia", Michael Drosnin afirma ter decifrado um código na Toráh que previu o assassinato do ex-Primeiro Ministro Yitschac Rabin, z"l. Alega ter encontrado "Yitschac Rabin" codificado em estreita proximidade a "o assassinado irá assassinar".Imaginemos que tivéssemos encontrado esse código antes do assassinato do primeiro-ministro. Poderíamos interpretá-lo de várias formas. Estaria este código dizendo que Rabin seria assassinado ou que ele iria assassinar alguém? Ou talvez seria acusado de ser um assassino? Ou ainda que talvez alguém iria tentar assassiná-lo, mas sem conseguí-lo? A metodologia usada por Drosnin para prever o assassinato de Rabin revelou também um código que indicava que o ex-Primeiro Ministro inglês Winston Churchill seria assassinado. Todos sabemos que tal "previsão" não se concretizou.O exagero dos códigos da Toráh não se limita a escritores judeus. Em suas campanhas para converter os judeus, vários grupos missionários cristãos têm alegado que há códigos na Bíblia judaica que provam que Yaohushua é o Messias. Vários matemáticos examinaram o trabalho desses missionários, tendo concluído que os mesmos não apresentam uma única afirmação ou cálculo que seja estatisticamente válido ou verdadeiro. Experimentos matemáticos demonstram que tais "códigos de Jesus" (*) são acidentais e poderiam ser encontrados em qualquer texto hebraico - no jornal diário ou mesmo na tradução ao hebraico de um romance. Convém também mencionar que os métodos estatísticos inválidos utilizados pelos missionários cristãos apresentam outros candidatos para a figura do Messias: Buda, Maomé, Krishna, Lênin e mesmo David Koresh - o

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auto-declarado Salvador, responsável pelo incidente que causou a morte de mais de 100 homens, mulheres e crianças em Waco, no Texas.* ...códigos de Jesus: Sabemos que judeus ortodoxos JAMAIS aceitaram Yaohushua como o unigênito de YAOHUH e mesmos que na TORÁH estivesse escrito em LETRAS GARRAFAIS “Yaohushua é o Messias”, eles não O aceitariam... Recusam a ver mesmo os Salmos messiânicos e os Escritos e Profetas que apontam para Yaohushua! Rm 11:8, 25.É preciso atenção para se perceber que muitos dos "códigos" popularmente apresentados em palestras e livros são, na melhor das hipóteses, questionáveis, e na pior, sensacionalistas e enganosos. O perigo na disseminação de códigos falsos é que estes comprometem a seriedade dos códigos legítimos encontrados na Toráh. Existe ainda a possibilidade muito infeliz de que uma vez que as pessoas tomem conhecimento de que tais livros contêm em sua maioria alegações falsas, passem a desacreditar de vez no fenômeno dos verdadeiros códigos da Toráh.

O significado dos códigos da Toráh Cientistas e matemáticos especializados continuam a pesquisar em busca de códigos legítimos na Toráh. O Dr. Doron Witztum encontrou códigos na Toráh sobre a festividade de Chanucá, sobre o ex-presidente Sadat, sobre a Guerra do Golfo e sobre o diabetes (*). Sua metodologia, nesses experimentos, foi aceita pela publicação "Statistical Science". No entanto, essas novas descobertas não foram publicadas porque os matemáticos que examinam os resultados encontraram problemas ao tentar calcular seu significado estatístico. Até que a legitimidade de tais códigos seja confirmada, os resultados desses experimentos não poderão ser divulgados.* ...encontrou códigos: Quando um ortodoxo encontra, vale!?! Na realidade o código sempre aponta para palavras e datas e quando estas se referem a fatos passados, fica fácil visualizar o seu cumprimento; no entanto, quando estes fatos apontam para o futuro – como a recente interpretação sobre o 3 de agosto de 2006 (9 de AV) que aparentemente não se cumpriu (apesar de Israel ter-se metido em uma guerra nada convencional) – fica difícil a sua interpretação pOis os códigos, geralmente trazem palavras desconexas! Mais cedo ou mais tarde, muitos falsos códigos serão desmascarados. Mas isto não deverá fazer com que se negue a existência de códigos legítimos na Toráh. Os códigos apresentados neste artigo e os resultados do experimento dos Rabinos Famosos são estatisticamente válidos. Não podem ser atribuídos a meras coincidências e, portanto, não podem ser encontrados em nenhum outro texto hebraico. Ademais, não são utilizados de maneira subjetiva com propósitos questionáveis. Apresentam fatos objetivos, nomes ou fatos e eventos históricos.

Qual o significado dos Códigos da Toráh Surge uma questão final: qual o propósito dos códigos da Toráh?Estes somente contêm informações sobre o passado já conhecidas por nós. Se não revelam segredos nem servem para se prever o futuro. Qual, então, seu significado?Vivemos em uma geração de grande ceticismo. Muitos dizem que só acreditariam em YAOHU UL e na Toráh se pudessem testemunhar algum sinal. As descobertas dos códigos legítimos servem como evidência de um ponto muito significativo: a Toráh não poderia ser de autoria humana. Pois mesmo se os antigos hebreus fossem mestres criptógrafos, não poderiam ter conhecimento sobre a existência futura e os detalhes da vida de homens que só nasceriam milhares de anos após ter sido escrita a Toráh (*). Além do mais, os códigos da Toráh mostraram depender da existência precisa da localização de cada letra do alfabeto hebraico.* ...após ter sido escrita: Apesar destes fatos desvendados estarem no passado, de certa maneira estavam a PREVER o futuro pois ...Certamente o Eterno YAOHU UL não fará coisa alguma, sem ter revelado o Seu segredo aos Seus servos, os profetas. Amós 3:7.Um código legítimo não pode ser encontrado se as letras da Toráh estiverem faltando ou colocadas em lugar errado. Mudando-se as palavras da Toráh, mesmo se o conteúdo permanecer inalterado, os códigos desaparecerão. Isto confirma a origem Divina e a localização de cada uma das letras da Toráh. E, portanto, o único significado verdadeiro desses códigos é que a ciência e a matemática estão a indicar que a Toráh - e até mesmo a colocação de cada uma de suas letras - são as palavras de YAOHU UL.

Este estudo sem Edição: http://www.chabad.org.br/tora/index.html

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(*) – Notas de ‘o Caminho’.

CIC – Congregação Israelita ‘o Caminho’http://ocaminho.tripod.com

By Ministério Estudando a Bíblia

http://estudandoabiblia.tripod.com

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