a corrupção é um dos maiores desafios que o mundo...

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A corrupção é um dos maiores desafios que o mundo contemporâneo enfrenta. Ela prejudica o governo honesto, distorce as políticas públicas, leva à má alocação de recursos e prejudica o desenvolvimento do setor privado. Mas, acima de tudo, a corrupção fere aqueles que menos têm condições de lutar contra ela. Só é possível deter a corrupção com a cooperação de todos os que apostam na integridade e na transparência de suas instituições. Ao juntar suas forças, as instituições internacionais, o Estado, os cidadãos conscientes e o setor privado podem derrotar a corrupção. A eliminação da corrupção melhora a vida de homens e mulheres em todo o mundo. A Transparência Internacional reconhece que a responsabilidade pela corrupção é comum a todos e sua ênfase está nos sistemas de reforma, e não na denúncia de cidadãos. A TI é a única instituição internacional dedicada à luta contra a corrupção. Tornou-se a maior força na luta pela transparência e por governos honestos, com uma rede de capítulos nacionais que implantam sua missão em quase noventa países.

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A corrupção é um dos maiores desafios que omundo contemporâneo enfrenta. Ela prejudicao governo honesto, distorce as políticaspúblicas, leva à má alocação de recursos eprejudica o desenvolvimento do setor privado. Mas, acima de tudo, a corrupção fereaqueles que menos têm condições de lutarcontra ela. Só é possível deter a corrupção com a cooperação de todos os que apostam na integridade e na transparência de suasinstituições. Ao juntar suas forças, asinstituições internacionais, o Estado, oscidadãos conscientes e o setor privado podem derrotar a corrupção. A eliminação da corrupção melhora a vida de homens emulheres em todo o mundo. A Transparência Internacional reconhece que a responsabilidade pela corrupção écomum a todos e sua ênfase está nos sistemasde reforma, e não na denúncia de cidadãos. A TI é a única instituição internacionaldedicada à luta contra a corrupção. Tornou-sea maior força na luta pela transparência e por governos honestos, com uma rede decapítulos nacionais que implantam sua missãoem quase noventa países.

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RELATÓRIO ANUAL 2002

ATransparência Internacionalcomemora seu décimoaniversário, muitas coisasmudaram, mas umapermanece: a promoção da

transparência e da responsabilidade social nogoverno, no setor civil e na sociedade continuaa ser a melhor abordagem para combater osuborno e a corrupção.

A conscientização pública da necessidadede transparência está mais presente do quenunca, e precisamos manter esse tema nasagendas nacionais e internacionais. No ano passado vimos a publicação de nosso primeiroRelatório Global da Corrupção (RGC),adicionando um amplo relatório de âmbitomundial às publicações da TI. O segundo RGC,publicado em janeiro de 2003, concentra-se noAcesso à Informação, tema que é o centro denossa missão. Em todo o mundo, os capítulosnacionais da TI estão trabalhando nessa área: da criação de projetos de lei ao lobby para sua aprovação; da pressão sobre os políticos e autoridades para publicar suas contas ao monitoramento de eleições e concorrênciaspúblicas.

A TI sempre acreditou que o primeiropasso eficaz e sério contra a corrupção é ter um entendimento das causas implícitas, dos incentivos e das brechas que levam às práticasde corrupção. A TI desenvolveu um sistema quepermite que os governos e a sociedade civilanalisem os pontos fortes e fracos de seuspróprios Sistemas Nacionais de Integridade. O TI Source Book [Livro de Referência da TI], que explica detalhadamente nosso conceito deSistema Nacional de Integridade, foi traduzido emvários idiomas; existe até uma versão brasileira

(ver em www.transparencia.org.br/source) e uma versão francesa adaptada pela TI e seus capítulos nacionais para os países africanos delíngua francesa. Reconhecendo o papel especialda sociedade civil em tornar os governos e asempresas mais responsáveis, a TI também desenvolveu o novo Corruption Fighters’ Tool Kit[Kit de Ferramentas Anticorrupção]; a obra fala das experiências da sociedade civil na lutacontra a corrupção e da avaliação do impactodesse trabalho.

Os escândalos que envolveram algumasempresas no ano passado puseram em evidênciaa fraqueza das estruturas de controle sobre osetor privado. Para isso, a TI, em parceria com a Social Accountability International e em colaboração com empresas, sindicatos, organizações acadêmicas e não-governamentais,foi parceira no desenvolvimento dos PrincípiosEmpresariais contra o Suborno. Os Princípios,lançados no final de 2002, visam encorajarmudanças no comportamento empresarial. Eles deverão fornecer uma ferramenta para as empresas que estão engajadas na luta contrao suborno.

A TI continuou a trabalhar com o grupoWolfsberg de bancos internacionais para criarregras sobre “como conhecer seu cliente”; aidéia é dar atenção especial à lavagem dedinheiro vindo da corrupção. Ao mesmo tempo,os capítulos da TI na África vêm liderando acampanha para recuperar os bens roubados porantigos ditadores. Em 2002, a TI também se juntou à coalizão de mais de sessenta ONGs nacampanha Publique o que Você Paga, um apeloaos governos para que estabeleçam regras paraexigir que as indústrias de extração divulguemseus gastos. As populações de países em desenvolvimento estão exigindo cada vez mais

que seus governos prestem contas sobre asfontes de suas receitas.

A TI, desde o começo, tem lutado para acriação de coalizões entre a sociedade civil, governos e o setor privado: elas são essenciaispara a reforma. Uma notícia ruim ligada aosetor privado surgiu com o Índice de PaísesCorruptores de 2002: apenas um em cada cincodiretores de empresas internacionais localizadas em mercados emergentes está consciente da Convenção Anticorrupção daOrganização para a Coopereação e oDesenvolvimento Econômico (OCDE), três anos após ter ela ter entrado em vigor. Segundo a Convenção, o suborno de autoridades estrangeiras é crime. Poucos casosforam a julgamento por infração à Convenção. Se os pagadores de suborno não forem processados e condenados, as empresas não evitarão que isso continue acontecendo empaíses estrangeiros. A boa notícia é que o lançamento do Índice fez com que a OCDE acelerasse a implantação da Convenção. Olançamento também propiciou uma promessaimediata do ministro da Justiça de Taiwan parapôr em vigor uma lei que considera crime opagamento de subornos no exterior.

Em dez anos, a TI caminhou muito, mas aluta contra a corrupção é contínua. Nós acolhemos todos aqueles que quiserem nosapoiar em nossos capítulos nacionais para assegurar que a transparência e a responsabilidade civil estejam sempre em pauta.

Peter EigenPresidente do Conselho

NossaMissão

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TI ANNUAL REPORT 2002

Desde 1983, a Conferência InternacionalAnticorrupção (IACC), realizada a cada doisanos, reúne profissionais para troca deinformações e idéias sobre a luta contra acorrupção, avaliação das estratégias

existentes e desenvolvimento de novas abordagens. A décima IACC bianual foi aberta em Praga em 7 deoutubro de 2001 pelo presidente tcheco Václav Havel. Mais de mil participantes compareceram à conferência,que durou quatro dias, na capital tcheca. Entre osprincipais oradores estavam personalidades como Baltasar Garzón, o magistrado espanhol que tentouextraditar o ex-presidente do Chile Augusto Pinochet, ofilantropo Georges Soros e o presidente do México, Vicente Fox. Representantes de alto escalão do setorprivado e de ONGs também estavam presentes, bem comoimportantes ativistas da luta contra a corrupção. Elesparticiparam de mais de setenta workshops que trataramde temas como lavagem de dinheiro, corrupção na ajudafinanceira aos projetos de desenvolvimento, fundação departidos políticos e como conduzir negócios em zonas deconflito. Essa série de conferências contra a corrupçãocontinuou na Coréia do Sul, de 25 a 28 de maio de 2003.O anfitrião foi o governo coreano, que contou com a ajuda da Transparência Internacional; a TI continuasendo o representante do Conselho da IACC. Pela primeiravez, essa conferência esteve ligada ao Terceiro FórumGlobal da Conferência sobre a Luta contra a Corrupção e aSalvaguarda da Integridade, que aconteceu no mesmolocal, de 29 a 31 de maio de 2003. Maiores informaçõessobre a 11ª IACC estão disponíveis em www.11iacc.org.

2

RELATÓRIO ANUAL 2002

As inúmeras reportagens do ano passado sobre os últimos escândalos de corrupção

nos fazem acreditar que a velha prática do pagamento de suborno está aumentando.

O lado positivo é que a conscientização dessa praga universal e dos seus efeitos terríveis

sobre o desenvolvimento também está aumentando. Quanto maior a atenção nos

temas do suborno e da corrupção, maior é a chance de as pessoas se engajarem num

diálogo concreto sobre como impedir seu crescimento. Em muitas partes do mundo,

esse diálogo já começou e os capítulos nacionais da TI estão tendo um papel decisivo

na criação de respostas eficazes.

Václav Havel, presidente daRepública Tcheca

Eva Joly, ex-juíza-chefe deinvestigações, da França

Vicente Fox, presidente do México

Baltasar Garzón, juiz da Suprema Corte da Espanha

Exposição de Arte contra a Corrupção, no centro de Praga

MaiorConscientiz

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“O Relatório Global da Corrupção

da TI é a primeira tentativa de uma

organização de mapear a luta

global contra a corrupção... um

guia de viagem para a selva de

padrões e práticas em diversas

regiões do mundo...”

The Guardian (Grã-Bretanha), outubro de 2001

Em 2001, o segundo Prêmiode Integridade da TI foidado à então juíza Eva Joly,da França, e também aoMinistério Público e aos

cidadãos de Londrina, no Brasil. Osprêmios foram entregues numacerimônia no Castelo de Praga durante aabertura da 10ª ConferênciaInternacional Anticorrupção. Eva Joly,que já retornou ao seu país, a Noruega,recebeu o Prêmio TI pelo papel deliderança que desempenhou nasinvestigações sobre corrupção quelevaram a julgamento ex-políticos eempresários de alto escalão na França.

Os promotores brasilerios Bruno Galatti,Cláudio Esteves e Solange Vicentinchefiaram uma investigação realizadapelo Ministério Público que culminou noimpeachment do prefeito de Londrina,cidade de 450 mil habitantes no estadodo Paraná, Brasil. Seus esforços atraíramo apoio de um grande número de gruposda sociedade civil que, através de grandepressão, conseguiram que o prefeitoperdesse o cargo. O terceiro Prêmio deIntegridade da TI foi distribuído nareunião geral anual da TI em Marrocos,em outubro de 2002. Entre os agraciadosde 2002 esteve o empresário LuizRoberto Mesquita, de Guarulhos (SP).

M ais de 1500 panamenhosderam-se as mãos numa

Corrente Humana Contra aCorrupção, em março de 2002,numa iniciativa promovida peloMovimento dos Cidadãoscontra a Corrupção. Organizadopela TI do Panamá e por outrasONGs, o evento atraiu umgrande número de participantes,incluindo representantes desindicatos, do setor privado, deacadêmicos e de comunidades debase. O objetivo da corrente foiprotestar contra os escândalosrecentes de corrupção nogoverno e também apoiar umainvestigação governamental quesuspendeu a imunidade de 71

membros do Congresso. NoBrasil, a Transparência Brasilapoiou e participou de umamarcha de protesto contra acorrupção no Piauí, um dosestados mais pobres do país. O objetivo foi pressionar osprefeitos a usarem os requisitosconstitucionais de transparênciapara as contas municipais. Amarcha começou no municípiode Picos e terminou 306kmdepois, na capital, Teresina. Ao longo da jornada, ONGslocais fizeram apresentações eseminários sobre cidadania esobre a importância dosmecanismos de controle cívicos. A Ghana Integrity Initiative

[Iniciativa de Integridade emGana], capítulo em formação da TI em Gana, organizou umacaminhada pela integridadechamada “Declare-se pelaIntegridade! Caminhe com suaConsciência”, em dezembro de2001. Mais de mil cidadãostomaram parte do evento, e oslíderes nacionais declararam seucompromisso com a integridadeem uma demonstração públicacontra a corrupção. Entre oslíderes da caminhada estavam o ministro da Informação e deAssuntos Presidenciais, o líderda maioria no Parlamento e opresidente da Associação dosJornalistas de Gana.

Os capítulos da TI em ação

Panamá, Brasil, Gana

No Níger, a AssociationNigérienne de Lutte contre

la Corruption (ANLC)[Associação Nigerina de Lutacontra a Corrupção], o capítuloem formação da TI, usou atelevisão para divulgar suamensagem anticorrupção. Com a ajuda da Mourna, umaprodutora de filmes, aassociação produziu trêsminidramas que destacaram oalto custo da corrupção em três áreas muito importantes da administração pública: saúde, educação eadministração alfandegária.

Os filmes de três minutosdramatizam o impactodestrutivo que a corrupçãocausa no dia-a-dia. O primeiroconta a história de umexecutivo rico que tentasubornar um professor paragarantir que seu filho sejaaprovado. O segundo mostraum homem que dá dinheiro auma enfermeira corrupta paraque sua esposa consiga um leitonum hospital. O último mostrao julgamento de um agentealfandegário corrupto. As trêshistórias destacam o alto preçoque a sociedade paga pela

corrupção. Com verbas daCooperação Francesa, os filmesforam mostrados no horárionobre durante seis semanasantes do início de um seminárionacional sobre corrupçãoorganizado pela ANLC. Os filmes foram transmitidosem francês, em hauçá e emzarma para que pudessematingir o maior número possível de pessoas em Níger. A ANLC está planejandodesenvolver novos roteiros para mostrar o problema decorrupção na justiça e nascontas públicas.

O meio é a mensagem

Níger

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RELATÓRIO ANUAL 2002

Seguindo-se ao sucesso do Relatório Global daCorrupção (RGC) de 2001, uma segundaedição foi lançada em janeiro de 2003. Únicapublicação que enfoca a corrupção sob umaperspectiva global, o RGC é um veículo

essencial de divulgação e uma referência para o movimentoanticorrupção. A segunda edição nos dá uma visão geral do“estado da corrupção” em todo o mundo durante o períodode julho de 2001 a junho de 2002, e se concentra no tema chave do movimento da TI — o acesso à informação.

A primeira edição do RGC mereceu considerávelinteresse por parte da mídia. Além do lançamento emLondres, foram realizadas entrevistas coletivas em dez países e reportagens sobre o RGC apareceram em dezenasde idiomas e nas mídias nacionais. Alguns trechos foram publicados em jornais da Jordânia, Quênia e Paquistão.Mais de 5000 cópias foram distribuídas a legisladores,empresários, jornalistas, acadêmicos e estudantes, e ativistas da luta contra a corrupção em todo o mundo.

Para a segunda edição do RGC, especialistasprepararam análises detalhadas sobre a liberdade de informação em todo o mundo, transparência em empresas,o papel da mídia e a função que a sociedade civil estádesempenhando na luta pelo acesso à informação e ao usoda informação para desvendar casos de corrupção.

O relatório também contém dezesseis relatóriosregionais sobre acontecimentos internacionais ligados aatividades de corrupção e anticorrupção ocorridos duranteo último ano. Preparados por acadêmicos e especialistas, os relatórios mostram os progressos e os obstáculos nessaárea em todo o mundo.

Os dados finais e a seção de pesquisa do relatórioproporcionam uma visão única da pesquisa feita atualmente,com contribuições de organizações governamentaisinternacionais, organizações não-governamentais, do setor privado e do acadêmico. O relatório contém ainda oúltimo Índice de Percepções de Corrupção e o Índice dePaíses Corruptores. O RGC está disponível em www.globalcorruptionreport.org.

zação

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Coa

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RELATÓRIO ANUAL 2002

Ocapítulo inglês da Transparência Internacional(TI UK) publicou um relatório inovador quepedia ao governo da Grã-Bretanha quetomasse uma atitude eficaz para limitar acorrupção na indústria bélica. O relatório

sobre Corrupção no Comércio Oficial de Armas foi o pontoculminante de uma série de conferências organizadas pela TIUK em cooperação com o governo sueco e com um grupointernacional de representantes da indústria bélica, ONGs eacadêmicos. Segundo o relatório, o comércio oficial de armasé responsável por 50% de todas as transações internacionaiscorruptas. De acordo com uma estimativa conservadorasobre comissões pagas, o total fica perto dos 10% em umaindústria que movimenta 40 bilhões de dólares por ano.

O relatório, que foi lançado com a participação deClare Short, secretária de Estado do UK InternationalDevelopment [Desenvolvimento Internacional da Grã-Bretanha], continha várias recomendações importantes.Dentre elas estavam a criação de licenças de importação; acriação de subsídios indiretos para os fabricantes de armas,sob a condição de assinarem um contrato garantindo nãohaver subornos, reforçado por procedimentos de obediênciainterna bastante severos; medidas para garantir que o créditoàs exportações não forneceria, direta ou indiretamente,dinheiro para subornos; maior controle parlamentar sobre ocomércio oficial de armas tanto nos países que exportamquanto nos que importam armas; um código de condutaamplo e a implantação do Pacto de Integridade da TI nocomércio de armas. A TI UK vai acompanhar e monitoraressas recomendações no próximo ano.

AForest Integrity Network (FIN) [Rede deIntegridade da Floresta] é uma coalizãoque luta contra a corrupção no setorflorestal, e que é apoiada pela TI. A FIN éum fórum para o desenvolvimento de

instrumentos e a coleta e troca de informações sobreprogramas que lutam contra práticas corruptas que causama degradação do meio ambiente e a destruição de recursosflorestais valiosos. A rede trabalha para o fortalecimento deiniciativas contra a corrupção no setor florestal, para apromoção de pesquisas e para aumentar a colaboração entreos diversos empresários. A FIN fundamenta-se no desejo deseus membros de promover o crescimento sustentável dafloresta e de proteger o bem-estar de pessoas pobres quedependem dos recursos florestais para sobreviver.

Uma das principais ações da

TI na luta contra a corrupção

é a criação de coalizões

com empresários e parceiros

preocupados com esse

problema. A corrupção não

pode ser eliminada por um

grupo sozinho. Por essa

razão, a TI vem criando

coalizões cada vez mais

sólidas e que envolvem o

setor privado, o setor

público, ONGs e instituições

internacionais.

A FIN concentra um grande número de ativistascomo, por exemplo, ONGs, organizações que promovem ocrescimento sustentável e a conservação dos recursos naturais, organizações internacionais e agências bilateriasde ajuda, departamentos florestais e, por último, empresasprivadas e organizações financeiras envolvidas na produçãoe comércio de madeira.

A FIN foi lançada em maio de 2000, numa reuniãorealizada no Harvard University’s Center for InternationalDevelopment [Centro para Desenvolvimento Internacionalda Universidade de Harvard]. Numa outra reunião, promovida pelo Banco Mundial em novembro de 2001, os participantes concordaram que a FIN deveria:

• estabelecer um centro de documentação on-line e umbanco de dados sobre corrupção florestal

• compilar um livro de referência sobre a melhor maneirade se lutar contra a corrupção florestal

• ajudar na coordenação dos esforços dos membros da FINpara o combate à corrupção florestal em algumas dasregiões com maior diversidade biológica do mundo

• definir os métodos para a preparação de estudos de caso

• encorajar os pesquisadores a realizar estudos de caso

• identificar e procurar formas de preencher os vazios noconhecimento disponível sobre a corrupção florestal

• ajudar a tornar as iniciativas acima mais abrangentes econgregar mais colaboradores

Para maiores informações sobre a FIN, veja a websiteda TI e www.syenco.com/FINindex.html.

“Estima-se que o

comércio oficial de

armas é responsável

por 50% de todas

as transações

internacionais

corruptas. Uma

estimativa

conservadora

sobre o nível das

comissões pagas é

de 10% numa

indústria que

movimenta 40

bilhões de dólares

por ano.”

Relatório da TI UK daCorrupção no Comércio Oficial de Armas, abril de 2002

Aconstru

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lizões

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RELATÓRIO ANUAL 2002

OPartnership for Transparency Fund (PTF)ajuda a sociedade a combater a corrupçãoatravés da criação de verbas para projetosespecíficos, preferivelmente em repartiçõespúblicas. O PTF é uma empresa sem fins

lucrativos, criada em março de 2000; baseia-seexclusivamente no conhecimento científico de pessoasespecializadas em lutar contra a corrupção e que fazem umtrabalho voluntário. É diferente da TI, mas tem forteligação com o movimento da TI.

O principal critério que determina se uma atividadedeve receber a verba do PTF é saber se o patrocínio do PTF,independentemente dos doadores oficiais, será útil paragerar maior credibilidade aos que recebem essa verba nainteração com as autoridades públicas. A prioridade são asiniciativas vindas da parceria dos setores público e civilpara promover uma maior transparência, integridade eresponsabilidade civil. As doações partem de quantiaspequenas, mas também podem chegar a 25 mil dólares.

Até agora, o PTF já doou cerca de 134 mil dólaresem apoio a treze projetos em vários países como Brasil,Bulgária, Camboja, Colômbia, Equador, Índia, Letônia,Mongólia, Nigéria, Paquistão, Paraguai e Polônia. Esses projetos envolveram o controle de leilões públicos, privatizações e verbas para contratos públicos, bem comoapoio para que a população civil pudesse participar da criação de medidas contra a corrupção, denúncias e campanhas na mídia para incentivar a conscientizaçãopública sobre as formas de reduzir a corrupção. O impactodesses projetos variou muito, mas em alguns casos pequenas quantias dadas pelo PTF resultaram em medidas

que economizaram milhões de dólares, como demonstrou ogrupo que monitorou o leilão para a licença de telefones celulares na Bulgária e a introdução de um pacto de integridade quando da cessão de um grande contrato feitopela Companhia de Água e Esgoto de Karachi.

As principais fontes de verbas do PTF são a BMZ daAlemanha (administrada pelo Programa de Desenvolvimentodas Nações Unidas) e uma fundação privada da Grã-Bretanha.Para maiores informações, veja o site da PTF: www.partnershipfortransparency.org.

ATI Polônia associou-se ao principal jornal da

Polônia, o Rzeczpospolita, paraelaborar um programa deaconselhamento aos cidadãospara o encaminhamento dereclamações contra instituiçõespúblicas em assuntos decorrupção, crime financeiro ouomissão de informações.

A TI Polônia submete essasinformações aos editores doRzeczpospolita. Se as

investigações feitas pelosjornalistas confirmarem o abuso,o jornal publica o caso e a TIPolônia prepara a queixa e leva-aàs autoridades competentes.Tanto a TI Polônia como o jornalacompanham o andamento doprocesso. Em menos de doisanos, o programa já investigoumais de 400 casos ligados agovernos locais, administraçãofederal, processos judiciais eserviços de saúde.

As queixas vêm de váriaspartes da sociedade, seja de

cidadezinhas e vilarejos dointerior, seja das grandescidades.

Com o apoio da Partnershipfor Transparency Fund, a

Transparência da Nigériatrabalhou com a ONG maisimportante, a Public Concern atWork [Interesse Público

Trabalhando], e comorganizações locais especializadasem denúncias públicas na lutacontra a corrupção. A partir doworkshop realizado sobre otema, surgiu a proposta de uma

legislação de proteção aosdenunciantes. Um projeto de lei deverá ser apresentado ao Congresso da AssembléiaNacional em setembro de 2002.

Polônia

Proteção aos denunciantes

Nigéria

Quem paga pela propaganda política?

Letônia

ATI Letônia (Delna) e oSoros Fund in Latvia

[Fundo Soros da Letônia]desenvolveram um projetodestinado a divulgarinformações financeiras dospartidos políticos. O objetivodo projeto piloto foi testar ummecanismo de monitoramentoindependente dos gastos dospartidos políticos nas eleiçõesmunicipais de 2001. A TILetônia pediu aos líderes dospartidos políticos quedivulgassem a renda e asdespesas das campanhas. A informação foi analisada e osespecialistas procuraram namídia por anúncios disfarçados.Esse projeto foi testado num

programa semelhante criadopelos capítulos da TI naArgentina, Costa Rica e Peru. A imprensa acompanhou todoo projeto. Em outubro de 2001,a TI Letônia divulgou umrelatório final sobre omonitoramento dofinanciamento da campanhapolítica de 2001. Diante dosucesso desse projeto, a TILetônia monitorou os gastosdas eleições parlamentares deSaeima, em outubro de 2002.Devido ao regulamento, obalanço do financiamento daspróximas eleições seráapresentado pelos partidosapenas cinco meses depois daseleições, e não doze meses

depois, como acontecia antes. A TILAC, rede de capítuloslatino-americanos da TI, elegeuo tema do financiamento dascampanhas eleitorais como oobjetivo de seu segundoprojeto regional. Como partedo projeto, a TILAC criou um registro com todas asiniciativas que a sociedade civil latino-americana vemfazendo para controlar ofinanciamento das campanhas.

Esses dados serão a base para a futura troca de conhecimento edesenvolvimento deinstrumentos inovadores e de ações coordenadas.

çãode

Programa de aconselhamento a cidadãos

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Ferrame

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RELATÓRIO ANUAL 2002

O desenvolvi

O TI Source Book [Livro de Referência da TI] continua sendo

adaptado para ser usado em várias localidades do mundo.

O National Integrity Source Book [Livro de Referência sobre

Integridade Nacional], trabalho pioneiro da TI na luta contra a

corrupção, já foi traduzido para mais de vinte idiomas, e muitas

outras traduções e adaptações estão sendo feitas.

Aversão do Livro de Referência daTI feita para os países africanos delíngua francesa foi publicadarecentemente pela TI. O livro,chamado Combattre la corruption

– Enjeux et perspectives, é uma adaptação aocontexto legal, econômico e político dos países delíngua francesa da África e é o resultado de umtrabalho de dois anos, que envolveu cerca de cemparticipantes. A Transparência Brasil, capítulonacional da TI no Brasil, publicou recentemente olivro Caminhos da transparência, uma adaptação doLivro de Referência da TI para o contexto brasileiro.A adaptação envolveu um grande número deprofissionais liberais como advogados, jornalistas,acadêmicos e especialistas do setor público. As adaptações do Livro de Referência não só providenciam as ferramentas para diagnóstico como também são um canal para a mobilização de umavariedade de especialistas e parceiros no movimentoanticorrupção nesses países. A Transparência pela Colômbia fez uma adaptação semelhante para o contexto colombiano com a ajuda de um grupo deespecialistas em assuntos institucionais e jurídicos. O documento está sendo produzido com a ajuda financeira do Secretariado da TI. Uma versão em árabe será feita pela TI Jordânia. Essa versão será a base para o futuro trabalho de adaptação do livro de referência para os capítulos da TI no mundo árabe. Sob a supervisão do professor Hu Angang, contato da TI na China, o Anti-Corruption Centre of the Graduate School of Public Policy & Management of QinghuaUniversity [Centro Anticorrupção da Faculdade de Política e Administração Pública da Universidade deQinghua] em Pequim publicou uma tradução para o chinês. A TI Romênia também lançou uma tradução para o romeno. O Livro de Referência já serviu de base para aelaboração do projeto de Estratégia e Plano de Implantaçãode Práticas contra a Corrupção da Romênia. Em 2002, olivro foi a referência para o “White Book on Corruption”[Livro Branco sobre Corrupção], elaborado antes da entradada Romênia para a OTAN.

Produzido pelaprimeira vez em2001, o Kit deFerramentasAnticorrupção é um

compêndio sobre experiênciaspráticas que a sociedade civil relatade sua luta contra a corrupção,descritas em linguagem acessível. Apresenta ferramentascontra a corrupção inovadoras, desenvolvidas e implantadaspelos capítulos nacionais da TI e outras organizações dasociedade civil em muitos lugares do mundo. A edição de2002 descreve 27 ferramentas diferentes que inclueminiciativas da Europa ocidental e do Oriente Médio, além

Para fortalecer os esforços da TI naadministração do conhecimento, aKnowledge and Information Services Unit (KISU) [Unidade de Serviços deConhecimento e Informações] começou a

reunir, processar e disseminar conhecimentos anticorrupçãocriados pela TI, seus parceiros, capítulos nacionais e outros,na coalizão contra a corrupção. Aproveitando as novastecnologias de informação e comunicação, a KISUdesenvolveu um sistema online de informações bastanteamplo. O Corruption Online Research and InformationSystem (CORIS) [Sistema de Pesquisa de InformaçõesOnline sobre Corrupção] da Transparência Internacional éum canal para a divulgação de informações globais sobreos recursos contra a corrupção disponíveis. Com o apoiofinanceiro dos governos britânico e holandês, o CORIS visa:

• ser o principal portal da Internet contra a corrupção, disseminando conhecimento de ponta sobre as inovações contra a corrupção, as instituições de integridade e a “boa prática”

• facilitar a criação de coalizões eficazes e a formulaçãode estratégias contra a corrupção mais bem informadas

• criar uma rede global de informações, pesquisa e

da África, Ásia e América Latina, e é produzida em CD-ROM. O Kit de Ferramentas Anticorrupção confirma a criação de coalizões como um marco no trabalho eficazcontra a corrupção.

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entas

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RELATÓRIO ANUAL 2002

mento de

O Senado argentino podealegar que suas atividades

estão apoiadas em leis quegarantem a transparência, masum projeto de monitoramentodo Poder Cidadão, o capítuloargentino da TI, provou queessas regras não funcionam naprática. Trinta voluntáriosparticiparam de um programade monitoramento que durousete meses; tinham que assistir a sessões plenárias diárias,submetiam pedidos deinformações às instituiçõescompetentes e participavam dereuniões da comissão.

Esses voluntáriosenfrentaram vários obstáculosquando tentaram comparecer às sessões plenárias, ou quandoseus pedidos de informaçõesforam negados ou quandodescobriram que as reuniões dacomissão nunca aconteciam.Diante dessas barreiras àtransparência, o PoderCiudadano afirmoupublicamente que o Senadoargentino era, simplesmente,“não-monitorável”. Osresultados do projeto,juntamente com váriasrecomendações, foram

apresentados num relatórioespecial. Em resposta a esserelatório, o Senado criou umacomissão especial para elaborarum projeto de lei sobre areforma administrativa daCâmara Superior. O PoderCiudadano também tomoumedidas legais quando oSenado recusou-se a divulgar os bens de seus membros. A Corte Suprema deu ganho de causa ao Poder Ciudadano,determinando a divulgação deinformações a qualquer cidadãoque solicitá-las.

Argentina

Antes das eleições estaduaisem setembro e outubro de

2001, a TI Alemanhaconcentrou sua atenção naspromessas eleitorais de combate à corrupção, fazendoos partidos assumirem “padrões de responsabilidade”.O capítulo perguntou aospartidos políticos quais medidasespecíficas seriam tomadas

contra a corrupção se elesfossem eleitos, especialmentenos temas de suborno, licitaçõese nepotismo na administraçãopública e nas empresas estatais.Depois das eleições, o capítuloavaliou até que ponto ospartidos vencedores cumpriramsuas promessas e organizouvárias entrevistas coletivasanunciando os resultados do

monitoramento. Antes daseleições federais de setembro de 2001, a TI Alemanharealizou pesquisas nos partidospolíticos sobre temas comoacesso a informação, listasnegras, legislação criminalcorporativa, financiamento departidos políticos e subornosentre parlamentares.

Como tornar os políticos responsáveis

ferramentas de aprendizagem para ajudar as pessoas que trabalham por um política verdadeira de mudanças epara oferecer iniciativas e maiores oportunidades deaprendizagem para aqueles que querem lutar contra acorrupção em todo o mundo

• ser uma ferramenta pró-ativa para ir ao encontro das necessidades de conhecimento dos parceiros eusuários da TI

• continuar a apoiar e complementar os programas contraa corrupção da TI que atualmente funcionam em cooperação com parceiros locais, nacionais e globais em todas as regiões do mundo

Trabalhando principalmente com os capítulos nacionais eorganizações parceiras, a TI vai dar destaque às informaçõeslocais sobre a corrupção para o público internacional. O portal do CORIS vai ser multilíngüe e acessível globalmente. O CORIS vai ter, manter e atualizar grandequantidade de bancos de dados para ajudar os que lutamcontra a corrupção em vários lugares do mundo, e ofereceracesso livre e informações sobre:

• organizações engajadas direta ou indiretamente na lutacontra a corrupção, que podem ser pesquisadas por temae região

• atividades realizadas por essas organizações• recursos disponíveis para serem usados como material

de apoio e pesquisa• informações sobre departamentos acadêmicos engajados

no ensino e na pesquisa da luta contra a corrupção• uma lista de especialistas na luta contra a corrupção em

todo o mundo• um arquivo com recortes de jornais diários para

referência atual e futura

No Líbano, há poucosprocedimentos

administrativos mais corruptos e complicados do que oprocesso para obter um alvaráde construção. Para que oscidadãos consigam desviar desselabirinto sem subornarautoridades ou usar umintermediário, a AssociaçãoLibanesa Transparência (ALT),capítulo da TI em formação,publicou um folheto sobre ospassos necessários para seconseguir o alvará. O manualmenciona os passos e osdocumentos, taxas e prazospara cada procedimentoadministrativo e destaca adiferença entre os procedimentospadrão e os corruptos. Ofolheto está sendo distribuídogratuitamente ao público, àsONGs e às instituições públicase privadas. Como parte domesmo projeto, a ALT preparouum relatório detalhado sobre a complexidade do sistemaatual e com recomendações de reformas que serãosubmetidas ao poderLegislativo.

Obedecer às regras

Alemanha

Líbano

Um guia para o labirinto

• compêndios temáticos completos sobreos principais tópicos que serão utilizadoscomo boletins de conscientização parapesquisadores e autoridades

• arquivo de material jurídico para referência fácil e rápida

Recurso multilíngüe cuja função é a luta contra a corrupção, e que cobre os

principais temas de todas as regiões domundo, o CORIS logo será uma janela para o conhecimento anticorrupçãodisponível e fornecerá referências a outros recursos organizacionais na Internet. Usando tecnologias modernas, o CORIS logo terá potencial para atingirpúblicos-alvo via e-mail, Internet e poroutros meios.

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Durante os últimos três anos, surgiram novosPactos de Integridade (PIs) da TI. Oimpacto cada vez maior que os PIs maisantigos causam continua a dar provas desua eficácia. O PI, como foi desenvolvido

pela TI, é um acordo entre um governo ou um departamentodo governo e os licitantes de um contrato do setor público,em que os dois lados concordam em não pagar, oferecer,exigir ou aceitar subornos, ou ser conivente com fraudesdos concorrentes para obter o contrato, ou depois que oscontratos entrarem em vigor. Os licitantes concordam emdenunciar todas as comissões pagas durante a negociação, ese o acordo for violado serão aplicadas as sanções de direito.Os licitantes podem sofrer perda ou recusa de contrato,confisco da licitação ou de bônus, serão responsabilizadospelos danos e entrarão na lista negra para futuroscontratos; já os funcionários do governo responderãocriminalmente ou receberão sanções disciplinares. O PIprovou ser um instrumento adaptável pois evita que asempresas paguem subornos porque elas sabem que seusconcorrentes obedecem às mesmas regras. O PI tambémajuda os governos a reduzir o alto custo da corrupção emlicitações, privatizações e obtenção de licenças.

O Pacto de Integridade, que foi aplicado na seleçãode consultores de engenharia no Projeto Karachi de Água eEsgoto no Paquistão, em 2002, mostrou mais uma vez seuvalor. Esse contrato ficou muito mais barato que outrocontrato de consultoria semelhante, assinado quatro anosantes, sob a égide de uma instituição financeira internacional. O processo de seleção foi monitorado cuidadosamente pelo capítulo da TI no Paquistão.

Em Milão, na Itália, onde a administração municipalaplicou o PI a um grande número de contratos, algumasconstrutoras tentaram impedir o pacto judicialmente. A decisão do tribunal deve sair em pouco tempo. Mas,durante o processo, descobriu-se que vários licitantes haviam violado seus compromissos com o PI e foram colocados na lista negra pela prefeitura.

Na América Latina, o PI foi muito aplicado em várioslugares. No México, sete PIs foram assinados no nível federal, juntamente com um instrumento bastante inovador chamado “Testemunha Social” (Testigo Social).Trata-se de um especialista nomeado pelo Conselho

8

RELATÓRIO ANUAL 2002

Como estabelecer

Padrões

Como parte do compromisso de promover maior probidade tanto no setor público como no privado, a

Transparência Internacional trabalha com vários parceiros para desenvolver ações práticas na luta contra a

corrupção. Alguns exemplos são os Pactos de Integridade e os Princípios Wolfsberg contra lavagem de dinheiro.

A mais nova iniciativa da TI é o desenvolvimento dos Princípios Empresariais contra o Suborno. Seu objetivo é

fornecer às empresas, sejam elas pequenas, médias ou grandes, orientações sobre melhores práticas internas e

procedimentos para reduzir a probabilidade de subornos. Desenvolvidos durante os últimos três anos em

cooperação com empresas, sindicatos e organizações não-governamentais, os Princípios Empresariais

identificam e formalizam as boas práticas empresariais para combater o pagamento de subornos.

Nacional da Transparência para monitorar o processo decontratação e assegurar sua transparência. Na Colômbia, 29 PIs foram assinados durante os últimos três anos; aexperiência obtida em dezesseis processos agora em andamento foi levada a Bogotá, onde três novos PIs foramassinados recentemente. No Equador, esse instrumento está sendo usado em dois processos de contratação na áreade telecomunicações, e no Peru o PI está sendo introduzidoem processos de licitação da Polícia Nacional.

A Transparência Brasil não promove Pactos deIntegridade.

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“Um homem é julgado pelasua empresa. Um país é

julgado pelo seu poderJudiciário”, diz Poonam Singh (nafoto), um dos membros da TIÍndia-Uttar Pradesh, que arriscaser presa por fazer vigílias eorações em frente ao TribunalDistrital em Uttar Pradesh, numacampanha contra a falta depontualidade dos oficiais dejustiça. Os registros sãomanipulados pelos oficiais eestimulam o pagamento desubornos porque passam casosna frente de outros. Para mostraresse abuso de poder, osmilitantes “Ram Dhun” rezamtodos os dias que o magistradonão chega pontualmente. Os registros de ponto são

submetidos ao juiz distrital e àCorte Suprema Estadual. Doismembros da TI Índia acusados dedesrespeito à lei foramcondenados a sete dias de prisão.Uttar Pradesh é apenas um dosestados em que a TI Índiaestabeleceu um subcapítulo. EmGujarat, Kajal Muley trabalhacom Prasannavadan Mehta naBhavnagar Consumer’s

Association [Associação dosConsumidores de Bhavnagar],subcapítulo da TI, para ajudar oscidadãos a tentar umaindenização quando, porexemplo, um oficial de justiçarecusa-se a acolher uma queixasem o pagamento de umapropina. Mehta, um ex-parlamentar, trabalha semajuda de advogados, mas jáganhou 90% dos casos que levaao tribunal. Ele foi também àCorte Suprema para ajudarcamelôs que têm alvará, mas que são sistematicamenteperseguidos por quatro tipos de oficiais que exigem propinas: a polícia, os policiais de trânsito, as autoridades do bairro e as do comércio.

ATransparência Internacional, em parceriacom a Social Accountability International[Responsabilidade Social Internacional],desenvolveu os Princípios Empresariaiscontra o Suborno. O objetivo é encorajar

a mudança no comportamento das empresas e ser umponto de referência para a prática anticorrupção. Os Princípios Empresariais foram desenvolvidos emcolaboração com empresas, sindicatos, organizaçõesacadêmicas e não-governamentais e foram amplamentetestados em três companhias na Índia, Azerbaijão e Suíça.Provaram tratar-se de boas práticas empresariais nocombate ao suborno e representam um instrumento aptopara ser usado por empresas que querem criar ou fortalecersistemas de administração para prevenir a prática desuborno. A TI lançou os Princípios Empresariais no final de2002 e vai divulgá-los amplamente na comunidadeempresarial nos doze meses seguintes. Um semináriorealizado pela Transparência Brasil lançou as bases parauma adaptação ao ambiente do país.

Durante o ano que passou sob observação, oWolfsberg Group of International FinancialInstitutions [Grupo Wolfsberg de InstituiçõesFinanceiras Internacionais], do qual a TI émembro, ampliou o âmbito de suas atividades.

O Grupo, formado por bancos privados importantes,desenvolveu os Princípios Wolfsberg para a unificação dasregras contra a lavagem de dinheiro e para dificultar aentrada de dinheiro ganho ilicitamente no sistema bancário.O papel da TI foi convocar os bancos, uma vez que muitosdeles continuam a fornecer e a facilitar assessoramentoespecializado ligado à corrupção. O grupo original de onzebancos que estabeleceu as regras gerais contra a lavagem dedinheiro em 2000 expandiu-se e hoje inclui outrasinstituições financeiras do Japão e dos Estados Unidos. Osbancos participantes concordaram agora com as novas regrasde “propriedade beneficiária”, que tornaram mais rígidos osprocedimentos de identificação da origem do dinheiro depessoas ou entidades que abrem uma conta. Em razão dostrágicos acontecimentos de 11 de setembro de 2001, o GrupoWolfsberg criou um conjunto de recomendações sobre ofinanciamento ao terrorismo. O Grupo está agoraconcentrando sua atenção em práticas legais de outras áreascomo, por exemplo, bancos subsidiários e controle de contas.Como parte de seu trabalho sobre lavagem de dinheiro, a TI fornece dados para a análise das 40 recomendações daFinancial Action Task Force [Força-Tarefa de Ação Financeira].Os detalhes dos Princípios Wolfsberg podem ser encontradosem www.wolfsberg-principles.com.

Como parte de seu trabalhocontínuo na área de

licitações, a CorporaciónLatinoamericana para elDesarrollo (CLD) [CorporaçãoLatino-Americana para oDesenvolvimento], capítulonacional da TI no Equador, criou a Licitenet.com emparceria com o setor privado.Esse banco de dados daInternet divulga as práticas dogoverno ao público e permiteque todos tenham acesso àsinformações sobre processos delicitação atuais e antigos. Comoo governo não oferece pronto

acesso a informações sobrelicitações públicas, essasociedade foi concebida comouma resposta às preocupaçõesde associações empresariais eoutras organizações sobre osaltos níveis de corrupção nessaárea. A Licitenet.com publicadiariamente todos os pedidosde pagamento e todos oscontratos do governo queforam assinados. Desde que foi lançado, em setembro de2001, esse site já recebeu maisde 13 500 visitantes.

A transição para a economiade mercado na República

Tcheca criou desafios para umambiente empresarial honesto.Para resolver esses desafios, a TI República Tcheca (TI-Cz)criou a Viva Ética, uma coalizãode empresas e organizações que declaram publicamente edemonstram ativamente seucompromisso com práticasempresariais éticas. A Viva Éticarecomenda um relacionamentosólido com empregados,

clientes, acionistas, sócios e acomunidade como um todo.Além da TI Cz, são fundadoresda Viva Ética as filiais tchecasde grandes empresasmultinacionais, como aPricewaterhouseCoopers,Merck, Shell e Monsanto.Através de um centro deinformações na Internet, a VivaÉtica dá acesso a informações,projetos e estudos de casos depráticas éticas na RepúblicaTcheca e em outros países.

ATI Bangladesh publicou seuprimeiro relatório sobre o

desempenho do NationalBureau of Anti-Corruption[Escritório NacionalAnticorrupção]. A TIBangladesh descobriu que oEscritório era controladodiretamente pelo gabinete doprimeiro-ministro e era precisoter autorização oficial para aabertura de inquérito contrapolíticos e autoridades do altoescalão. O resultado é queapenas 4% de todos osacusados de corrupção tinhamsido condenados, 5,2% foram

absolvidos e os outros 90,8%dos casos permaneciam nãoresolvidos. Esse relatóriobaseou-se numa investigaçãoda TI Bangladesh sobre 31 746queixas entre 1994 e 2000. A TI Bangladesh, como parte de uma coalizão de políticos,membros da sociedade civil erepresentantes de órgãosprofissionais, convocou umacomissão anticorrupção que éindependente, imparcial e eficaz e cuja integridade de seus membros está acima dequalquer suspeita.

“Uma coalizão

internacional está

surgindo da

necessidade de se

fecharem as vias

abertas às elites

corruptas que

desviam seus

ganhos ilícitos

para contas

em bancos

estrangeiros.”

Jermyn Brooks, diretor-executivo da TI,International Herald Tribune,outubro de 2001

Coalizão Viva Ética

República Tcheca

De olho nos cães de guarda

Bangladesh

Uma rede de informações

Equador

Código de ética

Coréia do Sul

Oração pela justiça

ATI Coréia do Sul realizouum estudo sobre a ética

nos negócios e finalizou-o comsérias recomendações para queo setor privado adotasse umsistema de ética nos negócios.As trinta maiores empresas dopaís foram consultadas sobre setinham um código de ética (ou equivalente), e o conteúdoespecífico desses códigos foidepois analisado. A Shinsegae ea Hyundai Department Storeforam selecionadas como sendoas melhores empresas nessaárea. Em 2001, catorze das

trinta principais firmas tinhamseu próprio código de ética oucódigo de conduta. Em 2000,quando foi realizado o primeiroestudo sobre a ética nosnegócios, apenas noveempresas tinham um código deética, e dessas, apenas umaminoria tinha um compromissoverdadeiro com o código. Emoutubro de 2001, a TI Coréiapublicou os resultados doestudo juntamente com osprogramas de ética nosnegócios de sete empresas paraservirem como exemplo.

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RELATÓRIO ANUAL 2002

Índia

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Desenvolvimentos

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RELATÓRIO ANUAL 2002

Depois de quase cinco anos, a Convenção deCombate ao Suborno de AutoridadesEstrangeiras em Transações ComerciaisInternacionais da OCDE ainda está longe dealcançar seus objetivos. Embora 34 países

tenham ratificado a Convenção e aprovado uma legislaçãopara sua implantação, a lei ainda não entrou totalmenteem vigor. O Índice de Países Corruptores da TI, de 2002,ainda indica que as comunidades empresariais dos quinzemercados emergentes mais importantes praticamente nemsabem que a Convenção existe e o pagamento de subornoscontinua bastante comum.

O OECD’s Working Group on Bribery [Grupo deTrabalho sobre Suborno da OCDE] está monitorando oprocesso. A Fase I, ou seja, a avaliação das leis aprovadaspara a implantação da Convenção, teve sucesso. Mas a Fase II, que trata da avaliação dos programas nacionais deaplicação da lei, ainda não está dando bons resultados.Como as leis não entraram em vigor até o momento, é preciso que o programa da Fase II seja mais vigoroso e quegaranta o sucesso da Convenção.

Durante a Fase I, cerca de trinta países tiveram sualegislação revista. Descobriu-se que cerca de um terço dasleis tinha grandes falhas e a outra terça parte tinha deficiências menores. A TI e muitos de seus capítulosnacionais tiveram um papel muito importante pois revisarame analisaram as leis do Grupo de Trabalho e encorajaram os governos a reforçar suas leis. Ao criticar duramente o Japão e a Grã-Bretanha, o Grupo mostrou uma coragemraramente vista em organizações internacionais. A partirdaí, os países membros, inclusive Japão e Grã-Bretanha,corrigiram muitas das falhas que foram identificadas.

A Fase II teve um começo desencorajador. O objetivoera a revisão de sete ou oito países por ano, mas durante o

Internacioprimeiro ano e meio, apenas quatro países foram analisados.O futuro dessas revisões continua incerto por falta de pessoal e de verba. Na opinião da TI, a não-implantação dasleis demonstra falta de empenho por parte dos governosmembros. Ao não fornecer verbas para o monitoramento daFase II, deixam claro que não querem divulgar suas falhasno processo.

A TI incitou a OCDE e os governos membros a seempenharem ainda mais e fornecerem a verba necessáriapara que a Fase II recobrasse seu vigor; pediu ainda queanunciassem um calendário de revisões cuja prioridade fossem os países comercialmente mais importantes. Issoseria um estímulo para a aplicação da lei. Durante a Fase I,além do constrangimento público, houve pressão por partedos outros membros. O resultado foi a aplicação de leisseveras e eficazes. As revisões da Fase II podem trazer amesma força e assegurar que essas leis sejam, realmente,implantadas.

A TI também pressionou a OCDE a adotar outrasmedidas importantes para o sucesso da Convenção:

• A Convenção trata do suborno de autoridadesestrangeiras, mas não trata adequadamente do subornode partidos políticos e autoridades políticas estrangeiras.Em outubro de 2000, a TI reuniu 28 pessoas de nove paísesmembros da OCDE para que elaborassem recomendaçõespara as ações da organização. Essas recomendações foramapresentadas ao Grupo de Trabalho em fevereiro de 2001.O mesmo suborno pago a partidos e autoridades políticasestrangeiras para a compra de favores pode ser usadopara impedir as ações da Convenção. Portanto, é precisouma ação rápida para corrigir esta brecha.

• Existe uma grande preocupação porque o suborno pagopelas subsidiárias estrangeiras é usado para escapar da

Em dezembro de 1997, quando foi lançada, a Convenção de

Combate ao Suborno da OCDE foi saudada como um divisor de

águas na luta contra a corrupção internacional. Como entre os

signatários se encontram os países exportadores mais

importantes, o compromisso de acabar com o suborno de

autoridades estrangeiras criou a expectativa de uma drástica

redução da corrupção internacional.

“A Convenção da OCDE

oferece um rota de

fuga ao dilema do

prisioneiro; antes, as

empresas acostumadas

à prática de suborno

não tinham um padrão

muito alto de

responsabilidade social

porque sabiam que

não havia “jogo

limpo” e que o

comércio honesto os

colocaria em

desvantagem

competitiva.”

Peter Eigen, Comentários para oLivro do Ano da OCDE, 2002

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RELATÓRIO ANUAL 2002

Convenção. Se, por um lado, a Convenção não pode lidardiretamente com as subsidiárias estrangeiras que nãotêm relações comerciais com os países da OCDE ela pode,por outro lado, exigir que as empresas mães, sediadasnos países membros da OCDE, obriguem suas subsidiáriasa cumprir os programas contra o suborno. Os líderes domovimento pelo cumprimento dos programas vêm pressionando as empresas multinacionais a adotar eaplicar programas consistentes de cumprimento das leis em todas as fases de suas transações comerciais. O cumprimento da Convenção depende de se acreditarque não existe evasão. Só assim a OCDE adotará medidaspara controlar as subsidiárias estrangeiras envolvidas emsuborno.

• Em abril de 2001, o Grupo de Trabalho recebeu daCâmara de Comércio Internacional recomendações detalhadas sobre como enfrentar o suborno no setor privado. Os representantes da TI participaram da elaboração dessas recomendações e as endossaram. Três considerações explicam bem por que essas medidassão importantes. Primeiro, o processo de privatizaçãodeixou um pouco difusa a linha que divide o setor público do setor privado. Fica fácil fugir das proibiçõesque se aplicam apenas ao suborno de autoridades oficiais.Segundo, numa economia global o suborno dentro dosetor privado, como também entre as autoridades oficiais,tornou-se transnacional. Terceiro, na maioria dos países,o setor privado é muito maior que o setor público. Issovale tanto para os países desenvolvidos quanto para ospaíses em desenvolvimento.

Finalmente, a OCDE deve criar outras medidas parapromover o cumprimento das leis. Muitas delas poderiamser elaboradas em cooperação com outras organizações e

Os resultados de uma grandeinvestigação realizada pela

Transparência Mexicana, capítulonacional da TI no México,mostram que os lares mexicanosparticiparam de cerca de 214milhões de atos de corrupçãoenvolvendo cerca de 2,3 bilhõesde dólares. A National Survey on Corruption and GoodGovernance (NSCG)[Investigação Nacional sobre Corrupção e BoaAdministração] entrevistou 14 mil famílias sobre váriaspráticas corruptas e a freqüênciacom que foram realizadas. Oestudo mostrou que em famíliascom renda inferior a um saláriomínimo, as pessoas gastaram atéduas vezes mais em subornos doque as famílias médias, indicandoque os pobres sofrem mais osefeitos da corrupção. A partirdesses dados, foram criados dois

Índices de Corrupção e BoaAdministração. Um dos índicesclassifica ações corruptas em 38serviços públicos segundo afreqüência com que sãorealizadas, e o outro classifica onível de corrupção nos 32estados mexicanos. Como ainvestigação será realizada todosos anos, os resultados desse anoservirão como base para asmudanças nas medidas contra acorrupção nos diferentes setores

e estados. A divulgação dosíndices mostrou à população eaos legisladores como é comumo pagamento de suborno para seter água potável ou se obter umalvará para a construção de umacasa e em quais estados oproblema é mais sério.

Outras informações sobre ainvestigação estão disponíveis emwww.transparenciamexicana.org.mx.

Na terra do suborno

México

onaisnão precisariam da ratificação da Convenção ou de grandecomprometimento dos recursos da OCDE. Essas medidassão: cooperação com países em desenvolvimento parareduzir o suborno em países estrangeiros; ajuda a empresasna luta contra a extorsão; promoção da conscientização daConvenção; fortalecimento da assistência jurídica mútua;programas de obediência às leis em empresas.

Com a ratificação do Brasil da ConvençãoInteramericana contra a Corrupção, em 2002,como resultado de intervenção direta daTransparência Brasil sobre o governo, 26 dos34 membros da OEA, incluindo todos os

principais países do hemisfério, ratificaram o primeiroacordo regional anticorrupção do mundo. A Convençãoestabelece orientações claras para reduzir a corrupção nosetor público – tornando crime um grande número deações corruptas, aplicando o cumprimento das leis,aumentando a cooperação jurídica e fortalecendo medidaspreventivas como, por exemplo, códigos de conduta, quebrado sigilo bancário e proteção aos denunciantes.

Quase todos os signatários concordaram em participar de um programa de monitoramento da OEA paraa implantação e aplicação das leis. Esses mecanismos sãoessenciais em outros fóruns para que as convenções sejamrealmente cumpridas e tenham um impacto prático.

Continua na página seguinte

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A TI também contestará a exigência de que quarenta países ratifiquem a Convenção para que ela entreem vigor, algo difícil de se conseguir. Além disso, a TI foi a única ONG a participar de uma reunião da ONU paraaumentar a cooperação interagências na luta contra a corrupção.

A TI também participou do trabalho do United NationsGlobal Compact [Acordo Global das Nações Unidas]. O Acordo foi criado para ajudar as empresas a cumprir osprincípios de direitos humanos internacionalmente aceitos,os padrões trabalhistas e os de proteção ambiental. A TI ajudou na formulação das recomendações sobretransparência e responsabilidade civil dos maiores interessados: sociedade civil, governos, agências multilaterais e empresas multinacionais.

Segundo o relatório de 2002 da Comissão Européia, a corrupção continuou sendo um problema persistente emquase todos os treze países que lutam para serem admitidosna União Européia. O relatório, que incluiu informaçõesfornecidas por nove capítulos nacionais da TI, salientou anecessidade de se fortalecerem os mecanismos que eliminam a corrupção e pediu aos países candidatos queacelerassem as reformas do Judiciário. Essa foi a primeiravez que a Comissão Européia buscou contribuições da TI naforma de avaliações individuais de cada país sobre o progresso feito na luta contra a corrupção. Uma vez que os países candidatos mostraram níveis de percepção de corrupção muito mais altos do que muitos dos atuaisEstados membros, essa evolução deve aumentar aimportância desse tema na pauta da União Européia.

A associação Anti-Corruption Action Plan for Asia-Pacific [Plano de Ação Anticorrupção para o PacíficoAsiático], cujo principal objetivo é a identificação das prioridades nacionais para ações do governo, foi endossada

Um comitê formado por especialistas de cada paísparticipante vai avaliar o cumprimento dos compromissosestabelecidos pela Convenção. Na primeira “rodada”, osespecialistas vão avaliar o cumprimento de certas cláusulas,como medidas preventivas, organismos de controle e participação da sociedade civil. A primeira rodada deanálises deverá ser completada no final de 2004. A partirdaí, novas cláusulas serão analisadas pelos especialistas.

A metodologia usada para a análise dos pares da OEAé semelhante, em alguns aspectos, àquela seguida por outrosregimes multilaterais anticorrupção, como a OCDE e oGRECO [Grupo de Estados Contra a Corrupção]. Os Estadosdevem responder a um questionário, que será analisado por especialistas de outros dois Estados. A OEA publicará umrelatório sobre cada país em seu site.

Se, por um lado, a TI aplaude o progresso alcançadoaté o momento, há, por outro lado, vários temas que já sãomotivo de preocupação: recursos, programação, participaçãoe publicação.

• Os planos orçamentários no momento são inadequadospara os profissionais que serão contratados para realizaravaliações significativas. Bancos de desenvolvimentomultilaterais e doadores bilaterais ainda não se comprometeram a ajudar os Estados com apoio financeiro.

• Com a programação atual, levará anos até que a análisede todas as cláusulas da Convenção seja completada. A menos que o processo seja acelerado, é improvável que os Estados consigam tomar as devidas providências.

• Embora tenham permissão para visitar os locais, os especialistas não precisam necessariamente fazê-lo. Semeles, a sociedade civil, inclusive o setor privado, poucovai contribuir com avaliações claras, confiáveis e independentes da implantação e aplicação das leis.

• Não há um comprometimento explícito para tornar osdocumentos públicos, especialmente as respostas do governo aos questionários e aos relatórios preliminares.Se a população não tiver acesso a essas informações a tempo, ela não possuirá uma base adequada paraavaliação.

Os capítulos da TI em todo o hemisfério, que estãoativamente envolvidos com o processo de monitoramentodesde sua criação, submeteram suas recomendações aosecretário-geral da OEA e ao Comitê de Especialistas. Eles estão trabalhando com outras organizações dasociedade civil para lançarem programas internos de monitoramento. A Argentina vem fazendo um grandeesforço nesse sentido através da Comission de Seguimientodel Cumplimiento de la Convención Interamericana contrala Corrupcion, que realizou uma análise independente doprogresso de seu governo.

ATI está presente em várias iniciativascontra a corrupção patrocinadas poragências internacionais. Entre elas está aConvenção das Nações Unidas contra aCorrupção, que seria o primeiro tratado

global anticorrupção.As negociações foram iniciadas em Viena no começo

de 2002 e espera-se que continuem durante 2003 até apublicação do texto final. A TI submeteu um conjunto depropostas ao Comitê ad hoc responsável pela criação daconvenção defendendo o fortalecimento das colaboraçõesda sociedade civil, ampliando a definição de autoridadepública para incluir autoridades de partidos políticos epolíticos eleitos, e assegurando um mecanismo de monitoramento sólido. 12

RELATÓRIO ANUAL 2002

“Essa prática antiga

e universal foi

condenada como

um verme que

destrói os frutos do

esforço econômico.

Novas leis foram

introduzidas e as

empresas

multinacionais

estão adotando

entusiasticamente

novas políticas de

‘não-corrupção’.

Ainda assim, apesar

de todos esses

esforços, o verme

ainda está vivo.”

The Economist,março de 2002

Desenvolvimentos

Intern

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RELATÓRIO ANUAL 2002

Um estudo sobre a atitudedo eleitor, realizado pela

TI Zâmbia durante a eleição desetembro de 2001, revelou,segundo os entrevistados, queos níveis de suborno ecorrupção durante as eleiçõeseram extremamente altos.Quando perguntados seaceitariam presentes em trocade seu voto, 14%responderam que aceitariam,enquanto 33% disseram que

rejeitariam qualquer oferta.Mas 40% declararam queaceitariam o suborno e, apesardisso, votariam no candidatoque haviam escolhido antes.Embora todos os partidosestivessem envolvidos emtentativas de compra de votos,os entrevistados identificaramo partido da situação como oprincipal culpado. Falhas nalegislação eleitoral da Zâmbiaimpedem que o sistema proíba

a distribuição de alimentos edoações pelo FundoDiscricionário da Presidênciadurante as eleições. A TIZâmbia exigiu a criação de leis para regulamentar asfinanças das campanhaseleitorais e a divulgação dosfundos de campanha,incluindo a lista de doadoresque contribuíram com ospartidos políticos e candidatos.

Como medir a corrupção eleitoral

Zâmbia

Em janeiro de 2002, aTransparência Internacional

Quênia divulgou seu primeiroÍndice de Suborno Urbano. Oestudo mostrou que o quenianourbano médio paga dezesseissubornos por mês; a maioria delesé paga à polícia, ao Ministério deObras Públicas e ao departamentode imigração. O dr. David Ndii,principal pesquisador desse estudo,espera que o Índice seja útil paraos legisladores e se torne o pontode partida para novas pesquisas.Além disso, ele deve dar origem aum padrão de qualidade deintegridade. “O que gostaríamosde ver é que, daqui a três ou cincoanos, essa organização, que noinício trabalhou com índices desuborno de 76%, chegue aos5%”, diz o dr. Ndii. A reaçãopública ao Índice tem sidoextremamente positiva, mas váriasinstituições reclamaram aotomarem conhecimento de seusfracos desempenhos. O plano daTI Quênia é publicar esse estudoregularmente.

Índice de Suborno Urbano

Quênia

pela 3ª Conferência Anual da Iniciativa Anticorrupção parao Pacífico Asiático da ADB/OCDE em novembro de 2001. Os capítulos da TI na região aceitaram o plano como umprimeiro passo importante, mas destacaram que a implantação seria a chave do seu sucesso. Com a ajuda deseus capítulos nacionais, a TI vai apoiar e monitorar aimplantação do plano. A TI também recomendou que essespaíses adotassem medidas para reduzir a corrupção, inclusive subornos pagos por suas empresas em paísesestrangeiros. As principais medidas contra a corrupção propostas pelos capítulos da TI foram: orientações para oacesso à informação, assistência mútua na investigação ena aplicação de leis contra a corrupção, e cooperação noprocesso de recuperação de receitas provenientes de corrupção em todas as fronteiras nacionais.

A TI associou-se ao Mining, Minerals & SustainableDevelopment (MMSD) [Mineração, Minerais eDesenvolvimento Sustentável], um projeto independente depesquisa e consulta, com duração de dois anos, que buscacompreender como o setor de mineração e de mineraispode contribuir para o desenvolvimento sustentável. O MMSD enviou recomendações a trinta companhias demineração em todo o mundo. Como parte do processo deconsultas a TI realizou uma reunião em seu escritório central em Berlim sobre a corrupção no setor de minerais e mineração.

A TI vem participando de uma nova Commission onFinance for Water Infrastructure [Comissão sobre Finançaspara Infra-Estrutura de Água] chefiada pelo ex-diretor do Fundo Monetário Internacional, Michel Camdessus. Oobjetivo da comissão são as formas de mobilização de verbas para investimentos na rede de água. A contribuiçãoda TI é a adaptação de seus conceitos de Sistema deIntegridade e Pacto de Integridade.

C ríticas ao governo deZimbábue revelaram ser

algo perigoso, já que aseleições de março de 2002preparavam o caminho para areeleição do presidente RobertMugabe. As novas leis damídia e de segurança, bastanteseveras, dificultaram aindamais as ações de grupos dasociedade civil. Mas, apesar da pressão constante e deinterrogatórios ocasionais dapolícia, os membros da TIZimbábue fez grandesprogressos. A mídia local e a

internacional deram grandecobertura às atividades da TI Zimbábue, especialmentedepois que o capítulo pôs emdúvida a legalidade doprocesso eleitoral. Segundo opresidente da TI Zimbábue,John Makumbe, as eleiçõesnão poderiam ser justas e livresporque “o jogo político nãoera limpo”. Além de servircomo observador oficial daseleições de março, a TIZimbábue criou a Coalizãopara a Crise no Zimbábue(uma coalizão de 250 ONGs).

Antes das eleições de março, a TI Zimbábue organizou um“centro de informações sobrea crise” no escritório da TIHarare, que distribuía notas àimprensa e recebia relatóriossobre irregularidades ocorridasnas zonas eleitorais de todo opaís. A TI Zimbábue já tinhaexperiência no monitoramentode eleições no país – o grupofoi o grande responsável,juntamente com a sociedadecivil, pelo monitoramento das eleições parlamentares de 2000.

O desafio dos resultados eleitorais

Zimbábue

nacionais

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Pe

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RELATÓRIO ANUAL 2002

Ricardo Uceda começou a seconvencer da necessidade delutar contra a corrupção naépoca em que era um dosjornalistas mais famosos do

Peru. Como líder de um grupo de repórteresinvestigativos no jornal El Comercio, ojornal mais antigo e de maior prestígio doPeru, Ricardo denunciou casos de abuso depoder que abalaram o governo dopresidente peruano Alberto Fujimori. Em 1993, em uma reportagem, revelou aexistência de um cemitério clandestino quecontinha os corpos de nove estudantesuniversitários e um de seus professores, quetinham sido vítimas de um esquadrão damorte militar com a proteção do governoFujimori. Mais tarde, Ricardo descobriuenormes fraudes eleitorais no regimeFujimori.

A corrupção estava por toda a partena administração peruana. “É difícil encontrar um lugar onde a corrupção estejatão disseminada como no Peru”, dizRicardo. “Quase todo mundo foi filmadoaceitando suborno de (Vladimiro)Montesinos”, ex-conselheiro presidencial echefe do serviço nacional de inteligência,que atualmente enfrenta uma longa listade acusações criminais que inclui enriquecimento ilícito, tráfico de drogas elavagem de dinheiro.

“Para nós da imprensa, que tivemosoportunidade de ver tão de perto o fenômeno da corrupção, era evidente quemesmo depois que o governo Fujimori

caísse (em 2000) e levasse os corruptosconsigo, todos os fatores que sustentavama corrupção continuariam existindo”, dizRicardo, 49 anos.

A partir daí, Ricardo e vários outrosperuanos compreenderam que era essencialcriar uma ampla coalizão na sociedade civilpara lutar contra a corrupção. O que levouà formação, em junho de 2001, da ProEtica,um consórcio anticorrupção composto dequatro organizações, incluindo o Institutoda Sociedade e Imprensa, do qual Ricardo éfundador e diretor-executivo.

O objetivo da ProEtica, contatonacional da TI no Peru, é lutar contra a corrupção e fortalecer a democracia nopaís. Ricardo considera a corrupção “umatragédia nacional que nos deixou moralmente abalados, economicamenteexauridos, socialmente frustrados e politicamente fracos”. Ele ainda consegueser um pouco otimista, mas é realista sobreo futuro político do Peru.

“Pela primeira vez na história do Peru,os culpados estão sendo trazidos à justiça,mas seria um grande erro pensar queresolvemos o problema de corrupção noPeru. Estamos lidando com uma prática emvoga há muito tempo. Portanto, precisamosde ações eficazes para prevenir, investigar,denunciar a corrupção e estabelecersanções para coibi-la. Precisamos continuara criar um clima cultural e institucional quediminua a corrupção no futuro.”

Ricardo Uceda do Peru

Comorevelar a corrupção

Comoconseguir

reformasno Senegal,Marrocos e

Madagascar

Os capítulos da TI em todo o mundoreconheceram que as investigaçõessobre corrupção são ferramentas úteisque podem ser a base para um grandetrabalho nesse sentido. Essas

investigações fornecem dados muito importantes parapaíses cujas autoridades, muitas vezes, chegam anegar que o problema existe. São, também, o primeiropasso para o desenvolvimento de estratégias nacionaispara o combate à corrupção. Estudos realizados portrês capítulos da TI em países africanos de línguafrancesa mostram a extensão do problema.

Senegal• Noventa por cento dos entrevistados, entre indivíduos

e empresas, reconhecem que a corrupção existe emtodo o Senegal.

• Quarenta por cento dos executivos consideram osuborno necessário para se obter um contrato público.

• A maioria dos entrevistados acredita que a compra devotos é uma prática comum e que o acesso aos serviçospúblicos muitas vezes depende de “pagamentos” secretos.

Marrocos• Depois dos impostos, a corrupção foi apontada pelas

empresas marroquinas como sendo o maior obstáculoao desenvolvimento do setor privado.

• Oitenta e sete por cento dos entrevistados consideram acorrupção um dos piores problemas do país depois dodesemprego, do custo de vida e do tratamento do lixo.

• Numa visão um pouco mais otimista, 79% dosentrevistados acharam que seria possível lutar contra acorrupção, enquanto apenas 21% julgaram que seriaimpossível.

Madagascar• Sessenta e cinco por cento dos entrevistados disseram

que a corrupção aumentou no país nos últimos cincoanos.

• Ganhos pessoais foram considerados o principalmotivo para a corrupção, seguido de baixos salários eimpunidade.

• A tolerância à corrupção é maior por parte deindivíduos do que de empresas.

• Os setores mais propensos à corrupção são a polícia detrânsito, o sistema Judiciário e o funcionalismo público.

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ssoas

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RELATÓRIO ANUAL 2002

Djilali Hadjadj paroude praticar amedicina há dezanos porque, sendoum dos maiores

críticos das violações dos direitoscivis e humanos, sentiu que estavaem perigo. Isso levou-o a buscarsua segunda paixão: o jornalismoinvestigativo. Mas seu trabalhocomo jornalista e chefe da Algerian Anti-CorruptionAssociation [Associação ArgelinaAnticorrupção], contato nacional daTI no país, é, por certo, até maisperigoso.

“Eu era um ingênuo”, dizDjilali, referindo-se aos primeirosanos em que trabalhou como médico. “Eu achava que não haviacorrupção onde a vida humanaestava em jogo.” Mas depois dequinze anos trabalhando nos hospitais públicos da Argélia ele seconvenceu de que a corrupçãocusta muito caro. Não foi nenhumasurpresa, então, que ele começassesua carreira no jornalismo investigativo denunciando casos decorrupção na indústria farmacêuticae nas licitações de equipamentomédico. Algum tempo depois, elepublicou um importante suplementosobre saúde no jornal El Watan.

Djilali Hadjadj continua trabalhando com o tema da corrupção através de uma colunaregular no jornal Le Soir d’Algérie ede artigos e documentários para amídia estrangeira. Sete anos de trabalho com investigações culminaram na publicação do livroCorruption et Démocracie enAlgérie (La Dispute Editeurs, Paris),em 1999. Segundo Djilali, apesar deter conseguido a independência háquarenta anos, a Argélia ainda sofrede um “déficit democrático” e a falta de democracia gerou umsolo muito fértil para a corrupção.Em vez de usar os recursos mineraisdo país para seu próprio desenvolvimento, o lucro geradopelo petróleo vai parar nas mãos depolíticos. As autoridades argelinaschegaram a intimidá-lo muitasvezes por causa de suas investigações. Ele já recebeuinúmeras intimações para comparecer ao tribunal, acusado de difamação.

Apesar dos riscos, Djilali continua a lutar. “Se tivesse quefazer tudo isso sozinho, eu já teriadesistido há muito tempo”, ele confessa. Trabalhar com outras pessoas tão dedicadas e que fazemparte da Associação Argelina

Anticorrupção é uma grande fontede energia, ele diz. A Associação,criada em 1999, enfrentou obstáculos legais quando tentouobter seu registro no Ministério do Interior. Mas, apesar dosdesafios, o grupo está crescendo cada vez mais. Estácomeçando a criar coalizões locais eregionais para conscientizar a população e para tratar de temascomo transparência nas licitaçõespúblicas e na reforma agrária. Éencorajador saber que a luta contraa corrupção na Argélia se tornou“altamente democrática”, diz Djilali.Ele destaca o trabalho de outrosjornalistas, de ONGs e de funcionários públicos que estãocomeçando a se manifestar contraa corrupção.

Apesar do longo processo deviolência na Argélia, Djilali estáotimista sobre o futuro do país.Ironicamente, ele argumenta queserá ótimo quando os lucros com opetróleo começarem a diminuir nospróximos 25 anos. Isso forçará ogoverno a desenvolver outrasfontes potenciais de riqueza, comoa agricultura e o turismo. Djilaliconsidera “irreversível” tudo o quese conseguiu recentemente com osavanços da democracia e da

liberdade de expressão. Ao falarsobre as manifestações e greves quevarrem o país desde 1998, ele diz:“São arautos anunciando que osargelinos estão prontos para asmudanças”.

Djilali confessa que sentefalta de seu trabalho como médicoe acha que poderá voltar um dia.Mas continua apaixonado por seutrabalho na luta contra a corrupção: “Há tantas coisas parafazer na vida! Eu tenho sorte depoder escolher o que fazer e gostardo que faço. É verdade que meutrabalho absorve quase todo meutempo e interfere na minha vidapessoal. Pode até ser bastanteperigoso, mas é sempre fascinante”.

Djilali Hadjadj da Argélia

Democracia:exatamente o que o médico receitou

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RELATÓRIO ANUAL 2002

Depois das inúmeras manifestaçõespositivas que recebemos no ano passado,é um prazer apresentar a segunda ediçãodo informe anual da TI, que novamenteinclui uma separata sobre a Transparência

Internacional na América Latina e no Caribe (TILAC) — arede de capítulos nacionais da região.

Ao longo de 2002 tivemos a oportunidade depresenciar a consolidação — em termos programáticos einstitucionais — da rede da TILAC, concomitantemente aoaprofundamento da crise econômica, política e social vividaem boa parte de nosso continente — e que nos põe diantede desafios específicos. A crise argentina foi, em grandemedida, um reflexo dos efeitos desastrosos que a corrupçãoe a falta de reforma efetiva do sistema político podem terno que diz respeito à fragilidade das instituições públicas ea falência do Estado. As campanhas para eleiçõespresidenciais na Nicarágua, em Honduras, na Costa Rica, naBolívia, na Colômbia, no Equador e no Brasil responderamaos desafios e dificuldades para a governabilidade, emvários casos apoiando-se em plataformas anticorrupção. A incorporação do discurso anticorrupção às agendasnacionais não decorre apenas de uma pressão crescente porparte da comunidade internacional mas, sobretudo, resultade uma demanda e de uma tomada de consciênciaconstantes em prol da transparência e da prestação decontas por parte da cidadania e da sociedade civilorganizada. A TILAC aproveita os novos espaços que seabrem, ao mesmo tempo em que respalda a ação dasociedade civil nos lugares em que as possibilidades deação permanecem limitadas, juntamente com outrosaliados na região, com o objetivo de fortalecer agendasanticorrupção e monitorar a aplicação efetiva das mesmas.

Criada em 1995 com a missão de constituir umespaço para o intercâmbio de experiências e apoio mútuo,para o desenvolvimento e a difusão de ferramentasanticorrupção e a promoção de agendas regionais, a rededa TILAC é hoje integrada por capítulos nacionais ecapítulos nacionais em formação, bem como por contatosnacionais em catorze países latino-americanos.

Unindo essas forças, no ano passado conseguimosestabelecer temas prioritários para a luta contra acorrupção na região: contratações transparentes,transparência no financiamento político e monitoramentoda Convenção Interamericana contra a Corrupção. Em cadauma dessas três áreas, a TILAC se estabeleceu comoreferencial importante, proporcionando e incentivando acriação de conhecimento, ferramentas e agendas,

multiplicando, dessa forma,o esforço de cada um deseus integrantes e de muitosaliados na região.

Com o trabalhocrescente em torno detemas substantivos, torna-se cada vez maisimportante erigir nossosesforços sobre basesanalíticas sólidas edimensionar e tornar visíveisos resultados e o impactodos esforços empreendidos.Partindo dessa preocupação,fizeram-se avanços importantes na descrição e na avaliaçãode ferramentas, bem como no desenvolvimento deindicadores para a observação sistemática de SistemasNacionais de Integridade, ou de setores específicos dosmesmos. Adicionalmente à qualidade de nosso trabalho,nossa rede depende de uma boa comunicação. É nessecontexto que, a partir de um diagnóstico amplo, iniciamoso desenvolvimento de uma estratégia integral decomunicação regional que nos permita atingir de maneiramais eficiente nossos objetivos e envolver diferentespúblicos da região na luta anticorrupção.

A experiência de trabalho em rede regional, que jáexiste há mais de sete anos, caracterizou-se por ser umprocesso de aprendizado e resolução de desafios. Sabemoshoje que a eficácia de nosso trabalho em rede depende denossos objetivos e interesses comuns e da capacidade dosintegrantes de nossa rede. O grau de diálogo, de intercâmbiode experiências e de cooperação horizontal que hoje vivemosna TILAC é um reflexo da confiança construída, bem como daconsolidação de doze capítulos, e de capítulos em formaçãona região. Esse grau de progresso na consolidação da redeTILAC permite, por um lado, demonstrar a seus integrantes asvantagens de trabalhar desse modo e ressaltar seu potenciale suas possibilidades reais de inserção num esforço global.Por outro lado, a TILAC contribui, com sua experiência detrabalho e a colaboração entre os países, para o movimentointernacional, sendo um aporte para o longo caminho da TIpara a consolidação de uma rede internacional que sejadinâmica e vital, democrática e participativa, e que reúnaforças para construir um mundo mais justo e menos corrupto.

Silke PfeifferDiretora Regional

A Transparência

no Caribe

Internacionalna América Latina e

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RELATÓRIO ANUAL 2002

Os Pactos de Integridade aplicados comêxito na Colômbia, na Argentina, noMéxico e no Equador, as audiênciaspúblicas na Argentina, no Panamá e noParaguai, a base de dados eletrônica

licitinet.com no Equador, as oficinas de ética parafuncionários públicos no Paraguai e na Colômbia, sãoexemplos das ferramentas inovadoras que os capítulosnacionais da região estão desenvolvendo e aplicando comoforma de promover a transparência e a prestação de contasnas contratações do Estado. Baseado na alta prioridade deque desfruta o tema na agenda de quase todos os capítulosda TILAC, nossa rede se transformou num ponto dereferência importante para fazer frente à corrupção nascompras públicas como forma de propiciar a satisfaçãoadequada das necessidades dos cidadãos e de promover aética pública e a responsabilidade empresarial. Muitas vezeso impacto dessas medidas se reflete claramente no valor docontrato: no caso de uma licitação para a modernizaçãotecnológica do Banco Agrário, realizada na Colômbia noprimeiro semestre de 2002, obteve-se uma adjudicação 30% abaixo do previsto (21 milhões de dólares emcontraposição aos 30 milhões orçados) sem diminuir aqualidade do serviço contratado, graças, em parte, àaplicação de um Pacto de Integridade.

A ampla experiência dos capítulos e a dimensão daproblemática nos levou, na TILAC, a complementar asatividades nacionais com uma ação concertada em nívelregional, destinada a promover a melhoria global daintegridade da contratação pública. Iniciado em março de2001, o Projeto de Contratações Públicas Transparentes,nosso primeiro projeto regional, concentrou suas atividadesna elaboração de mapas de risco em matéria de corrupção

nos sistemas de compras públicas em nove países daAmérica Latina, os quais foram representados num mapa derisco regional. Esse diagnóstico abrangente permitiu que seidentificassem os maiores problemas relacionados com acontratação pública, entre outros a existência de sistemasde decisão e planejamento extremamente arbitrários, afalta de acesso à informação, a frágil institucionalidade e a falta de mecanismos de controle social.

A partir do mapa de risco regional, convocamos umaoficina que se realizou em janeiro de 2002, no Equador.Nessa oficina estabeleceram-se estratégias efetivas ecoletivas destinadas a contribuir para a solução desse tipode problema a partir da perspectiva da sociedade civil.Nesse sentido realizou-se, de um lado, a análise dasdebilidades que podem acometer as diferentes legislaçõesnacionais quando se procura combater a corrupção nessecampo e, de outro, o fortalecimento das possibilidades paraintroduzir ferramentas e mecanismos de controle socialpara a vigilância das contratações públicas, com vistas aprevenir atos de corrupção.

Dentro desse contexto, o projeto regional incorporaoutras iniciativas importantes. Uma delas é a discussão dosriscos de corrupção derivados das normas de aquisição dasagências multilaterais de financiamento. Ao mesmo tempo,contempla a concepção de um instrumento que permitaavaliar — no início, a meio caminho e no final do projeto —alguns indicadores que mostrem a evolução dos níveis decorrupção presentes na contratação pública. Essasiniciativas permitirão, ademais, que se meça o impacto quevenha a ter o projeto regional, juntamente com outrosesforços que se possam empreender simultaneamente, paracontribuir para a mudança da situação de integridade nacontratação pública na região.

Projetos

Contratações Transparentes

Regionais

Nos últimos

anos tivemos

ocasião de

presenciar a

consolidação

da rede da TILAC

em termos

programáticos e

institucionais.

No ano passado a rede da TILAC focalizou três temas prioritários na luta contra a

corrupção na região: contratações transparentes, transparência no financiamento político e

acompanhamento da Convenção Interamericana contra a Corrupção. Em cada uma dessas

três áreas, a TILAC se estabeleceu como referencial importante, oferecendo e incentivando

a produção de conhecimento, ferramentas e agendas para multiplicar o esforço de cada um

de seus integrantes.

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No ano que passou, dedicamosatenção crescente, na TILAC, àsatividades relacionadas com acomunicação. Com efeito, atradução para o espanhol do

Informe Anual de 2001, com a seção especial sobrenosso trabalho na América Latina e no Caribe,constituiu apenas o primeiro dos muitos produtos einiciativas que perseguimos com entusiasmo e quereceberam grande apoio. Com o objetivo de chegara um público mais amplo na região, durante o anoque passou realizamos também a tradução e aadaptação do Source Book da TI para o espanhol e o português, e a tradução de seções importantes do Informe Global sobre a Corrupção 2001 para oespanhol.

Informar, mobilizar e estimular a participaçãode diferentes públicos em temas importantes para aluta contra a corrupção é o objetivo queperseguimos na área da comunicação. Isso nos dácondições de partilhar experiências e informações demaneira eficaz, por intermédio de uma ampla gamade meios. Para atingir nosso objetivo, dedicamo-nos,no ano que passou, ao desenvolvimento de umaestratégia comum de comunicação. O ponto departida desse exercício foi a realização de umdiagnóstico abrangente, que nos permitiu avaliar oenfoque de nossas comunicações, nossos materiais ecapacitações, assim como os dos capítulos nacionais,e ao mesmo tempo incidiu sobre a estratégia globalde comunicação da TI.

Além de fortalecer e profissionalizar asatividades de comunicação dos capítulos dentro darede, nossa estratégia inclui a geração, adaptação edisseminação profissional e participativa dasmensagens relevantes da TI e da TILAC para a regiãolatino-americana. Nisso, o Departamento para aAmérica Latina e Caribe da Secretaria da TI não é oúnico espaço em que se origina informação. Como aparte preponderante do conhecimento e daexperiência se concentra nos capítulos nacionais,estes se transformarão em geradores de informaçãoe dessa forma exercerão sua influência sobre aestratégia de comunicação regional.

É nosso compromisso continuar ajustando eaperfeiçoando nossas mensagens em nível nacionale regional, nos idiomas dos diferentes países. E, ao fazê-lo, prestar a devida consideração àscaracterísticas históricas, culturais, jurídicas einstitucionais específicas de cada país, ao mesmotempo em que lutamos para obter maior consistênciaem nossa língua e nossa imagem comuns.

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RELATÓRIO ANUAL 2002

A sociedade civil vigia o financiamentopolítico

Hoje em dia os escândalosde corrupção existentesem quase todas asdemocraciasdeterminaram que o

financiamento de partidos políticos ecampanhas eleitorais se tornasse um temacentral na agenda dos sistemas políticosdemocráticos. Na América Latina somostristes testemunhas de como as transaçõescorruptas entre representantes eleitos econtribuidores privados podem deteriorarinstituições democráticas, ocasionando oapresamento do Estado por interessesprivados. Nesta última década muito seescreveu a respeito, particularmente com oobjetivo de comparar os sistemas definanciamento político de diferentes regiõesdo mundo. Contudo, a análise das principaismanifestações de corrupção nofinanciamento político, bem como dasiniciativas práticas que a elas se opõem, foimerecedora de menos atenção.

O papel fiscalizador da sociedade civilna região assume um aspectoparticularmente significativo quando setem presente que na legislação relativa aofinanciamento político, diferentemente dade outras áreas, representantes eleitosdefinem normas que incidem sobre suaspróprias atividades e associações. Emmuitos países, a participação dasorganizações da sociedade civil foinecessária e obteve êxito no esforço depromover reformas, prevenir a opacidadedas decisões e neutralizar a mentalidadeque procura obter privilégios com as novasleis sobre o financiamento de partidospolíticos e campanhas eleitorais. Foi assimque a iniciativa no sentido de controlar osgastos eleitorais, efetuada pelo capítuloargentino da TI, o Poder Cidadão, em

decorrência das últimas eleições, associadaà atividade constante de pressão em tornodo assunto, ocasionou uma reforma legalnaquele país, com o objetivo de fixarlimites para os gastos eleitorais, bem comopara as doações privadas. Essa ferramentade vigilância dos gastos foi implementadana Costa Rica, no Paraguai, no Peru e noEquador, e vem enriquecer o inventário deferramentas contra a corrupção,juntamente com outras experiênciasinovadoras de capítulos da TILAC na área.

Diante desse panorama, e com aexperiência específica dos capítulos daTILAC em matéria de controle da corrupçãono financiamento político, a rede atribuiuprioridade ao tema como projeto regional.Em janeiro de 2002, a ação concertada teveinício com um exercício de diagnósticoregional em dois níveis. Em primeiro lugar,foi estabelecido um perfil das normas,práticas e debates principais relacionados àcorrupção no financiamento de partidos oude campanhas eleitorais. Tendo em conta acomplexidade do problema, essediagnóstico pretende identificarinstrumentos eficazes relacionados aproblemas específicos que persistem nosdiferentes países. Ao mesmo tempo,permite determinar áreas em que serápreciso desenvolver ferramentas inovadorase eficazes para fazer frente aos problemas.Finalmente, constituirá uma baseimportante para a definição de umaestratégia de cooperação regional em tornodo tema — uma estratégia que incluaaliados estratégicos importantes como aRede Acordo de Lima e o IDEA-LAC (Instituto Internacional para a Democraciae a Assistência Eleitoral — América Latina e Caribe).

Comunicação,vital para atransparência

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RELATÓRIO ANUAL 2002

AConvenção Interamericana contra aCorrupção, da Organização dos EstadosAmericanos (OEA), é um instrumentojurídico chave no qual se estabelecemnormas para sancionar e prevenir a

corrupção, bem como para a cooperação jurídicatransnacional. A Convenção oferece um quadro importantepara o trabalho da TILAC, em seu esforço para favorecergovernos transparentes, abertos e responsáveis no continente.

Em junho de 2001, a Assembléia Geral da OEAaprovou formalmente um mecanismo intergovernamentalpara o acompanhamento da implementação da ConvençãoInteramericana contra a Corrupção. Nesse contexto, aprimeira rodada de avaliações de Estados se concentrará noArtigo III, que contempla medidas preventivas, e avaliará oque diga respeito às regras que se referem aos conflitos deinteresses e mecanismos para efetivá-las, à declaração debens patrimoniais, aos órgãos de controle e à participaçãoda sociedade civil. Também serão revistos o Artigo XIV,sobre cooperação técnica, e o Artigo XVII, sobre autoridadescentrais.

A partir desse momento, os capítulos da TI em toda aAmérica incrementarão seus esforços para desempenhar umpapel significativo nesse processo de acompanhamento,mediante a criação de espaços para o debate e a discussão;mediante pressões constantes, em nível nacional e regional;e mediante a coleta de conhecimento especializado sobre otema. Essa iniciativa regional ultrapassa a cooperação nointerior da rede TILAC e inclui outras organizações dasociedade civil na região e outros capítulos nacionais dasAméricas, inclusive a TI-EUA e a TI Canadá.

Por ocasião da X Conferência Internacional contra aCorrupção realizada em Praga em 2001, a TILAC organizouuma oficina regional sobre o acompanhamento daConvenção, precedida por um foro eletrônico que cobriutoda a América Latina. Ficou evidente, nesse momento, afalta de conhecimento sobre o alcance da Convenção, bemcomo a ausência de vontade política para sua efetivaimplementação. Devido a isso, a oficina se centrou nointercâmbio de experiências e de lições aprendidas dediferentes mecanismos de acompanhamento de tratadosinternacionais, tais como a Convenção Anticorrupção daOrganização para a Cooperação e o DesenvolvimentoEconômico (OCDE) e a Convenção Interamericana deDireitos Humanos.

A partir de janeiro de 2002, o Comitê de Especialistasdos Estados Membros da OEA se dedica a definir as regras eprocedimentos para o mecanismo de acompanhamento,processo para o qual os capítulos do continente americanoestão contribuindo de forma ativa. As contribuições doscapítulos de toda a América incluem a geração de apoioentre delegações governamentais para a adoção de umalinguagem clara e séria, que permita a participação dasociedade civil em todas as etapas do acompanhamento, e

a elaboração de uma série de recomendações para a OEA eo Comitê de Especialistas, destacando temas sem os quaisseria impossível ocorrer um processo de acompanhamentoefetivo e confiável.

Graças aos esforços contínuos, a TI foi convidada aparticipar do seminário de abertura da primeira reunião deEspecialistas com o objetivo de destacar as liçõesaprendidas por nós no acompanhamento da Convenção daOCDE e em nossa experiência prévia no trabalho com aOEA, em assuntos relacionados com a Convenção.

Com o início das atividades do mecanismo deacompanhamento, os capítulos da TI em toda a Américapassaram a desenvolver uma estratégia integrada deacompanhamento paralelo, operante em nível regional,com atividades para fortalecer o funcionamento dosmecanismos de acompanhamento perante o Comitê deEspecialistas e a OEA, entre outros, bem como em nívelnacional, com atividades voltadas para a aplicação daConvenção no interior de cada país.

Fortalecimento da Convenção Interamericanacontra a Corrupção

O desafio de

dar continuidade

à Convenção

Interamericana

contra a

Corrupção reúne

os esforços dos

capítulos de todo

o continente

americano.

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RELATÓRIO ANUAL 2002

ATILAC é composta por doze capítulos. A abundância de ferramentas e asatividades realizadas no decorrer do anoque passou demonstram a consolidaçãocrescente do movimento, em termos

programáticos e institucionais. A seguir, cada capítulo daTILAC descreve alguns de seus principais sucessos.

Argentina:Este ano o Poder Cidadão (PC), capítulo argentino da

TI, realizou diversas atividades no interior do país e tambémapoiou algumas organizações no exterior. Dentro daArgentina, o PC obteve importantes sucessos noacompanhamento cívico do Senado, no Conselho daMagistratura e na Suprema Corte de Justiça. Por exemplo,em resposta à ação empreendida pelo PC, depois de setemeses de acompanhamento das atividades do Senado, aSuprema Corte de Justiça emitiu uma resolução tornandoobrigatório que todos os senadores tornem públicas as suasdeclarações de bens (ver p. 7).

Em resposta à crise econômica de janeiro de 2002, oPC apresentou uma carta ao presidente Duhalde apontandoos aspectos que as novas autoridades nacionais deveriamcontemplar para restabelecer o império da Lei e iniciar areconstrução das instituições. O PC ressaltou a necessidadede uma reforma do Poder Judiciário, da ratificação de umalei de Acesso à Informação e de uma reforma do sistema definanciamento político. Nesta última questão, o PCconseguiu apresentar um projeto de modificação de leiestabelecendo limites claros para as despesas eleitorais e,ainda, exigiu que os juízes apresentassem suas declaraçõespatrimoniais juramentadas. No período, o PC tambémempreendeu uma campanha maciça de coleta deassinaturas para acabar com as aposentadorias especiais.Mediante essa iniciativa popular, foram coletadas mais de500 mil assinaturas, que permitiram a entrada do projetono Congresso Nacional, que finalmente eliminou osprivilégios. É a primeira vez que um projeto apresentadopelos cidadãos é debatido pelos representantes.

Na Venezuela e na República Dominicana, o PCapoiou organizações locais em programas de gestão abertae participativa em nível municipal, de contratações públicastransparentes e de financiamento de campanhaslegislativas. No decorrer do ano, o PC também apoiou ospaíses da Europa do Leste e da Ásia Central, especialmenteLetônia e Ucrânia, na metodologia e implementação domonitoramento cidadão do financiamento das campanhaseleitorais. No quadro de suas atividades regionais e fazendouso das novas tecnologias de informação e comunicação, oPC empreendeu a realização de um programa decapacitação em ferramentas contra a corrupção porintermédio de campos virtuais. Entre os temas decapacitação encontram-se: o livre acesso à informaçãopública, contratações transparentes e financiamento

CapítulosNaci

político. O Secretário Executivo do PC, Christian Gruenberg,participou da coordenação da Fase I do projeto regionalsobre financiamento político da TILAC, supervisionando oprocesso de coleta de experiências práticas no controle dacorrupção no financiamento de partidos e campanhaseleitorais.

Brasil:Em 2002 a Transparência Brasil (TBrasil) comemorou

seu segundo aniversário. Foram várias as suas atividades.Durante as eleições presidenciais, parlamentares e estaduaisno Brasil em outubro de 2002, o capítulo lançou aCampanha Voto Limpo, cujas principais mensagens foram“Não venda seu voto” e “Não vote em ladrões”. Essasmensagens foram difundidas por intermédio de anúnciosnos jornais de grande circulação, revistas semanais,televisão, rádio, painéis eletrônicos e mesmo balões.

Hoje a rede

da TILAC é

constituída por

capítulos nacionais

e capítulos em

formação em

doze países

latino-americanos.

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RELATÓRIO ANUAL 2002

Como parte da campanha, a TBrasil formulou um“Compromisso Anticorrupção” com diversas medidasconcretas para o aperfeiçoamento dos mecanismosinstitucionais. O “Compromisso” foi apresentado aosprincipais candidatos presidenciais e assinado por doisdeles, José Serra e Luiz Inácio Lula da Silva, que acabousendo eleito presidente. Em dezembro de 2001, a TBrasilpatrocinou um seminário para “Garantir a Transparência e aPrestação de Contas no Setor Público” juntamente com aOCDE e a OEA. No evento fizeram-se recomendações sobreo manejo dos conflitos de interesses, o acesso à informaçãoe os processos participativos na criação de orçamentos noâmbito do contexto da Convenção Interamericana contra aCorrupção. Essa Convenção foi finalmente ratificada emjunho de 2002, depois de importantes esforços de pressãopor parte da TBrasil. Também se publicou em portuguêsCaminhos da Transparência, uma adaptação para ocontexto brasileiro do Livro de Referência da TI. O projetoreuniu os esforços de advogados, jornalistas, acadêmicos eespecialistas do setor público, e contribuiu para que ocapítulo fortalecesse sua posição como ponto de referênciana luta contra a corrupção no país.

No quadro do projeto regional da TILAC sobrecontratações transparentes, Cláudio Weber Abramo,Secretário Geral da TBrasil e membro do Conselho da TI,coordenou a primeira fase do projeto e participou de oficinaspara a elaboração de mapas de risco de vários países daregião, contribuindo assim para o tema com sua experiência efomentando uma visão comum sobre o problema.

Uma das preocupações fundamentais da TBrasil éganhar uma melhor compreensão sobre as práticas quecaracterizam o fenômeno da corrupção. Uma dasmetodologias importantes para isso são levantamentosrealizados junto a diferentes segmentos da população. Em 2002, no âmbito de uma parceria com a Kroll, a TBrasil realizou uma pesquisa em profundidade sobrefraude e corrupção entre empresas privadas, a qual recebeuintensa cobertura pela imprensa. A pesquisa será ampliadae aperfeiçoada em 2003.

Logo após as eleições de 2002, no âmbito deconvênio de cooperação técnica com a UNACON, a TBrasilrealizou sua segunda pesquisa com representatividade

onaisnacional sobre o fenômeno de compra de votos no país (a primeira foi feita em 2001), dando assim seqüência auma série que se pretende repetir sistematicamente.

A Transparência Brasil tem sido ainda a únicaorganização não-governamental brasileira representada nocomitê de orientação do programa de Boa Governança daprefeitura de São Paulo, com apoio do Banco Mundial.Empregando recursos do Partnership for Transparency Fundda Transparência Internacional, representantes da TBrasiltiveram papel central na confecção do questionário de amplapesquisa sobre corrupção no município, realizada em 2002entre servidores públicos, usuários, e empresas (incluindo-sefornecedores). Coube à TBrasil elaborar o relatório dessapesquisa, que representa o primeiro estudo aprofundado sobrea corrupção num município que é um dos maiores do mundo.

Chile:A Corporação Chile Transparente sempre deu

importância às atividades de difusão. Nesse sentido,esmerou-se para incluir o tema da probidade e datransparência na agenda pública e política do país. Comoparte desse esforço, o capítulo participa regularmente deum programa de televisão e conta com uma coluna numjornal, onde o Presidente da Corporação analisa temas deinteresse sobre a probidade, a ética e a transparência. Noano que passou, o lançamento do Índice de Percepções daCorrupção (IPC) 2002 foi feito por ocasião de um paineltemático organizado pelo capítulo juntamente com asCâmaras de Comércio do Chile e dos Estados Unidos, aUniversidade Adolfo Ibáñez e o Instituto Probidade, entreoutros. Realizou-se igualmente a “Feira da Corrupção”, quecontou com postos informativos de diversas instituições,que distribuíram materiais, documentos e revistas aosparticipantes.

Com o apoio do Conselho de Auditoria Interna, a TIChile organizou uma oficina para funcionários públicossobre a recente Lei de Probidade, de que participaramtrinta altos funcionários públicos de oito instâncias doEstado. O principal objetivo dessa atividade foi analisaralguns conteúdos da Lei e avaliar sua aplicação. Graças àmetodologia participativa utilizada, identificaram-se pontosfracos e fortes da Lei e propuseram-se algumas melhoras.

em Ação

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RELATÓRIO ANUAL 2002

Colômbia:A Transparência pela Colômbia se consolidou como

um importante ponto de referência nos trabalhos ediscussões sobre integridade e corrupção no país.Desenvolvendo seu trabalho com o setor privado, o capítulo tratou de adequar a metodologia do EthicsResource Center à realidade empresarial, e de implementarProgramas Integrais de Ética, que contemplam a idealização e a adoção de compromissos éticosestabelecidos a partir de diagnósticos participativos doclima ético das empresas.

Por outro lado, o Observatório de Integridade docapítulo publicou os resultados do “Índice de Integridadedas Entidades Públicas 2002” e do “Relatório Comparativodos Poderes do Estado”, um estudo realizado anteriormenteenvolvendo as mais importantes entidades públicaspertencentes ao executivo, ao legislativo, ao judicial e aosorganismos de controle. A qualificação de cada entidade foifeita a partir de três fatores: a transparência, o controle/sanção e a eficiência/institucionalidade. O lançamento doÍndice e do Relatório Comparativo foi amplamentedivulgado pelos principais meios de comunicação.

Por ocasião das eleições legislativas e presidenciais de2002, o capítulo desenvolveu, juntamente com os principaismeios de comunicação, a campanha Votebien.com,destinada a promover o debate público sobre a corrupção,a integridade, a violência, a paz e o desemprego. Porintermédio de sua página na Internet, que recebeu 564.000 visitas, publicaram-se mais de cem artigosjornalísticos, 6.800 pessoas participaram de foros virtuais,foi feita a cobertura das jornadas eleitorais e oscolombianos que vivem fora da Colômbia foraminformados sobre o processo eleitoral.

Ao mesmo tempo, deu-se prosseguimento àimplementação de Pactos de Integridade em grandesprocessos de contratação da administração pública centrale de alguns departamentos e municípios. Entre julho de2001 e julho de 2002 foram acompanhados 41 processos decontratação, envolvendo uma quantia superior a 568milhões de dólares em recursos públicos. Em decorrênciadesses esforços, Transparência pela Colômbia foi convidadaa trabalhar de forma mais estrutural em algumas entidades

A promoção datransparência naAmérica Central

Comprometida com o combate à corrupção na América Central, aTransparência Internacional vem desenvolvendo, desde meados de2001, uma iniciativa concreta para favorecer a colaboração comorganizações locais da sociedade civil, particularmente em Honduras,El Salvador e Nicarágua. O programa teve início num momento

crucial para a região, momento esse em que o tema da corrupção adquiriupreponderância na agenda pública: novos governos chegaram ao poder complataformas contra a corrupção, ao mesmo tempo em que se apresenta umaconsciência crescente e demanda social em prol de índices mais altos detransparência e de prestação de contas. Considerando-se a importância daparticipação da sociedade civil para que ocorra a passagem das palavras aos fatos,o programa da TI apóia as organizações locais para que possam ser atores einterlocutores fortes na luta anticorrupção em seus respectivos países. O programa dá prioridade à ampliação do número de aliados da sociedade civilcomprometidos no combate à corrupção, ao fortalecimento de capacidades para uma maior incidência e à geração de sinergias positivas entre organizaçõesnacionais, e destas com o restante da região.

Como elemento de suporte analítico, a TI contará com um diagnósticobaseado na metodologia utilizada em nível mundial para avaliar o funcionamentodo “Sistema Nacional de Integridade” nos três países mencionados. Neste exercício,a TI está colaborando com o “Projeto Estado da Região”, centro de investigaçãoregional reconhecido por seu renomado Informe Bianual sobre o Estado da Região.Esse informe parte da identificação de áreas vulneráveis, e permitirá que se abramespaços de discussão entre diferentes organizações da sociedade civil e outrossetores sociais para identificar espaços e estratégias de ação coletiva. A TI apoiaráa criação de redes amplas e plurais contra a corrupção nos três países medianteoficinas nacionais e regionais que ofereçam capacitação em ferramentasinovadoras para o controle cidadão da corrupção. Esse esforço, originado no anopassado, recebeu, para o período 2002-2003, um importante apoio do Programada Dinamarca pró-Direitos Humanos para a América Central (Prodeca).

Um aspecto que vale a pena ressaltar, nessa iniciativa na América Central,é a idéia de manter uma relação sempre orientada para o desenvolvimento deatividades pontuais com organizações locais. Bom exemplo disso é o esforço nosentido de construir uma agenda mínima contra a corrupção na Nicarágua, emaliança estratégica com organizações da sociedade civil e setores reformistas dogoverno daquele país, ou a assessoria para a realização de uma pesquisa sobre oimpacto da corrupção nas pequenas e médias empresas na Guatemala, em ElSalvador, na Nicarágua e em Honduras (esta última iniciativa apoiada pela AgênciaAlemã para a Assistência Técnica, GTZ).

Entre as peculiaridades do modelo instrumentado pela TI na América Centralestá a de privilegiar o aproveitamento dos recursos estratégicos oferecidos pelotrabalho em rede. Ao longo das atividades fomentar-se-á a colaboração doscapítulos nacionais que fazem parte da TILAC, especialmente os daquela sub-região, para que repartam sua experiência e apoiem a geração de capacidades deorganizações centro-americanas em conformidade com suas próprias fortalezas.Uma amostra do efeito positivo desse modo de operar verificou-se graças ao apoioinicial oferecido pelo capítulo mexicano, a Transparência Mexicana, queproporcionou assessoria técnica direta, agregando sua experiência de trabalho emprojetos específicos à visão global da equipe da Secretaria.

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RELATÓRIO ANUAL 2002

públicas com as chamadas Ilhas de Integridade, para isolarou proteger um processo, ou um conjunto de processosorganizacionais inter-relacionados, de possíveis riscos decorrupção.

Finalmente, como parte do programa de intercâmbioentre os capítulos da TI, em 2002 a Transparência pelaColômbia recebeu convidados vindos da Guatemala, da Nicarágua, do Paquistão, do Peru e da Venezuela, alémde acompanhar ativamente o trabalho de outros capítulosda região.

Costa Rica:Durante o ano passado, a Transparência Internacional

Costa Rica, capítulo da TI em formação, conseguiu consolidarum espaço importante na sociedade costa-riquenha porintermédio de seus projetos relacionados com atransparência eleitoral, a formulação de códigos de ética, oacompanhamento dos compromissos derivados daConvenção Interamericana contra a Corrupção (CICC), e ocontrole cidadão das contratações públicas.

Em decorrência do controle dos gastos eleitoraisdurante as eleições presidenciais realizadas emfevereiro/abril de 2002, efetuada pela TI Costa Rica entreagosto de 2001 e a data das eleições, a problemática dofinanciamento ilícito adquiriu preponderância na agendados meios de comunicação, gerando assim importantesespaços de incidência. Com base em um Acordo deTransparência com os candidatos à Presidência, a TI CostaRica compilou, sistematizou e proporcionou informaçãoconsistente aos meios de informação e ao público em geralsobre as receitas e gastos dos partidos.

Com o objetivo de concentrar esforços na aprovaçãodos projetos de lei (a Lei contra o Enriquecimento Ilícito e aLei de Administração Financeira e Orçamentos Públicos,projetos esses que foram aprovados pelo Congresso), a TICosta Rica fez uma análise sobre a legislação relacionada àaplicação da CICC.

No quadro do projeto regional para contrataçõestransparentes, elaborou-se um mapa de risco para ascontratações de rodovias — como ferramenta preventiva docontrole cidadão — que obteve aceitação geral. Do mesmomodo, foi elaborado um mapa de pontos críticos sobre a

Os capítulos

da TI na

América Latina

apresentaram

criatividade e

capacidade

singulares na

experimentação

de novas idéias e

desenvolveram

uma ampla gama

de atividades

anticorrupção.

gestão judicial que está em vias de ser aplicado comoferramenta de controle da corrupção pelos usuários efuncionários judiciais.

A TI Costa Rica realizou um esforço notável dedifusão para informar o público a respeito de seu trabalho.Por intermédio de palestras de capacitação e conferênciasde imprensa mensais, a TI Costa Rica conseguiu obter umaposição de relevância na discussão pública sobre acorrupção.

Equador:No ano passado a Corporação Latino-americana para

o Desenvolvimento (CLD), capítulo equatoriano da TI,conseguiu materializar propostas inovadoras nas seguintesáreas: a aplicação da Convenção Interamericana contra aCorrupção (CICC); a consolidação da luta contra acorrupção como política do Estado; e a institucionalizaçãode mecanismos ótimos para prevenir, detectar e punir atosde corrupção. Para promover a genuína aplicação daConvenção Interamericana, da qual o Equador é um paíssignatário, o capítulo publicou o estudo “Obrigaçõesderivadas da ratificação da Convenção Interamericanacontra a Corrupção”, que especifica as mudançasnecessárias para que o país cumpra com as obrigaçõesderivadas de sua adesão à mencionada Convenção.

Entre os mecanismos implementados pelo capítulopara promover o desenvolvimento e a adoção efetiva deferramentas que permitam lutar contra a corrupção, cabemencionar a criação da licitenet.com, um site que,mediante a publicação eletrônica, põe ao alcance doscidadãos e da empresa privada informações sobre osprocessos estatais de contratação (ver p. 9).

Por outro lado, a CLD deu início a um processo deacompanhamento de dois leilões de bandas detelecomunicação que incluiu a assinatura de um Pacto deIntegridade, bem como compromissos de transparência porparte dos funcionários. Esta é a primeira experiência doEquador nessa questão; graças a ela, assentaram-se asbases para futuros trabalhos.

Dentro do esforço empreendido pela TILAC parareformar regionalmente as contratações públicas, a CLDrealizou uma “Oficina para o Desenvolvimento de um Mapade Risco na Contratação Pública no Equador”, graças à qualse detectaram e identificaram, mediante uma abordagemmulti-setorial, os principais riscos associados ao setor.Posteriormente, a TI–Equador sediou a “Oficina Regionalem Contratação Pública na América Latina”, à qualcompareceram representantes dos capítulos da Colômbia,da Argentina, do Brasil e do Equador, bem como doDepartamento LAC da Secretaria da TI. A partir dasobservações recolhidas nos processos de discussão sobreContratação Pública, a CLD formulou um estudocomparativo dos diferentes projetos de reforma legalexistentes no Equador, procurando estabelecer um quadrodefinitivo que responda às necessidades identificadas.

Guatemala:A Ação Cidadã, capítulo da TI em formação,

continuou, no ano passado, com propostas e açõesdestinadas a fortalecer a transparência e a prestação decontas de instituições públicas fundamentais para ademocracia, bem como a capacitar a sociedade civil nafiscalização das mesmas. Em março de 2002, a Ação Cidadã,em coalizão com diferentes atores públicos e privados,lançou uma campanha que permitiu tornar transparentes,ao longo de todo o ano de 2002, as eleições defuncionários públicos, oferecendo informação exaustivasobre os candidatos a diferentes cargos, entre eles o de

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RELATÓRIO ANUAL 2002

Os capítulos nacionais e os grupos de contato continuam abeneficiar-se dos intercâmbios transnacionais. No decorrer doano que passou observamos que quando o grupo visitante e oanfitrião planejam os intercâmbios em colaboração estreita, essesintercâmbios costumam ser extremamente proveitosos para os

dois lados, ao mesmo tempo em que servem para fortalecer os vínculos regionais.Os intercâmbios se concentraram, no ano que passou, na possibilidade de adquirirexperiência temática, em familiarizar-se com as ferramentas contra a corrupção, eem exercícios mais gerais relacionados com o desenvolvimento da organização.

Presenciamos a diferentes formas de intercâmbio. Representantes decapítulos ou grupos de contato visitaram um capítulo já estabelecido, motivadospelo desejo de conhecer em profundidade os programas temáticos do anfitrião e aconfiguração da organização, além de familiarizar-se ainda mais com o enfoque,as estratégias e as ferramentas da TI contra a corrupção. Em outras ocasiões,representantes de capítulos visitaram outro capítulo ou grupo de contato a fim deoferecer capacitação em algum tema específico.

Alguns dos intercâmbios no decorrer do ano passado foram:* Separadamente, representantes do Proética (Peru), Ética e

Transparência (Nicarágua) e Mirador Democrático (Venezuela)visitaram a Transparência pela Colômbia para travar conhecimento como trabalho e as ferramentas desse capítulo, especialmente na área dacontratação pública, e também para obter informações detalhadas quantoao modelo organizacional da Transparência pela Colômbia.

* Uma representante da Transparência pela Colômbia visitou aTransparência Paraguai para oferecer apoio ao trabalho do capítulo naárea das contratações no setor público.

* Um representante do Poder Cidadão (Argentina) visitou a ParticipaçãoCidadã (República Dominicana) para apoiar aquele grupo de contato nodesenvolvimento da linha de trabalho da organização na área dascontratações no setor público e para facilitar a realização de uma oficinasobre a participação da organização no Conselho Nacional Anticorrupção.

* Um representante da Transparência Mexicana visitou o Proética (Peru)para instruir aquele capítulo em formação acerca do desenvolvimento e daimplementação de uma ampla pesquisa de opinião sobre a corrupção.

* Um representante da Transparência Paraguai visitou a TransparênciaMexicana para conhecer a fundo o trabalho daquela organização na áreadas contratações públicas.

Ao mesmo tempo, a Secretaria da TI e os capítulos nacionais trabalharamestreitamente unidos para apoiar organizações civis em alguns países onde a TInão tem capítulos nacionais, a fim de oferecer-lhes os meios necessários para quese transformem em parceiros relevantes e competentes, em seus países, no campoda luta contra a corrupção. Essa combinação de experiência prática mostrou ser deespecial utilidade no caso da América Central, onde a Transparência Mexicana eoutros capítulos da América Central estão oferecendo apoio técnico aos novosgrupos de contato em El Salvador, Honduras e Nicarágua. Outro exemplo é o daVenezuela, onde o Poder Cidadão (Argentina), o Proética (Peru), a Transparênciapela Colômbia e o departamento da América Latina e do Caribe da Secretaria da TIestão oferecendo capacitação às organizações locais.

Na TILAC, orgulhamo-nos de poder facilitar os referidos intercâmbios, que são possíveis graças à generosidade de nossos capítulos. Estes estãopermanentemente dispostos a partilhar seu tempo e seu conhecimento. Esse é o verdadeiro significado de uma rede.

IntercâmbiosControlador de Contas da Nação, o de Procurador dosDireitos Humanos, o Fiscal Geral da República e oProcurador Geral da Nação. Ao mesmo tempo, apoioudiferentes organizações públicas para fortalecê-las em seusprogramas e esforços contra a corrupção. Por exemplo,realizaram-se seminários em nível nacional comfuncionários destacados da Procuradoria de DireitosHumanos sobre aspectos da luta anticorrupção e o livreAcesso à Informação. Como apoio ao Ministério Público,realizou-se um diagnóstico sobre a PromotoriaAnticorrupção, acompanhado de seminários com asociedade civil e empregados da promotoria. Além disso,elaborou-se, juntamente com essas entidades, um manualpara facilitar para os cidadãos o procedimento para fazerdenúncias de corrupção e conhecer os delitos reconhecidospelo sistema jurídico guatemalteco.

No dia 27 de junho de 2002, juntamente com dozeorganizações de diferentes setores, a Ação Cidadã lançou oObservatório Cidadão pelo livre Acesso à Informação. Aesse Observatório caberá verificar o grau e a qualidade doacesso à informação oferecido por diferentes instituiçõespúblicas e privadas, e ao mesmo tempo promover umalegislação adequada para facilitar o exercício cidadão dessedireito. Em 2002 a Ação Cidadã continuou realizando seuacompanhamento permanente das atividades do Congressoda República, ao mesmo tempo em que facultoumecanismos inovadores de fiscalização que irão melhorar arelação entre representantes e representados fora da áreaurbana. Graças a publicações de distribuição maciçaincentivaram-se e facilitaram-se mecanismos de consultadas iniciativas e organizações relacionadas com a lutacontra a corrupção.

México:Durante o ano que passou, a Transparência Mexicana

(TMexicana) obteve grandes progressos em distintosâmbitos. No segundo semestre de 2001, a TMexicanadivulgou os resultados da primeira Pesquisa Nacional deOpinião sobre Corrupção e Bom Governo (ENCBG), na qualestão refletidas as opiniões e experiências de 14.000 laresno que diz respeito à corrupção. Os resultados apresentadosem dois índices diferentes determinaram quais dos estadossão percebidos como os mais corruptos e em que serviçospúblicos existe maior grau de corrupção (ver p. 11).

Em abril de 2002 realizou-se o encontro “O Méxicocontra a Corrupção”, reunindo mais de 25 organizações quepartilharam suas experiências na promoção detransparência e combate à corrupção. Como parte desseevento, o capítulo participou como jurado num concursode ensaios sobre a transparência e a corrupção no país. ATMexicana também publicou o livro Cómo nos Arreglamos[Os jeitos que damos], de Germán Dehesa, que com lucidezorienta o cidadão sobre as manifestações da corrupção navida privada.

Em agosto de 2002 a TMexicana lançou o ManualCidadão, para fomentar a transparência e a controladoriacidadã dos programas sociais administrados pela Secretariade Desenvolvimento Social (SEDESOL). Mais de 350organizações civis de todo o país capacitadas pelaTMexicana participarão da verificação de denúnciasrelacionadas aos programas em questão. O Manual Cidadãofoi apresentado ao público pelo presidente Vicente Fox epelos diretores da SEDESOL. Essa publicação ofereceinformações específicas sobre a forma como devemfuncionar os programas sociais federais segundo as normas elaboradas pelo governo central, e facilita otrabalho das organizações civis no que diz respeito asupervisionar e acompanhar o funcionamento correto dosprogramas sociais.

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RELATÓRIO ANUAL 2002

No que se refere a seu apoio constante à rede TILAC ,o capítulo mexicano organizou a oficina regional “Grupode Monitoramento da Convenção Interamericana contra aCorrupção”, na qual foi elaborada uma estratégia integradapara o acompanhamento da Convenção por parte dasociedade civil, e emprestou apoio técnico ao Secretariadoda TI em suas missões na América Central. Finalmente, cabedestacar que em 2002 iniciaram-se entendimentos voltadospara a constituição de seções estatais da TI em Yucatán,Nuevo León, Jalisco e Chihuahua.

Panamá:No decorrer de 2002, o capítulo panamenho da TI

conseguiu atingir metas muito almejadas. Por um lado,concluiu com êxito o trabalho iniciado em 2000, visando aapresentar um projeto de Lei que permitisse o acessopúblico à informação. Durante dois anos, a TI-Panamáempreendeu uma campanha sistemática, com o apoio dosmeios de comunicação, que produziu seus frutos emsetembro de 2001, quando o novo Presidente da Assembléia Legislativa pediu ao capítulo que lhe entregasse o anteprojeto. Depois de três meses dediscussão, o mesmo foi aprovado e sancionado no dia 22 de janeiro de 2002 como a Lei 6, “Que dita Normaspara a Transparência na Gestão Pública, estabelece a Açãode Habeas Data e outras disposições”. A sanção dessa Lei motivou um anúncio, com o apoio financeiro daFundação Ford, que foi transmitido por todos os canais eemissoras radiofônicas do país.

No quadro do projeto regional da TILAC parapropiciar contratações transparentes, cabe mencionar aOficina para estabelecer o Mapa de Risco do Processo deContratações Públicas do Panamá, realizada no fim de2001, e que contou com a moderação de Martha Tamayo,da Transparência pela Colômbia, e com um gruposignificativo de especialistas no tema: advogados,provedores e funcionários públicos.

Em janeiro de 2002, a TI–Panamá ajudou a criar oMovimento Cidadão Anticorrupção (MCA), cuja primeiraatividade foi organizar uma corrente humana na avenidaBalboa daquela cidade capital (ver p. 3). O MCA reúne osesforços de diversas organizações, numa coalizão paraobter um maior impacto com suas ações contra acorrupção. Essa coalizão também conseguiu estabeleceruma aliança com vários meios de comunicação importantespara transmitir, na última quarta-feira de cada mês, umprograma intitulado “Cabildo Aberto”, para tratar de temasrelacionados à prevenção da corrupção.

Paraguai:No ano que passou, a Transparência Paraguai

continuou trabalhando no fortalecimento da transparênciana gestão pública, particularmente na área dascontratações. Em junho de 2001 assinou um convênio decooperação com o Banco Central para acompanhar as áreasde aquisição do Banco. Essa foi a primeira ocasião em queuma organização não-governamental se envolveuativamente com o Banco Central do Paraguai. Em janeirode 2002 foi estabelecido o primeiro acordo formal em nívelmunicipal, com o município de Coronel Oviedo, paraacompanhar as contratações de bens e serviços daprefeitura e melhorar a qualidade dos serviços prestadosaos cidadãos. O programa inclui oficinas para funcionários,com o objetivo de identificar riscos de corrupção naadministração municipal e ao mesmo tempo aprofundarnormas e procedimentos relacionados à contrataçãopública. Em fevereiro de 2002 foi concretizado umconvênio de cooperação semelhante ao que atualmente sedesenvolve no município de Coronel Oviedo com a

Faculdade de Medicina da Universidade Nacional, com oobjetivo de acompanhar as contratações do Hospital. Umadas atividades que deram destaque à TI-Paraguai no anopassado foi a tira de quadrinhos “Isabella: história de umfantasma”, que trata de temas envolvendo ética ecorrupção. Publicada semanalmente em quatro jornais, ahistorieta teve tanto êxito que se decidiu ampliar o projetoe lançar um programa de rádio a partir da série cômica.Além disso, “Isabella” serve de guia para docentes namatéria de Ética, mediante um acordo com a organizaçãonão-governamental Sumando [Somando].

No município de Assunção, a Transparência Paraguairealizou o primeiro controle de gastos eleitorais da históriapolítica do país. O controle se apoiou numa ferramentadesenvolvida pelo Poder Cidadão, capítulo da TI naArgentina, e consistiu em identificar os gastos em queincorreram os candidatos em doze estações de rádio,jornais e cadeias de televisão. Além disso, solicitaram-sedeclarações patrimoniais dos candidatos e de seus partidos.

Finalmente, cabe mencionar que a TI-Paraguaicontratou os serviços profissionais de uma jornalista paraproporcionar, em todos os momentos, informações enotícias sobre o trabalho do capítulo aos meios decomunicação.

Peru:Em seu primeiro ano de existência, o Consórcio

Nacional para a Ética Pública (Proética), capítulo da TI emformação, conseguiu destacar-se como referencialimportante nas manifestações contra a corrupção no Peru.O Consórcio se lançou em julho de 2001, organizando a “I Conferência Nacional Anticorrupção ”. Em abril de 2002foi lançado um livro com os documentos dessa reunião,durante a apresentação pública de uma série de iniciativas.Entre elas, destacam-se atividades nas áreas de promoçãodo acesso à informação e de transparência nascontratações do Estado. A esse respeito, foi inaugurada oEscritório de Acesso à Informação Pública (OACI), comoiniciativa conjunta do Instituto Imprensa e Sociedade (IPYS)e do Proética, para desenvolver políticas de acesso àinformação e litigar com o Estado representando asociedade civil. Em setembro de 2002, a OACI realizou umaconferência regional sobre acesso à informação e começoua capacitar funcionários públicos. Em matéria de aquisiçõesdo Estado, o Proética realizou uma controladoria cidadã dalicitação pública levada a cabo pelo Ministério do Interiorpara o fornecimento de uniformes para a Polícia Nacionaldo Peru e do processo de contratação de dezenovefuncionários para o Ministério de Promoção da Mulher e doDesenvolvimento Humano. Também acompanhou os

Os capítulos

nacionais se

dedicam a

conscientizar a

população sobre os

danos ocasionados

pela corrupção

e a identificar

métodos

construtivos para

reformar os

sistemas legais e

políticos nacionais

e a contribuir para

que esses métodos

se desenvolvam.

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RELATÓRIO ANUAL 2002

O ano de 2002 testemunhou váriasmudanças no Departamento da América Latina edo Caribe da Secretaria (Dep. LAC), sede dacoordenação da TILAC. Despedimo-nos de doiscolegas que nos acompanharam por muitos anos,Karen Hussmann e Sandra Pabón, que até maiocoordenaram as tarefas da TILAC a partir doEscritório Regional, em Santiago do Chile.Agradecemos a ambas sua dedicação para aconsolidação da rede regional. Estamos felizespor Karen ter ficado conosco alguns meses mais,para trabalhar em período parcial nacoordenação do projeto regional da OEA.

Gostaríamos ainda de reconhecer ascontribuições de Gustavo Rayo, ex-diretor doDepartamento LAC, que se despediu da TI emjaneiro de 2002.

Com a partida de Karen e Sandra e com oconsenso do capítulos da TILAC, o EscritórioRegional de Santiago foi fechado; agora asresponsabilidades relativas à coordenação daTILAC estão totalmente a cargo doDepartamento LAC da Secretaria da TI em

Berlim. Enquanto na primeira metade de 2002 o grupo LAC ficou com lacunas de pessoal,este foi posteriormente reforçado, sendoformado atualmente por uma equipe de quatropessoas:

Silke Pfeiffer, Diretora Regional (Alemanha)Silke se uniu à TI em junho de 1999. Como

Diretora Regional, tem responsabilidades degestão e supervisão dos diversos elementos denosso programa de trabalho, inclusive quanto àadministração financeira. No decorrer do anopassado, prestou especial atenção à iniciativa daAmérica Central e aos projetos regionais.Adicionalmente, Silke apóia os capítulosnacionais da América do Sul.

Jessica Berns, Gerente de Programas (EstadosUnidos)

Jessica está na TI desde agosto de 2000. Coordena nosso programa de comunicação e a produção do Kit deFerramentas Anticorrupção.

Margaret Cruz, Assistente de Programas(México/Estados Unidos)

A TI deu as boas-vindas a Margaret emjunho de 2002. Ela apóia os esforços da equipeLAC e em particular o programa decomunicação.

Alejandro Salas, Gerente de Programas (México)Alejandro se uniu à TI em setembro de

2002. Suas responsabilidades incluem acoordenação do Programa da América Central eo apoio aos capítulos nacionais na AméricaCentral e no Caribe.

Também gostaríamos de agradecerpublicamente aos colaboradores temporários que apoiaram consideravelmente nosso trabalhodurante o ano passado:

Christiane Backe (Alemanha)Ana Garcia (Brasil)Diana Labschies (Alemanha/El Salvador)Till Skrobek (Alemanha)

processos de contratação levados a cabo pela Municipalidadede Barranco para a melhoria do estádio esportivo José GálvezChipoco.

Além de suas quatro organizações fundadoras — o Instituto Imprensa e Sociedade (IPYS), a Comissão Andinade Juristas (CAJ), a Associação de Exportadores e aAssociação Civil Transparência —, o Proética conta com um Conselho de Ética Pública que convoca 36 personalidadesamplamente reconhecidas por sua trajetória profissional e prestígio pessoal. Em agosto de 2002, o Conselho solicitou ao governo, por intermédio de um comunicadopúblico, uma reforma integral, que permita lutar contacorrupção.

Uruguai:Além de prosseguir com suas atividades na recepção,

análise e acompanhamento de denúncias contra a corrupção,durante este último ano a Uruguai Transparente levou a cabodois seminários importantes. O primeiro, intitulado “Controlede práticas abusivas no novo milênio”, teve lugar no fim deoutubro de 2001 e foi organizado juntamente com aAssociação de Magistrados e a Fundação Konrad Adenauer. Osegundo, organizado em colaboração com a Associação deMagistrados e a Embaixada da Suíça, recebeu o nome de“Direitos Humanos e Corrupção” e aconteceu em meados deabril de 2002. No ano passado, a Uruguai Transparente tambémprocurou o modo de promover melhores alianças com outrasorganizações da sociedade civil, com a finalidade de formaruma Coalizão Nacional contra a Corrupção.

NossaEquipe

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RELATÓRIO ANUAL 2002

Índice de Percepções deCorrupção 2002América Latina e Caribe

Nota: Sem a alta pontuação do Chile, a média da AméricaLatina e do Caribe desceria a 3.2 (o continente percebidocomo o mais corrupto do mundo).

* Os números entre parênteses são a classificação global.

Pontuação por País

Pontuação por Região Mundial

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RELATÓRIO ANUAL 2002

Classificação País Pontuação Pesquisas Desvio

Utilizadas Padrão

1 Finlândia 9,7 8 0,42 Dinamarca 9,5 8 0,3

Nova Zelândia 9,5 8 0,24 Islândia 9,4 6 0,45 Cingapura 9,3 13 0,2

Suécia 9,3 10 0,27 Canadá 9,0 10 0,2

Luxemburgo 9,0 5 0,5Holanda 9,0 9 0,3

10 Grã-Bretanha 8,7 11 0,511 Austrália 8,6 11 1,012 Noruega 8,5 8 0,9

Suíça 8,5 9 0,914 Hong Kong 8,2 11 0,815 Áustria 7,8 8 0,516 Estados Unidos 7,7 12 0,817 Chile 7,5 10 0,918 Alemanha 7,3 10 1,0

Israel 7,3 9 0,920 Bélgica 7,1 8 0,9

Japão 7,1 12 0,9Espanha 7,1 10 1,0

23 Irlanda 6,9 8 0,924 Botsuana 6,4 5 1,525 França 6,3 10 0,9

Portugal 6,3 9 1,027 Eslovênia 6,0 9 1,428 Namíbia 5,7 5 2,229 Estônia 5,6 8 0,6

Taiwan 5,6 12 0,831 Itália 5,2 11 1,132 Uruguai 5,1 5 0,733 Hungria 4,9 11 0,5

Malásia 4,9 11 0,6Trinidad e Tobago 4,9 4 1,5

36 Bielorrúsia 4,8 3 1,3Lituânia 4,8 7 1,9África do Sul 4,8 11 0,5Tunísia 4,8 5 0,8

40 Costa Rica 4,5 6 0,9Jordânia 4,5 5 0,7Ilhas Maurício 4,5 6 0,8Coréia do Sul 4,5 12 1,3

44 Grécia 4,2 8 0,745 Brasil 4,0 10 0,4

Bulgária 4,0 7 0,9Jamaica 4,0 3 0,4Peru 4,0 7 0,6Polônia 4,0 11 1,1

50 Gana 3,9 4 1,451 Croácia 3,8 4 0,2

“As elites

políticas

corruptas dos

países em

desenvolvimento,

trabalhando lado

a lado com

empresários e

investidores

inescrupulosos,

estão colocando

seus lucros acima

do bem-estar dos

cidadãos e do

desenvolvimento

do país.”

Peter Eigen, Presidente doConselho da TransparênciaInternacional

TI 2002 Índice de Percepções de Corrupção

Classificação País Pontuação Pesquisas Desvio

Utilizadas Padrão

52 República Tcheca 3,7 10 0,8Letônia 3,7 4 0,2Marrocos 3,7 4 1,8Rep. Eslovaca 3,7 8 0,6Sri Lanka 3,7 4 0,4

57 Colômbia 3,6 10 0,7México 3,6 10 0,6

59 China 3,5 11 1,0Rep. Dominicana 3,5 4 0,4Etiópia 3,5 3 0,5

62 Egito 3,4 7 1,3El Salvador 3,4 6 0,8

64 Tailândia 3,2 11 0,7Turquia 3,2 10 0,9

66 Senegal 3,1 4 1,767 Panamá 3,0 5 0,868 Malavi 2,9 4 0,9

Uzbequistão 2,9 4 1,070 Argentina 2,8 10 0,671 Costa do Marfim 2,7 4 0,8

Honduras 2,7 5 0,6Índia 2,7 12 0,4Rússia 2,7 12 1,0Tanzânia 2,7 4 0,7Zimbábue 2,7 6 0,5

77 Paquistão 2,6 3 1,2Filipinas 2,6 11 0,6Romênia 2,6 7 0,8Zâmbia 2,6 4 0,5

81 Albânia 2,5 3 0,8Guatemala 2,5 6 0,6Nicarágua 2,5 5 0,7Venezuela 2,5 10 0,5

85 Geórgia 2,4 3 0,7Ucrânia 2,4 6 0,7Vietnã 2,4 7 0,8

88 Casaquistão 2,3 4 1,189 Bolívia 2,2 6 0,4

Rep. de Camarões 2,2 4 0,7Equador 2,2 7 0,3Haiti 2,2 3 1,7

93 Moldávia 2,1 4 0,6Uganda 2,1 4 0,3

95 Azerbaijão 2,0 4 0,396 Indonésia 1,9 12 0,6

Quênia 1,9 5 0,398 Angola 1,7 3 0,2

Madagascar 1,7 3 0,7Paraguai 1,7 3 0,2

101 Nigéria 1,6 6 0,6102 Bangladesh 1,2 5 0,7

Reconhecido internacionalmente, o Índice de Percepções de Corrupção (IPC) da TI continua a ser publicado

anualmente. A edição de 2002 dessa “pesquisa das pesquisas” inclui 102 países, o maior número pesquisado

até agora. O IPC, que mostra os níveis de corrupção no setor público do ponto de vista de empresários,

analistas e cidadãos comuns, continua apontando níveis alarmantes de corrupção na maioria dos países incluídos.

Entre esses países estão muitas das nações mais pobres do mundo.

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RELATÓRIO ANUAL 2002

Classificação País Pontuação

1 Austrália 8,52 Suécia 8,4

Suíça 8,44 Áustria 8,25 Canadá 8,16 Holanda 7,8

Bélgica 7,88 Grã-Bretanha 6,99 Cingapura 6,3

Alemanha 6,311 Espanha 5,812 França 5,513 Estados Unidos 5,3

Japão 5,315 Malásia 4,3

Hong Kong 4,317 Itália 4,118 Coréia do Sul 3,919 Taiwan 3,820 República Popular da China 3,521 Rússia 3,222 Empresas nacionais 1,9

A pontuação perfeita, indicando propensão zero parapagar subornos, é 10 e, portanto, a classificação começacom empresas de países com pouca propensão a pagarsuborno em países estrangeiros.

Setor Pontuaçãoempresarial

Obras públicas/construção civil 1,3Armas e defesa 1,9Petróleo e gás natural 2,7Imóveis/propriedades 3,5Telecomunicações 3,7Geração e transmissão de energia 3,7Mineração 4,0Transporte/armazenagem 4,3Produtos farmacêuticos/assistência médica 4,3Indústria pesada 4,5Bancos e finanças 4,7Aviação civil 4,9Silvicultura 5,1Tecnologia da informação 5,1Pesca 5,9Indústria leve 5,9Agricultura 5,9

Os resultados são a média de todas as respostas numabase de 0 a 10, onde zero representa níveis decorrupção bem altos e 10 corresponde a níveis decorrupção extremamente baixos.

Qual é a probabilidade de as autoridades públicasnesse país (país de residência do entrevistado) exigiremou aceitarem subornos, por exemplo, em licitaçõespúblicas, regulamentações e licenças nos seguintessetores empresariais?

Nos setores empresariais com os quais você está maisfamiliarizado, por favor indique qual a probabilidadeque as empresas dos países a seguir têm de pagaremou oferecerem subornos para ganhar ou manter seusnegócios no país.

“O Índice de Países Corruptores mostra que os casos

mais flagrantes de corrupção encontram-se nas obras

públicas, construção civil e nos setores de armamento e

defesa, que estão infestados de suborno, pagos por

empresas estrangeiras.”

Kamal Hossain, Presidente do Conselho Deliberativo da TI

CorruptoresTI 2002 Índice de Países

Para complementar o Índice de Percepções de Corrupção de 2002, a TI produziu o Índice de Países Corruptores

(IPC), que mostra qual a propensão que empresas que estão entre as maiores exportadoras do mundo têm de

pagar subornos aos países para onde exportam seus produtos. Muitos dos países corruptores mais importantes são

signatários da Convenção de Combate ao Suborno da OCDE. O IPC também inclui uma classificação dos níveis de

corrupção segundo o setor empresarial.

Classificação de países Classificação por setorempresarialCerca de oitocentos especialistas da área empresarial

em quinze dos mais importantes países de mercadoemergente responderam às seguintes perguntas:

Os resultados completos do Índice de Percepções deCorrupção e o Índice de Países Corruptores estãodisponíveis em www.transparency.org

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Rendimentos 2000 2001

Instituições governamentais 1 723 2 652Verbas para projetos 937 1 797

Fundações 1 724 1 693Verbas para projetos 1 025 1 283

Setor privado 95 139Projetos especiais (IACC) 155 477Outros 120 149

Déficit – retirado das reservas 258 111Rendimento total 4 075 5 221

30

RELATÓRIO ANUAL 2002

0

1

2

3

4

5

1998 1999 2000 2001

Setor privado/Outros

Fundações

Governo

01998 1999 2000 2001

1

2

3

4

5Administração de temas

Informações e publicações

Administração do conhecimento

Administração e controle

Apoio regional

África

América Latina

Europa Ocidental/ América do Norte

Oriente Médio/África do Norte

Ásia

Europa central e Leste europeu (FSU)

Para onde o dinheiro vai

De onde vem o dinheiro

A Transparência Internacional (TI) é uma associação sem fins lucrativos registrada em Berlim, Alemanha.Em cumprimento à licença de funcionamento, a TI serve apenas a propósitos de benemerência e éisenta de impostos. Todas as contas, após auditoria realizada pelo BDO Deutsche Warentreuhand, estãodisponíveis no site da TI. Esses balanços financeiros foram calculados com base cumulativa.

Secretariado da TIBalanço anual de rendimentos e despesasPara o ano terminado em 31 de dezembro de 2001(em milhares de euros)

Dados

2001Financeiros

Despesas 2000 2001

Apoio regionalAmérica Latina e Caribe (ALC) 565 665África 659 606Ásia 268 389Europa central e Leste europeu (FSU) 397 378Oriente Médio/África do Norte 89 89Europa ocidental/América do Norte 102 2 080 68 2 195

Informações e publicações 335 960Administração do conhecimento 712 646Projetos especiais (IACC) 70 574Administração de temas 211 232Administração e controle 667 614

Total de despesas 4 075 5 221

em m

ilhõe

s de

eur

osem

milh

ões

de e

uros

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Fundação Volkart VisionMinistério de Relações Exteriores, Países BaixosOpen Society InstituteDepartment for International Development [Departamento para

Desenvolvimento Internacional], Grã-BretanhaU.S. Agency for International Development (USAID) [Agência

Americana para Desenvolvimento Internacional] Canadian International Development Agency (CIDA) [Agência

Canadense de Desenvolvimento Internacional]Norwegian Agency for International Development (NORAD)

[Agência Norueguesa para Desenvolvimento Internacional] Fundação FordFundação John D. e Catherine T. MacArthurBundesministerium für wirtschaftliche Zusammenarbeit und

Entwicklung (BMZ), AlemanhaSwedish Agency for Development Cooperation (SIDA) [Agência

Sueca para Cooperação e Desenvolvimento]Deutsche Gesellschaft für Technische Zusammenarbeit (GTZ)Ministério de Relações Exteriores da FinlândiaMinistério das Relações Exteriores da DinamarcaSwiss Agency for Development and Co-operation [Agência Suíça

para Desenvolvimento e Cooperação] (SDC) General Electric Corporate, Estados UnidosAustralian Agency for International Development (AusAID)

[Agência Australiana para Desenvolvimento Internacional] Tinker Foundation, Inc.The EconomistFundação Max SchmidheinyDeutscher Entwicklungsdienst (DED)Banco Mundial (IBRD)Société Générale de Surveillance, S.A.Barclays Private BankingRobert Bosch StiftungTransparência Internacional – Capítulo da AlemanhaBanco SantanderABN Amro BankUnion Bank of Switzerland (UBS)Chase Manhattan BankCrédit SuisseFundação ÁsiaAVINA GroupTransparência Internacional AustráliaDeutscher AnwaltsvereinGabinete do Prefeito de Seul

2001DoaçõesQueremos expressar nossos sinceros agradecimentos aos parceiros abaixo, cujo apoio ao Secretariado daTransparência Internacional tornou nosso trabalho possível.(Doações acima de 1000 euros)

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RELATÓRIO ANUAL 2002

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África do Sul �Transparency South AfricaSr. Daryl Balia7th Floor (West Wing)Auckland House, 185 Smit St,Joanesburgo 2001tel. 27 11 339 7253fax 27 11 403 4332e-mail [email protected] www.tisa.org.za

Alemanha �TI DeutschlandBelfortstr. 3, 81667 MuniqueProf. Dieter Biallas Presidente

Dr. Ute Bartels Diretora-Executiva

tel. +49 89 4895 4440fax +49 89 4895 4442e-mail [email protected] www.transparency.de

Argélia �Association Algérienne de Lutecontre la CorruptionCentre Familial de Ben AknounAlger 16e-mail [email protected]

Argentina �Poder CiudadanoSr. Luis Moreno OcampoPresidente TILAC

Sr. Christian GruenbergSecretário-Executivo

Piedras 547 “2”Buenos Aires 1070AAJ,Argentinatel./fax +54 11 4331 4925e-mail [email protected]@mocampo.com.archris@poderciudadano.org.arwebwww.poderciudadano.org.ar

Armênia �Sra. Amalia KostanyanSra. Arevik SaribelkyanCRD/TI Armenia5 Nalbandyan Str., Room 35Yerevan 375010Armêniatel./fax +374 1 585 578e-mail [email protected]@[email protected]

Austrália �Sra. Isabel Blackett Presidente

Transparency International –AustraliaPO Box 41, Blackburn SouthVIC 3130, Austráliatel./fax +61 3 9890 [email protected] www.transparency.org.au

Áustria Informações para contatoatravés do Secretariado da TIInternacional

Azerbaijão �Rena Safaralieva Diretora-Executiva

Sabit BagirovEntrepreneurship DevelopmentFoundationR. Behbudov St. 3Baku 370 000 Azerbaijãotel. +994 12 930964fax +994 12 931438e-mail [email protected]@azeronline.com

Bahrein �Bahrain Transparency Society(BTS)Dr. Jasim Al-AjmiPO Box 30174, Duraze-mail [email protected]

Bangladesh �Sr. Manzoor HasanTransparency International –Bangladesh121/C Gulshan Avenue (3rd floor)Gulshan, Dhaka – 1212tel./fax +880 2 988 4811e-mail [email protected] www.ti-bangladesh.org

Bélgica �Barão Jean Godeaux Presidente

Transparency InternationalBrussels 39, Square Vergote1030 Bruxelastel. +32 2 735 6558fax +32 2 732 9026e-mail [email protected]

Benim �Sr. Roger GbegnonviTransparency International –Benim02 BP 1454 Cotonoutel. +229 308 038

+229 308 039+229 308 040

fax +229 308 039e-mail [email protected]

Bolívia Informações para contatoatravés do Secretariado da TIInternacional

Bósnia & Herzegovina �TI Bosnia i HercegovinaBoris Divjak Presidente

Danijela Vidovic Gerente-Executivo

Dragise Vasica 1a51000 Banja LukaBósnia & Herzergovinatel./fax +387 51 303 783e-mail [email protected] www.ti-bih.org

Botsuana �Transparency InternationalBotswana (TIBOT)UNI-Span BuildingLot 54, Gaborone InternationalCommerce ParkGaboronetel. +267 319 673fax +267 319 745e-mail [email protected]

Brasil �Transparência BrasilEduardo Capobianco Presidente

Cláudio Weber AbramoSecretário-Executivo

Rua Francisco Leitão 339, cj. 12205414-025 São Paulo (SP)Brasiltel./fax +55 11 3062 3436

+55 11 3062 3475e-mail [email protected]@uol.com.brweb www.transparencia.org.br

Bulgária �Transparency International –BulgariaDr. Ognyan Minchev Presidente

Ventsislav Karadjov Diretor-Executivo

3 Bistriza Str., 4 floorSofia 1000tel. +359 2 986 34 11

+359 2 986 79 20fax +359 2 986 78 34e-mail [email protected] www.transparency-bg.org

Burkina Fasso �Informações para contatoatravés do Secretariado da TIInternacional

Burundi �Informações para contatoatravés do Secretariado da TIInternacional

Camarões �Akere T. Muna Presidente

Cameroon Bar Association BP 307, Yaoundetel. +237 23 55 74fax +237 22 66 85e-mail [email protected]

Cambodja �Center for Social Development Chea Vannath Presidente

PO Box 1346, Phnom Penhtel. +855 1683 1905e-mail [email protected]/users/csd

Canadá �Transparency InternationalCanadaWes Cragg Presidente

Bronwyn Best Coordenador Nacional

c/o Business Ethics Office Room 200F, SSB YorkUniversity, 4700 Keele StreetToronto, Ontário M3J 1P3tel. +1 416 488 3939fax +1 416 483 5128e-mail [email protected] www.transparency.ca

Casaquistão �Transparency KazakhstanSergey Zlotnikov Diretor-Presidente

Civic Foundation“Interlegal”Sofia Issenova Subdiretora

Vitaly Voronov Presidente

83 Gagarin avenue, office 13480009 Almatytel./fax +7 3272 775 [email protected]@lic.almaty.kzwebwww.transparencykazakhstan.org

Chile �Sr. Luis Bates Hidalgo Diretor-Executivo

Sebastián Cox Secretário-Executivo

Andrea Fernandez Coordenadora FORJA

Calle Ernesto Reyes 065Providencia Santiago de Chiletel. +56 2 777 6196fax +56 2 735 4845e-mail [email protected] www.tichi.clCingapura Informações para contatoatravés do Secretariado da TIInternacional

Colômbia �Transparencia por ColombiaRosa Ines Ospina Diretora-Executiva

Calle 92 No. 16-30, Piso 5Bogotá D.C.tel. +57 1 622 6562fax +57 1 531 [email protected] www.transparenciacolombia.org.co

Coréia do Sul �Bispo Kim, Seong-SooPresidente da Diretoria

Reverendo Kim, Geo-SungSecretário-Geral

TI – Korea (South)Suite 508, Korean EcumenicalBldg.,Yonji-Dong, Chongno-Ku,Seul, 100-740tel. +82 2 708 5858fax +82 2 708 5859e-mail [email protected] ti.or.kr/

Costa do MarfimInformações para contatoatravés do Secretariado da TIInternacional

Costa Rica �Transparencia Costa RicaRoxana SalazarAvenidas O y 8, calle 33, Apt. 8ASan José, Costa Ricatel. +506 253 5027fax +506 296 1986e-mail [email protected] www.transparenciacr.org

Croácia �TI Croatia (TI Hrvatska)Prof. Sinisa Petrovic Presidente

Benjamin Cerovac Diretor-Executivo

Trg Stjepana Radica 3/II10000 Zagreb, Croáciatel. +385 1 611 32 63fax + 385 1 613 00 [email protected] www.transparency.hr

Dinamarca �Torben Ishoy Presidente

Transparency InternationalDanmarkEdvard Falcks Gade 11569 Kopenhaven Vtel. +45 3312 1838fax +45 3312 5078e-mail [email protected] www.transparency.dk

Egito �Dr. Ahmed Sakr Ashour31 Mansheyet El Bakry St,Heliopolis, Cairo, Egypttel. +202 455 3160fax +202 258 8314e-mail [email protected]

El SalvadorInformações para contatoatravés do Secretariado da TIInternacional

Equador �Corporación Latinoamericanapara el Desarollo (CLD)Valeria Merino Dirani Diretora-Executiva

Transparencia EcuadorPO Box 17-12-00609, Quitotel. +593 22 468 227

+593 22 259 031+593 22 468 212

fax +593 22 468 229e-mail [email protected] www.cldonline.org

Eslováquia �Emilia Sicakova Presidente

TI-Slovak RepublicEugen Jurzyca Presidente

c/o Centre for EconomicDevelopment (CPHR)Bajkalská 25, 82718 Bratislavatel. +421 2 5341 1020fax +421 2 5823 [email protected]@transparency.skweb www.transparency.sk

EslovêniaInformações para contatoatravés do Secretariado da TIInternacional

Espanha �Transparencia Internacional enEspaña, sociedad civilRafael Calvo Secretário-Executivo

Secretaría General de laFundación José Ortega yGasset, c/ Fortuny, 5328010-Mdridtel. +34 91 [email protected]

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RELATÓRIO ANUAL 2002

Capítulos

Nacionais

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Estados Unidos �Fritz Heimann Presidente

Nancy Zucker Boswell Diretor de Operações

Transparency International-USA1112 16th Street, NWSuite 500,Washington, DC 20036tel. +1 202 296 7730fax +1 202 296 8125e-mail [email protected] www.transparency.usa.org

Estônia �Jaan Tõnisson InstituteSr. Tarmu Tammerk Co-Presidente

Sr. Tiit Järve Co-Presidente

Sr. Agu Laius Diretor-Executivo

Endla 4EE-0001 Tallintel. +372 262 3160fax +372 626 3152e-mail [email protected]@jti.eeweb www.ngonet.ee/jti/

Etiópia �Procurador Teshome Gabre-MariamBokanPO Box 101485Adis-Abebatel. +251 1 518 484fax +251 1 513 500e-mail [email protected]

Filipinas �Dolores Español Presidente

TI Phillipines 2nd Floor, UPWILOCI Bldg. Manila Lions Rd,Arroceros St., Manila 1000tel. +63 2 527 0573fax +63 2 871 9752e-mail [email protected]

Finlândia �Leila MustanojaAlbertinkatu 9 A 1100150 Helsinkitel. +358 9 6843 8900

+358 50 461 7013fax +358 9 612 44938e-mailleila.mustanoja@pp.inet.fiwebwww.mustanojaconsulting.fi

França �Sr. Daniel Dommel Presidente

Transparence-InternationalFrance12 rue de Penthièvre75008 Paristel. +33 1 5377 3787fax +33 1 5377 3507e-mail [email protected]

Gabão �Informações para contatoatravés do Secretariado da TIInternacional

Gâmbia �TI GambiaPO Box 94,BanjulTel. +220 930 850fax +220 224 851e-mail [email protected]

Gana �Ghana Integrity InitiativeYaw Buaben AsamoaDiretor-Executivo

P.O. Box LG 404 Legon, Acratel. +233 21 782 364fax +233 21 782 365e-mail [email protected]

Geórgia �David Kikalishvili Presidente

32, Dzm. Zubalashvilebis st.,380010, Tbilisi, Geórgiatel. +995 32 92 1835fax +995 32 92 [email protected]

Grã-Bretanha �Laurence Cockcroft Presidente

Transparency International UKSt Nicholas HouseSt Nicholas RoadSutton, Surrey SM 1 ELtel. +44 20 8643 9288fax +44 20 8710 6049e-mail [email protected] www.transparency.org.uk

Grécia �Virginia Tsouderos Presidente

6-7, Efrouniou St.11634 Atenastel. +30 10 722 4940fax +30 10 722 4947e-mail [email protected] www.transparency.grSomente Grécia

Guatemala �Acción CiudadanaManfredo Marroquin Diretor-Executivo

Avenida La Reforma, 12-01,Zona 10Edificio Reforma Montúfar,Nivel 17Cidade da Guatemala C.A.01010tel. +502 331 7566fax +502 331 7576e-mail [email protected]/acciongt/

Haiti �Marilyn B. AllienNO. 25 Route de la MontagneNoire,Petion Ville,Haiti HT6140, West indiestel. +509 222 82 59

+509 222 82 52fax +509 222 82 52e-mail [email protected]

Honduras Informações para contatoatravés do Secretariado da TI

Hungria �Transparency InternationalMagyarországi TagozataEgyesületc/o Zolnai Janos or Abonyi NóraAkadémia utca 1Budapeste 1051tel. +36 1 311 3662fax +36 1 315 0201e-mail [email protected]@[email protected] www.c3.hu/~tihun/

Iêmen �Sr. Jamal Adimi Presidente

Transparency YemenForum for Civil SocietyPO Box 19458Hadda TowersBuilding No. 8, Flat No. 5Sanaa, Iêmentel. +967 1 421 482fax +967 1 421 484e-mail [email protected]

Ilhas Fiji �Ikbal JannifTI Fiji, PO Box 8Suvatel. +679 313211fax +679 301925e-mail [email protected]

Ilhas Maurício �Srta. Josie Lapierre Secretária-

Executiva

Transparency MauritiusConsultant to Group ChiefExecutive The Anglo-MauritiusAssurance Society Swam GroupCentre10 Intendance Street, Port Louistel. +230 202 8653fax +230 208 8956e-mail [email protected] www.transparencymauritius.intnet.mu

Ilhas Salomão �Bob Pollardtel. +667 23950fax +667 27663e-mail [email protected]

Índia �Admiral R.H. Tahilani Presidente

Sr. S.D. Sharma Vice-Presidente

Lok Sevak SanghLajpat Bhawan, Lajpat NagarNova Délhi 110 024tel. +91 11 622 4711

+91 11 646 0825fax +91 11 463 8899e-mail [email protected]/ti.india

Indonésia �Sra. Emmy Hafild Secretária-Geral

TI-IndonesiaJalan Tudolong Bawah C2Jacarta 12190tel. +62 21 573 6428

+62 21 917 4360fax +62 21 573 6428e-mail [email protected] www.ti.or.id

IrlandaInformações para contatoatravés do Secretariado da TIInternacional

Israel �SHVIL – TransparencyInternational (TI) Israelc/o Prof. Dove IzraeliTel Aviv UniversityFaculty of ManagementTelavive 69978tel. +972 3 640 9176fax +972 3 640 6321e-mail [email protected] www.ti-israel.org

Itália �Sra. Maria Teresa BrassioloTransparency International Italia, Via Zamagna 1920148 Milãotel. +39 02 4009 3560fax +39 02 406829e-mail [email protected] www.transparency.it/

Jamaica �Sra. Beth AubTI Jamaica, c/o dr. Martin AubDepartment of Mathematics,UWI Mona, Kingston 7tel. +1 876 944 8219e-mail [email protected]

Japão �Yukiko Miki Diretor-Executivo

Information Clearinghouse 108 Kiunkaku-Bldg, 3Aizumicho, Shinjuku-ku,Tóquio, 160-0005,tel. 81 3 5269 1846fax 81 3 5269 0944e-mail [email protected]

Jordânia �Saeda KilaniArab Archives InstitutePO Box 815454, Amãtel. +962 6 465 6682fax +962 6 465 6694e-mail [email protected]

Letônia �Sra. Inese Voika Presidente

Sra. Diana Kurpniece Gerente

Gertrudes Street, 34-5Riga 1011tel. +371 7 506 454fax +371 7 506 455e-mail [email protected] www.delna.lv

Líbano �The Lebanese TransparencyAssociation, Tayyar Center,Box 55215 Sin al Fil, Beirutetel. +961 1 293045fax +961 1 490375e-mail [email protected][email protected]

Lituânia �Sr. Alexandras DobryninasPresidente

Sra. Laima ZilinkieneDiretora-Executiva

TI-Lithuania, Jaksto 92600 Vilna, Lituâniatel. 370 5 212 6951fax 370 5 212 1687e-mail [email protected]@transparency.ltweb www.TILS.lt

Macedônia �Zoran Jacev Presidente

Slagjana Taseva Diretora-Executiva

Bul. Ilinden 63, 1000 Skopjetel. +389 2 121 011fax +389 2 121 100e-mail [email protected]

Madagascar �TI-Initiative MadagascarSra. Yveline Rakotondramboa190 Route Circulaire101 Antananarivotel. +261 20 2256 402fax +261 20 2225 495e-mail [email protected]

Malásia �Tunku Abdul Aziz Presidente

TI Malaysia,2-2-49 Wisma Rampai,Jalan 34/26Taman Sri Rampai, Setapak53300 Kuala Lumpurtel. +603 4149 5576fax +603 4143 5968e-mail [email protected] transparency.org.my

Malavi �Informações para contatoatravés do Secretariado da TIInternacional

Mali �Informações para contatoatravés do Secretariado da TIInternacional

Marrocos �Transparency MarocBachir Rachdi Secretário-Geral

24 et 26 Bd. de KhouribgaCasablanca 20 000tel. +212 22 542 699fax +212 22 451 391e-mail [email protected]

Mauritânia Informações para contatoatravés do Secretariado da TIInternacional

México �Transparencia MexicanaFederico Reyes Heroles Presidente

Eduardo A Bohórquez Secretário-Executivo

Dulce Olivia 71, Colonia VillaCoyoacán, DF, 04000tel./fax +52 55 5668 0955e-mail [email protected] www.transparenciamexicana.org.mx

Moçambique �Informações para contatoatravés do Secretariado da TIInternacional

Moldávia �Mihail Buruiana Presidente

Lilia Carascuic Diretora-Executiva

TI Moldova98, 31-August St, office204MD-2004, Chisinautel./fax +373 2 210 595e-mail [email protected] www.transparency.md

Mongólia �Sr. Tumur-Ochir ErdenebilegMembro do Great State Hural (Parlamento)

PO Box 1085, Ulaanbaatar 13Ayun Sanjaasurengin Membro do

Parlamento da Mongólia

Government House – 424Ulaanbaatar – 12tel. +976 1 321 345fax +976 1 322 866e-mail [email protected]./fax +976 1 323 645e-mail [email protected]

Namíbia �Informações para contatoatravés do Secretariado da TIInternacional

Nepal �Dr. Devendra Raj Panday Presidente

Transparency InternationalNepal PO Box 11486New Plaza PutalisadakKatmandutel. +977 1 436 462fax +977 1 420 412e-mail [email protected] www.tinepal.org/

NicaráguaInformações para contatoatravés do Secretariado da TIInternacional

Níger �Association Nigérenne de Luttecontre la CorruptionAissata Fall BagnanQuartier Poudrière, Villa 3086BP 10326 [email protected]

Nigéria �Gen. RO Ishola WilliamsTransparency in Nigeria2nd Floor,302 Iju Water Works RoadIju-Ishaga, AgegeLagostel. +234 1 471 3697fax +234 1 803 321 3342e-mail [email protected]

Noruega �Jan Borgen Secretário-Geral

PO Box 1385Vika 0114 Oslotel. +47 228 348 00fax +47 22 228 348 01e-mail [email protected]@transparency.no

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Nova Zelândia �Murray Petrie Coordenador

Shane CaveGerente de Relações com a Mídia

34 Harbour View Rd.Wellingtontel. +64 4 475 6109fax +64 4 475 6108e-mail [email protected]@ihug.co.nz

Países Baixos �Fred H. Horbeek Presidente

P.O. Box 171003500HG, Utrechttel. +31 30 216 2105fax +31 20 444 [email protected] www.transparencyinternational.nl

Palestina �The Coalition for Accountabilityand Integrity – AMANShua Marrar Coordenador de Programas

PO Box 3858Jerusalém 97 800tel. +972 2585 1842fax +972 2583 [email protected] www.aman-palestine.org

Panamá �Fernando Berguido Presidente

Angélica Maytin Diretora-Executiva

Fundación para el Desarrollo dela Libertad CiudadanaApartado 810-266, Zona 10tel. +507 229 4207

+507 229 4213fax +507 229 [email protected] www.transparenciapanama@com

Papua-Nova Guiné �Hon. Anthony Siaguru Presidente

TI Papua New GuineaPO Box 591 Port Moresbytel. +675 320 2188fax +675 320 2189e-mail [email protected]

PaquistãoSr. Shaukat Omari Diretor de Operações

HI-aqua, 83-Q,Khalid Bin Waleed Road,Block-II P.E.C.H.S., Karachitel. +92 21 454 4400fax +92 21 455 [email protected] www.transparency.org.pk

Paraguai �José Antonio Bergues Presidente

Patricia Marchewka Diretora-Executiva

Transparencia ParaguayDefensa Nacional 849 c/ Padre Cardozo,1er. Piso, Ofic. 1Assunção – Paraguaitel. +595 21 228 194fax +595 21 228 [email protected]@uninet.com.pywebwww.transparenciapy.org.py

Peru �ProéticaConsorcio Nacional para laEtica PúblicaJose Ugaz Sánchez-MorenoPresidente

Jose Argüelles Diez-GalloSecretário-Executivo

Ricardo Uceda Delegado da TILAC

Calle Sucre 317 – BarrancoLima 4tel. +511 247 3308

+511 247 4465fax +511 247 3194e-mail [email protected]@[email protected]

Polônia �Julia Pitera Presidente

TI-Polandul. Ordynacka 9/3300-364 Varsóviatel. +48 22 828 0244fax +48 22 828 9243e-mail [email protected] www.transparency.pl

PortugalInformações para contatoatravés do Secretariado da TIInternacional

Quênia �TI KenyaJohn Githongo Diretor-Executivo

PO Box 198-00200City SquareNairóbi, Quêniatel. 254 2 727763/5fax 254 2 729530e-mail [email protected] www.tikenya.org

Quirguízia �Aigul AkmatjanovaGroup of ScientistsBishkektel./fax +996 312 289 387e-mail [email protected]

República DominicanaInformações para contatoatravés do Secretariado da TIInternacional

República Tcheca �Transparency InternationalCzech Republic (TIC)Vaclav Perich Presidente

Ada Krnacova Diretora-Executiva

Hana Skapova Gerente de Projetos

Frantiska Krizka 4170 00 Praga 7tel. +420 233 37 88 67

+420 233 37 24 14fax +420 233 37 89 [email protected]@transparency.czweb www.transparency.cz

Romênia �Marian Popa Presidente

Oana Zabava Diretora-Executiva

Romanian Association forTransparency – ART15 Eroilor Sanitari blvd., apt. 2762411 Bucareste, Sector 4tel./fax +40 21 411 [email protected]

Rússia �Elena Panfilova Diretora

1, Nikoloyamskaya st.109189 Moscou, Rússiatel./fax +7 095 915 [email protected] www.transparency.org.ru

Samoa �Epa TuiotiR. Vaai House, Taufusi St.PO Box 1882, Apiatel. +685 25345fax +685 22087e-mail [email protected]

Senegal �Forum Civil Immeuble M.K.R.corniche Ouest x Rue 92 ème étage, MedinaDacar B.P. 11.332tel. +221 842 4042fax +221 842 4045e-mail [email protected]

Serra Leoa �Clifford RobertsNational Accountability Group(NAG) C/o CGG29 Liverpool StPO Box 1437, Freetowntel. +232 22 225 [email protected]

Sérvia/Iugoslávia �Dr. Pedrag Jovanovic Presidente

TI Serbia c/o EuropeanMovementin Serbia (EvropskiPokret u Srbiji)Dure Jaksica 5/111000 Belgradotel. +381 63 811 9360fax +381 11 303 0687e-mail [email protected]

Sri Lanka �TI-Sri LankaWeliamuna Diretor-Executivo

39/4 Jaysinghe RoadColombo 6tel. +94 1 853874e-mail [email protected]

SuéciaInformações para contatoatravés do Secretariado da TIInternacional

Suíça �Philippe Lévy Presidente

Transparency SwitzerlandZora Ledergerber Diretor

Monbijoustrasse 29CH-3000 Bernatel. +41 31 382 3550fax +41 31 382 3550e-mail [email protected]@dplanet.chweb www.transparency.ch

Tailândia �Dr. Juree Vichit-Vadakan Diretor

Center for Philanthropy and Civil SocietyNational Institute ofDevelopment AdministrationBangkapiBangcoc 10240tel. +662 377 7206fax +662 374 7399e-mail [email protected]

Taiwan �Transparency TaiwanChilik Yu Diretor-Executivo

Department of Public Policy &ManagementShih-Hsin University1, Lane 17, Sec. 1, Um-cha Rd.Taipeitel. +886 2 2236 8225

ext. 3461/3462fax +866 2 2236 3325e-mail [email protected]

Tanzânia �Sr. Ibrahim SeushiTI Tanzaniac/o PricewaterhouseCoopersInternational HousePO Box 10953, Dar es Salaamtel. +255 51 133 100fax +255 51 133 200e-mail [email protected]

Trinidad e Tobago �The Trinidad & TobagoTransparency InstituteSr. Boyd Reid Presidente

Suite 120 Bretton Hall16 Victoria AvenuePort-of-Spaintel./fax +1 868 627 [email protected]

Turquia �Transparency InternationalTurkeySr. Erics Kurtulus Presidente

Toplumsal Sadamlik HareketiDernegi, Matbaaci OsmanbeySokak No. 46 Sisli/Istambultel. +90 212 282 4025fax +90 212 279 [email protected] www.saydamlik.org

Ucrânia �TI Ukraine“clean hands”Larysa Denyssenko Diretor de Programas

Ukrainian Legal FoundationSaksaganskogo 41251033 Kievtel. +380 44 227 22 07fax +380 44 227 22 20e-mail [email protected] www.transparency.org.ua

Uganda �Transparency Ugandac/o Wafula OguttPlot 29-39. 8th StreetIndustrial AreaPO Box 12141Kampala, Ugandatel. +256 41 346 824fax +256 41 236 [email protected]

UruguaiInformações para contatoatravés do Secretariado da TIInternacional

Vanuatu �Sra. Marie-NoelleFerrieux-Patterson Presidente

Transparency InternationalVanatuBougainville HousePO Box 355, Port Vilatel. +678 25715fax +678 25716e-mail [email protected]

VenezuelaInformações para contatoatravés do Secretariado da TIInternacional

Zâmbia �Sra. Christine MunalulaPresidente

Foundation for DemocraticProcessPO Box 32387, Lusakatel. +260 1 290 080

+260 1 238 347fax +260 1 220 996

+260 1 293 649e-mail [email protected]

Zimbábue �Dr. John MW MakumbePresidente

Andrew Nongogo Diretor-Executivo

96 Central AvenueHarare, Zimbábuetel. +263 4 793 246

+263 4 721 172fax +263 4 793 247e-mail [email protected]@ecoweb.co.zwweb www.kubatana.net/tiz/index.htm

� Capítulo Nacional� Capítulo Nacional

em formação� Contato

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RELATÓRIO ANUAL 2002

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Peter EigenPresidente, AlemanhaO dr. Peter Eigen é advogado.Trabalhou com desenvolvimentoeconômico durante 25 anos, principalmente como gerente deprogramas na África e na AméricaLatina no Banco Mundial. Com opatrocínio da Fundação Ford, deuassistência jurídica e técnica aosgovernos de Botsuana e Namíbia.Lecionou direito na Universidade deFrankfurt e na Universidade deGeorgetown. De 1988 a 1991, foidiretor da Regional Mission forEastern Africa of the World Bank[Missão Regional do Banco Mundialpara o Leste da África].

Tunku Abdul AzizVice-presidente, MalásiaTunku Abdul Aziz ocupou cargos-chave à frente de grandes empresasdo setor privado na Malásia e emoutros países. Trabalhou no ASEAN-US e ASEAN-EEC Business Councils[Conselho Empresarial da Associaçãodas Nações do Sudeste Asiático —EUA e CE] e, durante dois anos, foipresidente do ASEAN CCI Committee,responsável por fazer recomendaçõespara o desenvolvimento da indústria automobilística na ASEAN. Foi conselheiro no Banco Central daMalásia antes de retornar ao setorprivado. Sua última nomeação foicomo diretor de administração noSecretariado do Commonwealth emLondres.

Frank VoglVice-presidente, Estados UnidosFrank Vogl é presidente da VoglCommunications Inc., firma de consultoria em administraçãoestratégica com sede em Washington,D.C. Vogl é um co-fundador daTransparência Internacional. Apósuma carreira jornalística de quasequinze anos, tornou-se diretor deassuntos públicos do Banco Mundialem 1981 e permaneceu no cargo até1990. Vogl contribui freqüentementeem nossas publicações com artigossobre ética nos negócios. É tambémco-autor de um livro sobre insightspara a geração de riqueza no séculoXXI. É conselheiro no Ethics ResourceCenter of the United States [Centrode Recursos Éticos dos EstadosUnidos], membro do BrookingsInstitution Council e curador daArthur W. Page Society.

Cláudio Weber AbramoBrasilCláudio Weber Abramo é formadoem matemática e é mestre emfilosofia da ciência. Atuou principalmente na área de comunicação e como jornalista.Ocupou cargos de responsabilidadenos mais importantes jornaisbrasileiros e foi secretário deredação do principal jornal de negócios do Brasil. Atualmente dedica-se inteiramente ao trabalhode secretário-geral da TransparênciaBrasil. Antes de tornar-se oficialmente ligado à TBrasil,colaborou com a TI entre 1997 e1998, tendo sido co-autor do capítulo sobre licitação na adaptaçãodo Source Book [Livro de Referência]da TI para a América Latina. Abramoescreve freqüentemente para jornais.Escreveu um livro sobre traduçãopoética e compilou os contos completos de Machado de Assis.

Emília Sicáková-BeblaváEslováquiaEmília Sicáková é formada pelaFaculdade de Comércio daUniversidade de Economia emBratislava. Atualmente está estudando para obter seu Ph.D. De janeiro de 1997 a outubro de1998, trabalhou no Center forEconomic Development (CED)[Centro para DesenvolvimentoEconômico] como pesquisadora.Seus projetos de pesquisa concentraram-se nos temas detransparência, corrupção e sistemasde controle. É presidente do capítuloda Transparência Internacional naEslováquia desde 1998. Realizapalestras sobre reformas sociais eeconômicas e transparência naFaculdade de Ciências Políticas daUniversidade Comenius em Bratislava,entre outras atividades profissionais.Ela também trabalha como consultorapara numerosas organizaçõesnacionais e internacionais.

Fritz F. HeimannEstados UnidosFritz F. Heimann trabalhou comoadvogado na General Electric pormais de quatro décadas. Foi conselheiro-geral associado por maisde vinte anos e atualmente é conselheiro no Conselho-Geral deAdvogados. É um dos fundadores daTransparência Internacional e presidente da TI USA. Preside oWorking Group on Bribery andCorruption of the US Council forInternational Business [Grupo deTrabalho sobre Suborno e Corrupçãodo Conselho Americano de NegóciosInternacionais] e é membro doInternational Chamber of CommerceCommittee on Extorsion and Bribery[Comitê de Extorsão e Suborno daCâmara Internacional de Comércio].Está profundamente envolvido com ostrabalhos da OECD Convention onCombating Bribery of Foreign PublicOfficials [Convenção da OECD paraCombate ao Suborno de AutoridadesEstrangeiras] e das ICC’s Rules ofConduct to Combat Extorsion andBribery [Regras de Conduta da ICCpara o Combate à Extorsão e Suborno].

John GithongoQuêniaJohn Githongo é analista político ejornalista. Desde 1996 trabalha comodiretor do African Strategic ResearchInstitute (ASRI) [Instituto Africano dePesquisa Estratégica], firma de consultoria com sede em Nairóbiespecializada em análise das tendências sociais e econômicas emregiões diversas. Também foi diretorda Intermedia Ltd., empresa regionalde consultoria e treinamento especializada em assuntos de desenvolvimento social. Foi consultorde agências como UNDP e USAID.Como jornalista, trabalhou em diversasáreas de muitos jornais regionais enacionais, entre eles o East African eo Executive. Escreve ainda para umgrande número de publicações, comoo Financial Times de Londres.

Peter RookeAustráliaPeter Rooke é advogado comercial e,por mais de trinta anos, foi consultorem comércio internacional e investimentos. Foi presidente doInternational Bar Association’s MiddleEast Regional Forum [Fórum Regionaldo Oriente Médio da AssociaçãoInternacional de Advogados] e foipresidente ou membro do Conselhode outras empresas e ONGs. Rookeajudou na criação do capítuloNacional Australiano em 1995 doqual é atualmente diretor. Participado trabalho da TI em toda a Ásia e na região do Pacífico. É membro ativoda TI desde 1996.

Mame Adama GueyeSenegalMame Adama Gueye é sócio de umadas mais importantes firmas deadvocacia do Senegal. Também éconsultor e arbitrador registrado noCentre for Mediation, Conciliationand Arbitration of Dakar’s Chamberof Commerce, Industry andAgriculture [Centro de Mediação,Conciliação e Arbitramento daCâmara de Comércio, Indústria eAgricultura de Dacar]. Depois de terconcluído os estudos de pós-graduação em direito comercial,direito tributário e direito civil naUniversidade de Rennes, na França,Gueye trabalhou na Young LawyersAssociation of Senegal [Associaçãodos Jovens Advogados do Senegal].Cumpriu três mandatos consecutivosno Bar Council of Senegal [Conselho da Associação dosAdvogados do Senegal]. Gueye évice-presidente da comissão LaSociété face à l’AdministrationPublique, uma entidade nacionaldedicada à área de sistemas de controle. É autor de um relatóriosobre o Senegal que foi incluído noestudo do UNDP sobre Ética noSetor Público Africano. Também éautor de uma National IntegritySystem Survey on Senegal[Investigação Nacional sobre Sistemas de Integridade do Senegal].

Michel WiehenAlemanhaMichel Wiehen estudou direito naAlemanha e em Harvard. Trabalhoupor mais de trinta anos no BancoMundial, primeiramente no departamento jurídico e depois emvários cargos administrativos, entreeles o de diretor nacional para oSudeste da Europa, Sudeste da Ásiae para o Leste e Sul da África.Wiehen teve um papel fundamentalno desenvolvimento da cooperaçãoentre o Banco Mundial e a comunidade global das ONGs. Desde sua aposentadoria, em 1995,dedica boa parte de seu tempocomo voluntário da TI engajado ematividades internacionais e naAlemanha. Wiehen é membro daAssociação dos Advogados emMunique e é curador do MountainInstitute — organização dedicada àpreservação e melhoria do meioambiente e da cultura das montanhas.

Rosa Inés Ospina RobledoColômbiaRosa Inés Ospina Robledo é formadaem serviço social aplicado pelaUniversidad Externado de Colombiae trabalhou como professora universitária. Atua como conselheiraem várias instituições públicas emquestões como desenvolvimentosocial e rural, e desenvolvimentosocial e discriminação por sexo. Ospina trabalhou no desenvolvimento de várias ONGs ligadas a essas áreas e foi consultoraem várias organizações nacionais einternacionais. Ela é co-fundadorada Transparência Colômbia, capítulonacional da TI em seu país, e é adiretora-executiva.

Devendra Raj PandayNepalO dr. Panday teve um papel fundamental no processo de democratização e desenvolvimentodo Nepal. Já teve cargos de granderelevância no governo e empresas dosetor privado de seu país. Contribuiupara a instalação do regimedemocrático no Nepal ocupandovários cargos, inclusive o de vice-presidente das Organizaçõesdos Direitos Humanos do Nepal. Foi preso pelo então regimeautoritário. Após a democratizaçãodo Nepal, o dr. Panday foi ministroda Economia no gabinete interinoresponsável pela estruturação danova constituição democrática epela realização das eleições parlamentares. Continua bastanteativo em seu trabalho pelatransparência e responsabilidadesocial, desenvolvimento democráticoe cooperação regional no sul da Ásiaatravés de seu envolvimento comvárias organizações. É autor devárias publicações e atualmente é opresidente da Transparency Nepal.

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RELATÓRIO ANUAL 2002

Diretoria

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RELATÓRIO ANUAL 2002

Secretariado

Conselho ConsultivoKamal Hossain Presidente, BangladeshEx-ministro da Justiça e das Relações Exteriores

Ahmedou Ould-AbdallahCo-presidente, MauritâniaEx-ministro das Relações ExterioresSecretário-executivo da Global Coalition for Africa [Coalizão Global pela África]

Oscar Arias Sánchez Costa RicaEx-presidente, ganhador do Prêmio Nobel da PazPresidente da Arias Foundation for Peace andHuman Progress [Fundação Arias pela Paz e Progresso Humano]

Paul Batchelor Grã-BretanhaPwC, Global Geographies

Peter Berry Grã-BretanhaPresidente, Crown Agents

John Brademas Estados UnidosPresidente emérito da New York UniversityPresidente da National Endowment for Democracy [Doação Nacional pela Democracia]

Jimmy Carter Estados UnidosEx-presidente

Ugo Draetta ItáliaVice-presidente e conselheiro sênior da GeneralElectric

Dolores L. Español FilipinasJuíza da Corte Regional de Justiça

Dieter Frisch AlemanhaEx-diretor-geral para Desenvolvimento daCommission of the European Communities[Comissão das Comunidades Européias]

Johan Galtung NoruegaPesquisador da paz, ganhador do Prêmio Nobel daPaz Alternativo

Ekaterina Genieva RússiaDiretora-geral da State Library for Foreign Literature[Biblioteca Estadual para Literatura Estrangeira]

Frene Ginwala África do SulMembro do Parlamento

Huguette Labelle CanadáEx-presidente da Canadian InternationalDevelopment Agency [Agência Canadense deDesenvolvimento Internacional]

Ronald MacLean Abaroa BolíviaPrefeito de La PazEx-ministro das Relações Exteriores

Hans Matthöfer AlemanhaEx-ministro da FazendaDiretor-presidente da Beteiligungsgesellschaft fürGemeinwirtschaft

Ira Millstein Estados UnidosPresidente do Business Advisory Group to OECD-World Bank sponsored Global Corporate GovernanceProgramme [Grupo Deliberativo Empresarial para aOECD – Programa de Controle Corporativo Globalpatrocinado pelo Banco Mundial]

Festus Mogae BotsuanaPresidente

George Moody-Stuart Grã-BretanhaGerente aposentadoEx-presidente da Worldaware

Luis Moreno Ocampo ArgentinaEx-promotor público e procurador distrital deBuenos AiresCo-fundador do Poder Ciudadano

Néstor Humberto Martinez Neira ColômbiaEx-ministro da Justiça

Miklós Németh HungriaEx-primeiro-ministroEx-vice-presidente da EBRD

John Noonan Estados UnidosJuiz da Corte Federal de Apelação dos Estados Unidos

Olusegun Obasanjo NigériaPresidente

Abdullah Mohamed Omar África do SulMinistro dos Transportes

Wiktor Osiatynski PolôniaOpen Society Institute

Khun Anand Panyarachun TailândiaEx-primeiro-ministroPresidente da Saha-Union Public Co. Ltd.

Jean-Claude Paye FrançaEx-secretário-geral da OECDConselheiro especial do governo

Hartmut Ruppel NamíbiaEx-procurador-geralSócio da Lorenz & Bone

Augustine Ruzindana UgandaPresidente do Comitê de Contas Públicas doParlamento

Anthony Siaguru Papua-Nova GuinéEx-ministro e secretário de Relações Exteriores

Savenaca Siwatibau Ilhas FijiVice-chancelerUniversity of the South Pacific

Soli J. Sorabjee ÍndiaProcurador geralAdvogado sênior da Suprema Corte da Índia

Virginia Tsouderos GréciaEx-vice-ministra das Relações Exteriores

Jessica Tuchmann Mathews Estados UnidosPresidente da Carnegie Endowment for International Peace[Doações Carnegie para a Paz Internacional]

Joe Wanjui QuêniaPresidente da Bawan Roses Ltd.

Richard von Weizsäcker AlemanhaEx-presidente

Secretariado Internacionalde Berlim

Peter EigenPresidenteAlemanha

Hansjoerg ElshorstDiretor-executivoAlemanha

David NussbaumDiretor-executivoGrã-Bretanha(a partir de novembro de 2002)

Diretores-executivos Jermyn BrooksGrã-Bretanha

Margit van HamAlemanha

Roslyn HeesCanadá

Muzong KodiRepública Popular do Congo(a partir de novembro de 2002)

Miklos MarschallHungria

Carin NorbergSuécia

Silke Pfeiffer Alemanha(Diretora interina para a América Latina)

Programas Jessica BernsEstados Unidos

Sergei Chereikin Rússia

Stian ChristensenNoruega

Sarah CooperGrã-Bretanha

Margaret CruzMéxico/Estados Unidos

Stan Cutzach França

Gillian Dell Estados Unidos

Arwa Hassan Grã-Bretanha/Egito

Robin Hodess Estados Unidos

Tania InowlockiEstados Unidos

Véronique LerchFrança

Ran LiaoChina/Noruega

Bettina Meier Alemanha

Sara Morante Itália

Françoise-Nicole Ndoume Camarões

Lisa Prevenslik TakedaEstados Unidos

Rachel RankGrã-Bretanha

Alejandro SalasMéxico

Johannes SeyboldÁustria

Gopakumar Krishnan Thampi Índia

Chantal UwimanaBurundi

Aled WilliamsGrã-Bretanha

Folkard WohlgemuthAlemanha

Toby WolfeGrã-Bretanha

Marie WolkersFrança

Relações públicas Jeff Lovitt Grã-Bretanha(Diretor da PR)

Jana KotalikCanadá/República Tcheca

Sarah TylerEstados Unidos/Uruguai

Unidade de Serviço deInformação e Conhecimento

Shadrach BasheerhamadÍndia(Diretor da KISU)

Caroline KnowlesGrã-Bretanha

Lene Møller JensenDinamarca

Kristina SpaarSuíça

Administração e Tecnologia da Informação

Leticia AndreuChile/Itália

Hannelore DeimlingAlemanha

Sylvia FiebigAlemanha

Anke GoldammerAlemanha

Andrew KellyEstados Unidos

Nüket KılıclıAlemanha/Turquía

Vanesa Kohl-SalazarPeru

Dean RogersGrã-Bretanha

Renate TrowersAlemanha

Secretariado Internacionalde Londres

Jeremy Pope DiretorNova Zelândia

Programas Fredrik Galtung Noruega(Chefe de Pesquisa)

Anna HakobyanArmênia

Carolin Schlippe Alemanha

Administração Simon Tucker Grã-Bretanha

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A corrupção é um dos maiores desafios que omundo contemporâneo enfrenta. Ela prejudicao governo honesto, distorce as políticaspúblicas, leva à má alocação de recursos eprejudica o desenvolvimento do setor privado. Mas, acima de tudo, a corrupção fereaqueles que menos têm condições de lutarcontra ela. Só é possível deter a corrupção com a cooperação de todos os que apostam na integridade e na transparência de suasinstituições. Ao juntar suas forças, asinstituições internacionais, o Estado, oscidadãos conscientes e o setor privado podem derrotar a corrupção. A eliminação da corrupção melhora a vida de homens emulheres em todo o mundo. A Transparência Internacional reconhece que a responsabilidade pela corrupção écomum a todos e sua ênfase está nos sistemasde reforma, e não na denúncia de cidadãos. A TI é a única instituição internacionaldedicada à luta contra a corrupção. Tornou-sea maior força na luta pela transparência e por governos honestos, com uma rede decapítulos nacionais que implantam sua missãoem quase noventa países.

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Transparência InternacionalRelatório Anual de 2002 – Versão em português com seção especial sobre a América Latina

Equipe editorialSusan Côté-FreemanKaren FörnzlerContribuições especiaisJana KotalikSarah TylerMargaret Cruz

ISSN 1027-7986ISBN 3-935711-03-4

Publicado porTransparência InternacionalOtto-Suhr-Allee 97/9910585 BerlimAlemanhatel. 49 (0) 30 34 38 20 0fax 49 (0) 30 34 70 39 12e-mail [email protected] www.transparency.org

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Créditos das fotografiaspágina 1 Christian Jungeblodtpágina 6 AP Javier Galeanopágina 7 © Raymond Gehman/CORBISpáginas 8/9 © Lawrence Manning/CORBISpágina 10 AP Photo/Czarek Sokolowskipáginas 12/13 AP Javier Galeanopáginas 14/15 © Rose Hartman/CORBISpágina 19 Jutta Philippi Eigen

Edição BrasileiraTransparência BrasilRua Francisco Leitão 339 conj 12205414 025 PinheirosSão Paulo SPtel. 55 (0) 11 3062 3436e-mail [email protected] www.transparencia.org.br

Tradução do inglês para esta ediçãoRosana Antoniolli

Tradução do espanhol para esta ediçãoHeloisa Jahn

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TRANSPARÊNCIAINTERNACIONAL

a coalizão contra a corrupção

RelatórioAnual

2002www.transparency.org