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A largura das colunas Largura ideal: As pessoas leem mais depressa se não precisarem mover a cabeça, mas apenas correr ligeiramente os olhos da esquerda para direita, da direita para esquerda. Os olhos veem três ou quatro palavras ao mesmo tempo, e o comprimento ideal para uma linha em textos com mais de uma coluna é de cerca de quarenta letras.

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Page 1: A largura das colunas Largura ideal: As pessoas leem mais depressa se não precisarem mover a cabeça, mas apenas correr ligeiramente os olhos da esquerda

A largura das colunas

Largura ideal: As pessoas leem mais depressa se não precisarem mover a cabeça, mas apenas correr ligeiramente os olhos da esquerda para direita, da direita para esquerda. Os olhos veem três ou quatro palavras ao mesmo tempo, e o comprimento ideal para uma linha em textos com mais de uma coluna é de cerca de quarenta letras.

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A largura das colunas

Estreita: Linhas muito curtas são difíceis de ler porque dão a sensação de que as letras tremem ou vibram.

Uma coluna estreita pode ser usada para pequenos textos e legendas, ilustrações, pequenas fotos, citações.

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A largura das colunas

Larga: Uma coluna muito larga é difícil de ler porque, ao chegar ao final da linha e voltar para a margem esquerda, os olhos têm dificuldade para localizar o iníico da linha seguinte – podem, então, ler a mesma linha ou saltar uma linha e se perder. Para melhor leitura, quanto mais longa for a linha, maior deverá ser o tipo e vice-versa.

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Espacejamento entre as linhas

Entrelinhas (leading): no tempo do tipo de metal, o espaçamento entre as linhas era feito com a inserção de uma fina tira de metal – chamada lead, que quer dizer guia – entre as linhas. Hoje, os computadores ajustam a entrelinha automaticamente. A regra geral é um entrelinhamento correspondente ao corpo do tipo, mais 20%. Ex.: um texto com 10 pontos pede um entrelinhamento 12. Você pode aumentar o entrelinhamento, mas diminuí-lo certamente tornará a leitura mais difícil.

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Espacejamento entre as letras

Kerning é o ajuste do espaço entre as letras para torná-las visualmente mais atraentes. Frequentemente é usado para títulos ou textos com letras grandes. Isto porque quando ampliadas com a medida automática de entreletras, as palavras podem parecer desequilibradas com espaços grandes demais. Seu ajuste produz um visual mais harmonioso e melhor legibilidade. O kerning exageradamente apertado cria efeitos especiais, especialmente para logos.

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Alinhamento

O texto pode ser alinhado à esquerda, com as linhas irregulares à direita; alinhado à direita, com as linhas irregulares à esquerda; centralizado, desalinhado dos dois lados, ou justificado, com as linhas alinhadas tanto à esquerda quanto à direita (mais comum nos livros). Cada uma dessas formas tem suas vantagens.

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À esquerda

Garante que não haja vazios no meio do texto e tem a vantagem de não quebrar as palavras, aumentando, portanto, a compreensão. Outra vantagem é que forma um espaço em branco irregular do lado direito, o que dá um respiro à página. A desvantagem é que não é tão arrumadinho…

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À direita

Ajuda a dar variedade ao layout da página. Não serve para grandes blocos de texto, mas é

ótimo para legendas, barras laterais e pequenos blocos de texto.

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Centralizado

Funciona bem para títulos e pequenos blocos de texto.

Não é bom para texto corrido – não ajuda a encaminhar o olhar e tem aparência fria.

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Justificado

A página fica bonita e limpa. É usado para textos longos. Mas o alinhamento forçado pode produzir vazios entre as palavras. Nesse caso, é preciso diminuir o corpo para caber mais palavras por linha, o que pode prejudicar a legibilidade; ou hifenizar, o que pode prejudicar a compreensão.

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A mancha gráfica ou a cor do bloco de texto

Blocos de texto na página formam uma massa visual – a mancha – que, idealmente, tem um tom cinza uniforme, a cor tipográfica. A escolha de um tipo mais pesado, com mais ou menos espacejamento entre palavras e letras, é o que determina a cor. Além disso, o efeito que resulta dessa manha torna o texto mais ou menos legível.

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Mancha suaveÉ a cor da superfície ocupada pelo texto da página, baseada na densidade do preto na tipografia. A mancha será leve se os tipos forem leves ou expandidos; rarefeitos (bom espaço entre as linhas, as palavras ou as letras). Pode ser vazada se o texto for segmentado e tiver espaços vazios.

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Mancha pesadaÉ a cor da superfície ocupada pelo texto da página, baseada na densidade do preto na tipografia. A mancha será densa se os tipos tenderem para o negrito; forem estreitos; estiverem concentrados (pouco espaço entre as linhas, as palavras e as letras). Pode ser maciça se o texto não for segmentado ou com espaços vazios.

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Tipos e sua história

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A maioria dos tipos instalados no seu computador e com os quais você convive no dia a dia foi criada há séculos. Por isso, compreender as diferentes formas do seu desenho ao longo do tempo pode ajudar a treinar o olho para as sutilezas da tipografia e sentir a “alma” de cada tipo, identificar-se com eles e aplicá-los adequadamente no seu trabalho.

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A imprensa é considerada uma das maiores invenções da história. Sua base são os tipos móveis, que surgiram na China por volta do séc. 11, mas disseminaram-se somente ao chegar à Europa no séc. 15. Em 1455, Johannes Gutenberg iniciou, na Alemanha, a primeira produção tipográfica industrial da história, com uma prensa de tipos móveis de metal. 50 anos depois, havia mais de mil gráficas em 200 duzentas cidades européias. Com isso, Gutenberg passou à posteridade como inventor da imprensa.

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É que, ao contrário do caso asiático, o alfabeto romano adaptou-se melhor à tecnologia rudimentar de impressão com tipos móveis da época, por não exigir um número excessivo de caracteres. Antes da invenção da imprensa, os livros eram reproduzidos à mão por copistas, atividade praticamente restrita aos monastérios católicos. O processo básico de Gutenberg permaneceu o mesmo por quase 3 séculos: a produção de moldes de corpos de letras que, ao serem preenchidos com metal fundido, davam origem aos tipos.

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Ao imprimir um livro, o artesão-compositor retirava-os de uma caixa onde eram guardados, para juntá-los e formar as palavras de uma linha de texto. Essa matriz era embebida em tinta e pressionada sobre o papel para ser gravada. A imprensa foi a primeira mídia de massa. A reprodução de textos com tipos móveis acelerou decisivamente a difusão das ideias do humanismo, da Renascença e do protestantismo, ajudando a dar um fim ao monopólio cultural da igreja católica.

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Não há um sistema padrão de classificação de tipos. Ao longo do tempo, foram criadas terminologias relacionadas ao estilo, local de origem, criador e tecnologia empregada na produção das fontes. Esta é a classificação mais comum:1. Antigo (Old Estyle)2. Transicional3. Moderno4. Serifa Quadrada (Slab Serif)5. Sem serifa (Sans Serif)

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Estilo antigo: os primeiros tipos

Fraktur (1455): lembra os manuscritos da idade média. A Bíblia impressa por Gutenberg foi composta neste tipo.Letras góticas: inspiradas na letra manuscrita.

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Estilo antigo: os primeiros tipos

Jenson (1470): tem as proporções das letras romanas, consideradas as mais perfeitas em equilíbrio. Os traços são leves e com pouco contraste entre finos e grossos.Letras romanas: beleza e humanismo da renascença

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Estilo antigo: os primeiros tipos

Bembo itálico (1495): o tipo itálico é mais estreito e ocupa menos espaço. Foi criado para a impressão dos primeiros livros de bolso.

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Estilo antigo: os primeiros tipos

Garamond (1532): são consideradas as mais bonitas letras jamais concebidas, por seu refinamento, graça e delicadeza. Estão entre os tipos mais usados no mundo ocidental. Mostram um maravilhoso equilíbrio entre elegância e funcionalidade.

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Estilo transicional: a busca por maior legibilidade

Caslon (1734): era usado em todo Império Britânico, inclusive na colônia americana. Foi usado em muitos documentos históricos. Várias geraç ões de tipógrafos seguiram a frase: “Na dúvida, use o Caslon”. Refinado, tornou-se rapidamente um padrão internacional.

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Estilo transicional: a busca por maior legibilidade

Baskerville (1760): facilidade de leitura. Criado pelo inglês John Baskerville. Não tem a mesma graça do Garamond, mas imprime com mais precisão e tem maior legibilidade. Tem traços mais pesados, maior contraste entre traços finos e grossos e serifas delicadas e afiladas.

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Estilo transicional: a busca por maior legibilidade

Times New Roman (1932): o tipo mais usado no mundo. Foi encomendado pela revista The Times, que ocupasse menos espaço e fosse legível.

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Estilo moderno: beleza e rompimento com o estilo antigo

Didone (Didot + Bodoni):Didot (1784): desenhada com precisão matemática e serifas finíssimas. É o logotipo da revista Vogue.Bodoni (1788): desenhada para a aristocracia italiana. É até hoje um símbolo de elegância.

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Estilo serifa quadrada: tipos para a comunicação de massa

Os tipos da revolução industrial:Clarendon (1845): criada em Londres, tornou-se o modelo do tipo pesado da era da Revolução Industrial, feito para o comércio chamar a atenção do consumidor. Tornou-se o modelo de todas as serifas quadradas.

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Estilo serifa quadrada: tipos para a comunicação de massa

Os tipos da revolução industrial:Rockwell (1933): o tipo original foi criado em 1815 e redesenhado por Frank Hinman Pierpont, em Washington D.C., EUA. Letras têm espessura regular e formas geométricas. Para chamar a atenção.

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Estilo serifa quadrada: tipos para a comunicação de massa

Os tipos da revolução industrial:Courier (1955): Lembra a escrita da máquina de escrever. Todas as letras ocupam exatamente o mesmo espaço. Uma letra regular.

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Estilo sem serifa (ou grotescos): o tipo contemporâneo

Futura (1928): Criado pelo alemão Paul Renner, foi criado em harmonia com a estética do movimento Bauhaus, uma das maiores e mais importantes expressões do modernismo e uma das primeiras escolas de design do mundo. Tem força, elegância, clareza e simplicidade geométrica.

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Estilo sem serifa: o tipo contemporâneo

Helvética (1957): De longe, o mais comum dos tipos sem serifa. Tem a vantagem de ter uma enorme variedade de pesos e larguras, o que o torna versátil. Uma fonte neutra. Foi a mais usada nos anos 60 e 70.

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Estilo sem serifa: o tipo contemporâneo

Univers (1957): Criada pelo suíço Adrian Frutiger para ser uma letra universal, apropriada para todos os fins. Teve grande popularidade nas décadas de 60 e 70 e influenciou dezenas de outras fontes.

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Estilo sem serifa: o tipo contemporâneo

Avant Garde (1968): um tipo que nasceu como um logo para a revista Avant Garde. Tanto o tipo como a revista foram criadas pelo diretor americano Herb Lubalin. Desenho com personalidade. Pode ser descrita como uma interpretação moderna do art déco. Teve grande influência sobre os logos dos anos 90.

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Exercício:

Procurar em revistas um exemplo para cada um dos cinco tipos (Antigo, Transicional, Moderno, Serifa Quadrada, Sem serifa) e fazer uma colagem, explicando o porquê a edição escolheu esse tipo para a revista.