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A INTEGRAÇÃO ENTRE O PLANEJAMENTO DOS TRANSPORTES E OS
INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO E GESTÃO URBANOS PARA
UMA CIDADE SUSTENTÁVELJOSÉ LÁZARO DE CARVALHO SANTOS
02.311. INTRODUÇÃO
A cidade concentra os recursos humanos, materiais e financeiros dasociedade, e é para ela que converge o fluxo maior destes recursos. Noentanto, não é observado um desenvolvimento igual dentro do seuespaço.
A causa disso é o processo de acumulação do capital que segue uma lógicade concentração de recursos para investimentos em infraestrutura eserviços em determinadas áreas da cidade, que acabam sendo favorecidase sendo assim favorece a especulação imobiliária, que é o aumento darenda dos terrenos ou imóveis urbanos em decorrência dessesinvestimentos, que são feitos pelo Estado ou em conjunto com a iniciativaprivada.
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03.311. INTRODUÇÃO
Paralelamente a isso, outras áreas da cidade que não têm o mesmovolume de investimentos em infra-estrutura e serviços básicos, situadasprincipalmente na periferia da cidade, são ocupadas pela população debaixa renda, e estão carentes desses serviços (transporte, saneamentobásico, saúde, educação, etc.) e de políticas sociais para enfrentar asituação de pobreza e marginalidade que em se encontram.
Assim, planejamento urbano e o planejamento do sistema detransportes devem ser instrumentos para buscar soluções para essesproblemas.
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04.312. IMPACTOS DO PROCESSO DE URBANIZAÇÃO NA CIDADE
O sistema de transportes e o planejamento do uso e ocupação do soloestão intrinsecamente ligados, pois a distribuição do uso do solo afeta ademanda de viagens, e os investimentos no sistema de transportes afetamas decisões de uso do solo (WADELL, 2000 apud ARRUDA e SILVA, 2003).É necessário entender o transporte como indutor do desenvolvimento eda expansão urbana e privilegiar o transporte público no espaço urbano,dando-lhe maior prioridade no sistema viário em relação ao transporteindividual.
As cidades se desenvolvem influenciadas por fatores e interesses dedeterminados agentes sociais: o Estado, as organizações da sociedadecivil, as empresas de ônibus, a indústria da construção civil, as imobiliárias,a indústria automobilística, etc., que formam uma rede complexa deorganização. Esses agentes interferem no espaço urbano, de acordo comseus interesses e necessidades específicos, e são influenciados pelosistema de transportes urbanos, assim como o influenciam. AIN
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05.312. IMPACTOS DO PROCESSO DE URBANIZAÇÃO NA CIDADE
Nas últimas décadas, os países industrializados têm enfrentado ocrescente uso do automóvel, o que tem provocado grande impacto noambiente urbano.
Cada vez mais o automóvel aparece como a única alternativa eficiente detransporte para as pessoas que têm melhores condições financeiras.Uma cultura do automóvel foi criada então, e exigiu o investimento derecursos para o atendimento de suas necessidades. Ocorreu paralela a issouma segregação entre aqueles que têm acesso ao automóvel (ou que outilizam) e aqueles que dependem do transporte público, que gerougrandes disparidades socioeconômicas. Os direitos de deslocamento e deacessibilidade então passam a ser segregados (VASCONCELLOS, 1996).
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06.312. IMPACTOS DO PROCESSO DE URBANIZAÇÃO NA CIDADE
Gerou-se então um processo de segregação sócio espacial e tambémformas segregadas de mobilidade, pois existem conjunturas espaciaisdistintas determinadas por formas, modos e destinos de deslocamentosdiferenciados no espaço urbano ( CASTELLS, 1983 apud MORENODELGADO, 2002).
O transporte desempenha um papel fundamental na estruturação doespaço urbano, principalmente no que se refere à orientação daconstrução de espaços definida pelo mercado imobiliário, na expansãodesse espaço urbano. A expansão do sistema viário para atender à fluidezpara o automóvel, privilegiando o transporte individual, fez expandir oespaço das cidades em direção às periferias, aumentando as distâncias, epor muitas décadas investiu-se grande parte dos recursos públicos nessaexpansão viária, e contudo o transporte público não teve a mesmaatenção (GRAZIA e QUEIROZ,2001).
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07.312. IMPACTOS DO PROCESSO DE URBANIZAÇÃO NA CIDADE
Essa criação de novas infraestruturas de circulação paralelamente aocrescimento do número de automóveis refletiu-se na mobilidade urbana,gerando impactos no tráfego (congestionamentos,acidentes, poluiçãosonora, poluição atmosférica, etc.) e a queda da qualidade do transportepúblico (aumento do tempo de viagem, superlotação, grande tempo deespera, etc.) ao passo que cresce o número de automóveis por habitanteno país (GRAZIA e QUEIROZ, 2001
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08.313. O PLANEJAMENTO DOS TRANSPORTES URBANOS
O transporte público é um serviço essencial para cidade: oferecer acesso dacomunidade aos vários locais da cidade. A localização de pólos de trabalho,de atividades de comércio e serviços, de habitação e lazer cria espaçosconforme a demanda de viagens para esses locais, isto é, conforme o uso dosolo (atividades em cada local da cidade).
Esse transporte público deve ser mais valorizado em relação ao modo detransporte individual (o automóvel), pois o grande causador dos problemasde transporte e trânsito das cidades é o crescimento do número de carrosparticulares.
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09.313. O PLANEJAMENTO DOS TRANSPORTES URBANOS
Algumas ações que podem ser implantadas para privilegiar o transportepúblico no espaço urbano são: a criação de corredores exclusivos e de viassegregadas, para dar-lhe prioridade na circulação.
Oferecer um sistema de transporte público bem estruturado, bem planejadoe gerido é um dever da administração pública municipal. Vale frisar que setrata de uma questão de inclusão social, pois o transporte público deve seracessível à população, principalmente de baixa renda e, muitas vezes, diantedas deficiências do sistema de transporte e de acessibilidade no espaçourbano, este transporte constitui a única maneira de locomoção para oscidadãos que não dispõem de automóvel particular.
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10.313. O PLANEJAMENTO DOS TRANSPORTES URBANOS
Planejar um sistema de transporte deve incluir o estudo da oferta e dademanda de viagens para cada lugar da cidade. O plano deve serhumanizado de acordo com as necessidades de mobilidade e acessibilidadeda população, como um todo, respeitando-se, sobretudo a acessibilidadeuniversal e as necessidades especiais de locomoção.
Segundo o Ministério das Cidades, na estrutura analítica para abordagem doSistema de Mobilidade Urbana devem ser consideradas as seguintesdimensões:
Funcional: que contempla as redes de micro, meso emacroacessibilidades, necessárias à sustentação da cidade e suas funções eatividades;
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11.313. O PLANEJAMENTO DOS TRANSPORTES URBANOS
Institucional, Social e Política: contempla a mobilidade como umfenômeno sóciopolítico, resultante da atuação de atores diferentes e quepossui uma forma de organização institucional própria;
Econômica: que abrange a mobilidade como fenômeno econômico,envolvendo tanto sua interferência e importância para as atividadeseconômicas urbanas, quanto a estrutura do mercado de prestação deserviços e bens, cada um com seus fornecedores e consumidores/usuários;
Comunicação: na qual se toma a mobilidade urbana enquanto umfenômeno decomunicação/informação, considerando dois elementos: a estrutura e ainfra-estrutura de comunicação;
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12.313. O PLANEJAMENTO DOS TRANSPORTES URBANOS
Física: na qual o fenômeno da mobilidade é considerado enquantoelemento físico, como palco do desenvolvimento das interações das diversasdimensões tanto da mobilidade quanto da própria vida urbana: os meios decirculação (veículos),estrutura de circulação (vias e terminais), ocupação dosolo, mobiliário e equipamento urbano, além das condições ambientais, quejuntos formam o ambiente de circulação (Vasconcellos, 1996);
Cultural: que entende a mobilidade como fenômenoantropológico,cultural, que tem como elementos constituintes os valores,crenças e práticas daquela(s) comunidade(s).
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4. ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O SISTEMA DE TRANSPORTE URBANO (PLANEJAMENTO E GESTÃO)
Planejar, implementar e gerir um sistema de transporte para uma cidadeé um processo que exige um debate, o mais amplo possível, com asociedade, sob diversos aspectos, e ainda uma grande disponibilidade derecursos para financiar esse sistema de acordo com a realidade e anecessidade de cada cidade.
Muitas vezes os municípios não têm recursos suficientes para investir naestrutura e gestão de um sistema de transportes, principalmente se foremexigidos grandes investimentos , como no caso de implantar, ampliar oumodernizar esse sistema para uma cidade grande, com mais de 1 milhãode habitantes, como Salvador, São Paulo ou Rio de Janeiro.
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4. ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O SISTEMA DE TRANSPORTE URBANO (PLANEJAMENTO E GESTÃO)
Os financiamentos para um sistema de transporte urbano eficiente e dequalidade exigem altos recursos para investimento, que muitas vezes nãodependem de recursos exclusivamente municipais, podendo envolveroutros municípios, outras esferas de governo estadual e federal e emparceria inclusive com a iniciativa privada, existindo também apossibilidade de financiamento com recursos oriundos de organismosinternacionais como o BIRD (ou Banco Mundial).
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5. ALGUMAS EXPERIÊNCIAS DE PLANEJAMENTO E GESTÃO DOS TRANSPORTES EM CIDADES LATINO-AMERICANAS
Exemplos de experiências bem sucedidas realizadas para promover umtransporte público eficiente e de qualidade, em cidades latino-americanas:
Programa Transmilênio de Bogotá (Colômbia) e, Sistema Trinário de vias com transporte integrado de Curitiba-PR(Brasil).
Onde ocorrem sistemas de corredores de transporte público em viassegregadas privilegiam o transporte público no sistema viário da cidade,permitindo assim uma melhoria expressiva no padrão de qualidade devida da população dessas cidades.
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5. ALGUMAS EXPERIÊNCIAS DE PLANEJAMENTO E GESTÃO DOS TRANSPORTES EM CIDADES LATINO-AMERICANAS
Através da modernização do sistema de transporte foi possível adequar ascondições de infraestrutura para o desenvolvimento urbano dessascidades dentro de uma probabilidade de crescimento futuro.
Outras cidades como São Paulo e Porto Alegre estão investidas na redemetro-ferroviária, interligadas com o sistema de transporte urbano emetropolitano, para ajudar nos problemas de mobilidade urbana,oferecendo um melhor serviço a população.
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6. A CIDADE E O TRANSPORTE SUSTENTÁVEL
A mobilidade sustentável: É a consequência de uma união de políticas
públicas no espaço urbano que garante todos os cidadãos o acesso de
forma democrática, as suas oportunidades, serviços e equipamentos
essenciais, de forma eficaz, eficiente e sustentável.
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6. A CIDADE E O TRANSPORTE SUSTENTÁVEL
Transporte Sustentável
Para se iniciar a política de transporte visando um desenvolvimentosustentável, não deve ser mais elaborado somente pelos Estados nacionaise pelas autoridades locais das cidades apesar deles serem os principaisatuantes para a iniciação das políticas de transportes.
É envolvido um grande numero de interessados quando se refere aodesenvolvimento rural, à organização territorial, ao habitat, aos serviços eaos meios de transporte.
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6. A CIDADE E O TRANSPORTE SUSTENTÁVEL
Transporte Sustentável
Esses interessados são: os processos de meio de transporte, ações deserviços multimodais, transportes coletivos, das redes de vias de baixavelocidade e a reutilização de sistemas rodoviários.
Os procedimentos abordados pelas administrações globais admite quecertos países unem-se a justiça social as estratégias de transportesustentáveis.
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6. A CIDADE E O TRANSPORTE SUSTENTÁVEL
Transporte Sustentável
Assim, a uniam de políticas locais de transportes de políticas deUrbanismo e da organização territorial é necessário.
A decorrência de uma política de transportes não deve implicar somentenesse setor, mas de uma junção de outros setores: habitação, urbanismo,meio ambiente, desenvolvimento econômico, desenvolvimento social,vida local.
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6. A CIDADE E O TRANSPORTE SUSTENTÁVEL
Na Conferência das Nações
Na Conferência das Nações Unidas sobre os assentamentos humanos,realizada em Istambul, em 1996, foi apontado que o fenômeno dametropolização incontrolável ocasiona problemas urbanos.Eles também ressaltam a importância das cidades com a união dosEstados, na adoção de políticas de desenvolvimento sustentável,enfatizando os deslocamentos e de transporte.Abordou a preocupação com a tendência de aumento da populaçãourbana.E a tendência de metade dessa população urbana concentra-se emcidades com mais de um milhão de habitantes. Essas tendências levaramas Nações Unidas a identificar como principal desafio ao desenvolvimentourbano sustentável a contenção da metropolização.
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6. A CIDADE E O TRANSPORTE SUSTENTÁVEL
Os atuais desafios envolvidos na elaboração de políticas sustentáveis de transportes envolvem à:
Formação de parceria e de harmonização entre os diferentes agentes da
vida pública;
Modificação das práticas administrativas;
Readaptação das morfologias urbanas, integrando, principalmente, as
novas formas de trabalho, de serviços, de troca de informações;
Mobilidade sustentável;
Intermodalidade.
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6. A CIDADE E O TRANSPORTE SUSTENTÁVEL
Década de 1990
A partir da década de 1990 a noção de desenvolvimento sustentável jáestava integrada a regulamentação dos transportes de diversos países.Contudo, alguns países apenas integram a noção de sustentabilidade dostransportes em termos ambientais, sem considerar totalmente asustentabilidade em termos de necessidades sociais e de identidadesculturais.E outros países organizam o conjunto de suas políticas de transportes deacordo com os critérios da sociedade sustentável.
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6. A CIDADE E O TRANSPORTE SUSTENTÁVEL
CAMVAL
Agentes essenciais da definição de políticas de transportes em áreasurbanas, às cidades e autoridades locais, filiadas à CAMVAL (Coordenaçãodas Associações Mundiais de Cidades e Autoridades Locais, criada àsvésperas da conferência Habitat II), adotaram o princípio que visa reforçaro governo urbano para conseguir um desenvolvimento sustentável queintegre a noção de transportes sustentáveis.
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6. A CIDADE E O TRANSPORTE SUSTENTÁVEL
Cidades compactas
Em alguns casos, integra-se às políticas mais amplas de organizaçãourbana sustentável, baseadas no conceito de cidades compactas, o quedemonstra que o tema “transporte” não pode ser tratado apenasindividualmente, tanto no plano político como no plano de tomada dedecisões. Esse modelo de organização espacial foi desenvolvido emdeterminadas cidades da Alemanha, dos Países Baixos, da Áustria e daSuíça que tentaram conter seu crescimento urbano e Peri urbano efavorecer o crescimento compacto do espaço urbano.
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6. A CIDADE E O TRANSPORTE SUSTENTÁVEL
Década de 1980
Muitas cidades como a cidade do México privilegiaram o transporte nãopoluente em suas políticas e integraram diretamente o Protocolo deKyoto às suas políticas de transportes.No final da década de 1980, políticas de transportes integradas a umconceito de sustentabilidade social e ambiental. Curitiba-PR, no Brasil, eBogotá, na Colômbia (projeto Transmilênio), são exemplos de iniciativasque trouxeram uma concepção urbana favorável aos transportes coletivos,dando–lhes prioridade no espaço urbano, ainda que Curitiba seja uma dascidades mais motorizadas do Brasil.
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6. A CIDADE E O TRANSPORTE SUSTENTÁVEL
KL3
De acordo com o Relatório de introdução do Grupo de Ligação KL3“Transporte sustentável”, as diretrizes para a formulação de políticassustentáveis de transporte são: A garantia da substituição do automóvel por outros meios de transporteque melhor respeitem o meio ambiente (limitação do acesso aos centros deaglomeração urbana, recusa de criar novos locais de estacionamento); O desenvolvimento de meios de transporte alternativos e a promoção daintermodalidade (transportes que combinem a caminhada, a bicicleta, oônibus, o bonde, o metrô) de passageiros portando bagagens ou não; A reconquista de espaços públicos destinados até o presente momento aosautomóveis: estruturas urbanas de periferia que acumulem as funções deintermodalidade, de pólos de conexão de serviços e de bilheteria paratransportes multimodais e serviços: nova repartição dos sistemas rodoviáriosexistentes sem esquecer dos meios de transportes emergentes (“rollers”,bicicletas elétricas) e dos transportes não-motorizados (ex. bicicleta).
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7. OS INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO URBANO E O PLANEJAMENTO DOS TRANSPORTES
Zoneamento: Contribuiu para isolar regiões de acordo com as suasatividades (áreas residenciais, comerciais e de serviço). Concentra viagense horários de pico, aumentando custos com transportes e provocandoviagens motorizadas desnecessárias.
Plano diretor de desenvolvimento urbano: Nele se definem asdiretrizes de desenvolvimento e expansão urbana. Resulta em lei e deveser elaborado, discutido e aprovado de forma democrática, seguindo-se osprincípios legais do Estatuto da Cidade. A formulação da política urbana eo cumprimento das funções sociais da cidade, através do plano diretormunicipal, são de responsabilidade do município.
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7. OS INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO URBANO E O PLANEJAMENTO DOS TRANSPORTES
Estatuto da cidade: regulamenta instrumentos de planejamento urbanoque foram criados para garantir a função social da propriedade,combatendo-se a especulação imobiliária, e favorecendo uma cidade commenor segregação sócio-espacial. A formulação de programas detransportes urbanos, também está prevista no estatuto da cidade.
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7. OS INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO URBANO E O PLANEJAMENTO DOS TRANSPORTES
A aplicação dos instrumentos previstos no Estatuto da Cidade, conformeestabelecido pelo plano diretor de desenvolvimento urbano, deveacontecer de maneira integrada com o planejamento dos transportesurbanos. Podendo ser utilizados para direcionar o desenvolvimentourbano. Como por exemplo:
IPTU Progressivo no tempo; Usucapião coletivo; Direito de preempção e de superfície; Operações urbanas e consórcios imobiliários; Estudo de impacto de vizinhança.
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8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Concluiu-se que um sistema de transporte urbano de qualidade depende
do planejamento e gestão dos transportes e do planejamento urbano para
que se favoreça o chamado transporte universal.