a inquestionavel inteligencia de doroteia
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juntos homem-e-mulher fazem o super-ser homulher, dotado da melhor inteligência e da melhor memória: tradicionalmente é conhecido como FAMÍLIATRANSCRIPT
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A Inquestionável Inteligência de Dorotéia
1. A 2. Inquestionável
3. Inteligência 4. De
5. Dorotéia 6. As Dorotéias da Vida (Psicológica)
7. A Língua Intensa de Dorotéia 8. Dando com a Língua nos Tantos
9. Nova Psicologia 10. Psicologia Nova
Serra, terça-feira, 26 de janeiro de 2010. José Augusto Gava.
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Capítulo 1 A
Quando se trata de evolução sempre são mostrados os machos, mas agora acredito firmemente que a língua foi desenvolvida principalmente pelas mulheres, pois elas tinham os motivos e as necessidades.
1. ficavam com 80 a 90 % de todos sob sua responsabilidade (50 % de mulheres, 25 % de garotinhos até 13 anos, velhos, anões, doentes permanentes, guerreiros em processo de cura);
2. tinham mais funções (coleta, armazenamento, distribuição, controle do sexo e do futuro);
3. devem ter desenvolvido várias entonações para as várias idades e os dois sexos (era diferente controlar as menininhas e os garotinhos);
4. precisavam de uma língua que só fosse entendida pelas mulheres (daí as mulheres falarem com o rosto, mas não só isso);
5. muito mais coisas para denominar (terreirão de coleta, disposições nas cavernas, tarefas a executar, cozinha, limpeza, horas do dia e da noite, um milhão de coisas a fazer).
Penso que a proporção de invenção da invenção da Língua geral se deva - logo no início, antes de o poder passar aos homens com a invenção das cidades há 11 mil anos – em 80 a 90 % às mães-mulheres-menininhas. Se isso for verdade, poderá ser rastreado pelas bases utilitárias das línguas primitivas.
A LÍNGUA-CAVERNA (se o MCES for verdadeiro a Língua geral conservará rastros de nossa existência nas cavernas)
Existem várias cavernas pelo mundo, que demonstram a pintura rupestre,
algumas delas são: • Caverna de ALTAMIRA, Espanha, quase uma centena de desenhos feitos
a 14.000 anos, foram os primeiros desenhos descobertos, em 1868. Sua autenticidade, porém, só foi reconhecida em 1902.
• Caverna de LASCAUX, França, suas pinturas foram achadas em 1942, têm 17.000 anos. A cor preta, por exemplo, contém carvão moído e dióxido
de manganês. • Caverna de CHAUVET, França, há ursos, panteras, cavalos, mamutes, hienas, dezenas de rinocerontes peludos e animais diversos, descoberta em
1994. • Gruta de RODÉSIA, África, com mais de 40.000 anos.
Capítulo 2
Inquestionável
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São duas inteligências e duas memórias. DOIS PRA LÁ DUAS PRA CÁ
MULHERES
(é um quadrado lógico; são distintas em conteúdo tópico armazenável e em dimensão)
HOMENS inteligência - inteligência + memória + memória -
Isso faz sentido se homens e mulheres constituírem o mesmo ser,
homulher, homem-mulher, e não dois: pelo sexo, desde as amebas e as algas cianofíceas a Natureza separou os dois pólos cada vez mais, colocando travas, mas não impedindo a comunicação. É tudo muito lógico, quando devidamente olhado.
O CORPOMENTE DO HOMULHER COM QUATRO PERNAS E QUATRO BRAÇOS, DUAS CABEÇAS, DOIS TRONCOS - PODENDO FAZER COISAS DIFERENTES AO MESMO TEMPO
PSEUDO-CORPOMENTE FEMININO
HOMULHER PSEUDO-CORPOMENTE MASCULINO
o nome dessa ponte é família e vem sendo muito maltratada faz vários anos
1 6 F E V E R E I R O , 2 0 0 8 O Espelho de Afrodite
Os símbolos sexuais masculino e feminino nasceram na mitologia grega.
O símbolo do sexo feminino representa o espelho de Afrodite. Afrodite (em
grego, Αφροδίτη) era a deusa grega da beleza e do amor.
Originário de Chipre, o seu culto estendeu-se a Esparta, Corinto e Atenas. Foi identificada como Vênus pelos romanos. De acordo com o mito mais aceito,
Afrodite nasceu quando Urano (pai dos titãs) foi castrado por seu filho Cronos, que atirou os genitais cortados de Urano ao mar, que começou a ferver e a espumar, esse efeito foi a fecundação que ocorreu em Tálassa,
deusa primordial do mar. De aphros ("espuma do mar"), ergueu-se Afrodite e o mar a carregou para Chipre. Assim, Afrodite é de uma geração mais antiga
que a maioria dos outros deuses olímpicos.
Por ordem de Zeus, Afrodite casou-se com Hefeso, o coxo deus do fogo e o mais feio dos imortais. Foi-lhe muitas vezes infiel, sobretudo com Ares,
divindade da guerra, com quem teve, entre outros filhos, Eros e Harmonia. Outros de seus filhos foram Hermafrodito, com Hermes, e Príapo, com
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Dionisio. Entre seus amantes mortais, destacaram-se o pastor troiano Anquises, com
quem teve Enéias, e o jovem Adônis, célebre por sua beleza. Afrodite possuía um cinturão mágico de grande poder sedutor e os efeitos de sua paixão eram
irresistíveis.
Em outra versão (como diz Homero), Dione é mãe de Afrodite com Zeus, sendo Dione, filha de Urano e Tálassa.
Regina Fernandes
O modelo pirâmide mostrou claramente que não existem dois seres, apenas um; vê-los como dois é possível, mas não passa de ilusão.
Lá por 1989, quando entrei no curso de filosofia da UFES, sugeri numa das aulas que os 150 g a mais no cérebro masculino fossem chamados “cérebro predador”, uma porção desenvolvida como resposta à necessária agilidade da caça; quando falei que a diferença entre homens e mulheres eram esses 150 g as pessoas riram, porque imaginaram o pênis. É fácil ver que um suporte ágil deveria ter sido desenvolvido pelas atividades de caça, que exigem respostas rápidas; e o contínuo treinamento dessa porção permitiu a inventividade diferenciada.
Por outro lado podemos pensar que os cérebros femininos sejam mais convolutos no que tange à linguagem, para não somente acomodar mais memória, como também sintaxe e ortografia, maior rapidez no armazenamento e recuperação e maior agilidade no trato lingüístico.
TAMBÉM SÃO DOIS E O MESMO SINTAXE- CAMPO
ORTO-SINTAXE VOCABULÁRIO-ORTOGRAFIA
campo linguístico campartículas partículas linguísticas
(a língua também deve comportar regras-de-octetos, ou o que for, por ser matemática-
psicológica)
aqui é mostrado o
casamento do Céu com a Terra, mas serve
também para a esquerda e a direita
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o Ocidente pede pelo Oriente
o nome da reunião de
Ocidente com Oriente é Terra
o Oriente anela pelo Ocidente
No MP eu disse que deveriam existir DUAS línguas, atualmente misturadas e indistinguíveis, até que se façam os estudos: a língua-das-mulheres deve ser mais de partículas (embora a visão seja esférico-plana), enquanto a língua-dos-homens (ainda que a visão seja linear-pontual) deve ser mais de campo, assim como devem existir dois fogos: o fogo-dos-homens é destruidor, ao passo que o fogo-das-mulheres é conservador.
Já que existe o homulher com suas duas partes separadas existe hodiernamente uma língua só, língua-dos-homulheres; entrementes, quem a construiu foi a Natureza e quem misturou indevidamente foi ela também, de modo que não ficou muito perfeito em termos lógico-dialéticos; de fato, ficou incorretamente misturado.
Assim, mesmo que as inteligências e as memórias de umas e de outros sejam diferentes, na realidade o que vale é a soma.
A SOMA HOMEM + MULHER É A NOVA REALIDADE
∑ a nova super-realidade é diferente do que esperavam os que ameaçavam a
família nuclear NOVA SUPER-MULHER NOVA SUPER-
FAMÍLIA NOVO SUPER-HOMEM
super-memória invencível super-
memórinteligência super-inteligência
Terra (temperatura ideal)
Marte (muito frio)
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Vênus (muito quente)
super-ninho, a super-proteção da família futura
Não é uma tentativa de acomodação “para tudo dar certo”, afastando os perigos de rompimento: é assim mesmo, o que existe são as tríades, as uniões-de-pares polares oposto-complementares.
Capítulo 3 Inteligência
Então, o que já vimos: 1) Dorotéia é inteligente, mas a inteligência dela tende mais às
super-responsabilidades da memória; 2) a Natureza usou os homens para caçar e desenvolveu em nós
um gênero de memória de rápida resposta, chamada INTELIGÊNCIA, com sub-responsabilidades;
3) por complementação reservou papel relevante de inteligência-de-resposta-meditada E COLETIVA, ou memória, às mulheres (mas devemos esperar que somente as mães a tenham PLENAMENTE DESENVOLVIDA, porque a família não podia ser atacada ou sequer ameaçada e a Natureza não toleraria que as mulheres ainda não fertilizadas deslocassem o poder da mãe dominante e seu grupinho): essa inteligência é chamada MEMÓRIA (não existe “inteligência emocional” tudo isso de 16 tipos de supostas inteligências, é um tipo só de memórinteligência, com duas tendências);
4) no que Dorotéia é fraca seu homem é forte, no que seu homem fraqueja Dorotéia está ali para apoiar: invencível combin/ação, ato permanente de combinar.
Capítulo 4 De
De quem é essa memórinteligência? É de Dorotéia, claro, mas
não só; é do par de Dorotéia, mas não apenas dele. É de ambos QUANDO SE UNAM, quando constituam família. Agora, veja, a família é amplamente vitoriosa: nos (a caminho) de 7,0 bilhões de indivíduos quantas não-famílias existem, quer dizer, mulheres ou homens sozinhos? Mesmo quando homens e mulheres divorciam-se ainda falamos de “famílias desfeitas”.
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A VITÓRIA DA FAMÍLIA (mesmo sob ataque virulento e constante ela prossegue; mesmo sob insistente ataque - como coisa obsoleta e arcaica - ela segue na preferência geral)
CRISE DA FAMÍLIA, INÍCIO DA CRISE SOCIAL
SANTIAGO, segunda-feira, 24 de novembro de 2008 (
Segundo o filósofo e político Rocco Buttiglione
Por Francisco Javier Tagle ZENIT.org).- O começo
da crise da família é o princípio de uma crise social mais extensa, afirmou o filósofo e político italiano Rocco Buttiglione nas páginas do último número de
revista Humanitas (www.humanitas.cl). Seu texto corresponde à conferência que pronunciou no claustro da
Universidade Católica, em Santiago, para a inauguração do «Centro UC para a Família».
«Os jovens sempre criticaram a autoridade e chocaram com seus pais. Mas aconteceu raras vezes na história que os pais fugiram do seu dever e
renunciaram por covardia à sua missão. Mitscherlich e Van der Does de Villebois foram os primeiros em chamar a atenção sobre o risco de uma
sociedade sem pai, na qual os jovens homens não interiorizam os valores fundamentais da virilidade, não aprendem a beleza de cuidar de uma mulher e dos filhos gerados com ela», diz o acadêmico, que é membro do Conselho
de Consultores e Colaboradores da Revista HumanitasEm seu texto, o autor começa por explicar que o amor é um ato de vontade,
que contém a decisão de resistir diante das provas da vida e do amor. «Poderíamos dizer que o amor é um enamoramento aprovado e sancionado pela razão. O amor não é (só) um estado emocional, mas é a decisão de pôr sua própria vida ao serviço do cumprimento da vocação da pessoa amada na
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verdade e no bem», assinala. Na relação do homem com a mulher, explica, o amor faz que a pessoa já não
possa definir a si mesma, mas só através da pessoa amada: «somos uma pessoa na outra e uma para a outra». Desta maneira, afirma que, ainda que o amor contenha muitas penas e problemas, nada torna a vida mais plena como
amar e ser amado. «O amor gera uma nova vida. Ainda que esta eventualidade em geral esteja presente só vagamente na consciência dos esposos, o fato de que dos atos sexuais nasçam crianças não é só extraordinariamente importante para a sociedade, mas contribui de maneira decisiva para dar forma ao amor do
homem e da mulher», explica. Daí, adverte, a diferença entre o enamoramento e o amor. Enquanto o
primeiro é somente um estado emocional, o segundo responde a um ato de vontade. «O amor conjugal assume conscientemente o desejo sexual e suas
conseqüências na geração dos filhos, e oferece seu apoio para que se cumpra o destino, próprio e do outro, de converter-se em pai e mãe, de serem pais»,
diz. É por isso que, assinala Buttiglione, um «simples» estado emocional como o enamoramento não é suficiente para gerar um filho, como é, ao contrário,
um amor conjugal estável e fiel, já que neste último prometemos nosso amor, atenção e felicidade, «na saúde e na doença».
«É claro que quando nos prometemos mutuamente amor e felicidade para toda a vida, fazemos algo extremamente árduo. Quem pode pensar que tem
em si a força moral suficiente para estar seguro de que manterá este compromisso diante das imprevisíveis vicissitudes que a vida nos apresenta?»,
adverte o acadêmico, e responde que «é por isso que os crentes confiam a Deus a esperança de uma promessa cujo cumprimento pode assegurar-se só
com a sua ajuda». Com relação aos filhos, o político italiano explica que a criação e educação
de uma criança «é uma tarefa árdua», pelo que sempre será melhor a presença do homem consciente também de sua responsabilidade.
«Nos primeiros meses de vida, a criança reconhece sua mãe: acostumou-se por nove meses ao batimento de seu coração. Ao contrário, o recém-nascido
não reconhecerá seu pai: é através da mediação da mãe que o pai é reconhecido como tal pela criança», manifesta. A mãe, geralmente, é a encarregada de dar «segurança» à criança, enquanto o pai será quem,
habitualmente, lhe ensinará o sentido do «dever». «Portanto, o papel masculino e o feminino se diferenciam por razões naturais e funcionais», assinala. Ainda que a distinção não seja rígida e vá mudando
com o tempo e o espaço, a diferença é necessária para «sustentar o processo da educação. Além disso, a diferenciação tem uma base natural na estrutura
biológica do homem e da mulher», manifesta. Buttiglione se pergunta acerca de se é possível uma civilização que rejeite o dom da feminilidade, que fuja da tarefa de preparar as mulheres para serem
mães. «Quando ocorre, a sociedade se consome e morre», responde. E agrega: «Em geral, isso marcou mais o destino e decadência de grupos
dirigentes reduzidos como na crise final do Império Romano. Mas em nossa época, o fenômeno adquire uma dimensão de massas e ameaça a própria
sobrevivência de nossa cultura», adverte. Na cultura feminista, exemplifica, a concepção, que é a essência da
feminilidade, é vista como negativa; assim também o papel do pai, que também foi questionado mediante a «demonização» da autoridade.
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A crise da família afeta, em conseqüência, toda a sociedade, devido a que «o ideal de fraternidade humana, de todos os homens, seria inconcebível se não existisse a própria experiência da família». Buttiglione expõe em seu texto que a família é o princípio de unidade dos seres humanos, onde a unidade
não nasce da opressão, mas da entrega mútua de reconhecimento, liberdade e amor.
Fonte: http://www.zenit.org/rssportuguese-20148 Em resumo: a Natureza agiu de tal forma que os homens só
podemos encontrar a melhor memória nas mulheres e vice-versa, elas a melhor inteligência em nós. Assim ficamos ambos dependentes. Se não fosse assim seria como dar todos os super-poderes aos homens ou todos eles às mulheres: rapidamente umas extinguiriam os outros ou o contrário.
Como é que a inteligência superior se torna de Dorotéia? Através do casamento. Como a memória superior se torna do par de Dorotéia? Através do casamento. Como isso ambos se tornam superiores nem tornar ninguém inferior.
Nós, com nossas memorinteligências segmentadas em memórias e inteligências é que falhamos racionalmente em identificar as tríades dos pares polares para além das oposições, rumo às complementações.
A TAREFA DE REUNIÃO DE PARES • norte-sul • leste-oeste • dentro-fora • rico-pobre • governo-empresa • velho-novo • Natureza-Deus • acaso-necessidade • e todos os outros.
Não existe norte separado de sul senão visualmente e para as mentes racionais, quer dizer, as mentes incompletas.
Se tivéssemos desde o início capacidades mais vastas teríamos visto logo que os pares são realmente oposto-complementares: estar o norte separado do sul QUER DIZER GLOBO. Estar o oeste separado do leste QUER DIZER GLOBO. Ver o homem como distinto da mulher QUER DIZER FAMÍLIA.
A incompletude de Dorotéia é a mesma incompletude do par-de-Dorotéia, qualquer que seja ele.
Capítulo 5 Dorotéia
Mas, quem é Dorotéia, afinal de contas? Dorotéia é “qualquer uma”. É um nome que me veio à cabeça. MUITA COISA APARECE QUANDO VOCÊ PERGUNTA POR DOROTÉIA (aqui ela é ao mesmo tempo representante de todas e cada uma das mulheres e de um novo caminho de libertação e de igualdade)
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Na Rede Cognata Dorotéia é cognato de EQUILÍBRIO = T = TERRA
= DAR = RECEBER = LEI = VERDADE. Por conseguinte, é conveniente que o nome seja mesmo esse, pois estamos buscando uma nova convivência. Se não houver homens não haverá produção nova, se não houver mulheres nada será conservado.
A QUÁDRUPLA JORNADA DA MULHER Coleta
(o que recolher, quando, em que quantidade e onde?)
Armazenamento (quais as melhores condições para a
durabilidade?)
Distribuição
(quem merece o melhor, de modo a render mais para o conjunto?)
Sexualização (quem favorecer por, potencialmente,
produzir melhor futuro?)
Geração (sexo-2)
Defesa-educação (sexo-3)
Bem, quem quer que seja Dorotéia ela ficou sobrecarregada de
tarefas por decisão da Natureza. Em compensação o outro lado foi jogado à morte.
E quem é Dorotéia, afinal de contas?
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Ela é uma geometrialgébrica, matemática como tudo é; e, como disse Clarice Lispector, matemática alta, pois Dorotéia é todos: 1) diretamente é indivíduo-fêmea, 2) indiretamente é a coletividade-fêmea, 3) mais indiretamente somos os homens e todos.
Conjuntamente Dorotéia é um problema em busca de solução: quando a solução for encontrada MAIS PROBLEMAS emergirão, num nível mais alto.
Capítulo 6 As Dorotéias da Vida (Psicológica)
As Dorotéias da Vida geral psicológica tem todos os nomes, não
apenas Dorotéia. PARA QUEM É A INQUESTIONÁVEL INTELIGÊNCIA DE DOROTÉIA
1. para todos os seres do universo (porque para todos – pela Natureza ou por Deus, de fato por i, Deus-Natureza – foi construído o universo)
2. para todos os racionais (pois é condição de prosseguir para perceber as dimensões mais vastas)
3. para os seres humanos todos PARA AS MULHERES (aqui vai só a letra A, e nem todos os nomes; eu poderia
ter pegado qualquer nome)
PARA OS HOMENS (porque, afinal de contas, estamos interessados em nossas admiráveis companheiras)
1. Abella 2. Abigail
3. Aci 4. Acira 5. Ada
6. Adalgisa 7. Adália 8. Adeci
9. Adelaide 10. Adeli 11. Adélia 12. Adelina 13. Adiles 14. Adina 15. Adira 16. Adna
17. Adriana 18. Adriane 19. Adriza 20. Adrize
21. Afonsina 22. Agar 23. Ágata 24. Agnes 25. Aicha 26. Aida 27. Aída 28. Aidê
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29. Aimara 30. Aimê 31. Aimée 32. Ainhoa 33. Airumã
34. Ajuricaba 35. Alaíde 36. Alaídes 37. Alana 38. Alani 39. Alba
40. Albana 41. Albenisa 42. Albenise 43. Alberta
44. Albertina 45. Albetina 46. Albina 47. Alcina 48. Alcinda 49. Alcione
50. Alda 51. Aldalgisa
52. Aldrovanda 53. Alejandra
54. Alena 55. Alessandra
56. Aletéia 57. Alexandra 58. Alexsandra
59. Aléxia 60. Alfreda 61. Aliana 62. Alice 63. Alícia
64. Aliciane 65. Alina 66. Aline 67. Alísia
68. Allexia 69. Alma
70. Almerinda 71. Almira
72. Altamira 73. Altiva 74. Alvani 75. Alvina 76. Alzira 77. Amália 78. Amanda 79. Amélia 80. Amelly
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81. Amina 82. Amy 83. Ana
84. Anadir 85. Anaizi 86. Anália 87. Analice
88. Anastácia 89. Anatole 90. Andira 91. Andréa 92. Ândrea 93. Andréia 94. Andresa 95. Andressa 96. Aneita 97. Anelise 98. Anésia 99. Anete 100. Ângela
101. Angélica 102. Angelina 103. Angelita 104. Anice 105. Anick 106. Aniele 107. Anísia 108. Anita
109. Antônia 110. Antonieta
111. Anunciação 112. Anunciata 113. Aparecida
114. Araceli 115. Aracema
116. Araci 117. Aracy 118. Arani 119. Araújo 120. Arenice 121. Areta 122. Areusa
123. Argemira 124. Ariadna 125. Ariadne 126. Ariana 127. Ariane 128. Ariela 129. Arieta
130. Ariovalda 131. Ariovanda
132. Arlene
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133. Arlete 134. Arlinda 135. Arnalda 136. Assunção
137. Átraia 138. Audete 139. Augusta 140. Áurea 141. Aurélia
142. Aureliana 143. Aureliza 144. Aurora 145. Auta 146. Ava
Ser chamada de Dorotéia não a exclui da feminilidade, assim como ser chamado de Silas não exclui nosso labrador da “canilidade”. É preciso ver onde estão nosso interesses maiores: as disputas são interessantes, metade da existência é isso – contudo, a identidade é a outra metade. Quando tudo está brando demais estamos caindo na inaptidão para a sobrevivência e quando está violento demais é hora de meditar no conforto da proximidade.
Capítulo 7 A Língua Intensa de Dorotéia
DOROTÉIA FALA MAIS (então, aproveitemos esse seu dom)
Mulheres falam mais de 20 mil palavras por dia, diz estudo
Mulheres falam 20 mil palavras enquanto os homens falam apenas 7 mil
Terra
Uma psiquiatra norte-americana, afirmou, em livro, que as mulheres falam muito mais que os homens. O nome da psiquiatra e autora é Louann
Brizendine e ela ensina psiquiatria clínica na Universidade da Califórnia, em São Francisco.
O livro é "O Cérebro Feminino" e, nele, em essência, mas muita essência, ela
alega que os cérebros masculinos e femininos são, assim como seus respectivos troncos e membros, completamente diferentes um do outro.
Se é para botar pra quebrar em matéria de lugar-comum, eu ajeito a boina, cofio o bigodinho e, do fundo de minha camisa listrada, coberta por um colar de cebolas, afirmo como se eu me chamasse Marcel, André ou Jean-Pierre:
"Et vive la différence!"
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Antes de entrar nos méritos dos cérebros dos outros, que desconheço como a palma da mão de quem me lê, gostaria de fazer um ou dois comentários a
respeito da professora, de quem eu nunca ouvira falar, nem mais magra nem mais gorda.
Vejamos: Louann é nome de quem nasceu e cresceu em "trailer park" no
estado de Mississippi, nos EUA. Brizendine, eu costumava tomar umas duas ou três antes de ir às boates na década de 60 no Rio. Quatro comprimidos então
e uma garrafa de uísque descia redondo e com a maior facilidade.
Sem falar no fato, ou muito falando do fato, de que a gente falava a mais não poder, amanhecendo no dia seguinte sem ressaca mas com o queixo doendo para valer. Brizendine a gente comprava sem receita até 1962. Depois, os
enxeridos responsáveis pela saúde do país proibiram: só com receita. Felizmente, cá entre nós, havia sempre, num grupo, um médico que sabia
das coisas da vida.
Papo firme numa boa Levanto-me da mesa da casa noturna, deixo com pesar a década perdida como a de Scott Fitzgerald, e volto à nua e crua realidade do livro e da
disciplina médica da Ilma. Sra. Dra. Louann Brizendine.
Em "O Cérebro Feminino", a autora-psiquiatra, entre outras afirmações, deixa bem claro que as mulheres falam mais do que os homens. Segundo ela, uma mulher deve ser sonhadora, coquete e ardente¿ Não, não. Estou confundindo
alhos com boleros. Segundo ela, deveria ter dito eu, as mulheres falam muito, mas muito mais mesmo, que os homens.
Brizendine é precisa: 20 mil palavras por dia. Os homens? Apenas 7 mil.
Baixinho e sem interromper a interlocutora, concluo eu. Brizendine vai mais longe: as mulheres falam duas vezes mais rápido e mais rápidas que os
homens.
Brizendine fica distante porém de alguns detalhes a meu ver importantes: essa falação toda não será apenas na cidade de São Francisco ou no estado da Califórnia? Não será por estarem na presença da Brizendine, que dá-lhes um
bicho-carpinteiro na língua e, muito exibidas, postam-se a falar a 1000 quilômetros por hora?
Não estarão as mulheres de São Francisco ou da Califórnia perdidas no tempo
tomando superdoses de psicotrópicos ou estupefacientes? Dexamil, Benzedrina, Estenamina, Pervitin. Brizendine, por aí? Isso sem falar em como
conseguiu medir as palavras de umas e de outros.
Ou na parte mais interessante da história: elas falam 20 mil palavras por dia, mas sobre o quê? Alguma coisa que valha a pena no meio? E as 7 mil palavras dos homens? Pode ser menos, mas vai ver é tudo sensacional e saboroso ou
então muito mais ou tão idiota quanto as 20 mil das moças.
Enfim, eu estou, para variar, escrevendo demais besteira muita. Paro por aqui, vou para casa. Antes passo pelo pianista, peço que toque o fox-trot que me serve de tema e por aqui encerro ¿ sempre de dentes cerrados ¿ a noitada
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que blablablá, blablablá, blábláblá.
BBC Brasil BBC BRASIL.com - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de
reprodução sem autorização escrita da BBC BRASIL.com. 25/01/2006 - 19h49
Ciência ajuda a entender por que elas falam mais e eles resistem a demonstrar sentimentos
Da Redação
A ciência está ajudando a desvendar os motivos de tantos desencontros nos relacionamentos entre homens e mulheres. Na biologia se pode encontrar
sentido para diferentes comportamentos. "O interesse dos homens no sexo é espalhar genes. Para elas, é a sobrevivência da ninhada; elas têm de pensar no longo prazo", resumiu o neurologista Paulo Bertolucci, no Consulta Médica
desta quarta (leia as perguntas e respostas do bate-papo).
Chefe do setor de neurologia do comportamento da Universidade Federal de São Paulo, ele afirmou que, mesmo parecendo tão remoto, o instinto de
preservação da espécie ainda pesa nas atitudes de homens e mulheres. "Essa parte de manter a espécie é o bolo. Em cima disso, a cultura colocou
bastante glacê."
Já ficou provado que o cérebro feminino e o masculino reagem de forma diferente quando o assunto é relacionamento. "Confirmou-se que cada um
aciona uma área diferente do cérebro. Diante da fotografia da pessoa amada, o homem recruta áreas mais primitivas. A mulher recruta áreas um pouco mais relacionadas a planejamento, elaboração em longo prazo", comentou Bertolucci. "Isso sugere que para homens a pessoa amada imediatamente
remete à relação sexual. Para elas, envolve mais do que isso."
"Existe uma base biológica para a infidelidade masculina"
Esse interesse de "espalhar genes" confirmaria também a polêmica tendência dos homens à traição. "Não estou justificando pouca vergonha, mas tem uma
base biológica para a infidelidade masculina."
E isso não vale só para relacionamentos heterossexuais, destacou o médico. "Algumas pesquisas mostram que mesmo entre homossexuais se mantém o
padrão. Homossexuais masculinos tendem tremendamente a ser infiéis. Já os relacionamentos de homossexuais femininos são mais estáveis."
Eternas queixas
As diferenças no cérebro também podem explicar aspectos que são motivos
de eternas queixas de homens sobre mulheres e vice-versa. "Por que os homens acham que as mulheres falam demais?", perguntou uma internauta.
Bertolucci disse que nesse caso há uma diferença anatômica no cérebro feminino para o masculino.
"A região do cérebro responsável pela linguagem é maior na mulher. Uma das
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especulações pode ser o fato de a mulher ser aquela que cria. Ela precisa saber se comunicar (com a cria)", comentou. "O homem reclama talvez
porque tome como padrão de falar o dele próprio, que fala menos."
E por que homens têm dificuldades em expressar sentimentos? Existe uma repressão cultural ("homem não chora") e provavelmente uma base biológica.
Para ter mais chances de acasalar, ele não pode mostrar fraqueza, se interpretarmos mostrar emoção (chorar) como sendo uma fraqueza.
Principalmente em público, diante do grupo."
Diferentes e complementares
Bertolucci enfatizou que é positivo o fato de homens e mulheres serem diferentes. "As pessoas pensam muito nisso como competição, mas podiam
pensar em complementariedade. Existem algumas habilidades onde homens e mulheres têm desempenhos semelhantes, usando estratégias diferentes."
"Um exemplo clássico é como explicar um trajeto. Tipicamente a mulher usa
pontos de referência (praça, cor de uma casa etc). O homem diz 'entre à esquerda', 'siga por tantos metros'... Ele pega menos marcos de referência,
vai pelo sentido de orientação. Mas os dois resolvem o problema." As mulheres falam mais do que os homens?
Tire teimas e surpreenda-se com os resultados deste estudo
Novas pesquisas mostram que as mulheres não são mais faladoras do que os homens, certifica um estudo científico americano hoje publicado.
Segundo uma equipa de investigadores da Universidade do Texas e do Arizona, cujos trabalhos são publicados pela revista Science, as mulheres e os
homens pronunciam, por dia, aproximadamente o mesmo número de palavras.
As mulheres pronunciam cerca de 16.215 palavras por dia e os homens 15.669, uma diferença de 546 palavras.
A pequena diferença constatada não é, segundo os investigadores, considerada estatisticamente significativa.
Estes números estão longe dos clichés machistas que afirmavam que as mulheres pronunciam vinte mil palavras por dia e os homens apenas sete mil.
Os investigadores efectuaram esta pesquisa com gravadores numéricos que utilizaram junto de cerca de 400 estudantes de grupos equivalentes de
homens e de mulheres, nos Estados Unidos e no México.
Os psicólogos analisaram seis grupos durante períodos que iam entre dois a dez dias e as gravações foram feitas entre 1998 e 2004. Os sujeitos estudados transportavam os seus aparelhos numéricos que gravavam discretamente as
suas conversas durante 17 horas diárias.
Fonte: Lusa
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Por que mulheres falam mais que homens?
Está explicado: descobriu-se que, aos dois anos, as meninas já desenvolveram um vocabulário em média dez vezes maior do que os meninos na mesma idade; enquanto isso, eles adquirem mais depressa algumas habilidades
espaciais, como montar peças de um jogo de encaixar ou até mesmo pedalar um triciclo.
Esta e outras dicas sobre as diferenças entre meninos e meninas podem ser lidas acessando o link? ? http://www.exclusivo.com.br/?noticias/56350 . Por
que azul para eles e rosa para elas, o que elas e eles valorizam mais num calçado etc.? Enfim, um excelente e relativamente curto texto indispensável
para quem lida com marketing infantil. segunda-feira, 30 de novembro de 2009 mulheres falam mais que os homens ?
SIM, as Mulheres falam mais que os Homens
Uma pesquisa realizada mostrou que os homens usam em média 7.000
palavras por dia, enquanto as mulheres usam o mínimo 20.000. No congresso onde o estudo foi apresentado, uma mulher levantou-se e
disse:
- Lógico que as mulheres falam o dobro que os homens. Nós temos que repetir tudo o que dizemos para que os homens entendam!
Nem sempre falar demais é bom:
Não há volta a dar, os homens são loucos pelas mulheres, que consideram fascinantes, misteriosas, lindas e companheiras para a vida! No entanto, no
meio de toda esta perfeição, existem várias coisas que as mulheres adoram e que enlouquecem (não dessa maneira!) os homens. Se há uma lista das
“manias” femininas que irritam o sexo masculino, é esta!
1 - compras e mais compras; 2 - FALAR SEM PARAR;
Sim. Sabe perfeitamente que é verdade. Temos sempre algo a dizer sobre tudo e alguma coisa. E esse tudo e mais alguma coisa é sempre um pretexto para conversar. A seguir às compras (!), aquilo que mais gostamos de fazer é conversar sobre o nosso dia, os nossos sonhos, planos para o futuro, os nossos sentimentos e sobre a vizinha que chegou a casa às cinco da manhã a cantar Madonna a plenos pulmões. A capacidade de atenção dos homens é muito
reduzida, o que quer dizer que enquanto nós tagarelamos como se não houvesse amanhã, eles interrompem a emissão e passam apenas a escutar
uma interferência tão chata como o zumbido das moscas. Nós devoramos os detalhes, eles esquecem-se sempre dessa parte. Parece que faz parte da
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guerra dos sexos! Não canse os ouvidos do pobre rapaz, mas mantenha a sua atenção em si com palavras que ele quer realmente ouvir!
3 - Sensibilidade e bom senso; 4 - Eterna insatisfação;
5 - Ciúmes e controle cerrado; 6-WC quitado;
7-Hora da novela; 8-Chantagem sexual;
Meninas prestem mais atenção e seja uma namorada melhor: D SOBRE-VIVER TEM DOIS SENTIDOS (e uma direção só) 1. viver além de hoje, no futuro pelo maior tempo possível:
viver mais; 2. viver melhor, conquistar tranqüilidade, equilíbrio,
serenidade, bem-estar físico, biológico e psicológico. VIVER MAIS E MELHOR TEM DOIS VETORES (que constituem um só, estando enfeixados no projeto de i Deus-Natureza)
MARTE - HOMENS (muito frio)
TERRA - HOMULHERES (ótimo ponto de
encontro)
VÊNUS - MULHERES (muito quente)
Brigam todos contra todos e cada um: países, estados, cidades-
municípios, empresas, grupos, famílias e indivíduos; há a “guerra dos sexos” (não parece muito esperto os dois elementos da racionalidade guerrearem entre si); estimula-se a guerra das cores, das idades, das classes, das graduações, dos bancos, das economias e assim por diante.
Ora, bolas, se Dorotéia tem uma língua intensa (ôpa!), então por quê não usá-la para ajudar a equilibrar a humanidade? Se as mães-mulheres-menininhas foram superdotadas em algo, por quê não usaríamos e sobre-usaríamos essa super-dotação?
Parece burrice não usar os dons de Dorotéia. OS DONS DE DOROTÉIA (e seus super-significados, quer dizer, o significado prateórico agudo de possuir uma capacidade super-frisada)
DOM SIGNIFICÂNCIA COLETIVA armazenagem tecnociência da estocagem (elas devem ser
notavelmente melhores nisso)
coleta tecnociência das compras (e redução dos preços;
competitividade de mercado)
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distribuição tecnociência da logística de entrega e seus prazos
sexualização “tudo tem seu tempo certo, tempo para amar”
(reprogramação do gozo sexual): a coorte e sedução cruzada é em grande parte invenção feminina
MENINA MOÇA Luiz Antônio
Você, botão de rosa
Amanhã, a flor mulher Jóia preciosa
Cada um deseja e quer De manhã, banhada ao sol, vem o mar beijar
Lua enciumada, noite alta, vai olhar
Você, menina moça Mais menina que mulher
Confissões não ouça Abra os olhos se puder
Tudo tem seu tempo certo, tempo para amar
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Coração aberto faz chorar
A lua, o sol, a praia, o mar Missão de Deus, a vida eterna para amar
Se i Deus-natureza colocou à nossa disposição algo tão bom quanto a língua da mulher, por quê não usá-la para o melhor dos propósitos?
Capítulo 8 Dando com a Língua nos Tantos
80 % DE USO FEMININO E 20 % DE USO MASCULINO (ou, no máximo, 90/10: na caça não havia muito motivo para usar a língua, de forma que a língua-dos-homens deve ser, necessariamente, de uso pesado, mandatário, língua barbaramente destrutiva, ao passo que a língua-das-mulheres deve ser da mansuetude: não faria muito sentido gritar dentro da caverna) – FAZ MUITO SENTIDO PESQUISAR AS CAVERNAS
Se a inquestionável inteligência de Dorotéia e de todos nós (pelo
menos até os 13 anos) estava ligada, quando do surgimento, às cavernas, faz sentido pesquisá-las, porque nossa língua veio de lá, especialmente no período frio de 115 a 15 mil anos na glaciação de Wisconsin, antes da redução do gelo e quando os CRO-magnons vieram de novo à superfície, tendo surgido lá por 80 a 70 mil anos. Só estivemos fora das cavernas nos mais recentes 11 mil anos desde Jericó. Se nesses 70 ou 60 mil anos em que ficamos lá passamos mais de 80 % do tempo dentro delas, se nossa vida fora das cavernas é recente e nosso desenvolvimento maior foi naquele espaçotempo, no qual, lembre-se, as mulheres viviam no turbilhão de gente enquanto os homens saíam, ENTÃO, com toda certeza, a língua guarda inumeráveis rastros dessa vida interior.
Quando estavam lá dentro era um tal de transar que só vendo. Daí eu esperar que nossa língua primitiva fosse mesmo carregada de sexualidade. Devia ser um burburinho escandaloso, todo mundo falando e rindo, aquilo que os CROM (CRO-magnon) sabem fazer mais e melhor.
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Se, como penso, as mães-mulheres-menininhas foram as maiores desenvolvedoras da língua e se têm tanto domínio dela, não faria sentido ser entregue a elas uma parte significativa e majoritária de seu uso?
AS PROVIDÊNCIAS 1. separar a LDM (língua-das-mulheres) da LDH (língua-dos-
homens); 2. procurar recuperar as palavras-das-cavernas, as que eram
usadas nelas, se ainda há rastro; 3. treinar e super-treinar grupos de mulheres para falar
aquela língua (com as palavras de agora também), pois haverá entonações-de-trato dos grupos e sub-grupos, inclusive domínio dos animais, que são do maior significado;
4. tentar romancear com aquela língua. A idéia é aquela convivência muito íntima nos fazer falta hoje,
com sua ausência provocando muitos distúrbios, caso sejamos mais gregários do que pensávamos, e necessitarmos da presença de muita gente EM CONDIÇÕES ANTIGAS.
Evidentemente não estou propondo um retorno às cavernas, nem sequer uma vivência assemelhada, pois muito tempo se passou; mas contrariarmos TOTALMENTE a nossa existência infantil de espécie não deve ser nada bom para nosso bom-humor e nosso bem-estar.
Capítulo 9 Nova Psicologia
Se de modo nenhum as mulheres são coiós, se na verdade (pela
lógica) desenvolveram vários elementos (língua, bioinstrumentos delas, objetos de coleta-armazenamento-distribuição-sexualização, bebidas, plantio e muita coisa mais), ENTÃO faz todo sentido participarem muito mais de tudo, principalmente daquilo que usa a língua (ui).
DANDO TRABALHO ÁS LÍNGUARUDAS (no bom sentido: tudo que disser respeito a palavras prosperará sob direção feminina, penso eu)
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Somente ter língua grande na boca não garante nada: é preciso
que haja um cérebro competente. Afirmar que as mulheres sabiam usar a língua significa dizer de sua competência EM CONTROLAR PESSOAMBIENTES, quer dizer, processar aquelas quatro tarefas (coleta-armazenamento-distribuição-sexualização) em tempo real com centenas de pessoas nas cavernas, numa velocidade incrível. São boas ou ótimas disciplinadoras de multidões, especialmente crianças, daí elas terem ido naturalmente para a educação.
Ter cérebro maior ou menor não garante coisa nenhuma. O que garante é múltiplo. MULTIPLICIDADE PARA A BOA COMUNICAÇÃO 1. instrumental lingüístico:
1.1. língua maleável (melhor que apenas grande); 1.2. bons pulmões e, de um modo geral, bom conjunto do
aparelho fonador; 2. interpretador linguístico:
2.1. do lado da memória: espaços amplos para estocagem; 2.2. do lado da inteligência: competência para fazer as
ligações no contexto adequado; 2.3. do lado do controle: capacidade de ligar memória e
inteligência, de administrar conjunto. E, À PARTE ISSO, HÁ A INFORMAÇÃO a) PESSOAL: a.1) – individual (do indivíduo escritor: formação com
qualidade e quantidade de dados); a.2) – familiar (famílias estimulando a leitura propiciam mais
o surgimento de talentos do que aquelas que a hostilizam); a.3) – grupal (grupos onde a cultura é disseminada instilam a
manifestação das aptidões); a.4) – empresarial (é raro ver empresa valorizando, mas pode existir);
b) AMBIENTAL: b.1) – urbano-municipal (onde houve apoio, como na Atenas antiga de Péricles, na Roma antiga de Mecenas, na Florença dos Médici os artistas proliferaram; seria preciso que outros se lançassem a isso de financiar); b.2) – estadual; b.3) – nacional; b.4) - mundial.
O FINANCIAMENTO MUNDIAL DA LITERATURA FEMININA PRÁTICO PRATEÓRICA DA
ESCRITA FEMININA TEÓRICO
estímulo dos tecnociência da as investigações dos
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financiadores (os bilionários)
literatura nova feminina cientistas sobre as origens humanas
DESENVOLVIMENTO & PESQUISA Em resumo, elas são boas em comunicação, em linguagem, e isso
bem merece ser estimulado. COMUNICAÇÃO
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o desenvolvimento futuro da língua das mães-mulheres-menininhas
Capítulo 10 Psicologia Nova
Todos os iluminados insistiram de um jeito ou de outro em
respeito ao próximo, por mais estranha e enviesada que pareça a uns e outros cada mensagem particular.
AUMENTANDO PELA QUANTIDADE E PELA QUALIDADE (a rede cognata nos ajuda a alinhar)
QUALIDADE TC ou CT (o processo de dupla-
aproximação de dentro para fora e de fora
para dentro)
QUANTIDADE CÉU TERRA
ESQUERDA DIREITA C T
CUBO 0/CUBO (esfera)
AFINANDO O INSTRUMENTO MASCULINO-FEMININO (e criando o novo homulher, bicho de duas cabeças)
Serra Do Luar Walter Franco
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Amor, vim te buscar Em pensamento
Cheguei agora no vento Amor, não chora de sofrimento
Cheguei agora no vento Eu só voltei prá te contar
Viajei...Fui prá Serra do Luar Eu mergulhei...Ah!!!Eu quis voar
Agora vem, vem prá terra descansar
Viver é afinar o instrumento De dentro prá fora De fora prá dentro
A toda hora, todo momento De dentro prá fora De fora prá dentro
A toda hora, todo momento De dentro prá fora De fora prá dentro Amor, vim te buscar
Em pensamento Cheguei agora no vento
Amor, não chora de sofrimento Cheguei agora no vento
Eu só voltei prá te contar Viajei...Fui prá Serra do Luar
Eu mergulhei...Ah!!!Eu quis voar Agora vem, vem prá terra descançar
Viver é afinar o instrumento (de dentro) De dentro prá fora De fora prá dentro
A toda hora, todo momento De dentro prá fora De fora prá dentro
A toda hora, todo momento De dentro prá fora De fora prá dentro
Tudo é uma questão de manter A mente quieta A espinha ereta
E o coração tranquilo Tudo é uma questão de manter
A mente quieta A espinha ereta
E o coração tranquilo A toda hora, todo momento
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De dentro prá fora De fora prá dentro
A toda hora, todo momento De dentro prá fora De fora prá dentro
Ora, você sabe, o instrumento está sendo afinado para que i Deus-Natureza o toque e nele alcance as altas consonâncias divino-naturais.
Vitória, sexta-feira, 05 de fevereiro de 2010. José Augusto Gava.
ANEXOS Capítulo 1
A-Z (todos são inteligentes, inclusive Bush, porque é uma graduação: sabendo falar, todos são inteligentes, pois a língua é o delimitador)
o nosso verdadeiro alimento vem
através da língua
linguajar é nosso meio de chegar lá
sopa de teclinhas
sopa de diquinhas
Teste de lógica e raciocínio São testes simples e que vão ajudar você a conhecer e treinar melhor seu
cérebro Calculando
Faça diversas contas com as operações que desejar, o mais rápido possível.
Caleidoscópio
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Descubra as diferenças nesse teste de raciocínio espacial.
Matemágica
Nesse teste, você tem que escolher a operação correta para tornar a equação
verdadeira. Seqüência Máxima
Memorizar várias seqüências de números nunca foi tão desafiante.
Sinestesia
Neste teste, você não pode confundir o texto com a sua cor. É mais difícil do
que parece. Teste de QI
No momento, contamos apenas com o teste de qi dos leds. É um teste bastante simples, porém bastante exploratório. Clique aqui para acessá-lo.
Depois, pode tentar resolver o Teste de QI proposto por Albert Einstein.
Perguntas freqüentes sobre QI e Inteligência O que são Testes de QI?
São testes que visam avaliar a capacidade cognitiva de uma pessoa em relação a sua faixa etária. Nesses testes, quase sempre são empregadas medidas como: tempo médio de solução dos problemas, quantidade de
erros/acertos, etc. A sigla QI quer dizer Quoeficiente de Inteligência e foi criada por Wilhelm Stern, em 1912. Ele também introduziu os termos "idade mental" e "idade
cronológica". Distribuição quantitativa do QI
Os testes são projetados para o coeficiente médio seja em torno de 100, e que a curva seja muito próxima de uma Gaussiana(distribuição normal).
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Correlação com Sucesso O QI é estudado porque ele se correlaciona muito bem com sucesso medido em uma variedade de eventos na vida de um sujeito. Pessoas com alto QI
geralmente tem altos graus de educação(mestres, doutores e pós-doutores), salários elevados e saúde ótima. Por outro lado, a sensação de felicidade
pessoal não parece estar ligada com a inteligência do sujeito. Inteligências múltiplas?
Alguns cientistas argumentam que a inteligência é um conceito demasiadamente complexo e multiplanar, logo é impossível condensá-la em
um único número. Uma teoria bastante aceita, proposta pelo psicólogo Howard Gardner, é que existe oito tipos de inteligência: inter-pessoal, intra-
pessoal, cinemática, lingüística, lógica, musical, naturalista e existencial. — inter-pessoal: capacidade de entender, motivar e lidar com outras pessoas.
— intra-pessoal: capacidade de conhecer a si próprio. Fundamental para poetas e psicólogos
— cinemática: capacidade de usar o corpo humano no seu limite, como contorcionistas, dançarinos e esportistas
— lingüística: habilidade fora do como para com a língua escrita e falada. Presente em grandes escritores como Camões.
— lógica: capcidade de raciocínio matemático fora do padrão, capacidade de análise de problemas científicos e proposição de hipóteses e teorias
— musical: habilidade nata em compor e produzir música. — naturalista: total sinergia com a natureza, presente em biólogos de
renome, como Charles Darwin — existencial: capaz de formular e questionar a existência de si e de o que o
cerca. Presente, obviamente, em filósofos. Como é classificado o QI?
A classificação clássica proposta por Lewis Terman, segundo o artigo no Wikipédia, é a seguinte:
• QI acima de 140: Genialidade • 121 - 140: Inteligência muito acima da média
• 110 - 120: Inteligência acima da média • 90 - 109: Inteligência normal (ou média) • 90 - 109: Inteligência normal (ou média)
• 80 - 89: Embotamento • 70 - 79: Limítrofe • 50 - 69: Cretino
Segundo o Wikipédia também, a classificação moderna proposta por Davis
Wechsler é: • QI acima de 127: Superdotação • 121 - 127: Inteligência superior
• 111 - 120: Inteligência acima da média • 91 - 110: Inteligência média • 81 - 90: Embotamento ligeiro
• 66 - 80: Limítrofe • 51 - 65: Debilidade ligeira
• 36 - 50: Debilidade moderada • 20 - 35: Debilidade severa
• QI abaixo de 20: Debilidade profunda Aonde surgiu o primeiro teste de QI?
O primeiro teste surgiu na China há mais de 1500 anos atrás, mas somente no
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início do século XX, na França, eles começaram a ter significado científico. Aonde posso encontrar mais informações?
Não deixe de ler o artigo do Wikipédia sobre Quoeficiente de Inteligência e o fabuloso site do professor Carlos Simões, que conta com muitos testes
inéditos e muita informação a sobre inteligência Quociente de inteligência
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Quociente de inteligência (abreviado para QI, de uso geral) é uma medida obtida por meio de testes desenvolvidos para avaliar as capacidades
cognitivas (inteligência) de um sujeito, em comparação ao seu grupo etário. A medida do QI é normalizada para que o seu valor médio seja de 100 e que
tenha um determinado desvio-padrão, como 15.
Os testes de inteligência surgiram na História
China, no século V, e começaram a ser usados cientificamente na França, no século XX.
Em 1905, Alfred Binet e o seu colega Theodore Simon criaram a Escala de Binet-Simon, usada para identificar estudantes que pudessem precisar de ajuda extra na sua aprendizagem escolar. Os autores da escala assumiram que os baixos resultados nos testes indicavam uma necessidade para uma
maior intervenção dos professores no ensino destes alunos e não necessariamente que estes tivessem inabilidade de aprendizagem (ver
comentários sobre isso em "Observações"). Esta opinião ainda é defendida por alguns autores modernos que não são da área psicométrica. No seu artigo
New Methods for the Diagnosis of the Intellectual Level of Subnormals Binet relata:
This scale properly speaking does not permit the measure of the intelligence, because intellectual qualities are not superposable, and
therefore cannot be measured as linear surfaces are measured, but are on the contrary, a classification, a hierarchy among diverse intelligences; and
for the necessities of practice this classification is equivalent to a measure.[1]
Em 1912, Wilhelm Stern propôs o termo “QI” (quociente de inteligência) para representar o nível mental, e introduziu os termos "idade mental" e "idade
cronológica". Stern propôs que o QI fosse determinado pela divisão da idade mental pela idade cronológica. Assim uma criança com idade cronológica de
10 anos e nível mental de 8 anos teria QI 0,8, porque 8 / 10 = 0,8. Em 1916, Lewis Madison Terman propôs multiplicar o QI por 100, a fim de
eliminar a parte decimal: QI = 100 x IM / IC, em que IM = idade mental e IC = idade cronológica. Com esta fórmula, a criança do exemplo acima teria QI
80.
A classificação proposta por Lewis Terman era a seguinte:
• QI acima de 140: Genialidade • 121 - 140: Inteligência muito acima da média
• 110 - 120: Inteligência acima da média • 90 - 109: Inteligência normal (ou média)
• 80 - 89: Embotamento • 70 - 79: Limítrofe • 50 - 69: Cretino
Sendo assim a formula exata do QI :
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Em 1939, David Wechsler criou a primeiro teste de QI desenvolvido
explicitamente para adultos, tendo abandonado o sistema da divisão da "idade mental" pela cronológica (metódo que não faria grande sentido para adultos). Em vez disso, os testes passaram a ser calibrados de forma a que o
resultado médio fosse 100, com um desvio-padrão de 15. Em 2005, o teste de QI mais usado no mundo foi o Raven Standard Progressive Matrices. O teste individual mais usado é o WAIS-III. O teste de Q.I. individual
mais administrado em pessoas de 6 a 16 anos é o WISC-III (Escala de Inteligência Wechler para Crianças), originalmente desenvolvido em 1949, revisado em 1974 (WISC-R), 1991 (WISC-III) e 2003 (WISC-IV). Tanto o WAIS quanto o WISC foram criados por David Wechsler. A última versão do WAIS
consiste em 14 subtestes destinados a avaliar diferentes faculdades cognitivas. O WISC é constituído por 13 subtestes. Os subtestes são
subjetivamente estratificados em dois grupos: escala verbal e escala de execução (também chamada escala performática), contudo os estudos
objetivos, baseados em Análise Fatorial, não oferecem respaldo à classificação subjetiva em vigor.
A classificação, originalmente proposta por Davis Wechsler era a seguinte: • QI acima de 127: Superdotação • 121 - 127: Inteligência superior
• 111 - 120: Inteligência acima da média • 91 - 110: Inteligência média • 81 - 90: Embotamento ligeiro
• 66 - 80: Limítrofe • 51 - 65: Debilidade ligeira
• 36 - 50: Debilidade moderada • 20 - 35: Debilidade severa
• QI abaixo de 20: Debilidade profunda Outro teste de Q.I. comumente utilizado em crianças é a Escala de Bailey de
desenvolvimento infantil.
As pontuações no teste de QI distribuem-se aproximadamente como uma As pontuações
distribuição normal, também conhecida como Gaussiana e popularmente conhecida como curva do sino. A Gaussiana é a mais simples e mais
conhecida, embora não seja a mais apropriada para representação destas distribuições. Na maioria das vezes, é mais adequado usar uma Weibull ou uma Gumbel, que se mostram mais aderentes aos dados empíricos[carece de
fontes?].
Acredita-se que pessoas com um Q.I. elevado têm menores índices de Saúde e Q.I.
morbilidade e mortalidade, quando adultas. Também apresentam menos risco de sofrerem de desordens relacionadas ao estresse pós-traumático, depressão acentuada e esquizofrenia. Por outro lado, aumenta o risco de padecimento de transtorno obsessivo-compulsivo [2]. Existe uma grande
possibilidade dessa correlação existir pelo fato de que pessoas com um Q.I. mais alto tem em média indicadores socioeconômicos maiores, possibilitando
um acesso melhor à saúde e informação.
Em 2003, a rede de televisão Média de Q.I. por categoria profissional
britânica BBC fez um estudo em um de seus
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programas e avaliou a inteligência de sete grupos de participantes.[3] Veja as notas:
• Operadores de bolsa - 111; • Fiscais de imposto - 108;
• Celebridades - 102; • Músicos - 100; • Atletas - 95;
• Mecânicos - 92;
Segundo Observações
Jared Diamond, em seu livro "Armas, germes e aço", o resultado e a validade de testes de QI devem ser relativizados: segundo ele, qualquer
ocidental teria certamente péssimos resultados em um teste de QI elaborado por aborígenes australianos, por exemplo. O leitor há de se perguntar por que é que um teste de inteligência deveria exigir algum tipo de cultura mínima e,
sendo isso realmente necessário, de que cultura se está a falar. Como resposta óbvia, constatará que precisa de uma forma de comunicação, de um
sistema de contagem e de operações aritméticas, que são alguns dos elementos culturais que enriquecem as possibilidades de articulação consistente de ideias apropriadas para fiéis representações dos factos
senscientes, para análises e sínteses, sem as quais não se pode atingir níveis mais elevados de compreensão. Em média, os metropolitanos são mais
inteligentes do que os tribais. Estudos de Richard Lynn indicam um QI médio de 100 para os metropolitanos e 70 para os tribais, em testes que consistem
no reconhecimento e reprodução de padrões visuais. Os mesmos testes também já foram aplicados em chimpanzés e gorilas, sendo que a gorila com melhor performance (chamada "Koko") alcançou um QI de 95, portanto, se até mesmo um gorila, cuja cultura é radicalmente diferente da nossa, pode
ter pontuações semelhantes aos humanos num teste "culture fair", é evidente que o factor cultural nestes testes não tem peso tão importante e não é suficiente para explicar o baixo desempenho de tribos aborígenes. Além
disso, pessoas que nasceram em tribos, como Philip Emeagwali, alcançaram pontuações acima de 180 e até acima de 190 em testes baseados em cultura
diferente daquela em que nasceram e cresceram. Estes são factos amplamente documentados, não são meras opiniões de Jared Diamond.
O facto é que não se conhece nenhum teste de QI elaborado por aborígenes australianos e que tenha sido aplicado em povos que vivem em regiões industrializadas. Todos os indícios com base na aplicação de testes que
exigem cultura mínima (de qual cultura fala-se aqui? Da ocidental?) (Raven, por exemplo, veja estudo de Richard Lynn, em 80 países) sugerem que
cidadãos urbanos teriam melhores pontuações em testes de inteligência elaborados por tribos primitivas do que os habitantes de tribos teriam em testes elaborados por cidadãos urbanos. Existem influências culturais, sem
dúvida, porém alardeia-se mais sobre isso do que faria algum sentido. Em casos de QI abaixo de 70 ou 60 é praticamente impossível não identificar
certas desvantagens por parte da criança, já que esta criança poderá apresentar dificuldades para acompanhar o ritmo da maioria. Embora não
haja um consenso sobre o que é a "inteligência" e sobre o que é medido por um teste teoricamente projectado para medir a inteligência, o facto é que os
testes de QI medem um conjunto de habilidades que correlacionam fortemente aptidões académicas e produção intelectual, especialmente no intervalo de QIs entre 50 e 140. Mas Binet não tinha conhecimento sobre os estudos de Spearman, relacionados à Análise Fatorial, em geral, e ao "fator
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g", em particular, por isso ele relatou que estes testes não mediam propriamente a inteligência, quando teria sido mais exato afirmar que estes testes não medem perfeitamente a inteligência, isto é, as pontuações nos testes podem diferir em cerca de 5% a 10% do que seria a suposta medida
"verdadeira", podendo esta incerteza no resultado ser um pouco maior ou um pouco menor, dependendo do teste utilizado. Em outras palavras: os testes medem a inteligência mesclada com outras características "residuais", por assim dizer, e também deixam de medir algumas facetas da inteligência.
A LÍNGUA INSTRUMENTAL É UM ICEBERG DO APARELHO FONADOR (que por sua vez é só a parte de fora do todo, com grande porção existindo no cérebro)
A PARTE EMERSA HOMÚNCULO SENSORIAL
Aparelho fonador
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Os órgãos do aparelho fonador são os seguintes:
• Pulmões • Traqueia
• Laringe (cordas vocais e glote) • Lábios • Dentes • Alvéolos
• Palato duro • Palato mole (véu palatino e úvula)
• Parede rinofaríngea • Ápice da língua • Raiz da língua
Veja como funciona o Aparelho Fonador: O ar é expelido dos pulmões por via dos brônquios, penetra na traquéia e chega à laringe, onde, ao atravessar a
glote, costuma encontrar o primeiro obstáculo à sua passagem. A glote fica na altura do pomo de Adão ou gogó é a abertura entre duas pregas musculares
das paredes superiores da laringe, conhecidas com o nome de cordas vocais. O fluxo de ar pode encontrá-la aberta ou fechada. Se estiver aberta, o ar força a passagem através das cordas vocais retesadas, fazendo-as vibrar e produzir
o som musical característico das articulações sonoras. Se estiver fechada, relaxada as cordas vocais, o ar se escapa sem vibrações da laringe. As
articulações produzidas, denominam-se surdas. Atenção: a distinção entre surda e sonora pode ser muito bem percebida na pronúncia de duas consoantes que no mais se identificam. Assim: /p/ pê ( =
surdo); /b/ bê ( = sonoro) /t/ tê ( = surdo); /d/ dê ( = sonoro) A corrente expiratória, ao sair da laringe, entra na cavidade da faringe que lhe oferece duas vias de acesso ao exterior o canal bucal e o nasal com a
finalidade de determinar o som oral (= bucal) e o som nasal (= nasal). Veja a pronúncia das vogais: /a/ (oral), /ã/ (nasal) Conforme as palavras: /a/ lá
(oral), /ã/ lã (nasal) /a/ mato (oral), /ã/ manto (nasal)
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Aparelho Fonador Sandra Félix
O ser humano não possui nenhum aparelho destinado exclusivamente à
produção do som. Segundo PERELÒ (1975), a laringe aparece na escala animal quando é necessário proteger o aparelho respiratório contra a entrada de
sólidos ou líquidos que pudessem causar asfixia.
A produção do som envolve vários órgãos que conjuntamente fazem, como
resultado, soar nossa voz. São eles: aparelho respiratório, a laringe, as cavidades de ressonância e os articuladores.
Produção do som: O ar inspirado passa pelas pregas vocais em posição aberta, enchendo os
pulmões. Na expiração é que ocorre a fonação. O ar é aspirado pelos pulmões passa pelas pregas vocais em posição fechada.
OBS: O nome correto para "cordas vocais" é "pregas vocais", pois não se tratam de cordas, mas sim de pregas musculares.
Imagem das pregas vocais, tomadas com um vídeo-endoscópio. Imagem atual:
nalação. Para ver as pregas vocais em sua posição fechada, pré-fonatória, passe o cursor sobre a imagem.
As cavidades de ressonância têm um papel fundamental na produção do som, pois nelas é que ocorrem as modificações do som fundamental produzido na
laringe. Comparando a um instrumento, poderíamos dizer que as cavidades de ressonância da voz funcionam como a caixa de um violão. Nada adiantaria
vibrarmos as cordas de um instrumento isoladamente, pois produziria um som "pobre".
Referências Bibliográficas: Manual Prático de Técnica Vocal, Charlotte Kahle, Porto Alegre, Livraria
Sulina Editora, 1966 Estética da Voz - Uma voz para o Ator, Eudósia Acuña Quinteiro. Summus
Editorial, São Paulo, 1989. Fundamentos em Fonoaudiologia, Silvia M. Rebelo Pinho, Editora Guanabara
Koogan. Rio de Janeiro 1998. Voz Cantada - Evolução, Avaliação e Terapia Fonoaudiológica, Henrique Olival Costa e Marta Assumpção de Andrada e Silva. Editora Louvise Ltda, São Paulo,
1998. Canto y Dicción, Jorge Perelló, Monserrat Cabalíe e Enrique Guitart, Editora
Científico-Médica, Barcelona
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A EXTREMA VERSATILIDADE DA LÍNGUA (existe uma língua exterior, instrumental, e uma interior, interpretadora; além disso, a língua exterior é
somente a ponta de um iceberg)
Língua
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Língua
Uma língua humana
A língua é o órgão muscular relacionado ao sentido do paladar que fica
localizado na parte ventral da boca da maior parte dos animais vertebrados e que serve para "processar" os alimentos. Participa na formação dos fonemas
da fala e é o único músculo voluntário do corpo humano que não fadiga. Descrição
A língua é formada essencialmente de músculo esquelético e, nos mamíferos, encontra-se ligada à cartilagem hióide, à mandíbula e aos processos
estilóides do osso temporal. Os músculos com que a língua está ligada ao crânio são denominados
músculos extrínsecos, enquanto que os que formam a própria língua são os quatro pares de músculos intrínsecos responsáveis pelo movimento e alterações da forma da língua durante a mastigação e a deglutição.
A parte dorsal da língua pode ser dividida em duas partes: uma porção oral,
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que se encontra dentro da cavidade bucal, e uma porção faríngea (terço posterior da língua) fazendo face à parte de trás da orofaringe. As duas
partes são separadas por um sulco em forma de V (sulco terminal). O lado dorsal dos dois-terços anteriores (parte oral) da língua é revestida de papilas gustativas, e a língua tem uma aparência macia e rosada. Há quatro tipos de papilas gustativas: filiformes, fungiformes, valadas e foliadas. Atrás da parte oral da língua há de 3 a 14 papilas arranjadas em formato de V em
frente ao sulcus terminalis (sulco terminal). Não há papilas linguais na parte de baixo da língua. Ela é revestida com uma
membrana mucosa macia que aloja, no centro, o frênulo da língua. A parte mais acima da língua posterior (parte faringeal) não possui papilas gustativas visíveis, mas é áspera devido à presença de folículos linfáticos
abaixo. Esses folículos são conhecidos como tonsilas linguais. Tudo relacionado à língua é geralmente chamado de lingual que vem da
palavra latina, ou glossal que vem da palavra grega para língua. Músculos extrínsecos da língua
Existem quatro pares de músculos extrínsecos que auxiliam no movimento da língua e que são inseridos em vários ossos da cabeça e pescoço.
• Genioglosso - origina-se do tubérculo geniano da mandíbula (maxilar inferior), e compreende a maior parte da língua.
• Hioglosso - inserido ao osso hióide. • Estiloglosso - proveniente do processo estilóide osso temporal
• Palatoglosso - Histologia
A língua tem uma porção dorsal e uma porção ventral. A porção ventral da língua não possui papilas linguais. A porção dorsal da língua tem papilas e
uma delas é a papila caliciforme ou papila circunvalada, pois elas têm valum do lado delas. Ainda na boca (na língua, bochecha) são vistos os botões
gustativos, responsáveis pela percepção do sabor. A porção da língua que tem maior riqueza em conjuntivo na submucosa é a
ventral, pois a dorsal está em constante contato como alimento. Estruturas
Papilas fungiformes A papila fungiforme tem um conjuntivo muito rico, mas não tem valum, nem
queratina. Possuem muitos botões gustativos. Papilas foliáceas
A papila foliácea pode estar na borda lateral humana, mas a quantidade é muito pequena. Essa papila é como se fosse a fungiforme com epitélio com
projeções grandes. Está presente em grande quantidade em coelhos. A foliácea tem botão gustativo e está envolvida com um tipo de captação de sabor. O epitélio forma projeções, e tem muitas glândulas de won Ebner
embaixo. Papilas circunvaladas
Papilas filiformes As papilas filiformes são ricas em queratina. Quanto mais agressiva for a
alimentação do animal, mais a papila terá queratina. A papila filiforme além de queratina tem muitas bactérias. Existem muito poucos botões gustativos.
freio lingual Estão as papilas caliciformes, atrás vão estar as amídalas linguais e na frente estarão as papilas linguais. O alimento passa pela parte posterior da língua. A
presença da amídala nessa região é importante. O epitélio das amídalas linguais pode estar “sujo” de linfócitos. Elas possuem buracos por onde sai
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uma secreção. Papila caliciforme
Possui um valum do lado. Na parede desse valum e também da papila, há presença de botões gustativos.
Glândulas Embaixo das papilas caliciformes existem glândulas que são ricas na produção
de uma secreção muito fluida, que cai no valum e lava. O alimento é dissolvido e suja o valum, toca nas papilas e essas glândulas jogam pra fora a sua secreção. Se não fosse essa “limpeza”, o alimento encheria o valum e o
sabor seria aquele mantido, e o sabor do próximo alimento não seria sentido. Essas glândulas são chamadas de won Ebner. Os túbulos dessa glândula
desembocam no valum. A parede da papila tem botões gustativos. As glândulas jogam secreção no valum e é o valum que joga o líquido para fora. O alimento entra, suja o valum , entra em contato com as papilas, e de novo é jogado para fora.
O botão gustativo tem um poro. O alimento entra em contato com microvilos das células especiais do botão gustativo, e esses captam o sabor. Essas
células têm axônios, são nervosas e terminam em microvilos. Cada botão gustativo está relacionado com um tipo de sabor. Sabores ácidos, doces. Os
sabores básicos são reunidos e transformados num sabor global. A porção ventral da língua não tem um conjuntivo tão denso.
S E G U N D A - F E I R A , 1 0 D E M A R Ç O D E 2 0 0 8 Línguas e a globalização - Artigo - Diário do Nordeste
Debates e Idéias (2/3/2008)
Línguas e a globalização
LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO Sem que haja unificação na comunicação lingüística, é possível afirmar, com
alguma segurança, que jamais o homem viverá em paz e sem guerras. Centenas de livros, artigos, monografias, teses, dissertações, cartas, etc tiveram as suas traduções equivocadas e causaram e causam ainda hoje, prejuízos aos pesquisadores e, de alguma forma, a toda humanidade. A justificativa plausível para se buscar uma língua universal, inicia-se no
equívoco das traduções de textos antigos e novos que mudaram – para pior - a história da humanidade, e o homem trilha caminhos obscuros e ineptos, por
conta desses vetustos erros que estão se repetindo. A globalização da comunicação faz-se necessária e imperiosa, pois, com mais de oito mil línguas e dialetos – somente na china fala-se cinco mil dialetos - hoje
existentes, não é possível se expressar de forma equânime e harmoniosa pelo mundo. Desde tempos imemoriais, o homem se comunica por diversas
formas, mas qual a razão de se manter línguas herméticas e quase incompreensíveis, se o objetivo de todos, em tese, é viver em harmonia e em paz, e a condição genérica para isso, é a comunicação? Milhares de decisões e informações são manipuladas por conta da dificuldade de cognição dessa ou
daquela língua e que por conta disso, milhares de conflitos foram deflagrados em detrimento ao objetivo do homem que deveria ser a busca permanente da paz. Em muitos países não se exorta o aprendizado dessa ou daquela língua
em virtude de conflitos por questões religiosas, o que é irracional. Nos países de línguas herméticas, somente eles entendem a mesma, e quase não se dá
margem para se estudar por completo, a cultura desses povos. São na verdade povos endógenos, pois somente mostram o que querem, e a sua
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essência fica sempre sujeita a essa ou aquela interpretação e traduções que nem sempre condizem com a verdade. Não há pelo mundo esse ódio entre
judeus, cristãos e muçulmanos, como a mídia insiste em propagar e somente uma língua universal seria capaz de pacificar o mundo, e os homens viveriam
então, como irmãos e não mais como indiferentes, como são hoje. * Psicanalista
Países e Comunidades de Língua Portuguesa
ENGLISH VERSION -
(Geografia da Língua Portuguesa no mundo)
CLICK HERE (Including: detailed information about BRAZIL, its economy and its 5 regions).
VERSIÓN EN ESPAÑOL - VÉASE AQUÍ. (Y también: BRASIL
•
, datos generales, economía, y las 5 regiones brasileñas).
TEXTOS EM PORTUGUÊS (veja também a lista ao lado do mapa) LUSOFONIA e ÍNDICES DE BUSCA - com links para institutos estrangeiros
que lecionam nosso idioma (revisão: 10.JAN.2006)•
. ONTEM: Málaca e Casamansa (antigas possessões portuguesas onde ainda hoje se falam dialetos do português). HOJE: as comunidades
lusófonas na diáspora (atualização: 19.10.2004•
) PORTUGUÊS DE ANGOLA x PORTUGUÊS DE PORTUGAL x PORTUGUÊS DO
BRASIL 11.Dezembro.2004 • BRASIL - INFORMAÇÕES GERAIS, e BRASIL - ECONOMIA (informações
básicas) 27.11.2004. REGIÕES BRASILEIRAS - últimas atualizações: SUL: em 22.04.2005.
NORTE: em 13.03.2005. Nordeste : Sudeste:15.11.2004 em 28.11.2004. Centro-Oeste: em
• 28.11.2004
Países - atualizações recentes: S.Tomé e Príncipe 10.JAN.2006 MOÇAMBIQUE - em 30.05.2005, TIMOR LESTE - em 15.05.2005
Assinalados com X
•
no mapa estão comunidades, com mais de 100 mil pessoas cada, de imigrantes lusófonos fora dos 8 países de língua portuguesa ou de
Macau, Goa e Galiza. Comunidades nos EUA, EuRopa, CaNadá, África do Sul, VEnezuela, ArGentina e Japão. CLIQUE PARA VISITAR OS PAÍSES
• 1 - Portugal
• 2 - Cabo Verde
• 3 - Guiné- Bissau
• 4- S.Tomé e Príncipe
• 5- Moçambique
• 6- Angola
• 7- Brasil
8- Timor Leste
• E AS REGIÕES DE
Mac - Macau • Goa - Goa, Damão e Diu
• G - Galiza A EVOLUÇÃO DA LÍNGUA (pelo MCES, modelo da caverna para a expansão dos
sapiens, a língua evoluiu através das mães-mulheres-menininhas)
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segunda-feira, 17 de março de 2008
A Evolução Humana
Imagem que mostra a evolução do homem ao longo do tempo com seus
respectivos nomes e formato do crânio.
As "Etapas da Evolução" são as fazes pelas quais o homem passou. Os macacos que você vai ver agora, são as etapas percorridas pelo homem até chegar a
nossa espécie. Primatas: Eles viveram ha cerca de 70 milhões de anos atrás. Eles habitavam
árvores e se alimentavam de folhas e insetos. Homonóides: Eram primatas que viveram aproximadamente entre 22 a 24 milhões de anos atrás. Eles tinham tamanho de um pequeno gorila, eles habitavam árvores e desciam ao solo. Eles eram quadrúpedes, ou seja,
caminhavam sobre as quatro patas, e de vez em quando caminhavam sobre duas patas.
Hominídeos: Eles viveram há cerca de 3 a 1 milhão de anos atrás. Ele já andava ereto (postura ereta) , e usava os longos braços para se pendurar em
árvores, coletar frutos e para tocar pedras em animais. Homo Habilis: Ele foi o primeiro hominídeo do gênero homo. Viveu por volta
de 2 milhões a 1,4 milhão de anos. Ele fabricava ferramentas simples, e usava uma linguagem rudimentar.
Homo Erectus: Viveu entre 1,6 milhão a 150 mil anos atrás. Fabricava instrumentos de pedra mais complexos e cobria o corpo com peles de animais.
Eles viviam em grupos que tinha mais ou menos 30 membros, usava uma linguagem mais sofisticada e foi ele quem descobriu o fogo.
Homem de Neandertal: Viveu há cerca de 20 mil há 30 mil anos atrás, era habilidoso. Enterrava os mortos em cavernas e deixavam comidas e objetos como oferendas. Conviveu com o Homo Sapiens Sapiens e desapareceu por
motivos até hoje desconhecidos. Homo Sapiens Sapiens: Surgiu entre 100 e 50 mil anos. Espalho-se por toda
terra. Desenvolveu a pintura e a agricultura.
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Capítulo 2 AS DECLARAÇÕES DO REITOR DE HAVARD
DIRETO DE HARVARD Questão de inteligência
Por que o ex-reitor de Harvard que subestimou o sexo oposto foi sucedido por uma mulher
Por Antonio Bianco Edição Online - 07/03/2007
© KRIS SNIBBE/HARVARD NEWS OFFICE
A historiadora Drew Faust: primeira mulher a ser reitora de Harvard
Numa manhã fria no ano passado, chegando no trabalho, o rádio anunciava que Lawrence H. Summers iria deixar a presidência da Universidade, cargo
equivalente ao de reitor no Brasil. Acadêmico, ex-economista-chefe do Banco Mundial, Summers permaneceu como o vigésimo sétimo presidente da Harvard por cinco anos. Aos 51 anos de idade, iria deixar um salário de mais de U$ 550
mil por ano, uma mansão em Cambridge e outras mordomias, sendo substituido interinamente pelo ex-presidente Derek C. Bok, 75, até que um
sucessor permanente fosse escolhido. Sua demissão surprendeu-me, uma vez que Summers chegou à universidade aclamado como um grande lider, com planos de expandir o campus, motivar
os alunos e integrar as diversas escolas da universidade. Lembro-me de que na época havia rumores de que Al Gore, ex-vice-presidente dos Estados Unidos,
seria indicado para a presidência, mas a Harvard Corporation acabou escolhendo outra pessoa da administração Clinton. Na qualidade de ex-
secretário do Tesouro, Summers parecia ideal para cuidar dos quase US$ 30 bilhões que constituem as reservas de Harvard. Entretanto, à medida que os jornais e rádios naquela semana revisitaram sua passagem pela presidência,
ficava claro que Summers havia entrado em choque com uma parcela significativa da universidade. Ele considerava o corpo docente complacente,
não exigindo o suficiente dos alunos. Ao se comunicar com os professores, seu estilo pessoal dava a muitos a impressão de arrogância e pouco caso,
subestimando aqueles que chegaram ao ponto mais alto da carreira acadêmica na mais prestigiosa universidade do planeta. Um exemplo dessa postura: em
2001, durante um encontro em seu gabinete com Cornel West, um proeminente professor de história Afro-Americana, Summers supostamente criticou-o por faltar a aulas e inflacionar notas de alunos. Enfurecido, West
disse que fora insultado e mais tarde mudou-se para a Universidade Princeton. Por outro lado, alega-se que Summers tenha protegido seu amigo pessoal
Andrei Shleifer, professor de Economia, o qual em 2004 havia sido condenado a pagar US$ 2 milhões por uma Corte Federal por conspirar para fraudar o
Governo Americano enquanto liderava um programa da Harvard de reforma
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econômica na Rússia durante a transição para o capitalismo. Em sua análise sobre as mulheres, ele também mencionou o que, na minha opinião, é o principal fator da desigualdade feminina: a maternidade e as responsabilidades familiares. As mulheres não têm a menor dificuldade de entrar na faculdade, já que entre os alunos a proporção entre os sexos é a
mesma na maioria dos casos. A diferenca só aparece mais tarde, na ocupação de cargos profissionais mais altos. À medida que as mulheres se casam e têm filhos, a família acaba funcionando como uma verdadeira âncora profissional.
Principalmente porque, ao contrário da realidade brasileira, empregada doméstica e babá custam caro por aqui nos Estados Unidos. Além disso, no ambiente acadêmico não existe licença-maternidade ou creche paga pelo empregador. Na cidadezinha onde moro, Brookline, um grande número –
talvez a maioria – de mulheres são “donas de casa”, ou têm um escritório em casa ou trabalham apenas meio período, apesar de Brookline ser a terceira
cidade americana com maior número de moradores com nível superior. Considerando que ciência acadêmica é uma profissão altamente competitiva, que requer longas horas de trabalho, flexibilidade de horários, viagens e têm
mínimo suporte institucional, as mulheres que optam por ter dois ou três filhos perdem tempo crítico na corrida para ocupar posições de lideranca.
Mesmo contando com inúmeras iniciativas institucionais e do governo federal para minimizar esse problema, ele existe de forma bastante generalizada. A Harvard Corporation, a qual comanda a presidência da universidade, não
gostou das declarações de Summers e concluiu que ele não mais dispunha do suporte necessário para continuar como presidente. Pediu sua demissão. Além disso, fez com que a universidade tomasse uma série de medidas para deixar
clara sua posição. Criou ainda em 2005 duas forças-tarefas, uma sobre Mulheres Professoras e outra sobre Mulheres em Ciência e Engenharia, com o
objetivo de “desenvolver propostas concretas para reduzir as barreiras ao avanço das mulheres na Harvard". Recentemente o comitê formado para
escolher o novo presidente vazou para a imprensa que três mulheres estavam entre os vários candidatos sendo analisados para ocupar o cargo na
universidade. E, no mês passado, acabou efetivamente indicando para a presidência a primeira mulher desde a fundação de Harvard em 1636. Drew G.
Faust é professora de história de Harvard, especializada em guerra civil americana. Ao escolher uma mulher para presidente, a liderança da
universidade mandou uma mensagem clara sobre o que pensa sobre o intelecto feminino. “Eu sou uma historiadora,” Drew G. Faust disse em
entrevista. “Passei muito tempo pensando sobre o passado e como ele molda o futuro... O nosso objetivo compartilhado é fazer o futuro de Harvard ainda mais excepcional do que o seu passado... reconhecendo e construindo sobre o
que nos já fazemos muito bem... também identificando o que nós não fazemos tão bem quanto deveríamos, e não descansar até encontrarmos
formas de fazer melhor”. Nesses cinco anos, apesar de presidir durante uma enorme expansão física da universidade – Harvard adquiriu cerca de 200 acres em Allston, do outro lado do Charles River –, Summers foi o epicentro de inúmeras controvérsias. Em
2002, por exemplo, Summers disse que uma campanha por parte dos professores de Harvard e do Massachusetts Institute of Technology (MIT) para
que suas universidades não investissem em empresas com conecções israelences tinha um “efeito anti-semita, e talvez a intenção também o
fosse”. O pior veio em 2005, quando durante uma conferência no National Bureau of Economics Research, Summers fez uma analise dos fatores que
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faziam com que muito mais homens do que mulheres ocupassem altos cargos na área de ciências e engenharia. A íntegra do discurso é surpreendente pois indica que suas declarações não constituíram um ato falho ou coisa parecida.
Apesar de também ter notado que católicos são minoria em bancos de investimento, que homens caucasianos são minoria nos times de basquete e que judeus são minoria entre os fazendeiros americanos, ele focalizou sua
análise em fatores não-sociais que poderiam explicar a desvantagem feminina na ciência, incluindo a idéia de que os homens são geneticamente mais
inteligentes do que as mulheres. A declaração sobre as mulheres causou furor no ambiente acadêmico bostoniano, tendo gerado protestos freqüentes de
alunos no campus e um voto de desconfiança por parte da poderosa congregação da Faculdade de Artes e Ciências. Durante visita subsequente ao
Brigham and Women’s Hospital, onde trabalho, e imagino que em muitas outras instituições, o anfiteatro no qual Summers foi recebido estava lotado de mulheres médicas e cientistas. Pelo menos Summers teve o bom senso de não explicar, nas mesmas bases, as outras desigualdades que notou em seu
discurso envolvendo banqueiros católicos, fazendeiros judeus e jogadores de basquete.
Quem é menos burro? Não interessa se você é homem ou mulher: o sexo não diz nada sobre o tamanho da inteligência. Mas nem por isso os dois têm cérebros iguais.
Veja como essas diferenças podem influenciar nas escolhas mais importantes da sua vida. E dizer quem você é.
TEXTO ALEXANDRE VERSIGNASSI E GIOVANA GIRARDI
Auditório da Escola Primária de Springfield. Diante da platéia, o diretor Seymour Skinner homenageia uma ex-aluna que se deu bem no show businnes: “Ela só tirava boas notas! Não em matemática, já que ela é mulher, mas...” Au! Falou a coisa errada na pior hora. As mulheres que lotam o lugar vaiam e pedem a cabeça do diretor. E ele perde o emprego. Entra uma diretora no lugar e ela tira a matemática tradicional do currículo das meninas, por se
tratar de uma “ciência machista”. Tudo para o desespero de Lisa, que adora problemas e equações.
Esse episódio de Os Simpsons brinca com aquela polêmica de 2005, quando o então reitor da Universidade Harvard, Lawrence Summers, disse que havia
explicações biológicas para o fato de haver poucas mulheres na elite científica. Mas até que ponto Summers falou besteira? Tudo começa com um
fato: quando o assunto é aptidão para ciências exatas, as diferenças estatísticas são claras. Mais de 70% dos estudantes de engenharia no Brasil são homens, enquanto as mulheres dominam nas ciências humanas. No Programa
Internacional de Avaliação de Alunos, um exame aplicado em 42 países, a nota média das meninas é maior que a dos meninos em compreensão de texto. E
menor em matemática.
Com tudo isso, fica a polêmica: o que causa essas disparidades? Seriam resultado de discriminação, já que as meninas seriam desencorajadas de se dedicar a “coisas de homem”? Ou as aptidões de cada sexo são diferentes
mesmo? A resposta é: um pouco de cada.
Começando pela biologia. O que não falta são evidências de algo que você já sabe: as mulheres entendem melhor de pessoas; os homens, de coisas. Elas
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são mais habilidosas para saber o que o outro está sentindo, enquanto eles levam mais jeito com objetos, ferramentas, sistemas mecânicos. “Grande
novidade”, diria qualquer um. Mas existe uma novidade, sim. Estudos recentes mostram que essas características se manifestam desde os primeiros
momentos da vida, o que põe em xeque a teoria de que esse tipo de comportamento é resultado apenas da sociedade – que “doutrinaria” ao dar bonecas a elas e caminhõezinhos a eles. “Nossas pesquisas em Cambridge
mostram que as crianças apresentam sinais dessas aptidões logo ao nascer: as meninas olham rostos por mais tempo e os meninos se concentram mais em
móbiles. Com 1 ano de idade, os garotos mostram uma preferência bem maior por filmes de carros (sistemas mecânicos) do que por vídeos mostrando rostos
(cheios de expressões emocionais). E as meninas têm um comportamento oposto”, disse o psicólogo inglês Simon Baron-Cohen em um artigo sobre seus
estudos.
O comportamento, aliás, nem é exclusividade de nós, humanos : macaquinhos gostam mais de brincar com caminhões de plástico do que macaquinhas. Esse tipo de predileção dá origem a outra diferença comprovada por centenas de
estudos: a de que os homens têm mais habilidade para imaginar objetos tridimensionais e girá-los com a mente. Não, isso não serve só para jogar
tetris. A manipulação mental de coisas é a essência do pensamento matemático abstrato. Quem leu a reportagem sobre os maiores cérebros do
mundoviu que as idéias de Einstein surgiam para ele na forma de imagens que se combinavam na cabeça, e só depois iam para o papel na forma de
equações. Além dele, cientistas quase tão importantes quanto o alemão, como Michael Faraday, James Maxwell, Nicola Tesla e James Watson, diziam
fazer a mesma coisa. Então é natural que os homens tendam a escolher carreiras em que essa capacidade faz a diferença. Daí as classes de física e de engenharia lotadas de marmanjos. Entre as mulheres, vale o contrário. Como
a habilidade de lidar com pessoas tem mais a ver com o cérebro feminino, elas em geral se sentem mais atraídas por carreiras em que vão lidar com
gente ou com sentimentos, como psicologia, medicina, letras, educação...
Ainda assim, fica a questão da falta de mulheres no topo científico. A resposta pode estar em uma estatística: as médias de inteligência são idênticas para homens e mulheres. Mas o QI dos machos varia mais: os homens são maioria tanto entre as pessoas mais broncas como entre as de QI mais alto. “Mais prodígios, mais idiotas”, resumiu o psicólogo Steven Pinker, de Harvard.
Só cuidado para não generalizar: tudo o que você viu aqui são estatísticas. Falar sobre as aptidões intelectuais de cada sexo é como avaliar a altura
média da população. Os machos são mais altos? Sim, mas isso não significa que não existam mulheres maiores que homens. Sem falar que, quando o
assunto é a mente, as diferenças são mais sutis. E o que não falta são mulheres mais competentes que homens mesmo em ciências exatas – e nada impede que agora mesmo existam várias mais competentes nessa área que
qualquer homem da face da Terra. Mais: o próprio Baron-Cohen diz que seus estudos também mostram muitos homens com “cérebros femininos”, que
preferem pessoas a coisas, e mulheres com “mentes masculinas”. Só que isso não invalida os dados sobre a média.
Revolução das mulheres
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Mas até que ponto a sociedade influi no desempenho das meninas com exatas? Se o mundo fosse menos machista, a diferença diminuiria? Sim. O Teste de
Aptidão Escolar, que todo estudante americano tem de fazer antes de entrar para a universidade, é um belo termômetro disso: conforme as mulheres
foram ganhando espaço na sociedade, a distância entre meninos e meninas nas provas de matemática minguou. Há 30 anos, havia 13 machos para cada fêmea entre os que tiravam mais de 700 em matemática nesse teste (uma nota alta). Hoje são 2,8 por um. Quando a nota de corte sobe para 760, a proporção de homens cresce junto: vai a 7 para 1. Mas de novo: isso não invalida o dado de que as garotas tiveram um ganho absurdo depois que a
opressão diminuiu. E hoje, as meninas têm mais chance de fazer e acontecer na área que acharem melhor, sem ninguém para encher a paciência. A não ser
que seu nome seja Lisa Simpson.
PARA SABER MAIS Sex Differences in Cognitive Ability, Diane Halpern, Lawrence Eribaum, 2000.
IMPRENSA FEMININA Onde começa a discriminação
Por Ligia Martins de Almeida em 1/2/2005
Cabelos longos bem cuidados, pele perfeita, maquiagem discreta, combinando com a roupa clássica e elegante: essa é uma das primeiras fotos de página
inteira da revista Claudia, edição de janeiro. Mas a personagem não está lá por seus dotes físicos. Ela é a bióloga Ana Clara Guerrini Schenberg, que recebeu o
Prêmio Claudia de 2004 na categoria Ciências.
Ana Claudia, professora da Universidade de São Paulo, desenvolveu uma bactéria transgênica – que chega ao mercado em dois anos – capaz de viabilizar
a produção de plástico biodegradável.
O Prêmio Claudia, que está em sua nona edição, escolhe também destaques na área de Negócios, Cultura, Políticas Públicas e Trabalho Social. A escolha é
feita a partir de votação das leitoras e de um grupo de notáveis, que decidem entre 15 finalistas.
Se, como diz a revista, "a disputa é acirradíssima", entendemos que muito mais do que 15 mulheres foram selecionadas em cada setor. Tantas mulheres
disputando um prêmio desses não surpreende ninguém, em especial quando se sabe que 56% dos matriculados na universidade brasileira são mulheres.
A surpresa é que revistas como Claudia não explorem temas como o do prêmio em suas edições mensais. Se foram 15 finalistas, isso significa que houve pelo
menos 30 mulheres de destaque em cada área, número suficiente para dar idéias de pauta para muitas edições.
E, pelo que se viu nas fotos, as matérias não precisariam ficar restritas aos temas eventualmente áridos de cada campo de estudo ou de atuação. Todas as mulheres homenageadas nesta edição do prêmio poderiam figurar em matérias de cabelo, maquilagem, roupa e forma física. É só ter imaginação, unir o útil ao agradável e mostrar verdadeiro universo feminino. As leitoras teriam uma chance de ver que conteúdo também merece o respeito das revistas que elas usam como guia apenas para o visual. E, com toda a certeza, ficariam felizes
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em ver que o esforço e a inteligência ganharam o merecido destaque.
Questão de gosto
Se os editores de revistas femininas – no Brasil e no resto do mundo – prestassem um pouco mais de atenção nas leitoras, seria possível até evitar
explosões de preconceito como no caso do reitor da Universidade de Harvard, ao dizer que as mulheres são menos aptas para a ciência do que os homens.
O tema – que apareceu numa notícia curta nos jornais de quarta-feira (19/1) – voltou a ser discutido na semana passada. Um artigo do Washington Post,
traduzido pelo Estado de S.Paulo de domingo (30/1), mostra que Larry Summers, reitor de Harvard, acabou reabrindo, pelo menos nos Estados Unidos,
a discussão sobre a diferença entre homens e mulheres.
Segundo o artigo do Post, em 2003, 46,8% da força de trabalho norte-americana era de mulheres. E, se raras são as engenheiras civis (9%),
engenheiras mecânicas (6%) e físicas (8%), isso se deve apenas a uma escolha das mulheres, que ocupam 46% dos empregos entre os biólogos e 30% das vagas
existentes para os cientistas ambientais nos Estados Unidos.
Se lá a polêmica foi reaberta, aqui nem chegou a acontecer.
Não se viu, nos jornais nem revistas femininas brasileiras, um protesto contra as sexistas declarações do reitor de Harvard. A notícia que apareceu nos
jornais parecia mais um calhau, desses que as redações aproveitam quando sobra um buraco na página.
A discriminação contra mulheres, aliás, só aparece na imprensa brasileira nas matérias comemorativas de 8 de março, o Dia Internacional da Mulher. As
entrevistadas, nesse caso, são participantes de organizações não-governamentais que se preocupam com a violência contra mulheres. Como
ignorar a existência de mulheres cientistas, executivas, pesquisadoras, professoras e jornalistas não fosse também uma forma de discriminação.
A discriminação começa nas redações femininas, presas na camisa-de-força da fórmula moda-beleza-decoração. Fórmula que, além de repetitiva, é pouco criativa, já que faz com que mulheres inteligentes, realizadoras e bonitas
como a bióloga Ana Clara e a executiva Chieki Aoli (prêmio de Economia) só consigam espaço uma vez por ano.
Enviado por Mariluce Moura - 15.2.2007
Violências sutis e brutais contra mulheres O homicídio se tornou a primeira causa de morte das mulheres em idade
reprodutiva em Recife, à frente dos derrames, infartos e do câncer de mama.
Em Boston, nos Estados Unidos, pela primeira vez em quase quatro séculos uma mulher – finalmente! – foi nomeada para dirigir a Harvard University, a mais antiga universidade norte-americana e uma das mais prestigiadas do
mundo.
Essas duas notícias, ambas do mundo acadêmico e que aparentemente
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guardam entre si uma relação para lá de tênue – alguns espíritos práticos diriam mesmo nenhuma –, propunham no último domingo incômodas reflexões sobre a condição feminina nos dias que correm. E de quebra sugeriam, por sua disparidade, desconfortáveis associações entre essa condição e um dos traços
mais marcantes da vida social contemporânea como um todo.
Comecemos pela segunda notícia: a chegada da historiadora Drew Gilpin Faust, 59 anos, à presidência de Harvard – equivalente a reitor, no Brasil –,
depois de 371 anos de absoluto domínio masculino no comando da instituição, tem um sabor especialmente irônico porque ela substitui Lawrence Summers.
Esse economista, 52 anos, ex-secretário do Tesouro no governo Clinton, provocou um fantástico terremoto no campus da universidade e na mídia
americana em 2005, quando se tornou pública sua afirmação de que o pequeno número de mulheres nos altos postos da carreira acadêmica devia-se,
entre outros fatores, às maiores habilidades inatas dos homens para a pesquisa científica, especialmente no campo das ciências exatas e abstratas.
Essa sugestão da inferioridade da inteligência feminina, que na verdade
completava uma série indigesta de polêmicas protagonizadas por Summers, foi feita em janeiro daquele ano durante uma conferência no Escritório Nacional
de Pesquisa Econômica. A tempestade que se seguiu, com vozes a favor e contra a declaração, arrastou-se por meses, até o anúncio de sua decisão de
renunciar e a efetiva saída do economista da presidência da Harvard, em junho de 2006, interinamente substituído por Derek Bok, o vice-presidente, até a condução de Drew Gilpin Faust ao cargo. Poder-se-ia dizer, para usar palavras bem a seu gosto, que foi a inabilidade inata de Summers para o
trato político que facilitou a ascensão de uma mulher ao comando da universidade. E podem-se ouvir agora risos inevitáveis de um justificado sarcasmo feminino contra Summers. Mais detalhes dessa história no site
www.harvard.edu.
Passemos agora à primeira notícia que, embora originária da academia, refere-se a um vasto mundo sombrio que se espraia fora de seus muros. Ela estava em extensa reportagem de Letícia Lins em O Globo. O texto a certa altura informava que, em Recife, “mortes por armas de fogo, facadas ou
espancamentos de adolescentes e adultas somam 11,11 casos por cada grupo de cem mil mulheres”, enquanto a média nacional, de acordo com as estimativas até aqui disponíveis, é de 5,6 casos por 100 mil mulheres.
A fonte principal da reportagem de Letícia era um estudo elaborado pelo médico Glaucius Cassiano Nascimento para sua dissertação de mestrado,
defendida na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Baseado em dados da secretaria de Saúde de Recife e particularmente na análise de 5.165 atestados de óbitos de mulheres na faixa de 10 a 49 anos,
no período de 1997 a 2004, ele demonstrou estatisticamente que os assassinatos, terceira causa de morte das mulheres na faixa etária examinada
até o começo da década passada, ascendera nesta década a uma absurda primeira posição. Os homicídios passaram a responder por 8,54% da
mortalidade por causas específicas entre mulheres, contra 7,55% para as doenças cerebrovasculares, 6,43% para os infartos, 5,07% para os cânceres de
mama e 5,07% para as doenças virais, a Aids aí incluída.
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Vale a pena recuperar a reportagem para um exame minucioso de suas informações. De qualquer sorte, uma das perguntas cruciais que os dados sugerem é: por que a violência contra as mulheres tem uma escala muito
maior em Recife do que no resto do país? Trata-se de uma sociedade muito mais violenta e machista? E quais as razões e raízes desse fenômeno?
É aí que as respostas de quem longamente tem se debruçado sobre esse tema
propõem que talvez a questão não seja exatamente essa. Em vez de uma Recife mais violenta – ainda que em termos impressionistas acreditemos todas
que aquela é uma cidade exageradamente machista, mais que o Rio de Janeiro ou Salvador, por exemplo –, talvez devamos pensar numa Recife “que
dispõe de estatísticas muito mais confiáveis e que tornam o fenômeno analisado mais visível em sua real dimensão”. É isso que levanta Jacira Melo, diretora do Instituto Patrícia Galvão, a Ong feminista que patrocinou, junto
com a editora Publisher Brasil, o livro Assassinatos de Mulheres em Pernambuco, do jornalista Aureliano Biancarelli que, a propósito, será
lançado hoje à noite na livraria Cultura do Conjunto Nacional em São Paulo.
Recife, diz Jacira, tem um Observatório da Violência extremamente ativo, assim como é extraordinariamente dinâmico o SOS Corpo - Instituto Feminista
para a Democracia. “Acredito que se em outras regiões do país a violência contra as mulheres tivesse um acompanhamento da mesma qualidade,
teríamos muitas surpresas nas estatísticas sobre assassinatos de mulheres no Brasil”, ela observa. Essa vigilância, aliás, permite, em paralelo aos dados, trazer à luz histórias exemplares de resistência e vitória feminina contra a brutalidade sexista, exatamente nos moldes em que se confere no livro de
Biancarelli.
Resta saber o que liga o caso da reitora da Harvard University – e as cada vez mais freqüentes vitórias das mulheres no ambiente acadêmico brasileiro, em
meio à resistência machista à sua ascensão, tema do qual pretendo tratar brevemente – ao assassinato das mulheres em Pernambuco. E também que
associações tudo isso traz com a vida social contemporânea no geral.
Começando pelo fim, os especialistas em comunicação, ao examinarem justamente seu objeto, ou seja, as relações sociais tecidas pela comunicação
de massa e pela mídia, percebem que uma forte marca das sociedades contemporâneas é a convivência de muitos tempos, digamos, assim, no aqui e
agora. O mais arcaico e o mais avançado convivem no mesmo espaço. As práticas mais primitivas e as mais elaboradas em termos éticos dispõem-se num continuum social. É assim também que nesta sociedade, em meio ao trânsito da mulher de objeto a sujeito de sua vida, podemos na mesma
estrada passar do brutal assassinato das mulheres à conquista, por uma delas, de um invejadíssimo posto do ambiente acadêmico mundial. Mas o segundo e mais encoberto ponto da relação entre a notícia da reitora de Harvard e o do
assassinato de mulheres em Recife é que ambas aludem à luta feminina contra a violência que as esmaga.
O gradiente quase infinito da violência contra a mulher vai, sim, da
desqualificação da sua inteligência à sua eliminação brutal. E a resistência pode e deve ir da afirmação concreta, política, de sua inteligência à proteção
por todos os meios de seu corpo contra a violência masculina. Afinal, como
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observa o sociólogo Luiz Eduardo Soares na orelha do livro de Biancarelli, devemos lembrar que “mais de 90% dos crimes letais, em todo o mundo, são cometidos por homens”. E por sutil que isso seja, a auto-defesa das mulheres constitui um campo em que se joga também uma nova subjetivação, muito
menos violenta, do masculino.
Mariluce Moura, jornalista, é diretora de redação Pesquisa Fapesp e autora do projeto dessa revista. É graduada pela Universidade Federal da Bahia
(UFBA), e mestra e doutora em comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Eles vão ficar impossíveis: Estudo divulgado na Inglaterra mostra que o QI dos homens é, em média, 5 pontos mais alto que o das mulheres
Revista Veja, Edição 1920 . 31 de agosto de 2005 Mulheres empenhadas em provar que estão em pé de igualdade com os
homens, se não um pouquinho à frente deles, tremei: uma pesquisa que acaba de ser divulgada na Inglaterra conclui que eles, além de mais fortes, mais
teimosos e mais insensíveis, são mais inteligentes do que elas. A afirmação, de arrepiar corações politicamente corretos, tem por base o trabalho
realizado por dois professores de psicologia, Paul Irwing e Richard Lynn, que analisaram 24.000 testes de QI de estudantes universitários em vários países e
57 estudos a eles relacionados. Ao fim da investigação, cujos detalhes planejam publicar em novembro no British Journal of Psychology, Irwing e
Lynn concluíram que o QI dos homens é, em média, 5 pontos mais alto que o das mulheres. "E 5 pontos não é uma diferença que possa ser descartada como
algo sem importância", afirma Irwing, atiçando com lenha de altíssima combustão o sempre incendiário debate sobre as planetárias diferenças entre
elas, as venusianas, e eles, os marcianos. Professor de psicologia organizacional da Universidade de Manchester, Irwing
é justamente a voz que deu respaldo acadêmico à pesquisa - até com explícito constrangimento. "Pode parecer esquisito, mas eu me considero um feminista", declarou. "Por motivos pessoais, gostaria de acreditar que homens
e mulheres são iguais, e de modo geral eles são, mesmo. Mas, ao longo da pesquisa, as evidências a favor de fatores biológicos foram ficando cada vez mais fortes." Lynn, ao contrário, não teve problema algum de consciência
para divulgar o que vê como comprovação científica de teses que advoga há tempos. Professor emérito da Universidade de Ulster, na Irlanda do Norte, ele
já havia divulgado estudos próprios, menos amplos, afirmando que homens são mais inteligentes que mulheres. "Estou acostumado com a polêmica. Sei que logo as feministas vão começar a me mandar uma enxurrada de e-mails, mas não me importo", declarou a VEJA o professor Lynn, que é casado com
uma mulher compreensiva: "Ela aceita o resultado da pesquisa. Só faz questão de destacar que a inteligência emocional feminina é superior à do homem".
Em estudos anteriores, Lynn já sustentou também que brancos são mais inteligentes que negros, que a propensão ao crime é herança genética e que a prosperidade de cada país está relacionada ao QI de sua população. Em suas palavras: "A inteligência de cada raça segue um padrão mundial. As pessoas mais bem-sucedidas são, em primeiro lugar, brancos e amarelos, depois vêm
os mulatos, os negros e, por último, os índios". Com tal currículo, a co-assinatura de Irwing na pesquisa agora divulgada foi essencial para sua
aceitação. "Para ser sincero, não tenho muita certeza de ter agido certo. Mas achei desonesto não divulgar os resultados", justifica.
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A pesquisa mostra que, até os 14 anos, não há diferença no nível de QI de meninos e meninas. A partir daí, porém, os 5 pontos aparecem e se mantêm ou até aumentam - quanto maior o QI, mais a mulher fica longe do homem
(veja quadro). No caso máximo estudado, de QI 150 - um patamar de gênios -, a proporção foi de 5,5 homens para uma mulher. Segundo Irwing, "as
diferenças nesse nível podem explicar, pelo menos em parte, por que um número muito maior de homens ganha Prêmio Nobel ou se torna grande
mestre de xadrez". Quando homens e mulheres de igual QI são postos diante do mesmo desafio, porém, elas se saem melhor - no mesmo dia da divulgação da pesquisa, foram anunciados os resultados dos exames finais nacionais para alunos do curso secundário na Inglaterra; as meninas, como sempre, saíram-se
muito melhor que os meninos. Por quê? "Possivelmente porque as mulheres são mais empenhadas e mais bem preparadas para suportar períodos de
trabalho duro", diz o pesquisador. Já a vantagem dos homens em matéria de QI "beneficia o desempenho em tarefas de alta complexidade, como questões
difíceis de matemática, engenharia e física". Colegas de Irwing e Lynn não descartam os resultados da pesquisa, mas
advertem que devem ser avaliados dentro de um quadro mais geral. "O mais importante é ter em mente que diversos testes são utilizados para medir
inteligência. Alguns favorecem os homens, outros as mulheres", diz Melissa Hines, professora de psicologia da City University de Londres. O neurologista Luiz Celso Vilanova, professor adjunto da Universidade Federal de São Paulo,
acredita que só será possível avaliar com mais critério a pesquisa inglesa quando se souber a metodologia usada, a forma de seleção dos entrevistados e como os testes foram aplicados. "O funcionamento dos hemisférios cerebrais é diferente entre homens e mulheres. O homem vai de pedaço em pedaço até chegar ao todo; a mulher consegue apreender o todo sem analisar pedaço por pedaço. E sabe-se que o cérebro masculino é 10% maior e mais pesado que o feminino", diz. Por sua vez, o psiquiatra Luiz Cuschnir, supervisor do serviço
de psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, observa que "os testes de QI muitas vezes não abrangem todas as questões ligadas à inteligência, como a questão emocional". Segundo Cuschnir, "se um homem tiver QI elevadíssimo
e um lado emocional conturbado, a aplicabilidade da inteligência fica comprometida".
Uma apreciação mais elaborada da pesquisa e seus resultados só será possível quando ela for publicada, dentro de três meses. Com ou sem restrições,
porém, permanece a constatação de que, comparados em larga escala, o QI dos homens é, em média, mais alto que o das mulheres - embora essas, frente
a frente com machos de QI semelhante, se saiam melhor. Entre todos os peitos masculinos que se inflarão de orgulho perante as conclusões da
pesquisa, deve-se destacar o do reitor de Harvard, Larry Summers, para quem as palavras de Irwing e Lynn soam praticamente como um desagravo. Em
janeiro passado, num malfadado discurso com o qual pretendia combater a discriminação das mulheres na área acadêmica, Summers acabou dizendo, de forma convoluta mas suficientemente clara para armar um escarcéu, que as
mulheres não nasceram para as ciências exatas. "No caso específico da ciência e da engenharia, existem questões de aptidão inatas", proclamou - e o céu caiu sobre sua cabeça. Agora, os professores Irwing e Lynn vêm confirmar,
com números e tabelas, que ciência exata é, mesmo, coisa de homem. Eles no topo
O estudo mostra que, quanto mais alto o QI, maior a predominância de homens. Exemplos de proporção:
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QI 125 (nível dos primeiros da classe) 2 homens para 1 mulher
QI 130 (nível dos primeiros entre os primeiros) 3 homens para 1 mulher
QI 150 (nível de genialidade) 5,5 homens para 1 mulher
IstoÉ: Mulheres têm capacidade intelectual maior
Foto:Revista
IstoÉ
Durante décadas, o raciocínio lógico, medido pelos testes de QI, era a grande prova de inteligência. Neles, os homens sempre se saíram melhor do que as mulheres. Eles têm em média cinco pontos a mais no QI e na faixa dos 155
pontos - a dos gênios - há 5,5 representantes do sexo masculino para cada um do feminino.
Nos últimos anos, quando o conceito de inteligência começou a mudar e outras características como interação social, percepção do outro e capacidade de questionamento e argumentação passaram a ser valorizadas na sociedade, um novo olhar foi lançado sobre as aptidões e as habilidades femininas. Mas a
dúvida persiste: quem é mais inteligente, o homem ou a mulher? Uma pesquisa do professor José Abrantes, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), que será publicada em livro em julho, conseguiu mensurar o desempenho de homens e mulheres nos 12 tipos de inteligência propostos por Howard Gardner, da Universidade de Boston, nos Estados Unidos (leia
quadro à pág. 74), psicólogo que revolucionou esta área de estudo. Depois de analisar 137 mil notas de 22 mil alunos do Centro Universitário
Augusto Motta (Unisuam), no Rio de Janeiro, ele concluiu: as mulheres são superiores em nove das 12 possibilidades de inteligência e, de acordo com a
metodologia de sua pesquisa, 3% mais inteligentes porque obtiveram notas 3% superiores às dos homens. Outras constatações:
Entre as mulheres, há menor variação entre a maior e a menor nota. Isso acontece porque elas têm interesse em assuntos variados. O grupo feminino se destaca em física e química experimental. O masculino é melhor em física
e química teórica, o que confirma nelas a visão periférica superior e a habilidade manual.
Em anatomia, os homens apresentaram médias mais altas, o que pode ser explicado pela melhor visão espacial deles. Nas disciplinas dança educacional e ginástica, que estão relacionadas à expressão corporal, as mulheres foram
superiores. Os homens se sobressaem na destreza da articulação dos movimentos para atingir um objetivo, como é necessário no futebol, além da
força física. Na matemática, elas têm mais facilidade para aplicar fórmulas em cálculos,
mas eles dominam o raciocínio, ou seja, têm melhor compreensão do processo lógico. Para verificar o nível de inteligência dos alunos através das notas,
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Abrantes relacionou cada disciplina às 12 possibilidades propostas por Gardner.
As matérias de humanas, por exemplo, são associadas às inteligências linguísticas e pessoais; as de exatas, às habilidades lógico-matemática e espacial; os cursos das áreas de artes são distribuídos pelas inteligências
musicais, pictóricas e cinestésicas - esta última para os cursos de educação física e dança. O cruzamento de dados considerou um número proporcional de
homens e mulheres para cada curso analisado. Um outro estudo realizado pela bióloga Marta Relvas, da Sociedade Brasileira
de Neurociência, com 40 alunos do ensino fundamental, comprova as habilidades múltiplas do sexo feminino. O resultado foi publicado no livro Neurociência e educação. Potencialidades dos gêneros humanos na sala de
aula, lançado em março. A pesquisa revela que elas se sobressaem em testes de percepção, memória e coordenação motora, enquanto eles se dão melhor na relação com objetos tridimensionais, pontaria e no raciocínio matemático. Isadora Labrada, 17 anos, e Sílvio Barbosa, 16, estudantes do terceiro ano do
ensino médio, são exemplos das diferentes habilidades entre homens e mulheres. Ela se destaca pela organização e bom desempenho em todas as matérias. Ele, pelas notas em química, física e matemática. "Sempre tive
responsabilidade com os estudos e me interesso por assuntos variados", afirma Isadora, uma das melhores do Colégio Santa Maria, de São Paulo, que após as
aulas ainda estuda flauta. Aluno de outra escola paulista, o Colégio Santo Américo, Sílvio coleciona
medalhas em olimpíadas de ciências naturais. "Não gosto das humanas porque não é possível prever os resultados", afirma. "Nas exatas, o raciocínio é
lógico." Para o professor Abrantes, a explicação é socioantropológica e remonta aos
tempos das cavernas. "As mulheres eram obrigadas a desenvolver inteligências mais humanas", afirma. "Enquanto eles saíam para caçar, elas cuidavam dos
filhos, da comida e conversavam entre si, desenvolvendo a linguagem." Estudo da Universidade de Londres, publicado no ano passado, confirma que as
mulheres são superiores no uso da inteligência emocional e da comunicação. Elas apresentam um vocabulário mais amplo desde os primeiros anos de vida e utilizam construções lingüísticas mais complexas. "As mulheres são melhores em tarefas múltiplas", afirma o neurologista Roger Gorski, autor do estudo.
É justamente no cromossomo X que está a grande diferença no DNA dos gêmeos Camila e Roberto Rodrigues, 26 anos, que foram criados da mesma
forma e receberam estímulos semelhantes desde a infância. Ela tem a inteligência intrapessoal mais desenvolvida. A arquiteta Camila conta que,
quando sofre um revés, reage de pronto. O irmão, por sua vez, demora para maturar uma atitude positiva em relação ao futuro. "Ele é mais indeciso, mais
pessimista nessas horas e só pega no tranco", diz ela. A arquiteta é capaz de passar horas ouvindo e aconselhando amigas, características da inteligência interpessoal. Já Roberto, professor de
educação física, diz não ter paciência. "A Camila é extrovertida e faz amizade rapidamente.
Eu sou retraído e não tenho paciência para dar conselhos", afirma ele. "As mulheres são mais atentas às pessoas, os homens às coisas", explica o
psicólogo evolucionista David Geary, que pesquisa a evolução das diferenças entre os sexos. Segundo ele, a partir dos seis meses, as meninas percebem sinais de aflição nos outros, identificam sons variados, gestos e sinais de perigo. Os meninos são mais indiferentes às pessoas, com atenção para
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objetos luminosos e de formas inusitadas. No livro The essencial difference (A diferença essencial), o psiquiatra Simon Baron-Cohen afirma que o cérebro feminino desenvolveu maior habilidade para a empatia do que o masculino. As mulheres têm uma capacidade mais
aguçada para identificar as emoções e sentimentos dos outros, prever ações e responder a elas com a emoção apropriada. Nelas, os circuitos ligados à audição e à linguagem têm 11% mais neurônios do que nos homens. A
estrutura relacionada à emoção e à formação da memória também é maior. Estudos recentes sugerem que a inteligência está relacionada à trajetória da informação pelo cérebro. Os neurocientistas Richard Haier, da Universidade
da Califórnia, e Rex Jung, da Universidade do Novo México, revelam que algumas das áreas do cérebro relativas à inteligência são as mesmas da
atenção, da memória e das funções da linguagem - zonas mais desenvolvidas nas mulheres.
A capacidade de executar com facilidade tarefas variadas ocorre porque o cérebro da mulher é 10% menor do que o dos homens. O espaço comprimido
favorece um número maior de sinapses - 30% a mais do que eles. Elas também detêm um equipamento sensorial mais desenvolvido e uma habilidade maior
para captar sinais não verbais. Além disso, as conexões cerebrais das mulheres ocorrem entre os dois hemisférios.
Nos homens, a atividade é mais intensa no lado esquerdo. "O cérebro deles é mais focado e adaptado para realizar uma tarefa de cada vez", afirma o
neurologista Roger Gorski. A estrutura da inteligência entre homens e mulheres não é rígida. Sofre
alterações com as influências do meio, dos estímulos externos e da constituição cerebral do próprio indivíduo, que pode ter o tipo cerebral do sexo oposto. No livro Como as mulheres pensam, a neuropsiquiatra Louann
Brizendine afirma que cerca de 20% dos homens têm cérebros estruturados de modo feminino e 10% delas têm cérebros masculinizados.
Quando se fala na superioridade da inteligência das mulheres, não é raro que os homens questionem a representação minoritária delas em cargos de chefia,
na elite da comunidade científica e como homenageadas em prêmios das diversas áreas. Além do machismo histórico da sociedade, a opção pela
família e pela maternidade é um fator decisivo. Ao se tornar mãe, é comum a mulher tirar o pé do acelerador quando está em jogo a competitividade necessária para chegar ao topo. "Quando as mulheres desenvolverem maior autoconfiança e perceberem que a família não exclui a
luta pelo sucesso, elas vão dominar o mundo", aposta José Abrantes. O instrumental elas já possuem.
Edição: Luciano Dias Fonte: IstoÉ