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A INFLUÊNCIA DO GÊNERO PROPAGANDA NO PROCESSO DE
AQUISIÇÃO DE NOVOS CONHECIMENTOS EM LÍNGUA INGLESA
Autora: CHANDOHA, Sônia Janete1
Orientadora: ALVES, Érica Fernandes2
Resumo: Este artigo tem como objetivo apresentar os resultados da construção do conhecimento
na prática oral e escrita de LE, desenvolvidas no decorrer do processo PDE, destacando as experiências adquiridas no desenvolvimento do trabalho Gênero Textual Propaganda e Novas Tecnologias: Instrumentos Pedagógicos no Ensino de Língua Inglesa, no primeiro semestre de 2012 e em seguida a elaboração da Unidade Didática do Projeto de Intervenção Pedagógica para aplicação em sala de aula para os alunos do 8º ano A da Escola Estadual Rui Barbosa, na cidade de Mamborê. As atividades realizadas propiciaram reflexões e o aprofundamento no conteúdo de forma mais significativas mediadas também pela tecnologia existente na escola como meio prazeroso de pesquisa. Os resultados mostram que a autonomia foi motivada durante a execução das atividades de forma crítica inseridos na construção do conhecimento.
Palavras-Chave: Propaganda. Educação. Tecnologia. Interação.
1. Introdução
O processo de ensino/aprendizagem requer que o professor se mantenha em
constante atualização para que os objetivos propostos sejam virtualmente
alcançados. Desse modo, por intermédio de muitos cursos, leituras e palestras
propiciadas pelo PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional – elaboramos,
em um primeiro momento, um projeto de ensino chamado Gênero Textual
Propaganda e Novas Tecnologias: Instrumentos Pedagógicos no Ensino de Língua
Inglesa, o qual compreendeu estratégias diferenciadas para atender as defasagens
na educação e promover o estímulo necessário para uma educação de qualidade.
1 Professora da Rede Estadual de Ensino do Paraná há 25 anos – Graduada em Letras pela (FECILCAM) e
Educação Artística pela (UNOESTE) com especialização em Estrutura do Ensino da Língua Portuguesa e Lato
Sensu em Ensino de Artes, participante do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) 2012 – e-mail:
2 Professora Me. Érica Fernandes Alves UNESPAR/FECILCAM Literaturas em Língua Inglesa – Língua Inglesa
membro do grupo de pesquisa Diálogos Literários – Graduada em Letras pela UEM (2011) e mestrado em
Letras pela mesma universidade (2010) - e-mail: [email protected]
Dando sequência ao programa, no segundo semestre foi elaborado uma nova
etapa de prática educativa, a elaboração de uma Unidade Didática do Projeto de
Intervenção Pedagógica, a qual seria aplicada no início do próximo ano letivo de
2013. A Implementação Pedagógica aconteceu na escola Estadual Rui Barbosa –
Ensino Fundamental, no município de Mamborê, no 8º Ano A com a participação dos
alunos do período matutino em entrevista feita pelos próprios colegas do 8º Ano A
sobre seus hábitos alimentares.
O objetivo principal é, na verdade mostrar os resultados da aplicação do
material didático elaborado especialmente para a turma do 8º. Ano destacando a
necessidade de trabalhar com o gênero propaganda para resgatar através da
produção oral e escrita o gosto pela língua estrangeira com interação mais
aprofundada entre o grupo participante, além de proporcionar e estimular os
envolvidos no processo educacional à reflexão, criação e recriação de propaganda
em Língua Inglesa sobre alimentos saudáveis, a fim de analisarem a melhor
qualidade de vida demonstrada por meio desse gênero veiculado nas mídias digitais,
as quais adentram nossas casas modificando nossas próprias crenças pré-
estabelecidas.
Outros objetivos desse artigo são desenvolver relações entre ações
individuais e coletivas na Língua Inglesa por meio de produção de qualidade e
competência criativa; fazer com que o aluno perceba que o mecanismo de estratégia
utilizado para desenvolver esse trabalho é parte integrante e de grande importância
no desenvolvimento das atividades sobre o gênero propaganda com perspectivas
inovadoras inserindo-os com mais interesse, com valores sociais mais interiorizados
e críticos fazendo parte desse mundo globalizado aonde as informações chegam até
nós rapidamente sendo, portanto, indispensável que estejamos mais alicerçados
culturalmente para contribuir por meio das modernidades tecnológicas.
Este artigo se divide em: introdução, fundamentação teórica, análise dos
dados e conclusões.
2. Introdução das Tecnologias no Ensino de Língua Inglesa
Há cinco anos, o que nós sabíamos como novidade de modernos métodos
para repassar conhecimentos já se tornou inadequado a sua aplicabilidade em sala
de aula. Com isso o método áudio lingual dos anos 50 e 60, que obedecia a padrões
pré-estabelecidos da repetição, foi, com o passar dos tempos, sendo substituído por
novas tecnologias.
Durante os anos 60 e 70, as escolas e universidades já utilizavam laboratórios
para ensinar LI com grande sucesso, pois os alunos também já tinham acesso a fitas
cassete e podiam desenvolver e praticar melhor estudando também em suas casas.
Devido a essa facilidade, veio também a rotina e a necessidade nos anos 80 de
mudar novamente a aprendizagem de LI introduzindo mais uma inovação
revolucionária na educação. Surge, então, o método com o computador, onde os
alunos mostravam bastante interesse e se sentiam motivados a aprender com a
introdução de jogos simples como o Hangman.
Somente na década de 90 é que expandiu o espaço com várias
possibilidades a todos os interessados em fazer uso das novas tecnologias com
situações bem definidas e direcionadas. Surgiram, então, outras inovações
tecnológicas com capacidade multimídia como o CD Room, facilitando o uso da
internet e a obtenção das informações ao se visitar sites de outros países. Um dos
fatores responsáveis por essas inovações são a globalização e o recurso acessível
da internet, facilitando o aprendizado e a acessibilidade do instrumento para muitas
pessoas.
Vivemos uma realidade onde acontecem mudanças diariamente, e na
educação não é diferente. Assim, não podemos assistir a tais inovações sem
também incorporá-las à nossa prática, tentando superar as dificuldades encontradas
e inovar os métodos de ensino para conseguirmos ministrar nosso trabalho de
acordo com as transformações da sociedade, dentre elas, as tecnológicas.
Há estimativas de que 75% de toda comunicação internacional por escrito,
80% das informações armazenadas em todos os computadores do mundo e 90%
das informações pela rede da internet é em LI.
Com isso, a LI assume o papel de língua global e torna-se uma das mais
importantes ferramentas, tanto acadêmicas como também profissionais. A LI acabou
se tornando o meio de comunicação por excelência, tanto no mundo científico como
também no mundo dos negócios. Como fazemos parte desse mundo globalizado,
não podemos ignorar essas tecnologias modernas como recurso indispensável para
a inovação de nossas aulas, com intuito de promover satisfatoriamente uma
formação de qualidade para o mercado de trabalho profissional. Porém, Almeida
(1999) explica que os estudos de caso e os debates educacionais têm demonstrado
que existem diversas preocupações e incertezas da forma de utilização dessas
novas tecnologias. Brito (2006) expõe que as novas tecnologias já fazem parte do
dia a dia das crianças em diversos ambientes sociais.
Diante da nova realidade tecnológica é evidente que a organização do
trabalho pedagógico dos professores tenha à sua disposição a implementação e a
disseminação desses recursos no exercício de sua função como educador. O
trabalho com língua estrangeira moderna fundamenta-se na diversidade de gêneros
textuais e busca alargar a compreensão dos diversos usos da linguagem, bem como
a ativação de procedimentos interpretativos alternativos no processo de construção
de significados possíveis pelo leitor (PARANÁ, 2008, p.46). Dessa forma,
pretendemos tornar a aula de língua estrangeira em espaço de construção de
sentidos, de relações com os diversos tipos de textos existentes nas diversas
esferas sociais.
Partindo do pressuposto que nós precisamos nos comunicar e que este
diálogo se processa através de discurso direto temos necessariamente que nominar
esse processo como um gênero inserido em uma esfera de ação. Entretanto,
analisando mais especificamente, vemos que sua função e constituição se
processam de forma diferenciada dependendo do nível cultural a que esse discurso
é submetido.
Fazendo uma análise podemos classificar como diferentes formas de meios
lexicais em que o interlocutor vai digerir as capacidades de linguagem numa
compreensão de acordo com a construção composicional libertando segundo alguns
pesquisadores para a importância de um ensino descontextualizado.
Vemos que na atualidade o gênero é analisado como parte integrante de um
discurso como resposta podendo ser tanto na linguagem oral ou escrita
evidenciando é claro o nível cultural dos interlocutores enfatizando o contexto social
em ele está inserido.
A escolha do gênero textual propaganda para desenvolver um trabalho
específico em sala de aula proporcionará ao aluno uma nova visão de LI
considerando que o mundo virtual faz parte deste processo e isso é extremamente
interessante e cheio de atrativos que vai desencadear um bom desenvolvimento do
trabalho com aprofundamento nas pesquisas de internet aproximando-o dos seus
objetivos que é ficar mais tempo no laboratório.
Esse trabalho procurou fazer com que as novas metodologias pudessem
desenvolver um trabalho que propiciasse aulas mais interessantes, estimulando a
curiosidade de desenvolver outros conhecimentos e levando os alunos ao
desconhecido, tornando-os integrantes ativos e dispostos a crescerem na
construção do saber socialmente difundido na atualidade.
3. Inovação da Prática Pedagógica como Instrumento Transformador da
Aprendizagem
Vemos que a necessidade da atualização precisa ser resgatada diariamente
pois a realidade mostra que há cinco anos, o que nós sabíamos como novidade de
métodos modernos para repassar conhecimentos já se tornou inadequado á sua
aplicabilidade em sala de aula.
Ao considerar que a LI se tornou, com o passar dos tempos, o meio de
comunicação por excelência, tanto no mundo científico como no mundo dos
negócios, parece ser indispensável se apropriar desse recurso inovador, o qual
provoca a difusão do consumismo, levando à condição de “Supermercado Cultural”
(HALL, 2004). Além disso, tal realidade pode nos transformar em escravos dessa
modernidade, colocando nossa juventude em descontrole total de seus
compromissos com horários à mercê das redes sociais e à tudo o que ela
proporciona. De acordo com Araújo (2007,p.16),
Um dos desafios trazidos pelas novas tecnologias e que deve ser conhecido e compreendido pelos professores é a emergência de novos gêneros. Na escola, um grupo de novas „palavras‟ circula entre os estudantes como os chats, emails, blogs, fotoblogs, homepages, sites, lista de discussões, fórum, orkut, etc. Estas palavras não só trazem “informações léxico-neológicas aberta no campo da Internet” (GALLI, 2004, p. 121), designando as novas formas de socialização no meio digital, como também provocam alguma „perturbação ‟na ordem escolar.
Com a defasagem em LI devido às dificuldades apresentadas pelos alunos ao
ler e interpretar um texto, muitas vezes, eles se sentem desestimulados com o
ensino de LI. Freire (1998) explica que o processo de aprendizagem deve ser
concebido não em oposição, mas em complementaridade com o universo cultural e
os valores que o aluno traz consigo devem ser revisitados e transformados com o
saber que a escola oferece. Meurer (2000, p.149) propõe que o aprendizado da
linguagem humana “[...] seja visto como o desenvolvimento da competência no uso
de um número crescente de gêneros textuais.” O autor também sugere que as
escolas abordem a importância no uso de gêneros e
[...] explore situações que permitam aos alunos ter acesso a um amplo número de gêneros textuais levando-os a investigar, comparar, questionar e compreender as regras e recursos implicados em seu uso. Estabelecendo tais relações, o indivíduo estará mais apto, ao exercício da cidadania, a realizar as ligações inteligentes, produtivas e vantajosas entre textos e seus contextos de uso” (MEURER, 2000, p.158).
Ele também defende que:
A pesquisa e o ensino baseados em estudos de gêneros textuais poderão estimular o estudo da língua (materna e estrangeira) a se transformar em um contexto determinado ao levantamento das muitas maneiras de manifestações orais e escritas. Tal tipo de prática poderá auxiliar os indivíduos a perceberem quem são e onde estão como os textos funcionam ao conduzir a cultura atual e ao reconstituir culturas de outras épocas” (MEURER, 2000, p.153).
Dando sequência a ideia de Meurer (2000), Cristóvão e Tomarozi (2007, p.
31) afirmam que
O trabalho com gêneros textuais pode ser de grande ajuda aos alunos quando utilizado numa interação prática, para se analisar sua unidade social. Também salientam que, na prática com gêneros textuais, o aluno encontra-se mais perto da realidade em que vive. É para a sociedade em que ele vive que ele precisa saber como usar os gêneros, tanto para se comunicar com seus conhecidos quanto com os desconhecidos, por exemplo, numa situação profissional‟.
Sendo assim, podemos observar a importância do uso dos gêneros em sala
de aula com diferentes interpretações. Marcuschi (2002, p. 32) afirma que toda
forma de comunicação se processa através de um gênero, pois todos os textos
também têm como significação um estilo de gênero e que, portanto é de extrema
importância que o aluno esteja muito bem situado no entendimento sobre gênero
para conseguir identificá-lo e também ver outras possibilidades de gêneros textuais
e outros contextos. Ainda de acordo com Marcuschi (2002, p.19), os gêneros
textuais são fenômenos históricos, resultado de dinâmicas coletivas, situados
socialmente, onde “contribuem para ordenar e estabilizar as atividades
comunicativas no seu dia a dia”. A partir dessa analogia, podemos fazer um
agrupamento textual que determinamos como gênero pelas raízes apresentadas em
seu contexto. Para Marcuschi (2002, p. 10), “uma tecnologia projeta estratégias de
textualização, gera um novo gênero e subverte, até certo ponto, cânones bem
estabelecidos no processo de construção textual”.
O foco na tecnologia permite demonstrar que os gêneros textuais evoluem ,
se transformem e, até mesmo, nascem com as mudanças na cultura, as quais
definem novas formas de ação social. O ensino em torno do gênero textual
propaganda em LI parece facilitar a possibilidade de materialização desse gênero de
maneira produtiva, onde a partilha das experiências individuais e situações
tematizadas proporcionarão espaço eficaz de compreensão onde os integrantes do
grupo.
Portanto, o objetivo de se trabalhar a LI com gêneros textuais é procurar
desenvolver em sala de aula um ensino mais contextualizado, deixando de lado os
fragmentados utilizados por profissionais da educação que se utilizam desse recurso
sem muita significação linguística.
O trabalho com esse material se revelou muito produtivo, pois esse gênero
enfocado faz parte do cotidiano deles, fez também com que os alunos tivessem mais
participação em sala de aula e se sentissem mais motivados para desenvolver as
atividades individuais e coletivas demonstrando entusiasmo, dinamismo e criticidade
durante a execução das etapas.
4. Análise dos Dados
O projeto de intervenção pedagógica teve sua primeira divulgação na reunião
pedagógica que aconteceu na escola Estadual Rui Barbosa – Ensino Fundamental,
no município de Mamborê, onde todos os professores, direção, pedagogas e
funcionários estavam presentes e ficaram cientes do que iria acontecer na turma
selecionada para o trabalho.
Os alunos envolvidos nesse processo foram todos do matutino com
levantamento de dados sobre alimentação saudável e o 8º A, onde eles no contra
turno fizeram parte do desenvolvimento desse trabalho de intervenção pedagógica
PDE, que se iniciou primeiramente com uma reunião envolvendo todos os alunos
que iriam participar do projeto, a pedagoga responsável e a diretora da escola com a
apresentação do projeto de intervenção no laboratório com data show onde tiveram
já a primeira oportunidade de ver todas as etapas correspondente a 32 H/A que
iríamos desenvolver no decorrer do semestre.
Antes de iniciar as práticas os alunos responderam um questionário para que
nós pudéssemos conhecer melhor a realidade dos envolvidos e também para avaliar
o grau de identificação com a Língua Estrangeira para que ele tivesse também um
espaço de se pronunciar voluntariamente sobre o que gostaria de trabalhar nessas
atividades diferenciadas. Mesmo sabendo que o nível de aprendizagem desses
alunos era mais limitado, principalmente destacando que a turma selecionada
demonstrava pouco interesse na disciplina, esse questionário contribuiu para a
elaboração do material que iríamos desenvolver de forma dinâmica e lúdica no
decorrer da intervenção pedagógica.
5. Questionário antecipado para elaboração do material didático.
Observe o gráfico 1.
Gráfico1 – O que você mais gosta de estudar em Inglês?
Fonte: Alunos pesquisados de LI do 8º ano A
Apresentação da unidade didática. Professora Sonia, 2013
Gráfico 2 – Quais são suas principais dificuldades em Língua Inglesa?
Fonte: Alunos pesquisados de LI do 8º Ano A Apresentação da unidade didática. Professora Sonia, 2013. Gráfico 3 – Você costuma traduzir textos, frases e músicas?
Fonte: Alunos pesquisados de LI do 8º Ano A Apresentação da unidade didática. Professora Sônia, 2013
Essa proposta pedagógica foi dividida em 3 Módulos sendo que o primeiro
correspondeu ao Gênero Propaganda oral/visual com vocabulário sobre comida,
game Food, listening, colors, questions I like/I dont’like, nutrition facts, texto
breakfast/questions e pesquisa no período matutino sobre seus hábitos alimentares.
No segundo Módulo iniciou-se com texto sobre hábitos saudáveis e não
saudáveis, produção de propaganda sobre alimentação saudável com atividades
visual/quesitos/ writing com Healthy – Unhealthy sequenciando com vários vídeos
adverstisements, Food Pyramid e a sinopse do filme “ Tá chovendo Hamburger” com
atividades de speaking and writing.
O terceiro Módulo está vinculado a Production se destacando a Recipe,
depois a Advertisement productions com questions, texto Recipe, finalizado com
criatividade individual e pesquisa em grupos.
5.1 Módulo I - 15 H/A
Iniciamos nosso trabalho na segunda etapa com atividades oral/visual de
diversas propagandas sobre hábitos saudáveis e não saudáveis onde o aluno pode
visualizar com bastante interesse e se posicionar criticamente sobre o assunto
proposto, e depois responder um questionário sobre a proposta apresentada.
Percebi que os alunos se envolveram bastante ao tema proposto pela mudança de
ambiente escolar e também pela qualidade proposta oral/visual sobre Food
apresentado a eles. Se posicionaram criticamente sobre os itens apresentados e na
discussão em grupos o resultado foi bastante relevante.
Ainda explorando esse mesmo aspecto fizeram mais algumas atividades
relacionadas de listening/ writing. Para memorização dos nomes dos alimentos
trabalhados um game em grupos com diversos tipos de premiações que
tumultuou bastante o ambiente por ser uma atividade competitiva com gratificação.
Na sequência das atividades propostas continuamos explorando bastante a
parte oral/visual variando os meios utilizados porque percebemos que a aplicação
das teorias e práticas estava tendo resultados surpreendentes para os alunos
inseridos nesse trabalho diferenciado. Continuando o trabalho organizamos um
game – Bingo Food, com cartelas dos alimentos bem coloridas para servir de
incentivo onde até a data selecionada foi favorável ao desempenho dos alunos nos
resultados porque nesse dia a escola estava fazendo a promoção da pizza aí
resolvemos aumentar a premiação do primeiro lugar com uma pizza também, além
dos chocolates e material escolar que já estavam previstos para essa atividade. Foi
um sucesso, participaram com muito interesse do bingo e é claro no resultado
positivo através da exploração do listening porque o resultado final agradava a
todos.
Figura I: Apresentação da unidade didática
Bingo (Healthy/Unhealthy)
Foto: Professora Sônia, 2013
Na atividade de Listening sobre food hatibs eles se sentiram pouco a vontade
nos trabalhos, apresentaram bastantes dificuldades precisamos acrescentar um
tempo maior e retomar minuciosamente algumas partes para conseguir fazê-los
entender melhor os exercícios.
Em seguida tiveram aula oral/visual com cores dos alimentos e acabamos
resgatando a participação efetiva e envolvimento com mais produtividade.
Na aula de speaking I like e I don’t llike, desenvolveram exercícios sobre
alimentos demonstrando insegurança no início, mas felizmente logo conquistaram
os seus colegas e começaram a interagir com o grupo se sentindo totalmente
preparados para os questionamentos de seus hábitos alimentares.
Na atividade de Nutrition Facts tivemos aula oral/visual já mudando o
ambiente favorável ao desenvolvimento das atividades onde eles visualizaram a
tabela, participaram com muito envolvimento questionando sobre seus hábitos e
comparando com os resultados na tabela se surpreendendo com os resultados
apresentados. Na continuação tivemos o texto Breakfast , fizemos a análise crítica
comparando com a tabela e a realidade deles onde quase todos os alunos tiveram
uma participação surpreendente porque eles estavam sendo inseridos nessa análise
textual. Eles fizeram as atividades de writing e 6 alunos apresentaram muita
dificuldade na escrita e na interpretação correta dos cálculos de porcentagem de
alguns alimentos. Enfatizando o trabalho sobre hábitos alimentares os alunos
fizeram também uma pesquisa em todas as turmas do período matutino envolvendo
12 turmas com o objetivo de coletar dados sobre a realidade alimentar em que ele
está inserido como mostra os gráficos.
Gráfico I Questionamento sobre hábitos alimentares
Fonte: Foram pesquisados todos os alunos de LI no período matutino
Foto: Professora Sônia, 2013
Gráfico II Conhecimento da importância da 1ª alimentação
Fonte: Foram pesquisados todos os alunos de LI no período matutino Foto: Professora Sônia, 2013
Gráfico III Preferências alimentares
Fonte: Foram pesquisados todos os alunos de LI no período matutino
Foto: Professora Sônia, 2013
5.2 Módulo II - 10 H/A
Nesse momento depois de trabalhado o texto sobre hábitos saudáveis e não
saudáveis começa a parte de produção de propaganda sobre alimentação saudável.
Começamos com a parte visual no laboratório onde assistiram alguns vídeos com
data show e também fizeram algumas pesquisasna internet sobre healthy e
unhealthy e fizeram alguns atividades relacionados com o visual se envolveram
bastante fazendo muitos questionamentos. Ainda com o vídeo continuamos com
formas interrogativas sobre o visual sendo observado o envolvimento e a
preocupação com seus próprios hábitos alimentares expondo situações particulares
comparando com os vídeos que estavam assistindo e chegando a conclusão que
deveriam mudar seus hábitos alimentares para não ter problemas futuros.
Figura II: Apresentação da unidade didática Pesquisa no laboratório
Foto: Professora Sônia, 2013
Nessa aula os alunos também assistiram vídeo sobre os problemas com os
Fast Food, assim que terminou agora já mais familiarizados com a abordagem
começaram a discussão entre os colegas em pequenos grupos sobre os riscos para
a saúde para quem come muito junk food, falamos também da bulimia, tipos de dieta
que podem fazer mal a saúde sem acompanhamento médico e o que eles poderiam
estar mudando para assegurar no futuro uma estabilidade saudável para eles
mesmos.
Na sequência desse assunto vimos no data show do laboratório uma Food
Pyramid com a distribuição correta dos alimentos, frutas, verduras, legumes e sucos,
em seguida a exploração crítica do visual.
Trabalhamos a pirâmide alimentar analisando primeiro a parte visual, a
expressão verbal e escrita com textos, encerrando com a produção de uma pirâmide
alimentar feita por eles com o conhecimento adquirido após a exploração do
assunto.
Figura III: Apresentação da unidade didática Montagem da Pirâmide
Foto: Professora Sônia, 2013.
Os alunos tiveram oportunidade de assistir a vídeos e também sinopse de
filmes relacionados ao tema como o filme “Tá Chovendo Hamburger”, em seguida
tiveram oportunidade de se expressar individualmente e em equipe expondo seu
ponto de vista e desenvolvendo questionamentos escritos.
5.3 Módulo III – 7 H/A
Nessa etapa agora já com mais facilidade e confiança iniciamos com a
leitura de um texto sobre receita interpretando oralmente e em seguida fizemos
pesquisa de receitas no laboratório para depois desenvolverem umas questões
escritas de ingredientes para fazer uma receita. Para auxiliar esse trabalho com
atividade extra classe os alunos entrevistaram suas famílias sobre algumas receitas
com participação exclusiva das mães que com maior interesse se disponibilizaram
auxiliando seus filhos na divulgação de receitas que conheciam. Com o retorno da
pesquisa começamos a colocar em prática essas receitas onde os alunos envolvidos
nesse projeto tiveram a oportunidade de executá-las na cozinha da escola e depois
participarem da degustação com todos os colegas, professora, direção e pedagoga.
Figura IV: Apresentação da unidade didática
Foto: Professora Sônia, 2013.
Figura V: Apresentação da unidade didática
Breakfast
Foto: Professora Sônia, 2013.
Figura VI: Apresentação da unidade didática
Foto: Professora Sônia, 2013
Se sentiram bastante entusiasmados e envolvidos na continuação desse
trabalho pesquisando com muito interesse e curiosidade em revistas, jornais e
internet diversas propagandas em seguida produziram em grupos vários cartazes
relacionados ao tema hábitos saudáveis.
Figura VII: Apresentação da unidade didática
Confecção de cartaz
Foto: Professora Sônia, 2013.
Encerraram essa unidade didática desenvolvendo um painel com
propagandas explorando a expressão visual e escrita com interação entre todos os
participantes do projeto.
O tema escolhido foi por observar a forma como que nosso alunado vem
mudando com muita velocidade os seus hábitos alimentares, sem pensar nas
consequências para sua própria saúde. Essa realidade é preocupante,
principalmente porque essa faixa etária é muito influenciável pela modernidade
inserida pela globalização onde a comercialização desses alimentos é facilmente
introduzida no mercado consumista através do uso exagerado do recurso visual
iludindo os menos esclarecidos provocando com isso consequências prejudiciais ao
próprio organismo.
No decorrer dessa prática, constatou-se portanto, que as atividades
propostas nesse projeto fizeram com que o aluno pudesse despertar mais para a
criticidade apelando também para a sensibilidade individual avaliativa de seus atos
promovendo um ambiente agradável durante a expressão verbal e escrita
contribuindo para inovar seu conhecimento fazendo uma reflexão mais aprofundada
de seus hábitos alimentares com consciência crítica motivado pela utilização dos
recursos propostos para essas atividades.
6. Considerações Finais
Ao encerrarmos o presente artigo, podemos concluir que o trabalho com
gênero foi uma alternativa satisfatória para o aluno e para o professor onde os
objetivos foram atingidos em sua totalidade apesar de que em algumas atividades
encontramos alguns obstáculos pelo desinteresse momentâneo, superados
rapidamente pela dinâmica de outras oportunidades mais atrativas. Penso que
contribuímos bastante para a motivação dos alunos, pois eles perceberam como é
fácil participar integralmente das aulas de língua inglesa com mais criatividade e
interesse com intuito de inovar contemplando a nova abordagem na aprendizagem
fazendo uso das novas metodologias de forma mais prazerosa e eficaz propiciando
um ensino mais dinâmico pela introdução do lúdico mediada pelo uso das novas
tecnologias, provocando uma movimentação acentuada em jogos de interesses
envolvendo um novo olhar no ensino de língua inglesa. Isso pode ser evidenciado
na atuação dos trabalhos em grupos e individuais onde pudemos contribuir
significativamente para uma aprendizagem inovadora possibilitando novas
estratégias de trabalho com gêneros de forma contextualizada utilizando o
laboratório para pesquisa e também com uso do data show com atividades
áudio/visual demonstrando mais confiança no desempenho destacando com isso a
importância de se trabalhar com material diversificado com conteúdos
contextualizados estaremos resgatando e valorizando o ensino de língua inglesa
com o recurso que dispomos no ambiente escolar .
7. Referências
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Modelos didáticos de gênero: uma abordagem para o ensino de língua estrangeira.
Londrina: UEL, 2007.