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UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Ciências Contábeis Francyelli Parini Larissa Isabella Cracco Marianna Yumi Belmiro Kamiyama Thiago Henrique da Silva A INFLUÊNCIA DA INCIDÊNCIA DO ICMS NAS VENDAS A PRAZO NO FLUXO DE CAIXA DA EMPRESA Newdrop Química Ltda. Lins SP LINS SP 2013

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Page 1: A INFLUÊNCIA DA INCIDÊNCIA DO ICMS NAS VENDAS A … · sem ela nada teria sentido. Obrigada Jesus por esta vida, e por ter me dado a ... mudanças no fluxo de caixa, mesmo que não

UNISALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Ciências Contábeis

Francyelli Parini

Larissa Isabella Cracco

Marianna Yumi Belmiro Kamiyama

Thiago Henrique da Silva

A INFLUÊNCIA DA INCIDÊNCIA DO ICMS NAS

VENDAS A PRAZO NO FLUXO DE CAIXA DA

EMPRESA

Newdrop Química Ltda.

Lins – SP

LINS – SP

2013

Page 2: A INFLUÊNCIA DA INCIDÊNCIA DO ICMS NAS VENDAS A … · sem ela nada teria sentido. Obrigada Jesus por esta vida, e por ter me dado a ... mudanças no fluxo de caixa, mesmo que não

FRANCYELLI PARINI

LARISSA ISABELLA CRACCO

MARIANNA YUMI BELMIRO KAMIYAMA

THIAGO HENRIQUE DA SILVA

A INFLUÊNCIA DA INCIDÊNCIA DO ICMS NAS VENDAS A PRAZO NO

FLUXO DE CAIXA DA EMPRESA

Trabalho de conclusão de curso

apresentado ao Centro Universitário

Católico Salesiano Auxilium, curso de

Ciências Contábeis, sob a orientação do

Professor Me. Ricardo Yoshio Horita e

orientação técnica da Profª Ma. Heloisa

Helena Rovery da Silva

LINS – SP

2013

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Parini, Francyelli; Cracco, Larissa Isabella; Kamiyama, Marianna Yumi Belmiro; Silva, Thiago Henrique da.

A influência da incidência do ICMS nas vendas a prazo no fluxo de caixa da empresa: Newdrop Química LTDA / Francyelli Parini; Larissa Isabella Cracco; Marianna Yumi Belmiro Kamiyama; Thiago Henrique da Silva. – – Lins, 2013.

84p. il. 31cm.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico

Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em

Ciências Contábeis, 2013.

Orientadores: Ricardo Yoshio Horita; Heloisa Helena Rovery da Silva

1.ICMS. 2. Substituição tributária. 3. IVA/MVA. 4. Fluxo de caixa. 5. Valor presente. I Título.

CDU 657

P258i

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FRANCYELLI PARINI

LARISSA ISABELLA CRACCO

MARIANNA YUMI BELMIRO KAMIYAMA

THIAGO HENRIQUE DA SILVA

A INFLUÊNCIA DA INCIDÊNCIA DO ICMS NAS VENDAS A PRAZO NO

FLUXO DE CAIXA DA EMPRESA

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,

para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.

Aprovado em: ____/____/____

Banca Examinadora:

Prof. Orientador: Ricardo Yoshio Horita

Titulação: Mestre em Ciência da Computação pela Universidade Federal de

São Carlos - UFSCAR

Assinatura: ____________________________________

1º Prof(a):_______________________________________________________

Titulação:_______________________________________________________

_______________________________________________________________

Assinatura: ____________________________________

2º Prof(a):_______________________________________________________

Titulação:_______________________________________________________

_______________________________________________________________

Assinatura: ____________________________________

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Primeiramente dedico este trabalho ao meu Senhor Salvador Jesus

Cristo, por ser responsável pela minha vida e por todos os acontecimentos que

nela ocorre, pois sei que toda sabedoria, todo entendimento, todo

conhecimento e tudo o que conquistei foi Ele quem me proporcionou. O Senhor

é tudo para mim, é dono de tudo que há em mim, minha vida esta toda

entregue em suas mãos, é minha força, minha confiança, toda Honra e Glória

concedidas a Ti meu Senhor.

“Teu, Senhor, é o poder, a grandeza, a honra, a vitória e a majestade;

porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu, Senhor, é o reino, e tu te

exaltaste por chefe sobre todos.” 1 Crônicas 29:11.

Aos meus Pais, por tudo que me proporcionaram na vida, mostrando os

valores importantes fazendo com que eu sempre lutasse para realizar os meus

sonhos, estando constantemente ao meu lado. Agradeço a Deus por ter vocês

em minha vida.

A minha irmã minha ajudadora, companheira, amiga, tudo para mim,

sem ela nada teria sentido. Obrigada Jesus por esta vida, e por ter me dado a

melhor irmã que alguém poderia ter.

Ao meu grupo de TCC, pelo companheirismo, união e dedicação na

realização e concretização dessa importante etapa de nossas vidas, que não

seria possível sem a participação de cada um de vocês.

Francyelli Parini

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Dedico primeiramente a Deus, por tudo que proporciona em minha vida,

pelo qual foi o principal responsável pela concretização deste trabalho, dando-

me saúde, perseverança e ânimo, fatores sem os quais não seria possível a

realização do mesmo.

Em especial a minha mãe Fatima, pela dedicação, exemplo, conselhos e

apoio. Obrigada por nunca medir esforços em me ajudar, obrigada, pois

mesmo em momentos difíceis, você encontra forças para me animar e

fortalecer. Mãe você é meu exemplo de superação e coragem, é meu exemplo

de vida. Meu amor por você é enorme.

A meu pai, que também amo muito, pois sempre me ensinou a “correr”

atrás dos meus sonhos, desde que sejam conforme a vontade de Deus.

Agradeço pela educação dada, por todos os ensinamentos e pelo apoio de

sempre. Muitíssimo obrigada!

E ao meu grupo de TCC (Fran, Mari e Thiago), onde além de juntos

crescermos profissionalmente, formou-se um forte laço de amizade. Dedico

este trabalho a vocês, mais do que merecidamente, pois este só foi possível

graças ao empenho de cada um. Muito obrigada pelo companheirismo e

saibam que cada um de vocês tem um lugarzinho no meu coração para

sempre!

Larissa Isabella Cracco

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Dedico este trabalho primeiramente a Deus, por sempre iluminar meu

caminho, a quem devo minha existência, adoração e gratidão, pois sem ele eu

nada seria, por ter me guiado para que chegasse até aqui, e por todas as

graças recebidas que me levaram a conclusão deste tão esperado momento.

Aos meus pais e meu irmão, que sempre acreditaram em mim, que são

minha base e inspiração para tudo, me ajudaram, me deram muito apoio e

incentivo nos momentos mais difíceis, pois sem eles nada teria sentido e nada

seria possível.

Ao meu namorado por sempre estar ao meu lado, me incentivando,

apoiando e nunca medindo esforços para me ajudar.

Aos meus familiares que sempre contribuíram, me apoiaram e ajudaram

direta ou indiretamente.

Aos meus colegas de sala em especial: Fran, Larissa e Thiago, por me

ajudarem e apoiarem, sem eles a conclusão deste jamais seria possível, nunca

me esquecerei de vocês.

Dedico a todos vocês que participaram desta minha etapa, que

contribuíram e me fizeram crescer pessoalmente e profissionalmente, sem

vocês não chegaria até aqui. Muito obrigada é pouco, mas é um obrigada de

coração e emoção!

Marianna Yumi Belmiro Kamiyama

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A minha mãe, que sempre esteve ao meu lado em todos os desafios e

obstáculos superados.

As minhas companheiras do TCC (Larissa, Fran e Japonesa), que se

tornaram muito mais que amigas e me aguentaram durante todo esse tempo,

mostrando um verdadeiro sentimento de trabalho em equipe, amizade e

superação de desafios.

A Aparecida de Fátima, que considero minha segunda mãe e por tantas

ocasiões me ajudou com palavras de carinho e afeto além de sempre ter

colaborado com o grupo cedendo seu lar com uma grande boa vontade e

carinho.

Thiago Henrique da Silva

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AGRADECIMENTOS

A DEUS:

Agradecemos primeiramente a Deus, pois pela vontade Dele,

conseguimos concluir esta fase em nossas vidas. Durante os momentos de

dúvidas e desafios, nosso Senhor nos deu paz e perseverança para prosseguir,

muitas bênçãos foram colocadas em nosso caminho pelo Pai Celestial. Que

também nos mostrou que confiando Nele, somos capazes de superar qualquer

desafio diante de nossos olhos. Que possamos usar este sentimento, para

cumprir o propósito de Deus em nossas vidas.

“Deus é a minha fortaleza e a minha força e ele perfeitamente desembaraça o

meu caminho”. 2 Samuel 22:33.

AO PROFESSOR RICARDO YOSHIO HORITA:

Agradecemos ao nosso orientador Ricardo Horita, pela dedicação nesta

linda vocação de ensinar, através do senhor, aprendemos a valorizar o

conhecimento e compreender na prática o que são dedicação e esmero nas

coisas que fazemos. Sempre esteve pronto para nos atender e colaborar com a

construção do nosso conhecimento. Agradecemos por ter nos orientado para

que chegássemos à conclusão do nosso trabalho. Oramos para que o senhor

tenha sempre muita saúde e felicidade.

“Se deres um peixe a um homem faminto, vais alimentá-lo por um dia. Se o

ensinares a pescar, vais alimentá-lo toda a vida.” Lao-Tsé.

À PROFESSORA HELOISA HELENA ROVERY DA SILVA:

Agradecemos a Heloisa, pela paciência que teve conosco durante todo

este percurso de desenvolvimento do trabalho, pela total prontidão em ajudar e

transmitir todo o conhecimento e a especial atenção que tem com todos os

alunos. Agradecemos por ter nos orientado na conclusão deste trabalho.

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AOS PROFESSORES ANDRÉ RICARDO PONCE DOS SANTOS E

RICARDO GONÇALVES DOS SANTOS:

Agradecemos pela colaboração no desenvolvimento de nosso trabalho,

por ter nos concedidos seus conhecimentos, proporcionando e transmitindo

soluções no decorrer desta complexa etapa.

À EMPRESA NEWDROP QUÍMICA LTDA:

Agradecemos pela atenção e oportunidade que nos foi concedida,

fatores estes, que foram preponderantes para o desenvolvimento deste

trabalho.

Francyelli, Larissa, Marianna e Thiago

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RESUMO

Ao ter em vista a complexidade do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação, foi desenvolvida uma análise comparativa do mesmo em relação à Substituição Tributária (ST) e o índice do valor agregado (IVA/MVA), que interferirá no fluxo de caixa da empresa. O referido imposto pode ser com ou sem ST, a Substituição Tributária, que é o regime no qual a responsabilidade pelo pagamento do ICMS, em relação as operações ou prestações de serviços, é conferida a outro contribuinte. Uma das particularidades deste imposto é o fato de cada estado possuir regulamento próprio. Desta forma, as alíquotas variam de acordo com as operações intra ou interestaduais e conforme os protocolos e convênios. A pesquisa realizada demonstra a importância de ter uma projeção bem estruturada, com o estudo de preços de vendas à vista e a prazo (ao se levar em conta o valor presente), e seu impacto no fluxo de caixa, para se ter maior clareza da real situação empresarial, tomada de decisões mais conscientes e diminuição de possíveis prejuízos. Portanto, para se atingir o objetivo deste trabalho foi realizada uma pesquisa de campo, apresentados gráficos explicativos, tabelas de análises de vendas e fluxo de caixa, cálculos de valor presente, impostos, receitas operacionais e demais operações necessárias para simulações de vendas e, assim, buscou-se explicitar o fato de que as mudanças no fluxo de caixa, mesmo que não alterem diretamente o resultado empresarial, interferem diretamente na saúde da empresa. Palavras-chave: ICMS. Substituição tributária. IVA/MVA. Fluxo de caixa. Valor Presente.

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ABSTRACT

When considering the complexity of the Tax on Circulation of Goods and Services on interstate and intercity transportation and communication, a comparative analysis was developed with this tax in relation to the Replacement Tax (RT) and the value added tax (VAT), which interferes in the cash flow of the company. The referred tax can be with or without the RT - Replacement Tax - which is the regime where the liability to pay of tax, in relation to transactions or services, is given to another taxpayer. One of the particularities of this tax is that each state has its own regulations. So, the rates vary according to the intra or interstate and protocols and agreements. The research demonstrates the importance of having a well-structured projection, with the study of prices of cash and forward sales (as the present value is taken into account), and its impact on cash flow, to clarify the real business situation, more conscious decision-taking and decrease possible losses . Therefore, to achieve the objective of this work, a field research was conducted, presenting also explanatory graphs, tables, analysis of sales and cash flow, present value calculations, taxes, operating income and other necessary operations to sales simulations and, thus, explain the fact that changes in cash flow, even not directly changing the business result, they directly affect the health of the company.

Keywords: Tax. Replacement Tax. VAT. Cash flow. Present value.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Foto da indústria Newdrop Química Ltda...................................... 20

Figura 2: Planta da indústria Newdrop Química Ltda.................................. 21

Figura 3: Fotos dos setores da indústria.................................................... 21

Figura 4: Logotipo da indústria Newdrop Química Ltda............................... 22

Figura 5: Linhas de produtos da indústria Newdrop Química Ltda............ 24

Figura 6: Fluxograma do programa pós-consumo........................................ 27

Figura 7: Fotos do tratamento de água......................................................... 28

Figura 8: Organograma funcional da empresa.............................................. 29

Figura 9: Certificado de filiação com a Abralimp........................................... 30

Figura 10: Certificado ISO 9001.................................................................... 31

Figura 11: Certificado de destaque ambiental............................................... 31

Figura 12: Hierarquia das Normas.................................................................

Figura 13: Gráfico do fluxo de caixa e valor presente...................................

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Exemplo de diferencial de alíquotas............................................. 45

Quadro 2: Simulação de venda com substituição tributária........................... 56

Quadro 3: Cálculo ICMS – próprio.................................................................

Quadro 4: Cálculo ICMS – ST.......................................................................

Quadro 5: Cálculo do valor final de venda.....................................................

Quadro 6: Valor da nota da venda com ST...................................................

Quadro 7: DRE da venda com ST.................................................................

Quadro 8: Simulação de venda sem substituição tributária...........................

Quadro 9: Cálculo ICMS – próprio.................................................................

Quadro 10: Cálculo IPI...................................................................................

Quadro 11: Cálculo do valor final de venda...................................................

Quadro 12: Valor da nota da venda sem ST.................................................

Quadro 13: DRE da venda sem ST...............................................................

Quadro 14: Informações de venda................................................................

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Quadro 15: Fluxo de caixa e valor presente..................................................

Quadro 16: Valor presente.............................................................................

Quadro 17: Informações de venda................................................................

Quadro 18: Fluxo de caixa e valor presente..................................................

Quadro 19: VPL em função da taxa de juros mensais..................................

Quadro 20: Cálculo do valor da parcela........................................................

Quadro 21: Cálculo do valor da parcela........................................................

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABRALIMP - Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional

ALQ – Alíquota

ART – Artigo

BC – Base de Cálculo

CAT – Contencioso AdministrativoTributário

CF – Constituição Federal

CFOP – Código Fiscal de Operações e Prestações

CNAE – Classificação Nacional de Atividades Econômicas

COFINS – Contribuição para Financiamento da Seguridade Social

CONFAZ – Conselho Nacional de Política Fazendária

CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis

CPMF – Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira

CPP – Código de Processo Penal

CSLL – Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido

CTN – Código Tributário Nacional

DOU – Diário Oficial da União

EPP – Empresa de Pequeno Porte

IA – Imposto Antecipado

IC – Imposto cobrado na operação anterior

ICM – Imposto sobre Circulação de Mercadoria

ICMS – Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e

sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de

Comunicação

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ICMS-ST – Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e

sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de

Comunicação com Substituição Tributária

INSS - Contribuição para a Seguridade Social

IPI – Imposto Sobre Produtos Industrializados

IR – Imposto de Renda

IRPF – Imposto de Renda Pessoa Física

IRPJ – Imposto de Renda Pessoa Jurídica

IRRF – Imposto de Renda Retido na Fonte

ISS – Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza

i – Taxa

ISO – Organização Internacional de Normalização

IVA – Índice do valor agregado

ME – Microempresa

MVA – Margem do valor agregado

n – Período de Tempo ou Número de Parcelas Iguais

NCM – Nomenclatura Comum do Mercosul

P – Valor Presente

PIS – Programa de Integração Social

RICMS/SP – Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação

de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e

Intermunicipal e de Comunicação do Estado de São Paulo

RIR – Regulamento do Imposto de Renda

ROB – Resultado Operacional Bruto

S – Valor Futuro

SH – Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias

ST – Substituição Tributária

UF – Unidade de Federação

VA – Valor Acrescido

VP – Valor Presente

VPL – Valor Presente Líquido

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.....................................................................................................

CAPÍTULO I – NEWDROP QUÍMICA LTDA.......................................................

1 DESCRIÇÃO DA EMPRESA.................................................................

1.1 História da empresa...............................................................................

1.2 Estrutura.................................................................................................

1.3 Logotipo..................................................................................................

1.4 Área de atuação.....................................................................................

1.5 Linhas de produtos.................................................................................

1.6 Política....................................................................................................

1.7 Missão....................................................................................................

1.8 Visão.......................................................................................................

1.9 Principais fornecedores..........................................................................

1.10 Principais clientes...................................................................................

1.11 Concorrentes..........................................................................................

1.12 Distribuidores..........................................................................................

1.13 Sustentabilidade.....................................................................................

1.14 Organograma.........................................................................................

1.15 Regime tributário....................................................................................

1.16 Associação e certificados.......................................................................

CAPÍTULO II – OPERAÇÕES RELATIVAS AO ICMS E SUAS

APLICAÇÕES.....................................................................................................

2 ANÁLISE DO ICMS, SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA, IVA/MVA E O

FLUXO DE CAIXA..................................................................................

2.1 Direito tributário......................................................................................

2.1.1 Hierarquia das normas...........................................................................

2.1.2 Princípios constitucionais tributários.....................................................

2.1.2.1 Princípio da legalidade...........................................................................

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2.1.2.2 Princípio da anterioridade da lei ou anualidade.....................................

2.1.2.3 Princípio da igualdade ou isonomia........................................................

2.1.2.4 Princípio da irretroatividade da lei..........................................................

2.1.2.5 Princípio da capacidade contributiva......................................................

2.2 Regimes tributários federais..................................................................

2.2.1 Simples Nacional....................................................................................

2.2.2 Lucro Presumido....................................................................................

2.2.3 Lucro Real..............................................................................................

2.2.4 Lucro Arbitrado.......................................................................................

2.3 Tributos...................................................................................................

2.3.1 Planejamento tributário...........................................................................

2.3.2 Classificação..........................................................................................

2.3.3 Obrigação tributária................................................................................

2.4 Impostos.................................................................................................

2.4.1 Cumulatividade e não cumulatividade....................................................

2.5 ICMS – Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de

Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte

Interestadual e Intermunicipal e de

Comunicação..........................................................................................

2.5.1 Base de cálculo......................................................................................

2.5.2 Alíquota..................................................................................................

2.5.2.1 Diferencial de alíquotas..........................................................................

2.5.3 Protocolos ...........................................................................................

2.5.4 Convênios...............................................................................................

2.6 Substituição tributária.............................................................................

2.6.1 Espécie de substituição..........................................................................

2.6.2 Sujeitos da obrigação tributária..............................................................

2.6.2.1 Sujeito ativo da obrigação tributária......................................................

2.6.2.2 Sujeito passivo da obrigação tributária..................................................

2.6.2.2.1 Contribuinte.........................................................................................

2.6.2.2.2 Responsável.......................................................................................

2.7 IVA/MVA – Índice/Margem do valor agregado.......................................

2.8 Fluxo de caixa........................................................................................

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2.9 IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados........................................

2.10 Valor presente........................................................................................

2.11 NCM - Nomenclatura Comum do Mercosul............................................

2.12 CFOP - Código Fiscal de Operações e Prestações...............................

CAPÍTULO III – O EFEITO DO ICMS NAS VENDAS DE MERCADORIAS

CONSIDERANDO A INFLUÊNCIA DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA NO

FLUXO DE CAIXA DA EMPRESA.....................................................................

3 INTRODUÇÃO.......................................................................................

3.1 Simulação de vendas com substituição tributária..................................

3.2 Simulação de vendas sem substituição tributária..................................

3.3 Análises comparativas das simulações de vendas................................

3.4 Simulação de fluxo de caixa e valor presente........................................

3.4.1 Venda dentro do Estado de São Paulo com substituição tributária.......

3.4.2 Venda para uma empresa localizada no Estado do Ceará, sem

substituição tributária..............................................................................

3.5 Determinação do valor de venda a prazo...............................................

3.5.1 Venda dentro do Estado de São Paulo, com ST....................................

3.5.2 Venda fora do Estado de São Paulo, sem ST........................................

3.6 Parecer Final..........................................................................................

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO.......................................................................

CONCLUSÃO.....................................................................................................

REFERÊNCIAS...................................................................................................

APÊNDICES.......................................................................................................

ANEXOS............................................................................................................

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INTRODUÇÃO

Através do planejamento tributário, podem-se obter vantagens, que

interfiram direta ou indiretamente no resultado da empresa, o que possibilita a

melhora no poder de negociação dos gestores nas vendas.

O ICMS é um imposto que incide sobre a circulação de mercadorias,

serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, em que

as alíquotas são estabelecidas de acordo com a legislação de cada estado.

Sabe-se da importância que o ICMS tem para as empresas. Entende-se

a importância de estudar o efeito da substituição tributária (ST), que ocorre

quando a responsabilidade pela retenção e pelo recolhimento do imposto é

atribuída a terceiro envolvido na operação ou prestação, do fato gerador do

tributo.

Neste contexto, foi realizado um estudo de caso na empresa Newdrop

Química Ltda., com o objetivo inicial de avaliar o efeito do ICMS, ao se levar

em conta a ST e o IVA/MVA. Para tanto, foi elaborada uma análise comparativa

das vendas de mercadorias efetuadas para clientes de dentro e fora do Estado

de São Paulo e seu possível efeito no fluxo de caixa. Foi avaliado também, o

valor presente líquido do fluxo de caixa gerado por uma venda e seu impacto

ocasionado pelo efeito da substituição tributária e, desta forma, contribuir para

melhor gestão das vendas a prazo.

Diante da pesquisa exploratória, surgiu a seguinte pergunta problema: O

ICMS, ao se levar em conta a substituição tributária e o IVA/MVA, nas

operações de venda de mercadorias dentro e fora do Estado de São Paulo,

pode influenciar no fluxo de caixa da empresa e em seu resultado?

Com o pressuposto de que o ICMS tem muitas particularidades, como o

fato de cada estado possuir regulamento próprio, ao considerar a substituição

tributária e o IVA/MVA nas vendas de mercadorias, além da variabilidade de

alíquotas, estes fatores influenciarão diretamente no fluxo de caixa da empresa

e no seu resultado, devido à necessidade de antecipação do pagamento deste

tributo decorrente de operações futuras.

Os métodos e as técnicas utilizadas no desenvolvimento da pesquisa

campo estão descritos no Capítulo III.

O presente trabalho encontra-se estruturado em três capítulos:

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Capítulo I: apresenta a Newdrop Química LTDA, sua composição, sua

origem e evolução e sua estrutura organizacional.

Capítulo II: expõe os conceitos e definições do ICMS, Substituição

Tributária, IVA/MVA e todo embasamento teórico e técnico utilizado no

desenvolvimento deste trabalho.

Capítulo III: descreve o estudo de caso, realizado na empresa,

juntamente com a teoria e prática desenvolvida para se chegar ao resultado.

Para finalizar, apresentam-se a proposta de intervenção e a conclusão.

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CAPÍTULO I

NEWDROP QUÍMICA LTDA

1 DESCRIÇÃO DA EMPRESA

1.1 História da empresa

Em 02 de fevereiro de 1978, a Bracol Higienização Industrial iniciou o seu

processo de industrialização para substituir mercadorias que eram utilizadas na

higienização do Grupo Bertin. Nesta época, a empresa possuía um grupo de

quatro funcionários e o único equipamento que havia era um reator de 2.000

litros. Até o final de 2001, os produtos já estavam consolidados, testados,

aprovados e registrados junto aos órgãos federais, que controlam as linhas para

higienização de indústrias e de alimentos.

As vendas para terceiros começaram em 2002, com o intuito de testar a

aceitação dos produtos e, em 2004, iniciou-se a produção de alguns itens para

curtumes.

Em 2005, a fábrica de sabão do Grupo Bertin já não tinha mais espaço

para sua progressão, quando foi proposto ao conselho de acionistas o

desenvolvimento de uma indústria própria, transferindo-se para as disposições

da antiga Bracol, a qual iniciou as reformas necessárias para a implantação em

2006, com o término em 1º de maio de 2007 e, finalmente, instalando-se na

Rua Bauru, 964, no bairro São Benedito, com equipamentos de última geração

e um controle de qualidade rígido dentro das normas internacionais.

No ano de 2008, a razão social por motivos estratégicos, foi transformada

em Newdrop Química Ltda. Desde então, obteve crescimento constante e hoje

fornece produtos para mais de 550 clientes, com um portfólio que chega a 200

produtos registrados ou notificados. Além disso, conta com 95 colaboradores

diretos e 400 indiretos e com a certificação da Organização Internacional de

Normalização (ISO 9001), em 2013.

Desta forma, a Newdrop - sistemas de higienização, há 15 anos atua no

mercado nacional com uma abrangente linha de produtos aprovados pelos

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ministérios da saúde e da agricultura, direcionados para a sanitização e

higienização de ambientes. Esses produtos se apresentam como soluções

eficazes para a limpeza nos mais diversos segmentos.

Figura 1: Foto da indústria Newdrop Química Ltda.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2013.

1.2 Estrutura

A planta da indústria foi instalada em um terreno com uma área de

19.888,54,00 m², situado na Rua Bauru, 964, bairro São Benedito, em Lins,

interior de São Paulo. Esta é dividida em 12 (doze) campos, entre eles, portaria

(37,57 m²), administração (200,00 m²), estacionamento (47,36 m²), expedição

(1.414,90 m²), departamento químico, onde são realizadas todas as análises

dos produtos, com 119,80 m², departamento de embalagens (578,20 m²),

refeitório (340,80 m²), indústria, a qual possui uma capacidade de produção de

até 100 toneladas de sua linha, com 3.667,60 m², casa de máquinas (29,40

m²), casa de força (36,42 m²), caçamba de lixo (133,38 m²) e guarita (6,35 m²),

totalizando em 6.611,78 m².

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Figura 2: Planta da indústria Newdrop Química Ltda.

Fonte: Newdrop Química Ltda., 2008.

Para promover produtos inigualáveis no mercado, a Newdrop Química

Ltda. possui uma estrutura diferenciada com relação à produção de cada um

de seus itens, que consiste em: almoxarifado químico, área de separação e

pesagem, dry mix (área para fabricação de produtos em pó), área restrita,

plataforma líquidos, envase, armazenagem produtos acabados, laboratório,

armazenagem a granel e expedição.

Figura 3: Fotos dos setores da indústria.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2013.

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1.3 Logotipo

Figura 4: Logotipo da indústria Newdrop Química Ltda.

Fonte: Newdrop Química Ltda., 2008.

1.4 Área de atuação

A Newdrop apresenta soluções sob medida para as necessidades de seu

público alvo, sem causar impacto ambiental, colaborando com a

sustentabilidade do planeta, com produtos certificados pelo ministério da saúde

e da agricultura e atua nos consecutivos segmentos:

a) alimento e bebidas: agronegócios, indústria de bebidas, laticínios,

propriedades rurais e extração de leite;

b) água: caldeira, torres de resfriamento, sistemas de água gelada e

água quente, microbicidas, tratamento reverso (osmose) e limpeza

química;

c) casa: canil, grelhas, churrasqueira, vidros, limpeza geral, pisos,

pedras e pós-obras.

d) cozinhas Industriais: refeitórios e cozinhas;

e) edifícios e comércios: condomínios, escolas e faculdades;

f) hospitais: clínicas e hospitais;

g) hotéis: hotéis e pousadas;

h) indústria: petroquímica e metal mecânica;

i) lavanderias: limpeza líquida ou pó;

j) limpeza Automotiva: exterior e interior e;

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k) varejo: food service, shoppings centers, supermercados e pequenos

varejos.

1.5 Linhas de produtos

A Newdrop produz especialidades químicas para higiene e limpeza e traz

ao mercado brasileiro um pacote de soluções para a higienização diária,

divididas nas seguintes linhas:

a) linha clean - produtos específicos para higiene e limpeza de cozinhas

e manipulação de alimentos;

b) linha flash - limpeza rápida e eficaz direto ao ponto para todas as

sujidades;

c) linha industrial - limpeza total de toda a área industrial na sua

totalidade;

d) linha hc - linha especifica para necessidades hospitalares;

e) linha mega - desinfetantes;

f) linha maxi - linha completa de produtos para lavagem mecânica de

roupas;

g) linha plus - linha de produtos para higiene pessoal do ambiente de

trabalho e demais áreas;

h) linha veterinária - higiene animal profissional;

i) linha wax - linha de removedores, ceras e selantes específicos para

tratamento de pisos e superfície; e

j) linha kasa limpa- linha de produtos para a limpeza diária da casa e

pós-obras.

A empresa se preocupa em ter seus produtos sempre atualizados para

solucionar as necessidades existentes; concentrados para obter alto

rendimento; biodegradáveis para ser ecologicamente corretos; dosados

automaticamente para um baixo custo operacional e seguros, em conformidade

com a legislação vigente.

Devido ao alto nível de tecnologia utilizada no processo de fabricação,

seus produtos possuem excelente desempenho, com resultados positivos

garantidos.

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Figura 5: Linhas de produtos da indústria Newdrop Química Ltda.

Fonte: Adaptado de Newdrop Química Ltda., 2013.

1.6 Política

A Newdrop busca a melhoria contínua de seus processos a fim de:

a) garantir o padrão de qualidade de seus produtos e serviços;

b) fornecer a seus clientes produtos e sistemas de higienização e

manutenção que garantam assepsia e preservação a custos

competitivos;

c) promover o crescimento profissional de todos os colaboradores da

empresa;

d) preservar o meio ambiente, promover a integração com as

comunidades nas quais atua e;

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e) propiciar lucratividade justa a seus acionistas.

1.7 Missão

Prover sistemas de higienização e manutenção capazes de assegurar

aos seus clientes assepsia de equipamentos e ambientes, contribuindo assim

para a saúde do ser humano e preservação ambiental.

1.8 Visão

Ser a maior e mais rentável empresa de capital brasileiro no segmento de

produtos e serviços de higienização e preservação.

1.9 Principais fornecedores

a) PlastRc Indústria e Comércio de Embalagens Plásticas Ltda.

b) Base Química Produtos Químicos Ltda.

c) Tanquímica Indústria e Comércio Ltda.

d) Brenntag Química Brasil Ltda.

e) MakeniChemicals Comércio e Indústria de Produtos Químicos Ltda.

f) Arc Sul Distribuidora de Matérias Primas Ltda.

1.10 Principais clientes

a) Big Frango – Ribeirão Preto/ São Paulo

b) Frigorifico Frigon – Jaru/ Rondônia

c) JBS S/A – São Paulo Capital

1.11 Concorrentes

Dentre os concorrentes, os principais são:

a) Diversey – São Paulo Capital

b) Ecolab – Barueri/ São Paulo

c) Nippon Chemical – Indaiatuba/ São Paulo

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d) Tecpon – Cachoeirinha / Rio Grande do Sul

1.12 Distribuidores

Para um fácil acesso às linhas Newdrop, a empresa possui uma fonte de

distribuição em cada estado do país, sendo:

Acre (interior), Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito

Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,

Minas Gerais, Pará, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio

Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São

Paulo (capital e interior), Sergipe e Tocantins.

1.13 Sustentabilidade

A Newdrop Química Ltda., por ser uma empresa baseada na

responsabilidade sócio - ambiental, possui dois projetos de sustentabilidade

eficazes, que colaboram com o meio ambiente. A empresa elaborou o programa

pós-consumo, uma maneira de retorno de embalagem, além disto, possui em

sua própria área, um sistema de tratamento de água.

O projeto pós-consumo tem como premissa a responsabilidade

compartilhada, na qual o poder público é incumbido pela coleta seletiva e

conscientização dos consumidores, cabe-se à Newdrop a divulgação de tal

projeto, bem como a busca de formas de acomodação das embalagens de

baixo risco, com a intenção de incentivar o consumidor a separar de maneira

correta seus resíduos, para que a coleta seja realizada. O descarte correto de

embalagens contribui diretamente para a redução dos lixões e expansão de

processos sustentáveis, além de gerar renda para inúmeros trabalhadores que

atuam hoje em cooperativas.

Considerando todas as etapas da logística reversa de embalagens vazias

do mercado institucional, foram desenvolvidas ferramentas capazes de interagir

simultaneamente com os distribuidores e clientes, que executam o rastreamento

das embalagens e direcionando-as para unidades recicladoras.

Este projeto contempla as questões ambientais, de responsabilidade

compartilhada e inclusão social, pontos considerados essenciais para as

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indústrias de produtos de limpeza.

Figura 6: Fluxograma do programa pós-consumo.

Fonte: Adaptado de Newdrop Química Ltda., 2013.

A empresa desenvolve o seu próprio tratamento de água. Desta forma,

colabora com o meio ambiente, reduz as despesas, aperfeiçoa o seu resultado

final e maximiza sua política ambiental.

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Figura 7: Fotos do tratamento de água.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2013.

1.14 Organograma

O organograma é um gráfico que representa a estrutura formal de uma

organização. Assim, a Newdrop apresenta um organograma bem delimitado,

que demonstra claramente a hierarquia da mesma. Sendo assim, no topo,

encontra-se o conselho de acionistas, os quais participam da gestão da

sociedade. Logo abaixo, está à diretoria operacional e, em seguida, a gerência

dos setores da empresa, com seus respectivos responsáveis, como: a gerência

nacional de vendas, gerência de desenvolvimento, gerência de controladoria e a

gerência de produção. Cada setor possui sua subdivisão, assim, abaixo da

gerência nacional de vendas encontra-se a coordenação de vendas,

supervisores de vendas, representantes e vendedores e administrativo de

vendas, suporte técnico de produtos e suporte técnico de equipamentos.

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Já o setor de desenvolvimento divide-se em laboratório e controle de

qualidade, enquanto que a controladoria possui como departamentos, a

contabilidade e financeiro, faturamento, almoxarifado, controle patrimonial,

P.C.P, compras, recursos humanos, informática e logística. Por fim, logo após a

gerência de produção está a segurança do trabalho, segurança patrimonial,

manutenção, produção de pó e seu envase e rotulagem, produção de líquidos,

envase e rotulagem de líquidos, e expedição.

Figura 8: Organograma funcional da empresa.

Fonte: Newdrop Química Ltda., 2013.

1.15 Regime tributário

Ao ser elaborado um estudo através do planejamento tributário, a fim de

visar a uma adequada opção do regime tributário para a empresa, a Newdrop

chegou à conclusão de que a melhor escolha a ser tomada é a do lucro real,

para resultados significativos na redução de sua carga tributária.

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1.16 Associação e certificados

Na Newdrop, a preocupação com a qualidade começa com a seleção da

matéria-prima e se estende por todo o processo produtivo. Toda a gestão de

negócios acompanha o conceito de gerenciamento pela qualidade total, por

intermédio de estratégias e diretrizes que são seguidas, a fim de agregar

valores à cadeia de produção.

Além de investimentos em tecnologia e recursos humanos, a empresa

investe também em ações em prol do meio ambiente. São ações que visam à

sustentabilidade do planeta, garantindo a renovação ou preservação de

recursos naturais. Assim, a empresa coopera na qualidade de vida para as

próximas gerações.

A Newdrop é associada à Associação Brasileira do Mercado de Limpeza

Profissional (Abralimp), entidade civil, sem fins lucrativos e de âmbito nacional,

que integra, capacita, promove e desenvolve toda a cadeia de valor do mercado

de limpeza profissional, além de possuir o certificado da Organização

Internacional de Normalização (ISO 9001), o qual assegura o sistema de gestão

de qualidade e proporciona uma maior credibilidade. A empresa também foi

certificada como destaque ambiental, que mostra o comprometimento com a

qualidade de vida e com a integridade do meio ambiente.

Figura 9: Certificado de filiação com a Abralimp.

Fonte: Newdrop Química Ltda., 2006.

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Figura 10: Certificado ISO 9001.

Fonte: Newdrop Química Ltda., 2013.

Figura 11: Certificado de destaque ambiental.

Fonte: Newdrop Química Ltda., 2010.

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CAPÍTULO II

OPERAÇÕES RELATIVAS AO ICMS E SUAS APLICAÇÕES

2 ANÁLISE DO ICMS, SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA, IVA/MVA E O

FLUXO DE CAIXA

2.1 Direito tributário

O direito tributário engloba o conjunto de normas jurídicas que controlam

a ação estatal de exigir tributos. É importante ao tributarista verificar se o tributo

é devido ou não, quando, a quem e como. Desta forma, as relações jurídicas

são criadas e disciplinadas entre o Estado, na sua qualidade de fisco dos

contribuintes. (ICHIHARA, 2006).

O direito tributário pode ser definido como o conjunto de princípios e

normas jurídicas que conduz as relações jurídicas entre o Estado e o particular,

referentes à instituição e arrecadação dos tributos. (FABRETTI, 2005).

Segundo Nogueira (1999), o direito tributário resulta da imposição,

arrecadação e fiscalização dos impostos, taxas e contribuições.

2.1.1 Hierarquia das normas

O sistema jurídico é composto por um grupo de normas em que as

partes se harmonizam com o todo e o todo comas partes, formando um

conjunto único e harmônico, que compõem o ordenamento jurídico. Estas

normas não possuem entre si uma mesma hierarquia, mas são formadas por

degraus hierarquizados. (ICHIHARA, 2006).

Para compreender o referido processo, Hans Kelsen idealizou a

construção de uma pirâmide jurídica, conforme a figura a seguir, demonstrando

que as normas são hierarquizadas e que o fundamento de validade consiste

em que a inferior extrai a sua validade na superior. Assim, a regra básica

consiste em que toda norma que contrariar ou não se fundamentar em uma

norma hierarquicamente superior, a norma inferior é sempre

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inválida (ICHIHARA, 2006):

Figura 12: Hierarquia das Normas.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2013.

2.1.2 Princípios constitucionais tributários

2.1.2.1 Princípio da legalidade

O princípio da legalidade está bem definido, conforme o art. 5. ll da

Constituição Federal, o qual afirma que nenhum contribuinte é obrigado a fazer

ou deixar de fazer algo, sem embasamento em lei. (BRASIL, 1988).

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2.1.2.2 Princípio da anterioridade da lei ou anualidade

O princípio da anterioridade da lei é inerente ao direito tributário. Ele

institui a exigência da divulgação da lei antes do início do exercício financeiro,

no qual se vai atuar a cobrança do tributo. (MACHADO, 2008).

2.1.2.3 Princípio da igualdade ou isonomia

O princípio da isonomia tem o objetivo de dar tratamento uniforme aos

contribuintes que se encontram em condições iguais e tratamento diferenciado

aos de situação distinta, de acordo com a diferença apresentada. Um exemplo

destacado é de que todos devem pagar imposto de renda. Contudo, aqueles

que ganham mais, pagam mais. À vista disso, a tabela do IRRF é progressiva.

(SANTOS; MEIRELLES, 2013).

2.1.2.4 Princípio da irretroatividade da lei

De acordo com o artigo III, “a” da Constituição Federal, o princípio da

irretroatividade da lei afirma que é vedada a cobrança de tributos a fatos

ocorridos anteriormente à vigência da lei que os houver instituído ou

aumentado, ou seja, a lei tributária não retroage, ela é realizada, objetivando o

futuro. (BRASIL, 1988).

2.1.2.5 Princípio da capacidade contributiva

Conforme o art. 145, § 1°, da Constituição Federal, o princípio da

capacidade contributiva dispõe que a lei deverá obter critérios de acordo com a

lucratividade de cada contribuinte, ou seja, quanto maior a lucratividade maior o

tributo devido. (BRASIL, 1988).

2.2 Regimes tributários federais

Optar apropriadamente por um regime de tributação poderá resultar em

diversas consequências ao contribuinte, destacando-se a redução da carga

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tributária durante o ano calendário da opção. Sendo assim, torna-se essencial

a análise de todos os aspectos significativos a cada sistema tributário, para que

o contribuinte adote a forma de tributação que lhe seja mais favorável,

destacando-se os seguintes regimes tributários: simples nacional, lucro

presumido, lucro real e lucro arbitrado. (VELANI JUNIOR, 2011).

2.2.1 Simples Nacional

O simples nacional foi instituído pela lei complementar n°123, de 14 de

dezembro de 2006, com o intuito de estabelecer normas gerais relativas ao

tratamento diferenciado e favorecido, destinados às microempresas (ME) e

empresas de pequeno porte (EPP). O seu principal objetivo é unificar a

arrecadação dos tributos e contribuições devidos pelas empresas brasileiras,

que nele se enquadram a âmbito municipal, estadual e federal. (SEBRAE,

2013a).

Conforme a lei complementar n°123/2006, em seu art. 3°, consideram-se

microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP), desde que:

I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-

calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00

(trezentos e sessenta mil reais); e II - no caso da empresa

de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita

bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil

reais) e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e

seiscentos mil reais). (BRASIL, 2006).

De acordo com a cartilha do simples nacional (2012), este não é um

tributo ou um sistema tributário, mas uma forma de arrecadação unificada dos

seguintes tributos e contribuições:

Tributos da competência federal:

a) imposto sobre a renda da pessoa jurídica – IRPJ.

b) imposto sobre produtos industrializados – IPI.

c) contribuição social sobre o lucro líquido – CSLL.

d) contribuição para o financiamento da seguridade social – COFINS.

e) contribuição para o PIS.

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f) contribuição para a seguridade social - INSS, a cargo da pessoa

jurídica – CPP.

Tributo da competência estadual: ICMS.

Tributo da competência municipal: ISS.

2.2.2 Lucro Presumido

O lucro presumido, de acordo com o Sebrae (2013b), é um regime de

tributação simplificado para a determinação do imposto de renda (IR) e da

contribuição social sobre o lucro (CSLL), para as empresas que não estiveram

obrigadas à apuração do lucro real.

De acordo com o Portal Tributário (2013a), a sistemática do lucro

presumido é utilizada para presumir o lucro da pessoa jurídica, de acordo com

sua receita bruta, sendo um lucro fixado em percentuais padrões, aplicado

sobre a receita operacional bruta (ROB).

Conforme a lei nº 12.814, de 16 de maio de 2013, em seu art. 13, poder-

se-á optar por este regime de tributação:

Art. 13. A pessoa jurídica, cuja receita bruta total no ano

calendário anterior tenha sido igual ou inferior a R$

78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais) ou a R$

6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais)

multiplicado pelo número de meses de atividade do ano-

calendário anterior, quando inferior a 12 (doze) meses,

poderá optar pelo regime de tributação com base no lucro

presumido. (BRASIL, 2013).

2.2.3 Lucro Real

A tributação do imposto de renda pessoa jurídica (IRPJ) e da

contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL), no lucro real, se dá através da

apuração contábil dos resultados, com os ajustes determinados pela legislação

fiscal. (PORTAL CLASSE CONTÁBIL, 2013).

Conforme o artigo 247, do regulamento do imposto de renda de

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1999 - RIR/99, decreto n° 3.000, de 26 de março de 1999, o lucro real é o lucro

líquido do período de apuração ajustado por adições, exclusões ou

compensações prescritas ou autorizadas pela legislação fiscal, portanto sua

determinação é através da apuração do lucro líquido de cada período de

apuração. (BRASIL, 1999a).

A lei nº 12.814 em seu art. 14, inciso I, de 16 de maio de 2013, rege que

a pessoa jurídica, cuja receita total no ano-calendário anterior seja superior ao

limite de R$ 78.000.000,00 ou proporcional ao número de meses do período,

quando inferior a 12 meses, fica obrigada à apuração do lucro real. (BRASIL,

2013).

As empresas devem estar atentas às possibilidades que o lucro real

permite quanto ao planejamento tributário, já que a legislação não veda a

escolha da forma de tributação, em que as principais vantagens, de acordo

com o Portal Classe Contábil (2013) são:

1. Tributação teoricamente mais justa, sobre os resultados

(e não sobre uma base faturamento, como no lucro

presumido); 2. Aproveitamento de créditos do PIS

e COFINS (especialmente interessante para empresas que

tem menores margens de comercialização); 3.

Possibilidades de utilização de dezenas de formas de

planejamento tributário.

2.2.4 Lucro Arbitrado

O lucro arbitrado é uma forma de apuração da base de cálculo do

imposto de renda, utilizada pela autoridade tributária ou pelo contribuinte,

quando a pessoa jurídica deixar de cumprir as obrigações acessórias

concernentes à determinação do lucro presumido ou real. Conhecida a receita

bruta, desde que ocorra qualquer das hipóteses de arbitramento previstas na

legislação fiscal, o contribuinte poderá realizar o pagamento do imposto de

renda com base nas regras do arbitramento de lucro. (RECEITA FEDERAL,

2013a).

De acordo com a Receita Federal (2013a), sendo ocorridas quaisquer

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das hipóteses previstas na legislação fiscal, que ocasionarem o arbitramento

de lucro, poderá:

a) ser aplicado pela autoridade fiscal, em qualquer dos casos previstos

a legislação do Imposto de Renda;

b) ser adotado pelo próprio contribuinte, quando conhecida a sua

receita bruta.

Conforme o art. 531, do decreto nº 3.000 de 26 de Março de 1999,

quando conhecida a receita bruta, o contribuinte poderá efetuar o pagamento

do imposto correspondente com base no lucro arbitrado, levando-se em conta

as seguintes regras:

I - a apuração com base no lucro arbitrado abrangerá todo

o ano-calendário, assegurada, ainda, a tributação com

base no lucro real relativa aos trimestres não submetidos

ao arbitramento, se a pessoa jurídica dispuser de

escrituração exigida pela legislação comercial e fiscal que

demonstre o lucro real dos períodos não abrangidos por

aquela modalidade de tributação; II - o imposto apurado na

forma do inciso anterior terá por vencimento o último dia útil

do mês subsequente ao do encerramento de cada período

de apuração. (BRASIL, 1999b).

2.3 Tributos

Segundo o Código Tributário Nacional – CTN, em seu artigo 3°: “Tributo

é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se

possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e

cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”. (BRASIL,

1966).

Fabretti (2005) reforça em sua obra que, quando se estabelece o fato de

que a prestação não constitua sanção por ato ilícito, é para descaracterizar o

pagamento compulsório como se fosse multa por infração. Conceitua-se

obrigação tributária como sendo o vínculo derivado da relação do Estado com o

particular. O Estado é o sujeito ativo da obrigação tributária, impõe ao

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particular, sujeito passivo da obrigação o dever de dar, fazer ou não fazer algo

previsto em lei.

Conforme o CTN, lei n° 5.172, de 25 de outubro de 1966, em seu artigo

5°: “Os tributos são impostos, taxas e contribuição de melhoria”. (BRASIL,

1966).

O contribuinte que paga o imposto não recebe nenhuma contraprestação

direta pelo Estado arrecadado, sendo esta a sua característica principal.

(OLIVEIRA, 2009).

Taxas são tributos vinculados, ou seja, o Estado oferece uma

contrapartida imediata ao contribuinte em função de sua cobrança. (OLIVEIRA,

2009).

A contribuição de melhoria é definida no CTN da seguinte forma:

Art. 81- A contribuição de melhoria cobrada pela União,

pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios,

no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída

para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra

valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa

realizada e como limite individual o acréscimo de valor

que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.

(BRASIL, 1966).

2.3.1 Planejamento tributário

Segundo Borges (2004), o planejamento tributário é como uma atividade

técnica realizada no universo da gestão empresarial da tributação, que visa a

projetar as atividades econômicas da empresa, para conhecer as suas válidas

e legítimas alternativas estruturais e formais, assim como as suas respectivas

obrigações e encargos fiscais, para, mediante meios e instrumentos

adequados, avaliá-las com vistas à adoção daquela alternativa que possibilita a

anulação, maior redução ou o mais extenso adiamento do ônus tributário

pertinente, e por outro lado, que se integra harmonicamente à planificação

global dos negócios.

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De acordo com Borges (2004), existem três tipos de planejamento

tributário:

a) que objetiva a anulação do ônus fiscal: o empreendimento ou a

atividade econômico mercantil, que mediante o emprego da estrutura

e forma jurídica sejam capazes de impedir a concretização das

hipóteses legais de incidências tributárias;

b) que objetiva a redução do ônus fiscal: deve organizar o

empreendimento ou atividade econômico-mercantil, mediante a

utilização de estrutura e forma jurídica, que venham a possibilitar a

concretização de hipóteses legais de incidências tributárias, cujas

consequências resultem em ônus fiscal menor;

c) que objetiva o adiamento do ônus fiscal: o planejamento tributário

deve arquitetar o empreendimento ou atividade econômico-mercantil,

que mediante a adoção de estrutura e forma jurídica, venham a

possibilitar a ocorrência do fato gerador e da procrastinação do

lançamento ou pagamento do imposto.

Segundo Oliveira (2009), o planejamento tributário consiste em um

conjunto de medidas contínuas que visam à economia de tributos, de forma

legal, levando-se em conta as possíveis mudanças rápidas e eficazes, na

hipótese do fisco alterar as regras fiscais.

2.3.2 Classificação

Podem-se classificar os tributos em diretos e indiretos. Tributos indiretos

são aqueles que, a cada etapa econômica, são repassados para o preço do

produto/mercadoria/serviço. Essa técnica tem o nome de repercussão, que

significa transferir o ônus tributário para o consumidor, incluindo-o no preço da

venda ou do serviço. E tributos diretos são os que recaem sobre o contribuinte

que está diretamente ligado ao fato gerador, assim a mesma pessoa é o

contribuinte de fato e de direito. (FABRETTI, 2005).

2.3.3 Obrigação tributária

O artigo 113 da CTN classifica obrigação tributária como:

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Art. 113 – A obrigação tributária é principal ou acessória.

§ 1° - A obrigação principal surge com a ocorrência do

fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou

penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o

crédito dela decorrente.§ 2° - A obrigação acessória

decorrente da legislação tributária e tem por objetivo as

prestações, positivas ou negativas, nela previstas no

interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.

§ 3° - A obrigação acessória, pelo simples fato da sua

inobservância, converte-se em obrigação principal

relativamente à penalidade pecuniária. (BRASIL, 1966).

2.4 Impostos

Um imposto é definido como materialidade do fato gerador, sendo esta

uma descrição hipotética do fato ou do conjunto de fatos na lei que, ao ocorrer,

gera a obrigação de pagar determinados tributos, por exemplo, alguém realizar

operações relativas à circulação de mercadorias e serviços, o qual acaba por

se tornar um fato gerador ICMS. A materialidade do fato gerador de um

imposto independe de qualquer atividade estatal. (ICHIHARA, 2006).

Segundo Fabretti (2005), o imposto é aquele que, uma vez estabelecido

por lei, é devido, independentemente de qualquer operação estatal em

referência ao contribuinte. Assim, não está vinculado a nenhuma prestação

específica do Estado ao sujeito passivo.

O imposto é um tributo não vinculado, ou seja, sua incidência consiste

num fato gerador qualquer, que não se funde numa atuação estatal, conforme

o Artigo 16, do Código Tributário Nacional – CTN, “Imposto é um tributo cuja

obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer

atividade estatal específica, relativa ao contribuinte”. (BRASIL, 1966).

2.4.1 Cumulatividade e não cumulatividade

Segundo Machado (2008), cumulativo é o imposto que incide em cada

etapa de circulação, em que se acumula sempre, sem a consideração do

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número maior ou menor do processo produtivo.

Na cumulatividade, o tributo da etapa posterior não pode ser

compensado do montante pago na etapa anterior, tendo como exemplos a

COFINS, PIS e CPMF. (MEDEIROS NETO, 2001).

De acordo com Machado (2008), entende-se por não cumulativo o

imposto que incide em todas as operações, em que cada uma delas é deduzida

do valor devido do imposto, o valor que incidiu nas operações anteriores,

tendo-se como exemplo ICMS e IPI.

O procedimento da não cumulatividade se dá através do débito x crédito,

abatendo-se do valor total devido pelo contribuinte, o valor já pago por ele nas

etapas anteriores, em suas compras de bens ou serviços, em que já foram

tributados. (ZANLUCA, 2013).

2.5 ICMS – Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de

Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e

Intermunicipal e de Comunicação

Por previsão constitucional, o ICMS - Imposto sobre Operações

Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de

Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação, é um imposto não

cumulativo, ou seja, o imposto devido em cada operação será descontado do

valor pago anteriormente. (FABRETTI, 2005).

É dada ao Estado e ao Distrito Federal a competência para regulamentar

o ICMS, segundo a atual Constituição Federal, ao analisar as normas gerais

previstas pela lei complementar n° 87/96, lei Kandir e pelos convênios

instituídos entre os Estados. Desta forma, cada Estado possui sua própria

regulamentação em relação ao ICMS. (OLIVEIRA, 2009).

Os contribuintes desse imposto, segundo a legislação em vigor, são

considerados quaisquer pessoas físicas ou jurídicas, que executem, com

habitualidade ou em volume, que representem um intuito comercial, operações

de circulação de mercadoria ou prestações de serviços de transporte

interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que se iniciem no

exterior. (OLIVEIRA, 2009).

Conforme a lei complementar n° 87, de 13 de setembro de 1996, lei

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Kandir, é também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem

habitualidade ou intuito comercial:

I – importe mercadorias ou bens do exterior, qualquer que

seja a sua finalidade;

II - seja destinatária de serviço prestado no exterior ou

cuja prestação se tenha iniciado no exterior;

III – adquira em licitação mercadorias ou bens

apreendidos ou abandonados;

IV – adquira lubrificantes e combustíveis líquidos e

gasosos derivados de petróleo e energia elétrica oriundos

de outro Estado, quando não destinados à

comercialização ou à industrialização. (BRASIL, 1996).

O ICMS é um imposto calculado por dentro, agrega a sua própria base

de cálculo, ou seja, no preço de compra ou de venda do bem ou do serviço, já

está embutido o valor do ICMS destacado.

Conforme o art. 155, § 2°, inciso III, da Constituição Federal, o imposto

ICMS além da não-cumulatividade, poderá ser seletivo em relação à

essencialidade das mercadorias e serviços, ou seja, quanto mais essencial for

o produto, menor será a incidência do imposto sobre ele e vice – versa.

(OLIVEIRA, 2009).

2.5.1 Base de cálculo

A base de cálculo (BC), conforme a constituição federal deve ser

definida em lei complementar, estando sua alteração sujeita aos princípios

constitucionais da legalidade, da anterioridade e da irretroatividade.

Segundo Mariano, Werneck e Bezerra (2012), a base de cálculo é a

medida legal de grandeza do fato gerador. Em outras palavras, é a grandeza

sobre a qual se aplica um percentual, que resultará na obrigação,

determinando assim a base de cálculo.

O artigo 2º do Decreto-lei nº 406, de 31 de dezembro de 1968, determina

que a base de cálculo do imposto é o valor da operação de que decorrer a

saída da mercadoria. (BRASIL, 1968).

A base de cálculo no ICMS, geralmente, é o valor da venda da

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mercadoria ou do preço do serviço, utiliza-se assim, o “imposto calculado por

dentro”, que é quando o imposto já está incluído no preço final da mercadoria.

Já na base de cálculo ST, ou seja, com substituição tributária, do ICMS é

utilizado o “imposto calculado por fora”, em que o valor do imposto é

acrescentado ao preço final da mercadoria, no qual irá constar o valor do preço

de venda a consumidor, acrescido de todos os impostos e despesas debitadas

ao estabelecimento destinatário. (MARIANO; WERNECK; BEZERRA, 2012).

2.5.2 Alíquota

A alíquota é definida em lei e quando aplicada sobre a base de cálculo,

encontra-se o montante do tributo a ser pago. As alíquotas podem ser fixas,

aquelas determinadas em lei por um valor fixo, em moeda ou unidades de

moeda fiscal, podem ser também proporcionais, em que a lei estabelece um

percentual que, aplicado sobre a base de cálculo, define o valor do montante

do tributo devido e, por fim, as específicas, que determinam um valor em

moeda nacional sobre uma unidade de medida como metros, quilos, litros ou

toneladas. (FABRETTI, 2005).

No caso de operações sujeitas à substituição tributária, quando a

circulação de mercadoria ocorrer dentro dos limites territoriais dos estados ou

Distrito Federal, aplica-se a alíquota interna, se saírem da jurisdição estadual é

aplicada a alíquota interestadual. (MARIANO; WERNECK; BEZERRA, 2012).

Em algumas operações correspondentes, nas saídas de mercadoria,

não ocorre a circulação até o consumidor final. Entretanto cobra-se o tributo

antecipadamente e aplica-se a alíquota interna. A título de substituição

tributária, segundo o parágrafo 5°, do artigo 8°, da lei complementar n°

87/1996, deduz-se o montante cobrado na própria operação. (MARIANO;

WERNECK; BEZERRA, 2012).

2.5.2.1 Diferencial de alíquotas

Segundo o Portal Tributário (2013b) todos os contribuintes do ICMS são

obrigados a recolher o ICMS relativo à diferença existente entre a alíquota

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interna, praticada no estado destinatário, e a alíquota interestadual nas

seguintes operações e prestações:

a) entrada de mercadorias de outra unidade da federação, destinadas

para uso e consumo;

b) entrada de mercadorias de outra unidade da federação, destinadas

para o ativo imobilizado;

c) entrada, de prestações de serviço de transporte interestadual, cuja

prestação tenha iniciado em outra unidade da federação referente à

aquisição de materiais para uso e consumo;

d) entrada, de prestações de serviço de transporte interestadual

referente à aquisição de materiais para o ativo imobilizado.

Apenas existirá diferencial de alíquota a ser recolhido, caso o porcentual

da alíquota interna seja superior ao da alíquota interestadual e a base de

cálculo do diferencial de alíquota, o valor da operação que decorrer a entrada

da mercadoria ou da prestação de serviço.

De acordo com Zanluca (2013), pode-se citar o exemplo a seguir:

Quadro 1: Exemplo de diferencial de alíquotas.

Fonte: Adaptado de Zanluca, 2013.

2.5.3 Protocolos

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Segundo Mariano, Werneck e Bezerra (2012), o principal objetivo dos

protocolos é estabelecer procedimentos comuns entre os estados que visam a:

a) implementar políticas fiscais definidas em convênio;

b) estabelecer permuta de informação e fiscalização conjunta;

c) fixar ou estabelecer critérios para fixação de pautas fiscais (média de

preços praticados no mercado).

Sendo assim, os protocolos não podem estabelecer normas relativas ao

aumento, diminuição, instituição ou revogação de benefícios fiscais.

Desta forma, estes representantes assinam os atos que deliberam sobre

a concessão de benefícios, incentivos fiscais e regimes de tributação que terão

aplicação no âmbito interno de cada ente federativo e também entre os

estados. (MARIANO; WERNECK; BEZZERA, 2012).

2.5.4 Convênios

O convênio é um acordo entre estados membros da federação, e seu

nascimento ocorre nas reuniões periódicas dos membros do Confaz.

(MARIANO; WERNECK; BEZZERA, 2012).

A regulamentação do regime interestadual através de convênios verifica-

se no artigo 150, § 6°, associado com o artigo 155, § 2°, XII, letra “g”, da

Constituição Federal e com o artigo 1°, da lei Complementar n° 24, de 7 de

janeiro de 1975, que dispõem que os benefícios fiscais do ICMS apenas

poderão ser concedidos e revogados por meio de convênios celebrados e

confirmados pelos estados e Distrito Federal. A lei complementar n° 24/1975,

contudo, determinou também que fosse efetuado o regimento das reuniões de

representantes das Unidades da Federação (UF), conforme aprovação por

aquele modelo de acordo, o que originou no Convênio ICM n° 8/1975, que

organizou o regimento do conselho de política fazendária (Confaz). (MARIANO;

WERNECK; BEZZERA, 2012).

Nos termos do artigo 100, inciso IV, do Código Tributário Nacional –

CTN, são normas complementares das leis, tratados e convenções

internacionais e decretos, os convênios que, entre si, celebram a união, os

estados, o distrito federal e os municípios.

A celebração de um convênio entre os estados, cuja elaboração tem por

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finalidade a concessão de incentivos fiscais, tem previsão no texto

constitucional e na lei complementar, compondo-se, por força dessas referidas

disposições legais, como ferramenta obrigatória para efeito de aprovação dos

benefícios e favores fiscais disponibilizados pelos estados. (FABRETTI, 2005).

Para que os convênios sejam aceitos, deverão ser cumpridas algumas

formalidades (MARIANO; WERNECK; BEZZERA, 2012):

a) os textos dos convênios celebrados, contados da data da reunião dos

representantes das unidades da Federação, têm o prazo de dez dias

para serem publicados no Diário Oficial da União;

b) após a data da publicação no Diário Oficial da União, os Estados e o

Distrito Federal têm o prazo de quinze dias para publicarem decretos,

ratificando ou não os convênios firmados. Caso não haja

manifestação de algum Estado dentro deste prazo, esta será tida

como ratificação tácita;

c) o Confaz, após a publicação no DOU do texto celebrado e da

ratificação estadual, terá o prazo de até vinte cinco dias para dar

publicidade ao ato do Presidente da Comissão Técnica Permanente

do ICMS (Cotepe/ICMS), declarando a ratificação nacional ou a

rejeição.

Após a confirmação nacional, os convênios sempre entram em vigor no

período de trinta dias, caso não tenham data estabelecida para começar a

vigorar. Uma vez ratificados, tornam-se obrigatórios para todas as Unidades da

Federação convocadas para a reunião. (MARIANO; WERNECK; BEZZERA,

2012).

2.6 Substituição tributária

Conceituada como sendo o regime pelo qual a responsabilidade pelo

ICMS devido em relação às operações ou prestações de serviços, é atribuída a

outro contribuinte, em que o ICMS-ST é de obrigação tributária, aquele que deu

causa ao fato, e não aquele que praticou o fato gerador, sendo assim imputado

a terceiro. (MARIANO; WERNECK; BEZERRA, 2012).

A responsabilidade do imposto a ser atribuída, se dá em operações ou

prestações antecedentes, concomitantes ou subsequentes ao valor da

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diferença entre alíquotas internas e interestaduais de bens e serviços a

consumidor final em outro estado, sendo ele, contribuinte do imposto. A adoção

por este regime em operações interestaduais dependerá de acordos entre os

estados interessados. (ZANLUCA, 2013).

Segundo o art. 150, § 7º da CF/88, a lei poderá atribuir a sujeito passivo

de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto

ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurado à

imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato

gerador presumido. (BRASIL, 1988).

2.6.1 Espécie de substituição

A substituição tributária subdivide-se em três espécies: substituição

tributária para trás ou regressiva, substituição tributária em operações

concomitantes e substituição tributária para frente ou progressiva.

Na substituição tributária regressiva, o legislador atribui a um

determinado contribuinte a responsabilidade pelo pagamento do ICMS em

relação às operações anteriores. Em operações concomitantes, é atribuída a

responsabilidade pelo pagamento ao imposto a outro contribuinte, e não àquele

que realiza a operação, concomitante à ocorrência do fato gerador. Ao tratar-se

de substituição tributária progressiva, a responsabilidade pelo pagamento do

tributo recai sobre terceiro, que paga o tributo antecipadamente, considerando

a provável ocorrência do fato gerador futuro. (MARIANO; WERNECK;

BEZERRA, 2012).

2.6.2 Sujeitos da obrigação tributária

2.6.2.1 Sujeito ativo da obrigação tributária

O sujeito ativo da obrigação tributária se depara sendo um ativo

obrigacional, tendo o direito de exigir o cumprimento da obrigação, conforme

apontado no Código Tributário Nacional (CTN), em seu artigo 119: “Sujeito

ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da competência

para exigir o seu cumprimento”. (BRASIL, 1966).

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Sua determinação ocorre através da identificação da pessoa que possui

a competência para instituir o tributo ou capacidade tributária, para ser credor

da obrigação tributária, ou seja, sujeito ativo é o titular do polo credor,

contrapondo-se ao sujeito passivo no polo devedor. (MARIANO; WERNECK;

BEZZERA, 2012).

2.6.2.2 Sujeito passivo da obrigação tributária

O sujeito passivo está contido no polo devedor da obrigação tributária,

sendo a pessoa que detém o dever de prestar ao sujeito ativo o objeto da

obrigação. Também sua responsabilidade compete em cumprir a obrigação

tributária. Desta forma, se a obrigação for principal, o sujeito passivo é aquele a

quem se destina pagar o montante do crédito tributário, caso a obrigação for

acessória, caberá a este a realização dos deveres acessórios (MARIANO;

WERNECK; BEZZERA, 2012).

O CTN, em seu artigo 121, expressa o que é sujeito passivo da

obrigação tributária principal:

Artigo 121. Sujeito da obrigação principal é a pessoa

obrigada ao pagamento do tributo ou penalidade

pecuniária. Parágrafo único. O sujeito passivo da

obrigação principal diz-se: I – contribuinte, quando tenha

relação pessoal e direta com a situação que constitua o

respectivo fato gerador; II – responsável, quando, sem

revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra

de disposição expressa de lei. (BRASIL, 1966).

Contudo o sujeito passivo da obrigação principal está sempre associado

com o fato gerador desta obrigação. Quando esta associação for de forma

pessoal e direta, entende-se o contribuinte como o sujeito passivo, se tal

associação for de forma não pessoal e direta, o sujeito passivo subentende-se

como responsável. (MARIANO; WERNECK; BEZZERA, 2012).

2.6.2.2.1 Contribuinte

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Contribuinte, de acordo com Zanluca (2013), é qualquer pessoa física ou

jurídica que, com frequência, realiza algo a intuito comercial, como operações

de circulação de mercadorias ou prestações de serviços de transporte

interestadual e intermunicipal e de comunicação, mesmo que no exterior.

Existem dois tipos de contribuintes, sendo estes o substituto e o

substituído. (MARIANO; WERNECK; BEZZERA, 2012).

a) Contribuinte substituto

O contribuinte substituto, segundo os autores Mariano, Werneck e

Bezzera (2012), é aquele a quem a legislação confere a

responsabilidade pelo pagamento dos impostos, impostos ocorrentes

em operações ou prestações antecedentes, concomitantes ou

subsequentes. É responsável também pelo valor que decorreu da

diferença entre as alíquotas internas e interestaduais ao consumidor

final.

Portanto o contribuinte substituto supre a obrigatoriedade dos demais

contribuintes, com relação ao recolhimento dos impostos, provenientes das

saídas das mercadorias, por meio de retenção e recolhimento dos impostos

antecipadamente. Por esta razão, aquele que aufere a mercadoria com o

imposto retido é denominado substituído. (BARRETO; ALMEIDA, 2006).

b) Contribuinte substituído

O contribuinte substituído está relacionado diretamente com o fato

gerador, mas a legislação o libera da responsabilidade do

recolhimento do imposto, porque esta é conferida a outra pessoa, ou

seja, o imposto que seria devido proveniente das operações ou

prestações de serviços é pago anteriormente pelo contribuinte

substituto. Compete ressaltar que, quando o contribuinte substituído

realizar operações interestaduais com o contribuinte de outro estado,

passará à condição de substituto, pois caberá a ele a

responsabilidade pelo recolhimento do imposto em favor do Estado

endereçado. (MARIANO; WERNECK; BEZZERA, 2012).

2.6.2.2.2 Responsável

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O sujeito passivo, no caso do responsável, ocorre por meio de uma

relação de vinculação com o fato gerador. O responsável tributário não está

diretamente ligado ao surgimento da obrigação, entretanto a lei o

responsabilizou para satisfazer o credito tributário. (MARIANO; WERNECK;

BEZZERA, 2012).

Conforme o artigo 128 do CTN, o responsável tributário deve ser um

terceiro ligado indiretamente ao fato gerador:

Artigo 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei

pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo

crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato

gerador da respectiva obrigação, excluindo a

responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este

em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da

referida obrigação. (BRASIL, 1966).

Considera-se responsável o indivíduo que a lei escolher para responder

com a obrigação tributária no lugar de outrem, ou seja, do contribuinte de fato.

Ele não arca com o ônus tributário, atua como uma espécie de agente

arrecadador do fisco e como seu depositário. Se não ocorrerem tais fatos, o

mesmo poderá ser declarado depositário infiel, sujeito à pena de prisão,

conforme rege alei n° 8866, de 11 de abril de 1994. (FABRETTI, 2005).

Para uma maior identificação, a sujeição passiva por responsabilidade

se divide em duas modalidades: transferência e substituição. (MARIANO;

WERNECK; BEZZERA, 2012).

A obrigação de um devedor, na transferência, seja ele contribuinte ou

responsável, é transferida para outra pessoa, em razão de algum

acontecimento. (MARIANO; WERNECK; BEZZERA, 2012).

Na substituição, a lei determinará com antecipação que o ônus do

pagamento do tributo seja concedido a outrem, uma terceira pessoa, no lugar

do individuo que, naturalmente, seria definível como contribuinte. A obrigação

tributária já surge com seu polo passivo preenchido por um substituto legal

tributário. (MARIANO; WERNECK; BEZZERA, 2012).

2.7 IVA/MVA – Índice/Margem do valor agregado

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Segundo Galhardo (2013), a margem de valor agregado será

determinada com base em preços usualmente praticados no mercado. Estes

preços praticados pelo mercado são obtidos por levantamento, ainda que por

amostragem, ou através de informações e outros elementos fornecidos por

entidades representativas dos setores, adotando-se a média ponderada dos

preços coletados. A mercadoria submetida ao regime de substituição tributária

em operação interestadual terá a margem de valor agregado estabelecida em

convênio ou protocolo.

Caso a entrada da mercadoria seja proveniente de outra unidade da

federação, cuja base de cálculo da substituição tributária seja determinada por

índice de valor adicionado setorial, aplica-se a seguinte fórmula:

IA = VA x(1+IVA-ST) x ALQ- IC

Observando que:

IA: Imposto a ser recolhido por antecipação.

VA: Valor constante no documento fiscal relativa à entrada, acrescido

dos valores correspondentes a frete, carreto, seguro, impostos e outros

encargos suportados pelo contribuinte.

IVA-ST: Índice de valor adicionado.

ALQ: Alíquota interna aplicável.

IC: Imposto cobrado na operação anterior.

O IVA-ST ajustado ocorre no caso de aquisição interestadual de

produtos, cuja alíquota interna seja superior a 12 %. O valor do imposto a

pagar, antecipadamente, por substituição tributária será obtido mediante a

utilização do IVA-ST ajustado, conforme determinam as portarias CAT que

disciplinam a formação da base de cálculo do imposto, utilizando a fórmula a

seguir:

IVA-Ajustado = [(1+IVA-ST Original) x (1-ALQ inter)/(1-ALQ intra) - 1].

Observa-se que:

IVA-ST Original: É o IVA-ST aplicável na operação interna, cujos

percentuais estão indicados em portaria CAT.

ALQ Inter: É a alíquota interestadual aplicada pelo remetente na

operação interestadual.

ALQ intra: É a alíquota interna do produto.

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2.8 Fluxo de caixa

O fluxo de caixa funciona como uma agenda sofisticada, onde se

registram os recebimentos esperados e pagamentos programados, num certo

período. É uma planilha pelo qual se planeja e administra os numerários da

empresa, ou seja, as entradas e as saídas de dinheiro do caixa da empresa.

(TÓFOLI, 2012).

Conforme Zdanowicz (2004), o fluxo de caixa permite, por um

determinado período, que o administrador planeje, organize, ordene, dirija e

controle os recursos financeiros da sua empresa. É considerado uma das

ferramentas mais importantes para quem deseja planejar as necessidades e

propostas a partir da situação econômica e financeira da empresa.

De acordo com Tófoli (2012), devem-se elaborar dois fluxos de caixa por

período: o fluxo de caixa planejado e o fluxo de caixa real. O fluxo de caixa

planejado trata de antever, planejar os fluxos de dinheiro num período futuro e

o fluxo de caixa real registra os acontecimentos efetivos de movimentação de

numerários da empresa.

2.9 IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados

O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) encontra-se

regulamentado pelo Decreto 7.212, de 15 de junho de 2010 e, de acordo com o

artigo 2º, incide sobre produtos industrializados, sendo eles nacionais e

estrangeiros. (BRASIL, 2010).

De acordo com a Receita Federal (2013b), o fato gerador do IPI ocorre

através de duas principais hipóteses: o desembaraço aduaneiro de produtos de

procedência estrangeira, na importação e a saída de produto de

estabelecimento industrial ou equiparado à industrial, na operação interna.

2.10 Valor presente

De acordo com o Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC (2013),

Valor Presente (VP) é a estimativa do valor corrente de um fluxo de caixa futuro

no curso normal das operações da entidade.

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Cada vez mais, as entidades estão prolongando seus prazos de

pagamento e, com isso, ao ajuste a valor presente tem o objetivo de trazer para

o valor atual os direitos e as obrigações da empresa, que serão exigidos ou

realizados em uma data futura. Sendo assim, para determinar o valor presente

de um fluxo de caixa, é necessário realizar uma avaliação dos fatores

relevantes que influenciarem, como prazo de recebimento ou pagamento e taxa

de juros ou desconto aplicáveis. (LUNELLI, 2013).

2.11 NCM - Nomenclatura Comum do Mercosul

A Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), conforme a Receita

Federal (2013c), é o que classifica as mercadorias comercializadas

internacionalmente pelo Brasil desde 1996, utilizada também por estes países:

Argentina, Paraguai e Uruguai. Os códigos de classificação do NCM são

compostos por oito dígitos, classificados com base no Sistema Harmonizado.

O Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de

Mercadorias (SH) é um método utilizado a âmbito internacional para classificar

mercadorias, regrado por uma estrutura de código e suas descrições.

(MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, 2013)

O NCM deve ser utilizado de forma correta na classificação dos produtos

adquiridos, para evitar as penalidades das autoridades aduaneiras. A correta

utilização gera vantagens. Uma delas é a redução da carga tributária do

Imposto de Importação. (RECEITA FEDERAL, 2013c).

2.12 CFOP - Código Fiscal de Operações e Prestações

O código fiscal de operações e prestações, representado pela sigla

CFOP, é um código numérico que reconhece a natureza de circulação da

mercadoria ou prestação de serviço de transportes, das entradas e saídas de

mercadorias, intermunicipal e interestadual.

O CFOP deve, obrigatoriamente, ser apontado em todos os documentos fiscais

da empresa, nas entradas e saídas de mercadorias e bens e da aquisição de

serviços. É através dele que é definido se a operação fiscal terá ou não que

recolher certos impostos. (SIGNIFICADOS, 2013).

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CAPÍTULO III

O EFEITO DO ICMS NAS VENDAS DE MERCADORIAS CONSIDERANDO A

INFLUÊNCIA DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIANO FLUXO DE CAIXA DA

EMPRESA

3 INTRODUÇÃO

Durante o período de março a novembro de 2013, foram observados na

empresa Newdrop Química Ltda, as operações de vendas intra e

interestaduais, com o objetivo de avaliar o efeito do ICMS, ao se levar em conta

a ST e o IVA/MVA, na venda de mercadorias e seu possível efeito no fluxo de

caixa, além do valor presente nas vendas a prazo.

Analisou-se, também, as respectivas variações referentes às alíquotas

específicas, descritas nos regulamentos internos de cada estado e nos

protocolos e convênios vigentes.

As técnicas utilizadas foram: o roteiro de estudo de caso (Apêndice A); o

roteiro de observação sistemática (Apêndice B); o roteiro do Histórico das

vendas inter e intraestaduais referentes ao ICMS com ou sem ST e o IVA/MVA

(Apêndice C); o roteiro de entrevista para o contador da Newdrop (Apêndice D);

e o roteiro de entrevista para a gerente tributária (Apêndice E).

Diante do exposto, foram abordadas as operações dentro do Estado de

São Paulo (SP) e entre São Paulo (SP) e a empresa localizada no Estado do

Ceará (CE), com a finalidade de analisar e comparar diferentes situações em

operações com e sem substituição tributária. Observou-se a existência do

protocolo ICMS 18, de 14 de março de 2008, prorrogado pelo despacho 273/12

entre SP e CE, que entrará em vigor em 2014, além do RICMS-SP e da

portaria CAT nº 174, de 04/09/2009, que altera a portaria CAT nº 172/09, de

31/08/09, que estabelece a base de cálculo na saída de produtos de limpeza, a

que se refere o artigo 313-L, do regulamento do ICMS.

No período de estudo, foi constatado que a empresa desembolsa uma

elevada quantia de impostos decorrentes de vendas a prazo, cujo recolhimento

das obrigações tributárias se faz antes do recebimento de seus clientes.

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Portanto houve a necessidade de elaborar tabelas comparativas que

abordam o fluxo de caixa e o valor presente líquido, com o objetivo de apurar

os efeitos decorrentes da antecipação do pagamento das obrigações tributárias

do ICMS, geradas pela substituição tributária, além de auxiliar na tomada de

decisão referente aos preços das mercadorias com vendas à vista e a prazo.

3.1 Simulação de vendas com substituição tributária

Foi realizada uma simulação para definir o valor esperado da receita

operacional líquida, representada pelos preços dos produtos e o impacto dos

tributos na venda, conforme o quadro 2. Considerou-se uma alíquota interna de

18% para o ICMS, uma alíquota de IPI de 5% e o preço de venda do produto,

sem os impostos, de R$ 82,00. Foi considerado um MVA para o produto

analisado de 17,96%.

Quadro 2: Simulação de venda com substituição tributária.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2013.

Para calcular o ICMS-próprio, é preciso identificar a alíquota do estado

onde ocorre à operação. Neste estudo, foi verificada a alíquota prevista no

PRODUTOS 82,00R$

FRETE

ICMS - próprio 18% 18,00R$ 18,00R$

SUB TOTAL 100,00R$

IPI 5% 5,00R$

TOTAL 105,00R$

MVA 17,96% 18,86R$

123,86R$

ICMS TOTAL 18% 22,29R$

ICMS proprio 18,00R$

ICMS ST 4,29R$

VALOR FINAL DE VENDA AO CONSUMIDOR 109,29R$

BASE DE CÁLCULO PARA O ICMS-ST

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inciso I, do artigo 52 do RICMS/SP, que é 18%. No exemplo exposto no quadro

2, considerando-se o valor do produto sem os impostos igual a R$ 82,00, a

base do ICMS foi obtido de acordo com o quadro a seguir:

Quadro 3: Cálculo ICMS – próprio.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2013.

Por se tratar de um produto industrializado, é obrigatório o recolhimento

do IPI que, no exemplo proposto, foi utilizada uma alíquota de 5% incidente

sobre o valor do produto acrescido do ICMS, ou seja, 5% de R$ 100,00.

Sobre o valor do produto acrescido do ICMS próprio e IPI, que totaliza

R$ 105,00, foi calculado o valor de venda no final da cadeia, multiplicando-se

pelo IVA considerado para o produto. Neste caso, 17,96%, de acordo com a

portaria CAT 174 de 04/09/2009: R$ 105,00 X 17,96%= R$18,86.

Com isto, pode-se determinar a base de cálculo do ICMS-ST como segue o

quadro abaixo:

Quadro 4: Cálculo ICMS – ST.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2013.

Desta forma, calcula-se o valor da venda da indústria para a próxima

empresa da cadeia produtiva, demonstrado pelo quadro abaixo:

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Quadro 5: Cálculo do valor final de venda.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2013.

Diante dos dados expostos anteriormente, resumem-se as informações

nos quadros abaixo:

Quadro 6: Valor da nota da venda com ST.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2013.

Quadro 7: DRE da venda com ST.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2013.

3.2 Simulação de vendas sem substituição tributária

A seguinte projeção trata-se de uma venda para uma empresa

localizada no Estado do Ceará. Neste caso, não será considerado operação

com substituição tributária, pois, embora o Estado do Ceará possua o protocolo

ICMS n°18, de 14 de março de 2008, com o Estado de São Paulo, o despacho

nº 273/12 prorrogou o início de vigência para o ano de 2014.

A alíquota interestadual do ICMS de São Paulo para o Estado do Ceará

é de 7%, de acordo com o inciso II, do artigo 52 do RICMS/SP.

109,29R$

VR. PRODUTO 82,00R$

ICMS proprio 18,00R$

ICMS ST 4,29R$

IPI 5,00R$

FRETE -R$

27,29R$

VR DA NOTA

109,29R$

18,00-R$

4,29-R$

5,00-R$

-R$

82,00R$

RECEITA OPERACIONAL BRUTA

ICMS proprio

ICMS ST

IPI

FRETE

RECEITA LIQUIDA

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O quadro a seguir resume a operação:

Quadro 8: Simulação de venda sem substituição tributária.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2013.

Desta forma, foi obtida a base de cálculo do ICMS, a partir da mesma

receita operacional líquida do exemplo anterior, ou seja, R$ 82,00.

Quadro 9: Cálculo ICMS – próprio.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2013.

Por versar de um produto industrializado, é obrigatório o recolhimento do

IPI que, no exemplo, é represento por uma alíquota de 5%:

Quadro 10: Cálculo IPI.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2013.

PRODUTOS 82,00R$

FRETE

ICMS - próprio 7% 6,17R$ 6,17R$

SUB TOTAL 88,17R$

IPI 5% 4,41R$

TOTAL 92,58R$

92,58R$ VR. FINAL VENDA AO CONSUMIDOR

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92,58R$

6,17-R$

4,41-R$

-R$

82,00R$

FRETE

RECEITA LIQUIDA

RECEITA OPERACIONAL BRUTA

ICMS proprio

IPI

Assim, calcula-se o valor da venda da indústria para a próxima empresa

da cadeia produtiva, como demonstra o quadro a seguir:

Quadro 11: Cálculo do valor final de venda.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2013.

Neste caso, não há incidência do IVA/MVA, por se tratar de uma

operação sem substituição tributária.

Diante dos dados expostos anteriormente, resumem-se as informações

nos quadros abaixo.

Quadro 12: Valor da nota da venda sem ST.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2013.

Quadro 13: DRE da venda sem ST.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2013.

3.3 Análises comparativas das simulações de vendas

Nos quadros exemplificados, verificou-se que, nas operações com e sem

substituição tributária, utilizou-se a mesma receita operacional líquida,

92,58R$

VR. PRODUTO 82,00R$

ICMS proprio 6,17R$

IPI 4,41R$

FRETE -R$

VR DA NOTA

10,58R$

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o que não interfere no resultado final da empresa. Porém, de acordo com as

análises das notas fiscais e o período de observação na empresa, entende-se

que a substituição tributária pode influenciar no seu fluxo de caixa, se a venda

for a prazo, pois, neste caso, o recolhimento do ICMS sujeito à substituição

deve ser recolhido antecipadamente em relação às operações subsequentes,

conforme o enquadramento do código de classificação nacional de atividades

econômicas (CNAE) que, neste caso, é o n° 20622 (ANEXO A), sendo que seu

recolhimento deve ser realizado até o 3º dia útil do mês subsequente ao da

ocorrência do fato gerador, como rege o inciso I, do artigo 2º, e inciso I, do

artigo 3º, do anexo IV do RICMS/SP.

3.4 Simulação de fluxo de caixa e valor presente

Ao realizar uma suposição de venda de mercadoria, em cinco parcelas,

e com a utilização das informações citadas nas tabelas acima, das mercadorias

vendidas com substituição tributária, pode-se demonstrar o quadro no subitem

abaixo.

3.4.1 Venda dentro do Estado de São Paulo com substituição tributária

Quadro 14: Informações de venda.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2013.

Diante do quadro acima, é possível apresentar o fluxo de caixa e valor

presente líquido do recebimento da venda, com uma taxa de juros mensal de

4% ao mês. Esta taxa de juros representaria o custo financeiro do capital de

giro da empresa.

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Quadro 15: Fluxo de caixa e valor presente.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2013.

O fluxo de caixa e o valor presente também são capazes de ser

representados pelo gráfico a seguir:

Figura 13: Gráfico do fluxo de caixa e valor presente.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2013.

FLUXO DE CAIXA VALOR

0 27,29-R$

1 21,86R$

2 21,86R$

3 21,86R$

4 21,86R$

5 21,86R$

TMA 4%

VPL R$ 70,02

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Nos referidos exemplos, desconta-se o valor de R$ 27,29, referente aos

impostos indiretos, IPI e ICMS, supondo que o mesmo foi pago antes do início

das parcelas, por ser uma obrigação tributária devido ao fisco. Posteriormente,

desenvolve-se o cálculo do valor presente líquido, que é a soma dos valores

descontados das entradas, menos os valores descontados das saídas de

caixa, sendo ordenado pela seguinte forma:

Quadro 16: Valor presente.

(continua)

P0 = - R$ 27,29

P1= S P1 = 21,86 P1 = R$ 21,02

P2= S P2 = 21,86 P2 = R$ 20,21

P3= S P3 = 21,86 P3 = R$ 19,43

(1 + i)n (1 + i)n (1 + 0,04)1

(1 + i)n (1 + i)n (1 + 0,04)2

(1 + i)n (1 + i)n (1 + 0,04)3

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(conclusão)

P4= S P1 = 21,86 P4 = R$ 18,68

P5= S P1 = 21,86 P5 = R$ 17,97

Fonte: Elaborado pelos autores, 2013.

Com o desenvolvimento do cálculo, descobre-se um valor presente de

R$ 70,02, a uma taxa de 4% ao mês, decorrente do parcelamento em cinco

prestações mensais iguais.

Quando comparado o valor presente com o valor da projeção da receita

operacional líquida de R$ 82,00, verifica-se que a empresa sofrerá uma perda

de 14,6% do valor esperado, pois seu valor presente irá ser representado por

R$ 70,02.

Vale ressaltar que esta perda não se refere unicamente ao efeito do

pagamento antecipado do ICMS-ST e sim, ao ICMS da operação própria, ao

recolhimento do IPI e ao parcelamento da venda como um todo; mas deve-se

frisar que a antecipação do recolhimento do imposto influencia o resultado final

da operação.

3.4.2 Venda para uma empresa localizada no Estado do Ceará, sem

substituição tributária

(1 + i)n (1 + i)n (1 + 0,04)4

(1 + i)n (1 + i)n (1 + 0,04)5

VPL =- 27,29 + 21,02 + 20,21 + 19,43 + 18,68 + 17,97 = R$ 70,02

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Quadro 17: Informações de venda.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2013.

Diante do quadro acima, apresenta-se o fluxo de caixa e o valor

presente líquido do recebimento da venda, com uma taxa de juros mensal de

4% ao mês.

Quadro 18: Fluxo de caixa e valor presente.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2013.

Comparado o valor presente líquido com o valor da projeção da receita

líquida de R$ 82,00, verifica-se que a empresa sofrerá uma perda de 12,4% do

valor esperado, pois seu valor presente será representado por R$ 71,87. Neste

caso, a perda é menor, pois não há o recolhimento antecipado do ICMS-ST.

A seguir, é apresentado um quadro comparativo em função da taxa de

juros.

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Quadro 19: VPL em função da taxa de juros mensais.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2013.

3.5 Determinação do valor de venda a prazo

Diante do exposto, ocorre à necessidade de descobrir qual deverá ser o

valor mensal de uma venda a prazo, para obter o valor presente líquido igual

ao valor da receita operacional líquida projetada de R$ 82,00. Neste caso,

acrescentam-se os tributos indiretos, ICMS e IPI, para o cálculo das parcelas.

3.5.1 Venda dentro do Estado de São Paulo, com ST

Quadro 20: Cálculo do valor da parcela. (continua)

Taxa de

juros

VPL

Venda dentro do Estado de São Paulo com ST

Venda para Estado do Ceará sem ST

1% R$ 78,80 R$ 79,31

2% R$ 75,74 R$ 76,71

3% R$ 72,81 R$ 74,24

4% R$ 70,02 R$ 71,87

5% R$ 67,34 R$ 69,60

6% R$ 64,78 R$ 67,43

7% R$ 62,33 R$ 65,36

8% R$ 59,98 R$ 63,36

9% R$ 57,73 R$ 61,46

10% R$ 55,57 R$ 59,62

R$ 82,00 + R$ 27,29 = R$ 109,29

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(conclusão)

109,29 = Valor da parcela x

Valor parcela = R$ 24,55 ou seja:

5 parcelas de R$ 24,55

Fonte: Elaborado pelos autores, 2013.

3.5.2 Venda fora do Estado de São Paulo, sem ST

Quadro 21: Cálculo do valor da parcela.

(continua)

109,29 = Valor parcela x

Sendo: no exemplo:

i = Taxa de juros i = 4% am

n = n° parcelas iguais n = 5 parcelas

(1 + i)n- 1

i . (1 + i)n

(1 + 0,04)5- 1

0,04 . (1 + 0,04)5

R$ 82,00 + R$ 10,58 = R$ 92,58

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(conclusão)

Valor parcela = R$ 20,79 ou seja:

5 parcelas de R$ 20,79

Fonte: Elaborado pelos autores, 2013.

3.6 Parecer Final

Através deste estudo, podem-se constatar as vendas de mercadoria

realizadas pela Newdrop e as variações do ICMS de acordo com as legislações

em vigor. No exemplo proposto, as vendas que ocorrem para o próprio Estado

de São Paulo, são realizadas com substituição tributária. As vendas para fora

do Estado de São Paulo, especificamente para o Estado do Ceará, atualmente

não tem substituição tributária, pois, embora haja um protocolo, ainda não está

vigente.

As análises elaboradas evidenciaram que, independente de a empresa

92,58 = Valor parcela x

Sendo: no exemplo:

i = Taxa de juros i = 4% am

n = n° parcelas iguais n = 5 parcelas

(1 + i)n- 1

i . (1 + i)n

92,58 = Valor parcela x

(1 + 0,04)5- 1

0,04 . (1 + 0,04)5

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realizar uma venda com ou sem substituição tributária, caso se considere o

mesmo valor da receita operacional líquida para a formação do preço de

venda, o resultado esperado, será o mesmo.

A realização de uma venda a prazo com substituição tributária, porém,

afetará no fluxo de caixa da empresa.

Com o desembolso antecipado, realizado com as obrigações tributárias

decorrentes da ST, emprega-se o dinheiro do caixa antes mesmo de recebê-lo,

considerando-se que as vendas são parceladas. Sendo assim, é muito

importante que a empresa possua um controle específico do fluxo de caixa,

para conhecer os valores das vendas a prazo, necessários na obtenção de um

valor presente alinhado com a receita operacional líquida desejada.

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PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

A elevada disparidade da carga tributária brasileira denota a

necessidade do conhecimento das diversas legislações. O estudo realizado

buscou destacar a extensa e complicada legislação do ICMS, relacionado com

as variações do fluxo de caixa.

As projeções realizadas, com base nas informações da empresa

estudada, proporcionou o convencimento de que é necessário conhecer, nas

vendas a prazo, o valor presente líquido, pois, diante disso, possibilita-se uma

projeção de valores adequados para vendas condizentes com a receita

operacional líquida desejada.

Desta forma, foram montadas tabelas no Excel, que demonstram o fluxo

de caixa e os respectivos cálculos do valor presente para a comparação com a

receita operacional líquida desejada. Assim, realizou-se também um cálculo

que possibilita a verificação em uma venda a prazo dos valores necessários

nas parcelas, para atingir o valor presente condizente com a receita desejada.

Portanto é interessante que a empresa utilize ferramentas, como: tabelas de

análises de vendas e fluxo de caixa, cálculos de valor presente e impostos,

receitas operacionais e demais operações necessárias para simulações de

vendas.

Foi constatado, também, que todo o 3º dia útil do mês subsequente, a

empresa desembolsa um alto valor para pagar obrigações referentes ao ICMS.

Assim, observou-se que a Newdrop, nas vendas a prazo, retira um valor de seu

caixa antes do recebimento das vendas efetivadas.

Diante do exposto, propõe-se:

a) que, nas vendas a prazo, a empresa emita um boleto cobrando, à

vista, os impostos indiretos: ICMS e IPI ou, pelo menos, o valor do

ICMS-ST, para não desembolsar um valor antes do recebimento e,

assim, não correr o risco de diminuir as disponibilidades financeiras

no caixa;

b) caso adote por parcelamento total, acrescentar o custo financeiro

deste parcelamento, conforme estudo proposto;

c) avaliar as vendas para o Estado do Ceará, considerando a vigência

do protocolo com aquele estado a partir de 2014.

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CONCLUSÃO

O trabalho desenvolvido buscou apresentar os impactos das operações

envolvendo o ICMS em situação, com e sem substituição tributária,

principalmente os efeitos decorrentes que as vendas a prazo podem

desencadear no fluxo de caixa.

A análise do objetivo inicial de avaliar o efeito do ICMS, ao levar em

conta a ST e o IVA/MVA, na venda de mercadorias e seu possível efeito no

fluxo de caixa, além do valor presente nas vendas a prazo, desencadeou uma

pesquisa in loco na empresa, pois surgiu a necessidade de conhecer com

maior profundidade, como ocorriam as operações supracitadas. O apoio da

equipe fiscal da empresa estudada proporcionou um acesso adequado para

avaliar as questões que envolvem o tema proposto.

Foi realizada, também, uma extensa pesquisa bibliográfica com o

objetivo de subsidiar o conhecimento do grupo, para compreender com mais

clareza as operações da vasta legislação do ICMS.

Ao longo do trabalho, foi observado como as legislações do tema

estudado são extensas e diferentes nos diversos estados, o que leva a pensar

os efeitos qualitativos de uma possível unificação tributária nesta área, para

diminuir disparidades entre as diversas legislações estaduais do país.

Resultados significantes foram encontrados no desenvolvimento do

trabalho. Veja-se: constatou-se que a empresa estudada, onde a mesma paga

antecipadamente o ICMS, devido à sua obrigatoriedade e prazos estipulados

em legislação, antes mesmo do recebimento pelas vendas, quando se trata de

operações a prazo.

Houve também um grande destaque para a necessidade de a empresa

conhecer ferramentas adequadas para subsidiar o entendimento de parâmetros

de análise do fluxo de caixa, como, por exemplo, o valor presente líquido. Este

fato pode proporcionar ao empresário uma maior capacidade de negociação

com os clientes, além de ferramentas para calcular o valor de venda a prazo,

sem comprometer a receita líquida desejada nas vendas.

Para estudos futuros, poderiam ser aprofundadas análises com vendas

para outros estados, que envolvam a substituição tributária e seus reflexos no

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fluxo de caixa da empresa, além dos impactos em relação à taxa de desconto

utilizada.

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______. Decreto 7.212, de 15 de junho de 2010. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/decreto/d7212.htm> Acesso em: 10 de junho de 2013. ______. Lei nº 12.814, de 16 de maio de 2013. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12814.htm> Acesso em: 28 de março de 2013. CARTILHA DO SIMPLES NACIONAL. O que muda a partir de 2012. SEFAZ. Distrito Federal, 2012. Disponível em: <http://www.fazenda.df.gov.br/arquivos/pdf/pmf_alteracoes_2012.pdf> Acesso em: 03 de abril de 2013. COMITÊ DEPRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS – CPC. Pronunciamento Técnico CPC 12: Ajuste a Valor Presente. Disponível em: <http://www.cpc.org.br/pdf/CPC_12.pdf> Acesso em: 20 de junho de 2013. FABRETTI, L. C. Contabilidade Tributária. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2005. GALHARDO, A. Esclarecimentos gerais sobre o regime de Substituição Tributária do ICMS. Portal Tributário. Disponível em: <http://www.portaltributario.com.br/noticias/substituicao_tributaria.htm> Acesso em: 15 de maio de 2013. ICHIHARA, Y. Direito tributário. 15. ed. São Paulo: Atlas, 2006. LUNELLI, L. R. Ajuste a Valor Presente. Portal de Contabilidade. Disponível em:<http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/ajusteavalorpresente.htm> Acesso em: 18 de junho de 2013. MACHADO, H. B. Comentários ao Código Tributário Nacional. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2008. MARIANO, P. A; WERNECK, R; BEZERRA, S. R. A. Substituição tributária no ICMS. 5. ed. São Paulo: IOB, 2012. MEDEIROS NETO, J. S. Tributos Cumulativos. Câmara dos deputados. Distrito Federal, 2001. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/documentos-e-pesquisa/publicacoes/estnottec/pdf/108559.pdf> Acesso em: 20 de junho de 2013. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO. Nomenclatura Comum do Sul (NCM). Disponível em: <http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=1090> Acesso em: 25 de junho de 2013. NOGUEIRA, R. B. Curso de Direito Tributário. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 1999. OLIVEIRA, G. P. Contabilidade Tributária. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.

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ZANLUCA, J. C. ICMS Teoria e Prática. Portal Tributário e Maph, 2013. ZDANOWICZ, J. E. Fluxo de caixa: uma decisão de planejamento e controle

financeiro. 10. ed. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 2004.

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APÊNDICES

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APÊNDICE A – Roteiro de Estudo de Caso

1 INTRODUÇÃO

Este estudo de caso tem como objetivo apresentar comparações de

situações em que ocorra a incidência do ICMS em relação à substituição

tributária, em vendas dentro ou fora do estado, e a ocorrência do IVA nas

operações, para desta forma contribuir na melhor gestão das vendas a prazo.

Contudo, serão descritos os métodos e técnicas utilizados na coleta de

dados.

1.1 Roteiro do trabalho realizado referente ao assunto estudado

a) Relacionar o Código Tributário Nacional, a Lei Complementar 87/96

(Lei Kandir), Lei 394-B/84 (IVA), Lei 6374/89 (ICMS-SP) e o decreto

45490/200 (RICMS), na administração da empresa.

b) Análises comparativas da aplicação do ICMS na empresa.

c) Depoimentos do contador e da gerente tributária para verificação do

estudo de caso.

1.2 Discussão

Será feito um paralelo entre a teoria estudada e a realidade da empresa

Newdrop.

1.3 Parecer final referente ao assunto abordado, sugestões sobre

manutenção ou modificação no proceder da empresa.

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APÊNDICE B – Roteiro de Observação Sistemática

I IDENTIFICAÇÃO

Empresa:

Localização:

Atividade Econômica:

II ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS

1 Composição da Empresa

2 Estrutura Organizacional

3 Planejamento Tributário

4 Existência de produtos com ou sem Substituição Tributária

5 Análise do IVA/MVA

6 Observação do fluxo de caixa no pagamento dos tributos

7 Avaliação do valor presente das vendas a prazo

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APÊNDICE C - Roteiro do Histórico das vendas inter e intraestaduais

referentes ao ICMS com ou sem substituição tributária e o IVA/MVA

I IDENTIFICAÇÃO

Empresa:

Localização:

Atividade Econômica:

II ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS

1 Histórico da empresa

2 Relatório das vendas inter e intraestaduais

3 Ocorrência do ICMS com ou sem substituição tributária

4 Incidência do IVA/MVA em operações com Substituição Tributária

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APÊNDICE D – Roteiro de entrevista para o contador

I IDENTIFICAÇÃO

Cargo: Profissão:

Escolaridade:

Experiências profissionais:

Outras experiências:

Residência/local: (cidade)

II PERGUNTAS ESPECÍFICAS

1 Qual é a vantagem de se adotar o regime de Substituição Tributária?

2 Qual é a importância dos protocolos e convênios pra o equilíbrio das

tributações entre os estados?

3 Como um bom planejamento tributário pode resultar em benefícios para

a Newdrop?

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APÊNDICE E – Roteiro de entrevista para a gerente tributária

I IDENTIFICAÇÃO

Cargo: Profissão:

Escolaridade:

Experiências profissionais:

Outras experiências:

Residência/local: (cidade)

II PERGUNTAS ESPECÍFICAS

1 Quais são as alíquotas do ICMS correspondentes nas operações

interestaduais destinadas a contribuintes do ICMS mais frequentes na

empresa?

2 Em que momento o ICMS ocorrido da substituição tributária pode gerar

crédito fiscal?

3 Quais são os produtos que sofrem ST, incidência de IVA e quais são as

aquisições realizadas dentro e fora do estado na empresa Newdrop?

4 A substituição tributária é benéfica para os contribuintes?

5 Qual é a importância do planejamento tributário em uma empresa?

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ANEXOS

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ANEXO A – Comprovante de inscrição e situação cadastral