a importÂncia do posicionamento de cultivares de
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A IMPORTÂNCIA DO POSICIONAMENTODE CULTIVARESDE SOJA PARA OSUCESSO DACULTURA
S E M E A N D O O F U T U R O
no mercado de sementes de soja exige
o posicionamento adequado dos
materiais por regiões, sendo esse o
principal fator para a competitividade
comercial e consolidação das cultivares
no mercado.
Por definição, posicionamento é o “ato
ou efeito de posicionar(-se)”.
Ou seja, quando se posiciona uma
cultivar de soja, atua-se diretamente no
desenvolvimento da cultura, e o efeito
será a produtividade. O posicionamento
de cultivares de soja depende de
diversos fatores sobre os quais atuamos
diretamente, como níveis de fertilidade,
época de semeadura, distribuição
espacial e fatores genéticos.
O posicionamento engloba todos
esses tópicos; assim, o conhecimento
e o correto uso dessas variáveis são
importantes para alcançar o melhor
resultado diante de um fator que
não pode ser controlado: o clima.
O objetivo do posicionamento ideal
em soja é assegurar que a variedade
possa expressar a melhor performance
genética possível dentro da condição
ambiental em que foi implantada.
No Brasil, nos últimos anos, vem
ocorrendo a diversificação e
implementação de sistemas agrícolas
mais complexos do que os utilizados
antigamente. Hoje, na região Sul, já
é possível realizar três safras numa
mesma área ao longo de um ano,
otimizando o uso da terra. Regiões
onde historicamente não se planejavam
duas safras estão se transformando e
se aperfeiçoando tecnicamente, o que
se refletena implementação de novos
sistemas agrícolas e possibilita o melhor
uso da terra.
Além dos atuais desafios técnicos,
como nematoides, manejo de pragas,
manejo de doenças e controle de
plantas daninhas, a evolução e o uso
dos sistemas agronômicos são os
principais aliados no desenvolvimento
da produção agrícola no País.
Com o aumento e a diversificação
dos sistemas agrícolas no Brasil, o
posicionamento correto de cultivares de
soja é fundamental para o sucesso dos
produtos disponíveis no mercado e a
otimização dos sistemas agronômicos
em que estão inseridos. O aumento de
empresas de germoplasma que atuam
S E M E A N D O O F U T U R O
INTRODUÇÃO
SOLO E FERTILIDADE
A fertilidade do solo representa a sua
capacidade de fornecer nutrientes às
plantas. Para tanto, é preciso que, além
de estarem presentes na solução do solo,
os cátions e ânions desses nutrientes
devem estar na forma absorvível pelas
raízes, ou seja, disponíveis. Dentro
dessa temática, há dois principais fatores
que devem ser analisados para fins de
posicionamento: correção e adubação do
solo.
Os nutrientes minerais das plantas
têm sua disponibilidade determinada
pordiversos fatores, entre eles o valor
S E M E A N D O O F U T U R Odo pH, que é a medida da concentração
(atividade) de íons hidrogênio na solução
do solo (Gráfico 1).
GRÁFICO 1. Variação na disponibilidade dos nutrientes de acordo com o pH.
CORREÇÃO DA ACIDEZ DO SOLO
Para os solos tropicais, cuja origem
e processo de formação garantem
apresença de alumínio (tóxico para as
raízes), o uso de corretivos de acidez
do solo, como a calagem, melhora a
disponibilidade dos nutrientes, bem
como o aproveitamento de água.
Diminuindo-se a presença de alumínio
tóxico no solo, obtém-se melhor e maior
desenvolvimento radicular na cultura da
soja. O pH ideal para o desenvolvimento
da cultura da soja está entre 5,0 e 6,0.
Como os solos tropicais têm pH baixo/
ácido, é preciso aumentar os níveis de
pH através da calagem. A necessidade de
calagem (NC) é calculada pela seguinte
fórmula:
Fonte
: Adap
tado d
e M
alav
olta,
1987.
S E M E A N D O O F U T U R O
NC (t/ha) = [(V2-V1) * T * f] / 100, em que:
V1 é o valor da saturação de bases trocáveis do solo, em porcentagem,
antes da correção.
V1 = 100 * (S/T), sendo:
S = Ca2+ + Mg2+ + K+ (cmolc.dm-3)
T é a capacidade de troca de cátions (CTC).
T = S + (H+ + Al3+)(cmolc.dm-3)
V2 é o valor da saturação de bases trocáveis desejada.Para a cultura da
soja, V2 está entre 50% e 70%.
f é o fator de correção do poder relativo de neutralizaçãototal (PRNT)
do calcário.
f = 100/PRNT
Fonte
: Em
bra
pa,
2011.
ADUBAÇÃO
É preciso conhecer os principais
nutrientes minerais e seus níveis de
exigênci pela cultura da soja para
definir o posicionamento das cultivares,
considerando o nível de fertilidade e o
investimento do produtor.
Os principais nutrientes exportados pela
cultura da soja, bem como a suaquantidade
de acordo com a produtividade, estão na
Tabela 1:
TABELA 1. Exportação de nutrientes por tonelada de soja produzida.
Fonte
: Em
bra
pa,
2011.
S E M E A N D O O F U T U R O
Analisando-se essa tabela de exportação,
consegue-se estimar os níveis de
nutrientes necessários para alcançar a
produtividade desejada. Considerando-
se aadubação de manutenção, na qual se
estima a necessidade de cada nutriente
A temperatura média do solo adequada
à semeadura da soja varia de 20ºC a
30ºC, sendo 25ºC a temperatura ideal
para uma emergência rápida e uniforme.
Realizar a semeadura em solo com
temperatura média inferior a 20ºC pode
reduzir os índices de germinação, além
de tornar esse processo mais lento. Isso
pode ocorrer em semeaduras anteriores
à época indicada em cada região,
especialmente nas regiões de clima
temperado (EMBRAPA, 2007).
(em kg) por tonelada de grãos de soja
produzida, tem-se a seguir a Tabela 2
para recomendação de adubação de
macronutrientes:
ÉPOCA DE SEMEADURA
TEMPERATURA E UMIDADE DO SOLO
A umidade ideal do solo para semeadura
deve apresentar também aeração e
condições ideais para a operação de
plantio. Assim, ocorre o contato da
semente com a água disponível no solo
para uma germinação uniforme. Para
a sua germinação, a semente de soja
requer absorção de água de pelo menos
50% do seu peso seco (EMBRAPA, 2011).
TABELA 2. Recomendação de adubação NPK de acordo com a produtividade.
* N considerando a ocorrência de fixação biológica
A época de semeadura é o tópico
de posicionamento que mais está
relacionado aos fatores climáticos, e as
cultivares de soja diferenciam-se quanto a
sua sensibilidade à época de semeadura.
É importante discutir os seguintes pontos:
Fonte
: Em
bra
pa,
2011.
Ao contrário, a prática do plantio
sob estresse hídrico (popularmente
conhecido como “plantio no pó”) não é
adequada a um bom stand de plantas,
pois a baixa umidade prejudica a
germinação das sementes e favorece a
presença de certas pragas de solo, além
de trazer alto risco de replantio, que por
sua vez impacta os custos de produção.
S E M E A N D O O F U T U R O
FOTOPERÍODO
O fotoperíodo indica a quantidade de
horas/luz de um dia. A cultura da soja é
muito sensível ao comprimento do dia,
pois a extensão do período de ausência
de luz afeta a indução floral. Portanto,
o efeito típico do fotoperíodo sobre
a soja é a redução do período entre a
emergência das plântulas e o início do
florescimento e, consequentemente, do
ciclo da cultura. Quando uma cultivar é
levada para regiões com menor latitude
ou quando a semeadura é retardada,
o resultado são plantas mais baixas
e com menor altura de inserção da
primeira vagem, redução na área foliar
e menor produtividade (GREEN et al.,
1965). A seleção de plantas de soja com
Período Juvenil Longo (PJL) possibilitou
a expansão da cultura do Sul do Brasil
para o Cerrado, pois as cultivares PJL
permanecem em estado vegetativo por
um período mínimo de dias, mesmo sob
condições de diminuição do período de
luz (dias curtos), garantindo condições
mais adequadas de desenvolvimento
foliar e estruturas antes de iniciar o
período reprodutivo.
JANELA DE PLANTIO
A janela de plantio de cada região define
o período recomendado para realizar
essa operação e é subdividida em três
partes: abertura, médio e fechamento.
Elas apresentam características distintas
entre si, ajudando na definição da
cultivar de soja adequada a determinado
período da janela de plantio. Assim, o
estudo do período de plantio auxilia no
escalonamento e ordenação de plantio
de cada cultivar no campo, definindo a
sequência de materiais plantados. Assim,
é a janela de plantio que determina a
época de semeadura, que por sua vez
afeta o rendimento da cultura e também,
de modo acentuado, a arquitetura e
ocomportamento da planta. Pesquisas
realizadas no Brasil demonstraram
que a época de semeadura é a variável
que produz maior impacto sobre o
rendimento da cultura da soja (PEIXOTO
et al., 2000). A semeadura realizada
em época inadequada pode causar
redução drástica no rendimento, bem
como dificultar a colheita mecânica, de
tal modo que as perdas nessa operação
podem chegar a níveis muito elevados.
S E M E A N D O O F U T U R O
Essas perdas ocorrem devido a alterações
na altura da planta, altura de inserção
das primeiras vagens, número de
ramificações e acamamento (KOMORI et
al., 2004).
Na Figura 1, tem-se a janela de plantio
estipulada pelo MAPA por região
geográfica do Brasil. É possível verificar
que, em geral, o plantio da safra de soja
se inicia em setembro e vai até janeiro.
FIGURA 1. Janelas de plantio (e colheita) da soja por região do Brasil.
Fonte
: Adap
tado d
e M
APA
, 2015
GRUPOS DE MATURAÇÃO (GM)
Os Grupos de Maturação (GM) variam de
acordo com a latitude e são classificados
por uma numeração de 0 (mais próximo
dos polos) a 10 (mais próximo do
Equador). Eles separam as cultivares
de soja em grupos de acordo com sua
região de melhor adaptação, cuja causa
é a resposta ao fotoperíodo. A extensão
territorial do Brasil ésubdividida em
faixas de latitudes que determinam os
Grupos de Maturação (Figura 2).
Exemplo: a cultivar do Grupo de Maturação 6.0 é o mais
preco que a cultivar do Grupo 7.0; assim, a do Grupo
9.2 é a mais tardia que a do Grupo 8.0.
Nas regiões mais próximas à linha do Equador, os dias
são mais curtos no verão e a soja tende a florescer mais
cedo, diminuindo seu ciclo vegetativo e reduzindo a
altura das plantas, principalmente nas cultivares com
hábito de crescimento determinado. Para amenizar
essa resposta negativa ao fotoperíodo , podem ser
usadas cultivares com período juvenil mais longo ou
de hábito de crescimento indeterminado. Geralmente,
nessas regiões são plantadas cultivares do Grupo de
Maturação 8.0 a 10.0.
FIGURA 2. Grupos de Maturação e suas faixas de latitude para o Brasil.
Fonte
: Adap
tado d
e A
llipra
ndin
i et
al.,
2009.
S E M E A N D O O F U T U R O
Anteriormente, as cultivares classifica-
vam-se por ciclo (precoce, semiprecoce,
médio ou tardio), mas esse critério é muito
geral, pois uma variedade precoce pode
apresentar duração de ciclo diferente de
acordo com a região em que está inserida.
Por exemplo, comparando-se variedades
precoces em diferentes locais do Paraná,
a duração do ciclo pode ser de 117 a 123
dias no oeste, menor do que 115 dias no
norte e maior do que 125 dias no centro-
sul do Estado. Assim, o ciclo da mesma
cultivar pode ter uma variação de 10 a 12
dias de uma região para outra (COAMO,
2009).
No verão, os dias são mais longos no Sul
do Brasil (alta latitude) do que próximo ao
Equador (menor latitude), havendo
assim maior fotoperíodo. Para a cultura
da soja, quanto menos luz houver, mais
rapidamente ela entrará em estágio
reprodutivo (florescimento). Assim,
cultivares dos GMs com numeração
mais alta e, consequentemente, melhor
adaptadas às regiões próximas ao
Equador têm ciclo mais curto.
Portanto, o ciclo de uma cultivar é menor
em latitudes baixas (Norte do Brasil) e
também em altitudes baixas. Cada
alteração de um décimo de unidade no
GM significa aproximadamente dois dias
de variação no ciclo (EMBRAPA, 2010).
No final da década de 70, com a descoberta
da característica Período Juvenil Longo
pelos trabalhos de melhoramento de soja
para regiões de baixa latitude, as
cultivares de soja puderam ser plantadas
em expansão para os trópicos, porque
durante o período juvenil a planta
não floresce, mesmo sob dias curtos
(ALMEIDA et al., 1999).
Até então, o fotoperíodo mais curto
dessa região durante o verão causava
florescimento precoce (redução do
período vegetativo), que significa perda
de porte e produtividade.
HÁBITO DE CRESCIMENTO
De acordo com Borém (2000) e
Mundstock e Thomas (2005), as
cultivares com hábito de crescimento
determinado apresentam plantas com
caules terminados por rácemos florais e,
após o início do florescimento, as plantas
aumentam muito pouco em altura. Já as
cultivares com hábito de crescimento
indeterminado não apresentam
rácemos florais terminais e continuam
desenvolvendo nós e alongando o caule
(crescimento vegetativo), de forma que
continuam a incrementar a altura até o
final do florescimento.
Assim, para definir o hábito de
crescimento de determinada cultivar, são
considerados os níveis de crescimento
em altura da planta após o florescimento,
como indicado na Figura 3.
S E M E A N D O O F U T U R O
A Foto 1 mostra três cultivares plantadas
em abertura de plantio, ainda no estado
vegetativo, cada uma com seu hábito
de crescimento. Fica evidente que cada
Figura 3 - Hábitos de crescimento da soja.
uma respondeu de uma forma a essa
época de semeadura. Na Foto 2, as
cultivares já estão em ponto de pré-
colheita.
Foto 1 - Três cultivares plantadas em abertura de plantio em estado vegetativo.
Foto
: Dec
icin
o, T
.
Foto
: Decicin
o, T.
Fonte
: adap
tado d
e ar
quiv
os
inte
rnos
de
TD
.
Foto 2 - Cultivares plantadas em aberturade plantio em pré-colheita.
POPULAÇÃO DE PLANTAS E ESPAÇAMENTOENTRE LINHAS
A distribuição espacial de uma cultivar
de soja é muito importante para o
desenvolvimento da cultura. Esse
fator influencia diretamente certas
características da cultivar, como altura
das plantas, índice de acamamento,
formação de área foliar e raízes, manejo
químico pelo produtor e produtividade.
O melhor arranjo é, teoricamente,
aquele que proporciona a distribuição
mais uniforme de plantas por área,
possibilitando a melhor utilização de
luz, água e nutrientes. Isso porque
plantas espaçadas equidistantemente
competem minimamente por nutrientes,
luz e outros fatores de crescimento
(LAÜER, 1994).
S E M E A N D O O F U T U R O
Cada cultivar tem a sua população ideal
(plantas por hectare), que é definida através
de ensaios com diferentes populações.
Sendo assim, o posicionamento adotado
para uma cultivar de soja tem de seguir
as recomendações do setor técnico.
Erros depopulação de plantas podem
influenciar diretamente a produtividade e
prejudicar o desempenho de uma cultivar.
O espaçamento utilizado atualmente no
Brasil para soja está entre 45 e 50 cm,
pois proporciona uma boa distribuição
espacial de plantas por hectare. Além
disso, é preciso considerar que cada
cultivar reage de maneira distinta à
mudança de espaçamento e que os
maquinários de plantio disponíveis no
mercado ainda são projetados para
os espaçamentos mais tradicionais. O
espaçamento atualmente utilizado (50
cm) garante melhor distribuição de
plantas por m2 do que espaçamentos
maiores (Figura 4).
Figura 4 - Distribuição espacial de uma mesma população (170.000 plantas/ha) em dois espaçamentos
Nas Fotos 3 e 4, é possível avaliar a
diferença de comportamento de uma
mesma cultivar de soja sob espaçamento
de 45 cm, mas com duas populações
distintas: 180.000 plantas/ha (Foto 3) e
220.000 plantas/ha (Foto 4). Neste caso,
o aumento da população provocou um
aumento no índice de acamamento e
estiolamento, devido à competição por
luminosidade.
S E M E A N D O O F U T U R O
Foto 1 - Três cultivares plantadas em abertura de plantio em estado vegetativo.
Foto
: Dec
icin
o, T
.
Foto
: Decicin
o, T.
Foto 2 - Cultivares plantadas em aberturade plantio em pré-colheita.
FATORES GENÉTICOS
A semente, que contém o material
genético, é responsável pela
transferência de inovações tecnológicas
para o campo e pelos ganhos resultantes
do trabalho de melhoramento, seja ele
tradicional ou resultado da engenharia
genética. A qualidade da semente,
definida pelo somatório de todos
os seus atributos genéticos, físicos,
fisiológicos e sanitários, é um dos
principais fatores na determinação do
sucesso de uma cultura. Cada cultivar
possui um banco genético que expressa
características próprias, e estas
podem sofrer influências ambientais
(que dependem do posicionamento)
durante seu desenvolvimento no
campo. Através da expressão genética,
a cultivar de soja pode se adaptar
melhor a determinada condição e
expressar maior potencial produtivo.
Os programas de melhoramento
em soja são altamente focados em
desenvolver novas cultivares com alto
potencial produtivo para o Brasil, além
de buscarem atender às mais diferentes
demandas de cada região sojícola.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
São vários os fatores que influenciam
o posicionamento de cultivares de
soja, todos de grande importância. O
correto estudo das condições regionais,
aliado ao conhecimento dos tópicos
para posicionamento, será diferencial
no sucesso da produtividade de cada
cultivar de soja.
Por fim, o correto Por fim, o correto
posicionamento das variedades
torna-se uma ferramenta altamente
competitiva e importante no mercado,
pois, para o agricultor, alia a segurança à
confiabilidade dos produtos Monsanto,
gerando proximidade e tornando
a companhia referência técnica no
mercado de soja.
O complexo de percejos ocorre na fase
reprodutiva da cultura, e o seu aumento
populacional está ligado à disponibilidade
de recurso, ou seja, alimento (vagens).
Concentram-se, assim, nas áreas de
colheita mais tardias, onde ocorre intensa
migração dos insetos das áreas colhidas
para as áreas que ainda podem se
encontrar em estádio reprodutivo. Os
percevejos sugam as plantas e vagens a
partir de R3 até a maturação fisiológica,
prejudicando a qualidade dos grãos e
favorecendo a ocorrência de distúrbios
fisiológicos na planta (soja “louca” e grãos
verdes). O nível de controle
empregado atualmente é de 1 inseto
por metro para os cultivos de soja
semente e 2 insetos para os cultivos
visando produção de grãos. Atualmente,
os principais inseticidas utilizados no
manejo de percevejos na cultura são o
Engeo Pleno, Connect e Pirephos. Estes
produtos também têm efeito sobre mosca
branca, Bemisia tabaci e coleópteros
desfolhadores (Diabrotica speciosa,
Megascelis spp., Maecolaspis spp., etc.).
No caso de necessidade de controle
de mosca branca e ácaros, o produto
comercial Oberon também é uma opção,
mas que requer um posicionamento
bastante técnico com relação ao momento
de sua aplicação.
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Em caso de dúvidas ou necessidade de mais informações sobre o assunto, procure o TD mais próximo.
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