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“A importância do equilíbrio sócio-ambiental na extração do mármore e do granito” Prof. Aurélio A. Barreto Neto [email protected] Ciclo Especial de Palestras – 45 anos Crea-ES

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“A importância do equilíbrio sócio-ambiental na extração

do mármore e do granito”

Prof. Aurélio A. Barreto Neto

[email protected]

Ciclo Especial de Palestras – 45 anos Crea-ES

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O Setor de Rochas Ornamentais em Números:

No BrasilPrincipais estados produtores: ES, BA, MG, RJ, CE

Produção anual: 6 milhões de ton.

Variedades comerciais: 600

Frentes de lavra: 1.500

Produção de granitos: 57%

Produção de mármores: 17%

No de empresas: 11.000

Empregos diretos: 114.000

Movimentação anual: US$ 2 bilhões

Produção: 47% do total nacional

No de empresas: 1.250

Empregos diretos: 21.000

Empregos indiretos: 80.000

Responsável por 6,5% do PIB do ES

Responsável por 15% da mão-de-obra

industrial do ES

Teares em operação: 1.200 que representam 57% dos teares instalados no Brasil

No Espírito Santo

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Os Impactos ambientais do Setor de Rochas Ornamentais

LavraBeneficiamento

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Os Impactos ambientais da Lavra

Impacto VisualPerda da vegetação nativa

Disposição inadequada de rejeitos (bota-fora) Movimentação do solo

(erosão e assoreamento)

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Solo transportado

Os Impactos ambientais da Lavra

Poluição sonora

Poluição atmosférica:Doenças respiratórias, Silicose

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Solo compactado

Os Impactos ambientais da Lavra

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Eliminação de corpo d’águaEstradas mal planejadas (erosão, assoreamento)

Os Impactos ambientais da Lavra

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Os Impactos ambientais da Lavra

Assoreamento de corpos d’água

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Os Impactos ambientais da Lavra

Solo compactado e supressão da vegetação (redução da infiltração, aumento do escoamento superficial, erosão)…

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Os Impactos ambientais do beneficiamento

Lagoa de deposição do resíduo (LAMA)

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Os Impactos ambientais do beneficiamento

Depósito de casqueiros e cacos

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Os Impactos ambientais do beneficiamento

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Os Impactos ambientais do beneficiamento

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Tratamento adequado da LAMA

Para aterro

Decantador

Filtro Prensa

Esta

ção

de

Floc

ulan

te

Lama

Água Tratada

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CARACTERIZAÇÃO DECARACTERIZAÇÃO DE

RESÍDUOS SÓLIDOSRESÍDUOS SÓLIDOS

NO SETOR DE NO SETOR DE

ROCHAS ORNAMENTAISROCHAS ORNAMENTAIS

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Para se fazer o correto gerenciamento de um resíduo industrial seja para:

aproveitamento,

aterro,

incineração ...

é preciso primeiro caracterizá-lo, classificando-o ambientalmente, e definir suas características físico-químicas.

Caracterização do Resíduo

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A caracterização envolve as seguintes etapas:A caracterização envolve as seguintes etapas:

Determinação da Composição Química e das Determinação da Composição Química e das propriedades físicas (visando um futuro propriedades físicas (visando um futuro aproveitamento)aproveitamento)

Classificação segundo a NBR 1004 (classificação Classificação segundo a NBR 1004 (classificação ambiental)ambiental)

Caracterização do Resíduo

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CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DE CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DE ACORDO COM A NORMA ABNT NBR-10.004/2004ACORDO COM A NORMA ABNT NBR-10.004/2004

Têm por objetivo determinar qual a disposição Têm por objetivo determinar qual a disposição ambientalmente correta (qual tipo de aterro, ambientalmente correta (qual tipo de aterro, incineração)incineração)

CLASSE I - PERIGOSOS CLASSE I - PERIGOSOS

CLASSE II – NÃO PERIGOSOSCLASSE II – NÃO PERIGOSOS

CLASSE II A – NÃO INERTESCLASSE II A – NÃO INERTES CLASSE II B – INERTESCLASSE II B – INERTES

Caracterização do Resíduo

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São de CLASSE I (Perigosos)São de CLASSE I (Perigosos)

Quando um resíduo, em função de suas propriedades físicas,químicas ou infecto-contagiosas, apresentar:

1) risco à saúde pública, provocando mortalidade, incidência de doenças ou acentuando seus índices;

2) riscos ao meio ambiente, quando o resíduo for gerenciado de forma inadequada.

3) Ou uma das características abaixo: inflamabilidade

corrosividade toxidade reatividade patogenidade

Caracterização do Resíduo

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CLASSE II (Não perigosos)CLASSE II (Não perigosos)

Resíduos classe II A - Não inertesResíduos classe II A - Não inertes

Não se enquadram nas classificações de resíduos CLASSE I - Não se enquadram nas classificações de resíduos CLASSE I - Perigosos ou de resíduos CLASSE II B - Inertes, Perigosos ou de resíduos CLASSE II B - Inertes,

Apresentam um ou mais elementos acima do limite permitido na Apresentam um ou mais elementos acima do limite permitido na teste de solubilização e ou propriedades como:teste de solubilização e ou propriedades como:

- combustibilidade- combustibilidade - biodegradabilidade- biodegradabilidade - solubilidade em - solubilidade em águaágua

Caracterização do Resíduo

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Resíduos classe II B - InertesResíduos classe II B - InertesQuaisquer resíduos que:Quaisquer resíduos que:

-quando amostrados de uma forma representativa, segundo a quando amostrados de uma forma representativa, segundo a ABNT NBR 10007, ABNT NBR 10007,

-e submetidos a um contato dinâmico e estático com água e submetidos a um contato dinâmico e estático com água destilada ou deionizada, à temperatura ambiente, conforme ABNT destilada ou deionizada, à temperatura ambiente, conforme ABNT NBR 10006, NBR 10006,

-não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água, concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água, excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor, conforme excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor, conforme anexo G.anexo G.

Caracterização do Resíduo

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PF = perda ao fogo

Composição química (% em peso) do resíduo de granito.

1,331,33PFPF2,392,39Na2ONa2O4,194,19K2OK2O3,013,01CaOCaO1,471,47MgOMgO0,040,04MnOMnO0,930,93TiO2TiO27,897,89Fe2O3Fe2O312,8412,84Al2O3Al2O365,9565,95SiO2SiO2% em peso% em pesocomposiçãocomposição

0,50,5PFPF2,932,93Na2ONa2O5,185,18K2OK2O1,911,91CaOCaO0,730,73MgOMgO0,010,01MnOMnO0,730,73TiO2TiO24,404,40Fe2O3Fe2O314,9214,92Al2O3Al2O367,1467,14SiO2SiO2% em peso% em pesocomposiçãocomposição

Granito A Granito B

Caracterização do Resíduo

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Qual o objetivo de se conhecer a composição dos produtos desenvolvidos para a Construção Civil a partir do

resíduo (lama) das Rochas Ornamentais?

Porque um dia estes produtos serão entulhos…

Composição dos produtos

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Entulho

Composição dos produtos

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Bota ForasBota Forasem Piracicaba e naem Piracicaba e naVia Dutra - SPVia Dutra - SP

Fonte: Pinto, TP, 2005

Resíduo da construção civil – “ENTULHO”

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Bota Fora Jundiaí-SPBota Fora Jundiaí-SPDesperdício de recursos naturaisDesperdício de recursos naturais

Fonte: Pinto, TP, 2005

Resíduo da construção civil – “ENTULHO”

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Resíduo da construção civil – “ENTULHO”

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CLASSE II A – NÃO INERTESCLASSE II A – NÃO INERTES

Os Resíduos classificados como:

Devem ser acondicionados em ATERROS PROJETADOS

Para evitarem contaminação ambiental

Composição dos produtos

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Engenharia dos ATERROS

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O resíduo fino sólido, pode ser utilizado na formulação de:

Tijolos para fins estruturais Bloquetes para calçamento de ruas e calçadas.

Aproveitamento dos resíduos sólidosAproveitamento dos resíduos sólidos

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Substitui o calcário, matéria-prima normalmente utilizada Substitui o calcário, matéria-prima normalmente utilizada nas formulações.nas formulações.

A resistência à compressão da argamassa produzida com os A resistência à compressão da argamassa produzida com os resíduos do corte das serrarias, após o terceiro dia de cura, resíduos do corte das serrarias, após o terceiro dia de cura, foi cerca de 2% superior a da argamassa existente no foi cerca de 2% superior a da argamassa existente no mercado. mercado.

NA ARGAMASSA

Aproveitamento dos resíduos sólidosAproveitamento dos resíduos sólidos

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Após o sétimo dia e também após o vigésimo oitavo dia, a Após o sétimo dia e também após o vigésimo oitavo dia, a resistência à compressão foi cerca de 5% superior a argamassa de resistência à compressão foi cerca de 5% superior a argamassa de mercado.mercado.

NA ARGAMASSA

Aproveitamento dos resíduos sólidosAproveitamento dos resíduos sólidos

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Utilização do Resíduo Proveniente da Serragem de Rochas Graníticas como Material de Enchimento em

Concretos Asfálticos Usinados a Quente

Características específicas deste rejeito vislumbram a sua utilização como material de enchimento em concretos asfálticos:

Fina granulometria, com 71,65% de materiais com dimensões inferior a 0,075mm.

Composição pré-definida (granito moído),

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Cachoeiro de Itapemirim

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Curso Técnico de Rochas Ornamentais

Área de atuação:

Lavra

BeneficiamentoGerenciamento de Pedreiras, Marmorarias e Serrarias

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Curso Técnico de Eletromecânica

Área de atuação:

Manutenção de máquinas: teares, politrzes…

Manutenção de Pontes Rolantes…

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Pesquisas em andamento no CEFETES na área de Rochas Ornamentais

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Avaliação da resistência de lajotas com 20% e 25% de lama de granito na sua composição

Projeto 1

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Caracterização ambiental dos produtos desenvolvidos a partir da lama gerada nos processos de beneficiamento de mármores e granitos

• Caracterizar a lama abrasiva de acordo com a NBR 10004/ 2004.

• Realizar ensaios de lixiviação e solubilização segundo a NBR 10005/2004 e NBR 10006/2004 respectivamente, dos produtos fabricados com o resíduo do beneficiamento de mármore e de granito.

Objetivos específicos

Projeto 2

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Caracterização e Utilização Sustentável do Resíduo Gerado nos Processos de

Beneficiamento de Rochas Ornamentais no Espírito Santo

Participação:

Centro Federal de Educação Tecnológica do Espírito Santo – CEFETESSecretaria Municipal de Meio Ambiente de Cachoeiro de ItapemirimSecretaria Municipal de Meio Ambiente de Nova Venécia

Projeto 3

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Objetivo Geral

• Estudar a aplicação do resíduo gerado no beneficiamento de rochas ornamentais (lama abrasiva), visando transforma-los em produtos utilizados na construção civil, na indústria siderúrgica e na agricultura.

Projeto 3

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Objetivos Específicos • Caracterizar a lama abrasiva de acordo com as normas NBR

10004 a 10007 de 2004;• Desenvolver produtos a serem utilizados na construção civil

tais como: blocos para alvenaria, telhas, argamassa e concreto;• Estudar a utilização da lama como dessulfurante e

desfosforante de aços;• Estudar a utilização da lama na agricultura, principalmente a

proveniente do beneficiamento de mármore (rica em calcário); • Realizar ensaios de lixiviação e solubilização, segundo as

normas NBR 10005 e 10006 de 2004, nos produtos fabricados com o resíduo, visando sua classificação ambiental e a determinação de seu potencial de contaminação no solo;

• Estudar a dinâmica de percolação do resíduo no solo.

Projeto 3

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1a etapa: Caracterização da lama abrasiva

Nesta etapa serão recolhidas as amostras do resíduo nas

empresas de beneficiamento de rochas ornamentais, conforme

norma NBR 10007.

Em seguida serão realizadas análise química, análise

granulométrica e difração de raio X em todas as amostras.

Também será realizada a classificação ambiental segundo as

normas NBR 10004 a 10006 de 2004, para determinar a sua classe

deste resíduo.

Projeto 3

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2a etapa: Desenvolvimento de produtos a serem utilizados na

construção civil tais como: tijolos, telhas e blocos;

Serão produzidos elementos pré-moldados de concreto e

realizados testes de caracterização física para averiguar os

requisitos normativos e testes ambientais para classificar a

periculosidade dos produtos como entulho.

Projeto 3

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3a etapa: Utilização da lama como dessulfurante e desfosforante de aços;

Serão realizados testes, utilizando o forno de indução, da capacidade deste resíduo de ser utilizado como dessulfurante e desfosforante no processo de fabricação do aço. O resíduo proveniente do beneficiamento de mármore, que é rico em CaO e MgO, será utilizado em substituição da cal e da dolomita nos processo de dessulfuração e como proteção do refratário.Análises dos teores de fósforo e enxofre serão realizada para comparação com o processo convencional de fabricação do aço.

Projeto 3

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4a etapa: Estudar a utilização do resíduo como insumo agrícola

Amostras do resíduo de mármore serão enviadas à EMBRAPA para realização de testes relativos a utilização deste resíduo como corretivo de pH de solos ácidos.

Projeto 3

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5a etapa: Estudar a dinâmica de percolação do resíduo no solo.

Nesta etapa será estudado a capacidade de penetração do resíduo em solos e conseqüentemente, o grau de contaminação do solo pelas partículas do resíduo e pela água nele presente. Para este fim serão construídas duas células (tanques) na qual serão dispostos uma camada de solo da região e uma camada do resíduo. Uma análise do perfil do solo e da água permitirá o conhecimento da dinâmica de infiltração e percolação da água no solo bem como, a dinâmica de carreamento das partículas sólidas do resíduo e possíveis contaminação do solo e do lençol freático.

Projeto 3

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Obrigado pela Atenção!