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A importância do associativismo e da regulação 9º EAU – USUPORT BA – FIEB 29 nov 2013 A importância do associativismo e da regulação setorial para o desenvolvimento da logística brasileira Osvaldo Agripino de Castro Junior – Advogado Rio de Janeiro [email protected]

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A importância do associativismo e da regulação

9º EAU – USUPORT BA – FIEB 29 nov 2013

A importância do associativismo e da regulação setorial para o desenvolvimento da logística

brasileiraOsvaldo Agripino de Castro Junior – Advogado

Rio de Janeiro

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Linhas aéreas se baseiam no sentido das comunicações para

montarem suas rotas aéreas.

Análise de Concentração de Carga (“pessoas”) versus mobilidade

dessas “cargas” (Comte. Patrício Jr. , CEO Itapoa)

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Shipping lines acompanham a economia globalizada, analisa ndo aconcentração da produção industrial no Oriente x consumo no Ocidente.Através de grandes navios, estabelecem-se nas rotas maríti masglobais. Para isso é fundamental a expansão dos atuais canai sintercontinentais: Panamá e Suez

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Currículo resumido� Atua há 32 anos no setor de transporte marítimo, COMEX e

portos� Piloto de navios mercantes durante quatro anos, tendo

viajado para 30 países e operado em 65 portos� Pós-Doutorado em Regulação dos Transportes e Portos –

Harvard University (2007/2008)� Há 20 anos atua como advogado, formado pela UERJ (1992),

inscrito na OAB SC e RJ� Fundador e consultor jurídico da USUPORT SC� Professor do Programa de Doutorado e Mestrado em Ciência

Jurídica da UNIVALI (www.univali.br/ppcj) e convidado doLabTRANS/UFSC, PUC/SP, FGV/RJ e do IMLI/IMO, Malta(senior lecturer).

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Roteiro de “navegação”

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Sumário1. Introdução: Conceitos, aspectos históricos,

jurídicos e principais problemas2. Alguns Mitos do setor3. A importância do associativismo dos usuários4. O que fazer ?4. O que fazer ?5. Conclusões

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1. Conceitos relevantes� Cidadania� Usuário� Associativismo� Representação: legitimidade� Assimetria representativa� Regulação setorial independente� Captura� Federalismo regulatório� Logística como sistema� Descentralização administrativa

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CONIT

Intermodalidade MultimodalidadeLei n. 9611/98

Agência de Estado vinculada, não subordinada ao Governo

SEP ??

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Indústria Regulada

Grande associativismo

Usuários / Consumidores

Baixo associativismo

ANTAQCaptura ?

Lei n. 9611/98

E o CAP ?

1. Aspectos históricos e jurídicos

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formadapela união indissolúvel dos Estados e Municípiose do Distrito Federal, constitui-se em EstadoDemocrático de Direito e tem como fundamentos:

II - a cidadania;

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Associativismo é um Direito FundamentalArt. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção dequalquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aosestrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito àvida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade,nos termos seguintes:(…)(…)

XVII - é plena a liberdade de associação para finslícitos, vedada a de caráter paramilitar;

XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a decooperativas independem de autorização, sendovedada a interferência estatal em seufuncionamento; [email protected]

Associativismo é um Direito Constitucional

XIX - as associações só poderão sercompulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividadessuspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeirocaso, o trânsito em julgado;

XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se oua permanecer associado;

XXI - as entidades associativas, quando expressamenteautorizadas, têm legitimidade para representar seus filiadosjudicial ou extrajudicialmente;

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Hipótese de trabalho

A análise dos principais aspectos históricos ejurídicos do associativismo e da regulação setorialcontribui para desenvolver a logística brasileira

Teorias de base:Neoinstitucional + Law and DevelopmentNeoinstitucional + Law and Development

� CASTRO JUNIOR, Osvaldo Agripino de. Introdução aoDireito e Desenvolvimento – Estudo comparado para areforma do sistema judicial. Brasília: OAB Nacional, 2004,855 p.

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Usuário na Nova Lei dos PortosArt. 3°. A exploração dos portos organizados e instalaçõesportuárias, com o objetivo de aumentar a competitividade e odesenvolvimento do País, deve seguir as seguintes diretrizes:II - garantia da modicidade e da publicidade das tarifas epreços praticados no setor, da qualidade da atividade

prestada e da efetividade dos direitos dosprestada e da efetividade dos direitos dosusuários ;Art. 5º São essenciais aos contratos de concessão e

arrendamento as cláusulas relativas: (...) VI - aosdireitos e deveres dos usuários , com asobrigações correlatas do contratado e as sançõesrespectivas ; (...)

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O papel do usuário� Qualificado para dizer sobre a adequação do serviço e

modicidade tarifária, MAS A REGULAÇÃO O IGNORA� Essa percepção contribui para a melhor tomada de

decisão� Participação desde a discussão do edital� Participação desde a discussão do edital� Possuem direitos e deveres em relação ao serviço

concedido/autorizado� Cooperação possibilita benefícios para todos (presente

e futuro)� Art. 3º da Lei n. 8987/95 prevê a cooperação isonômica

do usuário na fiscalização

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Lei das Concessões e permissões:Art. 3º - As concessões e permissões sujeitar-se-ão àfiscalização pelo poder concedente responsável peladelegação, com a cooperação dos usuários .

Art. 7º - (...) são direitos e obrigações dos usuários :

II- receber do poder concedente e da concessionáriainformações para a defesa do interesse individual e

coletivo;

IV- levar ao conhecimento do poder público e daconcessionária as irregularidades de que tenhamconhecimento, referentes ao serviço prestado;

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O associativismo DOS USUÁRIOScomo política pública (de Estado)

V - comunicar às autoridades competentes os atosilícitos praticados pela concessionária na prestação doserviço.Art . 23. São cláusulas essenciais do contrato deArt . 23. São cláusulas essenciais do contrato deconcessão as relativas:VI - os direitos e deveres dos usuários para a obtenção eutilização do serviço.Art. 29. Incumbe ao poder concedente:XII -"estimular a formação de associações de usuáriospara defesa de interesses relativos ao serviço".

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1. IntroduçãoProblemas de infraestrutura na percepção do usuário

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Problemas estruturais…percepção do cidadãoindignado com tarifas abusivas e serviços depéssima qualidade� Crise de liderança, sistema político sem oposição

propositiva e debate prospectivo� Descolamento do representado x representante (mandato)� Partidos (“de mentirinha”?) sem prévias que, em regra,Partidos (“de mentirinha”?) sem prévias que, em regra,

decidem sem ouvir seus filiados� Maioria dos eleitores desinteressados pela política� Operação Porto Seguro – MPF denunciou 24 pessoas

� Baixo grau de institucionalização: Desinstitucionalização ?CRISE NOS TRANSPORTES ???

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2. ALGUNS MITOS DO SETOR

MITO 1 – O PODER CONCEDENTE DEFENDE O INTERESSEPÚBLICO: QUEM (ERA) É O PODER CONCEDENTE ?Ministro dos Transportes deixa o cargo após denúncias decorrupção João Fellet Da BBC Brasil em BrasíliaAtualizado em 6 de julho, 2011 - 17:39 (Brasília) 20:39 GMT

Pasta é alvo de acusações de superfaturamento;cúpula do ministério já havia sido afastada

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cúpula do ministério já havia sido afastadaO ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento (PR-AM), an unciounesta quarta-feira sua demissão, quatro dias após uma repor tagemdenunciar indícios de corrupção em obras de rodovias e ferro viasfederais.

DOADORAS TRATADAS A PÃO DE LÓ NO SETOR DE PORTOS - Fonte: www.sobralnoticias.com (24.04.2013)

� Diz o colunista que, ''após cinco meses, têm sido colhidosapenas dados de entidades atreladas a grandes nomes dosetor, cuja afinidade com a contratante é manjada.

Empresas como Aliança, ligada à gigante Hamburg Sud, são� Empresas como Aliança, ligada à gigante Hamburg Sud, sãonotórias doadoras de campanha dos irmãos Ciro e CidGomes (PSB), que controlam a Secretaria dos Portos.''

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DOADORAS TRATADAS A PÃO DE LÓ NO SETOR DE PORTOS

''O governador cearense Cid Gomes (PSB) recebeudoação de duas empresas do setor portuário. Foramgenerosas: R$ 700 mil. A lei proíbe doações eleitorais depermissionárias de serviço público, mas ambas asdoadoras de Cid Gomes atuam sob licença da Antaq. Só aCia de Navegação da Amazônia (CNA) doou R$ 500 mil à

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Cia de Navegação da Amazônia (CNA) doou R$ 500 mil àcampanha de Cid Gomes. A outra foi a Aliança Navegaçãoe Logística.''

Leônidas Cristino: Sem ministério, Ciro indicaprefeito de Sobral para Portos e AeroportosFonte: dialogospoliticos 21.10.2010

O deputado Ciro Gomes (PSB-CE) não vai integrar o ministério dapresidente eleita, Dilma Rousseff, mas ganhou o direito de i ndicar onome do partido, e do Ceará, para ocupar a pasta dos Portos eAeroportos. Ciro indicou o prefeito de Sobral, o engenheiro LeônidasCristino. O município cearense é uma espécie de feudo da famíliaGomes – o atual governador do Ceará, Cid Gomes, foi prefeito de

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Gomes – o atual governador do Ceará, Cid Gomes, foi prefeito deSobral antes de assumir o comando do Estado.Leônidas Cristino foi deputado federal e sempre pertenceu à base deapoio de Ciro Gomes, quando este foi prefeito de Fortaleza egovernador do Ceará.

Folha de S. Paulo de 21.05.2013: A força do lobby

“Um grupo de 28 empresas e famílias que exploramportos no Brasil injetou pelo menos R$ 121,5 milhõesem campanhas eleitorais e na direção de partidospolíticos em apenas três anos, de 2010 a 2012. Aspolíticos em apenas três anos, de 2010 a 2012. Asempresas tinham interesses diversos na discussãoda Medida Provisória dos Portos, proposta dealteração das regras do setor apresentada pelogoverno Dilma no fim de 2012 e aprovada noCongresso na semana passada."

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Comissão do Senado aprova ex-diretor de time de basquete para ANTT – agência Estado 4.8.2010

Pouco antes da consagração de Bastos ser iniciada, umsenador da base governista, que se ausentou da votação,lamentou o nome indicado pelo governo, mas ressaltouque, pelo fato de Jorge Bastos já ter trabalho noSenado e conhecer todos os senadores presentes, aaprovação seria simples.aprovação seria simples.

- Aqui o que vale é a simpatia.resumiu.

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MITO 2. A Reforma Portuária é para o usuário

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Principais problemas

1. Falta de organização dos usuários > captura > regulaçãoeconômica ineficaz = CUSTO-BRASIL (“DO OUTRO”) ,perda de empregos, não adianta produzir…

2. Assimetria de informação/representatividade entre2. Assimetria de informação/representatividade entreprestadores de serviços:terminais x usuários

3. “Jabuticaba”: tarifa de armazenagem AD VALOREM

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MITO 3 (Paulo Villa)

MITO: É PRECISO AUMENTAR A ESCALACOM CRIAÇÃO/AMPLIAÇÃO/REFORMADE TERMINAISDE TERMINAIS

xVERDADE: AUMENTO DA ESCALA NÃOREDUZIU CUSTOS DESDE A LEI DOSPORTOS (1993)

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MITO 4

MITO: O PORTO DEFINE A CAPACIDADE DOSISTEMA

xxVERDADE: É FUNDAMENTAL QUE A CARGACHEGUE E SAIA DE MANEIRA ADEQUADAPELA VIA TERRESTRE VIAMULTIMODALIDADE.É PRECISO COLOCAR A INFRAESTRUTURANA FRENTE DA DEMANDA

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MITO 5: O porto (Adm. Port.) é ineficienteNo porto: 30 “Deuses” e 1 mortal:

shipper ou consignee

i. Autoridade Marítima (Capitania) X Autoridade Portuária (APPA):Dragagemii. Autoridade Policial (PF) X Autoridade Aduaneira (ReceitaFederal): Escuta telefônica ilegal: ações indenizatórias contra a UFiii. Autoridade Ambiental Federal x Autoridade Ambiental Estadualx Autoridade Ambiental Municipal: caso navio Vicuña

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Obstáculos à eficiência do modelo ? � Civil Law x Common Law

� Direito Administrativo x Direito norte-americano

� Cultura política (regulação setorial)� Cultura política (regulação setorial)

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Custo BrasilIndíce de competitividade WEF 2012- 2013: a

posição do Brasil em Infraestrutura entre 144 nações

� Qualidade da infraestrutura geral 107º� Rodovias 123º� infraestrutura ferroviária 100º� infraestrutura ferroviária 100º� infraestrutura portuária 135º� infraestrutura aérea 134º

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Custo Brasil: Ambiente de negócios

� Relatório Doing Business do Banco Mundial,2013

� Pesquisa realizada entre 183 países queanalisa as regulamentações ( legalinfrastructure ) aplicadas aos negócios em umainfrastructure ) aplicadas aos negócios em umaeconomia

� O Brasil ocupa ............................... 126ª posi ção

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Pouca competitividade da logística brasileira

Inexiste explicação monocausal para solucionar/evitar osproblemas de setor com alto grau de transnacionalidade,grandes investimentos e de indústria de rede“O setor portuário é uma indústria de rede onde há espaço paraum tipo particular de conduta anticompetitiva que a teoriaeconômica denomina de ‘problema da extorsão’ (the hold-upeconômica denomina de ‘problema da extorsão’ (the hold-upproblem).” (Araújo Junior, 2003)(assaltar à mão armada)

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Regulação econômica sofrível…

Se o Estado não regula ou regula mal, o Mercado regula -(Crise das hipotecas nos EUA) –

Eu estava lá… (www.hks.harvard.edu)Falha de mercado x Falha de governo

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O direito de fiscalizar

� O outorgado deve compreender que o usuário não é ummero detalhe, nem deve ser ignorado

� O usuário tem o poder de fiscalizar e a faculdade de� O usuário tem o poder de fiscalizar e a faculdade decomunicar o defeito

� Interesses: Usuário x Sociedade

� Interesses: usuário x interesse público

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MITO 6. A Logística é ineficaz

� A palavra logística vem do grego logos (λόγος) esignifica "discurso, razão, rácio, racionalidade,linguagem, frase", mais especificamente da palavragrega logistiki (λογιστική), significando contabilidadegrega logistiki (λογιστική), significando contabilidadee organização financeira.

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Atividada portuária é indústria de rede

A característica fundamental de uma indústria de rede é aestrita complementaridade entre os diversos segmentos dacadeia produtiva, cujos elos estabelecem – por razões denatureza tecnológica.

Quase todas as indústrias de rede não são, de fato,Quase todas as indústrias de rede não são, de fato,“indústrias” no sentido convencional, mas atividadesprestadoras de serviços de infraestrutura, como água esaneamento, energia elétrica, telecomunicações, gás ecombustíveis, ferrovias, transporte aéreo e portos.

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Problemas1. Greve Sazonal: não regulamentação da Lei de Greve do

servidor público federal

2. Usuários desorganizados desconhecem o poder de criaçãodas políticas públicas via regulação setorial independente

3. Para o setor organizado é mais fácil fazer a regulação dosseus interesses via MP

4. Falta de controle legislativo

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Problemas…

5. Concorrência imperfeita ( cream-skimming ): TUP X PO

6. Espaços regulatórios não habitados

7. Inexiste registro e acompanhamento de preços e tarifas (transporte marítimo, demurrage) e parte

8. Cobrança indevida ( cramming )………demurrage e tarifas portuárias

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Cramming (FOB)

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MITO 7 – HÁ REGULAÇÃO ECONÔMICA EM BENEFÍCIO DO USUÁRIOCASO: PREÇOS DE ARMAZENAGEM TERMINAL PRIVADOCATARINENSE A (a partir de 01 01 2013)Tabela de preços e serviços:Esta tabela de preços será aplicada a todos os usuários, que na data dofaturamento do serviço, não possuírem acordo individual com a ....... a partirde .......... e é válida por tempo indeterminado, podendo sofrer alteraçõe ssem aviso prévio .1 Armazenagem

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1 Armazenagem 1.1 Importação Contêiner 20’ e 40’ 1º Período (7 dias ou fração): 0,30% sobre valor CIF (Valor mínimo cobrado R$ 230,00 por contêiner); A partir do 8º dia: 0,14% (ao dia) sobre valor CIF (Valor mínimo cobrado R$ 72,00 por contêiner); A partir do 15º dia em diante: 0,24% (ao dia) sobre o valor CIF (Valor mínimo cobrado R$ 110,00 por contêiner).

TARIFAS DE ARMAZENAGEM PORTO PÚBLICO CATARINENSE A

ARMAZENAGEM (INTERNA, EXTERNA E ESPECIAIS)TAXAS DEVIDAS PELOS DONOS DE MERCADORIAS E/OUOPERADORES PORTUÁRIOS

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1. ARMAZENAGEM DE IMPORTAÇÃO CTN1.1 1º período – do 1º ao 10º dia – sobre valor cif 0,15 %1.2 2º período – d0 11º ao 30º dia – sobre valor cif 0,2 0%1.3 3º período – a partir do 31º dia – sobre valor cif/ dia 0,08%

TARIFAS DE ARMAZENAGEM PORTO PÚBLICO CATARINENSE B (de 8 ago 2011 até 18 agosto 2013)

SERVIÇOS DE ARMAZENAGEM (taxas devidas pelo Dono da Mercadoria ou Requisitante)ITEM1 - Mercadorias importadas do estrangeiro (ad valorem):

1.1 - Até 10 dias de armazenagem ou fração 0,32%1.2 - A partir do 11°dia, por dia ou fração 0,14%2 - Mercadorias diversas, na exportação, cabotagem e nacionalizadas, emarmazéns ou pátios, por tonelada/dia, até 30 dias. R$0,07

[email protected]

armazéns ou pátios, por tonelada/dia, até 30 dias. R$0,073 - Mercadorias diversas, na exportação, cabotagem e nacionalizadas, emarmazéns ou pátios, por tonelada/dia, após 30°dia.R$0,20

OBS.

a) Os percentuais indicados na taxa 1 desta Tabela incidem sobre o valor CIFdas mercadorias.

TARIFAS DE ARMAZENAGEM PORTO PÚBLICO CATARINENSE B (a partir de 12 agosto 2013)

SERVIÇOS DE ARMAZENAGEM (taxas devidas pelo Dono da Mercadoria ou Requisitante)ITEM1 - Mercadorias importadas do estrangeiro (ad valorem):

1.1 - Até 07 dias de armazenagem ou fração 0,35%1.2 - A partir do 8°dia, por dia ou fração 0,15%2 - Mercadorias diversas, na exportação, cabotagem e nacionalizadas, emarmazéns ou pátios, por tonelada/dia, até 30 dias. R$0,08

[email protected]

armazéns ou pátios, por tonelada/dia, até 30 dias. R$0,083 - Mercadorias diversas, na exportação, cabotagem e nacionalizadas, emarmazéns ou pátios, por tonelada/dia, após 30°dia.R$0,22

NÃO INCIDÊNCIASa) O contêiner vazio ou esvaziado nas dependências portuárias, nos primeiros 8(oito) dias.Observaçõesa) Os percentuais indicados na taxa 1 desta Tabela incidem sobre o valor CIFdas mercadorias.

MPF X TECON RIO GRANDEJulgado no STJ : “cramming”

2. Assim, afigura-se irrelevante a maior ou menor modicidade da cobrançada tarifa de armazenagem após a privatização do serviço, em relação aosvalores praticados anteriormente, até porque não está em julgamento aprivatização do serviço portuário. Mas antes o momento de incidência datarifa de armazenagem.3. É abusiva a cobrança de 'tarifa de armazenagem de carga

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3. É abusiva a cobrança de 'tarifa de armazenagem de cargade 15 dias' por parte da empresa que explora serviçoportuário em regime de concessão ou permissão, pois não sepode cobrar por um serviço que não foi prestado.4. Uma tarifa cobrada indevidamente e de forma sistemática, sob oargumento da sua anterioridade e habitualidade, ainda em francacontrariedade com Instrução Normativa da Receita Federal, e queencarece toda a cadeia produtiva, incontestavelmente ofende os princípiosreitores da Ordem Econômica (...) (fl. 734-STJ).

TARIFAS TECON RIO GRANDE 2013

H. SERVIÇOS DE ARMAZENAGEM Normas de aplicação:H.1. Armazenagem de containers cheios de exportação outransbordo depositados no pátio

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(…)

H.3. Armazenagem de mercadorias importadas ou em retorno do estrangeiro depositadas no pátio, em áreas especiais ou armazéns do Terminal H.3.1. Período superior a dois dias, por dia.......... 0,04% do valor CIF

Rio de Janeiro: Tarifa de armazenagem

Dois portos arrendados (Terminal Libra Rio e MultiRio)reduziram recentemente o 1º período de armazenagem de10 dias para 7 dias, um deles, sob a alegação de que talmedida dará agilidade.A tarifa é cobrada ad valorem sobre o valor CIF da carga,A tarifa é cobrada ad valorem sobre o valor CIF da carga,como se a tarifa portuária fosse tributo, e não por espaço e

tempo.

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Rio de Janeiro: cartel ?

Para surpresa dos usuários dos portos fluminenses, oSepetiba Tecon também fez tal procedimento.Por causa desses fatos, dentre outros, os usuários dosportos do Rio de Janeiro se organizam através daportos do Rio de Janeiro se organizam através daIROLOG

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Insegurança Jurídica ? Lei n. 11.196/2005Institui o Regime Especial de Tributação para a Plataforma de Exportação deServiços de Tecnologia da Informação - REPES, o Regime Espec ial de Aquisiçãode Bens de Capital para Empresas Exportadoras - RECAP e o Prog rama deInclusão Digital; dispõe sobre incentivos fiscais para a in ovação tecnológica ;altera o Decreto-Lei no 288, de 28 de fevereiro de 1967, o Decreto no 70.235, de 6 de março de1972, o Decreto-Lei no 2.287, de 23 de julho de 1986, as Leis nos 4.502, de 30 de novembro de1964, 8.212, de 24 de julho de 1991, 8.245, de 18 de outubro de 1991, 8.387, de 30 de dezembrode 1991, 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.981, de 20 de janeiro de 1995, 8.987, de 13 defevereiro de 1995, 8.989, de 24 de fevereiro de 1995, 9.249, de 26 de dezembro de 1995, 9.250,de 26 de dezembro de 1995, 9.311, de 24 de outubro de 1996, 9.317, de 5 de dezembro dede 26 de dezembro de 1995, 9.311, de 24 de outubro de 1996, 9.317, de 5 de dezembro de1996, 9.430, de 27 de dezembro de 1996, 9.718, de 27 de novembro de 1998, 10.336, de 19 dedezembro de 2001, 10.438, de 26 de abril de 2002, 10.485, de 3 de julho de 2002, 10.637, de 30de dezembro de 2002, 10.755, de 3 de novembro de 2003, 10.833, de 29 de dezembro de 2003,10.865, de 30 de abril de 2004, 10.925, de 23 de julho de 2004, 10.931, de 2 de agosto de 2004,11.033, de 21 de dezembro de 2004, 11.051, de 29 de dezembro de 2004, 11.053, de 29 dedezembro de 2004, 11.101, de 9 de fevereiro de 2005, 11.128, de 28 de junho de 2005, e aMedida Provisória no 2.199-14, de 24 de agosto de 2001; revoga a Lei no 8.661, de 2 de junho de1993, e dispositivos das Leis nos 8.668, de 25 de junho de 1993, 8.981, de 20 de janeiro de 1995,10.637, de 30 de dezembro de 2002, 10.755, de 3 de novembro de 2003, 10.865, de 30 de abrilde 2004, 10.931, de 2 de agosto de 2004, e da Medida Provisória no 2.158-35, de 24 de agostode 2001; e dá outras providências.

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MITO 8: A fiscalização é eficaz TARIFAS ABUSIVAS TCP

Economia - 27/04/2013 | 18h57m - Sem concorrência , terminal decontêiner de Paranaguá reajusta taxa em 500%O TCP (Terminal de Contêineres de Paranaguá), único terminal de contêinere o principal do porto paranaense, reajustou em 509% a taxa paga porimportadores nas operações de trânsito aduaneiro.Nesse tipo de operação, o importador deve apresentar uma declaração paraNesse tipo de operação, o importador deve apresentar uma declaração paraque possa transferir o contêiner carregado para outro terminal onde seráliberado pela Receita Federal.Segundo despachantes aduaneiros que trabalham em Paranaguá, o valor dataxa era de R$ 93,76 e passou, no último dia 24, para R$ 478."O valor mudou de uma hora para outra, sem aviso e sem negociaç ão.De repente afixaram um aviso dizendo que o valor havia subido ", afirmaLuciano Ribeiro Vernize, despachante aduaneiro. A empresa de Vernizemovimenta cerca de 200 contêineres por mês. O valor passou de R$ 18.752para R$ 95.600.Fonte Henry Milleo/Gazeta do Povo/Folhapress

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Mas dez anos antes…ACIAP defende reavaliação em aumento ilegal de tari fas do TCP

Fonte: www.jornalcana.com.br . 20/10/2003

Ainda repercute na comunidade portuária a cobrança ilegal de tarifasmajoradas pelo Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) desdedezembro de 2002, contrariando o procedimento normal previsto em lei,que obriga que toda proposta de aumento tarifário seja levada aoconhecimento e avaliação do Conselho de Autoridade Portuária (CAP) dosconhecimento e avaliação do Conselho de Autoridade Portuária (CAP) dosPortos de Paranaguá e Antonina.

O Jornal Cana vem acompanhando o caso desde o início. “Ao invés disso,foi editada uma Ordem de Serviço, resultado de uma decisão unilateral,tomada nos últimos instantes da antiga administração portuária, totalmenteilegal e responsável por esta situação que hoje implica num desrespeitoabsurdo à Lei”, disse o presidente do CAP, José Carlos Mendes.

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E a ANTAQ ? Valor Econômico 3.6.2013Impacto real da MP dos portos

divide governo e usuários“Para o advogado Osvaldo Agripino, especialista emregulação portuária, as regras estabelecidas pela MP 595darão mais opções de portos, mas os usuários não terãonecessariamente redução de custos nos serviços. Ele pregaque a Antaq precisa atuar na regulação econômica comoforma de evitar eventuais abusos de preços. ‘Falta à Antaqfazer o registro e o acompanhamento eficazes de fretes,da demurrage [a espera dos navios nos portos] e detarifas’, diz Agripino. Ele afirma que um acórdão doTribunal de Contas da União (TCU) de 2009 determinou,sem sucesso, o acompanhamento de tarifas portuárias pelaAntaq.”

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Impacto real da MP dos portos divide governo e usuários

“A crítica de Agripino à Antaq é rebatida por fonte dogoverno segundo a qual a agência trabalha para produzirnorma que torne obrigatório o fornecimento dos preçospraticados por terminais arrendados e privados. Segundo afonte, será possível, a partir do respaldo legal dado pela MPfonte, será possível, a partir do respaldo legal dado pela MP595, fazer um levantamento confiável sobre esses dados. Afonte afirmou ainda que a SEP também vem se debruçandosobre os custos portuários com o objetivo de ampliar aeficiência da gestão das companhias docas, responsáveispela administração dos principais portos no país. A Antaqacompanha o tema e faz estudos sobre a assimetria decustos entre terminais arrendados e privados, disse afonte.”

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“MITO 9: Vivemos numa federação

“Federalismo regulatório”. FONSEINP nov 2011, 2012 e 2013

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3. A importância do associativismo para osusuários … Para reflexão…

Ao receber a Nfe ou uma citaçãoem ação de cobrança judicial

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Para reflexão…

�No comércio o custo da logística é superadosomente pelo valor da mercadoria

� Nesse custo o transporte e armazenagem sãoresponsáveis por 2 / 3 do totalresponsáveis por 2 / 3 do total

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Para reflexão…� Não há regulação econômica do frete no Brasil: A Antaq e o

CAP desconhecem tais valores (aumento dos fretes em 4anos = 82 %)

� Não há centro de custos em 6 das 8 Cias Docas

� Inexiste registro/garantias dos prestadores da cadeia logística

� Mercado de transporte de contêineres é concentrado� Experiência norte-americana (pós-doutorado) mostra que

prestigia os bons prestadores de serviços

� Ambiente propício ao oportunismo: Tarifas ilegais ?

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Custos portuários: IBPT 2013

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3.1. DemurragePreço de um CTN DRY 20 TEUNo www.mercadolivre.com.br varia de R$ 4 mil (3 x maiscaro) a R$ 4.500 mas numa ação de cobrança pode custaraté R$ 35.000, ou seja, quase 900 % maior…MDIC:”inviabiliza o negócio”

a) Se frete marítimo = contêiner (45%)b) Demurrage (9x45= 405%)

Custo do “frete marítimo”= 450 %Mesmo sem cláusula contratual…Vejamos…

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Demurrage de U$ 17.520: R$ 35.000“Extorsion ”? Hold up problem ? Enriquecimento ilícito?

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Usos e costumes ??? Lex maritima� Apelação com revisão nº 0026549-30.2011.8.26.0562� Comarca: SANTOS 2ª Vara Cível . Apelante: CILOMEX

COMERCIAL IMPORTADORA E LOGÍSTICA EMCOMÉRCIO EXTERIOR S/A

� Apelada: HAND LINE TRANSPORTES INTERNACIONAISLTDA.LTDA.

� MM. Juiz de primeiro grau: Cláudio Teixeira Villar .� Voto nº 14.345.

� EMENTA. Apelação. Ação de cobrança. Transportemarítimo. Tarifa de sobre-estadia de contêineres.Sentença de procedência. Manutenção.

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TJ/SP: a falta de capacitação…3. "Demurrage“. Inequívoca responsabilidade do importador

pelo pagamento de sobrestadia pelo atraso nadevolução de contêiner, haja ou não cláusulacontratual nesse sentido. Prática encontrandoamparo jurídico nos usos e costumes do comércio , doamparo jurídico nos usos e costumes do comércio , dopleno conhecimento de empresas como as litigantes,especializadas, ambas, em negócios tais. Hipótese em que,de todo modo, o instrumento do contrato é expresso aoestabelecer tal responsabilidade e o unitário pelasobrestadia. (...)

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Oportunismo ? Responsabilidades?

Too little organizational proximity results inopportunism among port actors or unclearresponsabilities.(…). The shipping lines in turn arecontracted by the shippers or freight forwarder.contracted by the shippers or freight forwarder.These contractual relationships might result inopportunism.

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Oportunismo ?

Shippers do not know the terms of the contract between thethe carrier and the operator (…)

A second issue is that the hinterland transporters are in aA second issue is that the hinterland transporters are in alegally weak position with regards to the terminal operatorswhenever the latter makes mistakes or cause delays, sincethey do not interact on the terms of a contract. (Hall; 2009, p.35)

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Resultado…

Ignorância do usuário + oportunismo do fornecedor do oportunismo do fornecedor do

produto/prestador de serviço + ineficiência na fiscalização/punição = ???

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R$ 70 – R$ 2 = R$ 68 = 243 vidasUma vida = R$ 0,28

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4. O que fazer ?� Organizar os usuários por região

� Identificar os custos

Regulação econômica eficaz� Regulação econômica eficaz

� Disseminar a arbitragem (cláusulaEscalonada)

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Enquanto não há regulação setorialeconômica eficaz …

� ANÁLISE DA LEGALIDADE DE CAD CUSTO À LUZ DO MARCO REGULATÓRIO

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4. O que fazer ? Estratégias

� Negociação� Arbitragem� Administrativa� Judicial � Judicial � Política � MP ?

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5. Conclusões/sugestões

OsOs usuáriosusuários ((cargacarga)) precisamprecisam sese organizarorganizar eecompreendercompreender aa funçãofunção dada regulaçãoregulação setorialsetorial econômicaeconômicaindependenteindependente,, bembem comocomo sese associaremassociarem comocomousuáriosusuários,, sobsob penapena de,de, mantidosmantidos osos altosaltos custoscustos eeineficiênciaineficiência dada logísticalogística……ficaremficarem aa verver naviosnavios..ineficiênciaineficiência dada logísticalogística……ficaremficarem aa verver naviosnavios..

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5. Conclusões/sugestões� Normativismo positivista não tem solução para

tudo� O intérprete, a partir da interpretação sistemática

do marco regulatório setorial, deve criarargumentos para soluções que inexistem

� NÃO HÁ PLANEJAMENTO DE PRATELEIRA� É preciso conhecer a operação logística� … e Identificar os custos e seus fundamentos

jurídicos

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RESUMINDO…É urgente !!!�Conhecer os direitos�Capacitação permanente�Organização dos usuários em nível nacional�Agenda mínima 4 anos (2014-2017)�Agenda mínima 4 anos (2014-2017)�Estratégias administrativas e judiciais�Combater o atraso, as “Capitanias Hereditárias”, o

cartel e�DEFENDER A CONCORRÊNCIA em BUSCA DA

MODERNIDADE

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Em síntese ….The way forward…

� PLANEJAMENTO +

� REGULAÇÃO (“ex ante”) DESCENTRALIZADA +

ORGANIZAÇÃO DOS USUÁRIOS� ORGANIZAÇÃO DOS USUÁRIOSEstados: PA, PE, CE, ES, RJ, SP e PR

� Participe:

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Ceticismo ?

� O desenvolvimento da logística independe dereformas legislativas

� Por que não fazemos o dever de casa ?� Por que não fazemos o dever de casa ?

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Prof. Ashley Brown – KSG, HU� Não há infraestrutura física sem

infraestrutura intelectual…

� O que desejamos ?� O que desejamos ?

� Brasil com as melhores práticas (benchmarking) de Competitividade WEF e….

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Trazer a logística e os nossosportos da 1ª. metade do Século XX para a 1ª. metadedo Século XXI !!!

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Mas isso só depende de vocêMuito obrigado pela

atenção e participação!!!

Direito Marítimo, Portuário e Aduaneiro

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Rio de Janeiro

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