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AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA CLINICA E EDUCACIONAL A IMPORTÂNCIA DA LEITURA NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM Cristina Aparecida Marques Orientador: Prof. Ilso Fernandes do Carmo ALTA FLORESTA/2013 AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA

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AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA

ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA CLINICA E EDUCACIONAL

A IMPORTÂNCIA DA LEITURA NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM

Cristina Aparecida Marques

Orientador: Prof. Ilso Fernandes do Carmo

ALTA FLORESTA/2013 AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA

ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E EDUCACIONAL

A IMPORTÂNCIA DA LEITURA NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM

Cristina Aparecida Marques

Orientador: Prof. Ilso Fernandes do Carmo

“Trabalho apresentado como exigência parcial para a obtenção do Título de Especialização em Psicopedagogia Clínica e Educacional.”

ALTA FLORESTA/2013

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho ao Claudemar Ildenor Woll, meu amado

esposo com muito amor e carinho, pela sua compreensão,

apoio e companheirismo na realização deste trabalho.

Pensamento: “[...] A leitura, enquanto um elemento

fundamental do processo de ensino é, também sem dúvida, um

poderoso meio para a compreensão e transformação da

realidade.”

SILVA (1990)

AGRADECIMENTO

AGRADEÇO primeiramente a DEUS o criador do mundo e de

todas as coisas existentes, Pois, o homem apenas transforma

a natureza para poder melhor aproveitar seus recursos.

Agradeço principalmente ao meu esposo CLAUDEMAR

ILDENOR WOLL pelo apoio e paciência na realização deste

trabalho.

A minha diretora LEIA SCRIVANI GODINHO pela oportunidade

e confiança no meu trabalho,

Agradeço a minha coordenadora LEONARA LURDES

D´CEZARO pelo apoio e dedicação e também a todos os

professores da escola.

RESUMO

Esta reflexão em torno da leitura se fez necessária devido as dificuldades

encontradas pelos alunos de uma turma do ensino fundamental de Escola Estadual

do Município de alta Floresta e em busca de respostas aos problemas apresentados

pelos alunos, houve a realização de um programa para primeiramente diagnosticar e

em seguida intervir para que as dificuldades fossem sanadas.

Para que houvesse o desenvolvimento desses alunos varias estratégias

foram adotadas para incentivá-los a ler como: baú teca, a sacola viajante com um

caderno, um livro, um lápis e uma caixa de lápis de cor para que os alunos

pudessem levar para casa e ler e escrever ou desenhar o que entenderam da

história. Confecção pelos professores, coordenação e articulador de recortes de

textos informativos em formas de fichas para leitura.

Pude concluir que tanto o corpo docente como os educandos ficaram

bastante satisfeitos com a escola em poder ajudar a superar suas dificuldades.

Palavras Chave: Leitura, Educação, Diagnóstico, Programas de acompanhamento.

SUMÁRIO

Introdução......................................................................................................... 07

A História da Educação ...................................................................................... 11

Alfabetização...................................................................................................... 17

Como a criança aprende.................................................................................... 19

As formas de aquisição da Linguagem pela criança......................................... 21

Os alunos avaliados.............................................................................................. 27

O resultado do empenho..................................................................................... 31

Conclusão........................................................................................................... 33

Referências Bibliográficas................................................................................ 34

INTRODUÇÃO

Há 40.000 anos, segundo WIKIPÉDIA (2012), possui-se registros de que o

homem por meio de suas técnicas, pintava nas paredes das cavernas alguns

animais como touros, bisões, renas e cavalo, o que era denominado pictografia.

Também de acordo com WIKIPÉDIA (2012), na antiguidade, os povos

tinham como método de transmissão dos conhecimentos o contato direto com seus

pares, onde isso acontecia de forma oral. Dialogando, a informação e o ensino era

propagado. Evidenciando a dificuldade de acesso a material escrito que eram feito

em rolos de papiros e na Grécia bem poucas pessoas eram beneficiadas como os

filósofos e aristocratas.

Ainda, em referência a WIKIPÉDIA (2012), na Idade Média, poucos cidadão

tinham o previlégio a alfabetização que acontecia nas igrejas e mosteiros e também

eram os unicos que possuiam biblioteca para leitura que tinha o carater religioso.

Com o passar do tempo a igreja começou a perder o poder sobre o ensino, devido

ao desenvolvimento social e econômico, dando origem as escolas públicas e

também privadas.

Até meados do século XIX, de acordo com BASTOS (1982), praticamente,

não existiam livros. O que servia como manuais de leitura nas escolas eram textos

autobiografados, relatos de viajantes, textos escritos manualmente como cartas,

documentos de cartório, e a primeira constituição do império de 1.827, especifica

sobre a instrução pública, o código criminal e a bíblia também servia como manual

de leitura nas raras escolas que existiam.

As escolas primárias, segundo BASTOS (1982), praticamente não existiam,

pois eram excluídos os escravos e, à mulher era ministrado um tipo de educação

conhecida apenas por educação geral, para cumprir as atividades domésticas.

Durante a colonização, as práticas escolares eram feitas nos engenhos e

nos núcleos das fazendas por capelães, padres e mestres-escolas que eram

contratados para essa finalidade. Essa afirmativa é confirmada por BASTOS (1982,

p.92):

BASTOS (1982), ainda diz que de 1800 a 1807, o Brasil mudou pouco em

vários setores e, no ensino, nós continuávamos a trabalhar com a gramática de Reis

Lobato, imposta por D. José I rei de Portugal, que a exigiu não só na metrópole,

mas em todas as suas colônias. A partir de 1808, começaram mudanças que se

tornaram continuas até praticamente o fim do século. Nesse ano, a coroa

portuguesa mudou-se para o Brasil, para fugir da perseguição dos franceses

comandada por Napoleão Bonaparte. Tal fato aparentemente comum trouxe

modificações para a língua falada no Brasil e, também, trouxe à tona o significado de

nacionalidade e de independência.

Com a vinda da família real para o Brasil e a abertura dos portos, ocorreram

transformações significativas nas relações sociais econômicas e culturais, surgindo a

necessidade da instrução para a capacitação da força de trabalho, pois o mundo

fora de nossas fronteiras ou muros passava por grandes transformações.

Sendo a leitura a capacidade de extair sentido de simbolos escritos ou impressos,

por vários motivos, muitos alunos não têm contato sistemático com a leitura de

qualidade e com adultos leitores. As escolas, então, tornam-se o único veiculo de

interação desses alunos com textos, cabendo a ela oferecer leituras de qualidade,

diversidade de textos, modelos de leitores e práticas de leitura eficazes e,

conseqüentemente formar leitores.

A leitura ocupa, sem dúvida um espaço privilegiado não só no ensino da língua portuguesa, mas também no de todas as disciplinas acadêmicas que objetivam a transmissão de cultura e de valores para as novas gerações. Isso porque a escola é, hoje e desde há muito tempo, a principal instituição responsável pela preparação de pessoas para o adentramento e a participação no mundo da escrita utilizando-se primordialmente de registros verbais escritos (textos) em suas práticas de criação e recriação de conhecimento. (SILVA, 2002, p 16).

Por entender assim, esse projeto propôs um trabalho intensivo, com o

objetivo de despertar o gosto de ler e, conseqüentemente, formar alunos capazes de

interpretar bem o que lêem e de se expressar corretamente, esperando que, aos

poucos, cada um se torne um verdadeiro leitor. O projeto aborda a importância de

diferentes gêneros textuais.

Segundo o PCN de língua portuguesa:

O trabalho com leitura tem como finalidade a formação de leitores competentes e, conseqüentemente, a formação de escritores, pois a possibilidade de produzir textos eficazes tem sua origem na prática de leitura, espaço de construção da intertextualidade e fonte de referências modalizadoras. A leitura, por um lado, nos fornece a matéria-prima para a

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escrita: o que escrever. Por outro, contribui para a constituição de modelos: como escrever” (BRASIL, 1997: 53).

A leitura é um processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de construção do significado do texto, a partir dos seus objetivos, do seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, de tudo o que sabe sobre a língua: características do gênero, do portador, do sistema de escrita, etc. (BRASIL, 1997: 41).

Não se trata simplesmente de extrair informação da escrita, decodificando-a

letra por letra, palavra por palavra. Trata-se de uma atividade que implica,

necessariamente, compreensão na qual os sentidos começam a ser constituídos

antes da leitura propriamente dita. Qualquer leitor experiente que conseguir analisar

sua própria leitura constatará que a decodificação é apenas um dos procedimentos

que utiliza quando lê: a leitura fluente envolve uma série de outras estratégias como

seleção, antecipação, inferência e verificação, sem as quais não é possível rapidez e

proficiência. É o uso desses procedimentos que permite controlar o que vai sendo

lido, tomar decisões diante de dificuldades de compreensão, arriscar-se diante do

desconhecido, buscar no texto a comprovação das suposições feitas, etc.

Um leitor competente é alguém que, por iniciativa própria, é capaz de

selecionar, dentre os trechos que circulam socialmente, aqueles que podem atender

a uma necessidade sua. Que consegue utilizar estratégias de leitura adequada para

abordá-los de formas a atender a essa necessidade.

Um leitor competente só pode constituir-se através de uma prática constante

de leitura de textos de fato, a partir de um trabalho que deve organizar-se em torno

da diversidade de textos que circulam socialmente. Esse trabalho pode envolver

todos os alunos, inclusive aqueles que ainda não sabem ler convencionalmente. O

trabalho com leitura, seja em classe, seja extraclasse, deve ser uma prática

constante. Se por um lado, tem o objetivo de formar leitores competentes, por outro

lado, auxilia na produção de textos.

Formar um leitor competente supõe formar alguém que compreenda o que lê; que possa aprender a ler também o que não está escrito, identificando elementos implícitos; que estabeleça relações entre o texto que lê e outros textos já lidos; que saiba que vários sentidos podem ser atribuídos a um texto; que consiga justificar e validar a sua leitura a partir da localização de elementos discursivos que permitam fazê-lo. (BRASIL, 1997:36).

A hipótese deste trabalho foi de que sem a aquisição da leitura o

conhecimento fica prejudicado.

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O objetivo foi de despertar o gosto de ler nos alunos e, conseqüentemente,

formar alunos capazes de interpretar bem o que lêem e de se expressar

corretamente, oferecendo condições para que estes adquiram capacidade de leitura

fluente, realizando avaliações para detectar as maiores dificuldades encontradas

durante a leitura, pesquisando em livros de diferentes autores sobre a importância

da leitura e as práticas da mesma no desenvolvimento do individuo.

O desenvolvimento deste projeto foi realizado entre os meses de julho e

outubro, com leitura de autores que tratam sobre o assunto e realização de

avaliação com os alunos do 5ª ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual

Jardim Universitário do Município de Alta Floresta, mais precisamente no Bairro

Jardim Universitário, periferia do Município.

Primeiramente será abordada a história da educação, uma colonização feita

por estrangeiros com padrão de Educação Européia, que depois foi tomando formas

e chegando aos dias atuais. Em seguida abordaremos a alfabetização tendo a

leitura como sendo os grandes norteadores da compreensão das demais atividades

escolares. Em seguida, um breve discurso de como a criança aprende embasado

nas teorias e Piaget e Vygotsky. Na seqüência, faremos relatos das formas de

aquisição da linguagem pela criança, embasado nos estudos de POSSARI &

NEDER. Trataremos dos alunos avaliados e como esta avaliação teve importância

para a identificação das dificuldades e ainda será tratado do resultado do emprenho

em estar procurando meio para que estes alunos pudessem adquirir a prática da

leitura e terem avanços significativos. Ao final, concluindo o trabalho percebemos

que os problemas que os alunos apresentam, na maioria das vezes possuem

diversas origens e não se pode caracterizar e nem culpar os alunos por não

apresentarem o desenvolvimento satisfatório.

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A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO

O Brasil teve uma “colonização” realizada por estrangeiros e conforme

WIKPÉDIA (2012), os portugueses trouxeram um padrão de educação europeu, o

que não quer dizer que as populações que por aqui viviam já não possuíssem

características próprias de se fazer educação. Apesar de não ser possível afirmar-se

haver um processo estruturado, convém ressaltar que a educação que se praticava

entre as populações indígenas não tinha as marcas repressivas do modelo

educacional europeu.

A Educação no Brasil, segundo informações de WIKPÉDIA (2012), teve

como um processo sistematizado de transmissão de conhecimentos, é indissociável

da história da Companhia de Jesus. As negociações de Dom João III, O Piedoso,

junto a esta ordem missionária católica pode ser considerado um marco. No período

da exploração inicial, os esforços educacionais foram dirigidos aos indígenas,

submetidos à chamada "catequese" promovida pelos missionários jesuítas que

vinham ao novo país difundir a crença cristã entre os nativos. O padre Manuel da

Nóbrega chefiou a primeira missão da ordem religiosa em 1549. Em 1759 houve a

expulsão dos jesuítas (reformas pombalinas), passando a ser instituído o ensino

laico e público, e os conteúdos baseiam-se nas Cartas Régias, a partir de 1772, data

da implantação do ensino público oficial no Brasil. Em 1798, ocorreu o Seminário de

Olinda, por iniciativa do bispo Azeredo Coutinho que se inspirava em ideias

iluministas que aprendera como aluno na Universidade de Coimbra.

Durante esses quase 300 anos da história do Brasil, segundo WIKPÉDIA

(2012), o panorama não mudaria muito. A população do período colonial formada

além dos nativos e dos colonizadores brancos, tivera o acréscimo da numerosa mão

de obra escrava oriunda da África. Mas os escravos negros não conseguiram

qualquer direito à educação e os homens brancos (as mulheres estavam excluídas)

estudavam nos colégios religiosos ou iam para a Europa. Apenas os mulatos

procuravam a escola, o que provocou incidentes tais como o da "questão dos moços

pardos" em 1689: Os colégios de jesuítas negavam as matrículas de mestiços mas

tiveram que ceder tendo em vista os subsídios de "escolas públicas" que recebiam.

Não se conseguiu implantar um sistema educacional nas terras brasileiras,

mas a vinda da Família Real no início do século XVIII, segundo WIKPÉDIA (2012),

permitiu uma nova ruptura com a situação anterior. Para preparar terreno para sua

estadia no Brasil Dom João VI abriu Academias Militares (Academia Real da

Marinha (1808), Academia Real Militar (1810)), Escolas de Medicina (a partir de

1808, na Bahia e no Rio de Janeiro), Museu Real (1818), a Biblioteca Real (1810), o

Jardim Botânico (1810) e, sua iniciativa mais marcante em termos de mudança, a

Imprensa Régia (1808). Segundo alguns autores o Brasil foi finalmente "descoberto"

e a nossa História passou a ter uma complexidade maior.

Referenciando ainda à WIKPÉDIA (2012), a educação, no entanto,

continuou a ter uma importância secundária. Basta ver que enquanto nas colônias

espanholas já existiam muitas universidades, sendo que em 1538 já existia a

Universidade de São Domingos e em 1551 a do México e a de Lima. A Universidade

Federal do Amazonas, considerada a mais antiga universidade brasileira, foi

fundada em 1909. A USP de São Paulo surgiu apenas em 1934.

Conforme WIKPÉDIA (2012) em 1822, havia propostas para a Educação na

Assembleia Constituinte (inspiradas nos ideais da Revolução Francesa) mas a sua

dissolução por Dom Pedro I adiaria qualquer iniciativa no sentido de estruturar-se

uma política nacional de educação. A Constituição de 1824 manteve o princípio da

liberdade de ensino, sem restrições, e a intenção de "instrução primária gratuita a

todos os cidadãos".

Em 15 de outubro de 1827, segundo WIKIPÉDIA (2012), foi aprovada a

primeira lei sobre o Ensino Elementar e a mesma vigoraria até 1946. Essa lei

determinou a criação de "escolas de primeiras letras em todas as cidades, vilas e

lugarejos" (artigo 1º) e "escolas de meninas nas cidades e vilas mais populosas"

(artigo XI). A lei fracassou por várias causas econômicas, técnicas e políticas. O

relatório Liberato Barroso apontou que, em 1867, apenas 10% da população em

idade escolar se matriculara nas escolas elementares. Em 1834 (Ato Adicional que

emendou a Constituição) houve a reforma que deixava o ensino elementar,

secundário e de formação dos professores a cargo das províncias, enquanto o poder

central cuidaria do Ensino Superior. Assim foi criado o Imperial Colégio de Pedro II,

em 1837, e os primeiros liceus provinciais

12

Ainda, em WIKPÉDIA (2012), o Colégio era o único autorizado a realizar

exames para a obtenção do grau de bacharel, indispensável para o acesso a cursos

superiores. Em 1879 houve a reforma de Leôncio de Carvalho que propunha dentre

outras coisas o fim da proibição da matrícula para escravos mas que vigorou por

pouco tempo. No século XIX ainda havia no Brasil a tendência da criação de escolas

religiosas, o que já não acontecia no resto do mundo receptível ao ensino laico. Até

mesmo por parte dos jesuítas, que retornaram após 80 anos.

Com a instauração da República (1889), segundo relatos da WIKPÉDIA

(2012), a educação sofreria mudanças mas sempre sob os princípios adotados pelo

novo regime: centralização, formalização e autoritarismo. Segundo Palma Filho

durante a Primeira República (1889-1930) foram cinco reformas de âmbito nacional

do ensino secundário, preocupadas em implantar um currículo unificado para todo o

país. Em 1891, através de Benjamim Constant quando era Ministro da Instrução,

Correios e Telégrafos, o Ensino Secundário era visto como meramente preparatório

para o Ensino Superior. Entre 1911-1915 vigorou a "Reforma Rivadávia", de

iniciativa do Ministro Rivadavia Correa, que afastava da União a responsabilidade

pelo Ensino. Nessa época também surgiu o conceito de "Grupo escolar", quando as

classes deixaram de reunir alunos de várias idades e passaram a distribuí-los em

séries ("ensino seriado"). As décadas de 1920 e 1930 viram surgir o

"Escolanovismo", de iniciativa de liberais democraticos, os quais empreendaram

reformas educacionais em diversos estados tais como Lourenço Filho (Ceará, 1923)

e Anísio Teixeira (Bahia,1925), dentre vários outros.

É a partir de 1930, segundo informações de WIKPÉDIA (2012),, no início da

Era Vargas, que surgem as reformas educacionais mais modernas. Assim, na

emergência do mundo urbano-industrial, as discussões em torno das questões

educacionais começavam a ser o centro de interesse dos intelectuais. E se

aprofundaram, principalmente devido às inquietações sociais causadas pela

Primeira Guerra e pela Revolução Russa que alertaram a sociedade para a

possibilidade de a humanidade voltar ao estado de barbárie devido ao grau de

violência observado nestas guerras. Com o Decreto 19.402 de 14 de novembro de

1930, foi criado o Ministério dos Negócios da Educação e Saúde Pública. O Ministro

Francisco Campos reformou o Ensino Secundário (Reforma Campos) criando os

Exames de Madureza (provável nome derivado do hebraico Bagrut).

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Ainda comenta a WIKPÉDIA (2012), que o Decreto 9.850 de 11 de abril de

1931, organizou o Conselho Nacional de Educação e a Constituição de 1934 deu-lhe

a incumbência de criar o Plano Nacional de Educação. Em 1932 alguns intelectuais

brasileiros como Lourenço Filho, Fernando de Azevedo e Anísio Teixeira, dentre

outros (no total de 26), assinaram o "Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova".

Desse modo, os intelectuais voltaram sua atenção para a educação, uma

vez que, pretendiam construir para a melhoria do processo de estabilização social.

Não demoraram muito a declararem a insuficiência da pedagogia tradicional diante

da exigência do mundo moderno, capitalista, concluindo que as instituições

escolares deveriam ser atualizadas de acordo com a nova realidade social.

O movimento educacional que surgiu naquele momento e que influenciou

consideravelmente o pensamento educacional brasileiro foi o que nos Estados

Unidos, denominou-se de Escola Nova. Este movimento, valorizava os jogos e os

exercícios físicos de forma geral, desde que servissem para o desenvolvimento da

motricidade e da percepção. O seu desenvolvimento levava em consideração os

estudos da psicologia da criança e buscava os métodos mais adequados para

estimular o interesse delas, sem, no entanto, privá-las da espontaneidade.

Como cita WIKPÉDIA (2012), tanto a constituição de 1934 como o manifesto

de 1932 o traçaram pela primeira vez as linhas mestras de uma política educacional

brasileira. Contudo, a constituição de 1934 durou pouco e foi substituída pela de

1937, imposta por Getúlio Vargas. Na década de 1920 havia Universidades, como a

do Rio de Janeiro (1920) e a Universidade Federal de Minas Gerais (1927) que eram

simples agregação de faculdades. Em 1934, surgiu a USP, sob a nova organização

decretada pelo governo.

As informações da WIKPÉDIA (2012), diz que em 1942, o ministro Gustavo

Capanema incentivou novas leis de reforma do Ensino, que ficaram conhecidas

como "Reforma Capanema". Nesse ano surgiram a Lei Orgânica do Ensino Industrial

e a Lei Orgânica do Ensino Secundário, além de ter sido fundado o SENAI - Serviço

Nacional de Aprendizagem Industrial. Em 1943 foi aprovada a Lei Orgânica do

Ensino Comercial, em 1946 a Lei Orgânica do Ensino Primário e Normal e a Lei

Orgânica do Ensino Agrícola. Também houve o acordo financeiro com o Banco

Mundial para a Escola Técnica de Curitiba.Com a lei orgânica, o Ensino Secundário

foi dividido em três modalidades: Clássico, Científico e Normal "que, embora

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profissionalizante, era considerado, dentro do ensino secundário, voltado para o

prosseguimento de estudos em nível superior e o ensino técnico, com três

modalidades de cursos:técnico industrial, técnico agrícola e técnico comercial.

Com o fim do Estado Novo, segundo WIKPÉDIA (2012), surgiu a

Constituição de 1946 e que trouxe dispositivos dirigidos à educação, como a

gratuidade para o Ensino Primário e a manutenção da mesma na sequência dos

estudos, para aqueles que comprovassem falta de recursos. Em 1948, também

surgiu a discussão para uma Lei de Diretrizes Básicas, a partir da proposta do

deputado Clemente Mariani. Depois de treze anos de debates dos escolanovistas e

também de católicos tradicionalistas como o padre Leonel Franca e Alceu Amoroso

Lima, além do "Manifesto dos Educadores Mais uma Vez Convocados" (1959),

assinado por Fernando de Azevedo e mais 189 pessoas, foi aprovada a Lei nº

4.024/61, que instigou o desencadeamento de vários debates acerca do tema.

Com o regime iniciado em 1964, WIKPÉDIA (2012), informa que houve um

aumento do autoritarismo, marcado na área da Educação com o banimento de

organizações estudantis como a UNE - União Nacional dos Estudantes em 1967,

consideradas "subversivas". Em 1969 foi tornado obrigatório o ensino de Educação

Moral e Cívica em todos os graus de ensino sendo que no ensino secundário a

denominação mudava para Organização Social e Política Brasileira (OSPB). O

Decreto 68.908/71 criou o "Vestibular Classificatório", garantindo a vaga nas

universidades apenas até o preenchimento das vagas disponíveis. Tentando dar a

Educação contornos tecnicistas, o Brasil assinaria em 1964 os acordos MEC-Usaid

(Ministério da Educação e Cultura e United States Agency for International

Development). A LDB de 1961 não foi revogada mas foi bastante modificada com a

Lei 5.540/68, baseada nas diretrizes decididas a partir do Relatório Atcon (Rudolph

Atcon) e Relatório Meira Mattos6 (coronel da Escola Superior de Guerra). O

MOBRAL foi criado em 1967, objetivando diminuir os níveis de analfabetismo entre

os adultos. A reforma do ensino fundamental e médio foi feita durante o Governo

Médici, com a Lei 5.692/71. Foram integrados o primário, ginásio, secundário e

técnico. Disciplinas como Filosofia (no 2º grau) desapareceram e outras foram

aglutinadas (História e Geografia formaram no 1º grau "Estudos Sociais"). A "Escola

Normal" desapareceu. A Lei n. 5.692/71 reformou o ensino primário e

secundário. Estabeleceu compulsoriamente a profissionalização como finalidade

15

única para o ensino de 2º grau. Em decorrência desta lei, a ‘educação profissional’

deixou de estar limitada a estabelecimentos especializados. Segundo CUNHA

(1998), com a implantação dessa lei, as escolas técnicas viram-se procuradas por

levas de estudantes que pouco ou nenhum interesse tinham por seus cursos

profissionais. Paradoxalmente, a profissionalização compulsória do ensino de 2o

grau trouxe como efeito o reforço da função propedêutica das escolas técnicas, que

se transformaram numa alternativa de ensino público para estudantes que apenas

pretendiam se preparar para o vestibular. Onze anos depois, mas no ano de 1982 a

Lei 7.044/ 82 retirou a obrigatoriedade da habilitação profissional no ensino de 2o

grau. Em decorrência, a ‘educação profissional’ voltou a ficar restrita aos

estabelecimentos especializados.

Continuando com as informações colhidas em WIKPÉDIA (2012), a

educação mereceu destaque na Constituição Brasileira de 1988 que em seus

dispositivos transitórios (ADCT 60 modificado pela Emenda Constitucional 14/1996)

dava o prazo de dez anos para a universalização do Ensino e a erradicação do

analfabetismo. Ainda em 1996 surgiu a nova LDB - Lei das Diretrizes Básicas, que

instituiu a Política Educacional Basileira. A lei 9131/1995 criou o Conselho Nacional

de Educação, substituindo o antigo Conselho Federal de Educação que havia

surgido com a LDB de 1961 e tinha sido extinto em 1994. Em 1990 foi organizado o

SAEB - Sistema de Avaliação do Ensino Básico. Com a lei 9.424/96 foi organizado o

FUNDEF - Fundo de Manutenção do Desenvolvimento do Ensino Fundamental (que

depois de dez anos foi substituído pelo FUNDEB), que obrigou os Estados e

Municípios a aplicarem anualmente um percentual mínimo de suas receitas (e desse

montante, 60% pelo menos para o pagamento do pessoal do magistério).

16

16

ALFABETIZAÇÃO

Sabemos que a alfabetização se inicia desde o momento em que a criança

nasce e é inserida no mundo lúdico. Quando se trata do aprendizado da leitura,

precisamos ter em mente que o mesmo se dá no decorrer da alfabetização e vai até

o ensino fundamental, onde o aluno terá que ter compreensão suficiente para poder

efetuar leitura de textos com maior complexidade. Isso também não impede que

pessoas adultas possam vir a ser alfabetizados e passarem pelo processo de

aprendizagem da leitura, tornando-se hábeis leitores.

Segundo CARVALHO (2002), a aprendizagem da leitura se torna mais

eficiente quando os leitores trazem o conhecimento a respeito das convenções,

características, tipo de estrutura do texto cuja leitura vai iniciar. A diversidade de

textos apresentados aos alunos traz convenções nem sempre tão claras para

leitores iniciantes. É por isso que trabalhar desde cedo com os alunos a convenção

da linguagem escrita pode ajudar a formar bons leitores e conseqüentemente bons

escritores. Através do contato precoce com a literatura infantil e de experiências

agradáveis no período de alfabetização pode trazer resultados satisfatórios aos

alunos por toda a sua vida acadêmica.

Aprender a ler como se a leitura fosse um ato mecânico, separado da compreensão, é um desastre que acontece todos os dias. Estudar palavras soltas, sílabas isoladas, ler textos idiotas e repetir sem fim exercícios de cópia, resulta em desinteresse e rejeição em relação à escrita. (CARVALHO, 2002, p.11).

A prática da leitura e interpretação leva o cidadão a ter cada vez mais

conhecimento em relação dos assuntos que são abordados na leitura ao qual ele se

dedica, levando a um conhecimento amplo.

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, temos:

A leitura é um processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de construção do significado do texto, a partir de seus objetivos, do seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, de tudo o que sabe sobre a língua: características do gênero, do portador, do sistema de escrita…(BRASIL, 1998, p.94).

Para que se tenha interesse e prazer pela leitura o sujeito precisa ser

estimulado a isso, ter acesso a materiais que proporcione diversidade de textos, que

possuam atrativo suficiente para cativar a atenção do interlocutor que fará o

processo de interação por meio da linguagem, tomando parte da conversação como

assim se pode dizer.

De acordo com os PCNs, é necessário:

...organizar momentos de leitura livre em que o professor também leia. Para os alunos não acostumados com a participação em atos de leitura, que não conhecem o valor que possui, é fundamental ver seu professor envolvido com a leitura e com o que conquista através dela. Ver alguém seduzido pelo que faz pode despertar o desejo de fazer também. (BRASIL,1997 p.58).

Ler apenas por ler, não trará benefícios, levando ainda a um desinteresse

em permanecer em contato com o material, podendo o mesmo ser de interesse de

outro sujeito, pois cada um procura o que mais lhe convêm ou que desperte o

interesse da descoberta ou ainda aquilo que é solicitado por um professor ou

mestre.

Existe hoje uma grande dificuldade, de termos uma sociedade leitora, pois

muitas pessoas não possuem o hábito da leitura onde podemos enquadrar nesta

situação crianças, jovens e adultos, pois até mesmo no ensino médio ou ainda nas

universidades temos pessoas que não possuem o hábito da leitura.

Por conta destes problemas, é necessário analisar também, se não está

faltando que o professor seja um assíduo leitor para poder incentivar seus alunos a

adquirirem a prática da leitura e essa prática levar a compreensão do que estão

lendo.

É preciso superar algumas concepções sobre o aprendizado inicial da leitura. A principal delas é a de que ler é simplesmente decodificar, converter letras em sons, sendo a compreensão conseqüência natural dessa ação. Por conta desta concepção equivocada a escola vem produzindo grande quantidade de “leitores” capazes de decodificar qualquer texto, mas com enormes dificuldades para compreender o que tentam ler. (BRASIL 1997, p. 55).

18

COMO A CRIANÇA APRENDE

Por muito tempo, os eruditos consideraram que a aquisição da linguagem

era, em grande parte, levada a cabo pela analogia de modelos de sentenças

observadas ocorridas na expressão oral ouvida e entendida pela criança. Por

exemplo o autor SKINNER (1957), incorpora os principais aspectos do

comportamento lingüístico dentro de uma estrutura "behaviorista", relatando um

comportamento verbal a variações tais como estímulo, reforço e privação, como

usadas nos experimentos com animais. Subseqüentemente, um número de

lingüistas acentuou a inerente disposição e competência do cérebro humano para

construir a gramática, que é ativada pela exposição à linguagem durante a infância.

As crianças normais nascem com a habilidade e a tendência para adquirir a

linguagem a qual elas estão expostas desde a infância. No final da infância o

vocabulário básico da língua "nativa" foi adquirido, junto com sua estrutura

gramatical e fonológica.

De acordo com PAREDES (2004), fazendo referência aos estudos

realizados por Piaget que procurava saber como é que acontece o conhecimento

nas pessoas, dos estados mais simples para os mais complexos, definiu então os

estágios que acontecem desde o nascimento sendo: Estágio Sensório motor, o

Reflexo, Relações Circulares Primárias, Relações Circulares Secundárias,

Coordenação de esquemas secundários, Relações Circulares Terciárias, Início do

Simbolismo.

Faremos aqui maior referência ao estágio pré operatório que é

compreendido entre a idade de 2 a 7 anos, período em que a criança inicia sua vida

escolar, momento em que a criança passa a desenvolver sua capacidade simbólica,

formar esquemas com imagens e palavras. Os jogos, a imitação, as brincadeiras

servem para desenvolver a linguagem.

Para VYGOTSKY a aprendizagem de acordo com PAREDES (2004),

começa bem antes da criança freqüentar a escola e existem várias maneiras de

estimulo para que a criança adiante seu conhecimento, proporcionando um

desenvolvimento mais rápido independente de sua faixa etária.

A criança primeiramente poderá aprender as letras para poder associar os

sons das mesmas, e assim prosseguir com as junções de sílabas significativas para

a formação de palavras, primeiro de pequeno porte e conforme o tempo vai

passando irá ampliando sua escrita com palavras mais compostas.

A aprendizagem da leitura constitui uma tarefa permanente que se enriquece com novas habilidades na medida em que se manejam adequadamente estes textos cada vez mais complexos. Por isso, a aprendizagem da leitura não se restringe ao primeiro ano de vida escolar. Atualmente, sabe-se que aprender a ler é um processo que se desenvolve ao longo de toda a escolaridade e de toda a vida. (ZILBERMAN, 1988, p.13).

20

AS FORMAS DE AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM PELA CRIANÇA

A linguagem, de acordo com POSSARI & NEDER (2001), é um processo

que dá condições para uma comunicação verbal ou não verbal, uma prática entre a

sociedade, é um produto da sociedade que também recebe influências da

sociedade.

Ainda, a linguagem é um campo muito amplo que nos conduz por caminhos

a interpretar o mundo o que está acontecendo a nossa volta, o que devemos fazer

naquele momento, como podemos agir para que nosso viver seja melhor e na

escola, com o contato direto com os alunos, devemos estimular todos os meios de

linguagem. Em nossa vida somos serem que dependemos diretamente da

linguagem para podermos estabelecer relações com outras pessoas em nosso dia-

a-dia.

Continuando com as palavras de POSSARI & NEDER (2001), o símbolo

refere-se à linguagem verbal e é convencionada, basta apenas quem houve

compreender quem está falando. Às vezes os símbolos terão que ser interpretados

por possuírem características próprias e pertencerem a uma linguagem específica.

Os signos podem ser diversas formas de comunicação, não apenas a língua falada

e escrita mas, gestos e expressões das mais diversas formas. Signo é algo que está

no lugar daquilo que queremos representar.

A escola utiliza como base para o aprendizado a linguagem escrita pois o

aluno na alfabetização terá que aprender as letras, juntando-as para chegar a

palavra e assim no decorrer compreender e produzir textos daquilo que o mesmo já

possui conhecimento prévio pela linguagem verbal.

Os cinco sentidos são responsáveis pela aquisição do conhecimento, e as

transformações de tudo aquilo que se passa em nossa volta, o mundo em que

vivemos, fazendo e tirando dele o melhor que podemos em nosso favor.

Com referência a POSSARI & NEDER (2001), a visão é uma das mais

expressivas formas que utilizamos em nosso dia-a-dia, a visão é o meio que a maior

parte da humanidade utiliza para realização de seus objetivos, claro que com auxílio

dos demais sentidos.

O professor quando explica o conteúdo, vê que seus alunos prestam

atenção no que está ocorrendo. Ao contar estórias, apresentam um olhar de

curiosidade e atenção para saberem como acontece e qual o final dela. Na hora da

bronca, geralmente o aluno não quer nos encarar, pois fica com vergonha do

acontecido ou sente-se retraído diante do que fez.

Pelo motivo da visão ser uma forma de expressar nossos desejos,

precisamos tomar certos cuidados, pois não podemos olhar para as pessoas

diretamente, no intuito do desejo sexual, como se quiséssemos falar alguma coisa,

lembramos nesse momento que somos impedidos pela moral e as regras, que se

quebradas podem nos causar problemas.

Em POSSARI & NEDER (2001), percebemos que a audição é um dos

sentidos auxiliares da visão, as funções do ouvido podem ser classificadas em:

Ouvir, que é o ato de perceber a existência daquilo que está ao alcance da audição,

mesmo que sejam ruídos e sons sem importância alguma. Escutar, é quando nos

dedicamos atentamente a compreender nosso interlocutor ou algum som emitido

que nos desperte interesse.

Os sons que chegam a nosso ouvido podem nos causar prazer e alegria

como um elogio de um superior. Mal estar ao sabermos uma notícia desagradável.

De raiva quando algum nos diz palavras duras que ofendem a moral.

O que podemos perceber é que o ser humano ainda não desenvolveu a

capacidade apenas de ouvir primeiro, analisar o que ouviu e depois emitir a sua

opinião sobre determinado assunto que está sendo colocado em pauta. Somos

muitas vezes atropelados por nossas palavras e depois sofremos as conseqüências

de nossos atos.

A linguagem pelo olfato é perceptível quando sentimos o cheiro das flores do

jardim, ao passear no bosque sentindo o ar puro. O cheiro bom da comida ou ainda

o mau cheiro exalado por produtos químicos ou dejetos.

Ao realizar consultas em POSSARI & NEDER (2001), percebemos que

nosso corpo, naturalmente possui cheiro que não são bem aceito por nós mesmos e

pelos que nos rodeiam, corremos dos que não temam banho, o mau hálito é horrível,

por isso utilizamos desodorantes e cremes para driblar esse odor. Com os animais, o

22

odor serve como meio de comunicação, demarcando território e indicando período

de cio.

O paladar serve para que possamos diferenciar o sabor daquilo que

ingerimos, rejeitando aquilo que não gostamos por termos provado e não nos

agradou.

Os alimentos que para nós são normais, para outros países podem ser

estranhos como também os hábitos alimentares com base em insetos nos causam

nojo.

O tato é sentido por nossa pele que envolve nosso corpo inteiro é por meio

dele que podemos sentir se uma superfície está quente ou fria, se está seca ou

molhada e muitas outras coisas que podemos detectar pelo tato. Para POSSARI &

NEDER (2001), o contato pelo tato é uma forma de comunicação pois, ao tocar

alguém, possui-se um objetivo para isso. Um abraço, um beijo na boca, no rosto, um

beliscão, um empurrão, cada qual possui seu significado.

Os gestos são utilizados na comunicação, mostrando aquilo que queremos,

fazemos ou sentimos e os mesmos podem estar distribuídos em todo o corpo,

fazendo com que nosso interlocutor entenda de forma gestual, sem que utilizemos a

fala.

O que pensamos pode ser expresso pelos gestos, quando estamos bravos,

gesticulamos e franzimos a testa. Quando estamos contentes numa festa

conversamos, dançamos contamos piadas. A tristeza vem acompanhada de

desânimo e movimentos lentos, parecidos com cansaço. O sorriso deve ser

avaliado, nem sempre um sorriso indica satisfação, ele pode ser forçado, por ser

apenas uma expressão facial. A gargalhada é notável pois, nos leva a balançar a

pança e balançar braços e cabeça.

Em outros países encontramos pessoas que não demonstram seus

sentimentos pelo sorriso espontâneo, são considerados frios como os alemães e

russos.

Para POSSARI & NEDER (2001), as gestos para serem úteis devem ser

conhecidos daqueles com quem nos comunicamos por exemplo a comunicação

gestual que o surdo utiliza “falar com as mãos”, se não tivermos conhecimento

23

prévio, no ato da comunicação provavelmente ficaremos perdidos com tanta

gesticulação e não conseguiremos estabelecer comunicação.

Os gestos feitos com as mãos podem para nós ser um cumprimento mas,

para pessoas de outros países, uma ofensa.

A postura também é considerada gesto, sendo analisada sua forma pode

descobrir como as pessoas estão naquele dia, se está interessada na palestra que

está ouvindo ou está apenas de corpo presente. Ao se encontra preocupada, anda

com o tronco inclinado para frente.

A importância dos gestos está presente nas mais diversas formas de cultura

como na televisão, no teatro, na música, na dança e nas artes plásticas.

A televisão em nossos dias possui um poder muito grande de manipulação

da sociedade, com informações muitas vezes produzidas justamente para que se

pense o que a mídia quer.

De acordo com POSSARI & NEDER (2001), a interpretação dos dados

apresentados pode ser de diferentes formas, por pertencermos a níveis diferentes

dentro da sociedade. Os jornais são exemplo quando falam de determinado

governo, que pode ser elogiado ou criticado, conforme aquilo que mais lhes

convenha politicamente ou por ser proprietário daquele canal.

As novelas abordam dramas da vida real onde retratam o convívio em

sociedade mostrando as diversas armadilhas e astúcias utilizadas pelo homem.

Como vemos a grande influência na compra dos produtos produzidos pela

propagando dizendo que aquele produto é o mais adequado para sua vida.

Por outro lado podemos tirar grande proveito dos programas educativos e

que por estarem bem editados são muito mais fáceis de visualizar e memorizar do

que a leitura de um livro. Com a existência do VHS e DVD, podemos adquirir

produtos das mais diversas áreas, basta saber selecionar o produto adequado a

nossa satisfação.

Os programas de TV, destinados ao público infantil, acredito serem

importantes no desenvolvimento da criança, ajudando no processo de alfabetização,

mostrando a realidade entre o bem e o mal, fazendo com que a criança possa ver

24

com outros olhos o mundo competitivo em que faz parte e vivenciando fatos de sua

própria realidade.

Existe também os riscos que esses programas trazem ao colocarem um

super herói com super poderes que sempre salvam pessoas em apuros. Com isso

as crianças memorizam e até mesmo incorporam essas criaturas que possuem

poderosas armas de destruição, que não se enquadram com a sociedade que

queremos.

Observamos que as brincadeiras de algum tempo atrás, consideradas

sadias, hoje foram esquecidas, pois a TV, os Games e outros atrativos tiraram seu

brilho.

Os recursos de multimídia existentes, trazem ao professor uma grande

facilidade na seleção de materiais didáticos, planejamentos de suas próprias aulas,

com recursos bastante avançados. O próprio aluno ao dedicar-se aos estudos tem

em sua frente um amplo mundo de informações via Internet e mesmo a

enciclopédias que podem ser acessadas facilmente para pesquisa de informações.

Existe um ponto que não podemos esquecer que nem todos possuem esse

acesso facilitado, pois sabemos das condições econômicas e sociais em que vive

grande parte de nossos alunos e que em suas casas ficarão ainda um bom tempo

sem estes recursos.

Em se tratando da linguagem não-verbal na escola, fazendo referências a

POSSARI & NEDER (2001), se aprendemos através dos sentidos, é evidente que

quanto mais material diferenciado tiver em sala, mais rápido e mais sólido será o

conhecimento adquirido. Os materiais concretos disponíveis ao aluno, como tintas

que estimulam a visão, a massa de modelar que faz com que o aluno reproduza ou

crie suas próprias formas e o próprio papel com as dobraduras, proporcionam o

desenvolvimento e estimulam habilidades.

E ainda, sabemos que o aluno possui um período de desenvolvimento

conforme sua idade onde no início da vida não possui ainda noções sólidas e

expressa-se com garatujas apenas a partir dos 9 anos é que a criança passa a

construir uma realidade visual quando começa a ver que é necessário definir com

detalhes e maneira clara seu objetivo.

25

25

Os jogos no processo de aprendizagem representam grande importância

quando do exercício de competição e raciocínio, proporcionando a interação com

colegas na formação de grupos, aproximando as crianças, descobrindo em cada

uma delas as suas potencialidades.

O que percebemos é que o professor destina pouco tempo de suas aulas

para o dinamismo, para o movimento corporal, que é o desenvolvimento da

coordenação motora.

A dança é uma das atividades que fará com que o aluno possa situar-se no

espaço, sabendo respeitar seu limite e adquirindo noções de lateralidade.

26

OS ALUNOS AVALIADOS

A Escola Estadual Jardim Universitário, localizada em bairro periférico da

cidade, recebe educandos do bairro como também da zona rural do município,

sendo todos do ensino fundamental.

Na função de professora da sala de articulação percebi a grande dificuldade

na escrita e leitura encontrada pelos alunos do 5º ano. No início dos trabalhos, foi

necessário realizar uma avaliação diagnóstica com os alunos, onde dos 24 alunos

dessa turma, 12 alunos, ou seja 50% deles, ainda não tinham adquirido as

capacidades contidas na proposta curricular do 1° Ciclo. Apresentando assim um

atraso considerado na aprendizagem. As conseqüências dessas dificuldades são

refletidas na sala de aula, quando o mesmo não consegue acompanhar a turma.

O 5° ano ou antiga 4ª série na qual os alunos deveriam estar alfabetizados,

pois conforme o MEC – Ministério da Educação e Cultura, toda criança deve estar

plenamente alfabetizada até os 8 anos. A idade corresponde ao 3º ano (2ª série) do

ensino fundamental. No entanto, 8,3% dos meninos e meninas de 7 a 14 anos não

sabem ler ou escrever corretamente. Informação esta da UNICEF (2009).

Sabemos que vários fatores podem ser determinantes desta situação em

que se encontram esses alunos que apresentam as dificuldades como: Faltam de

compreensão de atividades propostas, grandes dificuldades na leitura, cálculos,

localização geográfica, seqüência de histórias e outros.

Apos realizar um breve levantamento de possíveis causas das dificuldades

encontradas pode relacionar algumas delas.

As freqüentes mudanças de escola que acontecem em decorrência dos pais

não possuírem emprego fixo. O educando ao chegar a escola nova, terá que passar

por um processo de adaptação a um sistema de ensino que talvez não seja o

mesmo de onde ela veio, cada escola possui uma metodologia de ensino, a

organização por série/ciclo/fase e a adaptação curricular desse aluno precisam

acontecer imediatamente, pois, quanto mais o tempo passar, pior será para ele ou

seja, estará perdendo cada vez mais.

A falta de apoio da família, nos estudos de seus filhos por conta da

desestrutura familiar é outro fator de preocupação, pois de acordo com PATTO:

O ambiente familiar geralmente é descrito como pobre ou precário em termos das condições que oferece ao desenvolvimento psicológico da criança; barulhento, desorganizado, super populoso e austero são termos freqüentes usados para qualificá-lo. Além disso, é constante a referência à falta de artefatos culturais e de estímulos perceptivos que favoreçam o desenvolvimento da prontidão para a aprendizagem escolar [...]. (1997, p..260).

A falta de contato com materiais que possam auxiliar a prática da leitura. Em

residências consideradas de baixa renda, não se prioriza a aquisição de um jornal,

uma revista ou até mesmo livros que possam estimular a criança no sentido de

poderem adquirir esse hábito de ler e também terem acesso a cultura. Suas

residências ficam longe da escola e a prática de freqüentar a biblioteca fica

impossibilitada.

Residência na zona rural, longe muitas vezes e impossibilitados de

participarem das aulas de reforço realizados pela escola em turno inverso. Os

alunos com residências afastadas do perímetro escolar possuem dificuldade em

freqüentar as aulas extras, impossibilitados a isso, perdem por não receberem esse

tipo de atendimento que tem como objetivo realizar atividades de fixação com os

educandos que estão em níveis de desigualdade em relação a turma, superando

assim os obstáculos que vem atrapalhando seu processo de aprendizagem.

Aluno com problemas neurológicos que até então ainda não tinham sido

percebidos por pais ou professores. Nem sempre é percebido de imediato que o

educando possui esses problemas, pois na maioria das vezes não são aparentes,

precisando de avaliação de um especialista que possa emitir um laudo e assim

proceder ao tratamento por meio medicamentosos ou outra intervenção necessária.

A dificuldade de aprendizagem está relacionada a capacidade que o cérebro possui

em receber e processar as informações, podendo ter a origem das dificuldade na

visão ou audição.

Em se tratando de professores contratados temporariamente, a falta de

tempo para planejamento de suas aulas, por conta da carga horária assumida com

excesso, no intuito de manter sua casa e suprir suas necessidades.

[...] a ausência de um processo de planejamento do ensino nas escolas, aliada às demais dificuldades enfrentadas pelos docentes no exercício do seu trabalho, tem levado a uma contínua improvisação pedagógica nas aulas. Em outras palavras, aquilo que deveria ser uma prática eventual acaba sendo uma "regra", prejudicando, assim, a aprendizagem dos alunos e o próprio trabalho escolar como um todo”. (FUSARI, 1990, p.46).

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Ainda para PERRENOUD (2000):

Um professor competente deverá ter uma organização metodológica que norteie sua aula. Na se está falando de receitas e aulas prontas, mas sim de um planejamento que dê base para uma atuação previamente pensada. O próprio planejamento pode servir de material para que esse professor avalie o processo de ensino, bem como sua prática. (p. 23).

A rotatividade de professores, por atestados médicos, licenças prêmio e

outros caracterizados afastamento das atividades de classe, e a substituição desse

professor por outro que entra no processo educativo, precisando de um tempo para

que os alunos se adaptem a mudança.

Sabemos dos direitos que esse professor tem em pode solicitar seu

afastamento das atividades escolares que são amparadas por lei, porem é

necessário ajustar professor formado na área em que irá lecionar em substituição,

pois nem sempre isso é possível pela falta desses profissionais disponíveis no

mercado.

A infrequência dos alunos, ou seja constantes faltas as aulas, em

decorrência de outros fatores como a má conservação das estradas no período de

chuvas. Os municípios que possuem uma área rural bastante extensa, todos os

anos enfrentam o problema com as estradas, por onde trafegam os veículos

escolares. Os constantes problemas apresentados são os da quebra de peças do

veículo, atoleiros que impossibilitam a passagem e outros mais, deixando o aluno

muitas vezes na estrada sem poder chegar a escola no tempo certo ou então nem

comparecem aquele dia.

Falta de interesse do aluno em se dedicar aos estudos, tomando exemplo

dos pais que realizam trabalhos onde “não é necessário” que se tenha uma

formação acadêmica para o desenvolvimento das atividades.

Segundo dados do Governo, no Brasil a evasão escolar é um grande desafio

para as escolas, pais e para o sistema educacional. Segundo dados do INEP

Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira), de 100 alunos que

ingressam na escola na 1ª série, apenas 05 concluem o ensino fundamental, ou

seja, apenas 05 terminam a 8ª série hoje 9º ano. (IBGE, 2007).

A legislação brasileira aponta a responsabilidade da família e do Estado no

dever de orientar a criança em seu percurso sócio educacional. A Lei de Diretrizes e

Bases da Educação - LDB é bastante clara a esse respeito.

29

Art. 2º. A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Sobre o dever da família em relação ao aprendizado dos filhos, é dever

explicito que tenham responsabilidade sobre suas proles incentivando-os a

participarem dos estudos almejando uma formação que possa dar sustento no futuro

a suas famílias e um maior conforto e estabilidade financeira.

Tendo feito a análise de todos esses pontos acima, podemos perceber que é

necessário realizar uma verificação de cada caso, de cada aluno desses que

apresenta um atraso considerado na aprendizagem, realizando intervenções a ponto

de detectar previamente onde está o ponto chave que desencadeou essa

interrupção, esse corte no processo de aprendizagem e agora de apresenta como

um bloqueio para continuar seus estudos rumo a um futuro prospero em meio a

sociedade me que está inserido.

30

O RESULTADO DO EMPENHO

Na realização desse trabalho de avaliação diagnóstica investigativa, levou a

escola a repensar todos os pontos levantados e algumas tomadas de decisão foram

importantes para dar continuidade no processo de alfabetização desses alunos,

mesmo sabendo que já estavam fora da faixa etária para que isso fosse realizado, a

escola precisa assumir que é necessário que sua clientela tenha sucesso, mesmo

encontrando barreiras a serem superadas, que às vezes dependem do próprio

aluno, do incentivo do professor, dos pais, de uma equipe especializada em áreas

especificas.

Após realização dessa triagem foram feitas reuniões com pais, a procura de

algum indício que pudesse responder nossas indagações.

Os alunos com suspeita de problemas que fossem de responsabilidade do

setor da saúde foram encaminhados para os especialistas (fala, visão, audição,

psicológico).

Mas como nós sabemos que esses encaminhamentos ao setor da saúde

pública apresentam morosidade nos atendimentos, a escola decidiu então dar inicio

aos trabalhos do “Programa de leitura” para auxiliar aos alunos para que fossem

capazes de interpretar problema de matemática, um texto de ciências, um livro de

literatura, expressar suas idéias, em compreender o que leram, o que sentem e o

que pensam através da escrita e até mesmo da oralidade.

Estes alunos precisavam aprender a expressar o que sentiam e o que

pensavam para, conseguirem se realizar com mais facilidade ao longo da vida. O

estudo da língua portuguesa e a leitura são ingredientes básicos e fundamentais

nesse processo. Quem lê e interpreta o que leu resolve qualquer atividade de todas

as áreas do conhecimento.

A Escola Estadual Jardim Universitário não possuía uma biblioteca por falta

de espaço, pois a escola atendia em prédio alugado onde funcionava uma escola

privada de educação infantil, por esse motivo as instalações físicas eram precárias.

Para isso foi necessário que a escola fizesse várias adaptações para melhor atender

os alunos para que isso acontecesse foram adotadas varias estratégias para

incentivar os alunos a ler como: baú teça que era uma caixa de rodinhas e

decoradas com incentivos de leitura essa caixa passava por todas as salas com

livros para cada idade, outra estratégia foi a sacola viajante com um caderno, um

livro, um lápis e uma caixa de lápis de cor para que os alunos pudessem levar para

casa e ler e escrever ou desenhar o que entenderam da história esse trabalho tinha

que ser feito com a ajuda da família, uma outra estratégia para incentivar os alunos

já que a escola não tinha livros suficientes foram confeccionadas pelos professores

coordenação e articulador recortes de textos informativos em formas de fichas para

leitura.

Para que os alunos desenvolvessem, nós tentamos na medida do possível

proporcionar um ambiente fascinante, descontraído, agradável e mais dinâmico, pois

a leitura exerce um papel fundamental desenvolvimento e na formação do aluno.

Esse trabalho diferenciado e com todas essas estratégias de leitura foi feito

em conjunto com articulador, professor regente e coordenação da escola pautou se

em.ajudar os alunos para que eles não perdessem mais tempo esperando por um

atendimento antes de receberem o laudo dos especialista.

Após iniciado o “Programa de Leitura”, dando ênfase a aceleração do

processo de aprendizagem, pude perceber que a grande maioria dos alunos tiveram

avanços considerados, porem uma parte deles continuaram o tratamento e não

tiveram o avanço desejado ainda, ficando esse trabalho para continuidade no

próximo ano letivo.

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CONCLUSÃO

Os problemas que os alunos apresentam, na maioria das vezes possuem

diversas origens. Não podemos caracterizar e nem culpar os alunos por não

apresentarem o desenvolvimento satisfatório sem antes buscar a origem do

problema. A escola precisa ter uma visão mais detalhada, enxergar além das

carteiras escolares e do livro didático, ter nela profissionais que tenham interesse no

aprendizado do aluno, dedicado em descobrir e interferir no processo para que o

educando vá para a sociedade com os conhecimentos necessário para poder

participar de concursos e vestibulares, tendo êxito em sua jornada.

Porém sabe-se que nem todos os educadores pensam dessa forma, ou seja,

estão em sala simplesmente para cumprir sua carga horária, sem ao menos

conhecer as reais dificuldades de seus alunos, deixando sempre para que isso seja

resolvido no próximo ano, pois ele mesmo não possui paciência suficiente para lidar

com casos assim.

Um trabalho bem feito com certeza vai gerar frutos e estes podem ser

saboreados por todos que estão envolvidos nesse processo de incentivo ao

desenvolvimento da educação como um todo.

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