a forrnulação de obi etivos educacionaistprenüzagem"2.- portaruo, a formulação explícita dos...

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Capítulo 5 A forrnulação de obi etivos educacionais 1. A importância do estabelecimento de obietivos para a ação pedagógica Aaçío, como sinônimo de atividade, é inerente ao ser humano. O homemé um ser que pensa e age. Um documento hindu, de ori- gem milenar,denominado Bbagauad gita, reïere-se ao ser humano como sendouma criatura engaiada na .dçío, pois "mesmo sua vida ffsica não saberiasobreüver sem ação" (Bhagauad gita. Capítulo III, versículos 6-8-47). E se o homem ag,e, clc <tf:az em funçãode uma finalidadea seralcançada. Em geral, o ser humanoagetendo em vista um propósito, isto é, eleé impulsiolrztdo paraa açãio visan- do a consecução de obieüvos. E por isso rluc se diz que a atiüdade humana é finalista, ou seja, supõe fins a atingir. A educação, sendo umaatividade hurÌrana, também serealiza em função de propósitos e metas. Assim,no processo pedagógico, a atuaçio de educadores e educandos está voltada p ÍaLconsecução de objetivos. Aristóteles, quatro séculos antes de Cristo, dava um conselho a seus contemporâneos que podeservircle orientação aoshomens de todos os tempos:"o importanteé c;uc em todos os nossos atos tenhamos um fim definido que almejamos conseguir... à maneira dos arqueiros que apontam para um alvo bem assinalado"l.Por A formulação de obietivos educacionais 113 outro lado, Montaigne, nos seus Ensaios, escritos no século XVI d.C., nos lembrava que "nenhum vento aiudaa quem não sabea que porto deverâveleiaÍ'. Por isso "o professor consciencioso, quandoenra numa salade aula,geralmente sabe o que pretende conseguir, isto é, ao iniciar seu trabalho, ele jâ tem em mente,ainda que de maneira implícita, os obietivos a seremaüngidos. Ele sabeque, se desenvolver um traba- lho Sem ter um alvo definido,corre o riSco de fracassar, assim como um barco sem rumo corre o perigo de perder-se em alto-mar.Mas não basta apenas ter uma vagãnoçeo dos obietivos. É preciso expü- citá-los, istõ é, especificá-los de forma clatae precisa, para que eles possam realmenteorientar e direcionar as atividades de ensino- -aprendizagem (...). A elaboração do plano de ensinoe a definição dé obyetivoi tornaram-se importantes sobretudoa partiÍ dV arnpba- ção do conceito de aprendizagem,pois, atualmente, aprender é con- iiderado algo mais do que a simples memorizaçío de informações. A formulaçãode objetivos de ensinoconsiste na definiçãode todos os comportamentos que podem modificar-secomo resultado da tprenüzagem"2. - Portaruo, a formulação explícitados obietivoseducacionais segurança ao educador, pois orienta sua atuação pedagógica, aju- dando-o na seleção dos meios mais adequados para realizar o seu trabalho. 2. Os obietivos educacionais e seus níveis Objetiuo "é a descriçãoclatado que se pretende alcançar como resultado da nossa atividade"3. Também o educador esperâ atingir certosresultados, em decor- rência de sua ttutçío pedagógica. Assim, o professor, na interação com seusalunos,faz uso dos meios (métodose materiaisde ensi- no) mais adequados para alcançar os resultados anteriormente pre- vistos. Portanto,obietivoseducacionais são os resultados desejados e previstospar?- L ação educativa. Sãoos resultados que o educador espera alcançarcom a atividade pedagógica'- 2 Aualiação do ptocesso etsino'aptendizagem' p. 29'30. Clarrdino Piletti, Did/itica geral, p.65. I Aristótefes, Ética a Nicômaco, livro I, capítulo l.

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  • Capítulo 5

    A forrnulação deobi etivos educacionais

    1. A importância do estabelecimento de obietivos paraa ação pedagógica

    Aaçío, como sinônimo de atividade, é inerente ao ser humano.O homem é um ser que pensa e age. Um documento hindu, de ori-gem milenar, denominado Bbagauad gita, reïere-se ao ser humanocomo sendo uma criatura engaiada na .dçío, pois "mesmo sua vidaffsica não saberia sobreüver sem ação" (Bhagauad gita. CapítuloIII, versículos 6-8-47). E se o homem ag,e, clc

  • A formulação de objetivos educacionais

    Atualmente a corrente tecnicista está superada. No entanto, asideias desses autores influenciaram durante duas décadas a formu-lação dos obietivos educacionais.

    4. A função dos obietivos especíÍìcos

    Como ümos no capítulo anterior, deve haver uma unidade e coe-rência entre as diversas fases do planeiamento e execução do traba-lho didático, isto é, deve haver uma harmonia e adequaçío entre tdefinição de obieüvos, a seleção de conteúdos, a escolha de proce-dimentos de ensino e a determinação das formas de avaliaçío.Assim, são os obietivos específicos que fornecem uma orientaçãoconcreta p^rt L seleção das atividades de ensino-aprendizagem ep raLavaliação.

    Enquanto os obietivos gerais fornecem diretrizes para a açãoeducativa como um todo, os objetivos específicos norteiam, deforma mais direta, o processo ensino-aprendizagem.

    No que se refere à função dos obieüvos específicos, podemosdizer que a elaborrção deste tipo de obietivo aiuda o professor a:

    - definir os conteúdos a serem dominados, detenninando os co-nhecimentos e conceitos a serem adquiridos e as habilidades aserem desenvolvidas paÍa que o aluno possa aplicar o conteúdoem sua vida prática;

    - s5a[slscer os procedimentos de ensino e selecionar as ativida-des e experiências de aprendizngem mais relevantes a seremüvenciadas pelos alunos, para que eles possam adquirir as habi-lidades e assimilar os conhecimentos preüstos como necessá-rios, tanto para sua vida práttica como p Ía I continuação dosestudos;

    - dslsffninar o que e como avalia4 isto é, especificar o conteúdoda avúiaçío e construir os instrumentos mais adequados paraavaliar o que pretende;

    - fixar padrões e critérios paraavaliar o próprio trabalho docente;

    - ç6municar de modo mais claro e preciso seus propósitos deensino aos próprios alunos, aos pais e a outros educadores.

    l l5

    - "os objetivos da educação resultam da filosofia que orienta a

    üda dentro de uma cultura. Representam os atributos'quea socie-dad-e espera e necessita encontrar em seus membros, âehneiam operfil do homem que a sociedade espera formar."

    os obieüvos educacionais podem ser expressos em dois níveis:a) oaeüaos gerais - são aqueles previstos para um determinado

    grau ou ciclo, uma escola ou uma certa írea de estudos, e queserão alcançados a longo prüzo.

    b) oAeiluos especaJìcos - São aqueles definiclos especificamentepara uma disciplina, uma unidade de ensino ou uma aula.consistem no desdobramento e na operacionalização dos obieti-vos gerais.

    o objetivo específico é, às vezes, também chamado de compor-tamental ou instrucional, porque ele é formulado de modo a indicaros comportamentos observáveis no aluno.

    3. Um pouco de história

    Durante as décadas de 1960 e 197O, predominou uma visão tec_nicista de educação, baseada numa concepção comportamentista dohomem e do mundo.

    -Á concepção tecnicista da educaçío enfatizava o papel do espe_

    cialista de educação como planejadór, e do professór ão,nã o ele-mento que iria operacionalizar esse planejamento. valorizava muitoo produto da educação, em geral, e do ensino, em especial. por essemojivg' os üvros que veiculavam essa concepção incluíam com fre-quência, em sua terminologia, palavras comõ produtiaidade, eifr_ciência, eficócia.

    _ Essa concepção de educação ressartava a irnportância da defini-ção dos obieüvos tanto da educação como dô processo ensino--aprenüzagem. Por isso, nesse período, foram puurcaaos várioslivros, baseados no ponto de üsta tecnicista, tratando da elaboraçãodos obietivos. As obras de autores como Ralph Tflea RobJ Mager,Beniamin Bloom eJames popham passaram a fazer parte da\ten_tura pedagógica da época.

    { centro de Estudos

  • l l6 Capítulo 5

    Portanto, a clefinição dos objetivos enì um nível comportamentalconstitui um recurso útil como elemento orientador das atividadesdo professor. Além disso, ela facilita a avaliação clo aproveitamentodo aluno e permite a avaliação do próprio trabalho docente. A for-mulação dos obietivos comportamentais torna-se, também, um ins-trumento útil para a comunicação da intenção educacional do pro-fessor.

    5. Sugestões para deftnir objetivos específtcos

    A linguagem usada para expressar um objctivo específico deveser clara e precisa. Quando as palavra^s usadas para exprimir umobjetivo são ambíguzus e imprecisas, elc sc tonìa uago e obscuro,pouco ou nada contribuindo pLrI o trabalho didático.

    um objetivo bem definido torna mais fácil a tareïa do professorde selecionar as atividades docentes e disccntcs c de cstabelecer osprocedimentos mais adequados para a concrctização do processoensino-aprendizagem.

    Apresentamos, a seguir, algumas sugestõres que podem auxiliar oprofessor na elaboração dos objetivos educzrcionais:

    a) Desdobrar os objetiuos gerais ent urírios objetiuos especfficos,a sereïn alcançados a curto prazo

    Os obietivos gerais são amplos, porque são expressos em tennosnão observáveis. "Eles sã

  • A formulação de objeüvos educacionais l lg

    6. construir uma maquete sobre um conteúdo de estudos sociais ouciências, desenvolvido em aula, utibzando material de sucata(pedaços de madeira, embalagens plásticas, barbante, palitos desorvete, tampinhas de garrafa etc.).

    7. Elaborar carrazes, indiüdualmente ou em equipes , paÍa decorara saJa de aula, abordando conteúdos de estudos soõiais ou ciên-cias desenvolvidos em aula. por exemplo: um c rrazpara divulgarnoções de higiene e saúde.

    8. Dramatizar o enunciado de um problema cle matemática.

    9. Inventar e formular por escrito o enunciado de um problema,dadaumacerta operação numérica. por exenrpro,

    " p"ti. de uma

    operação de divisão (345 + ï.

    como podemos ver, os obietivos específic,s decorrentes da ope-racionalizrção de um obietivo geral praticamente se identificam comas atiüdades a serem realjzadas pelos alunos, aiudando o professora definir seus procedimentos de ensino e a organizar as expiriênciasde aprendizagem mais significativas para alcançar aqueleìbietivo.

    b) Focalizar o comportamento do aluno e não o do prolfessor

    - O objetivo específico não se refere ao comportamento do pro_

    fessor mas o do educando. Ele descreve o conìponamento que seespera observar no aluno em decotência da experiência educativaque lhe é proporcionada.

    Exemplificando, vamos analisar esses dois grupos de objetivos:

    Í l]l Ensinar arüção de números de dois algarismos com rrans_J ' '

    porre.ì

    I Í-t O duno serâ capaz de somar números de dois algarismosrt tcomtransporte.

    Palavras como ensinar, transmiür, instruir, introduzir referem-seao comportamento do professor e não ao do aluno. Por isso,enquanto o primeiro obietivo de cada.grupo de dois é alusivo àaçãodo professor (ensinar, introduzir), o segundo obietivo de cada gru-po enfattza o comportamento do aluno no final da instrução.

    c) Fonnular cada objetiao de rnodo que ele descreua apenas urncomportamento por uez

    É aconselhável que cada obietivo específico seia elaborado demodo a incluir apenas um resultado de aprendizagem por vez e nãouma combinaçío de vários resultados ao mesmo tempo.

    Veiamos agora um exemplo. Pare- cartctertzar o sistema feudalde produção, o aluno serâcapazde:

    Conceituar feudalismo como um sistema econômico, políticoe social.

    Descrever as causas drf.ormação do sistema feudal na EuropaOcidental.

    Relacionar suas origens com a evolução das insütuições mero-víngias e carolíngias.

    Determinar seus limites temporais, localizando-os na linha dotempo.

    r:-lI S I nxpf c Í,n estruturafeudal, arelação suserano-vassalo.

    trtrtrtr

    Explicar o que é investidura.

    Explicaroqueéfeudo.

    Descrever suas caracteísticas econômicas.

    Descrever a estrutura social, identificando a função de cadasegmento da sociedade: nobreza, cavalarta, população ruralüvre, os servos, população urbana.

    Quando o obieüvo específico descreve apenas um comporta-mento por vez, ele se identifica com o conteúdo, e se torna, ele pró-

    I r-----| | 1 | Introduzirasubtraçãocomreserva.{-I a;] O aluno serácapazde subtrair um número de um algarismo det | - | outro contendo dois algarismos, com reserva. Exemplo:

    46_9 = [- l .

  • t20 Capítulo 5

    prio, o critério de avaliação. Dessa forma, o obietivo específico aju-da o professor a estabelecer os procedimentos de ensino e as ativi-dades de aprendizagem, além de auxiliá-lo na avaliação, permitindoque ele determine, com mais precisão, se o obietivo foi realmentealcançado.

    d) Ibmtular objetiuos instrucionais releuantes e úteis, isto é, queenuoluam não apenas conbecimento (rnemorização de infor-mação), rnas também, e principalmente, babilidades cogniti-aí$ e operações mcntais superiores

    Os objetivos instrucionais não devem dar ênfase apenas aoconhecimento de fatos específicos, mas devem focüzar, principal-mente, os processos mentais superiores, valorizando os mecanismosmais complexos do pensamento.

    Analisemos, a título de exemplo, esses seis grupos de dois obie-tivos cada um:

    Í fil Responder, por escrito, às perguntzls feita^s sobre um textol l ' l l ido.ì.-.....---| | q I Redigir um texto sobre um assunto lido ou discutido emIl- laula.I l----l

    I | 1 | Citar a fórmula para calcular a ârea de paralelogmmos.

    (-| | Z I Calcular aârea dos paralelogramos apresentados, dadas ast | - | medidas de sua base e de sua,altura.

    í l-il Identificar, entre várias fórmulas apresentadas, a fórmula| | ' I para calcular a ârea de uma circunferência.Il -

    | | Z I Resolver problemas, usando a fórmula para calcular a ârea\ | | de uma circunferência.t T----ì

    I | 1 | Rehcionar as erapas do método científico.l t I

    ì fe Ap[car o método científico na rcsolução de uma situação-t I | -problema.I t--1

    I | 1

    | Enumerar as fases de uma unidade de ensino.

    {-I ft Planejar por escrito uma uniclacle cle ensino, de acordo comt | | suasfases.

    A formulação de obietivos educacionais 121

    O primeiro objetivo de cada grupo se refere apenas à categoriade conhecimento, isto é, à memorizaçío da informaçío- Jâ o segun-do obietivo focaJiza processos mentais superiores, como a síntese(presente no segundo obietivo do primeiro grupo) e a aplicação,qúe exige o processo de transferência daaptenüzagem (incluída nosegundo obietivo dos demais grupos). Quando há uma mobiüzaçãodos esquemas operatórios, os mecanismos superiores de pensamen-to são acionados.

    Conclusão

    Como vimos no decorrer deste capítulo, a definição dos obieti-vos educacionais tem um caráttet orientador, pois norteia a atuaçãodo educador na sua interação com o educando. O educador precisasaber o que quer atingir com o seu trabalho e onde pretende che-gar. Mas para que os objeüvos da ação educativa sejam úteis ao tra-balho docente, eles não podem ser vagos e imprecisos. Não podemtambém cair no extremo oposto, isto é, não devem se cartctertzatpor uma operacionalizaçío extrema nem por uma compartimentali-zaçáo estanque, em decorrência de uma visão tecnicista da educa-

    ção e do ensino. Aliás, o pedagogo deve tomar cuiclado com o exces-so de tecnicismo, que pode levar a um formalismo exagerado e esté-ril. Os objetivos educacionais devem ser claros e precisos, sem noentanto cair no formalismo vazio e sem senüdo'

    Outro aspecto a ser ressaltado ê que o professor não deve for-mular apenas obietivos referentes a conhecimentos de fatos especí-ficos, em detrimento daqueles que enfatizam as operações cogniti-vas. Deve-se valortzar mais os objetivos que focalizam os processosmentais superiores (compreensío, aplicação, análise, síntese e iul-gamento), pois estes são mais úteis e significaüvos para a aprendi-

    .zagem.Por úlümo, queremos lembrar que, para a educação escolar ser

    um instrumento de transformação social, nós, educadores, nãopodemos perder de vista o objetivo último da açío educativa, que épreparar o jovem pur^ Lúda plena da cidadania. Isto supõe formarum cidadão consciente, crítico e participaüvo, cap^z de compreen-der a realidade em que vive e nela intervir, participando do proces-so de construção da sociedade.

  • Arividodes

    l. Anolise, por escrilo, o ofirmoçõo o seguir:

    Obietivos educocionois sõo "Íormuloções explícitos dos mudonçosque, se espero, ocorrom nos olunos medionte o processo educocionol; isto é, dos modos como os olunos modificom seu pensomento,seus sentimentos e suos oções"ó.

    2. Explique o diÍerenço existente entre os obietivos educocíonois geroise os obietivos especificos.

    3. Foço por escrito umo síntese dos funções dos obietivos específicos,determinondo como o suo definiçõo pode ouxilior o professor no seutrobolho didótico.

    Trabalho em grupo

    . Desdobre o obletivo gerol o seguir em objetivos específicos utilizon-do os sugesÌões opresentodos neste copítulo poro suo operocionolizo-çõo:

    "Desenvolver o otitude cientíÍico, compreendendo o método cientí-fico como umo formo de soluçõo de problemo".

    A formulação de obietivos educacionais r23122

    l .

    Capítulo 5

    Resumo

    A definição dos objeÍivos edu

  • Em última análise, ele estará promovendo algumas características pessoaisdo aluno, que serão responsáveis pelas suas possibilidades e limitaçõeì.

    Nessa medida, é que a explicitação dos obieüvos se constitui nô primeirocompromisso efetivo assumido pelo professor. Na verdacle, o primeiro momen-to em qÌte a "desocultação da realidade" se torna possível. (p. l3l_2)

    EnÍim, o professor deveria olhar para cada um de seus ób;etrvos e se per-guntar: qual a relevância disto para nosso aluno? Não há nada mais compatívelcom suas expectaüvas e necessidades que deva substituir este obietivo? Levei onreu ahrno em conta ao selecionar este objetivo?

    Na verdade, os critérios utilizados para estabelecer as prioridades, em ter-mos de objetivos educacionais, revelam os valores e metas com os quais o edu-cador se comprometeu enquanto profissional e enquanto pessoa. (p. 133)

    umavez que o obietivo descreve o que está por trrís daaçvo,põrque indi-ca a intenção subiacenre à conduta do planejador e especifica o piodúto destaação, ele não deveria, por consequência, ser vago, impreciso ouìebuloso.

    A imprecisão tem, no mínimo, duas desvantagens perigosas. primeiro,pode ser uma esquiva sutil e effciente do professor em assumir uma posturaexplícita, na medida em que tudo o que dii é tão amplo que, na verdadã, nadadiz (...). A segunda desvantagem é de ordem inteiiamente metodológica, ouseia, é impossível esperar que obietivos vagos sirvam para orientar as ãecisõesdo professor, quanto à seleção das experiências de âprendizagens relevantes.(p. 134)

    - De maneira gerat, a clareza de um obietivo depende de sua operacionali-

    zação, isto é, do detalhamento daqueles comportamentos que o aluno deveapresentar para atingir o obietivo. Isto não significa limitar a atuação do pro-fessor, mas significa que cabe a ele a respõnsabilidade de refleiir sobre adimensão real daqueles comportamentos que traduzem suírs expectativas comrelação aos alunos. Esta é a única saída, se não pretendemos pe.."ne.", noplano do discurso vazio.

    Ideais humanísücos só se tornam realidade através daaçío. Enquanto nãotransformamos o que falamos sobre o homem em ação, essãs ideais serão depouca ou nenhuma valia. o que é a liberdade humana? como posso promovê--la dentro dos limites da sala de aula? euando alguém é crítico, curioso, criati-vo? como desenvolver estas potencialidades? o que é compreensão? Ela difereda repetição? Em quê? Como posso saber que meu aluno compreendeu?Aprendizagem supõe transformação, modificação. Como percebê-lai

    operacionalizar é exercitar a nossa capacidade de transformar nossasi