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A FORMAÇÃO DE CLUSTERS COMO OPÇÃO DE DESENVOLVIMENTO

 Resumo: Clusterização tem sido uma forma de alavancar economias através da exploração de uma característica específica de produção de uma região. As diversas sinergias advindas da cooperação entre os agentes de um mesmo Cluster bem sucedido acarretam em menos custos e conseqüentemente mais receitas. Experiências bem sucedidas de Clusters demonstraram também que a renda per capta da população também se elevaram bastante e também é objetivo deste trabalho discutir alguns destes casos de sucesso, entre eles, o caso de Emilia-Romania na Itália e também o caso brasileiro do Vale dos Vinhedos em Bento Gonçalves. Clusters são uma real possibilidade de desenvolvimento e sua aplicação pode ser feita em países em desenvolvimento colaborando com a auto sustentabilidade destes países. Para tanto, também procurando abordar o fundamental comprometimento de alguns stakeholders no processo de formação de um Arranjo Produtivo Local.  1.      Introdução  A clusterização é uma forma de desenvolvimento sustentado que está sendo estudada a fundo por pesquisadores e implantada em regiões potenciais do Brasil como forma de desenvolver a economia local e criar pontos de referência para determinados produtos partindo deste método de parcerias e cooperação entre os integrantes do processo, essa dinâmica de desenvolvimento sustentado também é abordada pelo presente texto de forma sucinta com a finalidade de embasar à temática central. Embora sempre tenham existido, os clusters produtivos ganharam importância e notoriedade nos últimos anos, em função do processo de globalização, que alterou paradigmas até então prevalecentes, como o das vantagens comparativas (custos dos fatores e dos insumos), que cederam lugar aos ganhos de produtividade decorrentes de vantagens competitivas dinâmicas locais (conhecimento, inovação, relacionamento, motivação), com as quais os concorrentes geograficamente distantes não conseguem competir.  São exemplos de clusters no mundo: 

         Bielle, no norte da Itália: lã.         Busto-Arsízio, perto de Milão: máquinas e ferramentas.         Lyon, na França: seda         Vale do Silício, nos Estados Unidos: software, telemática.         Londres: banking e seguros         Offenbach e Würzburg, na Alemanha: máquinas gráficas.

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         Vale de Sonoma, na Califórnia: vinho.         Florença, na Itália: sapatos e bolsas de couro.         Boston, nos Estados Unidos: equipamentos médicos.

 A idéia básica é a de que nenhuma empresa é competitiva isoladamente quando entrante no mercado. O que acontece dentro da unidade produtiva é importante, mas está comprovado que o ambiente empresarial no qual a firma está inserida (o cluster) também desempenha papel vital para a competitividade. Um excelente hotel, bem estruturado e com bons serviços, terá grande dificuldade de viabilizar-se, se a cidade onde se situa padecer de problemas de segurança, os serviços locais de aeroporto, táxi e restaurantes funcionarem precariamente, os serviços de apoio à promoção de eventos forem deficientes, as atrações turísticas da cidade forem poucas, o artesanato regional for pobre. Ou vice-versa: O bom desempenho de um membro ou de um segmento de um cluster pode aumentar o sucesso dos demais. Há os que digam que um cluster poderia ser comparado a uma colméia pela mesma sugerir cooperação, colaboração, especialização e divisão do trabalho buscando a sobrevivência. Em uma colméia, as abelhas se agrupam com funções distintas (trabalhadoras, soldados, reprodutores) e um único interesse. Esse exemplo pode ser até utilizado em uma visão macro, mas se formos no cerne da questão veremos que a figura do cluster se difere da colméia quando olhamos para a rainha, a líder das abelhas. Um cluster não é liderado, sugere a idéia de coletividade, mútuo esforço, crescimento contínuo e conjunto, o destaque se dá no todo e não para uma empresa em detrimento de outrem. Destarte, o estudo está estruturado em dez capítulos. O tipo de estudo a ser desenvolvido nesse artigo é um estudo de caso, embora se tratando de uma pesquisa descritiva e explicativa. Descritiva por expõe características e atividades relativas aos Arranjos Produtivos Locais e Explicativa, pois se propõe a esclarecer os fatores que de alguma forma contribuem para a formação da estratégia de competição. Entretanto, para uma abordagem dos Arranjos Produtivos Locais enquanto um modelo de desenvolvimento econômico e social e por este principal motivo já se justifica sua relevância, destacaremos nos primeiros capítulos o estudo dedicado a apresentar os princípios conceituais (proposições teóricas), os stakeholders e suas contribuições, a forma de organizacional de um Cluster e suas principais características. Nos capítulos finais, abordaremos dois estudos de caso de sucesso Emilia-Romania na Itália e também o caso brasileiro do Vale dos Vinhedos em Bento Gonçalves.  2.      Conceito  

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Porter (1999) conceitua Cluster como: "Clusters são concentrações geográficas de companhias e instituições inter-relacionadas num setor específico. Os Clusters englobam uma gama de empresas e outras entidades importantes para a competição, incluindo, por exemplo, fornecedores de insumos sofisticados, tais como, componentes, maquinário, serviços e fornecedores de infra-estrutura especializada. Os Clusters, muitas vezes, também se estendem para baixo na cadeia produtiva até os consumidores, e lateralmente até manufaturas de produtos complementares e na direção de empresas com semelhantes habilidades, tecnologia, ou de mesmos insumos. Finalmente, muitos Clusters incluem órgãos governamentais e outras instituições – tais como, universidades, agências de padronização, ‘think tanks’, escolas técnicas e associações de classe – que promovem treinamento, educação, informação, pesquisa e suporte técnico”. (Porter; 1998) Já Kotler (1997) define Cluster da seguinte forma: “Um Cluster é definido como um grupo de organizações que têm encadeamentos verticais e horizontais entre si. Abrange a indústria central, as indústrias relacionadas e as de apoio. Encadeamentos verticais são tipicamente os relacionamentos entre a indústria central e as de apoio, e relacionamentos horizontais são os elos entre a indústria focal e outras indústrias que tem complementaridades com a indústria central em tecnologia e/ou marketing”. 

Cluster pode ser encontrado com outras denominações dependendo da sua configuração, entre elas: Arranjos Produtivos Locais – APLs, Sistemas Locais de Inovações, Sistemas Produtivos Locais, entre outros. Todas estas denominações têm em comum a ênfase na importância dos aspectos locais para o desenvolvimento e competitividade das empresas. (BNDES; 2004)  O termo APL foi criado como paradigma e meta do sucesso ocorrido nas empresas do Vale do Silício e dos distritos industriais italianos com a respectiva constatação da elevada renda per capta das populações destes locais nas décadas de 80 e 90. (Barbosa, Diniz e Santos; 2004). Segundo Michael Porter (1998), a Clusterização pode ser vista notoriamente na atividade econômica onde o Cluster pode ser considerado como a reunião de pequenas ou médias empresas, às vezes até mesmo as de maior porte, que estão situadas num mesmo local e que apresentam grandes níveis de entrosamento entre si, e constituem o que hoje se tem como uma das formas mais modernas em modelo de desenvolvimento local.   

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3.      Principais elementos inerentes ao conceito de Cluster  Segundo conceito da Fundação das Indústrias do Estado de São Paulo, a FIESP (2004), o Cluster está cercado de cinco elementos principais em sua estruturação, são eles: Aglomeração - idéia de conjunto inter-relacionado e espacialmente concentrado, ensejando a troca de sinergia e a prática de cooperação e de alianças estratégicas, inclusive para neutralizar limitações relacionadas a economias de escala, como processos tecnológicos, aquisições de insumos, assistência técnica, tratamento pós-colheita, comercialização etc. Afinidade - empresas voltadas para o mesmo ramo de negócio (atividade principal do Cluster), embora cada uma (ou um conjunto) delas se especialize em tarefas específicas (fornecimento de insumos e serviços, produção, comercialização, pesquisa, desenvolvimento de novos mercados etc.). Articulação - relacionamento próximo, intensivo e permanente entre as empresas, propiciando, por um lado, a troca de sinergia e a prática da colaboração e, por outro, estimulando a rivalidade e a competição. Ambiente de negócios positivo - relações comerciais apoiadas na confiança recíproca, condição favorável à formação de parcerias e de alianças estratégicas, através das quais as partes envolvidas, mesmo os concorrentes, unem-se para enfrentar problemas comuns de logística, de assistência técnica, de comercialização, de suprimento de matérias-primas e de insumos, organizando-se para negociar com o governo e com instituições públicas e privadas, ações consideradas importantes para o fortalecimento e a consolidação do Cluster. Apoio Institucional - rede de instituições públicas, privadas e até ONG's, que atuam em torno do Cluster como estimuladoras e catalisadoras da integração e da colaboração dos atores (governo em todos os níveis e iniciativa privada), inclusive mediando eventuais conflitos de interesses entre as firmas/instituições, tendo em vista a sustentabilidade do processo.  4.      Organização operacional dos Clusters  Segundo Jörg Meyer-Stamer (1999), a organização dos Clusters deve incluir todos os produtores e parceiros que contribuem para uma plataforma competitiva de uma determinada atividade econômica. Em geral, os participantes são oriundos de pequenas e grandes firmas, associações de classe (indústria, trabalhadores, serviços), governo e instituições de suporte

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envolvidos em todas as etapas da cadeia produtiva, desde a da matéria-prima até a do consumidor final.  Amorim (1998) declara que os papéis apropriados do órgão articulador são: Criar comunidades econômicas: Em primeiro lugar, o papel dos órgãos articuladores é o de "criar uma Comunidade Econômica em vez de um Aglomerado de Firmas". Um dos pontos mais importantes nos casos de Clusters bem sucedidos é que estes de fato, funcionam como eixos de desenvolvimento em suas regiões e isso diz respeito à sua composição em termos de firmas, assim como à forma como as firmas se relacionam. Embora envolvidas num mesmo negócio, as firmas sabem que não poderão sobreviver se ficarem sozinhas num negócio que depende de cooperação e de inovação para se desenvolver. Estimular o surgimento de uma atmosfera propícia: Em muitos casos, a formação desse tipo de arranjo precisa ser estimulada e para tanto os órgãos de desenvolvimento devem estar preparados para atuar eficazmente. O surgimento de uma atmosfera propícia à inovação exige que os indivíduos estejam constantemente trocando idéias e informações. Em termos mais específicos, pode-se sugerir aqui a organização de fóruns, seminários, promoção de palestras e outras. Garantir a eficiência: Entre as diversas formas de perseguir a qualidade e eficiência encontram-se a instituição e concessão, de forma criteriosa, de selos de qualidade. O selo visa assim transmitir aos clientes, ao mercado e à sociedade em geral, que as firmas portadoras do mesmo foram avaliadas e consideradas cumpridoras das normas e requisitos de qualidade superior. Sobre os prêmios, esses podem tomar diversas formas, além de concessão de dinheiro, tais como participação em feiras específicas, cursos e seminários relacionados com a área de atuação do Cluster. Existência de uma ampla rede de fornecedores: Os órgãos articuladores de um Cluster devem estar permanentemente atentos à questão da rede de fornecedores. Eles devem garantir tanto a proximidade dos fornecedores como também assegurar que a própria forma de operação desses fornecedores seja acessível para as pequenas empresas. Estudos e acompanhamento: Os órgãos articuladores do Cluster devem estar em constante contato com os integrantes desse, tendo em vista perceber os eventuais entraves à competitividade. Por exemplo, ao identificar possíveis gargalos no funcionamento do Cluster e ao propor e apoiar a criação de uma nova firma destinada a sanar aquele gargalo, o órgão articulador estaria contribuindo para aumentar a competitividade do Cluster. 

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Apoiar novos empreendedores (Fertilização Cruzada): é importante introduzir no Cluster indivíduos que tenham conhecimentos superiores ao da média dos integrantes. Isso se chama, na linguagem dos Clusters, fertilização cruzada. Os novos empresários aprendem com os veteranos sobre assuntos práticos do dia-a-dia e os veteranos também terão muito a ganhar ao interagirem com aqueles que conhecem o "estado da arte" da indústria em questão. Pode-se pensar em vários exemplos para ilustrar essa situação. Tomemos, pois, como exemplo, a recente criação do curso superior de Estilismo e Moda na Universidade Federal do Ceará (UFC). Seria então salutar que esses recém-graduados fossem incentivados a permanecer na região, atuando junto ao setor de confecções, têxtil e de calçados do Estado. Aperfeiçoamento dos processos produtivos: Uma política de fomento à formação de Clusters deve orientar suas intervenções no sentido de promover o constante aperfeiçoamento dos processos produtivos e da qualidade dos produtos. Além do treinamento, incluem-se: a participação em feiras e demais eventos especializados (inclusive em países estrangeiros), a organização de missões de visitas aos mercados compradores e outros.  5.      Fatores-chaves para o desenvolvimento de um Arranjo Produtivo

Local  Barbosa, Diniz e Santos (2004) elencam como pontos fundamentais para o desenvolvimento de um Arranjo Produtivo Locai, os seguintes itens:          Sedes administrativas das empresas no APL;          Parte significativa das decisões de financiamento e investimento

estarem no APL (com capital próprio ou de terceiros);          Não pertencer a sistemas industriais periféricos;          Propriedade e marcas e tecnologia de produtos serem principalmente

de empresas cuja sede está n APL;          Desenvolvimento de produtos ser realizado no APL;          Desenvolvimento de máquinas e insumos especializados ser realizados

no APL;          Cooperação institucionalizada oferecendo serviços fundamentais; 

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         Sensibilidade de entidades governamentais às necessidades do APL e estreita cooperação entre essas entidades e o representante das empresas. (raramente o item g pode se desenvolver sem apoio do governo e incentivos públicos ao livre acesso aos serviços prestados pela cooperação institucionalizada);

          Presença de instituições de desenvolvimento tecnológico no APL;          Planejamento estratégico permanente e participativo no APL;          Acesso à mão-de-obra especializada capacitada para atividades

criativas ou estratégicas do setor; e          Grau de confiança mútua preexistente no local.  6.      Estratégia inovadora: uma das principais características da

Clusterização  Mônica Amorim (1998) ainda defende que a Clusterização apresenta ainda as seguintes características inovadoras: 

         Divisão dos problemas do desenvolvimento em função de espaços geográficos menores, para melhor equacioná-los e resolvê-los;

          Procura alicerçar a sustentabilidade do processo na comunidade

(parcerias institucionais em todos os níveis - federal, estadual e municipal) e atores locais (agentes da área considerada, apoiados na força de suas lideranças.); e,

          Direciona o esforço de investimentos e de ações em função de

atividades econômicas que possuem potencial real de desenvolvimento e de competitividade, inclusive em mercados internacionais.

 Barbosa, Diniz e Santos (2004) definem como principais características dos Arranjos Produtivos Locais, os seguintes pontos: 

      Concentração espacial de produção de bem ou serviço exportável para outras regiões, ainda que da mesma cidade, se essa é uma metrópole; ou produto ou serviço que atende a atividades que exportam para outras regiões.

       A localização é uma fonte de vantagem competitiva muito importante

para as firmas ou subunidades de firmas aí localizadas. 

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      Essas vantagens competitivas de origem locacional tendem a atrair empresas ou subunidades de empresas ou mesmo produtores autônomos, ou a fazer crescer ou mesmo manter competitivas as empresas já instaladas, se o ambiente de concorrência crescente com empresas de outras regiões.

       Essas vantagens não são apenas indiscriminadas, difusas ou

genéricas. Elas possuem efeitos especialmente importantes para setores ou cadeias específicas.

       As vantagens competitivas principais da região não se resumiriam

por especiais custos de transporte, fiscais, alfandegários ou de acesso a insumos básicos. Ou seja, são vantagens que se realimentam com o crescimento do APL.

  7.      Vantagem competitiva – Abordagem fundamental para o

desenvolvimento de um Cluster  Segundo Kotler (1997), a empresa deve comparar constantemente seus produtos, praça, canais e promoções com os de seus concorrentes mais próximos, a fim de poder discernir pontos de vantagens e desvantagens.   “O ponto de partida é a observação de que um Cluster oferece grande potencial para a criação de vantagens competitivas, mesmo sem a intervenção do Governo ou de outros atores, resultando numa série de vantagens de localização, chama isto de "vantagens passivas". (Jörg Meyer-Stamer, 2004). Como forma de classificar o nível de competitividade e cooperação Mytelka e Farinelli (2000) montaram o quadro a seguir: Tipologia consagrada de Cluster/APL  Cluster/APL

informaisCluster/APL organizados

Cluster/APL inovativos

Existência de liderança

Baixo Baixo e Médio Alto

Tamanho das firmas

Micro e Pequena MPME MPME e Grandes

Capacidade inovativa

Pequena Alguma Contínua

Confiança interna Pequena Alta AltaNível de Tecnologia

Pequena Média Média

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Linkages Algum Algum DifundidoCooperação Pequena Alguma e Alta AltaCompetição Alta Alta Média e AltaNovos Produtos Poucos; Nenhum Alguns ContinuamenteExportação Poucos; Nenhuma Média e Alta Alta “A vantagem competitiva surge fundamentalmente do valor que uma empresa consegue criar para seus compradores e que ultrapassa o custo de fabricação pela empresa” (KOTLER, 1998) Cunha (2002) define duas categorias de vantagens competitivas dos Clusters, são elas: Economias passivas advindas de ganhos de redução de custos de transporte, da proximidade com o cliente e/ou fornecedor, de urbanização e da infra-estrutura gerada pela urbanização. Economias ativas resultantes de acúmulo e troca de conhecimento tácito ao longo do tempo em uma determinada localidade. “Um fator de competitividade se transforma em vantagem competitiva de uma empresa quando os respectivos consumidores e clientes reconhecem que naquele fator a empresa tem uma situação melhor, diferenciada, em relação aos seus concorrentes”. (Bethlem, 1995) Seguindo o ponto de vista de Michael Porter (1998), a vantagem competitiva pode ser através da liderança em custo, na diferenciação ou no enfoque. A liderança em custo busca ter o produto no mercado com o menor preço para o produtor e consumidor, utilizando recursos como: economia em escala, tecnologia patenteada, acesso preferencial a matérias-primas, etc. Na diferenciação a empresa procura ser única em sua indústria. Ela seleciona um ou mais atributos, que muitos compradores acham relevantes, posicionando-se singularmente para satisfazer estas necessidades. Essa vantagem competitiva é recompensada pela sua singularidade com um preço-prêmio. O enfoque é a escolha de um ambiente competitivo estreito dentro de uma indústria. O enfocador seleciona um segmento ou um grupo de segmentos na indústria e adapta sua estratégia para atendê-los. Para um Cluster, a vantagem competitiva alia o enfoque e a liderança de custos uma vez que traz para uma região praticamente todo o processo de montagem, transformação, vendas e P&D para um determinado produto. Nesse ponto, o custo mostra-se claro que tende a ser uma vantagem e o enfoque é necessário para a melhoria contínua e marcação territorial. Pegando um exemplo clássico da região da Emilia-Romania na Itália, a

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região de Parma é famosa pela produção de um apresuntado com um sabor peculiar, o famoso “presunto de Parma” e neste produto a vantagem competitiva local é facilmente analisada uma vez que o consumidor não se prende a marca em si e sim à procedência do produto, ou seja, não importa qual a marca, o que importa é que ele veio de Parma.  8.      Participação do Governo na formação dos Clusters  Barbosa, Diniz e Santos (2004) declaram que na Itália e em outros Arranjos Produtivos Locais na Europa e nos Estados Unidos a atuação governamental é fundamental para o desenvolvimento dos Arranjos Produtivos Locais. Por fim, os autores elencam algumas funções para os governos, a saber: 

      Prover infra-estrutura que suporte o crescimento dos APLs. 

      Apoiar o ensino e treinamento de mão-de-obra. 

      Apoiar atividades e centros de pesquisa e desenvolvimento. 

      Financiar investimentos cooperativos que permitam aos empresários atingir escalas que não tinham acesso individualmente e assim oferecer serviços especializados antes que não eram disponíveis no APL.

       Fazer investimentos públicos que gerem externalidades importantes

para o APL e que por falta de lucratividade não são viáveis para os empresários.

       Ser interlocutor, estruturador e razão de existência e

aperfeiçoamento para as entidades representativas dos empresários funcionarem como catalisadores da cooperação e do investimento coletivo.

  9.      Exemplos de Clusterizações   Para ilustrar a temática abordada neste estudo, apresentaremos algumas informações da Clusterização na região da Emilia-Romania, na Itália e um Cluster em desenvolvimento no Brasil, situado no Rio Grande do Sul, na região de Bento Gonçalves. O “Vale dos Vinhedos”.  

9.2 Emilia-Romania – Itália

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  A Emilia-Romania fica situada no meio da Itália e é conhecida como a terceira Itália – a primeira é formada pela região imperial do norte, dos grandes conglomerados industriais e bancários do eixo Gênova-Turim-Milão e a segunda pela parte Sul (Mezzogiorno), esta idéia nasceu do livro “Tre Italie” de Begnesco que falava sobre as diferenças culturais destas três regiões – a Itália é dividida politicamente em regiões administrativas e uma destas é Emilia-Romania, cuja capital é Bologna, e é composta também por diversas cidades como Piacenza, Parma, Reggio Nell’Emilia, Modena, Ferrara, Ravenna, Forli e Rimini. Sua população é de aproximadamente quatro milhões de habitantes e possui vinte e dois mil quilômetros quadrados (aproximadamente 10% do território do Paraná). A economia de Emilia-Romania é composta de uma multidão de pequenas e médias empresas. São 430.000 empresas, das quais 47% empregam menos de 20 pessoas, várias destas empresas são de alta tecnologia além de uma economia industrial de alto desempenho, a Emilia, por exemplo, é a segunda maior região pecuarista da Itália, uma importante produtora de vinhos e de fornecimento de pesca. Pela perspectiva economia/população esta região é a mais importante da Europa, com produtos de renome internacional como o Queijo Parmesão (Parmiggiano – Parma e Reggio), o Presunto de Parma, o Acetato Balsâmico de Modena, o vinho Lambrusco, a Ferrari, a Lamborghini e a Ducatti. Todas marcas relacionadas com alto padrão de qualidade reconhecidos no mundo todo além de associadas diretamente à cultura produtiva da região. Além da economia, a região da Emilia-Romania tem um dos maiores níveis de qualidade de vida da Itália, Bologna, por exemplo, é a cidade mais rica do país.  A divisão das empresas na região é conforme a produção, assim, todos os produtores de queijo e presunto estão em Parma e Reggio, os de motocicletas em Bologna e assim por diante. Essa característica demonstra a formação das estrelas em uma determinada região (Clusters), favorecendo vantagens competitivas pela regionalidade e pela ação como um bloco único contra a concorrência. Em pesquisa realizada durante vinte anos em Emilia-Romagna pelo cientista político da Universidade de Harvard, Robert Putnam, chegou-se a conclusão que o conceito de capital social se materializa em envolvimento comunitário, o engajamento cívico parece ser a condição do desenvolvimento, independente da ideologia, ou seja, é preciso ser primeiro cívico para depois ser rico. Descobriu-se que o governo em Emilia-Romania

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funciona melhor porque há uma espécie de controle social espontâneo e sem ideologia sobre o Estado, chamado por Putnam de Civismo. Em pouco tempo criou-se uma organização solidária, ágil e eficiente, com centenas de pessoas e empresas, em processo de permanente negociação entre si, visando encontrar oportunidades. Com valores bem definidos, conseguiu uma objetividade que não se vê nas organizações mais formais. Às vezes se reúnem 70, 80 empresas para desenvolver uma coleção de calçados ou roupas, são capazes de alterar, em 15 dias, o design e a produção visando conquistar um novo mercado externo. A parceria envolve não apenas as empresas, mas autoridades regionais das províncias e dos municípios, câmaras de comércio e indústria, núcleos de serviço e promoções, consórcios e convênios criados pelas próprias empresas. Fruto dessas redes de produção, a Itália está entre os líderes mundiais na exportação de calçados e, em particular, de calçados de alta qualidade. Mas o que talvez ninguém saiba é que a Itália também é líder mundial na exportação de muitos outros produtos relacionados com os calçados, como por exemplo, máquinas de curtição de couro e serviços de designer e criação de sapatos. Estas indústrias consolidam-se todas mutuamente. Elas fixam as tendências mundiais, que depois são seguidas pela maior parte das indústrias de calçados dos outros países.  

9.2 Vale dos vinhedos – Bento Gonçalves, Brasil  Um dos únicos Clusters nacionais efetivamente reconhecidos é o Vale dos Vinhedos. O Vale dos Vinhedos está situado entre as divisas de Bento Gonçalves, Garibaldi e Monte Belo do Sul, os vinhos produzidos nesta região já conquistaram grande parte do mercado nacional e do mercado latino, além de ser referência na Europa de vinhos fabricados fora do velho continente.  Foram produzidos em 2004 um total de 9,3 milhões de litros de vinho fino pelas vinícolas do Vale dos Vinhedos e processadas 14,3 milhões de kilos de uvas viníferas. A produção do Vale dos Vinhedos equivale de 20% de vinhos finos e 45% dos espumantes elaborados no Brasil. Fazem parte do Cluster 24 vinícolas produtoras associadas e 19 associados contribuintes, empresas agroindústriais como queijaria, suco de uvas, geléias, hotéis e restaurantes. 

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A cidade de Bento Gonçalves fica a 125 Km da capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, e é composta de aproximadamente 100 mil habitantes. Com uma área total de 370,68 km2. Bento Gonçalves está situada entre os entre vales e montanhas da Serra Gaúcha e guarda em suas raízes as tradições e costumes levados pelos imigrantes italianos. Tendo uma paisagem tipicamente européia, é hoje um dos maiores centros econômicos e industriais do sul do país.  O município ostenta o título de Capital Brasileira do Vinho e, além disso, é um dos principais pólos moveleiros do Brasil, destacando-se também nos setores metalúrgico, plástico e alimentício, a cidade conta com total infra-estrutura e um moderno complexo de recepções e informações turísticas. A colonização dos italianos (advindos em sua maioria das regiões de Trento e Vêneto) Vale dos Vinhedos aconteceu em meados de 1875 e o clima perfeito para a vinicultura e o comprometimento local fez essa cidade crescer em rápidas proporções, produzindo hoje cerca de sete milhões de litros por ano. Bento Gonçalves nasceu forte com a cultura da uva e produção do vinho, mas a sua presença em atividades como móveis e setores metalúrgicos e de alimentos é marcante no Sul do País, além disso, tem algumas características que podem ser comparadas com Clusters famosos como a Emilia-Romania na Itália, dentre elas o sentimento da população que abraça o crescimento local sem se preocupar com a concorrência regional agindo através da cooperação dos vinhedos maiores para os menores e garantindo a alta qualidade em todas as marcas de vinhos da região. O distrito do Vale dos Vinhedos foi criado em 1990, pertencendo ao município de Bento Gonçalves. Outra marca deste comprometimento é a instalação da única faculdade de enologia do Brasil, a Faculdade de Enologia que é ministrada pela CEFET de Bento Gonçalves contando com profissionais da França e da Itália que atuaram nos maiores vinhedos da Europa e tratam o vinho e sua fabricação como ciência e não como artesanato.  A profissionalização de técnicos em enologia tem garantido alto padrão de qualidade além do incremento da produção com a utilização de processos utilizados fora do país para o total aproveitamento da produção e utilização de fatores de controle de qualidade. A organização da faculdade está a cabo dos profissionais vindos de outros países e da participação de donos das vinícolas como Adriano Miolo herdeiro de uma das marcas mais famosas da região,  e Jaime Milan, diretor executivo da Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos - APROVALE. Esta associação foi criada por seis

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vinícolas em 1995, na perspectiva do atendimento das exigências legais da Indicação Geográfica. A marca exclusiva de procedência é uma exigência internacional é o sonho de muitos produtores que prezam pela qualidade e estão dentro de um Cluster, hoje em dia, esse desejo é realidade para os produtores de Bento Gonçalves, o presidente do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), José Graça Aranha, assinou no final do ano de 2002 o primeiro certificado de Indicação de Procedência Geográfica, que foi concedido aos produtores de vinho da Serra Gaúcha, no Rio Grande do Sul. O selo vai fazer com que o vinho nacional atinja um preço maior no mercado internacional e, em princípio, 22 produtores da região terão direito ao selo. Como resultado da parceria, cooperação mútua e melhoria contínua nos padrões de qualidade, o Vale dos Vinhedos é hoje a única região do Brasil capaz de atender aos rigorosos critérios do mercado internacional de vinhos finos com produção equiparada aos famosos vinhos chilenos e argentinos. A produção de vinhos do Vale dos Vinhedos coloca o Brasil dentro de um mercado promissor uma vez que a população brasileira está aprendendo a degustar vinhos como um aperitivo usual, já que até então o consumo era praticamente voltado para épocas festivas. Alta produção local, empresas com o mesmo porte, preocupação total com a qualidade, cooperação entre a concorrência local, utilização da marca regional como vantagem competitiva e preparação nivelada de profissionais com alto nível de excelência fazem do Vale dos Vinhedos um dos primeiros Clusters efetivamente reconhecidos no Brasil. A preocupação com a qualidade no Vale dos Vinhedos é algo essencial para o sucesso regional. De modo que as vinícolas são visitadas por outros donos de vinícolas concorrentes para certificarem-se de que o padrão está sendo mantido. Essa “auditoria” é um diferencial competitivo uma vez que a confecção dos vinhos é nivelada e difere-se somente das misturas de sabores e aromas. A estimativa é de que cerca de duas mil pessoas atuem diretamente no negócio, destacando-se mil e duzentas com vinhedos e oitocentos empregados nas empresas. Toda a família corporativa, composta de fornecedores, clientes, empresas de distribuição, publicidade, escritórios de advocacia e contabilidade, entre outros stakeholders nos permite ter uma noção do benefício e desenvolvimento gerado na região do Vale dos Vinhedos. Atividades geradas pelo Enoturismo e o incremento da visitação turística às cantinas do Vale dos Vinhedos também reforçam ainda mais a importância da região. Em 2003, o Vale dos Vinhedos recebeu 80 mil visitantes e em 2004 recebeu 104 mil visitantes.  

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Levando em consideração de que o setor de vitivinícola do Rio Grande do Sul fatura aproximadamente um bilhão e trezentos mil reais, temos o Vale dos Vinhedos como responsável por vinte por cento desta quantia.  

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10. Conclusão  Os modelos produtivos calcados nas “constelações” visualizadas por  Porter (2000)  podem ser a grande lacuna para a retomada do processo de desenvolvimento regional no Brasil, uma vez que produzem artigos de ponta e com alto valor agregado, visto que o maior problema de déficit da balança comercial brasileira é a importação de produtos de alto valor agregado e a exportação de produtos primários.  Além disso, estes modelos apresentam como premissa básica os desenvolvimentos de setores sociais, com qualificação profissional, melhoria contínua e melhoria da qualidade de vida regional através do aumento da empregabilidade e da circulação de divisas nas regiões aumentando a arrecadação de impostos municipais e o consumo populacional. Assim, temos os Clusters como constelações voltadas ao sucesso que estão sendo implantados no país de forma estruturada, porém embrionária, capazes de aumentar a capacidade de cidades carentes de processos produtivos através da sua forma de desenvolvimento sustentado. Exemplos bem sucedidos no Brasil como o Vale dos Vinhedos em Bento Gonçalves no interior do Rio Grande do Sul demonstram que esse processo pode e deve ser difundido por todo o país. O Vale dos Vinhedos extrapola sua vocação de produção de vinhos, ofertando uma variada gama de serviços através de pacotes turísticos o que demonstra criatividade e habilidade na criação e gestão de negócios. Sob um enfoque macroeconômico, a consolidação de Clusters como evidenciado no Vale dos Vinhedos possibilita o desenvolvimento regional elevando também o desempenho da nação, tendo em vista, o aumento de arrecadação tributária e melhores resultados nas contas de serviços, principalmente pelo turismo e também melhores resultados advindo da balança comercial, principalmente focando nos resultados de menor importação e de crescimento nas importações. Sob o enfoque microeconômico, podemos destacar a geração de emprego que pode melhorar a qualidade de vida da região, a consolidação das empresas do Arranjo Produtivo Local, evidenciada por um comércio compacto e mais eficiente. Estes fatores podem convergir à melhoria da qualidade de vida da população que com o desenvolvimento da região cresce em renda, fortalecendo o comércio local, aumenta o grau de instrução da população local gerando melhores serviços e produtos. 

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A força de um Cluster se encontra mesmo que oculta na energia das sinergias das pessoas e das empresas que o formam junto à sociedade e o apoio governamental. Acreditar nesta estratégia, pode significar então acreditar em crescimento e desenvolvimento.

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