CPERS

Edição 630 - 08.07.2016Informativo eletrônico semanal do mandato

A FARSA DA RENÚNCIA

UMA ESTRATÉGIA PARA BLINDAR CUNHAE BARRAR O COMBATE À CORRUPÇÃO

Para o deputado estadualAdão Villaverde, "a renúnciade Cunha à presidência daCâmara é uma grande farsae faz parte de uma estraté-gia para blindá-lo contra acassação do seu mandato.Por isso, este é momento deirmos às ruas aprofundarmosa denúncia contra o golpee reafirmamos 'Cunha nacadeia' e 'Fora Temer'"

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Reforma política já, mas comurgente democratização da mídia

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ARTIGO

| POR ADÃO VILLAVERDE**

Educadores decidem pelo fim da greve, comações contra os governo Temer e Sartori

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Emenda para

garantir civis no

Corpo de Bombeiros

MAIS UM GOLPE

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Cunha,a sínteseda crise*

CÉLI PINTO**

duardo Cunha é a mais acabada sín-tese da crise política brasileira por trêsrazões. A primeira pelo poder que temna Câmara dos Deputados, que extrapolapara o Executivo, esteja este nas mãosde Dilma ou de Temer. Tem uma banca-da própria, chegou à presidência e ma-nipulou o processo de impeachment e aComissão de Ética segundo seus interes-ses. Pouco importa se será ou não cas-sado nas próximas semanas, seu podere sua capacidade de se manter no podersão uma síntese da crise da engenhariapolítica institucional que sustentou achamada Nova República. O presidenci-alismo de coalizão, que a princípio de-veria ser sustentado por uma articula-

ção de forças que conseguisse construirum projeto minimamente comum, tor-nou-se um troca-troca de favores poucorespeitáveis. A liderança de Cunha é pro-va da falência.

A segunda razão de sua condição desíntese de uma crise profunda é o es-paço que ocupa nos escândalos decorrupção que assolam o Brasil. Não sepode garantir que Cunha seja o maiscorrupto dos corruptos, mas certamen-te a combinação do roubo de imensassomas com a desfaçatez dos gastos delee de sua família afrontam qualquer prin-cípio de moralidade pública. Cunha é oexemplo máximo da forma perversacomo as elites políticas brasileiras seapropriam dos bens públicos.

A terceira razão de Eduardo Cunha sera síntese da crise política no Brasil é a for-ma como ele, sua mulher e sua filha têmsido tratados pela Operação Lava-Jato.Nada foi provado em relação ao ex-presi-dente Lula. Há muitas investigações, masnunca foi considerado réu, pelo menos atéagora. Isto, entretanto, não impediu quefosse armado um circo para fazê-lo depor

mediante condução coercitiva. O ex-mi-nistro Paulo Bernardo foi preso com espa-lhafato, para logo ser solto. Delcídio tam-bém foi preso e teve seu mandato cassa-do. Mas Cunha, que já foi declarado duasvezes réu pelo STF, e sua família nuncaforam incomodados pela Lava-Jato. Ele éa síntese da banda menos saudável daRepública de Curitiba, aquela dos vaza-mento e prisões seletivas.

Dilma Rousseff possivelmente sofre-rá um impeachment sem ter cometidonenhum crime de responsabilidade. Ospolíticos que apoiam seu afastamentoe muitos formadores de opinião afir-mam que o problema não são os cri-mes, porque o julgamento é político. Omesmo raciocínio vale para Cunha, aquestão não são os crimes, neste casocometidos, porque o julgamento é polí-tico e por isto ele continua solto. Nova-mente uma síntese da crise.

E

*Artigo publicado no jornal Zero Hora em 5 de

julho de 2016

**Cientista política, professora do Departa-

mento de História da UFRGS

ARTIGO

Renúncia de Cunha faz parte de ‘acordão’ ede estratégia de Temer, dizem parlamentareseputados que têm trabalhado pela

cassação do mandato do agora ex-pre-sidente da Câmara Eduardo Cunha(PMDB-RJ) avaliam que sua renúnciaobedeceu a uma estratégia de tentarsalvar seu mandato e se relaciona cominteresses do presidente interino,Michel Temer.

Para o deputado estadual AdãoVillaverde, "a renúncia de Cunha é umagrande farsa da presidência da Câmarae faz parte de uma estratégia parablindá-lo contra a cassação do seu man-dato. Por isso, este é momento de ir-mos às truas aprofundarmos a denún-cia contra o golpe e reafirmamos 'Cu-nha na cadeia' e 'Fora Temer'".

Essa também é a avaliação do sena-dor Lindbergh Farias (PT-RJ). Para ele,“a renúncia de Cunha tem cheiro depizza e o cozinheiro responsável éMichel Temer”. “A cena do crime estámontada: Eduardo Cunha renuncia àpresidência da Câmara, mas mantém omandato. Com isso, passa a articular acandidatura do seu sucessor, que terá a

D missão de evitar a cas-sação do seu chefe.Tudo isso com a coni-vência de PSDB e DEM ea regência do presiden-te interino Michel Te-mer”, afirmaLindbergh.

Com análise seme-lhante, o deputado fe-deral Henrique Fontana(PT-RS) disse que “arenúncia é fruto de umacordo entre Cunha e o golpista MichelTemer para livrar o deputado da cassa-ção de seu mandato”.

O deputado Paulo Teixeira (PT-SP)tem a mesma opinião. “A renúncia foiarticulada com Michel Temer e outrosaliados com dois objetivos. Salvar seumandato de deputado federal eemplacar um sucessor na presidência daCâmara dos Deputados”, disse o parla-mentar em sua página no Facebook.“Cassaremos seu cargo de deputado eevitaremos que ele, juntamente com

Temer, coloque um de seus correligio-nários para assumir o cargo de presi-dente da Câmara”, promete Teixeira.

Segundo a deputada Maria do Rosá-rio (PT-RS), “a renúncia de Cunha nãoencerra seus malfeitos, portanto, é res-ponsabilidade dos parlamentares vota-rem sua cassação em plenário”. Paraela, “Cunha exerce poder no governoTemer, que nasceu como obra sua. Te-mer não deve o lugar que ocupa aopovo”, registrou a deputada gaúcha emsua conta no Twitter.

Assista ao pronunciamentodo deputado acessandohttps://goo.gl/riTMeY

Reforma política já, mas comurgente democratização da mídia*

abemos todos que setores da cha-mada grande mídia recorrem, comoprática cotidiana, ao expediente dasrelações seletivas e às manipulações dostemas políticos e de gestão contra ocampo democrático de esquerda. Notocante ao financiamento de campa-nhas eleitorais, segue o mesmo proce-dimento conhecido de ‘dois pesos eduas medidas’: desequilibram a balan-ça pendendo um peso enorme para ossetores progressistas e outro de extre-ma leveza para os golpistas e seus alia-dos, evidenciando uma postura ideoló-gica parcial e sem nenhuma isençãojornalística.

Todos os candidatos ao legislativoestadual que celebram ‘dobradas’ comdeputados federais, como é o meu caso,recebem doações oficiais de pessoasjurídicas, de partidos e de chapas ma-joritárias, conforme autoriza a legisla-ção eleitoral e está transparentementeregistrado no site do Tribunal RegionalEleitoral do Rio Grande do Sul (TRE/RS)acessível a todo eleitor.

Mas, prosseguindo no padrão tenden-cioso referido, certa mídia se refere atais questões invariavelmentesuperlativizando a exposição da esquer-da democrática e secundarizando nossosoponentes. Muitas vezes, esta imprensalegitima uma irresponsável desconfiançanas origens e na legalidade das doaçõesque beira a calúnia contra a integridadede candidatos e parlamentares.

Com maldosa insinuação, umacolunista de periódico local incide hoje(5) nesta ânsia julgadora sem provas,que só contribui para partidarizar o jor-nalismo, empobrecendo a credibilidadeda informação.

Esta atitude ganha estímulo na si-tuação de anormalidade que vive o país,em latente estado de exceção, sob aera do golpismo institucional, em quecertos políticos, integrantes do judici-ário e profissionais da mídia agem de-

A primeira garantia fundamentalde todo acusado – constitucional-

mente presumido inocente – éser julgado por um juiz natural

e que seja imparcial, repudiadaa figura do julgador justiceiro

safiando preceitos constitucionais maiscaros à Nação.

Chegou-se ao “último grau de des-moralização da República” com o encon-tro entre Temer e o deputado federalEduardo Cunha (RJ), ambos do PMDB,no Palácio do Planalto no domingo (26/06), em Brasília, na definição do ex-governador Tarso Genro.

Sabemos todos que setores dachamada grande mídia recorrem,como prática cotidiana, ao expe-diente das relações seletivas e àsmanipulações dos temas políticos

e de gestão contra o campodemocrático de esquerda

No VII Encontro Brasileiro”, realiza-do na capital do Paraná, no, dia 1º dejulho, que reuniu os principaiscriminalistas do Brasil, foi feito um“chamamento” para que a Ordem dosAdvogados do Brasil (OAB) assuma adefesa das prerrogativas do exercícioprofissional dos advogadoscriminalistas. “O STF, que deveria sero guardião das cláusulas pétreas, espe-cialmente da presunção de inocência,foi o primeiro a quebrá-la e a impulsio-nar a atividade político partidária”, afi-ançam os advogados.

Em sua Carta de Curitiba, os advo-gados defendem que a intervenção doEstado na liberdade individual não terálegitimidade sem a demonstração efeti-va de que a conduta incriminada tenharealmente lesado bem jurídico, sendoinadmissíveis as criminalizações calca-das na lesão de deveres genéricos ou napresunção de perigos abstratos.

Destacam que a primeira garantiafundamental de todo acusado – consti-tucionalmente presumido inocente – é serjulgado por um juiz natural e que sejaimparcial, repudiada a figura do julgadorjusticeiro, da jurisdição universal de umsó órgão e a prisão sem culpa formadapara o fim de se extorquirem confissões.

Por fim declaram sua permanentehostilidade a qualquer forma de arbí-trio ou autoritarismo, se empenham nacausa da isonomia de gênero e reafir-mam que continuarão a luta pela liber-dade e pela defesa da ordem constitu-cional democrática.

O presidente da Associação dos Ad-

vogados Criminalistas do Estado de San-ta Catarina, Helio Rubem Brasil, denun-cia que “o frenesi atual com a delaçãopremiada é comparável com a confis-são que, em período transato, fora de-nominada como a rainha das provas, eera obtida mediante tortura, com am-paro na legislação então em vigência ecom respaldo dos jurisconsultos da épo-ca”. Adverte, contudo, que “atualmen-te a tortura mostra-se indefensável sobqualquer pretexto, sobretudo a partirda evolução dos Direitos Humanos, sen-do considerada, em nosso DireitoPátrio, um delito hediondo”.

Não há dúvidas de que,para recuperar o estado demo-

crático de direito e as condiçõesde governabilidade na sociedade

brasileira, é necessário que osmovimentos sociais, a juventude,as entidades que estão nas ruascontestando ao maior ataque à

Constituição desde aredemocratização, coloquem nocentro de sua agenda, as refor-

mas política, tributária, dosistema financeiro e da

democratização da mídia

*Artigo publicado no jornal eletrônico Sul21

em 5 de julho de 2016

**Professor, engenheiro e deputado estadual (PT-RS)

Leia mais em http://goo.gl/nSZSpN

S

Apesar disto, entendemos que há,de fato, erros para os quais não fecha-mos os olhos. E que, sobretudo, evi-dencia-se um esgotamento do modelode sistema eleitoral brasileiro bemcomo de sua forma de financiamento.

Não há dúvidas de que, para recu-perar o estado democrático de direitoe as condições de governabilidade nasociedade brasileira, é necessário queos movimentos sociais, a juventude, asentidades que estão nas ruas contes-tando ao maior ataque à Constituiçãodesde a redemocratização, coloquem nocentro de sua agenda, as reformas po-lítica, tributária, do sistema financeiroe da democratização da mídia.

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ARTIGO

ADÃO VILLAVERDE**

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MAIS UM GOLPE

SONEGAR TAMBÉM É CORRUPÇÃO

Sonegação de impostos supera a marcade R$ 275 bilhões apenas em 2016

os seis primeiros meses do ano, mais de R$ 275 bilhões de impostos foram sonegados no país, mais doque o suficiente para cobrir o déficit de R$ 170 bilhões previsto pelo governo interino de Michel Temer para2016, é o que aponta o Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz). A entidadeexibe, nesta quarta-feira (6), os dados em um placar montada na Esplanada dos Ministérios. O objetivo dochamado Sonegômetro é chamar a atenção dos brasileiros e parlamentares do Congresso Nacional para osvalores astronômicos da sonegação no país.

O Sinprofaz estima que, dos R$ 275 bilhões registrados pelo Sonegômetro, R$ 220 bilhões, isto é, 80% do total,foram sonegados em operações de lavagem de dinheiro. Por isso, ao lado do Sonegômetro, foi colocada a Lavan-deria Brasil, máquina de lavar gigante que simboliza os valores sonegados com a lavagem de dinheiro no país.

A entidade ainda alerta que a Dívida Ativa da União – a soma de todos os valores devidos aos cofresfederais – fechou 2015 em R$ 1,5 trilhão.

N

Na quarta-feira (6), o deputado Villaverde manifestou-se nas redes sociaisacerca da retirada do regime de urgência, por parte do ilegítimo e golpistagoverno Temer, do pacote anticorrupção apresentado pela presidenta DilmaRousseff ao Congresso Nacional. Para o parlamentar, "golpearam a democra-cia, supostamente em nome do combate à corrupção, e agora querem dificul-tar a efetivação de instrumentos de transparência e barrar investigações".

Ilegítimo e golpista governo Temerretira urgência de pacote anticorrupçãoapresentado por Dilma

Neste domingo (10), o Comi-tê em Defesa da Democraciarealiza, no Bar Ocidente, o Bai-le da Resistência Democrática,que contará com a participaçãoda orquestra do maestro Garo-to. A atividade inicia às 20h.

Vinculado à Carta Maior,o repórter Najar Tubino é oautor do livro “Fazendo ras-tro” que reúne importantesreportagens realizadas emdiversas regiões do país. Parapoder imprimir o documen-to jornalístico, ele estácomercializando os textosoriginais por R$ 40,00 quepodem ser depositados noBanrisul, agência 0839, con-ta corrente 3915058505.Najar envia por email aversão on line da obra.

Najar Tubino

COMEMORAÇÕES

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Arraial deaniversário deOlívio Dutra

reúnecompanheir@s

Na noite de sábado (2), o deputadoestadual Adão Villaverde (PT) participoudo Arraial de aniversário do ex-gover-nador e ex-prefeito de Porto AlegreOlívio Dutra, que completa 75 anos. Aatividade reuniu militantes, amig@s ehistóric@s companheir@s de luta polí-tica e reafirmou a defesa da democra-cia e a resistência contra o golpe e osretrocessos sociais e trabalhistas.Villaverde cumprimentou o amigo, de-sejando-lhe felicidades e destacandosua reconhecida trajetória política.

Parabéns,vereador Adeli

O deputado estadual Adão Villaverdeparticipou, na noite de sexta-feira (1),da comemoração de aniversário de 63anos do vereador Adeli Sell, que ocor-reu na Casa do Gaúcho, em Porto Ale-gre. O parlamentar destacou amilitância histórica do companheiro quetanto orgulha o PT.

Taquari celebra 167 anos

Em Taquari na noite de segunda-feira(4), o deputado estadual Adão Villaverdeparticipou do encerramento da Feira doLivro, que marcou a comemoração de ani-versário dos 167 do município. O parla-mentar parabenizou o prefeito ManecoEmanuel Hassen pela gestão comprometi-da com a comunidade taquariense e re-forçou o compromisso do mandato com odesenvolvimento de Taquari.

A assessoria do deputado estadual AdãoVillaverde (PT) acompanhou, na tarde de sexta-feira (1), a inauguração da Unidade Básica deSaúde de Paverama. Villaverde teve um papel fun-damental nesta importante conquista para a co-munidade do município. A obra foi iniciado em2014, durante o governo Tarso Genro, e foi be-neficiada por emenda parlamentar do senadorPaulo Paim para a aquisição de equipamentos.

Unidade básica de saúde é umaimportante conquista para o município

PAVERAMA

Com o objetivo de acelerar aselaborações dos planos de preven-ção de incêndios (PPCIs) para no-vos prédios, o deputado AdãoVillaverde protocolou, na tarde dequinta-feira (7), uma emenda aoProjeto de Lei Complementar 139/2016 que trata da organização bá-sica do Corpo de Bombeiros, apósser separado da Brigada Militar.

Como o parlamentar explicou,em seu gabinete ao presidente doConselho Regional de Engenharia eAgronomia do RS (Crea-RS), Melvis Barrios Junior, a emenda recupera conceito jáexpresso na legislação de segurança, prevenção e proteção contra incêndios (co-nhecida como Lei Kiss), permitindo aos bombeiros a contratação de profissionaiscivis de diversas áreas.

“A emenda é necessária para assegurar a autonomia da instituição, garantin-do que a Corpo de Bombeiros tenha a previsão, em seu quadro técnico, de enge-nheiros e arquitetos, por exemplo”.

EMENDA PARLAMENTAR

Deputado propõe profissionais civis para Corpo de Bombeiros

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NÃO AO DESMONTEDA EDUCAÇÃO

Em meio à crise, professoresmobilizados realizam importante Congresso

ara o deputado estadual AdãoVillaverde (PT), o Congresso realizadopelo Cpers Sindicato nos dias 1, 2 e 3 dejulho, em Bento Gonçalves, foi um im-portante momento de reafirmação daluta da categoria por uma educação dequalidade e pela valorização profissio-nal. No encontro, mais de 1800 educa-dores e funcionários de escolas estadu-ais de todo o Rio Grande do Sul aprova-ram a unidade de todas as forças contraa política de precarização dos serviçospúblicos do governo Sartori, contra o re-trocessos trabalhistas e sociais represen-

tados pelo governo Temer e definiramos rumos da luta para os próximos anos.

O Congresso abordou a pauta e oplano de lutas e as questões da conjun-tura (estadual, nacional e internacio-nal), da previdência da reivindicação sa-larial, entre outros temas.

A presidenta do Cpers, Helenir AguiarSchürer, agradeceu o voto de confiançados delegados e reforçou que “não noscalarão, continuaremos na luta pelos nos-sos direitos. E não vamos aceitar acriminalização de toda e qualquer mani-festação democrática. Estamos em gre-

ve, estamos em luta”. E também ressal-tou que, cada vez mais, o Cpers se forta-lece como uma referência para a classetrabalhadora no estado. Vejas as moçõesaprovado no site do Cpers acessandohttp://goo.gl/fB909I

P Divulgação/Cpers

Educadores decidem pelo fim da greve, comações contra os governo Temer e Sartori

m Assembleia Geral realizada naquinta-feira (7), na Casa do Gaúcho, emPorto Alegre, professores e funcionáriosde escola decidiram pela suspensão dagreve e pelo fortalecimento das mobili-zações contra os ataques governo Sartorie do governo golpista de Michel Temer.Entre as propostas aprovadas está a cam-panha “Sartori Inimigo da Educação –FORA SARTORI”. O retorno às aulas ocor-re na segunda-feira, dia 11.

“Com muita coragem e prudência va-mos suspender a greve. É um recuo táti-co para voltarmos com muito mais forçacontra este governo intransigente e au-toritário. Esta greve foi histórica, poispela primeira vez no Estado conquista-mos o apoio da comunidade escolar. Nos-sos estudantes se levantaram em defesada escola pública e ocuparam quase 200

E

escolas. Colocamos a educação no centrodas discussões do Estado. Esse governonão será um governo de avanços, massim de resistência para não perdermosnossos direitos. Continuaremos nas ruas,

cada vez mais fortes para barrar os ata-ques dos governos Sartori, Temer e seusaliados”, afirmou a presidente do CPERS,Helenir Aguiar Schürer.Saiba mais em http://goo.gl/QWQYpW

Divu

lgação/Cpers

a noite de quinta-feira (7), o deputado estadual Adão Villaverde (PT) participou da atividadede de posse da nova direção da Associação de Docentes da Ufrgs (ADUFRGS-Sindical) e da inau-guração da nova sede da entidade, na rua Barão do Amazona, 1581, em Porto Alegre.

Assumiu como presidente da ADUFRGS o docente Paulo Machado Mors, do Instituto de Física.A vice-presidência ficou com Lúcio Olímpio de Carvalho Vieira, do IFRS/Campus Porto Alegre(veja a lista completa da nova direção acessando http://goo.gl/td7QEG)

O auditório da nova sede da ADUFRGS se chamará "Professor José Fraga Fachel", em homena-gem ao primeiro presidente da entidade, durante o período de 1978 a 1980, falecido no início doano. Em maio, a ADUFRGS realizou uma homenagem à história e à trajetória de Fachel, desta-cando sua coragem em assumir o comando da entidade enfrentando uma forte resistência com bravura singular.

O presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, também participou do ato.

ADUFRGS inaugura nova sede e empossadireção para os próximos três anos

ASSOCIAÇÃO DE DOCENTES DA UFRGS

N

que seria a tão falada, e poucoexplicada “escola sem partido”? Basica-mente, trata-se de uma falsa dicotomia,pois não diz respeito à não partidarizaçãodas escolas, mas sim à retirada do pen-samento crítico, da problematização e dapossibilidade de se democratizar a esco-la, esse espaço de partilhas e aprendiza-dos ainda tão fechado, que precisa deabertura e diálogo.

A pauta que precisamos debater é ada qualidade da educação, e não faláci-as ideológicas sobre a “nãoideologização da escola”, algo que se vêaté mesmo em alguns diálogos sobre aBase Nacional Comum Curricular (BNCC).

O Plano Nacional de Educação foiaprovado há dois anos. Durante suatramitação, uma das polêmicas susci-tadas foi acerca da promoção dasequidades de gênero, raça/etnia, regi-onal, orientação sexual, que acabouexcluída do texto do projeto. Porconsequência, isso influenciou atramitação dos planos estaduais e mu-nicipais, que também sucumbiram aolobby conservador e refutaram qualquermenção a gênero, por exemplo, difun-dindo a falsa tese da aberraçãointitulada “ideologia de gênero”. Issocausou uma confusão deliberada entreuma categoria teórica e uma pretensaideologia.

Marivete Gesser, do Laboratório dePsicologia Escolar e Educacional da Uni-versidade Federal de Santa Catarina,explica que “gênero pode ser caracte-rizado como uma construção discursivasobre nascer com um corpo comgenitália masculina ou feminina” e, pormeio de normas sobre masculinidade efeminilidade, vamos nos construindocomo sujeitos “generificados”. O pre-conceito vem dos discursos que natu-ralizam os lugares sociais de homens emulheres como únicas representações,e segregam qualquer outra forma demanifestação. Além disso, em pesqui-

sa realizada por estudantes do ensinomédio em Brasília, feita no âmbito doprojeto Educação de Qualidade (Inesc/Unicef), constatamos que uma das ra-zões do abandono escolar é a discrimi-nação relativa ao público LGBTI. Razõesmais do que suficientes para discutir-mos gênero nas escolas.

Qual a ligação entre esses dois te-mas, “escola sem partido” e “ideolo-gia de gênero”, em momentos tão dis-tintos? O que parece ter diferentesmotivações e origens resulta dos mes-mos elementos: os fundamentalismosconservadores que tentam passar àspessoas suas ideologias e crenças. Afi-nal de contas, não são apenas os pen-samentos marxistas que são ideológi-cos, como tentam fazer crer os defen-sores da “escola sem partido”. Sendoassim, o que significa ideologia então?

Um dos conceitos mais difundidos éo de Karl Marx em parceria comFriedrich Engels, na obra a IdeologiaAlemã, em que afirmam ser a ideologiauma consciência falsa da realidade,importante para que determinada clas-se social exerça poder sobre a outra,bem como a necessidade de a classedominante fazer com que a realidadeseja vista a partir de seu enfoque.

“Escola sem partido”, escola silenciada*

CLEO MANHAS**

ARTIGO

O

A pauta que precisamosdebater é a da qualidade

da educação, e não faláci-as ideológicas sobre a “não

ideologização da escola

Os teóricos do projeto“escola sem partido” advo-gam a neutralidade e se di-zem não partidários. No en-

tanto, suas intenções são cla-ras: a retroação dos avançosque tivemos nos últimos tem-pos, especialmente com re-lação aos direitos humanos

O conceito, no entanto, sofreu inú-meras interpretações, como a de Lêninpara a ideologia socialista, como for-ma de definir o próprio marxismo. Por-tanto, há ideologia nas diferentes for-mas de ver e conceber o mundo. Nãoexiste neutralidade. Quando defendema “não ideologização”, em nome dessapretensa neutralidade, também estãoimpregnados de ideologia.

Os teóricos do projeto “escola sempartido” advogam a neutralidade e se

dizem não partidários. No entanto, suasintenções são claras: a retroação dosavanços que tivemos nos últimos tem-pos, especialmente com relação aos di-reitos humanos. Por exemplo, quandodizem lutar contra a doutrinação, umadas situações apresentadas no site domovimento da “escola sem partido” éum seminário realizado pela Comissãode Educação da Câmara dos Deputadossobre direitos LGBTI e a política de edu-cação. Eles citam esse caso como umaafronta ao artigo 12 da Convenção Ame-ricana sobre Direitos Humanos, afir-mando que pais e seus filhos têm queter uma educação moral de acordo comsuas convicções. É uma deturpação docitado artigo, que diz respeito à liber-dade religiosa que deve ser respeitadaindividualmente. Além disso, manipu-lam e fazem confusão deliberada com adiscussão realizada no seminário, quereafirmou a importância de se debaterquestões de gênero e de sexualidade nasescolas, para que as diferenças não se-jam transformadas em desigualdades.

Quando defendem a“não ideologização”, em

nome dessa pretensa neutra-lidade, também estão

impregnados de ideologia

Em outro momento, dizem que osalunos (a quem chamam de “vítimas”)acabam sofrendo de Síndrome de Esto-colmo, ligando-se emocionalmente aseus algozes (“professoresdoutrinadores”). Nesse caso, os estu-dantes se recusariam a admitir que es-tão sendo manipulados por seus profes-sores e sairiam furiosos em suas defe-sas. Para exemplificar, citam momen-tos identificados como “monstro tota-litário arreganha os dentes” e chamamos estudantes de soldadinhos da guar-da vermelha.

Leia mais em http://goo.gl/vAqQtX

07

*Artigo publicado no site Outras Palavras 5 de

julho de 2016

**Cleomar Manhas é assessora do Inesc e dou-

tora em educação pela PUC/SP

GRANDE EXPEDIENTE

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Há mais de um mês, a prefeitura de Porto Alegre recebe reclamações sobre o mau cheiro e o gosto ruim da água dacapital. Alguns moradores suspeitam, inclusive, que a água esteja causando coceira e irritação nos olhos. Mas atéagora os órgãos públicos responsáveis pelo saneamento e tratamento de água e esgoto não conseguiram identificar aorigem do problema. Matéria divulgada na quarta-feira (6) no jornal Zero Hora destaca que “a demora para a divulga-ção de análises científicas e o desencontro de informações por parte do Departamento Municipal de Águas e Esgotos(Dmae), do Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) e da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) mantémos consumidores sem solução à vista”. Saiba mais em https://goo.gl/BAmmMU

Moradores de Porto Alegre reclamamdo gosto e cheiro ruins da água

SANEAMENTO

m aparte no Grande Expediente de terça-feira(5), o deputado Adão Villaverde conceituou o empre-sário e produtor Reinaldo Dal Pizol como um “íconeda vitivinicultura gaúcha, brasileira e mundial”.

“Pela trajetória e significado que tem para avitivinicultura do RS, Dal Pizzol recebe uma homena-gem do Parlamento muita merecida”.

Villaverde lembrou que o setor ainda tem muitaluta pela frente especialmente na questão tributária.O deputado destacou que se a Assembleia Legislativa tivesse aprovado proposição definindo vinho como alimento a situaçãofinanceira da cadeia seria outra. Assista ao pronunciamento do deputado acessando https://goo.gl/ySJryR

Reconhecimento ao setor da vitiviniculturaFotos: Marcelo Bertani/Ag. ALRSE

O deputado estadual Adão Villaverde destaca a enorme relevância do programa "Mais Médicos", que nestasexta-feira (8) completa 3 anos. Segundo o parlamentar, o programa faz parte de um amplo pacto de melhoria

do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde, que prevê mais investimentos em infraestrutura doshospitais e unidades de saúde, além de levar mais médicos para regiões onde há escassez e ausência de profis-sionais. Ele ressalta, contudo, que o programa criado no governo Dilma Rousseff, está ameaçado pelo ilegítimo e

golpista governo Temer. Na matéria abaixo, publicada no portal "Brasil de Fato", saiba mais sobre o caso.

SAÚDE

Mais Médicos completa três anos ainda sob ataque| Por Gisele Brito

lvo de polêmicas desde seu lançamento, o programa Mais Médicos completa três anos nesta sexta-feira (8) e, apesar daavaliação positiva da população beneficiada e de órgãos internacionais, ainda sofre ataques e pode ser descaracterizadopelas mudanças propostas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) ao Ministério da Saúde. No final do mês passado,membros do órgão que representa a classe médica participaram de uma reunião com o ministro interino, Ricardo Barros, ereivindicaram que o programa aceite apenas médicos brasileiros. Antes do encontro, Barros já havia sinalizado ser a favorda mudança. A medida, no entanto, é um dos principais riscos à continuidade do programa. Atualmente, a participação deprofissionais estrangeiros é essencial para o atendimento das regiões mais vulneráveis do país, onde 99% do contingente médicoque atende os distritos indígenas e o maior grupo nos municípios com mais de 20% da população em extrema pobreza sãocubanos, segundo dados da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Os profissionais do país caribenho são os principaisalvos das críticas, xenofobia e racismo em torno do programa.

A

Loteamento Celita, de GramadoNa manhã desta sexta-feira (8), moradores do loteamento Celita, no bairro Várzea Grande, em Grama-

do, protestaram em frente à prefeitura contra o pedido de reintegração de posse da área por parte doExecutivo. Após intermediação do deputado Villaverde e de ação judicial, a reintegração ficou suspensa.O julgamento definitivo do impasse deve ser acontecer ainda neste mês. Na próxima segunda-feira (11)haverá uma reunião na Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Camara de Vereadores do municípiocom a participação dos moradores do loteamento e do chefe de gabinete do prefeito.

Leia mais em https://goo.gl/gUjAxj