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8 ~As Explicações do Mr. Darcy~ Enredo: Esta história “e se” começa imediatamente após Mr. Darcy fazer sua declaração de amor em Hunsford. E se Elizabeth lhe respondesse ao invés de ficar em silêncio? “Tenho lutado em vão e não farei mais isso. Meus sentimentos não serão mais reprimidos. Eu devo dizer o quanto a admiro e amo.” Capítulo I » A Declaração Elizabeth estava excessivamente espantada e replicou, “Você me ama? Mas você nunca me deu qualquer indicação do seu afeto.” “Não dei?” ele disse, “Eu dancei com você no baile em Netherfield,” ele lembrou-lhe. “Sim,” ela contrapôs, “e discutimos o tempo todo!” Ela não poderia imaginar como a conduta dele durante aquela noite poderia ter sido mal interpretada. Ele não estava intimidado e continuou, “Eu vim a Rosings expressamente para vê-la. Você não notou que eu não conseguia afastar meus olhos de você quando ficou com sua irmã em Netherfield e novamente, mais recentemente em Rosings?” Elizabeth o encarava em descrença, “Eu pensei que fosse simplesmente para mostrar seu desdém e desaprovação a mim.” “Oh não, Miss Elizabeth,” ele respondeu emocionalmente. “eu nunca poderia desaprová-la. Você é toda bondade e amabilidade. Você é verdadeiramente bela por dentro e por fora.” “Mas você disse que eu não era bonita o suficiente para tentá- lo!”, ela exclamou, lembrando como ele a desprezara na noite em que se conheceram na assembleia de Meryton. “Miss Elizabeth,” ele começou, “eu devo me desculpar por meu comentário precipitado daquela noite. Eu estou extremamente arrependido por aquele pré-julgamento. Eu esperei que você não tivesse ouvido minha tola tentativa de evitar Bingley. Quando vou a um baile, eu normalmente passo a maior parte do meu tempo evitando mães tentando encontrar maridos para suas filhas Darcy Explains It All – by Astonishment Tradução: Lizzie Rodrigues

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~As Explicações do Mr. Darcy~

Enredo: Esta história “e se” começa imediatamente após Mr. Darcy fazer sua declaração de amor em Hunsford. E se Elizabeth lhe respondesse ao invés de ficar em silêncio?

“Tenho lutado em vão e não farei mais isso. Meus sentimentos não serão mais reprimidos. Eu devo dizer o quanto a admiro e amo.”

Capítulo I » A DeclaraçãoElizabeth estava excessivamente espantada e replicou, “Você me ama? Mas você nunca me

deu qualquer indicação do seu afeto.”“Não dei?” ele disse, “Eu dancei com você no baile em Netherfield,” ele lembrou-lhe. “Sim,” ela contrapôs, “e discutimos o tempo todo!” Ela não poderia imaginar como a

conduta dele durante aquela noite poderia ter sido mal interpretada.Ele não estava intimidado e continuou, “Eu vim a Rosings expressamente para vê-la. Você

não notou que eu não conseguia afastar meus olhos de você quando ficou com sua irmã em Netherfield e novamente, mais recentemente em Rosings?”

Elizabeth o encarava em descrença, “Eu pensei que fosse simplesmente para mostrar seu desdém e desaprovação a mim.”

“Oh não, Miss Elizabeth,” ele respondeu emocionalmente. “eu nunca poderia desaprová-la. Você é toda bondade e amabilidade. Você é verdadeiramente bela por dentro e por fora.”

“Mas você disse que eu não era bonita o suficiente para tentá-lo!”, ela exclamou, lembrando como ele a desprezara na noite em que se conheceram na assembleia de Meryton.

“Miss Elizabeth,” ele começou, “eu devo me desculpar por meu comentário precipitado daquela noite. Eu estou extremamente arrependido por aquele pré-julgamento. Eu esperei que você não tivesse ouvido minha tola tentativa de evitar Bingley. Quando vou a um baile, eu normalmente passo a maior parte do meu tempo evitando mães tentando encontrar maridos para suas filhas solteiras. A verdade é que eu a acho muito bonita. De fato, você é a mulher mais bela que eu conheço.”

Elizabeth abaixou os olhos e replicou, “Certamente Jane é mais bela que eu,” lembrando os constantes insultos de sua mãe sobre sua falta de beleza.

“Sim,” ele concordou. “Jane é bonita, claro. Mas a beleza dela é mais serena enquanto a sua é mais vibrante.”

Ela o encarou sem acreditar. Como as atenções dele me passaram despercebidas?“Miss Elizabeth,” ele explicou, “Parece que meus esforços para evitar ser indevidamente

casado deixaram-me mal preparado para conseguir a mulher dos meus sonhos.”Ela virou e olhou para longe, andando diante dele. “A mulher dos seus sonhos?” ela

sussurrou. Ela parou de andar e virou-se para encará-lo. “E a mulher dos sonhos do Mr. Bingley?”Ele a encarou, obviamente confuso. “Mr. Bingley?” ele perguntou.“Mr. Darcy, a pouco eu tomei conhecimento do seu papel na separação do Mr. Bingley e

minha amada irmã. Que razão você poderia possivelmente ter para essa interferência?” ela inquiriu, furiosamente.

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O desconforto dele era evidente. “Eu os observei muito cuidadosamente e compreendi que a ligação dele era mais profunda que a dela.”

Como ele poderia presumir conhecer os sentimentos de Jane? “Eu posso assegurá-lo, Mr. Darcy, que Jane estava inconsolável e com o coração partido após sua separação. Ela está em Londres com minha tia e meu tio com esperanças de renovar as atenções do Mr. Bingley.”

Ele estava surpreso com essa confissão e replicou, “É possível que eu tenha entendido a serenidade de sua irmã como indiferença.”

Como alguém poderia supor Jane como indiferente? “Parece que está acusando minha irmã de tudo o que você próprio é culpado, Mr. Darcy.” Quando ele não replicou, ela continuou. “Você escondeu seus sentimentos da mesma maneira que Jane tentou proteger seu coração de decepções.”

Ele desviou seus olhos por um momento para reorganizar seus pensamentos.“Miss Elizabeth, eu sinceramente peço perdão por minha interferência. Eu posso ver agora

que eu estava profundamente errado em minha estimação das afeições de sua irmã. Eu enviarei um expresso ao Mr. Bingley e retificarei a situação imediatamente. Isto terá sua aprovação?” perguntou Darcy.

Ela ficou instantaneamente aliviada. “Sim, senhor, obrigada.”Depois de um momento de silêncio entre eles, ele notou que ela não lhe ofereceria nenhum

sorriso. “Há algum outro assunto a ser resolvido entre nós?” ele perguntou.Ela hesitou por uns poucos segundos e olhou para o chão. “Há o problema do Mr.

Wickham.”“Oh sim, Mr. Wickham,” ele silvou. “Eu imagino que ele tenha me acusado de muitos

crimes contra ele.”Ela levantou os olhos e encontrou os dele. “Ele disse que você deu uma propriedade, devida

a ele, para outro homem.”“Sim,” ele concordou, “isso é verdade.”Ela o encarou, incrédula. “Como pode fazer isso?” ela perguntou.Ele percebeu que ela devia saber toda a verdade se fosse aceitá-lo. “É verdade que meu pai

deixou para ele uma propriedade. Entretanto, Mr. Wickham exigiu o valor da propriedade ao invés da mesma, o que lhe foi dado. Mas ele o perdeu em apostas dentro de poucos anos. Ele talvez não tenha mencionado que é um jogador?” Quando ela balançou a cabeça e abaixou os olhos, ele continuou. “Não, eu pensei que não. Quando o dinheiro tinha acabado, ele exigiu mais e eu recusei. Nós não ouvimos nada sobre ele de novo até o verão passado quando ele retornou e quase teve sucesso em seduzir minha irmã.”

Elizabeth ofegou ao ouvir isso, o choque refletido em seus olhos.Ele continuou, “Quando eu lhe disse que ele nunca teria acesso à herança dela, ele a

abandonou sem explicação. Claro, Georgiana ficou devastada.” Elizabeth saiu em lágrimas ao ouvir a chocante história.

“Mr. Darcy, eu temo agora que seja eu que lhe devo desculpas. Por favor, perdoe-me por julgá-lo tão rigorosamente. Eu mal posso acreditar que tomei as palavras daquele biltre acima das suas! Você que é todo bondade e amabilidade, ao contrário daquela cobra! Eu pensei que eu era uma boa juíza de caráter, mas eu estava completamente enganada. Eu estou profundamente envergonhada de mim mesma e não o culparei se você nunca me perdoar!” Ela soluçou, chorando miseravelmente.

“Não, Miss Elizabeth, não há o que perdoar,” ele disse gentilmente. “Wickham pode ser muito convincente. Ele quase atraiu minha irmã para uma situação muito comprometedora.” Ele

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deu-lhe seu lenço e pediu, “Por favor, não chore, Miss Elizabeth. Eu não posso suportar vê-la tão aflita.” Ele acariciou as costas da mão dela para confortá-la. Ela enxugou os olhos e olhou para ele como se estivesse conhecendo-o pela primeira vez. Onde estava aquele homem arrogante, egoísta e orgulhoso que eu pensei que conhecia? Será que ele realmente possuiu algum desses defeitos ou foram apenas minha vaidade tola e meu orgulho que me fizeram formar aquela opinião?

Uma vez que ela era capaz de respirar normalmente de nove, ela dirigiu-se a ele mais uma vez. “Eu tenho mais uma pergunta, se eu puder, senhor,” ela disse enquanto ele acenava sua aceitação. “Eu tenho ouvido algo sobre um noivado entre você e sua prima, Miss de Bourgh. Isso está certo, senhor?” ela inquiriu com olhos molhados.

“Não é verdade, Miss Elizabeth. Minha tia tem habilmente circulado esse boato, esperando unir nossas duas propriedades; entretanto, não há verdade nele. Nós não estamos noivos e nunca foi minha intenção ficar noivo de Anne, apesar da insistência de minha tia para o contrário,” ele explicou.

Ela agora percebia o quão tola e injusta ela tinha sido desde que eles se conheceram, o quão ávida ela tinha estado para acreditar em quaisquer rumores ou boatos sobre ele, e como ela nunca tinha dado a ele o devido respeito que ele merecia.

Ela lhe deu um sorriso tímido e disse, “Apesar do breve tempo que passamos juntos, parece que não conhecemos um ao outro muito bem, não é, Mr. Darcy?”

Ele tinha que concordar. “Não, eu suponho que você esteja certa. Mas eu sei que eu a amo ainda mais que antes. Miss Elizabeth, você concordará em uma corte comigo?”

“Oh sim, Mr. Darcy,” ela sorriu calorosamente. “Eu ficaria muito feliz.”“Obrigado, Miss Elizabeth,” ele disse enquanto tomava as mãos dela nas dele. “Isso nos dará

a oportunidade de nos conhecermos melhor.” Ele levou as mãos dela até seus lábios e as beijou. “Claro, eu pedirei o consentimento de seu pai.”

“Sim,” ela disse, ainda sorrindo e agora olhando profundamente em seus olhos.“Quando você retorna a Hertfordshire?” ele inquiriu.“Eu retorno em dois dias,” ela respondeu.“E os arranjos da viagem estão sendo feitos?” ele perguntou outra vez.“Sim, senhor, meu pai está enviando seu condutor para me levar,” ela replicou.“Excelente! Eu estou certo que ele a entregará segura em casa,” ele replicou, satisfeito que a

segurança de sua noiva estava bem planejada. “Eu estarei deixando Rosings hoje e a verei após seu retorno a Hertfordshire.”

“Sim, eu esperarei vê-lo de novo. Mr. Darcy,” ela hesitou, “você se importaria se nós não mencionarmos nossa corte pendente para ninguém até você ter falado com meu pai? Eu preferiria negar ao Mr. Collins a oportunidade de fofocar sobre o assunto.”

“Sim, eu concordo com você. Eu gostaria de negá-lo esse prazer também.” Ele tomou as mãos dela nas suas e disse com um sorriso caloroso, “Até nos encontrarmos de novo, Miss Elizabeth, eu lhe digo até logo e lhe desejo uma viagem segura.”

Ela apertou suas mãos e retornou seu sorriso. “Até logo, Mr. Darcy. Eu lhe desejo uma viagem segura, igualmente.”

Ele se virou e deixou a casa, Elizabeth sentou-se e maravilhou-se com o que acabara de acontecer. No intervalo de uns poucos minutos, ela tinha ido de desprezar o homem a concordar com uma corte dele. “Eu devo ser certamente a mais tola garota em toda a Inglaterra. É possível que eu seja ainda mais tola que minhas tolas irmãs?” ela imaginou.

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Ela ouviu a aproximação dos Collins e correu para o andar de cima, para a segurança e isolamento de seu quarto.

Capítulo II » A Chegada do PretendenteElizabeth chegou a Longbourn tarde na noite depois de uma calma viagem com seu

condutor. Para passar o tempo, eles tinham discutido as mais recentes notícias da família e seus inquilinos. Após sua chegada, ela foi recebida com grande alegria pela família. Muito para sua surpresa, entretanto, Jane não estava entre eles e não era esperado que retornasse até o dia seguinte. Após um curto tempo com sua família, ela se desculpou e se retirou para o seu quarto.

Amanhã será o dia mais emocionante da minha vida! Ela adormeceu sonhando com o Mr. Darcy. Ela acordou na manhã seguinte com grande antecipação de sua chegada. Ela tomou seu vestido favorito e arrumou seu cabelo em um belo penteado. Queria estar bela para agradar o Mr. Darcy quando ele viesse encontrar com seu pai.

Jane chegou com seu tio e sua tia logo após o desjejum. Eles estavam todos felizes com grande júbilo, principalmente o Mr. e a Mrs. Bennet por sua família estar reunida outra vez. Eles estavam todos juntos na sala de desenho para ouvir todas as últimas notícias quando ouviram uma batida na porta da frente. Elizabeth sorriu seu sorriso secreto e alisou as saias nervosamente. Finalmente ele está aqui, ela meditou, enquanto imaginava como sua família reagiria às notícias de sua corte. Certamente Papai dará seu consentimento e Mamãe certamente ficará espantada. Ela não tinha tido tempo para falar privadamente com sua irmã ainda – o que Jane pensaria de sua corte com o Mr. Darcy? Suas meditações foram interrompidas, entretanto, pela aparição do Mr. Bingley.

Ele alegrou a família com sua amabilidade, perguntou pela saúde de todos e lhes deu garantias de boa saúde de sua própria família. Mrs. Bennet expressou efusiva alegria em vê-lo de novo e foi excessivamente generosa com seus elogios à beleza de Jane. Jane e Elizabeth ficaram embaraçadas pelo comportamento de sua mãe e trocaram olhares. Após concluírem a cortês conversa sobre o tempo e a condição das estradas, Bingley dirigiu-se ao grupo. “Eu imaginei se poderia ter uma palavra com Miss Bennet, a sós.”

Mrs. Bennet exclamou alegremente, “Oh sim, Mr. Bingley! Jane ficaria muito feliz, não ficaria, Jane minha querida?” Ela tomou a mão de Jane e a escoltou até a porta. “Ninguém os perturbará na sala de jantar, eu lhe asseguro.”

A porta da sala de desenho foi fechada e eles entraram na sala de jantar. Jane estava corando profusamente e Bingley estava olhando para ela intencionalmente. Ele esperou um momento antes de dirigir-se a ela.

“Miss Bennet, eu devo pedir perdão por ir embora tão abruptamente em Novembro passado. Não foi meu desejo fazê-lo, mas eu confesso que confiei no conselho de outros ao invés de em meus instintos. Eu somente posso implorar pelo seu perdão e lhe dar minha palavra de coração que no futuro seguirei meu próprio julgamento.”

Jane estava feliz por receber suas desculpas, mas a dor da perda ainda estava fresca em sua memória. “Sim, Mr. Bingley, eu fiquei muito aflita após sua partida no outono passado. Eu tinha esperado ouvir notícias suas por muitos meses, mas quando suas irmãs me contaram do seu iminente noivado com Miss Darcy, eu fiquei incerta se eu voltaria a vê-lo de novo. Devo lhe parabenizar, Mr. Bingley?”

“Miss Darcy?!” ele exclamou. “Oh não, minha querida Jane, não poderia haver outra para mim além de você!” Ele caiu sobre um joelho e lhe implorou, “Por favor, diga que você me perdoa, eu lhe peço.”

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Seu espanto era evidente e ela corou profundamente e abaixou os olhos, “Eu o perdoarei apenas se me prometer que essas forças externas nunca o influenciarão de novo.” Embora ela estivesse decidida a perdoá-lo, ela tinha que estar certa de que ele era capaz de tomar suas próprias decisões sem a influência das irmãs.

“Sim, Jane, eu prometo que nunca deixarei forças externas interferirem na minha felicidade futura,” ele replicou.

Ela estava satisfeita com a resposta dele e concedeu seu perdão muito alegremente, como era sua natureza. Encorajado pelo perdão dela, ele continuou, ainda ajoelhado.

“Jane, meu querido e amado anjo, desde nosso último encontro eu não tenho pensado em nada além de você. Eu tenho sentido falta do seu sorriso, da sua serenidade, do seu riso, e mais que tudo, da sua companhia. Eu não posso imaginar minha vida por um único dia sem você ao meu lado. Você me fará o mais feliz dos homens e concordará em ser minha esposa?”

Jane tinha esperado este dia por tantos meses que mal podia acreditar que ele tinha finalmente chegado. “Sim, Mr. Bingley, eu ficaria feliz e honrada em ser sua esposa.” Ele levantou, tomou as mãos dela nas dele e as beijou. Jane enchia-se de emoção enquanto lágrimas caiam de seus olhos mesmo ela estando sorrindo radiantemente.

Sua privacidade foi abruptamente rompida quando a Mrs. Bennet irrompeu na sala e exclamou, “Oh, que dia feliz para minha querida Jane e o Mr. Bingley! Ela será a mais bela noiva do condado, sem dúvida. Ninguém pode igualar sua beleza, não concorda, Mr. Bingley?” Seu deleite em ter uma filha tão favoravelmente comprometida foi expressado de todas as formas possíveis. O consentimento do Mr. Bennet foi requerido e recebido, após similares afirmações terem sido dadas pelo Mr. Bingley de sua confiança em seu próprio julgamento. A família estava contentíssima e partilhava a felicidade de Jane.

Capítulo III » A Caminhada no JardimElizabeth sentou no balanço, sozinha no jardim e deixou a depressão envolvê-la. Ele não

veio. Será que eu me enganei? Ele não disse que estaria aqui hoje? Oh, eu sou tão tola, quem poderia culpá-lo por mudar de ideia? Uma vez que ele teve tempo o suficiente para refletir sobre minhas ofensas contra ele, deve ter decidido não me cortejar mais. Ele não disse uma que vez que a boa opinião dele uma vez perdida, perdida para sempre? Minha tolice me custou o amor de um pretendente perfeitamente respeitável. O que eu farei? O que será de mim? Eu certamente nunca amarei outro. Amar? Eu amo o Mr. Darcy? Oh céus, mas agora é muito tarde. Ele não me terá. Como eu pude ser tão estúpida? Certamente, ele era mais perdoável que eu. Ela lutou com seus pensamentos conflitantes.

“Aí está você, Lizzy.” Mr. Bennet disse enquanto se aproximava dela. “Venha e ande comigo. Está um ótimo dia para andar, não está?”

“Sim, Papai,” ela replicou sem emoção enquanto andava ao lado dele.“Como foi sua visita a Kent?” ele inquiriu. Ele foi informado que a visita fora muito bem.“Como está nossa querida Charlotte?” ele perguntou outra vez. Ele foi assegurado que

Charlotte estava em boa saúde e contente com suas circunstâncias.“Com estava nosso primo?” ele continuou. Afirmações similares foram dadas sobre o estado

do Mr. Collins enquanto continuavam sua caminhada.“E sobre sua estimada benfeitora?” ele tornou a inquirir. Sem esperar por uma resposta, ele

perguntou, “Você viu o Mr. Darcy durante a sua visita?” Ela confirmou que o Mr. Darcy esteve de fato hospedado em Rosings. “Ah sim,” ele disse, “ele mencionou isso para mim.”

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Elizabeth virou-se abruptamente para encarar seu pai. “O que quer dizer com ‘ele mencionou isso’, Papai? Você viu o Mr. Darcy?” ele perguntou.

Ele sorriu astutamente. “Ah sim, ele falou comigo há dois dias.” Ele mal podia conter sua alegria.

“Ele esteve aqui? Por que não em contou?” Ela estava confusa pelo comportamento reservado de seu pai até ver seu sorriso dissimulado. “Papai, você está brincando comigo!” Ele veio! Ela ficou imediatamente aliviada e tomou o braço dele quando eles continuaram sua caminhada. “qual foi a natureza de seus assuntos com o Mr. Darcy, Papai?” Certamente ele deu seu consentimento para nossa corte, ela pensou.

“Oh, nós falamos de vários assuntos, o mais importante foi o Mr. Wickham, eu acho,” ele replicou.

“Oh, ele lhe contou a história?” ela inquiriu, tentando esconder seu desapontamento.“Oh sim,” ele confirmou, “todo o sórdido negócio.”“E qual é sua opinião sobre o Mr. Wickham?” ela perguntou.“Ele é um biltre, mas eu duvido que ele seja um perigo para qualquer um agora,” ele disse

enfaticamente.“O que quer dizer, Papai?” ela perguntou com curiosidade.“Mr. Darcy e eu concordamos que ele era um perigo para minhas filhas e, de fato, para as

filhas de qualquer um em Hertfordshire. Nós falamos com o Coronel Forster para lhe explicar os detalhes. Felizmente, o Mr. Darcy tinha a completa contabilidade dos débitos de Wickham acumulados em Meryton e estava apto a persuadir o Coronel Forster a rearranjar Wickham,” ele reportou.

“Rearranjá-lo? Oh, que alívio!” ela exclamou. “Ele será impedido de enganar outras moças em Hertfordshire. Mas e nesse novo local? Ele não transferirá suas atenções para outras moças?” ela perguntou com alarme.

“Eu não acho. Foi dada ao Mr. Wickham a escolha de ir para uma prisão ou para a Austrália. Ele escolheu a última. Deve estar em um navio neste exato momento, como o Coronel Forster confirmou em seu expresso para mim esta manhã.” Elizabeth encarou seu pai e não poderia estar mais admirada. “Eu estou muito impressionado pela convicção e determinação do Mr. Darcy, Lizzy. Mais tarde na estalagem de Meryton, ele me contou sua interferência com Jane e o Mr. Bingley,” ele explicou.

“Elizabeth ofegou com isso. “Ele lhe contou aquilo?” ela inquiriu. Que honrado da parte dele, confessar tal coisa ao meu pai.

“Oh sim, ele estava arrependido e ofereceu suas mais sinceras desculpas. Ele assegurou que tinha escrito ao Mr. Bingley na esperança de corrigir o erro, o que é claro, foi feito para a satisfação de todos. Sim, Jane e Bingley estão perfeitamente comprometidos, não estão? Sua mãe está muito feliz com o compromisso. Sim, eu fiquei muito impressionado com o Mr. Darcy. Ele é um bom homem. Você merece parabéns,” ele disse a ela.

“Parabéns? Pelo quê, Papai?” ela inquiriu.“Por escolher tal jovem honrado com quem concordar em uma corte,” ele respondeu.Os olhos dela se alargaram. “Vocês falaram sobre a nossa corte?”“Sim, claro! Eu não mencionei isso mais cedo?” ele respondeu com um sorriso.“Papai!” ela protestou. “Você deu seu consentimento, é claro.” Ela reconheceu seu sorriso

provocador. “Como você ama me provocar! Você sabia que eu estava esperando a chegada dele! Eu tinha me convencido de que ele tinha mudado de ideia e não vinha mais a Longbourn.”

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Ele riu amavelmente. “Garota tola! Ele jantará conosco esta noite. Ele queria dar ao Mr. Bingley a oportunidade de fazer seu pedido a Jane antes de anunciar sua corte. Ele foi muito insistente nesse ponto. Muito sábio dele, eu devo dizer. Sim, eu gostarei de ter ele e Bingley como genros.”

“Papai, o nosso não é um noivado,” ela corrigiu-o. “Nós precisamos de mais tempo para conhecer melhor um ao outro.”

“Oh, um noivado não é muito diferente, eu suspeito. Ele está claramente afeiçoado a você É claro, eu dificilmente posso culpá-lo. Você é a joia do condado,” ele disse orgulhosamente.

“Papai!” ela exclamou. “Eu acho que fiquei muito perturbada esperando pela chegada dele,” imitando a mãe. “Ninguém sabe o quanto eu sofro!” Eles riram e retornaram para a casa.

Capítulo IV » O Segundo PretendenteDarcy e Bingley chegaram a Longbourn para jantar com os Bennets. Mrs. Bennet estava um

tanto confusa com a aparição do Mr. Darcy, como ela não tinha conhecimento da corte pendente de Lizzy ou da visita do Mr. Darcy ao Mr. Bennet dois dias atrás. “Porque aquele desagradável Mr. Darcy está aqui com o nosso querido Mr. Bingley? Porque ele nos perturba com sua companhia?” ela lamentou secretamente ao seu marido, que não ofereceu explicação. Mrs. Bennet sugeriu à Lizzy que depois do jantar, ela e Darcy servissem de acompanhantes para Jane e Bingley, que planejaram sair para uma curta caminhada. Ela sussurrou para Lizzy, “Eu sinto muito que você seja forçada a ter aquele homem desagradável todo para você. Eu espero que não se importe, pelo bem de Jane.”

Todos se reuniram em volta da mesa de jantar para desejar a Jane e Bingley saúde e felicidade no futuro. Depois do ânimo de celebração ter diminuído, Mr. Bennet deu a Lizzy e Darcy uma piscadela. “Minha querida família e amigos, é com grande prazer que eu anuncio que nós temos outra ocasião para celebrar.” Todos olharam para ele com grande antecipação. Sabendo que ninguém mais, a não ser Lizzy e Darcy, sabia do anúncio de sua corte, ele saboreou o momento. “Vocês podem ficar muito surpresos com o que estou para lhes contar.”

“Mr. Bennet, diga-nos logo! Eu imploro que não nos deixe em suspense!” Mrs. Bennet pleiteou com seu marido.

“Como desejar, minha querida. É com grande honra que anuncio a corte do Mr. Darcy e da nossa querida Lizzy,” ele disse com grande calma.

Silêncio envolveu a sala. Lizzy, cujos olhos tinham estado baixos durante o discurso de seu pai, olhou em volta da mesa para sua espantada família. Ela foi incapaz de suprimir um sorriso amarelo e Darcy segurou sua mão.

“Lizzy?” Mrs. Bennet perguntou em confusão. “Nossa Lizzy e o Mr. Darcy?” Mr. Bennet sentou novamente em sua cadeira e sorriu amplamente. “Mas isso não pode ser verdade, Mr. Bennet. Quem teria imaginado isso?” ela tagarelou em emoção.

“Sim, Mrs. Bennet.” Darcy confirmou, “Miss Elizabeth e eu temos chegado a um entendimento e desejamos nos conhecer melhor.” Congratulações foram oferecidas por todos, depois de terem se recuperado do choque do momento.

A conversa familiar era leve e agradável durante o jantar. Esperando impressionar seu estimado convidado, Mrs. Bennet perguntou a Darcy, “Gostaria de mais carneiro, Mr. Darcy?” Ele estava quase respondendo quando Lydia interrompeu. “Eu acho carneiro perfeitamente tolerável; certamente não é bom o suficiente para me tentar.” Kitty riu com o comentário de sua irmã.

“Silêncio, Lydia!” Elizabeth ralhou.

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“Por que, Lizzy? Eu estou simplesmente expressando minha honesta opinião, o que estamos todos aptos a fazer de tempos em tempos. Não concorda, Mr. Darcy?” perguntou Lydia desafiadoramente a ele.

“Lydia, pare!” Elizabeth repreendeu sua irmã furiosamente.Darcy moveu abruptamente sua cadeira para trás e se levantou. “Miss Lydia, eu admiro sua

lealdade a sua irmã,” ele disse calmamente. “Você está perfeitamente correta em me admoestar por meu comportamento indesculpável na noite em que todos nos conhecemos. Eu já tinha me desculpado com Miss Elizabeth por meu comentário infeliz –”

“Sim, e eu aceitei as desculpas,” Elizabeth confirmou.“– mas agora eu me sinto compelido a me desculpar com toda a família,” ele continuou. “Eu

não sou acostumado com a companhia de estranhos e não tenho as maneiras fáceis que todos os Bennets parecem possuir quando conhecem alguém. Eu estava de péssimo humor naquela noite por causa de eventos recentes envolvendo minha querida irmã, Georgiana, de quem eu sinto terrivelmente a falta. Entretanto, isso não é desculpa para meus maus modos e eu peço desculpas por meu comentário e humildemente imploro seu perdão. Não foi muito depois de fazer este comentário que eu percebi que minha primeira impressão era o exato oposto de meus verdadeiros sentimentos. Não só Miss Elizabeth é perfeitamente tolerável, como ela é de fato bela aos meus olhos. Seu cabelo, seus olhos extraordinários, sua complexidade e seu sorriso têm estado em meus pensamentos e sonhos desde a noite em que eu tentei negar sua beleza e o poder que ela tinha sobre mim. Mas forças previamente desconhecidas para mim me levaram a querê-la. E agora é com grande humildade que eu peço seu perdão, Miss Lydia. Você estará me fazendo um grande favor se me perdoar, pois o resto de sua família certamente seguirá seu exemplo,” ele disse com uma humildade que os Bennets nunca tinham observado nele antes.

“Eu o perdoo, Mr. Darcy,” disse Mary solenemente.“Obrigado, Miss Mary, você é muito generosa,” ele replicou no mesmo tom solene.“Eu o perdoo, Mr. Darcy,” Kitty disse, com um sorrisinho.“Obrigado, Miss Kitty,” ele replicou com um sorriso.“Oh, Mr. Darcy, que homem adorável você é e que discurso adorável foi este. Certamente

está perdoado. Todos já dissemos coisas das quais nos envergonhamos, não é? Mesmo que Lizzy não seja tão bela quanto sua irmã Jane, ela tem de fato muitas qualidades adoráveis,” disse Mrs. Bennet.

“Mamãe!” protestou Jane.“Eu concordo com você, Mrs. Bennet! Miss Elizabeth é a criatura mais adorável que eu já

contemplei! De fato, entre suas outras qualidades admiráveis, eu acredito que ela é a mulher mais bela que eu conheço. Eu estou muito feliz que ela tenha me perdoado e me permitido provar ser digno de sua estima,” disse Darcy.

“Mr. Darcy, eu espero um dia conhecer um homem que fará tal belo discurso para mim,” disse Lydia, com uma nova apreciação por Darcy.

“Então você me perdoou, Miss Lydia?” inquiriu Darcy.“Sim, Mr. Darcy, você está perdoado,” respondeu Lydia alegremente.“Eu lhe agradeço, Miss Lydia, e a todos os Bennets por sua generosidade e perdão e me

esforçarei para merecer isto no futuro.” Darcy sentou novamente enquanto Lizzy se alegrava com orgulho.

Depois do jantar, foi concordado que os dois casais teriam uma pequena caminhada. Kitty e Mary foram recrutadas como acompanhantes. Mrs. Bennet afastou Lizzy dos outros para sussurrar-

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lhe, “Eu estou tão feliz! Mr. Darcy é um homem tão encantador! Eu espero que ele perdoe minha antiga antipatia. Dez mil por ano! Enlouquecerei!” Lizzy rapidamente escapou dos arroubos nervosos de sua mãe e todos eles saíram. Já tinha agora passado o pôr do sol e as estrelas estavam bem à vista, adornando o céu. Nenhum deles se aventurou muito longe da casa, mas Jane e Bingley andaram bem a frente de Kitty, procurando privacidade. Mary se deixou ficar um pouco para trás de Lizzy e Darcy para lhes permitir falar privativamente.

“Mr. Darcy, eu estou muito feliz em vê-lo, mas eu devo admitir que pensei que você tinha desistido de nossa corte. Eu esperei sua chegada ontem e você não veio, eu tinha quase certeza que você tinha me achado tão tola quando minhas irmãs mais jovens. Eu não tinha ideia que você já havia encontrado com meu pai,” explicou Lizzy.

“Sim, Miss Elizabeth, eu queria dar a Bingley a chance de fazer o pedido a Jane antes que eu retornasse. Desde que sou o responsável pela separação deles, eu me senti incumbido a resolver este assunto, para a satisfação de todos, incluindo você,” ele disse.

“Sim, Mr. Darcy, a resolução foi muito satisfatória,” ela disse com um sorriso caloroso.“Como eu lhe prometi, enviei um expresso a Bingley para confessar minha interferência e

informá-lo que Jane se encontrava em Londres. Também o informei de meu plano de ficar em Meryton até que ele me chamasse. Eu não quis impor minha presença a sua hospitalidade até ter certeza que ele havia me perdoado por minha interferência. Eu fiquei em Meryton até Bingley e chamar para confirmar que eu seria bem vindo a Netherfield. Ele me perdoou de coração.” Ela ficou impressionada com sua generosidade e lealdade. “Durante minha estada na estalagem, eu fui capaz de entrevistar os proprietários das lojas locais e fazer a contabilidade das dívidas de Wickham, as quais eram bem substanciais,” disse-lhe ele. “Foi esta informação que seu pai e eu apresentamos ao Coronel Forster, o qual guiou Wickham ao seu destino atual.”

“Meu pai contou-me sobre o rearranjo de Wickham. Eu espero que ele use essa oportunidade para melhorar seu comportamento,” ela disse. Ela estava impressionada com o modo que ele lidou com esta situação, arriscando até mesmo a reputação de sua irmã. “Eu espero que sua irmã possa encontrar conforto neste arranjo.”

“Sim, eu concordo. Eu escrevi para ela no mesmo dia para informá-la do resultado. Também contei a ela de nossa corte, Miss Elizabeth. É minha esperança que vocês sejam amigas, você é exatamente o tipo de amiga que eu desejaria para minha irmã,” ele disse calorosamente.

“Obrigada, senhor. Eu espero ser digna de tal honra,” ela disse, lisonjeada por suas atenções. Quando Jane e Bingley reuniram-se a ele, eles todos retornaram para a casa.

Quando chegou a hora de ir embora, Darcy e Bingley agradeceram seus anfitriões e desejaram boa noite a todos. Elizabeth e Jane levaram seus pretendentes até a porta. Quando ele estava quase cruzando a porta, Darcy parou e a encarou. “Miss Elizabeth, é minha intenção me provar digno de sua estima,” disse ele.

Ela estava espantada com a humildade que ele estava demonstrando. Esperando aliviar a mente dele, ela disse, “Por favor, me chame Lizzy.”

Ele se adiantou para ela e tomou as mãos dela nas suas. “Oh minha querida Lizzy, nada me agradaria mais. E você deve me chamar Will,” ele insistiu enquanto olhava dentro de seus olhos.

“Obrigada, Will. Esperarei vê-lo amanhã.” Ele sorriu alegremente, pegou suas mãos e as beijou, e então deixou a casa. Enquanto Lizzy o via ir embora, ela divagou audivelmente, “Os olhos dele foram sempre tão azuis?”

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Jane, que tinha testemunhado essa inesperada demonstração da afeição de Darcy, riu para sua irmã. “Oh, Lizzy, como você é cega! Mr. Darcy tem tido olhos apenas para você desde o dia que se conheceram!”

Capítulo V » Desapontamentos e FilhasNo dia seguinte, os dois casais saíram novamente para uma caminhada com seus respectivos

acompanhantes. Jane e Bingley logo se distanciaram à frente com Kitty enquanto Mary ficava para trás com Darcy e Lizzy. Estes ficaram espantados quando viram uma carruagem fina vindo em sua direção. Darcy instantaneamente a reconheceu como pertencente a sua tia Catherine.

“Tia Catherine, a que devemos este inesperado prazer?” Darcy perguntou a ela com apreensão.

“Sobrinho, eu devo falar com você imediatamente sobre um assunto da maior importância,” anunciou Lady Catherine.

“Há alguma emergência, tia? Georgiana está bem?” ele perguntou com alarme.“Não tem nada a ver com Georgiana. Miss Bennet, nos dará licença?” disse ela em um tom

de dispensa.“Não, tia. Qualquer coisa que você possa possivelmente me dizer pode ser dito com Miss

Bennet presente,” disse ele, definitivo.“Eu certamente não direi, Darcy! É um assunto de família!” ela disse furiosamente.“Então terá que esperar até que eu escolte Miss Bennet e sua irmã de volta para casa,” Darcy

replicou calmamente.Sem hesitação, ela disse, “Darcy, você não pode ser ignorante quanto ao motivo de minha

visita.”“Pelo contrário, tia, eu não faço ideia,” ele replicou.“Um relato de natureza alarmante chegou ate mim,” anunciou a Lady.“E que relato é este?” disse ele, ficando aborrecido com a intrusão.“Que você está cortejando Miss Bennet,” ela replicou com desdém. Lizzy ficou mortificada

e abaixou os olhos.“E viajou até aqui para que eu contradiga tal relato, Madame?” disse ele, sabendo que essa

seria a única possível razão para a interferência dela.“Eu lhe aviso, Darcy, não brinque comigo!” ela replicou furiosamente.“Estou feliz em informá-la, tia, que o relato é verdadeiro; eu estou de fato cortejando Miss

Elizabeth. Eu tenho que lhe agradecer por isso, pois foi em minha recente estada em Rosings que tomei consciência de meu encantamento por ela,” anunciou Darcy, sabendo que essa resposta a irritaria.

A raiva de Lady Catherine era agora evidente. “Não é assim, Darcy! Eu não costumo aceitar ser desapontada! Essa é a gratidão que me é mostrada por minhas atenções para com ela em Rosings? Ela deve ter usado suas artes e seduções para desviar você de suas obrigações. Você e Anne estão destinados um ao outro desde sua infância. Eu exijo que você deixe esse lugar imediatamente e retorne a Rosings comigo para anunciar seu noivado com Anne. Honra, decoro e obrigação com sua família exigem isto!” ela respondeu. Ela estava agora furiosa.

“Nunca foi minha intenção casar com minha prima, tia. Apesar de sua insistência em um casamento arranjado com Anne, minha querida mãe nunca mencionou isto. Ela sempre me encorajou a seguir meu coração e casa por amor,” ele replicou calmo, mas firme.

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“Amor? Que noção tola, infantil e fantasiosa! Que absurdo!” ela zombou dele. Ele não respondeu. “Então está determinado a tê-la? Uma mulher de nascimento inferior e sem conexões? Você irá, sem dúvida, trazer desgraça para a família inteira. Eu certamente não terei mais nada com você se seguir adiante com isto. Você será censurado pela alta sociedade,” ela avisou furiosamente.

Alarmada, Mary correu de volta à casa para alertar seus parentes da chegada de Lady Catherine e sua furiosa conversa com Darcy.

“Madame, se a alta sociedade deseja censurar-me, então eu a enfrentarei com orgulho,” ele anunciou à sua tia. “Miss Elizabeth provou ser igual a qualquer um de meu círculo de amizades e será um crédito em minha vida futura.”

“E esta é sua decisão final?” ela perguntou. Quando Darcy não respondeu, ela disse furiosamente, “Eu estou seriamente descontente.” Ela subiu na carruagem e o condutor seguiu a estrada.

Eles observaram a carruagem desaparecer de vista em silêncio. “Lizzy, como posso me desculpas por tal intolerável comportamento?” ele perguntou, horrorizado pelo encontro perturbador.

“Mr. Darcy, o que você acha de Lady Catherine para o nome de nossa futura filha? Nos lembrará que ela não aceita ser desapontada,” ela disse com um sorriso.

“Lady Catherine? Certamente que não. Não é um nome apropriado para uma criança Darcy,” ele respondeu sem saber onde ela queria chegar.

“Não? Talvez tenha razão. Eu sempre fui parcial ao nome Marcie,” ela disse, suprimindo seu sorriso.

“Marcie Darcy?” ele disse com alarme. Quando ela começou a rir, ele percebeu que ela estava brincando com ele.

“Talvez devamos chamá-la Quinta-feira, ao invés disso!” ele sugeriu alegremente, grato que ela estava de bom humor.

“Oh sim. Quinta-feira é um nome esplêndido para nossa futura filha; pois foi em uma quinta-feira que eu descobri com certeza que verdadeiramente amava o pai dela!” ela anunciou com um sorriso caloroso.

“Você me ama?” ele perguntou, procurando seus olhos.“Sim, senhor. Ardentemente,” ela replicou.“Está brincando comigo?” ele perguntou, notando um brilho em seus olhos.“Não, senhor,” ele replicou, tentando esconder seu sorriso sem sucesso.“Diga-me de novo,” ele exigiu, rindo.Ela pulou no topo de uma árvore caída e abriu os braços. “Eu te amo, William Darcy! Eu

amo o fato de você ser bom e generoso, leal e compassivo, e que você perdoa os que o ofenderam, mesmo que os ofensores não sejam dignos do seu perdão,” colocando suas mãos sobre seu coração para incluir-se nessa declaração. “E você é, definitivamente, bonito o suficiente para me tentar!” ela anunciou com alegria.

Ele segurou-a pela cintura e girou-a enquanto ela gritava em deleite. “Eu imagino que nunca deixarei de pagar por aquele comentário horrível, não é?” ele disse.

“Talvez um dia quando estivermos velhos e grisalhos,” ela provocou.Ela me ama! Meu maior desejo finalmente se realizou!“Elizabeth Bennet, é meu maior desejo que nossa futura filha, Lady Catherine ou Marcie ou

qualquer que seja seu nome, tenha a mão mais perfeita que se possa imaginar. Você será minha

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esposa e a mãe dos meus filhos? Você ficará velha e grisalha ao seu lado? Desde que você esteja comigo, nós nos desapontaremos juntos.” Ele estendeu a mão para ela.

Ela tomou sua mão e respondeu. “Sim, Will, você é o desejo do meu coração e eu alegremente aceito o seu pedido.” Ele a abraçou, olhando em seus olhos e a beijou gentilmente.

“Lizzy!” exclamou Mary, que segurou o braço da irmã e a puxou para longe do abraço de Darcy. Ela tinha voltado para sua função de acompanhante sem ser notada por Lizzy ou Darcy. O espantado casal foi abruptamente separado e virou-se para encarar Mary, que parecia chocada com o que tinha acabado de testemunhar.

“Obrigado, Mary. Você está perfeitamente certa em nos separar,” Darcy disse em uma tentativa de apaziguá-la. “Eu aprecio seu nível de sensatez e seu constante compromisso com suas responsabilidades.”

Satisfeita com essa resposta, Mary disse, “Mr. Darcy, essa foi talvez a pior proposta que eu já ouvi. Desapontarem-se juntos dificilmente é minha ideia de romantismo, em minha humilde opinião.”

“Pelo contrário, Mary,” disse Lizzy, “a proposta do Mr. Darcy foi a mais romântica que eu poderia ter imaginado,” olhando amorosamente para Will.

Eles retornaram para a casa, onde Lizzy e Darcy procuraram o Mr. Bennet. Acharam-no na biblioteca. “Papai, podemos falar com você?” perguntou Lizzy.

“Sim, certamente, entrem os dois,” ele disse enquanto fazia sinal para que entrassem.Darcy dirigiu-se a ele. “Mr. Bennet, eu fiz um pedido de casamento a Miss Elizabeth e ela

aceitou. É com grande humildade que peço seu consentimento.”“Mas Darcy, nós acabamos de anunciar sua corte na noite passada! Lizzy, eu devo entender

que você já o aceitou?” ele perguntou, confuso.“Sim, Papai, eu o aceitei,” ele confiantemente confirmou.“Querida Lizzy, eu sei que você nunca seria feliz em um casamento a menos que realmente

estime seu marido. Eu fico satisfeito que Darcy a ame, mas e seus sentimentos? Você pode me provar sua afeição por ele?” ele perguntou com preocupação para sua mais preciosa filha.

“Sim, Papai, eu o amo. Não há dúvida, qualquer que seja,” ela assegurou seu pai.“Estou correto em supor que seu encontro com Lady Catherine os guiou para isto?” ele

perguntou. Eles riram com isto e concordaram.“Sim, Papai. Lady Catherine foi o maior instrumento para esta inesperada mudança de curso

hoje,” disse Lizzy enquanto olhava Darcy nos olhos.“Sim, senhor. Minha tia procurou separar-nos hoje, mas felizmente resultou no exato

oposto,” Darcy contou a ele com um sorriso.“Bem então, nós devemos tudo à Lady, não é? Mr. Darcy e minha querida Lizzy, eu

alegremente dou meu consentimento,” ele disse, impressionado que Darcy tenha despertado as afeições dela tão rápido. Ele concordou em fazer o anúncio no jantar daquela noite.

Mais tarde, perto do término da refeição, Mr. Bennet anunciou a sua família, “Minha querida família e amigos, é meu dever anunciar um novo acontecido digno de sua atenção.” Todos olharam para ele em confusão. Saboreando o momento ele anunciou, “Lizzy e Darcy decidiram concluir sua corte,” ele disse e pausou, esperando pela reação. Ofegos foram ouvidos por todos os presentes enquanto eles trocavam olhares de preocupação e esperavam que ele continuasse.

“Papai!” Lizzy e Mary reclamaram.“Lizzy e Darcy terminaram sua corte e agora estão noivos!” ele anunciou com deleite. Uma

exclamação de alegria ergueu-se da família e todos deram os parabéns.

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Mrs. Bennet não poderia estar mais surpresa. “Oh minha querida Lizzy, que homem encantador! Tão alto e bonito! Vocês devem casar com uma licença especial! Oh minha querida, imagine só! Enlouquecerei!” ela exclamou, feliz consigo mesma por ter duas filhas tão alegremente comprometidas.

Darcy sorriu gentilmente para a Mrs. Bennet. Pela primeira vez desde que a conhecia, Darcy a considerou uma de suas mais importantes conexões. Apesar de seu comportamento tolo e algumas vezes excessivo, ela seria uma sogra superior comparada a sua intolerável tia Catherine.

~FIM~

Texto Original: http://www.fanfiction.net/s/8285435/1/Darcy_Explains_It_AllTradução: Lizzie Rodrigueshttp://lizzierodrigues.blogspot.com.br/

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