a esquecida coleção de aves da “escola de pharmacia de ouro preto”

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Atualidades Ornitológicas, 179, maio e junho de 2014 - www.ao.com.br 53 A esquecida coleção de aves da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”, com comentários sobre dois obscuros coletores de aves do estado de Minas Gerais e notas sobre importantes registros da avifauna de Mariana Marcelo Ferreira de Vasconcelos 1 , Filipe Cristovão Ribeiro da Cunha 2 & Leonardo Esteves Lopes 3 Quem passeia por Ouro Preto rapida- mente percebe que esta cidade apresenta uma história extremamente rica e que se encontra bem preservada nos seus diver- sos museus históricos e casario colonial. Este vasto acervo histórico e cultural fez com que a UNESCO considerasse a ci- dade de Ouro Preto como Patrimônio da Humanidade em 1980 (www.unesco.org). Isto é explicado, em parte, pela importante posição que a cidade (antiga Vila Rica) ti- nha como antiga capital de Minas Gerais, província onde se encontravam as maiores minas de ouro e diamante exploradas no século XIX. Apesar de Ouro Preto ter sido ponto de passagem quase obrigatório da maioria dos grandes naturalistas que percorreram o interior do Brasil, vindos do Rio de Janeiro (Vasconcelos & Pacheco 2012), seu nome encontra-se geralmente pouco associa- do ao desenvolvimento científico no campo da história natural brasileira. A grande riqueza mineral da região foi talvez o principal mo- tivo para a fundação da Escola de Minas de Ouro Preto, em 12 de outubro de 1876, a partir de apoio do então Imperador Dom Pedro II (Nunes et al. 2010). Dessa maneira, a maior parte dos investimentos científicos da época foi voltada para a formação de engenheiros de minas e profissionais correlatos, ficando a histó- ria natural relegada a segundo plano. Isto seguramente colaborou para o quase inexpressivo papel do estado de Minas Gerais em relação à tradição em formar e manter coleções taxonômicas de fauna e flora, ao contrário dos vizinhos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, que abrigam, respectivamente, os importantíssimos Museu Nacional (MNRJ) e Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZUSP). Exceção à regra foi a fundação, em 1839, da “Escola de Phar- macia”, curso que apresenta forte interface com a história natural, especialmente com o ramo da Botânica. Durante mais de qua- tro décadas, esta escola passou por grandes dificuldades, tendo ocupado diferentes prédios na cidade de Vila Rica. Entretanto, em 1883, foi vinculada diretamente ao governo de Minas Gerais, ocupando, logo no início do século XX, o prédio onde está ins- talada até os dias atuais (Narikawa 2009, Godoy 2010), na Rua Costa Sena, 171, em pleno centro histórico de Ouro Preto. Nesta época, investiu-se em diversos gabinetes de estudo de padrão in- ternacional, dentre eles, o de História Natural, que abrigava co- leções de Botânica e de Zoologia (Godoy 2010). Em 1969, esta importante escola foi integrada à Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) (Narikawa 2009). Foi exatamente neste prédio que, em maio de 2000, MFV, acompanhado do Tenente Alessandro Oprissu Ferreira, na época aluno do curso de Ciências Biológicas da UFOP, encontrou um interessante acervo de algumas dezenas de aves taxidermizadas em posição natural dentro de armários nos corredores do segundo andar. Este material, além de alguns mamíferos e répteis empa- lhados, encontrava-se totalmente abandonado em meio a outras “velharias”, tais como máquinas de escrever, papéis, antigos li- vros de registro e peças de madeira (Figura 1). Além de mal acon- dicionado, todo o material encontrava-se em avançado estado de deterioração devido ao ataque por fungos e insetos, além de estar recoberto por uma grossa camada de teias de aranha e poeira. Tal situação de abandono dificultou um estudo pormenorizado do acervo, mas já era possível perceber a existência de táxons raros e/ou representativos da avifauna do Quadrilátero Ferrífero, tais como: uru (Odontophorus capueira), gavião-pega-macaco (Spizaetus tyrannus), beija-flor-de-gravata-verde (Augastes scu- ISSN 1981-8874 9 771981 88700 3 9 7 1 0 0 Figura 1. Armazenamento inadequado de peles de aves em armário de madeira nos corredores da “Escola de Pharmacia” em 27 de maio de 2010. Foto: F. C. R. Cunha.

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Page 1: A esquecida coleção de aves da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”

Atualidades Ornitológicas, 179, maio e junho de 2014 - www.ao.com.br 53

A esquecida coleção de aves da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”, com comentários sobre dois obscuros coletores de aves do estado de Minas Gerais e notas sobre importantes registros da avifauna de Mariana

Marcelo Ferreira de Vasconcelos1, Filipe Cristovão Ribeiro da Cunha2

& Leonardo Esteves Lopes3

Quem passeia por Ouro Preto rapida-mente percebe que esta cidade apresenta uma história extremamente rica e que se encontra bem preservada nos seus diver-sos museus históricos e casario colonial. Este vasto acervo histórico e cultural fez com que a UNESCO considerasse a ci-dade de Ouro Preto como Patrimônio da Humanidade em 1980 (www.unesco.org). Isto é explicado, em parte, pela importante posição que a cidade (antiga Vila Rica) ti-nha como antiga capital de Minas Gerais, província onde se encontravam as maiores minas de ouro e diamante exploradas no século XIX.

Apesar de Ouro Preto ter sido ponto de passagem quase obrigatório da maioria dos grandes naturalistas que percorreram o interior do Brasil, vindos do Rio de Janeiro (Vasconcelos & Pacheco 2012), seu nome encontra-se geralmente pouco associa-do ao desenvolvimento científico no campo da história natural brasileira.

A grande riqueza mineral da região foi talvez o principal mo-tivo para a fundação da Escola de Minas de Ouro Preto, em 12 de outubro de 1876, a partir de apoio do então Imperador Dom Pedro II (Nunes et al. 2010). Dessa maneira, a maior parte dos investimentos científicos da época foi voltada para a formação de engenheiros de minas e profissionais correlatos, ficando a histó-ria natural relegada a segundo plano. Isto seguramente colaborou para o quase inexpressivo papel do estado de Minas Gerais em relação à tradição em formar e manter coleções taxonômicas de fauna e flora, ao contrário dos vizinhos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, que abrigam, respectivamente, os importantíssimos Museu Nacional (MNRJ) e Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZUSP).

Exceção à regra foi a fundação, em 1839, da “Escola de Phar-macia”, curso que apresenta forte interface com a história natural, especialmente com o ramo da Botânica. Durante mais de qua-tro décadas, esta escola passou por grandes dificuldades, tendo ocupado diferentes prédios na cidade de Vila Rica. Entretanto, em 1883, foi vinculada diretamente ao governo de Minas Gerais, ocupando, logo no início do século XX, o prédio onde está ins-

talada até os dias atuais (Narikawa 2009, Godoy 2010), na Rua Costa Sena, 171, em pleno centro histórico de Ouro Preto. Nesta época, investiu-se em diversos gabinetes de estudo de padrão in-ternacional, dentre eles, o de História Natural, que abrigava co-leções de Botânica e de Zoologia (Godoy 2010). Em 1969, esta importante escola foi integrada à Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) (Narikawa 2009).

Foi exatamente neste prédio que, em maio de 2000, MFV, acompanhado do Tenente Alessandro Oprissu Ferreira, na época aluno do curso de Ciências Biológicas da UFOP, encontrou um interessante acervo de algumas dezenas de aves taxidermizadas em posição natural dentro de armários nos corredores do segundo andar. Este material, além de alguns mamíferos e répteis empa-lhados, encontrava-se totalmente abandonado em meio a outras “velharias”, tais como máquinas de escrever, papéis, antigos li-vros de registro e peças de madeira (Figura 1). Além de mal acon-dicionado, todo o material encontrava-se em avançado estado de deterioração devido ao ataque por fungos e insetos, além de estar recoberto por uma grossa camada de teias de aranha e poeira. Tal situação de abandono dificultou um estudo pormenorizado do acervo, mas já era possível perceber a existência de táxons raros e/ou representativos da avifauna do Quadrilátero Ferrífero, tais como: uru (Odontophorus capueira), gavião-pega-macaco (Spizaetus tyrannus), beija-flor-de-gravata-verde (Augastes scu-

ISSN 1981-8874

9 771981 887003 97100

Figura 1. Armazenamento inadequado de peles de aves em armário de madeira nos corredores da “Escola de Pharmacia” em 27 de maio de 2010. Foto: F. C. R. Cunha.

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tatus), pavó (Pyroderus scutatus) e tesourinha-da-mata (Phibalu-ra flavirostris). Neste primeiro momento, foi feita uma tentativa pelos graduandos de Ciências Biológicas da UFOP de resgatar este importante acervo visando a reabilitação das peças da me-lhor maneira possível, para serem incorporadas às coleções cien-tíficas desta mesma instituição.

Posteriormente, em julho de 2006, durante a realização do XIV Congresso Brasileiro de Ornitologia (CBO), em Ouro Preto, MFV teve a oportunidade de ministrar um curso de taxidermia de aves, junto ao eminente ornitólogo Geraldo Theodoro Mattos, justo em um dos laboratórios da “Esco-la de Pharmacia”, constatando que todo o material ainda se encontrava nas mesmas condições de armazenamento. Nesta ocasião, MFV e LEL puderam analisar, com um pouco mais de detalhes, o precioso e negligenciado acervo. Embora não tenha sido possível retirar todo o material do armário, parte dele foi identificada e fotografada. Além disso, constatou-se que alguns espécimes apresentavam etiqueta de coletor e loca-lidade, o que aumenta, em muito, o valor científico dos mes-mos. Nesta ocasião, vários ornitólogos puderam ver as peças e redigiram um ofício que foi apresentado na assembleia da Sociedade Brasileira de Ornitologia, tratando da importância

do acervo para a história da avifauna de Minas Gerais e soli-citando que a UFOP tomasse providências para que o mesmo fosse restaurado e preservado em condições adequadas. Este ofício foi assinado por vários ornitólogos presentes no XIV CBO, mas nada foi feito com relação ao acervo e todo o ma-terial continuou armazenado nas mesmas condições precárias, sendo reencontrado, quatro anos depois, por FCRC em março e maio de 2010, quando ele obteve mais fotografias de alguns exemplares.

Posteriormente, em 2012, o acervo de animais taxidermizados foi transferido para a reserva técnica, nos porões da “Escola de Pharmacia”, onde foi tombado com o código MPh (Museu da Pharmacia), seguido do código 05, que identifica, na instituição, modelos de ensino e animais taxidermizados (R.A. Silva 2012, com. pess.). Este material pôde ser analisado com detalhes e fo-tografado por FCRC e MFV em junho deste mesmo ano. Nesta ocasião, foi possível obter valiosas informações a partir do Prof. Victor Vieira de Godoy, Professor Adjunto da Escola de Farmácia da UFOP, e neto de um importante coletor e organizador deste acervo (ver abaixo).

Uma vez que esta coleção é de grande importância para o co-nhecimento da distribuição histórica das aves da região do Qua-

Figura 2. Exemplo de etiqueta original do coletor ou preparador, feita em papel não timbrado e com informações escritas a mão. Foto: F. C. R. Cunha.

Figura 4. Exemplo de etiqueta do “Museu de Zoologia da Escola de Farmácia”,

com informações datilografadas. Foto: F. C. R. Cunha.

Figura 3. Exemplo de etiqueta feita em papel timbrado do “Gabinete de Historia Natural da Escola de Pharmacia”. Foto: F. C. R. Cunha.

Figura 5. Etiqueta de um exemplar de Pardirallus nigricans (MPh 05.050) com informação sobre o preparador e localidade de

coleta: “José Pinto da Fonseca / Marianna” colada na base de madeira que sustenta o espécime montado. Foto: F. C. R. Cunha.

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drilátero Ferrífero, correndo o risco de ser perdida para futuras pesquisas, o objetivo deste trabalho é apresentar informações e fotos sobre este acervo ornitológico da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”, assim como sugerir medidas de recuperação e arma-zenamento dos exemplares.

O acervo ornitológico da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”Foram encontrados 54 espécimes, representando 50 espécies

de aves, no acervo atualmente mantido pela “Escola de Pharma-cia”. Nota-se a predominância de não-Passeriformes (n = 43), ge-ralmente representados por espécies de médio e grande porte (ex-cetuando-se os representantes de Trochilidae, n = 8). Entretanto, mesmo os 11 exemplares de Passeriformes são representados, em sua maioria (n = 7), por espécies de porte mais avantajado. Não se sabe o porquê disto, mas é possível que os antigos coletores usassem armas com maiores calibres.

Trinta e dois exemplares estavam completamente destituídos de qualquer tipo de rotulagem indicando local, data de coleta e coletor. Dentre os que ainda apresentam etiquetas, foi possível encontrar três tipos de rótulos: 1) originais do coletor ou prepa-rador (n = 14), feitos em papel não timbrado e com informações escritas a mão (Figura 2); 2) antigas etiquetas (n = 6), feitas em papel timbrado do “Gabinete de Historia Natural da Escola de Pharmacia” (Figura 3); 3) etiquetas mais recentes (n = 10) do “Museu de Zoologia da Escola de Farmácia”, com informações datilografadas (Figura 4), possivelmente confeccionadas durante uma aferição do acervo ocorrida em 1989, conforme constava em etiquetas observadas junto a alguns exemplares analisados em 2006.

Das etiquetas originais, em apenas duas havia informações sobre coletor e/ou preparador (Figura 5): José Pinto da Fonse-ca (1896-1982 – Apêndice I). Entretanto, o Prof. V.V. de Godoy (com. pess.), informou-nos que grande parte do acervo também fora coletada e preparada por seu avô, o farmacêutico e naturalis-ta Jacinto Bruno de Godoy (1866-1939 – Apêndice II). De fato, a caligrafia de todas as etiquetas originais ou do antigo “Gabinete de Historia Natural da Escola de Pharmacia” é coincidente com aquela deste mesmo coletor, encontrada nas etiquetas de exem-plares enviados ao MZUSP, conforme checado por MFV em fe-vereiro de 2014, naquela instituição.

Dentre as etiquetas antigas (originais e do “Gabinete de His-toria Natural da Escola de Pharmacia”), a maioria (n = 18) traz a localidade de coleta dos exemplares (“Marianna”), ao passo que as etiquetas mais recentes não apresentam esta importante informação, o que faz com que exemplares que apresentam apenas as etiquetas datilografadas não possam ser associados a uma localidade específica de coleta. Todavia, uma vez que “Marianna” consta como a única localidade registrada nas antigas etiquetas e este município foi um importante sítio de coleta de ambos os coletores (J. B. Godoy e J. Pinto da Fonse-ca), acredita-se que a maioria dos espécimes sem informação de procedência seja oriunda desta região. Além disso, a quase totalidade das espécies presentes no acervo, com uma única exceção (Pionopsitta pileata), apresenta registros conhecidos no município de Mariana ou em áreas adjacentes do Quadrilá-tero Ferrífero, a exemplo da Serra do Caraça (ver comentários no Apêndice III). Entretanto, infelizmente, as cadernetas de taxidermia e os livros de tombo originais ainda não foram en-contrados (V.V. de Godoy 2012, com. pess.), sendo possível que tenham se perdido ao longo das décadas. Caso estes docu-

mentos ainda existam nos porões da “Escola de Pharmacia”, poderão elucidar algumas das dúvidas referentes aos coletores e às procedências dos espécimes analisados.

Com relação à identificação dos espécimes ainda etiquetados, percebe-se a maestria dos antigos naturalistas. Das antigas eti-quetas, a identificação era correta na maioria, tanto em nível de família, quanto em nível de gênero e espécie. Por outro lado, to-das as etiquetas mais recentes (datilografadas) mostram diversos erros de grafia e de identificação em nível de ordem, família, gê-nero e espécie (ver lista comentada no Apêndice III).

Embora o material esteja em estado avançado de deterioração, é perceptível que os taxidermistas eram excelentes observado-res e artistas, já que as posições das montagens naturalizadas são muito boas, incluindo o posicionamento dos olhos (ver fotogra-fias no Apêndice III). Por este motivo, acredita-se que os taxider-mistas conheciam bem as aves na natureza, tendo reproduzido suas posturas de maneira adequada e próximas ao natural.

As informações sobre cada um destes exemplares são apresentadas no Apêndice III, associadas a fotografias e comentários sobre distri-buição e conservação na região do Quadrilátero Ferrífero, Minas Ge-rais. Em alguns exemplares mais deteriorados, foi possível analisar algumas técnicas de preenchimento, que também são comentadas. A ordem taxonômica e os nomes científicos seguem o CBRO (2014).

Importância ornitológica do acervo da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”

Embora o acervo ornitológico da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto” encontre-se em estado de deterioração acentuado, muitos espécimes apresentam alto valor do ponto de vista histórico e bio-geográfico. Por exemplo, o gavião-de-sobre-branco (Parabuteo leucorrhous) atualmente só é encontrado em Minas Gerais nas frias matas altimontanas ou de araucária das Serras do Caparaó e da Mantiqueira (Bauer 1999, Vasconcelos & D’Angelo-Neto 2009). O exemplar histórico da “Escola de Pharmacia”, junto a outro depositado no MZUSP, são os únicos registros conhecidos para o Quadrilátero Ferrífero, atestando que a espécie ocorria nesta região até o início do século passado e que possivelmente sofreu extinção local por alterações ambientais. Outros exemplos de raridades que representam os únicos possíveis registros co-nhecidos com base em exemplares para o Quadrilátero Ferrífero são o macuco (Tinamus solitarius), o gavião-pega-macaco (Spi-zaetus tyrannus) e o uru (Odontophorus capueira), todos muito raros na região e considerados ameaçados de extinção em Minas Gerais (ver comentários específicos no Apêndice III).

Por fim, a divulgação das fotografias destes exemplares (Apên-dice III) é de extrema importância, uma vez que existe a possibi-lidade de maior deterioração, ou mesmo da perda dos mesmos. Neste aspecto, mesmo os exemplares das espécies mais comuns são de interesse, por representarem registros históricos de sua ocorrência na região. Com as fotos apresentadas no Apêndice III, será sempre possível checar a identificação dos exemplares.

Sugestões para recuperação e manutenção do acervo da “Es-cola de Pharmacia de Ouro Preto”

Embora não haja uma única e infalível receita para a recupera-ção de todas as peças deterioradas, torna-se clara a importância de se conservar e manter o material nesta renomada instituição para futuros estudos. Abaixo, são apresentadas duas sugestões para recuperação e manutenção do acervo ornitológico da “Esco-la de Pharmacia de Ouro Preto”.

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Sugestão 1: Acondicionar os espécimes por um mês em con-gelador (freezer) para matar a maioria dos tipos de praga animal (especialmente insetos). Depois, deixá-los descongelar por com-pleto a temperatura ambiente e inseri-los em estufa a 50oC por 48 horas (para secagem e destruição de alguns fungos). A partir daí, começaria o tratamento de partes fungadas com álcool abso-luto, mertiolate ou terebintina, produtos que devem ser passados com pincel nas partes da pele e das penas que foram atacadas pelos fungos. Depois disso, os exemplares devem ser guarda-dos, por dois meses, em um armário hermeticamente fechado, de preferência com bordas de borracha, com recipientes contendo dissulfeto de carbono. Esta técnica pode auxiliar na expurgação de animais ou fungos que tenham sobrevivido aos tratamentos anteriores. Após este procedimento, retirar o dissulfeto de car-bono e inserir no armário grande quantidade de naftalina (pelo menos 3 kg) e cânfora (pelo menos 1 kg), que devem ser repostas a cada semestre. Além destes produtos, seria recomendável in-serir caixas de anti-mofo nos armários, já que Ouro Preto é uma cidade muito úmida. Estas caixas devem ser substituídas sempre que encherem de água. Mais recomendável, ainda, seria manter o armário próximo a um desumidificador elétrico, em sala com ar condicionado.

Caso os procedimentos acima não sejam viáveis ou não desa-celerem o processo de decomposição dos exemplares, sugere-se partir para a sugestão seguinte (abaixo).

Sugestão 2: Retirar as melhores penas de cada exemplar (de várias partes do corpo – asa, cauda, cabeça, dorso, peito e abdô-men), assim como todas as partes dos mesmos que ainda apre-sentem esqueleto (crânio, asas, membros inferiores). Este proce-dimento é destrutivo, mas permitiria a documentação da presença de tais espécies na região do Quadrilátero Ferrífero a partir de partes de material testemunho. As partes de cada exemplar de-vem ser guardadas em caixas de papelão (uma caixa para cada exemplar, com seus respectivos números de tombo e etiquetas originais, quando ainda presentes) com naftalina e cânfora, den-tro de armário com caixas de anti-mofo.

Por fim, seria altamente desejável que os antigos livros de tom-bo ou cadernetas de taxidermia fossem encontrados e publicados. Tal procedimento permitiria saber exatamente onde e quando todos os exemplares foram coletados (e por quais coletores), in-formações ausentes na maioria dos espécimes. Independente dis-so, a coleção deve ser mantida como testemunho da avifauna do Quadrilátero Ferrífero, assim como das atividades de antigos e ainda pouco conhecidos naturalistas mineiros.

AgradecimentosO Prof. Victor Vieira de Godoy auxiliou-nos decisivamente

com preciosas informações sobre a carreira e as atividades de seu avô, o ilustre farmacêutico e naturalista Jacinto Bruno de Godoy, além de ter fornecido a fotografia que ilustra a Figura 6. Raya-ni A. Silva facilitou nosso acesso e estudo às peças do acervo ornitológico da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Ricardo Brandão tomou importantes medidas morfométricas de alguns exemplares. Os colegas Santos D’Angelo Neto, Güydo Campos Machado Marques Horta, Carlos Eduardo Ribas Tameirão Benfi-ca e Gracimério José Guarneire discutiram sobre a identificação de alguns espécimes.

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Vasconcelos, M.F. & M. Rodrigues (2010) Patterns of geographic distribution and conservation of the open-habitat avifauna of southeastern Brazilian moun-taintops (campos rupestres and campos de altitude). Papéis Avulsos de Zo-ologia, São Paulo 50(1): 1-29.

Apêndice I – José Pinto da Fonseca (1896-1982)Embora pouco conhecido na história da Ornitologia, tendo se destacado mais na Entomologia, Pinto da Fonseca foi um importante

coletor e preparador de aves (Pinto 1945, 1952, Martins 1982, Ide et al. 2005). Pinto da Fonseca nasceu em Mariana no dia 12 de julho de 1896. Mudou-se, ainda jovem, para Lorena (São Paulo), onde concluiu o curso ginasial (Ide et al. 2005). Aos 16 anos, retornou à terra natal, onde se formou no curso de Humanidades, Filosofia e Teologia no Seminário Arquiepiscopal de Mariana, quando foi influenciado por seus mestres de História Natural a coletar e preparar animais, enviando importante material ao Museu Nacional do Rio de Janeiro e ao Museu Paulista (Ide et al. 2005). Em 1919, foi convidado para ingressar no Museu Paulista no cargo de naturalista viajante (Ide et al. 2005). Seus esforços de coleta de aves foram concentrados nas proximidades de Mariana e nas então matas virgens do leste mineiro (Rio Matipó), entre os anos de 1918 e 1919 (Pinto 1945, 1952, Martins 1982, Ide et al. 2005). Entretanto, após o ano de 1921, Pinto da Fonseca admitiu as funções de entomólogo no Museu Paulista, não se dedicando mais à coleta de aves (Ide et al. 2005), mas se desta-cando bastante no campo da Entomologia Agrícola. A maioria dos exemplares ornitológicos por ele coligida foi depositada no Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZUSP), na época, Museu Paulista (Pinto 1952). Pinto da Fonseca casou-se com D. Helena com quem teve dois filhos, falecendo a 27 de julho de 1982 (Ide et al. 2005). Publicou, em seus 88 anos de vida, mais de 250 trabalhos científicos e mais de 600 notas técnicas (Ide et al. 2005). Uma foto deste importante naturalista foi publicada por Ide et al. (2005).

Apêndice II – Jacinto Bruno de Godoy (1866-1939) (Figura 6)Professor da antiga “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”, sendo um

dos primeiros a contribuir com a coleção de aves do MZUSP, entre o final do século XIX e o ano de 1906 (Pinto 1952). Nascido em Mariana a 6 de outubro de 1866, estudou Teologia no Seminário São José, mas acabou abandonando o seminário para estudar na “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”, diplomando-se em 1893 (V.V. de Godoy 2012, com. pess.). Após ter se formado, Godoy mudou-se para São Paulo, onde trabalhou como naturalista do Museu Paulista (V.V. de Godoy 2012, com. pess.). Retornou a Minas Gerais cinco anos depois, inaugurando uma farmácia no distrito de Santo Antônio de Vargem Alegre, no atual município de São Domingos do Prata (V.V. de Godoy 2012, com. pess.). Nesta localidade, aproveitou para fazer diversas excursões botânicas e ornitológicas, tendo remetido ao Museu Paulista um importante material desta localidade, assim como de sua terra natal (Pinto 1952). Godoy foi diretor da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto” entre 1916 e 1924 e ministrou várias disciplinas, tendo tra-balhado com ilustres botânicos, tais como Wilhelm Schwacke e Leônidas Damazio Botelho, com os quais montou importantes herbários (V.V. de Godoy 2012, com. pess.). Consta que Godoy tinha uma oficina de taxider-mia em sua própria residência e, junto de um auxiliar, preparava material para as coleções da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto” e de outras ins-tituições (V.V. de Godoy 2012, com. pess.). Faleceu em Ouro Preto no dia 20 de fevereiro de 1939, deixando sua esposa, D. Carolina Novaes, e 14 filhos (V.V. de Godoy 2012, com. pess.).

Vasconcelos, M.F., C. Cienfuegos & L. Palú (2006) Registros reprodutivos do jacuaçu Penelope obscura Temminck, 1815 (Aves: Cracidae) na porção meridional da Cadeia do Espinhaço, Minas Gerais, Brasil. Lundiana 7(2): 145-148.

Zorzin, G., C.E.A. Carvalho, E.P.M. Carvalho-Filho & M. Canuto (2006) Novos registros de Falconiformes raros e ameaçados para o estado de Minas Ge-rais. Revista Brasileira de Ornitologia 14(4): 417-421.

1 Museu de Ciências Naturais, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Avenida Dom José Gaspar, 290,

Coração Eucarístico, 30535-901, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. E-mail: [email protected]

2Anthropological Institute and Museum, University of Zürich - Irchel, Winterthurerstrasse 190, 8057, Zürich,

Suíça. E-mail: [email protected]ório de Biologia Animal, Universidade

Federal de Viçosa, Campus Florestal, Rodovia LMG-818, km 6, 35690-000, Florestal, Minas Gerais, Brasil.

E-mail: [email protected]

Figura 6. O Professor Jacinto Bruno de Godoy (1866-1939) em excursão de campo. Fonte: Acervo Victor Vieira de Godoy.

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Família TinamidaeTinamus solitarius (Vieillot, 1819) – macuco – 1 exemplarNúmero de tombo: MPh 05.080 (Figura 7)Marcas e inscrições: FFB/L/1457/12Etiqueta original: Não consta.Etiqueta Escola de Pharmacia: Não consta.Etiqueta Museu de Zoologia: Não consta.Comentários: Embora este exemplar não mais apresente nenhu-ma rotulagem, é provável que seja oriundo da região de Mariana. Sua presença na região próxima ao município de Mariana (Serra do Caraça) é confirmada por antigos caçadores (J.C. Rocha 1998, com. pess.), havendo um possível registro recente efetuado na Serra da Gandarela (G.B. Malacco 2008, com. pess.). Se con-firmada a origem deste exemplar, este seria o primeiro espéci-me da região do Quadrilátero Ferrífero. Este táxon sofre com as constantes pressões às quais é exposto, especialmente a perda de hábitat e a caça, que tem provocado declínio em suas populações, levando-o a ser classificado como “em perigo” de extinção em Minas Gerais (COPAM 2010).

Crypturellus obsoletus (Temminck, 1815) – inhambuguaçu – 1 exemplarNúmero de tombo: MPh 05.072 (Figura 8)Marcas e inscrições: FFB/L/1457/22Etiqueta original: Fam. Tinamida / Crypturus obsoletus / Inam-bú-guassú / Marianna.

Etiqueta Escola de Pharmacia: Não consta.Etiqueta Museu de Zoologia: Classe: Aves / Ordem: Galináceos / Família: Tinamida / Gênero e espécie: Crypturus obsoletus / Nome vulgar: Inhambú-açú.Comentários: Esta espécie ainda é abundante nas matas da região de Mariana, assim como em todo o Quadrilátero Ferrífero, apre-sentando registros recentes publicados para a região (Vasconcelos & Melo-Júnior 2001, Faria et al. 2006, Ferreira et al. 2009, Lopes et al. 2012) e dois exemplares testemunho adicionais, obtidos na Serra do Caraça (Riacho do Pacheco) entre 3 e 4 de outubro de 1974, depositados na Coleção Ornitológica do Departamento de Zoologia da Universidade Federal de Minas Gerais (DZUFMG 358-359).

Crypturellus parvirostris (Wagler, 1827) – inhambu-chororó – 1 exemplarNúmero de tombo: MPh 05.043 (Figura 9)Marcas e inscrições: FFB/L/1457/09Etiqueta original: Fam. Tinamida / Crypturus parvirostris / Inam-bú chororó / Marianna.Etiqueta Escola de Pharmacia: Não consta.Etiqueta Museu de Zoologia: Classe: Aves / Ordem: Galináceos /

Apêndice III – Catálogo dos exemplares da coleção de aves da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”As informações contidas nas etiquetas foram reproduzidas na íntegra, respeitando-se a grafia original da época e mesmo eventuais

erros de ortografia ou de identificação.

Figura 7. Exemplar de Tinamus solitarius (MPh 05.080) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.

Figura 8. Exemplar de Crypturellus obsoletus (MPh 05.072) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.

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Família: Tinamida / Gênero e espécie: Crypturus parvivostri [sic] / Nome vulgar: Inhambú chororó.Comentários: Embora o Quadrilátero Ferrífero seja representado por zonas de transição entre a Mata Atlântica e o Cerrado, com a ocorrência natural de fisionomias campestres, é possível que C. parvirostris seja uma espécie invasora do Cerrado em Mariana. O espécime atesta sua existência pretérita neste município, onde a devastação da Mata Atlântica data da colonização ligada ao ciclo do ouro (Saint-Hilaire 1975).

Família CracidaePenelope obscura Temminck, 1815 – jacuaçu – 1 exemplarNúmero de tombo: MPh 05.085 (Figura 10)Marcas e inscrições: FFB/L/1457/10Etiqueta original: Rasgada: Fam... / Pen...Etiqueta Escola de Pharmacia: Não consta.Etiqueta Museu de Zoologia: Não consta.Comentários: Espécie ainda muito comum nas matas do Quadri-látero Ferrífero, com recentes registros publicados (Vasconcelos & Melo-Júnior 2001, Faria et al. 2006, Vasconcelos et al. 2006, Lopes et al. 2012) e espécimes testemunhos adicionais desta re-gião depositados nas Coleções Ornitológicas do Departamento de Zoologia da Universidade Federal de Minas Gerais (DZU-FMG 3701, 5596 [Serra do Caraça], DZUFMG 4468 [Fazenda Bocaina, Distrito de Brumal], 6180 [Itatiaiuçu]) e do Museu de Ciências Naturais da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (MCNA 1424 [Mina de Fábrica Nova, Mariana]). Preen-chimento de algodão.

Família OdontophoridaeOdontophorus capueira (Spix, 1825) – uru – 1 exemplarNúmero de tombo: MPh 05.068 (Figura 11)Marcas e inscrições: FFB/L/1457/27; FFB/L/1457/28Etiqueta original: Odontophorus capueira / MariannaEtiqueta Escola de Pharmacia: Não consta.Etiqueta Museu de Zoologia: Não consta.Comentários: Espécie muito rara na região do Quadrilátero Ferrí-fero, possivelmente devido à caça (J.C. Rocha 1998, com. pess.),

Figura 9. Exemplar de Crypturellus parvirostris (MPh 05.043) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.

Figura 10. Exemplar de Penelope obscura (MPh 05.085) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.

Figura 11. Exemplar de Odontophorus capueira (MPh 05.068) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.

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o que certamente levou suas populações a serem classificadas como “em perigo” de extinção em Minas Gerais (COPAM 2010). Contudo, ainda ocorre na Serra do Caraça em baixa abundância (Vasconcelos 1999, Vasconcelos & Melo-Júnior 2001). A etique-ta original deste exemplar estava intacta até 2010, mas, com a mudança do acervo para o porão, a mesma rasgou, perdendo par-te de suas informações.

Família CiconiidaeJabiru mycteria (Lichtenstein, 1819) – tuiuiú – 1 exemplarNúmero de tombo: MPh 05.028 (Figura 12)Marcas e inscrições: Não consta.Etiqueta original: Não consta.Etiqueta Escola de Pharmacia: Não consta.Etiqueta Museu de Zoologia: Não consta.Comentários: Apesar desta espécie não ser uma presença cons-tante na região, não é possível descartar que este espécime tenha sido obtido em Mariana ou imediações, uma vez que existe um registro acidental, documentado por fotografia, para o municí-pio (Andrade & Andrade-Greco 2000). Esse táxon é considerado “em perigo” de extinção em Minas Gerais (COPAM 2010). Pre-enchimento de palha.

Família ArdeidaeNycticorax nycticorax (Linnaeus, 1758) – savacu – 1 exemplarNúmero de tombo: MPh 05.083 (Figura 13)Marcas e inscrições: FFB/L/1457/32Etiqueta original: Não consta.Etiqueta Escola de Pharmacia: Não consta.Etiqueta Museu de Zoologia: Não consta.

Butorides striata (Linnaeus, 1758) – socozinho – 1 exemplarNúmero de tombo: MPh 05.046 (Figura 14)Marcas e inscrições: FFB/L/1457/46Etiqueta original: Paludicola / Ardea virescens L. / Socó peq. /

Figura 12. Exemplar de Jabiru mycteria (MPh 05.028) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.

Figura 13. Exemplar de Nycticorax nycticorax (MPh 05.083) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.

Figura 14. Exemplar de Butorides striata (MPh 05.046) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.

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Marianna.Etiqueta Escola de Pharmacia: Não consta.Etiqueta Museu de Zoologia: Classe: Aves / Ordem: Raliformes [sic] / Família: Pernaltas / Gênero ou espécie: Aramides caye-mensis [sic] / Nome vulgar: saracura.

Família AccipitridaeRupornis magnirostris (Gmelin, 1788) – gavião-carijó – 1 exemplarNúmero de tombo: MPh 05.077 (Figura 15)Marcas e inscrições: FFB/L/1457/37Etiqueta original: Não consta.Etiqueta Escola de Pharmacia: Não consta.Etiqueta Museu de Zoologia: Não consta.

Parabuteo leucorrhous (Quoy & Gaimard, 1824) – gavião-de--sobre-branco – 1 exemplarNúmero de tombo: MPh 05.044 (Figura 16)Marcas e inscrições: FFB/L/1457/30Etiqueta original: Não consta.Etiqueta Escola de Pharmacia: Não consta.Etiqueta Museu de Zoologia: Não consta.Comentários: Embora este espécime encontre-se destituído de sua etiqueta original, é bem conhecida a coleta de um espéci-me em Mariana por J. B. Godoy em 1906, (MZUSP 6060; Pin-to 1952). Portanto, é provável que este exemplar também seja oriundo deste município, assim como todos os outros do acervo

da “Escola de Pharmacia” que não apresentam localidade anota-da em suas etiquetas originais. Atualmente, P. leucorrhous não tem mais sido registrado no Quadrilátero Ferrífero (Vasconcelos & Melo-Júnior 2001, Faria et al. 2006, Vasconcelos 2007, Fer-reira et al. 2009, Lopes et al. 2012) e, em Minas Gerais, seus registros estão concentrados no extremo sudeste do estado, nas Serras da Mantiqueira e do Caparaó (Bauer 1999, Vasconcelos & D’Angelo-Neto 2009).

Spizaetus tyrannus (Wied, 1820) – gavião-pega-macaco – 1 exemplarNúmero de tombo: MPh 05.088 (Figura 17)Marcas e inscrições: Não consta.Etiqueta original: Accipitres / Spizaetus tyrannus / Nhapacanim preto / Marianna.Etiqueta Escola de Pharmacia: Não consta.Etiqueta Museu de Zoologia: Classe: Aves / Ordem: Falconifor-mes / Família: Falconidae / Gênero e espécie: Spizaetus tyrannus / Nome vulgar: Gavião-real; Gavião-de-penacho; Apacanim.Comentários: Esta espécie ainda é registrada no Quadrilátero Ferrífero (Zorzin et al. 2006, Salvador-Jr. et al. 2011, M.F.V., obs. pess.). No entanto, este parece ser o único exemplar coletado em toda a região. Ademais, esta espécie encontra-se “em perigo” de extinção em Minas Gerais (COPAM 2010). Preenchimento de algodão.

Família RallidaePardirallus nigricans (Vieillot, 1819) – saracura-sanã – 1 exemplarNúmero de tombo: MPh 05.050 (Figura 18)Marcas e inscrições: FFB/L/1457/15Etiqueta original: Preparador José Pinto da Fonseca / Marianna.

Figura 17. Exemplar de Spizaetus tyrannus (MPh 05.088) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.

Figura 15. Exemplar de Rupornis magnirostris (MPh 05.077) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.

Figura 16. Exemplar de Parabuteo leucorrhous (MPh 05.044) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.

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Etiqueta Escola de Pharmacia: Não consta.Etiqueta Museu de Zoologia: Não consta.

Porphyrio martinica (Linnaeus, 1766) – frango-d’água-azul – 2 exemplaresNúmero de tombo: MPh 05.013 (Figura 19)Marcas e inscrições: FFB/L/1457/01Etiqueta original: Não consta.Etiqueta Escola de Pharmacia: Não consta.Etiqueta Museu de Zoologia: Classe: Aves / Ordem: Gruiformes / Família: Ralídeos / Gênero ou espécie: Galinula [sic] chloropus / Nome vulgar: Frango d’água.

Número de tombo: MPh 05.045Marcas e inscrições: FFB/L/1457/38Etiqueta original: Rasgada: Fam. Ra... / Porphyr... ...nica / Fran-go / Marian...Etiqueta Escola de Pharmacia: Não consta.Etiqueta Museu de Zoologia: Classe: Aves / Ordem: Gruiformes / Família: Ralídeos / Gênero e espécie: Parphynola [sic] martinica / Nome vulgar: Frango d’água.

Família ScolopacidaeGallinago undulata (Boddaert, 1783) – narcejão – 1 exemplarNúmero de tombo: MPh 05.052 (Figura 20)Marcas e inscrições: FFB/L/1457/14Etiqueta original: Não consta.Etiqueta Escola de Pharmacia: Não consta.Etiqueta Museu de Zoologia: Não consta.Comentários: Ainda relativamente comum em áreas brejosas do Quadrilátero Ferrífero, especialmente na base da Serra do Cara-ça (M.F.V., obs. pess.). Caso este exemplar seja procedente de Mariana, possivelmente representa o primeiro registro com base em espécime para a região. Preenchimento de algodão e tecido (pano).

Família ColumbidaePatagioenas cayennensis (Bonnaterre, 1792) – pomba-galega – 1 exemplarNúmero de tombo: MPh 05.042 (Figura 21)Marcas e inscrições: FFB/L/1457/11Etiqueta original: Fam. Columbida / Columba rufina / Pomba tro-caz / Marianna.Etiqueta Escola de Pharmacia: Não consta.Etiqueta Museu de Zoologia: Não consta.

Figura 20. Exemplar de Gallinago undulata (MPh 05.052) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.Figura 19. Exemplar de Porphyrio martinica (MPh 05.013) do Museu

da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.

Figura 18. Exemplar de Pardirallus nigricans (MPh 05.050) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.

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Patagioenas plumbea (Vieillot, 1818) – pomba-amargosa – 1 exemplarNúmero de tombo: MPh 05.070 (Figura 22)Marcas e inscrições: FFB/L/1457/05Etiqueta original: Não consta.Etiqueta Escola de Pharmacia: Não consta.Etiqueta Museu de Zoologia: Não consta.Comentários: Espécie florestal registrada em diversos estudos recentes realizados no Quadrilátero Ferrífero (Vasconcelos & Melo-Júnior 2001, Faria et al. 2006, Vasconcelos 2007, Ferreira et al. 2009, Lopes et al. 2012) e abundante localmente na Serra do Caraça, onde sofre alta mortalidade devido a choques contra vidraças (Santos et al. 2013), sendo grande parte deste material aproveitada e depositada nas Coleções Ornitológicas do Depar-tamento de Zoologia da Universidade Federal de Minas Gerais (DZUFMG 4797) e, principalmente, do Museu de Ciências Naturais da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (MCNA 1331, 1341-1345, 1477-1482, 1528-1529, 1916, 2423,

2516, 2697, 2907). Material testemunho adicional do Quadriláte-ro Ferrífero em ambas as coleções supracitadas: DZUFMG 6708 (Itatiaiuçu); MCNA 1484 (Fazenda Bocaina, Distrito de Brumal), 3078 (Rio Acima).

Zenaida auriculata (Des Murs, 1847) – pomba-de-bando – 1 exemplarNúmero de tombo: MPh 05.059 (Figura 23)Marcas e inscrições: FFB/L/1457/36Etiqueta original: Não consta.Etiqueta Escola de Pharmacia: Não consta.Etiqueta Museu de Zoologia: Classe: Aves / Ordem: Columbi-formes / Família: Columbídeos / Gênero e espécie: Chamoepelia talpacoti / Nome vulgar: Pomba rolinha.Comentários: Espécie rara na região do Quadrilátero Ferrífero, com registro publicado apenas na Serra Azul (Lopes et al. 2012).

Família CuculidaePiaya cayana (Linnaeus, 1766) – alma-de-gato – 1 exemplarNúmero de tombo: MPh 05.071 (Figura 24)Marcas e inscrições: FFB/L/1457/6

Figura 24. Exemplar de Piaya cayana (MPh 05.071) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.

Figura 23. Exemplar de Zenaida auriculata (MPh 05.059) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.

Figura 22. Exemplar de Patagioenas plumbea (MPh 05.070) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.

Figura 21. Exemplar de Patagioenas cayennensis (MPh 05.042) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.

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Etiqueta original: Rasgada.Etiqueta Escola de Pharmacia: Não consta.Etiqueta Museu de Zoologia: Não consta.

Guira guira (Gmelin, 1788) – anu-branco – 1 exemplarNúmero de tombo: MPh 05.018 (Figura 25)Marcas e inscrições: Não consta.Etiqueta original: Não consta.Etiqueta Escola de Pharmacia: Não consta.Etiqueta Museu de Zoologia: Classe: Aves / Ordem: Piciformes / Família: Cuculido / Gênero e espécie: Lynira [sic] guira / Nome vulgar: Anum branco.

Tapera naevia (Linnaeus, 1766) – saci – 1 exemplarNúmero de tombo: MPh 05.040 (Figura 26)Marcas e inscrições: FFB/L/1457/11Etiqueta original: Cuculida / Diplopterus naevius L. / Sacy / Marianna.

Etiqueta Escola de Pharmacia: Não consta.Etiqueta Museu de Zoologia: Classe: / Ordem: Passeriformes / Família: Caculida [sic] / Gênero e espécie: Tapera naevia Crochi / Diplopterus navius [sic] / Nome vulgar: Saci.

Família TytonidaeTyto furcata (Temminck, 1827) – coruja-da-igreja – 1 exem-plarNúmero de tombo: MPh 05.060 (Figura 27)Marcas e inscrições: FFB/L/1457/26Etiqueta original: Não consta.Etiqueta Escola de Pharmacia: Não consta.Etiqueta Museu de Zoologia: Não consta.Comentários: Preenchimento de palha.

Família StrigidaePulsatrix koeniswaldiana (Bertoni & Bertoni, 1901) – muru-cututu-de-barriga-amarela – 1 exemplarNúmero de tombo: MPh 05.082 (Figura 28)Marcas e inscrições: FFB/L/1457/27Etiqueta original: Não consta.Etiqueta Escola de Pharmacia: Não consta.Etiqueta Museu de Zoologia: Não consta.Comentários: Espécie ainda encontrada em fragmentos florestais do Quadrilátero Ferrífero (Vasconcelos 2001, Lopes et al. 2012), com um exemplar testemunho adicional desta região oriundo da Serra Azul, Mateus Leme (DZUFMG 6773).

Figura 27. Exemplar de Tyto furcata (MPh 05.060) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.

Figura 26. Exemplar de Tapera naevia (MPh 05.040) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.

Figura 25. Exemplar de Guira guira (MPh 05.018) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.

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Athene cunicularia (Molina, 1782) – coruja-buraqueira– 1 exemplarNúmero de tombo: MPh 05.065 (Figura 29)Marcas e inscrições: FFB/L/1457/24Etiqueta original: Não consta.Etiqueta Escola de Pharmacia: Não consta.Etiqueta Museu de Zoologia: Não consta.

Família ApodidaeStreptoprocne zonaris (Shaw, 1796) – taperuçu-de-coleira--branca – 1 exemplarNúmero de tombo: MPh 05.056 (Figura 30)Marcas e inscrições: FFB/L/1457/40Etiqueta original: Rasgada: Fam. Cyp... / Chaetura zon... / (S... / Taperussú / Marianna.

Etiqueta Escola de Pharmacia: Não consta.Etiqueta Museu de Zoologia: Não consta.

Família TrochilidaePhaethornis pretrei (Lesson & Delattre, 1839) – rabo-branco--acanelado – 1 exemplarNúmero de tombo: MPh 05.062 (Figura 31)Marcas e inscrições: FFB/L/1457/41

Figura 31. Exemplar de Phaethornis pretrei (MPh 05.062) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.

Figura 30. Exemplar de Streptoprocne zonaris (MPh 05.056) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.

Figura 29. Exemplar de Athene cunicularia (MPh 05.065) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.

Figura 28. Exemplar de Pulsatrix koeniswaldiana (MPh 05.082) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.

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Etiqueta original: Não consta.Etiqueta Escola de Pharmacia: Não consta.Etiqueta Museu de Zoologia: Não consta.Comentários: Montagem em mesmo suporte de dois exempla-res de Eupetomena macroura, um de Colibri serrirostris, um de Leucochloris albicollis e um de Amazilia versicolor com mesma numeração.

Eupetomena macroura (Gmelin, 1788) – beija-flor-tesoura – 2 exemplaresNúmero de tombo: MPh 05.062 (Figura 32)Marcas e inscrições: FFB/L/1457/41Etiqueta original: Não consta.Etiqueta Escola de Pharmacia: Não consta.Etiqueta Museu de Zoologia: Não consta.Comentários: Montagem em mesmo suporte de um exemplar de Phaethornis pretrei, outro de Eupetomena macroura, um de Co-libri serrirostris, um de Leucochloris albicollis e um de Amazilia versicolor com mesma numeração.

Número de tombo: MPh 05.062Marcas e inscrições: FFB/L/1457/41Etiqueta original: Não consta.Etiqueta Escola de Pharmacia: Não consta.Etiqueta Museu de Zoologia: Não consta.Comentários: Montagem em mesmo suporte de um exemplar de Phaethornis pretrei, outro de Eupetomena macroura, um de Co-libri serrirostris, um de Leucochloris albicollis e um de Amazilia versicolor com mesma numeração.

Colibri serrirostris (Vieillot, 1816) – beija-flor-de-orelha-vio-leta – 1 exemplarNúmero de tombo: MPh 05.062 (Figura 33)Marcas e inscrições: FFB/L/1457/41Etiqueta original: Não consta.Etiqueta Escola de Pharmacia: Não consta.Etiqueta Museu de Zoologia: Não consta.Comentários: Montagem em mesmo suporte de um exemplar de Phaethornis pretrei, dois de Eupetomena macroura, um de Leucochloris albicollis e um de Amazilia versicolor com mesma numeração.

Leucochloris albicollis (Vieillot, 1818) – beija-flor-de-papo--branco – 2 exemplaresNúmero de tombo: MPh 05.062 (Figura 34)Marcas e inscrições: FFB/L/1457/41Etiqueta original: Não consta.Etiqueta Escola de Pharmacia: Não consta.Etiqueta Museu de Zoologia: Não consta.Comentários: Montagem em mesmo suporte de um exemplar de Phaethornis pretrei, dois de Eupetomena macroura, um de Colibri serrirostris e um de Amazilia versicolor com mesma numeração.

Figura 34. Exemplar de Leucochloris albicollis (MPh 05.062) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.

Figura 33. Exemplar de Colibri serrirostris (MPh 05.062) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.

Figura 32. Exemplar de Eupetomena macroura (MPh 05.062) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.

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Número de tombo: MPh 05.073 (Figura 35)Marcas e inscrições: FFB/L/1457/13Etiqueta original: Não consta.Etiqueta Escola de Pharmacia: Não consta.Etiqueta Museu de Zoologia: Não consta.Comentários: Montagem em mesmo suporte de um exemplar de Augastes scutatus com mesma numeração.

Amazilia versicolor (Vieillot, 1818) – beija-flor-de-banda--branca – 1 exemplarNúmero de tombo: MPh 05.062 (Figura 36)Marcas e inscrições: FFB/L/1457/41Etiqueta original: Não consta.Etiqueta Escola de Pharmacia: Não consta.Etiqueta Museu de Zoologia: Não consta.Comentários: Montagem em mesmo suporte de um exemplar de Phaethornis pretrei, dois de Eupetomena macroura, um de Colibri serrirostris e um de Leucochloris albicollis com mesma numeração.

Augastes scutatus (Temminck, 1824) – beija-flor-de-gravata--verde – 1 exemplarNúmero de tombo: MPh 05.073 (Figura 37)Marcas e inscrições: FFB/L/1457/13Etiqueta original: Não consta.Etiqueta Escola de Pharmacia: Não consta.Etiqueta Museu de Zoologia: Não consta.Comentários: Montagem em mesmo suporte de um exemplar de Leucochloris albicollis com mesma numeração. Apesar de não encontrada qualquer etiqueta com localidade de coleta, é muito provável que este exemplar, representante de uma espécie endê-mica da porção centro-meridional da Cadeia do Espinhaço, tenha sido coletado na região de Mariana, assim como todos os outros do acervo que ainda possuem procedência, uma vez que a espécie é conhecida na região (Vasconcelos 2008, Vasconcelos & Rodri-gues 2010).

Família TrogonidaeTrogon surrucura Vieillot, 1817 – surucuá-variado – 2 exem-plaresNúmero de tombo: MPh. 05.049 (Figura 38)Marcas e inscrições: Não consta.Etiqueta original: Não consta.

Figura 38. Exemplar de Trogon surrucura (MPh. 05.049) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.

Figura 37. Exemplar de Augastes scutatus (MPh 05.073) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.

Figura 36. Exemplar de Amazilia versicolor (MPh 05.062) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.

Figura 35. Exemplar de Leucochloris albicollis (MPh 05.073) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.

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Etiqueta Escola de Pharmacia: Não consta.Etiqueta Museu de Zoologia: Não consta.Comentários: Subespécie T. s. aurantius, a forma conhecida na região do Quadrilátero Ferrífero (Vasconcelos & Melo-Júnior 2001, M.F.V., obs. pess.). Preenchimento de algodão e resina.

Número de tombo: MPh 05.051 (Figura 39)Marcas e inscrições: FFB/L/1457/31Etiqueta original: Fam. Trogonida / Trogon viridis L. / Surucuá amarello / Marianna.Etiqueta Escola de Pharmacia: Familia Trogonida / Trogon vi-ridis / Nome vulgar / Marianna / Gabinete de Historia Natural.Etiqueta Museu de Zoologia: Não consta.Comentários: Subespécie T. s. aurantius.

Família MomotidaeBaryphthengus ruficapillus (Vieillot, 1818) – juruva-verde – 1 exemplarNúmero de tombo: MPh 05.038 (Figura 40)Marcas e inscrições: FFB/L/1457/19Etiqueta original: Prep. José Pinto da Fonseca / Marianna.Etiqueta Escola de Pharmacia: Não consta.Etiqueta Museu de Zoologia: Não consta.Comentários: A etiqueta original com nome do preparador e da localidade de coleta estava anexa ao exemplar até 2006, não sen-do mais encontrada na última visita ao acervo, em 2012.

Família BucconidaeMalacoptila striata (Spix, 1824) – barbudo-rajado – 1 exem-plarNúmero de tombo: MPh 05.057 (Figura 41)Marcas e inscrições: FFB/L/1457/34Etiqueta original: Não consta.Etiqueta Escola de Pharmacia: Sub. Ord. Clamatores / Familia Bucconida / Genero Malacoptila torquata Hahn & Küst / Nome vulgar João barbudo / Marianna.Etiqueta Museu de Zoologia: Não consta.Comentários: Montagem em mesmo suporte de um exemplar de Sporophila angolensis com mesma numeração.

Figura 41. Exemplar de Malacoptila striata (MPh 05.057) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.

Figura 40. Exemplar de Baryphthengus ruficapillus (MPh 05.038) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.

Figura 39. Exemplar de Trogon surrucura (MPh. 05.051) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.

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Família PicidaeColaptes campestris (Vieillot, 1818) – pica-pau-do-campo – 1 exemplarNúmero de tombo: MPh 05.081 (Figura 42)Marcas e inscrições: FFB/L/1457/20Etiqueta original: Não consta.Etiqueta Escola de Pharmacia: Não consta.Etiqueta Museu de Zoologia: Não consta.

Dryocopus lineatus (Linnaeus, 1766) – pica-pau-de-banda--branca – 1 exemplarNúmero de tombo: MPh 05.079 (Figura 43)Marcas e inscrições: FFB/L/1457/23Etiqueta original: Não consta.Etiqueta Escola de Pharmacia: Não consta.Etiqueta Museu de Zoologia: Não consta.

Família FalconidaeMilvago chimachima (Vieillot, 1816) – carrapateiro – 1 exem-plarNúmero de tombo: MPh 05.067 (Figura 44)Marcas e inscrições: FFB/L/1457/08Etiqueta original: Não consta.Etiqueta Escola de Pharmacia: Não consta.Etiqueta Museu de Zoologia: Não consta.

Micrastur ruficollis (Vieillot, 1817) – falcão-caburé – 1 exem-plarNúmero de tombo: MPh 05.053 (Figura 45)Marcas e inscrições: FFB/L/1457/42Etiqueta original: Não consta.Etiqueta Escola de Pharmacia: Não consta.Etiqueta Museu de Zoologia: Não consta.Comentários: Espécie rara no Quadrilátero Ferrífero, com ape-nas um registro auditivo (gravado) na vertente Sul da Serra do Caraça, nas proximidades da Mina de Alegria, Mariana (M.F.V., obs. pess.).

Figura 44. Exemplar de Milvago chimachima (MPh 05.067) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.

Figura 43. Exemplar de Dryocopus lineatus (MPh 05.079) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.

Figura 42. Exemplar de Colaptes campestris (MPh 05.081) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.

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Falco rufigularis Daudin, 1800 – cauré – 1 exemplarNúmero de tombo: MPh 05.066 (Figura 46)Marcas e inscrições: FFB/L/1457/35

Etiqueta original: Não consta.Etiqueta Escola de Pharmacia: Familia Falconida / Genero Falco albigularis (Daud.) / N. vulg. Colleirinho / Marianna / Gabinete de Historia Natural.Etiqueta Museu de Zoologia: Não consta.Comentários: Até o ano de 2010, a etiqueta da “Escola de Phar-macia” ainda estava anexada ao exemplar, tendo sido perdida após a mudança para o porão do prédio, em 2012. A espécie ain-da apresenta registros na adjacente Serra do Caraça (M.F.V., obs. pess.).

Família PsittacidaePionopsitta pileata (Scopoli, 1769) – cuiú-cuiú – 1 exemplarNúmero de tombo: MPh 05.019 (Figura 47)Marcas e inscrições: FFB/L/1457/21; FFBOP/07/611/D/8858Etiqueta original: Não consta.Etiqueta Escola de Pharmacia: Não consta.Etiqueta Museu de Zoologia: Não consta.Comentários: Não há registros desta espécie para Mariana, nem em qualquer localidade do Quadrilátero Ferrífero. Os registros mais próximos são provenientes do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro (Simon et al. 1999). Sabe-se que J. Pinto da Fonse-ca residiu em Lorena (Martins 1982), nas adjacências da Serra da Mantiqueira, onde a espécie ainda é abundante (M.F.V., obs. pess.). Entretanto, este autor viveu na região até seus 16 anos, quando possivelmente ainda não dominava a arte da taxidermia. Assim, na ausência de quaisquer etiquetas, é impossível inferir sobre a procedência deste exemplar. Caso as cadernetas de ta-xidermia ou livros de tombo sejam encontrados na “Escola de Pharmacia” e este espécime seja realmente oriundo de Mariana, ele representará o primeiro registro para o Quadrilátero Ferrífe-ro, assim como para a Cadeia do Espinhaço. Ressalta-se que, no estado de Minas Gerais, a espécie é considerada “em perigo” de extinção (COPAM 2010).

Família FurnariidaeFurnarius rufus (Gmelin, 1788) – joão-de-barro – 1 exemplarNúmero de tombo: MPh 05.055 (Figura 48)Marcas e inscrições: FFB/L/1457/29Etiqueta original: Não consta.Etiqueta Escola de Pharmacia: Não consta.Etiqueta Museu de Zoologia: Não consta.Comentários: Preenchimento de algodão.

Figura 47. Exemplar de Pionopsitta pileata (MPh 05.019) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.

Figura 46. Exemplar de Falco rufigularis (MPh 05.066) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.

Figura 45. Exemplar de Micrastur ruficollis (MPh 05.053) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.

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Família PipridaeChiroxiphia caudata (Shaw & Nodder, 1793) – tangará – 1 exemplarNúmero de tombo: MPh 05.058 (Figura 49)Marcas e inscrições: FFB/L/1457/45Etiqueta original: Fam. Piprida / Chiroxiphia caudata (Shaw.) / Tangará / Marianna.

Etiqueta Escola de Pharmacia: Familia Piprida / Genero Chiroxi-phia caudata (Shaw) /Nome vulg. Tangará / Marianna / Gabinete de Historia Natural.Etiqueta Museu de Zoologia: Não consta.

Família TityridaeTityra cayana (Linnaeus, 1766) – anambé-branco-de-rabo--preto – 1 exemplarNúmero de tombo: MPh 05.047 (Figura 50)Marcas e inscrições: Não consta.Etiqueta original: Não consta.Etiqueta Escola de Pharmacia: Não consta.Etiqueta Museu de Zoologia: Não consta.Comentários: Preenchimento de algodão.

Família CotingidaePyroderus scutatus (Shaw, 1792) – pavó – 1 exemplarNúmero de tombo: MPh 05.014 (Figura 51)Marcas e inscrições: FFB/L/1457/08Etiqueta original: Não consta.Etiqueta Escola de Pharmacia: Não consta.Etiqueta Museu de Zoologia: Classe: Aves / Ordem: Goracifor-mes [sic] / Família: Picideos / Gênero ou espécie: Pyroderus scu-tatus / Nome vulgar: Pavô e Pavão-da-mata.Comentários: Apesar de não encontrada a etiqueta original, a es-pécie ainda ocorre em fragmentos florestais da região de Mariana, assim como em outras áreas do Quadrilátero Ferrífero (Vascon-celos & Melo-Júnior 2001, Faria et al. 2006, M.F.V., obs. pess.).

Figura 50. Exemplar de Tityra cayana (MPh 05.047) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.

Figura 49. Exemplar de Chiroxiphia caudata (MPh 05.058) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.

Figura 48. Exemplar de Furnarius rufus (MPh 05.055) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.

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Phibalura flavirostris Vieillot, 1816 – tesourinha-da-mata – 1 exemplarNúmero de tombo: MPh 05.041 (Figura 52)Marcas e inscrições: FFB/L/1457/03Etiqueta original: Não consta.Etiqueta Escola de Pharmacia: Não consta.Etiqueta Museu de Zoologia: Não consta.Comentários: Embora a etiqueta original contendo informações sobre a localidade de coleta não tenha sido encontrada, P. flavi-rostris ainda ocorre na região de Mariana e em outras áreas do Quadrilátero Ferrífero (Melo-Júnior 1996, Andrade 1998, Vas-concelos & Melo-Júnior 2001, Peixoto et al. 2013).

Família TyrannidaeMegarynchus pitangua (Linnaeus, 1766) – neinei – 1 exemplarNúmero de tombo: MPh 05.069 (Figura 53)Marcas e inscrições: Não consta.Etiqueta original: Não consta.Etiqueta Escola de Pharmacia: Sub-familia Tyrannina / Genero Megarhynchus pitangua (Sw.) /Nome vulg. Bemteví do Matto / Marianna / Gabinete de Historia Natural.Etiqueta Museu de Zoologia: Não consta.

Família CorvidaeCyanocorax cristatellus (Temminck, 1823) – gralha-do-campo – 1 exemplarNúmero de tombo: MPh 05.054 (Figura 54)Marcas e inscrições: FFB/L/1457/44Etiqueta original: Não consta.Etiqueta Escola de Pharmacia: Não consta.Etiqueta Museu de Zoologia: Não consta.

Família IcteridaePsarocolius decumanus (Pallas, 1769) – japu – 1 exemplar

Figura 55. Exemplar de Psarocolius decumanus (MPh 05.078) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.

Figura 54. Exemplar de Cyanocorax cristatellus (MPh 05.054) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.

Figura 53. Exemplar de Megarynchus pitangua (MPh 05.069) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.

Figura 52. Exemplar de Phibalura flavirostris (MPh 05.041) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.

Figura 51. Exemplar de Pyroderus scutatus (MPh 05.014) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.

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Número de tombo: MPh 05.078 (Figura 55)Marcas e inscrições: FFB/L/1457/02Etiqueta original: Não consta.Etiqueta Escola de Pharmacia: Não consta.Etiqueta Museu de Zoologia: Não consta.

Molothrus bonariensis (Gmelin, 1789) – vira-bosta – 1 exem-plarNúmero de tombo: MPh 05.084 (Figura 56)Marcas e inscrições: FFB/L/1457/33Etiqueta original: Não consta.Etiqueta Escola de Pharmacia: Familia Icterida / Genero Molo-thrus bonariensis (Gm) / Nome vulg. Vira-bosta, gaudério / Ma-rianna / Gabinete de Historia Natural.Etiqueta Museu de Zoologia: Não consta.

Família ThraupidaeCissopis leverianus (Gmelin, 1788) – tietinga – 1 exemplarNúmero de tombo: MPh 05.061 (Figura 57)Marcas e inscrições: FFB/L/1457/06Etiqueta original: Não consta.Etiqueta Escola de Pharmacia: Não consta.Etiqueta Museu de Zoologia: Não consta.

Sporophila angolensis (Linnaeus, 1766) – curió – 1 exemplarNúmero de tombo: MPh 05.057 (Figura 58)Marcas e inscrições: FFB/L/1457/34Etiqueta original: Não consta.Etiqueta Escola de Pharmacia: Não consta.Etiqueta Museu de Zoologia: Não consta.Comentários: Montagem em mesmo suporte de um exemplar de Malacoptila striata com mesma numeração. Preenchimento de algodão.

Figura 58. Exemplar de Sporophila angolensis (MPh 05.057) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.

Figura 57. Exemplar de Cissopis leverianus (MPh 05.061) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.

Figura 56. Exemplar de Molothrus bonariensis (MPh 05.084) do Museu da “Escola de Pharmacia de Ouro Preto”. Foto: F. C. R. Cunha.