"a entre-lugaridade da imagem na cidade do porto" // dad

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DAD_Doutoramento em Arte e Design - Faculdade de Belas Artes - UP // Práticas e Estudos Avançados I_PEA1 // PROFESSOR // Heitor Alvelos // 04.02.2013 // doutorando_Vítor Tavares // Escarpa das Fontaínhas, Porto (13.01.2013 ©) 1. TÍTULO // A entre-lugaridade da imagem na cidade do Porto 2. COMPLEMENTO DO TÍTULO // Investigar como pode a produção omnipresente de imagens digitais na cidade do Porto constituir-se em mapa contributivo e permanentemente interpretável. Subsequentemente, perceber como esse mesmo universo de imagens poderá permitir a regeneração de espaços urbanos da cidade em pousio, por mão dos cidadãos portuenses. // DAD 12.13 // VÍTOR TAVARES // FBAUP //

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DAD_Doutoramento em Arte e Design - Faculdade de Belas Artes - UP // Práticas e Estudos Avançados I_PEA1 //PROFESSOR // Heitor Alvelos //04.02.2013 // doutorando_Vítor Tavares //

Escarpa das Fontaínhas, Porto (13.01.2013 ©)

1. TÍTULO //

A entre-lugaridade da imagem na cidade do Porto2. COMPLEMENTO DO TÍTULO //Investigar como pode a produção omnipresente de imagens digitais na cidade do Porto constituir-se em mapa contributivo e permanentemente interpretável. Subsequentemente, perceber como esse mesmo universo de imagens poderá permitir a regeneração de espaços urbanos da cidade em pousio, por mão dos cidadãos portuenses.

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3. INTRODUÇÃO //

Nesta aventura doutoral, (ainda que numa fase embrionária) pretende-se polarizar a ambiguidade e/ou subjectividade latente/patente na(s) imagem(s) da cidade do Porto com vista a aprofundar o conceito “a entre-lugaridade da imagem” tomando a cidade do Porto enquanto palco dessa investigação. Todavia, o prepósito desta investigação assentará em dois parâmetros essenciais. Por um lado, explorar a semântica da imagem, polarizar a sua ambiguidade e fotogenía. Por outro, procurar resposta(s) para um ‘dilema’ complexo e para já (algo) difícil de decifrar. No entanto, para já, os resultados são optimistas e encorajadores no sentido de desenvolver investigação/conhecimento relevante e comunicável, citando Bruce Archer (1995) “Research is a systematic enquiry whose goal is to communicable knowledge”.

(Porém, no âmbito da investigação em Design, um artigo online muito útil e interessante cita Bryman and Bell (2007), reforçando algumas ideias/pressupostos preponderantes no que concerne “Research Design” o qual segue na íntegra:“A research design provides a framework for the collection and analysis of data”. ere are number of research design are outlined for speci"c research activities. Among those design, there are "ve design are prominent, which are experimental and related, cross-sectional, longitudinal, case study and comparative research. Every design is particularly focused in terms of the research "nding. Experimental research is diverse from business management research, which is more laboratory-based research. Researchers explain that experiment is pure scienti"c research. Another type is survey strategy, which is more adopted with deductive research approach. e survey strategy is more frequent with business and management research as well as particularly use in collection of large volume of data and analysis. Case study is deeper understanding of a particular perspective. According to Robson (2002:178), case study is “a strategy for doing research which involves an empirical investigation of a particular contemporary phenomenon within its real life context using multiple sources of evidence”. e case study research design more associated with explanatory as well as exploratory research. (...)” in - www.ukessays.com/essays/business/)

4. QUESTÃO DE INVESTIGAÇÃO //

Todavia, numa reunião com o professor Heitor em 21.12.12, construiu-se a ‘questão-chave’, ou seja, o ponto de partida deste projecto de investigação a desenvolver no âmbito do DAD.É com base nesta questão que se desonvolve este documento e inclusive (se desenvolveu) o objecto artístico patente no Museu.A questão é a seguinte: como pode a produção omnipresente de imagens digitais na cidade do porto constituir-se em mapa contributivo e em contínua evolução de "cidade mediatizada", permanentemente interpretável? Subsequentemente, como permitir que esse mesmo universo de imagens potencie a regeneração de espaços urbanos em pousio, por mão dos cidadãos?

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5. OBJECTIVOS // CONTRIBUIÇÃO PARA A INVESTIGAÇÃO //

Promover, divulgar e consciencializar os cidadãos portuenses para a importância da recon"guração/regeneração dos espaços urbanos em pousio com vista à sua reabilitação urbana.

Que tipo de projectos ou ideias poderão ser dinamizadores e relevates para regenerar estes espaços urbanos.

Construir um mapa contributivo de imagens digitais da cidade do Porto (em contínua evolução) geradores de uma espécie de “cidade mediatizada” e permanetemente interpretável, potenciando-o (numa primeira fase) através da rede social, facebook.

A profundar/polarizar a ambiguidade da imagem assente numa ideia exploratória do conceito/tema “a entre-lugaridade da imagem na cidade do Porto”.

Indagar/ investigar, mapear e quanti"car os espaços em pousio actualmente existentes na cidade do Porto e possíveis de regenerar ou reabilitar?

Perceber e investigar, no contexto actual de crise (instalada no país), se esta ideia de “regeneração urbana activa” dos espaços em pousio da cidade por mão dos cidadãos será viável ou não, e investigar também até que ponto esta ideia poderá fomentar ou não um contributo activo e voluntário de cidadania.

6. ESTADO DA ARTE, REVISÃO DE LITERATURA //

No contexto do DAD, um artigo muito interessante de Júlio Vaz (1988), não podería ser mais actual, publicado no catálogo da VI Bienal Internacional de Arte de V. N. de Cerveira (exclusivamente dedicada ao Design Grá"co) “DESIGN GRÁFICO’88”, no qual o autor fala da Arte e do Design andam sempre de mãos dadas:“A arte como toda a actividade cujo objectivo é a direcção de emoções estéticas, e se tomarmos por estético tudo quanto permite um condicionamento optimizado da informação(seja ao nível sensorial, seja ao nível perceptivo) virá que “emoção estética” é então um estado de perturbação informal de um sistema sensitivo/perceptivo. indo mais além no texto refere (...) “após a notícia da morte da Arte dada por alguns necrólogos apressados, logo houve quem, numa metáfora escatológica, tentasse ver no recém-denominado Design uma forma parasitária inferior e oportunista, que, pré-existindo embrionariamente no corpo da Arte, tinha agora a#orado à superfície num tenebroso espectáculo de necrofagia... e independentemente das discussões possíveis acerca do que é vida e morte e respectivo ponto de passagem, só uma visão ingenuamente romântica se pode contentar com tal antropomor"smo: a Arte não é uma adolescente loira e desnudada engrinalda de miosótis, nem o Design um velho operário-tipógrafo inglês parente dessas criaturas míticas que vivem em castelos cercados de neblina.Arte e design são processos intelectuais de construção de modelos da realidade, das realidades futuras, prováveis e mesmo improváveis (deve parecer claro que qualquer realidade constituída tem que ter tido uma pré-existência na cabeça (do(s) seu(s) conceptor(s), sendo de resto esta convicção que permite em alguns espírito a presença de um criador por cada obra constatada).

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Pois bem, no meu objecto artístico, enquanto “coisa” exposta para o público observar/ contemplar/ fruir, constitui-se em si mesma uma “coisa artística” e também, “coisa de Design” e, é por isso mesmo que a Arte e o Design andam sempre (pelo menos assim o entendo) de mãos dadas.

Por consequinte, há outro tema (o qual interfere e muito com ambos no contexto actual (socio-económico). A Crise.Será que a Arte, o Design e a Crise andam de mãos dadas? A este respeito Mário Moura (2009) desenvolve um conjunto de escritos muito interessantes sobre o tema “Design em tempos de crise”. Reiterando a ideia de que o mundo, o país está em crise, as cidades estão em crise, os artistas estão em crise, o design também está em crise. Ou, por ventura, como se avalia o sucesso pro"ssional de um designer? Talvez um designer bem sucedido deva poder viver bem do seu salário? Deva ter dois ou mais empregos?

Contudo, um pouco na sequência deste contexto, numa entrevista (fabulosa diga-se), a qual segue abaixo na íntegra, de António Costa no programa “Quadratura do Círculo” da SIC Notícias. Em menos de 3 minutos desmisti"ca esta coisa da Crise “entroikada” no país. “A situação a que chegámos não foi uma situação do acaso. A União Europeia "nanciou durante muitos anos Portugal para Portugal deixar de produzir; não foi só nas pescas, não foi só na agricultura, foi também na indústria, por ex. no têxtil. Nós fomos "nanciados para desmantelar o têxtil porque a Alemanha queria (a Alemanha e os outros países como a Alemanha) queriam que abríssemos os nossos mercados ao têxtil chinês basicamente porque ao abrir os mercados ao têxtil chinês eles exportavam os teares que produziam, para os chineses produzirem o têxtil que nós deixávamos de produzir. E portanto, esta ideia de que em Portugal houve aqui um conjunto de pessoas que resolveram viver dos subsídios e de não trabalhar e que viveram acima das suas possibilidades é uma mentira inaceitável. Nós orientámos os nossos investimentos públicos e privados em função das opções da União Europeia: em função dos fundos comunitários, em função dos subsídios que foram dados e em função do crédito que foi proporcionado. E portanto, houve um comportamento racional dos agentes económicos em função de uma política induzida pela União Europeia. Portanto não é aceitável agora dizer… podemos todos concluir e acho que devemos concluir que errámos, agora eu não aceito que esse erro seja um erro unilateral dos portugueses. Não, esse foi um erro do conjunto da União Europeia e a União Europeia fez essa opção porque a União Europeia entendeu que era altura de acabar com a sua própria indústria e ser simplesmente uma praça "nanceira. E é isso que estamos a pagar!A ideia de que os portugueses são responsáveis pela crise, porque andaram a viver acima das suas possibilidades, é um enorme embuste. Esta mentira só é ultrapassada por uma outra. A de que não há alternativa à austeridade, apresentada como um castigo justo, face a hábitos de consumo exagerados. Colossais fraudes. Nem os portugueses merecem castigo, nem a austeridade é inevitável.Quem viveu muito acima das suas possibilidades nas últimas décadas foi a classe política e os muitos que se alimentaram da enorme manjedoura que é o orçamento do estado. A administração central e local enxameou-se de milhares de "boys", criaram-se institutos inúteis, fundações fraudulentas e empresas municipais fantasma. A este regabofe juntou-se uma epidemia fatal que é a corrupção. Os exemplos sucederam-se. A Expo 98 transformou uma zona degradada numa nova cidade, gerou mais-valias urbanísticas milionárias, mas no "nal deu prejuízo. Foi ainda o Euro 2004, e a compra dos submarinos, com pagamento de luvas e corrupção provada, mas só na Alemanha. E foram as vigarices de Isaltino Morais, que nunca mais é preso. A que se juntam os casos de Duarte Lima, do BPN e do BPP, as parcerias público-privadas 16 e mais um rol interminável de crimes que depauperaram o erário público. Todos estes negócios e privilégios concedidos a um polvo que, com os seus tentáculos, se alimenta do dinheiro do povo têm responsáveis conhecidos. E têm como consequência os sacrifícios por que hoje passamos.Enquanto isto, os portugueses têm vivido muito abaixo do nível médio do europeu, não acima das suas possibilidades. Não devemos pois, enquanto povo, ter remorsos pelo estado das contas públicas. Devemos antes exigir a eliminação dos privilégios que nos arruínam. Há que renegociar as parcerias público--privadas, rever os juros da dívida pública, extinguir organismos... Restaure-se um mínimo de seriedade e poupar-se-ão milhões. Sem penalizar os cidadãos.

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Não é, assim, culpando e castigando o povo pelos erros da sua classe política que se resolve a crise. Resolve-se combatendo as suas causas, o regabofe e a corrupção. Esta sim, é a única alternativa séria à austeridade a que nos querem condenar e ao assalto "scal que se anuncia."

Aby Warburg ‘a imagem’, o ‘princípio da boa vizinhança’, a ‘iconologia do intervalo’ e o ‘ciber-museu’ //

Num texto muito interessante apresentado online (ver bibliogra"a), da autoria de António Guerreiro, sob o título “ Enciclopédia e Hipertexto” - Aby Warburg e os Arquivos da Memória, faz uma apresentação de projecto sucinta e esclarecedora em termos históricos e contextuais de Aby Warburg o qual, aborda alguns conceitos relevantes para o propósito deste objecto de investigação e qual passa-se a citar na íntegra: “Aby Warburg nasceu em 1866, em Hamburgo, e morreu em 1929. Apresentou a sua tese em 1891, em Estrasburgo, sobre ‘O Nascimento de Vénus e A Primavera, de Botticelli’, é o início de um trabalho de investigação de décadas que tem como objecto o tema do Renascimento e a sobrevivência (Nachleben) da Antiguidade. Mas, logo aí Warburg começa a dar-se conta dos limites de uma história de arte “esteticizante” e “formal”, tal como ela resulta de uma abordagem meramente erudita da história dos estilos e da avaliação estética. Fazendo da “imagem” o verdadeiro centro nevrálgico da sua investigação, Warburg tentou compreender o modo como ela é dotada de uma enorme permeabilidade às sedimentações históricas e antropológicas e, portanto, inserida num processo de transmissão da cultura, facto que se mostra cheio de implicações na própria arte viva. Trata-se, assim, de conceber uma complexa temporalidade das imagens (à maneira de Benjamin, ele “escova a história a contra-pêlo”), em que estas, não se reduzindo a um simples documento da história, aparecem dotadas de uma “vida póstuma” e mostram como é possível estabelecer uma ligação entre épocas que a historiogra"a nos habituou a considerar como completamente diferentes. No estudo importantíssimo que fez dos frescos do Palácio Schifanoia, de Ferrara, Warburg mostrou precisamente que há uma ligação entre a Antiguidade, a Idade Média e a época Moderna.Pois, é a partir desta antropologia histórica das imagens que põe em acção um complexo interdisciplinar, uma “ciência sem nome” que aspira a um ideal de unidade da ciência, Warburg aproxima-se progressivamente de uma “ciência universal da cultura” que fornece provas decisivas das “ideias universais”. Assim, a cultura seria um processo de “sobrevivência” (de Nachleben), isto é, de transmissão, recepção e polarização.

É nesta perspectiva que podem ser compreendidos os dois grandes projectos daquele que Walter Benjamin de"niu como um “espírito nobre e notável”, e o Atlas de imagens, o Bilderatlas, a que deu o título Mnemosyne, palavra grega que também tinha sido colocada, numa placa, à entrada da Biblioteca (o que mostra a íntima relação entre ambos). Estes dois projectos constituem uma herança fundamental deixada por Aby Warburg, em termos de conhecimento e de metodologia.Para a sua Biblioteca, Warburg começou a coleccionar livros quando tinha cerca de vinte anos, mas ela só foi fundada em 1902. Foi sobretudo a partir dos primeiros anos do século XX que ela começou a enriquecer-se de maneira sistemática e a ganhar a con"guração de uma biblioteca particular que, no entanto, já começava a ser pensada para ter um uso público.É à sombra desta biblioteca, e dos métodos de Warburg, que nomes tão importantes como Ernst Cassirer e Panofsky, entre outros, desenvolverão uma parte muito importante da sua investigação.Concebida, na sua variedade interdisciplinar, como uma biblioteca de estudos e investigação, a KBW obedecia a um complexo sistema de ordenação que, em si, servia desde logo o programa de Warburg de constituir uma rede de enunciados universais. De facto, Warburg classi"cava os livros, não segundo a ordem alfabética ou aritmética, mas segundo os seus próprios interesses e o seu sistema de pensamento. Aquilo a que ele chamava a lei da “boa vizinhança” era o princípio que estava na base da sua Biblioteca: partir em busca de um livro deveria sempre conduzir a um outro que estava ao lado, que se revelaria mais importante do que aquele que tinha sido o objecto inicial da busca.Quanto ao Atlas de imagens, Mnemosyne, em que Warburg trabalhou nos últimos anos da sua vida, tendo-o apresentado pela primeira vez na Biblioteca Hertziana, em Roma, a 19 de Janeiro de 1929, trata-se de um projecto que "cou incompleto. Quando morreu, em Outubro de 1929, Aby Warburg tinha formado quarenta painéis com mais de mil fotogra"as, cuja função consistia em identi"car quais eram as cadeias da tradição que operam no interior da linguagem ocidental das imagens. O Bilderatlas destinava-

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se, portanto, a reconstruir aquele fundo que Warburg tinha pensado baptizar com o nome de “memória social”. No projecto de Warburg, todo este gigantesco condensador de memória que era o material visual reunido deveria produzir um efeito de conhecimento visual, capaz de “mudar a nossa imagem do mundo numa medida ainda imprevisível”, dispensando o recurso ao texto, às palavras.

Esta breve apresentação de Aby Warburg serve para compreender aquilo que me proponho investigar no âmbito do projecto “Enciclopédia e Hipertexto”. Desde logo, tanto o seu objecto de investigação como a sua metodologia enquadram-se num projecto enciclopédico cuja natureza é preciso de"nir. Outro dos objectivos é o estudo da relação entre a palavra e a imagem, para o qual tanto o Bilderatlas como a Biblioteca Warburg (cada um por si e na relação mútua que estabelecem) oferecem um importante material. É esta relação que pode iluminar a concepção warburgiana de iconologia, para a qual ele reservava o nome de “iconologia do intervalo”.

Por outro lado, as imagens do seu Atlas (tal como os livros na sua Biblioteca), podiam estar sempre a ser alteradas na sua disposição. E, nesse aspecto, elas representam aquilo a que hoje poderíamos chamar um hipertexto visual. Ora, não só é possível relacionar os métodos de investigação de Warburg com os “media” actuais, mas ver também o seu Bilderatlas como o percursor da biblioteca de arte electrónica ou do ciber-museu, tal como a Internet, hoje, nos faculta.”

- Acto performativo — objecto artístico //

A este respeito, o ‘objecto artístico’ patente no Museu da FBAUP (no âmbito da uc PEA1), merece aqui também protagonismo e referência. Pois assume o mesmo título deste documento, “a entre-lugaridade da imagem na cidade do Porto” o qual reitera, por um lado, as ideias que Tacita Dean (n. Kent, 1965) refere a propósito da sua instalação na Sala das Turbinas da Tate Modern, em Londres (2011), "necessito de resistência material às minhas ideias e é isto que mais tenho medo de perder. O meu processo é um trabalho incompreensível e anacrónico, tal como é qualquer processo artístico. (…)", por outro, reforçar a ideia de que “toda obra de arte (no seu campo visual) é aberta porque não comporta apenas uma interpretação”, citando Umberto Eco.

Por consequinte, a ideia com este ‘objecto artístico’ foi a de providenciar ou gerar uma espécie de ‘acto performativo‘ potenciador de múltiplas questões e inquietações no âmbito do tema proposto.A este respeito, Paulo Almeida (2009) num artigo interessante “X-Actos: Tranferência da Acções no Espaço Urbano”, desenvolve a ideia do performativo: como sendo um conceito contestado. Neste artigo o autor cita um simples exemplo “A rua é uma sala por acordo mútuo; Uma sala/comunitária cujas parede pertencem aos doadores/ O seu tecto é o céu”. Neste sentido, de"ne a partir do exemplo supra citado, duas directrizes cruciais. A primeira, convoca uma ‘concepção metafórica’ na representação do espaço (daí o ‘1m2’ de terra de escarpa assume esta concepção). A segunda, tem que ver com a ‘lógica performativa’, ou seja, a forma como a obra/objectto artístico se apresenta no espaço ao fruidor/espectador.

Pois bem, a partir desta questão, o percurso para desenvolver este ‘objecto artístico” (original e criativo) não foi fácil... mas foi o possível. Procurou-se acima de tudo potenciar esse “acto criativo” ou “acto performativo”. Por outras palavras, uma “performance criativa” que, obviamente, poderá ser ou não contestada. Esta “performance criativa” patente no Museu é composta por apenas 2 dípticos fotográ"cos (80x30cm) impressas em papel fotográ"co mate ("xas em suporte K-line 5mm) + 1 m2 de terra (da escarpa das Fontainhas).

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Com este m2 de terra pretende-se aqui desenvolver uma espécie de imagem metafórica (apelando por um lado à simples ideia do “1m2 = €???”, por outro, transladar com autenticidade 1m2 de terra de um logradouro da escarpa para o Museu. As imagens resultam de uma de várias deambulações feitas à cidade do Porto. Foram registadas um total de 66 fotogra"as no dia 13 de Janeiro.

Aliás, deste repertório documental resultou uma visão mais focada, mais assertiva e atempada, muito por força de uma reunião útil e atampada com Arqtº Paulo Valença* nas instalações da Porto Vivo dois dias antes, ou seja, no dia 11 de Janeiro.

‘OBJECTO ARTÍSTICO’ // MUSEU DA FBAUP // 25.01 - 28.02 //2 dípticos (4 fotogra!a digitais, 40x30cm) + 1 m2 de terra (escarpa das Fontainhas) (Imagens foram capturadas a partir do tabuleiro superior da ponte de D. Luís I)

Depois de uma breve apresentação, o desenrolar da conversa/troca de ideias foi sendo natural e sempre muito informal. Naturalmente, foram expostas questões e motivações relevantes para a conversa. O arquitecto foi inaltecendo por inúmeras vezes, o óptimo desempenho que a Porto Vivo tem demonstrado na reabilitação de vários quarteirões do centro histórico da cidade. Face a um enorme mapa “googleano” exposto na parede da sala de reuniões de trabalho, o debate de ideias foi mais objectivo e claro depois de exposta a questão: como pode a produção omnipresente de imagens digitais na cidade do porto constituir-se em mapa contributivo e em contínua evolução de "cidade mediatizada", permanentemente interpretável? Subsequentemente, como permitir que esse mesmo universo de imagens potencie a regeneração de espaços urbanos em pousio, por mão dos cidadãos? A resposta foi peremptória, “a sua questão é muito interessante e útil para a cidade, contudo, re"ro-lhe o seguinte: é muito mais fácil degenerar do que regenerar”.

*Arqtº Paulo Valença, Porto Vivo, 11.01.2013 (Rua Mouzinho Silveira)

Na sequência da conversa de"niu-se um mapeamento mais objectivo para estudo de campo, ou seja, (coincidência ou não), entre duas pontes históricas da cidade, nomeadamente entre Ponte D. Luís I e a Ponte D. Maria Pia.

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Neste contexto, o Arqtº Paulo Valença identi"cou as escarpas da Ribeira e das Fontaínhas como potenciais “logradouros” (espaços em pousio) com potencial e possíveis de regeneração/reabilitação. Ao que parece, o problema maior actual é o caso da escarpa das Fontainhas, a qual foi alvo de intervenção de solidi"cação de terrenos (em 2002) em forma de socalcos. Resultado, uma confusão, pois, as parcelas/ logradouros públicos e privados (con)fundiram-se.

Na realidade ou, no contexto actual, depois desta recon"guração/solidi"cação “betaniana” em jeito de socalcos, ninguém sabe ao certo o que é de quem, nem mesmo a Porto Vivo e o Município.Segundo o arquitecto, o problema ainda persiste e, a grande questão é, como se resolverá este problema? Pois, ao que parece, m+pelo menos para já, encontrar uma resolução pací"ca, e"ciente e menos burocrática para todas as partes não vai ser coisa fácil. Nesta escarpa, 100% dos logradouros estão em pousio e grande parte deles são privados, apenas uma pequena minoria são do domínio público, ou seja, do município. Contudo, todos eles são possíveis de regenerar/reabilitar. Para isso, urge encontrar ideias, projectos interessantes e que acolham o optimismo e a permisão (legal) sobretudo destas duas entidades da cidade.

- Cidade mediatizada? //

A propósito deste conceito, “cidade mediatizada”, Teresa Rebelo, num artigo que publicou online (05.05.2010) sob o tema “Mediatização e imagem das cidades” cita dois conceitos relevantes os quais interessam no futuro explorar com maior profundidade no que concerne à ideia de “cidade mediatizada” permanentemente interpretável através das imagens.

O primeiro , a “cidade espectáculo” tem que ver com a própria ideia de “espectacularização da experiência urbana, onde o espaço é transformado em cenário onde tudo é objecto de consumo estético e contemplativo.” O segundo, “cidade inteligente” de"ne-o como sendo “a cidade que está no centro da cena, a cidade tornada palco que em determinadas circunstâncias transforma os próprios cidadãos em simples "gurantes ou actores anódinos da sua encenação. E ainda, numa abordagem revolucionária, o conceito de cidade inteligente” resulta dessa efervescência tecnológica dos últimos anos, a promoção das cidades aparece conectada com o desenvolvimento da tecnologia digital onde a noção de “cidade global” aparece mais fortemente instituída.”

- Transferência de Lugar //

É com a ‘teoria’ (da performance criativa citada anteriormente) de transladar esse m2 de terra da escarpa para o museu que este conceito surge e faz sentido nesta investigação.A este respeito Anthony Howell (199, p.140), de"ne a “Transferência de lugar” com sendo aquela que “ocorre quando o espaço original da acção é alterado na sua totalidade — como tomar banho numa poça de água na rua, ou cantar uma área pelo intercomunicador de um prédio. Este con#ito semântico entre evento e contexto — um desvio no que respeita à correspondência esperada entre um e outro — é o fundamento dos processos metafóricos através dos quais percebemos, experimentamos e representamos os espaços.”

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- A cidade polifónica de Massimo Canevacci //

Num ensaio sobre a antropologia da comunicação urbana, “A cidade Polifónica” (2004), Mássimo Canevacci fala de um desejo de querer “perder-se na cidade” traduzindo como condição para realizar uma metodologia da comunicação urbana.Propõe uma nova visão antropológica, oblíqua e optimista, para a compreensão da comunicação urbana nas grandes cidades. A partir de suas observações pessoais na cidade de S. Paulo, desenvolve um estudo que possibilita novas formas de interpretação das sociedades complexas adoptando diversas técnicas interpretativas que convergem na focalização de um "paradigma inquieto" em que a cidade é lida e interpretada utilizando pontos de vista diferentes, de carácter teórico e empírico aplicado”.Na “cidade polifónica”, Massimo Canevacci rompe com os meios tradicionais do ‘métier’ antropológico. Através de uma instigante análise da cidade comunicacional, pois procura compreender seus sujeitos múltiplos, actores no processo interactivo que formata o carácter sócio-espacial da cidade.A cidade é compreendida como um organismo subjectivo que inventa valores e modelos de comportamentos estruturados por uma linguagem própria, baseada em intervalos delimitados pela acção dos indivíduos que habitam o espaço urbano. A leitura é indicada para todos aqueles que buscam compreender os sentidos de mobilidade, hibridismos e sincretismos culturais, substância da polifonia urbana na cidade contemporânea.Este trabalho de M. Canevacci é excelente e um óptimo exemplo de referência, pois pretendo fazer o mesmo para através das imagens, através desse Constituir um mapa contributivo e em contínua evolução de "cidade mediatizada", permanentemente interpretável.

- História da Arte como História da Cidade, de Giulio Argan //

Todavia, outro autor relevante, Giulio Carlo Argan, em "História da Arte como História da Cidade" (1998), rea"rma a identidade entre cidade e arte. Propõem uma metodologia clara que parte da de"nição da história da arte como história de uma fenomenologia complexa de objectos produzidos segundo a tecnologia do artesanato e, constitui uma dimensão espaço-temporal que é a própria cidade; Ficando assim superada a tradicional proposição sociológica baseada na aproximação dos factos históricos e factos históricos artísticos dependentes daqueles.

O proposito do ‘objecto artístico’ supra citado procura esclarecer/inquetar/questionar, ou seja, como pode a produção omnipresente de imagens digitais da cidade do Porto constituir-se em mapa contributivo e em contínua evolução de "cidade mediatizada", permanentemente interpretável? Subsequentemente, partindo desse universo de imagens digitais, de que forma poderão estas potenciar a regeneração dos espaços urbanos em pousio por mão dos cidadãos?Bem, no que concerne à imagem, trata-se de perceber desde logo que há um dilema, um dilema que tem que ver com a própria fotogenia e monumentalidade das imagens... Pra o qual não há ainda respasta(s). Mas sim, questões.Serão elas su"cientemente fotogénicas, monumentais, consciencializadoras e geradoras de uma cidadania dinamizadora e activa que fomente novas discussões (de ideias e de projectos) de avaliação (de riscos) em planeamento urbano para a cidade?

A este respeito, Vítor Oliveira (2011) no livro “Avaliação em Planeamento Urbano” conclui que no enquadramento legal português, é de facto possível aplicar uma metodologia de avaliação de planos directores que, por um lado permita um juízo de valor sobre os documentos, e que, por outro lado contribua, através de um processo de contínua aprendizagem, para melhorar a qualidade desses planos, dos processos de planeamento, e do ambiente urbano das cidades.

De facto, a imagem actual da “escarpa da Fontaínhas”, carece disto, carece de uma avaliação metodológica e rigorosa do seu planeamento urbano. Aliás, ela em si é uma verdadeira confusão(problema que ninguém quer resolver/assumir.Ao que parece, todos descuram este pequeno detalhe, ela é também um ‘postal fotográ"co’ de (des)excelência da invicta, com vistas nobres do rio e do tabuleiro superior da Ponte D. Luís I.

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Ora, neste sentido, propõe para já, descobrir, inquetar, investigar com e através das imagens, gerando essa produção omnipresente de imagens digitais na cidade por forma a constituir-se em mapa contributivo e em contínua evolução de "cidade mediatizada", permanentemente interpretável? 

7. METODOLOGIA //

Fase 1: Constitui repertório documental de relevância no âmbito do tema proposto com base num mapeamento geográ"co da cidade do Porto rigoroso e metódico - investigação de campo - com vista à identi"cação dos espaços urbanos em pousio passíveis de regeneração/ reabilitação;

Fase 2: Dissecar todo o repertório documental e encontrar respostas ou inquietações preponderantes para o avanço substancial da investigação a produzir (em imagem e texto).Contactar os cidadãos locais e entidades institucionais (públicas/privadas) responsáveis pela gestão da cidade com o propósito de se perceber em que contexto/meio se poderá intervir/agir (legalmente) nesses espaços em pousio;

Fase 3: Apelar, consciencializar e convidar os cidadãos em geral a intervir nos espaços Documentar em imagens/vídeo todo o processo e evolução do projecto;

Fase 4: Recolher e analisar todos os dados relevantes por forma a obter conclusões cruciais e clarividentes para a investigação (documento tese).

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8. CALENDARIZAÇÃO //(organigrama previsto, não vinculativo)

DAD 12.13 - 1º ano Out. / Fev. - construção da questão - problematização - esboço de 1º documento (ponto de partida)Fev. / Jul. - construção ou formulação da hipótese - fase1

DAD 13.14 - 2º ano Out. / Fev. - construção da metodologia - desenvolvimento de metodologia(s) de trabalho - fase 2 (trabalho de campo)Fev. / Jul. - metodologia - continuação do desenvolvimento do processo metodológico - fase 3 (trabalho de campo)

DAD 14.15 - 3º ano Out. / Fev. - con"rmação/refutação - fase 4Fev. / Jul. - con"rmação dos resultados - fase 5 - recolha e con"rmação/interpretação de dados

DAD 15.16 - 4º ano Out. / Fev. - tese - fase 6 - conclusão do documento e entrega para revisão "nalFev. / Jul. - tese - validação e entrega "nal do documento

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8. BIBLIOGRAFIA //

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(ANEXOS) ALGUNS REGISTOS - REPERTÓRIO DOCUMENTAL // PORTO, 13.01.2013 //

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Confesso, que não foi fácil este percurso, espero-o com muito trabalho, trabalho, trabalho. Aliás, Não poderia ser de outra forma. Falo por mim, o ‘bichinho’ está a crescer e presumo que no presumo que no próximo semestre se rami"que em novos tentáculos inquietantes e motivadores...

Para "ndar, no compto geral estou muito agradado com o meu percurso até então.Estou também, deveras, muito optimista com o futuro na investigação. A ver vamos.

Cordialmente,

o doutorando,

Porto, 04.02.2013

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