A DIMENSÃO TEÓRICA E A DIMENSÃO PRÁTICA DO CONHECIMENTO TEMATIZADO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO

FÍSICA: MAPEANDO DIFICULDADES E ELABORANDO ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS A PARTIR DA GINÁSTICA GERAL.

Itamara Forquim Buco1

Dr. Carlos Herold Jr.2

RESUMO. O artigo relata os resultados da implementação do projeto de intervenção elaborado no 2º semestre do PDE de 2012 e desenvolvido no 1º semestre de 2013. O qual teve como objetivo possibilitar aos educadores, estudo, discussões e alternativas para o desenvolvimento dos conteúdos da Educação Física nas três dimensões: conceitual, procedimental e atitudinal. A partir de um grupo composto por educadores (as) da rede estadual e municipal foi realizado um curso em extensão onde elaborou-se encaminhamentos metodológicos dentro dos limites encontrados no contexto escolar, para desenvolver o conteúdo de Ginástica Geral, atualmente Ginástica Para Todos. O projeto foi pensado, para realmente contribuir no processo de valorização e desenvolvimento da educação física no contexto escolar otimizando sua qualidade. Finalmente o projeto de intervenção contribuiu de maneira relevante para a prática pedagógica de todos os educadores da área da Educação Física que participaram do curso e com certeza contribuirá também com aqueles que tiverem acesso ao material produzido.Palavras-chave: Educação Física. Metodologia. Teoria. Prática. Dimensões.

1. IntroduçãoEste artigo aborda o processo de desenvolvimento da proposta do material

didático produzido no segundo semestre de 2013. Ele teve como objetivo

possibilitar aos professores discussões e alternativas para o desenvolvimento da

Educação Física Escolar no que se refere à dimensão teórica e à dimensão

prática do conhecimento que se quer transmitir nas aulas de Educação Física.

Utilizou-se como encaminhamento metodológico grupos de estudos, onde foram

mapeadas dificuldades e elaboradas estratégias pedagógicas a partir da

Ginástica Geral. Como fundamentação utilizou-se vários autores e obras como:

Eliana Ayoub, Ginástica geral e Educação Física escolar, 2003, Valter Bracht,

Educação física & ciência: cenas de um casamento (in)feliz, 1999, Coletivo de

Autores, Metodologia do Ensino de Educação Física, 1992, Suraya Cristina

Darido e André Luís Ruggiero Barroso, A pedagogia do esporte e as dimensões

dos conteúdos: conceitual, procedimental e atitudinal, 2009, Antoni Zabala, A

prática educativa: como ensinar, 1998, entre outros. A partir do grupo composto

1 Professora da Rede Pública Estadual de Ensino do Paraná. E-mail de contato: itabuco@hotmail.com

2 Orientador PDE da Universidade UNICENTRO. E-mail de contato: carlosherold@hotmail.com

por educadores(as) da rede estadual e municipal que efetivaram suas inscrições

para a realização de um curso de extensão, onde aconteceram oito encontros de

estudos, discussões e proposições de encaminhamentos metodológicos possíveis

dentro dos limites encontrados no contexto escolar para trabalhar o conteúdo de

Ginástica, especificadamente Ginástica para Todos (Ginástica Geral). O artigo

está dividido em duas partes, a primeira traz a fundamentação teórica que aborda

o contexto da Educação física escolar, questões metodológicas, seleção de

conteúdos e as dimensões conceitual, procedimental e atitudinal do conteúdo,

fundamentadas nos autores já citados e nos documentos que orientam a

Educação Física Escolar, como: Diretrizes da Educação Básica de Educação

Física do estado do Paraná e Parametros Curriculares Nacionais. Na segunda

parte está a descrição do que ocorreu nos oito encontros realizados.

1.1 Breve Contexto da Educação Física atualA Educação Física vem passando por mudanças significativas nos últimos

anos. No entanto sua existência no contexto escolar ainda é motivo de

preocupação, principalmente no que se refere aos encaminhamentos

metodológicos que são utilizados para o desenvolvimento dos conteúdos.

A Educação Física ainda é tratada com um tanto de indiferença por parte

dos alunos. E, muitas vezes, noto que nem por parte dos professores há um real

reconhecimento do valor de sua intervenção. Para fazer frente a essa situação se

torna necessário uma prática pedagógica significativa que realmente contribua no

processo de formação do ser humano. Entre outros aspectos, ela deve estar

articulada ao Projeto Político Pedagógico da escola.

Com vistas ao alcance dessa condição, a seleção de conteúdos e

metodologias deve ser fundamentada para que esses conteúdos tenham utilidade

e contribuam no processo de ensino e aprendizagem. Nesse sentido, Gasparin

(2009) fala que o conhecimento deve ser desenvolvido a partir dos conhecimentos

cotidianos do aluno, com os quais o professor realiza a mediação com o

conhecimento cientifico e, consequentemente, retorna ao aluno para a efetivação

da aprendizagem.

De acordo com as DCEs, a Educação Física tem a função de reelaborar os

conceitos não refletidos.

Ao pensar o encaminhamento metodológico para as aulas de

Educação Física na Educação Básica, é preciso levar em conta,

inicialmente, aquilo que o aluno traz como referência acerca do

conteúdo proposto, ou seja, é uma primeira leitura da realidade.

Esse momento caracteriza-se como preparação e mobilização do

aluno para a construção do conhecimento escolar. (PARANÁ,

2008, p.73)

Com relação as práticas acumuladas pelo ser humano a proposição de

ampliar os conhecimentos produzidos pela humanidade a DCE relata que:

O papel da Educação Física é desmistificar formas arraigadas e não refletidas em relação às diversas práticas e manifestações corporais historicamente produzidas e acumuladas pelo ser humano. Prioriza-se na prática pedagógica o conhecimento sistematizado, como oportunidade para reelaborar ideias e atividades que ampliem a compreensão do estudante sobre os saberes produzidos pela humanidade e suas implicações para a vida. (PARANÁ, 2008, p. 75)

Por ser essa questão motivo de intensa busca para se superar a

dificuldade relacionada à metodologia e ao alcance dos objetivos propostos, o

imbricamento da teoria com a prática no cotidiano escolar de nossos educandos

surge como problemática privilegiada diante disto é que a proposta foi elaborada

e lançada aos educadores(as).

Ainda hoje é comum a maioria das pessoas terem a concepção da

Educação Física fundamentada nas tendências militaristas, higienistas e

biologistas (BRACHT, 1999 e DCE, 2008).

Frente a essa entendimento que perdura até hoje, se torna essencial que

compreendamos que a Educação Física transmite conhecimentos nas três

dimensões: procedimental, conceitual e atitudinal. Segundo Darido, (1999)

considera-se “a importância da articulação entre aprender a fazer, a saber por que

está fazendo e como relacionar-se neste fazer, explicitando as dimensões dos

conteúdos procedimental, conceituai e atitudinal, respectivamente”.

2. Fundamentação Teórica

Atualmente encontramos vários autores que escreveram sobre os conceitos e

as bases epistemológicas da Educação Física com o objetivo de torná-la mais eficaz

nos encaminhamentos que são dados para sua prática. BRACHT refere-se ao

conceito cultura como sendo uma construção nova, “É ele que melhor expressa a

ressignificação mais importante e a necessária desnaturalização do nosso objeto e

que melhor reflete a sua contextualização sócio-histórica.” Bracht, (2006, p. 97). Para

ele, hoje a expressão corpo, movimento motricidade (atividade física como é mais

utilizada no âmbito das ciências naturais na nossa área) embora possam ser

vinculadas à epistemologias diversas, isoladamente não permitem definir com clareza

necessária a vinculação com a cultura.

Discute-se também sobre as metodologias utilizadas nas aulas de Educação

Física com a intenção de melhorar o processo de ensino e aprendizagem. O coletivo

de autores (1992) relata sobre as práticas pedagógicas na educação física, sendo

estas pensadas e praticadas conforme os interesses da sociedade que dirige política,

intelectual e moralmente, de forma hegemônica, relações sociais pautadas na

construção e ampliação de desigualdades sociais. Para melhor definir a proposta

fundamentada na pedagogia crítico superadora, defendida pelo Coletivo de Autores, é

importante ressaltar o que os autores descrevem:

Tratar dos grandes problemas sócios-políticos atuais não significa um ato de doutrinamento. Não é isso que estamos propondo. Defendemos para a escola uma proposta clara de conteúdos do ponto de vista da classe trabalhadora, conteúdo este que viabilize a leitura da realidade estabelecendo laços concretos com projetos políticos de mudanças sociais. (CASTELLANI, et al, 1992, p. 63)

Os professores, ao organizarem seus planejamentos, em primeiro lugar,

devem observar a realidade em que a escola está inserida. Deverá conhecer e

considerar aspectos relevantes para selecionar os conteúdos e propor metodologias

adequadas ao contexto observado.

As escolhas devem dar conta do processo de ensino e aprendizagem,

contemplando a abordagem conceitual, procedimental e atitudinal dos conteúdos pré

selecionados. Para que a aprendizagem aconteça os conteúdos devem ser

significativos para os educandos, sendo necessário que os mesmos abordem a

realidade da comunidade possibilitando um trabalho que contextualize a cultura da

humanidade em geral e de maneira especifica da comunidade local. Gasparin (2009,

p. 126) afirma que: “...o educando, orientado pelo professor, estabelecerá as ligações

e o confronto entre seu conhecimento prévio, cotidiano, com o novo conhecimento

científico,...”

Sobre a seleção de conteúdos, Castellani et al ressaltam alguns aspectos que

devem ser considerados:

A escola, na perspectiva de uma pedagogia crítica superadora aqui defendida, deve fazer uma seleção dos conteúdos da Educação Física. Essa seleção e organização dos conteúdos exigem coerência com o objetivo de promover a leitura da realidade. Para que isso ocorra, devemos analisar a origem do conteúdo e conhecer o que determinou a necessidade de seu ensino. (CASTELLANI, et al, 1992, p.63)

Outro fator que deve se levar em conta no momento do planejamento são os

recursos materiais disponíveis na escola, Castellani et al (1992, p. 64) fazem suas

considerações sobre isso:

Outro aspecto a considerar na seleção de conteúdos é a realidade material da escola, uma vez que a apropriação do conhecimento da Educação Física supõe a adequação de instrumentos teóricos e práticos, sendo que algumas habilidades corporais exigem, ainda, materiais específicos. (CASTELLANI, et al, 1992, p. 64)

Desta forma, como professores de Educação Física, um desafio que nos é

colocado é buscarmos compreender as bases teóricas dos conhecimentos por nós

trabalhado, visando o desenvolvimento de uma prática pedagógica que aborde

conteúdos condizentes, ao mesmo tempo contestadores do contexto atual e local.

Na tentativa de organizar a Educação Física escolar no Estado do Paraná, em

1990, foi lançado o Currículo Básico para a Escola Pública. Este foi elaborado para

sistematizar os conteúdos por área de conhecimento, por meio de análise e

discussões com as equipes dos Nucleos regionais de Ensino (NREs) e departamento

de Ensino do 1º grau.

A proposta do Currículo Básico era desenvolver a prática pedagógica

fundamentada na tendência Histórico Crítica, visando uma Educação Física

progressista, revolucionária, crítico revolucionária em que o objetivo era trabalhar

com o corpo em movimento.

Em 1997 foram concluídos os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs),

documento que também trouxe mudanças para a educação física escolar. Os PCNs

trazem três categorias no desenvolvimento dos conteúdos, o saber conceitual que se

refere a fatos, conceitos e princípios; a categoria procedimental ligado ao fazer; e a

categoria atitudinal relacionados às normas, aos valores e às atitudes. Comparando o

conceitual, o procedimental e o atitudinal com o trio saber, saber – fazer e saber–ser.

Darido e Barroso (2009) no artigo “A pedagogia do esporte e as dimensões

dos conteúdos: conceitual, procedimental e atitudinal”, analisam propostas

metodológicas no âmbito escolar e discutem o processo de ensino nas três

dimensões do conteúdo.

Fundamentam sua fala em Zabala:

Para facilitar o entendimento desta tipologia, cada dimensão do conteúdo está relacionada a uma pergunta, com o propósito de alcançar as capacidades propostas nas finalidades educacionais, a saber: “dimensão conceitual – o que se deve saber?; dimensão procedimental – o que se deve saber fazer?; dimensão atitudinal – como se deve ser?” (ZABALA, 1998, apud DARIDO; BARROSO, 2009, p. 283)

Darido e Barroso relatam que a tendência dos professores de educação física

é dar ênfase ao aspecto procedimental. Entretanto são favoráveis ao ensino da

dimensão procedimental, desde que também sejam desenvolvidas metodologias

estruturadas de maneira que permitam a reflexão no momento de realizar atividades

práticas para não apenas realizá-las de formas descontextualizadas e automatizadas.

Em nenhum momento estaremos abdicando o ensino de movimentos, referentes à dimensão procedimental dos conteúdos; ao contrário, vemos cada vez mais a necessidade de estruturarmos formas adequadas para o seu desenvolvimento. O que defendemos é a ideia da incorporação de novos aspectos, como um melhor entendimento do porquê de estarmos realizando determinado movimento, uma maior reflexão sobre o fenômeno esporte e discussões sobre as atitudes e as condutas de comportamentos. (DARIDO e BARROSO, 2009, p. 283)

Os autores Darido e Barroso (2009), ressaltam a importância de desenvolver

os conteúdos de maneira inter-relacionada, trabalhar a dimensão procedimental, ao

ensinar os movimentos, incluir na dimensão atitudinal as atitudes que os alunos

devem ter nas e para as atividades corporais e com relação a dimensão conceitual é

direito do aluno entender o porquê realizar determinado movimento. Fundamentam-

se em Zabala (1998) que também defende a integração das dimensões, para que o

ensino não seja fragmentado, tomando um sentido diferente do que se propõe. Por

outro lado, Zabala diz ser essencial, para elaboração do planejamento, a identificação

dos conteúdos nas dimensões apresentadas e das formas de trabalhá-los.

Atualmente o principal documento que orienta o trabalho na Educação Física

nas escolas do estado do Paraná são as Diretrizes Curriculares para a Educação

Básica, as quais foram elaboradas a partir de encontros, seminários e momentos de

discussões com os professores da rede estadual. De acordo com as DCEs de

Educação Física:

A Educação Física é parte do projeto geral de escolarização e, como tal, deve estar articulada ao projeto político-pedagógico, pois tem seu objeto de estudo e ensino próprios, e trata de conhecimentos relevantes na escola. Considerando o exposto, defende-se que as aulas de Educação Física não são apêndices das demais disciplinas e atividades escolares, nem um momento subordinado e compensatório para as “durezas” das aulas em sala. Se a atuação do professor efetiva-se na quadra, em outros lugares do ambiente escolar e em diferentes tempos pedagógicos, seu compromisso, tal como o de todos os professores, é com o projeto de escolarização ali instituído, sempre em favor da formação humana. Esses pressupostos se expressam no trato com os conteúdos específicos, tendo como objetivo formar a atitude crítica perante a Educação Física Cultura Corporal, exigindo domínio do conhecimento e a possibilidade de sua construção a partir da escola. (PARANÀ, 2008, p. 50)

Na busca da superação das dificuldades no que tange ao trato que é dado na

área da educação física nas escolas, as DCEs ressaltam a importância de mudar as

práticas e a maneira de pensar as ações pelo viés positivista. Conforme a DCE:

Busca-se, assim, superar formas anteriores de concepção e atuação na escola pública, visto que a superação é entendida como ir além, não como negação do que precedeu, mas considerada objeto de análise, de crítica, de reorientação e/ou transformação daquelas formas. Nesse sentido, procura-se possibilitar aos alunos o acesso ao conhecimento produzido pela humanidade, relacionando-o às práticas corporais, ao contexto histórico, político, econômico e social. Isso representa uma mudança na forma de pensar o tratamento teórico metodológico dado às aulas de Educação Física. Significa, ainda, repensar a noção de corpo e de movimento historicamente dicotomizados pelas ciências positivistas, isto é, ir além da ideia de que o movimento é predominantemente um comportamento motor, visto que também é histórico e social. Sendo assim, tais consequências na prática pedagógica vão para além da

preocupação com a aptidão física, a aprendizagem motora, a performance esportiva, etc. (PARANÁ, 2008, p. 49)

Para que a prática pedagógica seja significativa e cumpra sua função, se

torna necessário a busca da formação continuada dos educadores onde a

fundamentação teórica é essencial para trabalhar os conteúdos nas três

dimensões.

3. Implementação do Projeto

No início do ano letivo houve a divulgação da implementação do projeto e

neste momento abriu-se inscrições para os professores da disciplina de educação

física do Colégio Estadual Santa Clara, dos demais colégios do município e

também das escolas municipais e dos profissionais da área que ainda não atuam.

Oito professores(as) realizaram suas inscrições e apenas 7 iniciaram e

concluíram o curso. Uma professora com 30 anos de idade e 6 anos de

experiência como professora, uma com 27 anos de idade e 4 anos de

experiência, uma com 39 anos de idade e 20 anos de experiência, uma com 45

anos de idade e 25 anos de experiência, um com 35 anos de idade e 12 anos de

experiência e um com 38 anos de idade e 10 anos de experiência e um com 34

anos de idade e 12 anos de experiência. Seis se formaram na FACEPAL -

Faculdades Reunidas de Administração, Ciências Contábeis e Ciências

Econômicas de Palmas e apenas uma professora tem pedagogia, se formou na

UNICENTRO e leciona educação física para o ensino fundamental séries iniciais.

No primeiro encontro foi desenvolvida a vivência “História com barbante”

o objetivo desta atividade foi levar os participantes a uma maior integração e

realizar um diagnóstico sobre os conhecimentos e expectativas do grupo referente

ao contexto da educação física. Cada participante falou de suas expectativas

referentes aos encontros: “aprender algo novo para melhorar a prática”, “se

atualizar”, “adquirir conhecimentos, pois a gente se acomoda”, “levar

conhecimentos novos para as aulas”, entre outros. Por meio das falas fica

explícito que os professores sentem necessidade de buscar formação continuada

para atuar com maior eficácia em sua área de conhecimento.

Em seguida discutiu-se o capitulo dois do livro Metodologia do Ensino de

Educação Física “Educação Física Escolar na Direção da Construção de uma

Nova Síntese”. Este texto refere-se ao contexto histórico da educação Física. O

texto foi disponibilizado com antecedência para os professores (as) realizarem a

leitura. Assim como os avanços e desafios relatados no texto também consistiu na

discussão do contexto local de cada escola ali representada, onde cada um pode

relatar sobre sua realidade. De acordo com um participante a Educação Física “é

vista como uma disciplina sem muita importância, que ninguém reprova e é nesse

momento que os alunos podem sair da sala e se descontrair”. Outros aspectos

observados: “estrutura física insuficientes”, “falta de materiais”, em alguns casos

“falta de valorização da disciplina”, quando falta professores de outras disciplinas

“mandam os alunos para a quadra nas aulas de Educação Física”, “reclamação

de barulho por parte de alguns professores de outras disciplinas”, ainda relata um

participante: “O principal é a falta de material apropriado para o desenvolvimento

da disciplina, e a outra é a mídia onde valoriza o esportes de alto nível”.

Uma ação, citada por um participante, que podemos colocar em prática

para garantir a valorização da Educação Física no cotidiano escolar é:

“Despertar o interesse do aluno em praticar uma atividade física visando uma

qualidade de vida saudável e não só visando a porte da estética”.

Diante da realidade exposta, noto uma unanimidade no reconhecimento de

que a contribuição que a Educação Física dá ao processo de formação do

educandos(as) é de forma completa como: na “aprendizagem”, “qualidade de

vida”, “desenvolvimento da interdisciplinaridade”, “respeito a coletividade”.

Segundo um participante, “Ela contribui e muito na formação do ser humano

principalmente despertando o interesse do aluno em praticar a atividade física e

adotando atitudes que vão influenciar ao longo de sua vida”.

Neste sentido se torna necessário conscientizar os educandos(as) sobre a

importância da disciplina, realizar ações para que toda a comunidade escolar

percebam a sua importância e também conquistar espaço e defender nas

reuniões pedagógicas. Portanto é essencial que os educadores busquem

fundamentação teórica para adquirirem argumentos que viabilizem o espaço que

a Educação Física necessita para existir, como área de conhecimento importante

no currículo escolar.

No segundo encontro foi realizada a vivência “Espelho” cujo objetivo é

estimular a expressão corporal e a criatividade na execução dos movimentos.

Buscou-se refletir sobre a metodologia nas aulas de Educação Física para isso

utilizou-se o artigo de Darido e Barroso (2009) “A pedagogia do esporte e as

dimensões dos conteúdos: conceitual, procedimental e atitudinal” no qual

analisam propostas metodológicas no âmbito escolar e discutem o processo de

ensino nas três dimensões do conteúdo, fundamentados em Zabala.

Ao questionar a metodologia utilizada e se ao trabalhar os conteúdos eram

contempladas as dimensões conceitual, procedimental e atitudinal, os educadores

participantes afirmaram que sim, entretanto conhecem casos de professores que

contemplam apenas a dimensão procedimental dos conteúdos em suas aulas.

Para incluir nas aulas os aspectos ressaltados e com o objetivo de agregar

maiores conhecimentos e garantir a efetivação da aprendizagem dos conteúdos

propostos pela área da Educação Física é necessário estudar e conhecer os

conteúdos a serem trabalhados. Darido e Barroso (2009) ressaltam a importância

de desenvolver os conteúdos de maneira inter-relacionada, trabalhar a dimensão

procedimental, ao ensinar os movimentos, incluir na dimensão atitudinal as

atitudes que os alunos devem ter nas e para as atividades corporais. E com

relação a dimensão conceitual é direito do aluno entender o porquê realizar

determinado movimento. Fundamentam-se em Zabala (1998), que também

defende a integração das dimensões, para que o ensino não seja fragmentado,

tomando um sentido diferente do que se propõe. Por outro lado, Zabala diz ser

essencial, para elaboração do planejamento, a identificação dos conteúdos nas

dimensões apresentadas e das formas de trabalhá-los.

No terceiro encontro realizou-se a vivência “Siga o Mestre Criativo” essa

atividade serve de base para o trabalho com a Ginástica para todos. Na

sequência foram discutidos os PCNs - Parâmetros Curriculares Nacionais de

Educação Física e as DCEs - Diretrizes Curriculares da Educação Básica do

Paraná de Educação Física. Foi feito um paralelo entre as concepções que os

fundamentam, onde cada participante relatou o que sabia sobre os documentos.

É Importante salientar que os mesmos foram disponibilizados com antecedência

para o estudo. Uma das observações mais recorrentes foi que os documentos

muitas vezes não são considerados na prática pedagógica ou no contexto das

escolas.

Os PCNs e as DCEs trazem em sua proposta pontos fortes que contribuem

e pontos fracos que podemos evitar, para que a nossa prática pedagógica seja

efetivada com eficácia. Constatou-se que a organização dos conteúdos nas DCEs

contribuiu para melhoria da prática docente. Já nos PCNs o tipo de organização

não teve o mesmo resultado, assim como, o objetivo de desenvolver habilidades e

competências também foram questionadas e não aceitos. Mesmo que na prática

são desconsiderados por alguns professores como já citado, admitem que as

contribuições propiciadas pelos documentos são na construção e sistematização

dos planejamentos, visto que servem de fundamentação e possibilitam

desenvolver os conteúdos de forma contextualizada e de maneira significativa

propiciando a melhoria do processo de ensino e aprendizagem contemplando os

aspectos conceituais, procedimentais e atitudinais.

No quarto encontro foi realizada a vivência: “A ginástica engraçada” a

cujo o objetivo é perceber que todos os ritmos são singulares: o respiratório, o

cardíaco, o motor etc. Além de aproximação física permitida por esta atividade,

tem também o objetivo de conhecer e de compartilhar com o colega o seu jeito,

que é especial na hora de expressar-se. Após iniciar com a atividade prática foi

discutido a História e o contexto da Ginástica Geral. Utilizou-se o Artigo “Ginástica

Geral na Escola: uma Proposta Metodológica” de Nara Rejane Cruz de Oliveira

e Luiz Fernando Costa de Lourdes, disponibilizado com antecedência para os

professores(as) realizarem a leitura. Foram exibidos os seguintes vídeos para

ilustrar o desenvolvimento do trabalho com a Ginástica para Todos:

Gymnaestrada 2007 - Noite Brasil; Fig Gala Gymnaestrada 2011 Brasil;

Gymnaestrada 2011 Espanha e NDPT6 Bohemian Rhapsody. Também foi

sugerido como material de apoio a dissertação da BERTOLINI, Ginástica geral na

escola: uma proposta pedagógica desenvolvida na rede estadual de ensino e o

artigo de PIZANI, Juliana; SERON, Vanessa; RINALDI, Barbosa Ieda Parra,

Formação inicial em educação física na cidade de Maringá: a ginástica geral em

questão.

Ao serem questionados sobre o desenvolvimento do conteúdo de Ginástica

para Todos, os educadores relataram que a Ginástica para Todos até agora não

foi desenvolvida de forma especifica, mas sim por meio do teatro, da dança e de

outras ginásticas.

Ao abordar o conteúdo de Ginástica para Todos percebeu-se que os

educadores não tinham conhecimento aprofundado sobre o tema e nunca haviam

trabalhado com esse assunto em suas aulas. Segundo um participante do curso:

A Ginástica para Todos “É vista pelos alunos como uma modalidade chata, e

praticada pelo sexo feminino”

Entretanto após o reconhecimento e acesso ao conteúdo, os educadores

reconheceram que trata-se de um conteúdo significativo e com possibilidades

reais de ser trabalhado em todos as modalidades e níveis de ensino. Relataram

que é possível desenvolver a Ginástica Para Todos nas aulas de Educação Física

contemplando os aspectos conceituais, procedimentais e atitudinais, permitindo

desta forma a contribuição da Ginástica Para Todos na formação do Ser Humano.

Ainda sobre a possibilidade de trabalhar com a Ginástica para Todos, de

acordo com um participante: “é possível desde que o professor faça um

planejamento dessas aulas, despertando o interesse dos alunos”.

Um professor abordou que “a Ginástica para Todos é praticada como pura

forma de divertimento e simples relaxamento desenvolvido para melhorar a

saúde das pessoas”.

Relatou que para garantir a valorização da ginástica para todos nas

escolas devemos: “Simplesmente trabalhar essa modalidade em todos os

sentidos (as dimensões) como é trabalhado as modalidades de esportes”.

Por meio da abordagem dos educadores sobre a possibilidade de

desenvolver o conteúdo de Ginástica para Todos, fica explicito que para reverter

esse quadro de desconhecimento e desinteresse pela Ginástica para Todos é

fundamental que tal conteúdo seja pesquisado estudado e desenvolvido nas três

dimensões.

No quinto encontro a vivência desenvolvida foi: “Movimento criativo” tem

como objetivo despertar a criatividade. O tema abordado nesse encontro: “A

Ginástica para Todos Planejando a Prática”. Oliveira e Lourdes apresentam a

Ginástica Geral como uma proposta metodológica e afirmam que:

A GG pode proporcionar, além do divertimento e satisfação provocada pela própria atividade (na medida em que busca o resgate do núcleo primordial da ginástica – o divertimento), o

desenvolvimento da criatividade, da ludicidade e da participação, a apreensão pelos alunos das inúmeras interpretações da ginástica, e a busca de novos significados e possibilidades de expressão gímnica. (AYOUB, 2003, apud OLIVEIRA e LOURDES 2004, P.222)

Realizou-se pesquisa na internet, artigos, revistas e livros disponíveis,

elementos e materiais para elaboração de planos de aulas. Foram sugeridos

vários endereços eletrônicos de revistas onlines de Educação Física para leitura e

pesquisa. Percebeu-se que nas escolas a pesquisa na internet por parte dos

professores é comum, já que há carência de livros de Educação Física nas

bibliotecas das escolas e, consequentemente, os conteúdos da área são

acessados na internet. Todos aproveitaram bastante esse momento onde

organizaram textos e atividades que foram aplicadas nas suas aulas.

O sexto encontro iniciou-se com a vivência “Diferentes formações” e a

confecção e prática de ginástica com o “Barangandam”. Em seguida destinou-se

o tempo para elaboração de planos de aulas, foi proveitoso, entretanto percebeu-

se que a maioria dos educadores não tem hábito de organizar um plano de aula

com todos os passos, sendo essa proposta não muito bem aceita pelo grupo.

Para contribuir e facilitar a construção dos planos de aulas, foram utilizados

os elementos da Ginástica que são contemplados na Ginástica para Todos,

sistematizados por Souza (1997) como segue:

Conhecimentos Descrição

Elementos corporais

(com, em e sem aparelhos)

Passos, corridas, saltos, saltitos, giros, equilíbrios, ondas,

poses, marcações, balanceamentos,

circunduções, etc.

Elementos acrobáticos (com,

e sem aparelhos)

Rotações: no solo, no ar, em aparelhos;

Apoios: no solo, em aparelhos;

Reversões: no solo, em aparelhos;

Suspensões: em aparelhos;

Pré-acrobáticos.

Exercícios de

condicionamento físico

(com, em e sem aparelhos)

Para o desenvolvimento das habilidades e capacidades físicas:

força, resistência, flexibilidade,velocidade, agilidade, equilíbrio,

coordenação motora, ritmo, etc.

Aparelhos tradicionais Pequeno porte: bola, corda, arco, fita, maças, etc.

Grande porte: plinto, barra fixa, mesa de salto, trave de

equilíbrio, cavalo com alças, trampolim,

esteira, colchões, barra simétrica e assimétrica, etc.

Aparelhos não tradicionais Bastão, tecido, pneu, câmara de ar de pneu, caixas, galões de

água, engradados, bambus, garrafas,

bancos, cama elástica, cadeiras, bolas de parque, bóias, etc.,

além de aparelhos construídos de

acordo com a criatividade e cultura corporal, como

barangandam, mini-trampolim de câmara de pneu.

Construção de materiais Construção criativa de materiais adaptados à ginástica, ligados

ou não à cultura vigente.

Ginásticas competitivas

(olímpicas e não olímpicas)

Artística, rítmica, estética, aeróbica, acrobática, roda ginástica,

tumbling, trampolim acrobático e

outras.

Coreografia Formação, direção, trajetória, planos, harmonia, sincronia,

ritmo, apresentação individual e em grupo,

etc.

Ginástica geral Conhecimentos históricos, culturais, sócias, pedagógicos e

metodológicos.

Manifestações da cultura

Corporal

Jogos, ginásticas, danças, lutas, brincadeiras, teatros, artes

circenses, artes musicais, entre outros,

desenvolvidos no contexto da ginástica geral.

Pesquisa Conhecimentos e métodos de pesquisa necessários ao

desenvolvimento de estudos no campo da

ginástica geral.(SOUZA, 1997, apud PIZANI; SERON; RINALDI, 2009, p. 907).

Os educadores desenvolveram os conteúdos de Ginástica para Todos nas

suas turmas, buscando contemplar as três dimensões do conteúdo, conceitual,

procedimental e atitudinal, conforme a proposta do material didático produzido no

segundo semestre do PDE. Após a aplicação de seus planos de aula em suas

turmas, houve um tempo destinado a avaliação no qual todos relataram que no

primeiro momento sentiram resistência por parte dos educandos, entretanto foi

superado a partir do momento que conheceram a Ginástica para Todos: o que é,

os benefícios e seus objetivos.

O penúltimo encontro ocorreu no Centro Cultural do Município onde

aconteceu a apresentação do projeto para a comunidade, iniciou-se com a

apresentação do projeto de implementação com o objetivo de contextualizar o

evento. Esta ação foi o resultado do trabalho dos educadores que participaram do

grupo de estudo, onde foram construídas bases para que o trabalho fosse

desenvolvido com: fundamentação teórica, atividades práticas, pesquisas,

elaboração de Planos de aulas, entre outros. Os educadores desenvolveram o

conteúdo de Ginástica para Todos nas aulas de Educação Física. As atividades

culminaram com a elaboração de coreografias de Ginástica para Todos que

foram apresentadas neste evento. Participaram também uma Escola Particular e

o Departamento de Cultura do Município. Esta ação foi relevante pois os

educandos puderam apresentar coreografias criativas onde contemplou-se a

diversidade cultural e a diversidade de características pessoais de diferentes

faixas etárias. Esta ação superou as expectativas, pois a participação da

comunidade foi excelente com um número significativo de pessoas que

apreciaram as apresentações.

No último encontro a intervenção foi concluída com a avaliação de todo o

processo. Nela, os participantes tiveram a oportunidade de elencar os pontos

fortes e pontos fracos ocorridos no período de desenvolvimento do projeto.

Relataram que foi muito proveitoso e cursos como esses teriam que ser

realizados sempre e por acontecer na escola facilita o acesso dos professores.

Evidenciaram também que as discussões, as trocas de experiências, a

possibilidade e o tempo para pesquisar e organizar as aulas foram e são

fundamentais para ministrarmos aulas de boa qualidade.

Avaliaram ainda que os educandos embora reclamaram do conteúdo de

Ginástica para todos devido não terem costume de praticar, ao ser propiciado pelo

professor, mesmo contrariados, participam, aprendem gostar e percebem que as

aulas podem ser divertidas e criativas mesmo quando o objetivo não é a

competição. Ressaltaram que o objetivo de contemplar as dimensões: conceitual,

procedimental e atitudinal foi alcançado devido as bases proporcionadas pelo

curso.

3.1 Grupo de Trabalho em Rede - GTRNo decorrer da implementação do projeto acorreu o GTR - Grupo de

Trabalho em Rede que teve sua contribuição no processo de desenvolvimento do

projeto. O GTR foi composto por um grupo de professoras (es) com vasta

experiência na área da educação especificamente da Educação Física. Esse fator

contribuiu muito para as discussões e interações e também para a prática

pedagógica, assim como a implementação do projeto na escola.

Na primeira temática, realizou-se a apresentação do Projeto de Intervenção

Pedagógica na Escola. O qual possibilitou as discussões referentes a proposta de

trabalhar o contexto da Educação Física e as dimensões do conteúdo a partir da

Ginástica Geral.

A participação foi muito boa no fórum, as interações levaram à reflexão

relacionada a prática pedagógica, a qual tem em suas bases heranças culturais.

Por outro lado compreende-se que depende muito da determinação, para que as

mudanças necessárias se efetivem e assim contribuam com as melhorias de

condições de trabalho que tanto se almeja.

A educação, o conhecimento, a prática pedagógica são processos

contínuos e devem fundamentar-se no que acreditamos e obtivemos na formação

inicial e a partir disso se torna fundamental buscarmos a formação continuada,

pois sabemos que a formação inicial não dá conta de formar um profissional apto

para o exercício de sua função.

No segundo módulo os participantes contribuíram com postagens e

interações relacionadas às mudanças da Educação Física no contexto escolar. A

maioria dos cursistas observaram que algumas práticas pedagógicas do passado,

de cunho tecnicista, esportivista, que estimulam a competição ao invés da

cooperação, persistem até hoje.

No terceiro módulo as postagens foram muito ricas, os participantes

relataram experiências que nos motivam cada dia mais a não desistir, porque é

possível na disciplina de Educação Física fazer a diferença e contribuir para a

formação do ser humano em todos os aspectos.

Um dos pontos fortes do GTR foi a troca de experiências, pois essa prática

no contexto educacional permite o fortalecimento das ações pedagógicas. Neste

sentido, considera-se que o curso teve relevância para o desenvolvimento do

projeto, de forma que levou os educadores e educandos a perceberem a

importância da Educação Física Escolar, assim como o interesse de participar e

se envolver cada dia mais com as atividades programadas e planejadas.

Ao concluir o GTR foi possível perceber que esta etapa serviu de reflexão e

avaliação para melhoria das nossas ações em todo o processo pedagógico.

Vale salientar que todas as nossas ações na escola, participações em

cursos tanto presencial como a distância, pesquisas, leituras, entre outras são

fundamentais para o crescimento profissional e eficácia das metodologias

utilizadas no contexto escolar.

4. Considerações finaisA proposta desenvolvida no curso de extensão possibilitou aos educadores,

estudos, discussões e alternativas para o desenvolvimento da Educação Física

Escolar. A partir do grupo composto pelos educadores(as) foram elaborados

planos de aulas com encaminhamentos metodológicos possíveis de desenvolver

o conteúdo de Ginástica Geral atualmente denominada Ginástica Para Todos,

dentro dos limites encontrados no contexto escolar. Este trabalho contribuiu de

maneira relevante na prática pedagógica dos educadores da área da Educação

Física, que participaram do curso.

Se tratando das três dimensões do conhecimento, conceitual,

procedimental e atitudinal ficou explicito que há dificuldades de serem

contempladas conscientemente no desenvolvimento dos conteúdos, visto que os

professores alegam falta de tempo para pesquisar, estudar e aprofundar os

conteúdos programados e propostos nas DCEs.

Entretanto os professores conseguiram visualizar possibilidades de

trabalhar as três dimensões do conteúdo e aplicaram nas aulas que ministraram

durante a implementação do projeto. Reconheceram que isso é possivel a partir

da Ginástica para Todos e também do momento que os professores se dispõe

buscar a formação continuada e desenvolver a prática pedagógica de maneira

significativa.

Sendo assim, esse artigo poderá ser mais uma fonte, não só, de possíveis

reflexões da prática pedagógica de professores de Educação física mas também

poderá ser visto como uma proposta a perseguir e realizar.

5. Referências AYOUB, Eliana. Ginástica geral e Educação Física escolar. Campinas:

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