a dimensão pessoal e social da ética – o si mesmo, o outro e as instituições

2
3.1. A dimensão ético-política – análise e compreensão da experiência convivencial ESQUEMA-ROTEIRO 3.1.2. A dimensão pessoal e social da ética – o si mesmo, o outro e as instituições DIMENSÕES DA ÉTICA dimensão pessoal antes da ação dimensão social o agente enquanto sujeito moral, dotado de intencionalidade o comportamento moral enquanto fenómeno social PESSOA ser singular, livre, autónomo, responsável, com dignidade e abertura CONSCIÊNCIA MORAL manifesta-se como uma espécie de voz interior ou juiz que nos alerta, censura, sanciona, reprime e diz quando estamos a agir bem ou mal consciência antecedente legisladora e guia CONSCIÊNCIA MORAL consciência concomitante força estimulante e moderadora durante a ação depois da ação consciência consequente testemunha e juiz CONSCIÊNCIA MORAL não é inata, vai- se adquirindo e desenvolvendo forma-se no contacto e na interação com o outro possui uma estrutura evolutiva relação do eu com o outro (alteridade) EGOÍSMO PSICOLÓGICO Fazemos sempre aquilo que mais desejamos fazer. Fazemos o que nos faz sentir bem. OBJEÇÃO: muitas vezes agimos em função do dever e não do desejo. OBJEÇÃO: é redutor considerar o altruísmo uma forma de autossatisfação. EGOÍSMO ÉTICO Relações interpessoais interesseiras. Secundarização do papel do outro. CRÍTICA: a moralidade exige que tenhamos em conta o outro, num plano de igualdade e não de subalternização. Todas as ações humanas são motivadas por interesses particulares. O nosso único dever é fazer o melhor para nós mesmos.

Upload: sergio-morais

Post on 05-Aug-2015

258 views

Category:

Education


148 download

TRANSCRIPT

Page 1: A dimensão pessoal e social da ética – o si mesmo, o outro e as instituições

3.1. A dimensão ético-política – análise e compreensão da experiência convivencial

ESQUEMA-ROTEIRO

3.1.2. A dimensão pessoal e social da ética – o si mesmo, o outro e as instituições

DIMENSÕES DA ÉTICA

dimensão pessoal

antes da ação

dimensão social

o agente enquanto sujeito moral, dotado de intencionalidade

o comportamento moral enquanto fenómeno social

PESSOA

ser singular, livre, autónomo, responsável, com dignidade e abertura

CONSCIÊNCIA MORAL

manifesta-se como uma espéééécie de voz

interior ou juiz que nos alerta, censura,

sanciona, reprime e diz quando estamos a

agir bem ou mal

consciência antecedente

legisladora e guia

CONSCIÊNCIA MORAL

consciência concomitante

força estimulante e moderadora

durante a ação

depois da ação

consciência consequente

testemunha e juiz

CONSCIÊNCIA MORAL

não é inata, vai-se adquirindo e desenvolvendo

forma-se no contacto e na interação com

o outro

possui uma estrutura evolutiva

relação do eu com o outro (alteridade)

EGOÍSMO PSICOLÓGICO

Fazemos sempre aquilo que mais desejamos fazer.

Fazemos o que nos faz sentir

bem.

OBJEÇÃO: muitas vezes agimos em

função do dever e não do desejo.

OBJEÇÃO: é redutor considerar o altruísmo uma forma de

autossatisfação.

EGOÍSMO ÉTICO

Relações interpessoais interesseiras.

Secundarização do papel do outro.

CRÍTICA: a moralidade exige que tenhamos em conta o outro, num plano de igualdade e

não de subalternização.

Todas as ações humanas são motivadas por

interesses particulares.

O nosso único dever é fazer o melhor para nós

mesmos.

Page 2: A dimensão pessoal e social da ética – o si mesmo, o outro e as instituições

SER HUMANO

OS OUTROS

AS INSTITUIÇÕES

existência de conflitos

CONSCIÊNCIA CÍVICA

LEGALIDADE

Força que move o sujeito moral no sentido de se afastar do egoísmo e de se aproximar verdadeiramente do interesse de todos, assumindo uma responsabilidade moral solidária.

necessidade de imposição de regras, normas e leis

garantir o bem de todos, definindo-se os direitos e

os deveres

MORALIDADE

Respeito pelas normas (legais) instituídas na sociedade, cuja obrigatoriedade depende de quem as faz cumprir.

Respeito pelas normas instituídas na sociedade, cuja obrigatoriedade depende da

intencionalidade e da consciência do

agente.

O sujeito obedece a uma norma externa a

si próprio (heteronomia).

O sujeito obedece apenas à sua própria

consciência (autonomia).