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SEAAC Ribeirão Preto

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Julho/Agosto/2012 33333

EDITORIAL

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EVENTO PERFIL

FENASUCRO&AGROCANA CLODOALDO CAMPOS

Sumário

CITRICULTURACRISE FABRICADA FESTA DO TRABALHADOR/12

1º DE MAIO

44444 22222ENTREVISTA CAPITAL X TRABALHADOR

ECONOMIA DOMÉSTICA A LUTA PARA SALVAR A CLT

33333

PRIMEIRA EDIÇÃOCaro leitor, estamos orgulhosos

de chegar até você com a nossa primei-ra edição. Se é ousadia, assumimos quea temos, mas muito maior é a vontadede dar o nosso recado, dentro daquiloque nos é exequível.

Neste primeiro número da Revis-ta Dimensão Economia, apresentamosuma das maiores feiras do setor Sucro-Energético, a Fenasucro&Agrocana,organizada pela competentíssima ReedMultiplus, que mostra o otimismodesse importante setor para o futuro.

Trazemos também o presidenteda Associtrus dando a sua versão sobrea controvertida crise na citricultura.

Abordamos, por meio da entre-vista do professor Marcelo Brandão, osperigos de não se planejar os gastosdentro de casa, no ambiente doméstico.

Veja o notável perfil do Clo-

doaldo Campos, presidente do SEAACe abnegado batalhador das causas tra-balhistas.

Você pode ter estranhado o título“Trabalhadores invadem a praça”, masfoi o que aconteceu na Festa do Tra-balhador/2012, no dia 1º de maio, emRibeirão Preto. Um evento que colocouRibeirão no mesmo patamar da capitalem eventos sindicais.

Foi realizada em Ribeirão umaAudiência Pública memorável quediscutiu a luta de vários setores parasalvar a CLT, contra a Terceirização eem Defesa do MTE. Não percam essamatéria.

E que o nosso trabalho seja lidocom o mesmo carinho com que foifeito, visto que não perdemos o fôlegonesse mergulho, que foi chegar atévocê. Boa leitura!

Coriolano José

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FENASUCRO & AGROCANA

Índice de Confiança dos Fornecedores doSetor Sucroenergético do 2º trimestre de

2012 revela empresários comexpectativas positivas para o futuro

SETOR SUCROENERGÉTICOESTÁ CONFIANTE NO FUTURO

Fotos da Fenasucro & Agrocana 2011.

Em 2012, com 530 empresas expositoras, oseventos geram 13 mil empregos diretos eindiretos e, segundo a organização, devematrair 32 mil visitantes, a maioriaprofissionais ligados ao setorsucroenergético, de 23 estados e de 35países.

resultado da pesquisa do 2º trimestre do Índice deConfiança dos Fornecedores do SetorSucroenergético (ICFSS) revela um setorsucroenergético confiante no futuro. O valor

alcançado é de 0,52, em um índice que varia de 0,00 a 1,00,e que acima de 0,50 indica empresários com expectativaspositivas. A amostra foi composta de 91 empresasfornecedoras de produtos e serviços ao setor de produçãode açúcar, etanol e bioenergia. O estudo é realizadotrimestralmente pelo Programa de Pesquisa em Agronegócioda Faculdade de Economia, Administração e Contabilidadede Ribeirão Preto (AgroFea), em parceria com a ReedMultiplus e a FUNDACE, e foi apresentado na coletiva deimprensa da FENASUCRO & AGROCANA 2012,realizada dia 15 de agosto, em Sertãozinho.

Na oportunidade, Adézio Marques,presidente do CEISE Br, anunciou opresidente de honra das feiras, AntonioToniello, que já presidia a AGROCANAdesde sua primeira edição. “Fiquei

lisonjeado com o convite para agora presidir também aFENASUCRO, um evento de caráter excepcional, resultadoda união de diversas forças do nosso setor sucroenergético”,comentou Toniello. Estiveram presentes o Prefeito deSertãozinho, Nério Costa, que enfatizou a capacidade dacidade para sediar eventos desse porte; Juan Pablo De Vera,presidente da Reed Exhibitions Alcantara Machado; FlávioCastelar, diretor executivo do APLA (Arranjo ProdutivoLocal do Álcool); Manoel Carlos de Azevedo Ortolan,presidente da Canaoeste; Augusto Balieiro e FernandoBarbosa, diretores da Reed Multiplus; Plínio Nastari,presidente da Datagro; entre outros.

Segundo Fernando Barbosa, diretor da FENASUCRO& AGROCANA 2012, as feiras geram para a região 13 milempregos diretos e indiretos, R$ 15 milhões em turismo de

EVENTO

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negócios e contam com a participaçãode 100% das usinas de etanol e açúcardo país, assim como de importantesempresas nacionais e internacionais.“Seu crescimento vem se mantendomesmo em períodos de crise, pelacontribuição que oferece àmodernização das usinas e à evoluçãotecnológica do setor”, concluiu. Barbo-sa antecipou ainda que a próxima ediçãodo evento, em 2013, terá seu layout doespaço de 60 mil m2 redesenhado, alémda setorização da exposição (setoresAgrícola, Processos industriais, For-necedores industriais e Transporte e Logística) com novosacessos, nova circulação, áreas verdes e melhoria nainfraestrutura, visando mais conforto aos visitantes eexpositores. As novidades da feira de 2014 serão anunciadasna abertura oficial da feira, que acontece a partir das 17h,do dia 28 de agosto.

“O Brasil é referência mundial em substituição degasolina por etanol - 45% - e até já recebeu prêmio por suacapacidade de economizar gases de efeito estufa. Mais doque isso, a demanda por etanol cresce cerca de 13% aoano”, disse Plínio Nastari, presidente da Datagro. E aFENASUCRO & AGROCANA 2012 certamente serãoreflexo desse potencial. Serão produtos e serviços de 500marcas, de 35 países, oferecendo aos visitantes aoportunidade de explorar toda a cadeia de produção:preparo do solo, plantio, tratos culturais, colheita,industrialização, mecanização e aproveitamento dosderivados da cana-de-açúcar.

Os eventos devem receber mais de 32 mil autoridades,empresários, compradores e profissionais do setorsucroenergético, do Brasil e exterior. A FENASUCRO &

AGROCANA 2012 é promovida pelaReed Multiplus, associada à Reed Exhi-bitions Alcantara Machado, realizadapelo CEISE Br (Centro Nacional dasIndústrias do Setor Sucroalcooleiro eBiocombustíveis) e Sindicato Rural deSertãozinho, com coordenação técnicada STAB, e acontece de 28 a 31 deagosto no Centro de Eventos Zanini,em Sertãozinho (SP).

Em 2012, a FENASUCRO e aAGROCANA completarão, respectiva-mente, 20 e 10 anos. Juntas, são referên-cia em intercâmbio comercial para as

usinas e profissionais, em mais de 40 países e plataforma denegócios para a agroindústria. A FENASUCRO &AGROCANA também promovem um amplo debate sobreos rumos do setor, durante os eventos ConferênciaDATAGRO CEISE Br FENASUCRO, a 1ª ConferênciaISA Sertãozinho, Seminário da STAB com parceria daCanoeste e do GEGIS, a reunião Gerhai e as rodadasde negócios do projeto APLA/APEX e da Forind SP,que acontecem simultaneamente as feiras. Também fazemparte do portfólio de feiras e eventos do setorsucroenergético da Reed Multiplus as Mostras Sucroeste(GO) e Sucronor (PE) e o Congresso da ISSCT.

Fernando Barbosa, diretor daFENASUCRO & AGROCANA 2012

XX Feira Internacional da Indústria Sucroalcooleira e X Feira de

Negócios e Tecnologia da Agricultura da Cana-de-Açúcar

Data: 28 a 31 de Agosto de 2012

Horário: 13h às 20h / Entrada para Pré-Cad.: 13h às 19h

Local: Centro de Eventos Zanini, em Sertãozinho - Av. Marginal

João Olesio Marques, 3.563 – Distrito Industrial Maria Lúcia Biagi

Americano – defronte à Rod. Armando Salles Oliveira, Km 339.

FENASUCRO & AGROCANA

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om relação às exportações, as estimativas do USDA- Departamento de Agricultura dos EUA, revistasem julho, indicam um crescimento de 1,65% paraas exportações brasileiras de suco, enquanto o

relatório da CitrusBR aponta uma contração de 15% nasexportações!

Com relação aos estoques, enquanto o USDA apontapara um estoque de 240 mil t no início da safra 2012/13, a

“A indústria está fabricandoa maior crise da história da citricultura

com informações distorcidas e queconflitam com os dados publicados

pelo USDA”

indústria fala em 555 mil t. Uma diferença de 315 mil t, oque corresponde à quantidade de fruta que a indústriaameaça não colher!

Em quem acreditar? Quem tem maior credibilidade,as esmagadoras ou a USDA?

A verdade sobre a questãode oferta e demanda.

É preciso colocar a questão da contração da demandanos devidos termos.

Há dois grandes mercados para o suco de laranja: osEUA, abastecidos pela Flórida e os demais mercados,abastecidos pelo Brasil.

A grande contração é verificada no mercado norte-americano e a mesma indústria que opera no Brasil colheue processou toda a safra da Flórida, pagando US$14 porcaixa de laranja!

Outro ponto que está sendo omitido pela indústria é ofato de que a produção de suco de laranja está contraindo-se mais rapidamente que a demanda: comparando-se os

Flávio ViegasPresidente da Associtrus

CITRICULTURA

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dados do USDA entre a safra2007/08 e as previsões para 2012/13, vemos que a produção deverácontrair-se 15%, enquanto ademanda, se excluirmos os EUA,abastecido pela Florida, cujoconsumo deverá decrescer 22%, osdemais mercados, abastecidos peloBrasil, terão uma redução deconsumo estimada em 12,4% noperíodo. Isto é comprovado peloaumento de preços do suco. O sucode laranja concentrado congeladocujo preço médio foi de US$ 1600/t na safra 2009/10,aumentou para US$ 2500/t na safra 2010/11 e para 2694/t na safra 2011/12. Nos últimos 12 meses, o suco de laranjamanteve-se em US$ 2700/t.

A continuidade do investimento em ampliação daprodução de laranjas por parte das indústrias, o aumentodo investimento em logística, o investimento das grandesengarrafadoras no mercado de sucos, ao lado de estudosde economistas do Departamento de Citros da Flóridaindicando um crescimento de 3% a/a na demanda de sucode laranja nos próximos 20 anos e a preocupaçãodemonstrada pela Coca Cola com a falta de interesse dosprodutores em ampliar seus pomares, desmentem asinformações pessimistas a respeito do futuro deste mercadoamplamente divulgadas pela CitrusBR.

Qual a solução para o problema?

É preciso restabelecer o equilíbrio e a concorrência nosetor e reverter a verticalização.

A concentração, a verticalização e a cartelização dosetor deram às esmagadoras um brutal poder econômico,politico e de mercado, que lhes tem dado condições depredar impunemente os citricultores e a economia do Estadoe do País.

Ainda acreditamos que um Consecitrus, nos moldespreconizados pela Associtrus, poderia assegurar umaremuneração justa aos citricultores, mas na realidade aindústria não tem nenhum interesse na solução dosproblemas dos citricultores, mas sim criar uma farsa parasolucionar os seus próprios problemas.

A solução está nas mãos do CADE e os citricultoresprecisam acompanhar com atenção o andamento doprocesso que vem arrastando-se desde 1999, as decisõessobre o consecitrus, sobre as novas propostas de

concentração do setor e a fisca-lização sobre o cumprimento pelasmedidas impostas no processo defusão da Citrosuco-Citrovita.

Falta política públicapara o setor citrícola

Como já dissemos, é precisoini-cialmente restabelecer oequilíbrio no setor, impedir averticalização da indústria,assegurar a remuneração compatível

com os custos e riscos do produtor, assegurando-lhe renda e segurança e protegendo-o da ação predatória dos grandesgrupos que atuam no agronegócio.

Nos setores exportadores, é preciso impedir osubfaturamento das exportações, que, além de provocar atransferência de renda para o exterior provocando enormesperdas aos produtores, aumenta as distorções e incentiva acorrupção.

Flávio Viegas

ASSOCITRUS

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governador de São Paulo, GeraldoAlckmin, em reunião no dia 09/08.quinta-feira, no Palácio dos Bandei-rantes, com representantes dos

citricultores e da indústria - dentre eles FlávioViegas (Associtrus), Frauzo Ruiz Sanches(Sindicato de Ibitinga/Tabatinga), MarcoAntônio dos Santos (Faesp) e Christian Lohbauer (CitrusBr)- se comprometeu a implementar medidas que auxiliem noescoamento da safra de laranja. Dentre elas, anunciou aredução do ICMS que incide sobre o suco de laranja, de18% para 12%; introdução do suco na merenda escolar;implantação de um programa de incentivo para que osprodutores que possuem apenas variedades para a indústriamigrem para as variedades de mesa; e apoio aos colhedoresdesempregados.

Quanto à inserção do suco na merenda, o governo

GOVERNO DE SÃO PAULOCOMPROMETE-SE A CRIAR ALTERNATIVAS

Em reunião com representantes dosetor, Geraldo Alckmin anunciou a

redução do ICMS sobre o suco delaranja, a inserção do produto na

merenda escolar e ajuda aos colhedoresdesempregados.

ficou de se reunir com a Secretaria de Educação para decidirquestões como preço e volume. Ele também irá conversarcom prefeitos com vistas ao incentivo do consumo do sucopelos municípios. Os produtores estão na expectativa deque o governador anuncie a compra de suco de laranjaconcentrado para o programa estadual de alimentação es-colar, nos próximos dias. Geraldo Alckmin tambémprometeu ajuda aos colhedores, oferecendo aos prefeitosdos municípios citrícolas a possibilidade de empregá-los, emcaráter emergencial peloperíodo de seis a novemeses, através doprograma Frente deTrabalho.

“O posicionamen-to do governadorGeraldo Alckmin foium passo importantís-simo e demonstra suapreocupação com osetor. Esperamos queas medidas atenuem acrise”, diz Viegas.

Flávio Viegas, presidente daASSOCITRUS

CITRICULTURA

ASSOCITRUS

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protesto realizado pelos citricultores por causa dasituação do mercado da laranja no país já conseguiufazer com que o Conselho Monetário Nacional(CMN) fixasse um preço mínimo de R$ 10,10 por

caixa para, pelo menos, parte da produção que está sendocolhida no momento. A medida, anunciada na quinta-feira,2/8, integra uma série de ações anunciadas para socorrer osetor da citricultura, mas, de acordo com produtores rurais,ainda não resolverá os problemas enfrentados no campo.

O Ministério da Agricultura divulgou que o próximopasso será iniciar leilões de PEP (Prêmio de Escoamentode Produto) e de Pepro (Prêmio Equalizador Pago aoProdutor) para incentivar o crescimento, no mercado interno,de laranja e do suco. Foi autorizada a rolagem de dívidas de

APÓS PROTESTO CONSELHO MONETÁRIONACIONAL FIXOU PREÇO MÍNIMO

custeio e investimentos já vencidos e a vencer nos próximosmeses para pagamento a partir de fevereiro de 2013 e ematé cinco anos. Também liberou a criação de uma linha deR$ 150 mil por produtor para a manutenção de pomares.Ainda nesta semana, o Banco Central deverá divulgar, pormeio de uma resolução, os detalhes das medidas anunciadas.

Essas medidas já refletem um posicionamento deauxílio ao citricultor, diante das manifestações de protestorealizadas nos últimos dias.

Para continuar buscando alternativas para essa situaçãoda citricultura o Sindicato Rural Itápolis havia organizadouma reunião no dia 9 de agosto, às 14h00 no Teatro Mu-nicipal, contando a presença de prefeitos da região, queacabou sendo adiada por causa da convocação para reuniãoem São Paulo, no Palácio dos Bandeirantes, com oGovernador e a Secretaria de Agricultura Estadual.

CITRICULTURA

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Qual a importância do orçamentodoméstico?

-São várias as importâncias que podemosestabelecer para o orçamento doméstico:

-Primeiro é a importância como controleorçamentário da família. É o fato da família poder viver deforma mais organizada com sua renda e com isto ter maiorestabilidade emocional e maior rendimento no trabalho. Otrabalhador em dia com as suas contas, rende mais e comele acontecem menos ou quase nenhum acidente detrabalho. Existem dados estatísticos que provam que otrabalhador desregrado com suas contas sofre bem maisacidentes de trabalho do que o organizado.

Outra coisa, o pai e a mãe que são organizados comsuas finanças dão o exemplo dentro de casa e é de grandeimportância para a formação dos filhos. O filho desse casalvai ser um adulto que sabe administrar a sua renda. Nãovai ficar sem juízo com relação à sua renda. Não vai ficardando cheque sem fundo, fazendo contas semplanejamento, estourando cartões de crédito etc. Já o filhoque não tem bom exemplo dentro de casa não percebe aimportância de ser controlado com o seu dinheiro.

Em segundo lugar é necessário fazer poupança. Cadatrabalhador deve guardar pelo menos de 5 a 10% de suarenda mensal numa poupança para uma garantia futura. Ecom isto, contribui para o caixa do País. A infra estruturade que o Brasil tanto necessita vem do dinheiro dapoupança.

Como a economia mundial pode interferirnegativamente na economia doméstica?

Hoje, fala-se em crise mundial. Começa que o Brasil,hoje, dá um péssimo exemplo em relação a isso. Dá umincentivo que é negativo. Falta esclarecimento para apopulação. Falta educação. O governo anunciou que reduziua taxa de juros e saiu propaganda em jornais e televisão delojas que só incentivam o consumidor a comprar e só sabemvender no crediário. Esses juros são extremamente caros.Com a falta de juízo da população e a falta de informação,a população acredita e sai às compras sem controle nenhum,

ENTREVISTA

CUIDADO COM A ECONOMIA

O professor daInstituição MouraLacerda, MarceloBrandão, alertasobre os riscos

da falta deplanejamento no

orçamentodoméstico.

DOMÉSTICA!

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de maneira desordenada. O que elesquerem é comprar! O governo quermanter a alta do PIB através dascompras da população, e eviden-temente incentivada essas compras viacrediário. Quando isto tudo virarinadimplência, como já está virando,o País vai ter um sério problema decaixa e de instabilidade econômica,talvez pior do que os Estados Unidos.E isso não se restringe à linha branca.Inclusive imóveis com preços baratos,planos mirabolantes e prestações aperder de vista. E repito: quando virarinadimplência o Brasil vai ter uma criseeconômica bem pior do que a dosEUA e do que a que a Europa vivehoje.

Quais os perigos do consumo excessivo parao orçamento doméstico?

O real perigo do consumo excessivo é a ilusão de quesomos uma potência em produção. Hoje, mais de 50% denosso PIB é vendido via crediário. Isso é péssimo. Os EUAquebraram com 70 % do PIB vendido via crediários. Épéssimo! No Brasil as pessoas não compram nada a vista.

A regra é que todos sabem que é muito mais barato emais fácil o trabalhador juntar o dinheiro e comprar a vistae não o faz porque tem a ansiedade da compra. Então eleprefere pagar o juro. O juro tem dois papeis: o do credor edo devedor. Devedor é quando se compra para pagar nocrediário. E tem o papel de credor. O sujeito está guardandodinheiro agora para consumir no futuro.

Ora, eu quero usufruir do produto agora ou no futuro?Se quero usufruir agora, tem um preço. Essa ansiedade é o

preço dos juros. Se eu quero usufruirno futuro, eu tenho um prêmio. Se eutiver paciência, porque os juros são oprêmio da paciência, eu vou juntar odinheiro e os juros vão agir em meubenefício. E vou consumir o produto lána frente. É necessário parar com essehábito de consumir pelo desejo. Não secompra pelo desejo, mas sim, pelanecessidade.

Quais são as dicas úteis parao uso consciente do cartão decrédito?

É o básico. Você não pode pagar ocartão de crédito parcelado. Não existeoutra dica. Cartão de Crédito é para serpago a vista. Os juros do cartão são osmais caros do país e só perde para o

cheque especial. É impossível o individuo não pode pagartantos juros. O cartão é útil. Eu vejo grande utilidade nouso do cartão de crédito. Ele é uma referência. Organiza asdespesas. Quando recebe a fatura você tem tudo o quegastou, ali, organizado. Até o que não se lembra mais quecomprou. Tá tudo ali organizado. O que gastou com lazer,com calçados, com roupas, com combustível, presentes...Aí você consegue ver onde foi gasto e onde está indo o seudinheiro. Agora, quando vencer o cartão, pague a fatura!

Como fazer uma contenção geral de gastos?O indivíduo pergunta: vou ter que reduzir as minhas

despesas, parar de comprar, parar de consumir? Não! Oindivíduo pode comprar o que quiser, viajar para ondequiser, pode ficar no hotel que quiser. Pode comprarsupérfluos etc, desde que isso não provoque desequilíbrio

Marcelo Brandão: “Énecessário parar com esse

hábito de consumir pelodesejo. Não se compra

pelo desejo, mas sim, pelanecessidade”.

PARABOLE

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na sua renda. Muitas vezes, vemos umindivíduo passear com uma Ferrari ecom esse automóvel de alto luxo elepode estar dentro do seu orçamento,isto é, estar consumindo de 5 a 10 %de sua renda. Ao passo que um outroindivíduo, com um carro popularbásico, de baixo custo, pode estartotalmente fora do seu próprioorçamento, consumindo quase 100%de sua renda. Quem vive pior? Oindividuo tem que saber o quanto estágastando. Tem que ser organizado comtoda a sua família. É um atoparticipativo e não coercitivo. Tem quechamar toda a família quando recebe o salário, sentar, fazeruma reunião com todos e dividir quantos por cento é paraa moradia (financiamento, aluguel etc), para água e luz,para a alimentação, para o lazer, para a educação. Faca oorçamento e não fuja dele. Porque se ele se comprometecom a família em gastar 10% do orçamento doméstico comsupermercado e gastar 15%, não vai ter esses 5%. Não vaiter esse dinheiro. A pessoa não pode ir ao patrão e pediresse dinheiro, e dizer que estourou a programação dessemês, e que portanto, quer o dinheiro. Ele vai ter que esperaro mês e isto vai lhe custar juros.

Qual a diferença entre ganhare guardar dinheiro?

A nossa população, lamentavelmente sofre com a faltade educação financeira nesse País. Promovemos muitopouco a educação financeira. Nos Estados Unidos, porexemplo, a educação financeira faz parte do EnsinoFundamental. A criança com 6 ou 7 anos já está aprendendo

como guardar e como organizar suasfinanças e a lidar com o seu dinheiro,para que no futuro seja um adultoestável. Aqui no Brasil, nós ensinamosas nossas crianças a depender dosoutros, nós ensinamos as nossascrianças a depender do governo, adepender do vizinho, a depender debolsa daqui, de cesta dali etc. Então éisso é que faz a nossa população nãoter juízo quanto às finanças. Agorapode ter certeza de que hoje aqui émuito mais difícil gastar dinheirocorretamente do que ganhar dinheirocorretamente. É muito mais difícil

gastar corretamente justamente por esta falta deorganização. É só organizar organiza uma planilha e segui-la corretamente. Quando a gente fala, o pessoal achaexagero. Mas não é exagero! Eu tenho que anotar até umcafezinho que eu tomo, um refrigerante que seja. Eu precisosaber onde gasto o meu dinheiro. Porque no momento deeconomizar, de cortar alguns gastos, eu vou saber ondemexer sem prejudicar o principal dentro da minharesidência. Hoje é muito mais difícil gastar corretamente.

O cidadão comum tem o hábito de colocar assuas contas no papel?

Nós não temos o hábito de colocar as contas no papel.Agora, de uns anos pra cá, devido a esta situação, existe apreocupação de algumas entidades econômicas e já se estáfalando do assunto em jornais, telejornais. Já está havendouma preocupação em propagar isso. Mas ainda está difícil apopulação acreditar nessa educação, acreditar que vivemelhor se viver organizadamente. Acredita que, se a parcelacabe na sua renda, então pode comprar. Não faz calculo.Vamos pegar um exemplo simples do que está acontecendoagora: O individuo não sabe que se guardar o dinheiro ecomprar um carro popular a vista ele está lucrando. Porquese comprar um carro em 60 meses sem juros comopropagam as agências, ele estará pagando não um carropopular, mas sim um carro importado com todos os seusbenefícios. Ele não faz essa conta. Isso é que é lamentável.Porque, se fizesse, estaria comprando melhores produtoscom menos dinheiro do que compra hoje.

-Você que está lendo essa matéria: juízo com o seusalário! Eu conheço várias pessoas ricas e milionárias e elasnão ficaram ricas com o dinheiro que ganharam e sim como dinheiro que deixaram de gastar.

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onforme notificou a Fenabrave, o dia 24 de agostoregistra mais um momento histórico da trajetória daHonda no Brasil. A fábrica de automóveis, instalada em

Sumaré (SP), atingiu a marca de 900 mil unidades produzidas.Um modelo que se tornou sinônimo de inovação da

marca, o New Civic, simbolizou o acontecimento.A escolha não foi por acaso. A linha Civic deu início às

atividades da planta, em 1997. Atualmente, a unidade possuiárea construída de 168 mil m² e um terreno de 1.700.000m², e é responsável pela fabricação de outros dois modelos,New Fit e Honda City.

Em 14 anos de produção nacional, a empresaultrapassou a marca de R$ 1 bilhão em investimentosacumulados no Brasil, sempre focando o alto padrão dequalidade dos automóveis, qualificação de seus profissionaisda fábrica e de sua rede de concessionárias, com o objetivode alcançar o respeito de um exigente consumidor.

No decorrer dos anos, também investiu em novosprocessos produtivos como injeção e pintura plásticas,implementados em 2009, e o Power Train, setor responsávelpela realização de dois dos principais processos para afabricação de motores e de transmissões: fundição eusinagem, que iniciou operações em 2008.

Como resultado do compromisso com osconsumidores brasileiros, os três modelos nacionais damarca: New Civic, New Fit e Honda City estão entre osmais vendidos em suas categorias e contabilizam uma sériede prêmios junto à mídia especializada.

RECORDE DE VENDAS EM JULHO

AUTOS/BRASILFO

TOS

AU

TO E

XP

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SS

HONDA AUTOMÓVEIS ATINGEA MARCA DE 900 MIL UNIDADES

Sinônimo de inovação da marca, o New Civic, simbolizou oacontecimento histórico da trajetória da Honda no Brasil.

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PERFIL

Clodoaldo Campos

uando e como você se iniciou no

mundo sindical?

– Sai do movimento estudantil em Brasília, onderesidia, no inicio de 1979 e, em seguida, ingressei nomovimento sindical em Santa Rosa de Virterbo,

motivado a ajudar a reagir e derrubar o regime militar.

Qual a importância do Sindicato para o

trabalhador atual?

– O Sindicato sempre foi muito importante para ostrabalhadores (as), pois luta para manter as conquistas, porexemplo: Férias, 13º Salário etc e busca avanços, à medidaem que se mudam as relações do trabalho neste mundototalmente informatizado, globalizado.

SINDICALISTA POREXCELÊNCIA

Muito além da abrangência dosindicato que preside, Clodoaldo é um

acirrado militante das causastrabalhistas, um dedicado companheiro

dos sindicatos de todas as categorias.Integrante do Grupo de Trabalho do

Conselho Sindical Regional, objetivo, falasobre o que o motivou e o motiva a ser um

sindicalista por excelência.

RENATO LOPES

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Existem políticas públicasfavoráveis ao sindicalismo?

– Não existe nenhuma política pública favorável aosindicalismo, muito pelo contrário, sofremos constantesataques em todas as esferas administrativas no sentido deacabar com os sindicatos no Brasil.

O que é o Conselho Sindical equal a sua importância?

– O Conselho Sindical, nos dias atuais, buscaincentivar, ativar novamente a união de todos os sindicatosno sentido de sanar pendências trabalhistas e as reaisquestões trabalhistas, daí asua importância.

Você, hoje, é uma grande liderança sindical.Como isso aconteceu?

– Gosto muito do movimento sindical, daí procureidar o máximo de mim para a causa. Procuro sempre fazeraquilo que gosto e que é útil ao trabalhador.

Desde o início você topou coordenar oGrupo Gestor da Festa do Trabalhador.Por que?

– Os sindicatos do Brasil naquele momento daprimeira festa do Trabalhador, sofriam um ataqueavassalador de organismos contrários à organização ecusteio das entidades sindicais. Entendi então, que era omomento das entidades sindicais voltarem às ruas, daí topeiorganizar o evento 1º de Maio em Ribeirão Preto e buscarcolocar o maior numero possível de trabalhadores (as) nestafestividade. E conseguimos, unimos mais ainda osSindicatos, as 5 principais Centrais Sindicais (CSP, CTB,FORÇA SINDICAL, NCST E UGT) e para 2013 jáplanejamos aumentar ainda mais a participação popularno evento.

A realização desse evento é importantepara o trabalhador do interior?

– Com essa festa conseguimos colocar os trabalha-dores do interior no mesmo patamar dos trabalhadores dacapital, afinal a nossa participação no PIB nacional já émaior do que a participação dos da capital.

Quais os maiores obstáculos para arealização da Festa do Trabalhador?

– A falta de patrocínio. Não podemos contar com ofinanciamento da classe patronal, defendemos os tra-balhadores. Nossa Prefeitura sempre de última hora dizque não tem dinheiro pra ajudar e também não disponibiliza

de nenhum valor no orçamento anual para esse fim, emboraestejamos inclusos no calendário de eventos oficiais domunicípio. Só promessas. Vale disser que essa festa contacom total apoio do Sistema Mega de Comunicação(Conquista, Mega ), da HD Eventos, Centrais Sindicais e daunião por parte dos Sindicatos da cidade e de algumasempresas da cidade, que tem participação bastanteinexpressiva considerando-se o custo total do evento.

Como os Sindicatos estão vendo o sucessodessa terceira edição da Festa?

– Com muito otimismo.PrPrPrPrPretende continetende continetende continetende continetende continuar cooruar cooruar cooruar cooruar coordenando a Fdenando a Fdenando a Fdenando a Fdenando a Festa?esta?esta?esta?esta?

– Se essa for a vontade dos outros gestores, sim.

Pode adiantar algumas novidades parao ano que vem?

– A idéia inicial é realizar o evento no mesmo local,porém considerando o aumento da participação popular,teremos que ocupar a Praça Carlos Gomes também, e buscarnaquele local mais participação das crianças.

NOME COMPLETO: Clodoaldo do Carmo CamposNATURALIDADE: Santa Rosa de Viterbo/SPPRATO PREFERIDO: RabadaFILME: Filme, gosto de dois: “Eles não usam Black Tie”, e“Cabra Marcado pra Morrer”ATOR: Gianfrancesco GuarnieriATRIZ: Fernanda MontenegroMÚSICA PREFERIDA: Sertanejo Raiz (todas)ABOMINÁVEL: CovardiaLOUVÁVEL: Ajudar o próximoDEFEITO: Falar o que eu pensoQUALIDADE: Lutar sempreUM CARA IMPORTANTE: Luis Inácio Lula da Silva

PING PONG

“O Conselho, atualmente, busca a união de todos os sindicatos”

RENATO LOPES

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1818181818 Julho/Agosto/2012

TRABALHADORESSUPERLOTAM A PRAÇA XV

1º DE MAIO DE 2012

A Festa do Trabalhador, na sua terceira ediçãorecebeu público estimado em

50 mil pessoas. Os trabalhadorese famílias superlotaram todo o espaço e

permaneceram no local das10 às 23 horas.

montagem e a infraestrutura da III Festa doTrabalhador, evento que já figura no calendário oficialdo município, foram executados sob a chuva fria econstante que assolou a região durante os dois dias

que antecederam o 1º de maio. Todos os envolvidos noevento trabalharam com os olhos voltados para o sucessoda árdua empreitada que resultou num sucesso acima detodas as expectativas.

PÚBLICO PRESENTE DESDE O INÍCIOPela manhã, inúmeros trabalhadores já engrossavam

as filas para aferição de pressão arterial e testes de glicemia,serviços oferecidos pelo Portal da Saúde. Foram efetuadoscentenas de cortes de cabelo, massagens relaxantes eorientações preventivas do Departamento de Controle deZoonoses. Já nesse horário registrou-se intensa procura peloscupons dos sorteios realizados no evento. Foram dadastambém nesse espaço orientações para aqueles interessadosem se aposentar. Dr. Hilário Bocchi, ao ver a procura e aparticipação do trabalhador declarou: “No próximo ano,intensificaremos a nossa participação. Pensaremos embrindes mais expressivos e corresponderemos ainda mais

Coriolano José

Público presente à 3ª Festa do Trabalhador, final da tarde do dia 1º de maio, que permaneceu na Praça XV até o final do evento

CORNÉLIO JR.

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Julho/Agosto/2012 1919191919

ao brilho que tem essa festa”.Foi montado neste ano, amplo espaço de alimentação,

desenvolvido pelas entidades filantrópicas convidadas e quede pronto toparam participar da Festa. Estiveram presentesAsilo Nosso Lar, Associação de Apoio ao Psicótico, CasaReluz, Centro Cultural Ogum – Oya, Círculo Operário daVila Tibério, Crescendo em Família, El Shama, GrupoMulheres Unidas Ribeirão, Lar Padre Euclides, Messe Amor,Missionários da Luz, Ribeirão em Cena e Sonho Real. ParaJussara Marcelino, do Grupo Mulheres Unidas, o eventosuperou as expectativas: “Não tínhamos noção do que nosesperava. Foi excelente. O Grupo Gestor deu-nos todo apoiopara que participássemos”. Mara Sílvia Alexandre Costa, daentidade espírita Missionários da Luz, considerou o eventocompensador: “Foi diferente de tudo o que já participamos,vendemos todo o nosso estoque e tivemos que ir emboraantes de terminar a Festa. Vendemos 2.000 espetos”. CláudiaR.K.Joaquim, do grupo Ribeirão em Cena achou a Festamaravilhosa: “Ficamos bastante satisfeitos com a acolhida,atendimento e oportunidade dada a nós pelos sindicalistas.Superou tudo o que pensávamos e, se nos aceitarem, estamosinscritos, desde já, no próximo evento.”

Por volta das 11 horas, foi encenada no grande palcoorganizado pela Mega FM e Conquista FM, a peça infantil“Os três porquinhos”, com a presença de grande público.

Às 14 horas deu-se a abertura da Festa que contoucom a presença da Prefeita Municipal Darcy Vera, doDeputado Estadual Rafael Silva, do vereador André Silva ede inúmeras outras autoridades, além das centrais sindicaisrealizadoras desse evento unificado, CSP, CTB, NCTB,FORÇA SINDICAL E UGT, por meio de seusrepresentantes.

Em seguida começaram as apresentações artísticas.

Nesse momento a praça já estava inundada de trabalhadoresque lá permaneceram até a última apresentação, por voltadas 23 horas. Todos os ambientes da praça ficaram lotados,bem como as ruas do calçadão.

SORTEIOS E PREMIAÇÃOCada sindicato participante recebeu sua cota de cupons

para distribuir junto a sua base. Esses cupons foramdepositados na urna presente no local até as18h30. Casonão levasse o seu cupom preenchido, o trabalhador podeadquiri-lo junto a tenda de seu sindicato ou central sindical.Ainda nas barracas filantrópicas ficaram disponíveis cupons.Cada cupom pode ser trocado por um quilo de alimentonão perecível menos sal, o que também ajudou as entidades.

Neste ano, foram sorteadas 5 motos 0km, bicicletas,cestas básicas, TVs de plasma, geladeiras, liquidificadores,micro-ondas, notebooks, fogões e outros, conseguidos pelogrupo gestor do evento junto ao comércio e por meio decolaborações dos sindicatos participantes.

Apresentaram-se no palco: Rio Negro e Solimões, Leo

À noite os trabalhadores continuaram assistindo aos shows,dançando, cantando ....

...e festejando a premiação de cada trabalhador sorteado. Rosalvoe Clodoaldo Campos entregaram a moto ofertada pelo SEAAC

CORNÉLIO JR.

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2020202020 Julho/Agosto/2012

Magalhães, Jana Lima, Robin e Roger e Banda, Grupo ObaOba Samba House, Rogério e Adriano, Tom e Arnaldo,Cássio (TIM Maia Cover), Jonathan e Paulinho e GrupoInspira Samba.

SEGURANÇA E INFRAESTRUTURAForte aparato de segurança contribuiu para a ordem

no evento deste ano. O evento transcorreu até o seu finalsem a menor ocorrência policial. O policiamento foi feito

de maneira ostensiva e cordial com todos os participantes.Também permaneceu no local uma ambulância da empresaCene Hospitalar com médico e enfermeira na parte damanhã e tarde. A Prefeitura Municipal através de algumassecretarias deu suporte para que o evento fosse viabilizado.Ressaltamos aqui a presença da Secretaria da Infraestruturae da Fiscalização.

ORGANIZAÇÃOO evento foi realizado com o intuito de promover o

trabalhador de nossa região, defendendo posições quecontemplam a realidade que vivem, tais como: Manutençãoda Contribuição Sindical – Não à flexibilização da CLT –Valorização do M.T.E. – 40 horas semanais sem redução desalários – Valorização do Salário Mínimo – Fim do FatorPrevidenciário – Valorização das Aposentadorias – Igualdadeentre homens e mulheres – Reforma Agrária – TrabalhoDescente – Valorização do Serviço Publico e do seu Servidor– Educação e Qualificação Profissional.

Foi coordenado pelo Conselho Gestor chefiado porClodoaldo Campos do SEAAC – CSP, e constituído porValdir Avelino – CTB, Santa Regina Zagretti, gestorafinanceira – Força Sindical; Jarbas Cafolla, gestor articulador- NCST; Nilseleno Martins da Silva e Adriane Moscardini,gestores comerciais – UGT.

“A Festa do Trabalhador de Ribeirão Preto povoará alembrança do trabalhador que lá compareceu até o próximo1º de maio de 2013, data em que os sindicatos e as centraisenvolvidas farão muito mais para brindar esses bravosconstrutores de nossa nação. Tudo transcorreu dentro deinvejável ordem, paz e muita alegria. O evento foi aplaudidopor todos. Agradecemos a todos os companheiros e a todosque direta ou indiretamente colaboraram para que tudo issoacontecesse”, declarou Clodoaldo Carmo Campos, coorde-nador do evento.

1º DE MAIO DE 2012

As bandeiras das centrais davam um tom especial para a festa. Outro ângulo da “inundação da praça” pelos trabalhadores.

O ponto alto dos shows: a dupla Rio Negro e Solimões.

CORNÉLIO JR.

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DISSÍDIO COLETIVO

A ÚLTIMA FERRAMENTA DOSTRABALHADORES

Sindicalistas, trabalhadores e advogado comentam o Dissídio Coletivo,importante instrumento jurídico da Legislação Trabalhista.

ebedouro é considerado um dos municípios de maiorprodução citrícola do interior de São Paulo. Quasedez mil trabalhadores da base do Sindicato dosEmpregados Rurais de Bebedouro e Região estão

em pleno dissídio coletivo. A situação não é das melhores:há estagnação no mercado internacional do suco de laranja,indústrias preveem uma redução de até 40% da colheita,portanto, será necessário menos mão de obra.

Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento,o volume exportado de suco de laranja em junho desteano atingiu 125,8 mil toneladas, queda de 33,65% emrelação as 189,6 mil toneladas de junho de 2011 e baixa de9,56% ante as 139,1 mil toneladas de maio.

Como não há acordo entre os trabalhadores e asempresas terceirizadas de colheita, a briga vai parar naJustiça Trabalhista para decidir o dissídio coletivo.

“Se a gente não for pra briga, os trabalhadores vãopassar fome, porque eles não têm culpa de crise nasexportações, eles têm contas para pagar e obrigação decolocar comida em casa”, reclama o sindicalista Gonçalodos Santos.

Esta é a situação da apanhadora de laranja, Maria LúciaMartins, 43 anos, que sobreviveu por quase três décadasnos pomares da região. Chefe de uma família de quatropessoas, ela joga as esperança no dissídio coletivo parasonhar com a garantia de remuneração.

“Se não brigar, o povo não paga o que a gente pede,a vida toda foi assim”, comenta a trabalhadora.

Para o sindicalista, as indústrias de suco promovempouca distribuição de renda em vista do que lucram todosos anos e a pressão sindical é a única forma de conseguiraumentar os ganhos.

O advogado trabalhista Luís Cláudio Mariano explicaque os dissídios coletivos são ações judiciais apresentadasna Justiça do Trabalho, na tentativa de solucionar o conflito

entre patrões e empregados:“Tudo começa com uma série de reuniões entre

trabalhadores e a direção da empresa para ver se entram emacordo. Isto pode ocorrer dentro das empresas, intermediadopelos sindicatos ou até nas delegacias regionais do Trabalho.Quando esta etapa não dá em nada, a categoria vai à Justiçae pede a criação do dissídio coletivo onde são apresentadasas reivindicações dos trabalhadores”, detalha o advogado.

O dispositivo está nas Consolidações das Leis Tra-balhistas (CLT), legislação criada na década de 40, mas quepassou por várias emendas nas últimas décadas.

No estado, uma das categorias mais mobilizadas é ados cortadores de cana. Eles estão organizados em dezenasde sindicatos ligados à Federação dos Empregados RuraisAssalariados do Estado de São Paulo (Feraesp).

A disputa salarial mais notória foi na greve de 1984quando 10 mil cortadores cruzaram os braços contra ascondições de trabalho e os maus salários.

“E os trabalhadores estavam cansados das altas tarifascobradas pelas prefeituras e também reagiram comprotestos”, recorda Gonçalo dos Santos, sindicalista deBebedouro, e diretor da Feraesp.

Aline Fuloni

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Em maio de 1984, pleno dissídio coletivo doscortadores, a sede do Serviço Municipal de Água e Esgotode Guariba foi depredada pelos trabalhadores. O ato ocorreuem plena vigência da Ditadura Militar.

Passados quase 30 anos, as violentas greves ficaram nadécada de 80, mas os trabalhadores permanecem no mesmoconflito com as usinas, mas um fator novo reduziu o poderde negociação dos cortadores de cana:

“O processo de mecanização do corte da cana está em

Por entendimento do Tribunal Superior do Trabalho (TST) os servidores públicos não têm direito a acordos e convençõescoletivos de trabalho, portanto estão fora do dissídio coletivo.

“Não podemos entrar com ação na Justiça do Trabalho quando os governos deixam de negociar, porque as nossas normas sãoregidas por estatutos, feitos pelas câmaras municipais, assembleias legislativas, Câmara e Senado Federal”, explica Paulo César dosSantos Alves, diretor do Sindicato dos Professores da Rede Estadual de Ensino (Apeoesp).

De acordo com o sindicalista, a única forma de pressão dos servidores é a greve, desde que esteja regulamentada por lei federal.Os funcionários de serviços essenciais e militares são proibidos de fazer greve.

“Mas mesmo quem pode fazer greve nem sempre obtém resultado, como os professores das faculdades federais que estãoparalisados há quase 90 dias, sem qualquer chance de verem atendidas suas reivindicações”, conclui Alves.

ritmo acelerado. Só nesta safra, 93% da colheita e 72% doplantio estão sendo feitos com o uso de máquinas”, citaSantos. No Brasil, a negociação salarial é feita por setecentrais sindicais: Central Única dos Trabalhadores, Cen-tral Sindical de Profissionais, Força Sindical, União Geraldos Trabalhadores , Nova Central Sindical dos Trabalhado-res , Central Geral dos Trabalhadores do Brasil e Coorde-nação Nacional de Lutas. Elas dividem a coordenação de15 mil sindicatos dos trabalhadores em nosso país.

SEM DISSÍDIO

O processo de mecanização do corte da cana está em ritmo acelerado. Só nesta safra, 93% da colheita e 72% do plantio estão sendo feitoscom o uso de máquinas. Esse fator novo reduziu o poder de negociação dos cortadores de cana.

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CAPITAL X TRABALHADOR

CONSELHO SINDICAL REGIONAL CONTRA ATERCEIRIZAÇÃO E A BANALIZAÇÃO DA CLT

ecepcionado pelo Vereador André Luiz da Silva, na CâmaraMunicipal de Ribeirão Preto, o Conselho Sindical Regionalrealizou no dia 13 de junho, às 9h00 importante audiênciapública em defesa da CLT e do M.T.E. - Ministério do Trabalho

e Emprego, Contra a Terceirização.A mesa diretora foi composta por : Dra. Maria Helena Fortes

Henrique Faria de Vergueiro, gerente regional do Ministério doTrabalho e Emprego em Ribeirão Preto; Clodoaldo Carmo Campos,representante do Conselho Sindical Regional e José Augusto SilvaFilho, coordenador Nacional do Fórum Sindical do Trabalho.

Os sindicalistas e simpatizantes compareceram em massa, dandoao evento o peso que o assunto merece. Todos os sindicatos filiados doConselho Sindical discordam da Terceirização e da crescenteapresentação de Projetos de Lei por parte de deputados e senadores,que somente se lembram do trabalhador nas eleições, porém, na surdina,fazem o jogo dos patrões esquecendo-se da importância do bem estardaquele que constroi a nação - o trabalhador.

ABERTURA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA

Clodoaldo Campos, representante sindical na mesadiretora, fez o primeiro discurso chamando os companheirosà razão, fazendo o seguinte apelo:

“Companheiros, não se vislumbra nada que melhore

o quadro que estamos vivendo. Estão precarizando oMinistério do Trabalho e Emprego.. As leis não estão sendocumpridas e o que é pior, o movimento sindical, as centraissindicais não estão dando importância a essa crescenteviolação das leis trabalhistas. Temos que fortalecer ossindicatos e ir à luta. A terceirização cresce a olhos vistos enão estamos fazendo nada. Não estou entendendo asCentrais Sindicais”, desabafa.

Em seguida a Dra. Maria Helena fez uso da palavrabrevemente, parabenizando a realização do evento,declarando ser muito importante a discussão dostrabalhadores, enfrentando a terceirização. “Nós, doMinistério do Trabalho, defendemos os direitos dostrabalhadores e é importante que eles discutam e semovimentem pelos seus direitos já conquistados”.

Logo após, em seu discurso, o Sr. José Augusto SilvaFilho, esclareceu estar em campanha nacional contra aterceirização e outras causas, pelo fortalecimento doMinistério do Trabalho e Emprego:

“Companheiros, o apelo do Clodoaldo é fato. Ele estáchamando todos para o combate. Existem projetos noCongresso Nacional que alteram a CLT. Uma das herançaspiores que herdamos de políticas erradas é o Banco deHoras. O Brasil preocupa-se em aumentar o PIBimportando posições da China. Porém estamos importando

Mesa diretora da Audiência Pública em Defesa da CLT e do MTE, contra a Terceirização. Da esquerda para a direita:José Auguto Silva Filho (FST Nacional), Clodoaldo Campos (SEAAC-CSR), André Luiz da Silva (Vereador),

Dra Maria Helena Fortes Henrique Faria de Vergueiro (MTE)

Coriolano José

NEWTON BARBOSA

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a parte podre da China que é o desrespeito ao trabalhador,que é o desprezo pelo social. Estaremos ainda hoje emCuritiba discutindo num grande evento a Justiça do Trabalho.

Se quisermos mantermo-nos alertas contra essesdesmandos, temos que fortalecer os sindicatos. Vamos àluta”.

Em seguida o mestre do cerimonial, Vereador AndréLuiz, desfez a mesa e solicitou aos palestrantes que inicias-sem suas falas, dando sequência à audiência.

Foram convidados os seguintes palestrantes: Dr. TárcioJosé Vidotti – Juiz da Vara do Trabalho, representante daANAMATRA - Associação Nacional dos Magristrados doTrabalho; Dr. Jorge Marcos de Souza - representando a OAB;Chico Bezerra – representante do FST - Fórum Sindical doTrabalho do Estado de São Paulo e o Dr. Marcelo HenriqueRibeiro da Silva – representando o Conselho Sindical daRegião de Ribeirão Preto e representante legal na AméricaLatina da Rede Internacional de Advogados Trabalhistas eda Rede Internacional de Advogados Sindicais.

PALAVRA DO DR. TÁRCIO JOSÉ VIDOTTI

Ao iniciar sua fala o Dr. Tárcio José Vidotti, esclareceuestar colocando a posição do órgão que representa: aANAMATRA.

E prosseguiu: “A Terceirização é a contratação de mãode obra mais barata substituindo o empregado. Gera umasituação totalmente vedada pela lei e pelas jurisprudências.

Na ditadura, a Lei 5745 gerou pontos de apoio àterceirização. O processo de terceirização proliferou – o TSTcombateu através de Súmula. A súmula 331 arrombou asportas do combate à terceirização. Admite a terceirizaçãona atividade-meio. Trouxe a possibilidade de terceirização.Evoluiu a súmula. A terceirização começou a acontecer emtodos os sentidos, na atividade meio e na atividade fim.

O artigo 71 da Lei das Licitações é funcional para aterceirização. O Supremo Tribunal Federal exige o fim daresponsabilidade do ente público. Isto vem a ser umapunhalada nas costas da classe trabalhadora.

O Supremo Tribunal Federal tem anulado as decisõesdos juízes para que seja sempre excluída a responsabilidadedo ente público.

É o advento, é a glória do GATO. As empresas queprestam serviços terceirizados funcionam como o GATO.O movimento sindical deixa que o GATO continue cre-scendo.

Não tenho visto as Centrais Sindicais envolvidas nesteprocesso. Não se trata de problema técnico mas trata-se deproblema social. Todos os trabalhadores desse processo deterceirização no final ficam e vão continuar ficando a vernavios.

A luta contra a terceirização é inglória. Toda a mídia éfavorável à terceirização. Grandes âncoras e grandes

Mesa formada pelos palestrantes convidados pelo Conselho Sindical Regional.Da esquerda para a direita: Dr. Marcelo Henrique Ribeiro da Silva, Dr. Jorge Marcos de Souza,

André Luiz da Silva, Dr. Tárcio José Vidotti e Francisco dos Santos Bezerra.

PARABOLE

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articulistas figuram na folha de pagamento das grandesempresas. O combate é muito difícil.

Porém a terceirização tem pernas de barro:- A responsabilidade terá que ser solidária.- A responsabilidade de cumprimento dos direitos

trabalhistas tem que ser da terceirizada e da empresacontratante.

A terceirização é um processo nefasto. Deu erradono mundo inteiro. E agora o Brasil quer copiar algo quedeu errado a bem do enriquecimento econômico. Éinaceitável que o Estado seja o primeiro a criar a discri-minação social pelo trabalho.”

“Vamos reativar a solidariedade sindical. Vamosreativar a Greve Geral”, finalizou o magistrado.

PALAVRA DO DR. JORGE MARCOS SOUZA

“ O movimento sindical está adormecido.As leis trabalhistas vieram para piorar a situação do

trabalhador.A fala do Dr. Tárcio é muito importante. Praticamente

nada há a se acrescentar. “Enquanto existirem serviços ru-ins a sociedade não pode ser justa”.

No Brasil as coisas não acontecem por busca de justiçasocial. A liberdade dos escravos foi por pressãointernacional. Até o trabalho do menor foi abolido porpressão internacional.

As elites pensam que são especiais e que nãofazem parte do Brasil. É necessário buscar odesenvolvimento de todas as pessoas.

Os sindicatos, nós como nação, temos que tomarcuidado com os golpes contra os trabalhadores”, concluiu.

PALAVRA DO CHICO BEZERRA

“SALVEMOS A CLT – No país o velho e o idososão considerados inúteis, cartas fora do baralho. Há dezanos defende-se a CLT. O Brasil é feito pelos trabalhadores.

A Cúpula da Cut e a da Força Sindical são a favor dopoder e dos empregadores.

Falta-nos socializar as nossas lutas. O Fórum Sindicaltrabalha para isso. Hoje querem jogar fora a CLT e defendero Código do Trabalho.

Devemos ficar de olhos abertos nas PECs, devemosestar sempre atentos e não deixarmos o Congresso votarprojetos que prejudicam o trabalhador. Temos que fazercampanha para fortalecer o Ministério do Trabalho eEmprego. O Congresso nacional tem a maioria dosparlamentares contra os trabalhadores.

A terceirização é um mal que continua fazendo mal,espero que façamos campanha para desterceirizar.Precisamos parar de apagar incêndio”, enfatizou.

PALAVRA DO DR. MARCELO HENRIQUERIBEIRO DA SILVA

“Terceirização é um reprocesso trabalhista, temos quenos unir em nossas entidades sindicais, pois precisamos de

PARABOLE

José Augusto Silva Fiho, coordenador nacional do Fórum Sindical:“Estamos em campanha nacional contra a Terceirização e pelo

fortalecimento do Ministério do Trabalho e Emprego”.

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2626262626 Julho/Agosto/2012

CARTA DE RIBEIRÃO PRETO

sindicatos comprometidos com a classe trabalhadora parauma sociedade mais justa e igualitária”. A seguir leiam aíntegra dos dois últimos parágrafos do discurso do Dr.Marcelo Henrique Ribeiro da Silva:

“(......) Finalmente após esta intervenção, é louvável a iniciativadesta audiência pública. O que importa é o combate à terceirização, ocombate à flexibilização dos direitos trabalhistas, e isto é o papel domovimento sindical em defesa dos direitos fundamentais. Os sindicatosque são combatidos até hoje, que enfrentaram duas ditaduras, lutampara humanizar ainda que um pouco o capital, criaram diretamenteos direitos sociais que temos e quase todos foram incluídos no artigo 7ºde nossa constituição. Eles estão presentes nos principais registros denossa história; elegeram um presidente e sua sucessora, e jamais securvaram, e jamais se curvarão. Enfim, o sindicato deve ser único,livre, forte, democrático/representativo de resistência, autônomo, para

defender direitos e interesses da classe trabalhadora, dos direitostrabalhistas, sociais e políticos. Sindicato único, custeado não peloestado, patrões, partidos, por organizações de fora, mas pelostrabalhadores de sua categoria, todos, filiados ou não. Um sindicatocomprometido com a construção de uma sociedade justa, solidária eigualitária, tal como foi traçada em nossa constituição, para combatersem tréguas a terceirização e a flexibilização dos direitos trabalhistas,que foram conquistados com árduo esforço da classe trabalhadora.

Não podemos aguardar os prazos e as ações judiciais, temos quenos mobilizar, para estancarmos a terceirização e a flexibilizaçãodos direitos trabalhistas, porque o tempo político é diferente do tempojurídico.

Afinal, a liberdade sindical tem o mesmo tamanho da liberdadepolítica, todos à frente, e VIVA O SINDICATO e VIVA ALIBERDADE”, ressaltou o advogado.

No final da Audiência, que teve a duração de 3 hforam aprovadas pela plenária as seguintes propostas:

Contraposição ao projeto de lei 4330/04 dodeputado Sandro Mabel e ao substitutivo do relatordeputado Roberto Santiago pois se aprovado da formacomo está representará uma reforma trabalhista queprecariza o trabalho e compromete enormemente o fu-turo do país;

Apoiar a Nota Técnica de março de 2012 emitidapelo presidente da ANAMATRA – Associação Nacionaldos Magistrados do Trabalho que tem como objetivoapresentar sugestões que tornem jurídica e socialmenteviável o PL 4330/04;

Apoiar a Nota Técnica nº 001/2011 da ANPT –Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho, cujosprofissionais sugerem modificações ao projeto 4330/04 eao substitutivo do Relator;

Contraposição à PEC 369 que propõe a pluralidadesindical;

Comunicar o resultado desta Audiência Pública aopresidente e vice-presidentes, bem como a todos osdeputados membros integrantes da Comissão deConstituição e Justiça e de Cidadania – CCJC;

Apoiar e fortalecer o M T E através dos ConselhosSindicais Regionais e do Conselho Sindical Estadual esuscitar as Centrais Sindicais na luta para melhorar ascondições de trabalho e estruturação de suas sedes regionais;

Apoiar a manutenção atual do custeio dos sindicatos; Repudiar toda tentativa da classe política de

precarização do trabalho, seja através da terceirização damão-de-obra ou através da flexibilização da CLT;

Apoiar o posicionamento da Rede Internacional deAdvogados Sindicais no que diz respeito ao fortalecimentodos sindicatos e da liberdade sindical.

ANAMATRA – Associação Nacional dos Magistrados Trabalhistas, OAB –RP Ordem dos Advogados do Brasil, M T E – Gerência Regional do Trabalhoe Emprego de Ribeirão Preto, CSR – Conselho Sindical Regional deRibeirão Preto, Rede Internacional de Advogados Sindicais - Brasil,SEAACRP – Sind. dos Empregados em Assessoramento Contábeis deRibeirão Preto , Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Extrativas deRibeirão Preto e Região, Fórum Sindical dos Trabalhadores do Estado deSão Paulo - FST/SP-FENADV, Sindicato dos Trabalhadores Frentistas deRibeirão Preto e Região, Sindicato dos Trabalhadores em Processamentode Dados do ESP – SINDPD, Sindicato dos Enfermeiros dos Trabalhadoresem Estab de Saúde de Ribeirão Preto – SINSAUDE, Centro Profissionaldo Sindicato da Saúde de Ribeirão Preto – CEPROSIND, Fórum Sindicaldos Trabalhadores Nacional FST/Nacional, Sindicato dos Empregados emEstabelecimentos Bancários de Ribeirão Preto, Sindicato dos Comerciáriosde Ribeirão Preto – SINCOMERCIÁRIOS, Vereador André Luiz da Silva –

PC do B de Ribeirão Preto, Sindicato dos Eletricitários de Ribeirão Preto –SINDLUZ, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Pontal, Sindicato dosTrabalhadores na Indústria de Papel de Luiz Antonio, Sindicato dosProfessores e Auxiliares em Administração Escolar – SINPAAE, Sindicatodos Empregados Rurais de Ribeirão Preto e Região, Sindicato dosServidores Municipais de Sertãozinho, Sindicato dos Trabalhadores emHotéis de Ribeirão Preto e Região, Sindicato dos TrabalhadoresMetalúrgicos de Ribeirão Preto e Região, Sindicato dos Empregados emEstacionamentos de Ribeirão Preto, Federação da Saúde do Estado deSão Paulo, Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Franca , Sindicatodos Empregados em Estabelecimento Públicos de Cravinhos, Sindicatodos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas de Ribeirão Preto, Sindicatodos Trabalhadores nas Indústrias do Álcool de Ribeirão Preto e Região,Universidade Barão de Mauá de Ribeirão Preto

ENTIDADES QUE COMPARECERAM À AUDIÊNCIA PÚBLICA

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PSICOLOGIA

oje, o mercado de trabalho sefirma em incertezas. O capi-tal físico suplanta, sufoca ocapital humano. Quem perdeé o cidadão comum, portador

da mão de obra, que é tão essenciale integrante de toda e qualquersociedade. É fundamental que hajauma profunda conscientização dasclasses dominantes, visto que setornam arrogantes ao raciocinarque não dependem da classetrabalhadora, como se fosse umfavor pagar o salário ao trabalhador.

Uma pseudo superioridadeatinge os mais ricos anestesiadospela situação econômica favorável,sem reconhecer que, na realidade, todos estamos interligadose interdependentes. A matéria prima para se tornar capitalpassa por todo um processo envolvendo uma gamaconsiderável de pessoas.

Os que estão na base da pirâmide tendem a sermassacrados. E o são. Cada vez mais o salário é desvalorizadopor meio do engano de que o que onera é o ganho dotrabalhador que produz.

A sociedade desconsidera o social cada vez mais,considerando-se os crescentes números da violência, quetem como causa principal a desigualdade social.

O pai de família, vendo que o seu trabalho é insuficientepara suprir suas despesas básicas trabalha sem entusiasmo,dando cada vez menos de si. Isto vai desmotivando, desa-nimando o profissional que vê o seu empenho banalizado

A ARROGÂNCIA DAS ELITESpela mão de obra terceirizada e vaivislumbrando o degringolar de seussonhos e esvanecerem as suasesperanças.

E sem esperança o profissionalvai se rendendo às ofertas doentorpecimento através de álcool edrogas para tentar passar os dias quese avistam, esvaziados de uma boaperspectiva para si e para os seusfilhos. O que ele fazia com amorhoje é descartado e substituídoarrogantemente num terrívelreconhecer da velada realidade: “Sequiser trabalhar, é isto que vamospagar”. Não pode haver esperançaao ver o Poder Público auto-

valorizar-se por meio de salários mirabolantes em contrasteao salário mínimo. A corrupção corre solta. As injustiçassociais abundam. O cidadão está sendo massacrado.

Os danos psicológicos do profissional preterido sãotremendos. Ele acaba concluindo que a loteria, o roubo, otráfico, são as únicas maneiras de se melhorar de vida. Osmais jovens embrenham-se no tráfico. O uso de drogas éintensamente incentivado pelas desigualdades sociais, frutodo trabalho não reconhecido.

O que a sociedade precisa considerar é que quemenriquece é minoria e a maioria que gera as riquezas vaireagir em todos os níveis, não apenas na autoagressão. Éiminente se considerar que as conseqüências disto tudo, acurto ou longo prazo, serão desastrosas para todos nós.

Luiz Manoel Marzola - psicoterapeuta

PARABOLE

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ecentemente foi veiculada pelaimprensa a mais cruel e devas-tadora agressão a tudo que sepossa vislumbrar no que tange os

direitos e garantias fundamentaiscatalogados em nossa Constituição Fe-deral, o direito à vida. Isso semolvidarmos os direitos sociais tambémconsagrados no texto constitucional. Oartigo 5º da Constituição Republicanaassim dispõe: “Todos são iguais perante alei, sem distinção de qualquer natureza,garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeirosresidentes no País a inviolabilidade dodireito à vida...”

Quanto aos direitos sociais, inte-grantes do rol de direitos e garantiasfundamentais, estão assegurados nomesmo diploma constitucional, pre-cisamente no artigo 6º ao dispor: “Sãodireitos sociais a educação, a saúde, a ali-mentação, o trabalho, a moradia, o lazer, asegurança, a previdência social, a proteção àmaternidade e à infância, a assistência aosamparados...”

Mas porque chamo atenção doCaro leitor aos preceitos acimatranscritos? Explico. Como havia dito,recentemente, esses direitos foramflagrantemente violados. Mas não setrata de nenhum caso inédito, pois,infelizmente, casos como esses vemocorrendo. Veja a reportagem abaixocomo exemplo (do Correio Braziliense):

“O secretário de Recursos Huma-nos do Ministério do Planejamento,Duvanier Paiva Ferreira, morreu às5h30 de quinta-feira (19), aos 56 anos.Após sofrer um infarto agudo domiocárdio quando estava em casa, na303 Sul, foi levado aos hospitais SantaLúcia e Santa Luzia. Mas, sem um talãode cheques em mãos, teve o atendimento negado.Ele era conveniado da Geap, plano não cobertopelos dois hospitais, segundo as centrais

de atendimento.”A seguir o pronunciamento dos

Ór-gãos de defesa ao consumidor:“Órgãos de defesa do consumidor

ouvidos pelo Correio consideraramgravíssima a recusa de atendimento aDuvanier, vítima de infarto. O artigonº 39 do Código de Defesa doConsumidor (CDC) determina, em seuinciso 5º, que o prestador de serviçonão pode exigir “vantagem manifestamenteexcessiva” do consumidor — caso noqual se encaixa o caução, uma vez queo próprio plano de saúde é a garantiado hospital.”

Reitero que fatos como esseacontecem cotidianamente, sem sequerserem noticiados. Precisou acontecercom um alto funcionário do governofederal para chamar a atenção do poderpúblico.

Visto que as narrativas explanadasdemonstram o quanto essas práticasodiosas ainda persistem em violar osdiretos básicos do consumidor,chegando ao absurdo, por via reflexa,de retirar suas vidas.

Os consagrados direitos trazidospelo artigo 6º do CDC (Código deDefesa do Consumidor), que diz:

“São diretos básicos do consumi-dor: I – a proteção da vida, saúde...”,devem observância e proteção aos

CONTRATOS DE PLANOS DE SAÚDEusuários de planos de saúde tendo em vistasua posição de vulnerável enquantoconsumidor nas relações de consumo.

Para que não se negue vigência daaplicação do CDC nas relações entreconsumidores e planos de saúde, o STJ(Superior Tribunal de Justiça) editou aSúmula 469, com a seguinte redação:“Aplica-se o Código de Defesa doConsumidor aos contratos de planode saúde”.

As referências da súmula são asleis n. 8.078/1990 (Código de Defesado Consumidor – CDC) e 9.656/1998,que dispõe sobre planos e segurosprivados de assistência à saúde.

Observa-se que inúmeros planosde saúde adotam práticas abusivas emrelação ao consumidor, dentre as quais: limitação de internações e

consultas; proibição de alguns

procedimentos; aumentos por mudança de faixa

etária; - isso ocorre geralmente quandoo consumidor atinge a idade de 60 anos,cláusulas revestidas de abusividade. Eisque os reajustes das mensalidades dosplanos de saúde com base exclusi-vamente na mudança de faixa etária,por força da proteção oferecida peloCódigo de Consumidor, confirmadapelo Estatuto do Idoso ( Lei nº 10.741de 2003) que no seu artigo 15,parágrafo 3º, dispôs que: “É vedada adiscriminação do idoso nos planosde saúde pela cobrança de valoresdiferenciados em razão da idade”.

A lei que regulamenta os Planosde Saúde ( Lei nº 9.656 de 1998), noartigo 15, parágrafo único, dispõe daseguinte forma o assunto: “É vedadaa variação a que alude o caput paraconsumidores com mais desessenta anos de idade...”.

DIREITOS DO CONSUMIDOR

Dr. Adimilson Cândido Marcondes

PARABOLE

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Cobertura de doenças pré-exis-tentes, quando a operadora do planode saúde não arcar com o ônus daprova e da demonstração doconhecimento prévio do consumidorou beneficiário; - isto porque, exige-seo conhecimento prévio do consumidor,diante desta ausência não é permitidaa suspensão de cobertura de pro-cedimentos relacionados às doenças elesões anteriores ao contrato de planode sáude.

rescisão de contrato em razãoda sua alta sinistralidade, entre outros.

Conclui-se que, percebidascláusulas abusivas nos contratos deplano de saúde, deve-se aplicar oregramento do CDC, este que protegeo consumidor contra esta abusividadepossibilitando desconsiderá-las quandonecessário, tornando-se nulas de plenodireito mesmo quando o consumidorhouver concordado com o conteúdocontratual, mas dissimuladas.

Conforme exposto, pela naturezadesse contrato gera imensa expectativanos consumidores que acreditam queterão cobertos os procedimentos etratamentos necessários para arecuperação de sua saúde. Disso nãoresta dúvida. Por outro lado, por partedas operadoras de plano de saúde,busca-se a constante redução de seuscustos e, consequentemente, oaumento de seus lucros.

Por isso, fica aqui um conselho:você consumidor deve sempre seatualizar e se informar para o efetivoexercício de seus direitos, recorrendono caso de dúvidas ao auxílio dosórgãos de defesa e às leis pertinentesao caso.

Dr. Adimilson Cândido Marcondes éadvogado, inscrito na OAB/SP

sob o nº 296.349, atua no escritórioMarcondes & Ferreira Advocacia

na área cível, direitos do consumidor,trabalhista, previdenciária e criminal. www.marcondes.advocacia.com.bre-mail: [email protected]

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odos os benefícios pagos pelo INSS,exceto o salário-família e o salário-maternidade, são calculados com baseno salário-de-benefício, que é a média dos

salários-de-contribuição.Salário-de-contribuição é o valor da

remuneração sobre a qual incide acontribuição previdenciária, ou seja, o saláriodo empregado; os honorários doprofissional liberal; o pró-labore dos sócios;etc.

Nem todas as pessoas têmconhecimento que a partir de novembro de1999 existem três fórmulas para calcular ovalor da aposentadoria.

Para quem poderia se aposentar até 28/11/1999, ocálculo do valor dos benefícios será feito com base nasúltimas 36 contribuições que antecede a data dorequerimento.

Para quem começou a contribuir após 28/11/1999,o cálculo será feito com base em todas as contribuiçõesefetuadas pelo segurado. Desde o mês da primeiracontribuição até o mês anterior à data em que o benefíciofor requerido.

Para quem já contribuía antes 28/11/1999, mas nãopossuía os requisitos para aposentadoria, o cálculo seráfeito com base nas contribuições pagas desde julho de 1994até o mês anterior à data em que o benefício for requerido.

Fator previdenciário

Fator previdenciário é o índice fixado a partir da idade,

PREVIDÊNCIA

CALCULE O VALOR DA SUA APOSENTADORIA

do tempo de contribuição e daexpectativa de vida do segurado, oqual repercute da seguinte forma novalor da aposentadoria: quantomaior a idade do segurado, menorserá sua expectativa de vida; e,quanto menor sua expectativa devida, maior será o valor dobenefício.

Aplica-se obrigatoriamenteapenas no cálculo do valor da apo-sentadoria por tempo de con-tribuição, e na aposentadoria poridade apenas para beneficiar osegurado.

Programe sua aposentadoria

O segurado que quiser aumentar o valor dascontribuições para aumentar o valor do benefício deverátomar alguns cuidados e ter, na ponta da língua, respostascertas para as seguintes perguntas:

Todas suas contribuições estão contabilizadas no INSS?Qual espécie de aposentadoria será mais vantajosa,

levando-se em consideração seu tempo de serviço, o valordas suas contribuições, sua idade e a expectativa de vida?

Preciso aumentar ou diminuir o valor dascontribuições?

Em qual dia, mês e ano deve-se aposentar?Caso não saiba responder pelo menos uma dessas

perguntas, você deverá urgentemente fazer um diagnósticoda sua vida previdenciária.

Dr. Hilário Bocchi Jr.

LC ORLANDO LEITEADVOCACIA - CONTABILIDADE

Rua João Ramalho, 712 - Campos ElíseosTel/Fax: 16 3612-1613 - CEP 14085-040 - Ribeirão Preto - SP

Dr. Fabrízio Magalhães LeiteAdvogado - OAB/SP 159683

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