a desigualdade e a invisibilidade social na formação da sociedade brasileira

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A Desigualdade e a Invisibilidade Social na Formação da Sociedade Brasileira De acordo com o texto, o sociólogo Jessé Souza e o psicólogo Fernando Braga da Costa discute em suas obras a invisibilidade social brasileira. Para Jessé, através do seu livro “a invisibilidade desigualdade brasileira”, que o desenvolvimento de uma teoria social crítica faz parte de um longo projeto para explicar a modernidade e a elaboração de alternativa teórica em relação ao personalismo.Segundo ele, outros autores da classe sociologia brasileira como Sérgio Buarque de Hollanda , Raimundo Faoro e Roberto da Matta ao tentarem construir em suas obras uma identidade nacional do povo brasileiro, recaem em uma “teoria emocional da ação” que embora exalte as qualidades desse povo, não aborda as principais causas da desigualdade no país. Para Souza, os esquemas explicativos utilizados por eles, tendem a perder sua relação com qualquer realidade apartir do momento que eles tentam explicar o comportamento brasileiro simplesmente pelo seu próprio comportamento. O psicólogo Fernando Braga da Costa por sua vez, aborda em seu livro “homens invisíveis”, relatos de uma humilhação social de 2004. Ao cursar uma disciplina de psicologia social durante sua graduação, teve a incumbência de exercer por um dia uma profissão considerada subalterna não qualificada e escolheu acompanhar os garis, cuja a atividade precária e em condições precárias é alvo muito

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Page 1: A Desigualdade e a Invisibilidade Social Na Formação Da Sociedade Brasileira

A Desigualdade e a Invisibilidade Social na Formação da Sociedade Brasileira

De acordo com o texto, o sociólogo Jessé Souza e o psicólogo Fernando Braga da Costa

discute em suas obras a invisibilidade social brasileira. Para Jessé, através do seu livro

“a invisibilidade desigualdade brasileira”, que o desenvolvimento de uma teoria social

crítica faz parte de um longo projeto para explicar a modernidade e a elaboração de

alternativa teórica em relação ao personalismo.Segundo ele, outros autores da classe

sociologia brasileira como Sérgio Buarque de Hollanda , Raimundo Faoro e Roberto da

Matta ao tentarem construir em suas obras uma identidade nacional do povo brasileiro,

recaem em uma “teoria emocional da ação” que embora exalte as qualidades desse

povo, não aborda as principais causas da desigualdade no país.

Para Souza, os esquemas explicativos utilizados por eles, tendem a perder sua relação

com qualquer realidade apartir do momento que eles tentam explicar o comportamento

brasileiro simplesmente pelo seu próprio comportamento.

O psicólogo Fernando Braga da Costa por sua vez, aborda em seu livro “homens

invisíveis”, relatos de uma humilhação social de 2004. Ao cursar uma disciplina de

psicologia social durante sua graduação, teve a incumbência de exercer por um dia uma

profissão considerada subalterna não qualificada e escolheu acompanhar os garis, cuja

a atividade precária e em condições precárias é alvo muito grande de humilhação social

que provoca imenso sofrimento psíquico nesses sujeitos invisíveis com uma

desigualdade que insiste em permanecer invisível perante tanta gente. Consequência da

desigualdade em nosso país, é possível notar que antes de conhecer a realidade

vivenciada por aquele grupo de garis, quando ele só os observava, não imaginava o

tamanho do preconceito e indiferença que os mesmos sofriam. É interessante o relato

que o autor faz quando vestiu o uniforme de gari e passeou no prédio da faculdade onde

estudava, e não foi sequer notado ou reconhecido. Parecia não existir, as pessoas

pareciam não o ver. Portanto,podemos destacar que uma das relações entre os dois

autores é a busca contínua pela explicação dessa invisibilidade social, cada um com suas

características.

O psicólogo Fernando Braga pôde sentir o que esses personagens invisíveis sentem

todos os dias, o não reconhecimento do seu trabalho, trabalho esse que também é

necessário para sociedade.

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Já o sociólogo Jessé Souza, dar ênfase a um contexto sócio histórico que tornou possível

a construção dessa desigualdade.Ele conclui que a maioria das pessoas entrevistadas se

sentem totalmente excluídas da sociedade e tudo que querem na verdade,é se sentirem

parte desta sociedade, se sentir gente.Ele também relata que a mídia decide o que cada

reportagem interessa e para quem interessa.Acredita no feticismo da economia, é como

se o crescimento pudesse resolver a desigualdade e a marginalização, desigualdade

social e pobreza são graves problemas que afetam quase todos os países da atualidade.

Pobreza existe em todos os países, porém a desigualdade social é citada como fenômeno

que atinge apenas países não desenvolvidos como o Brasil.

No texto “Desigualdade Social e Invisibilidade Social na Formação da Sociedade”, vem

abordar de forma diferenciada incluindo desde a desigualdade de oportunidade até a

desigualdade de escolaridade, renda, gênero, entre outras tantas, a mais conhecida de

todas elas é a desigualdade social que vem ser diferente pela forma de distribuição de

renda entre riscos e pobres e infelizmente no Brasil esta desigualdade social e vista

como cartão de visita para o mundo, pois o Brasil é o país mais desigual.A pobreza

existe em todas as nações, mais se dá em maiores proporções nos países menos

desenvolvidos e pelo fato da distribuição de renda ser desigual entre uma população.

Nós brasileiros precisamos perceber que não vamos combater ou mesmo reduzir a

desigualdade social no Brasil se não tivermos um estado democrático efetivo.

Portanto,a definição de desigualdade social é um “leque” que abrange vários tipos de

desigualdade, desde a desigualdade de renda, como de escolaridade, saúde, racial e

várias outras. No geral a desigualdade econômica, dada pela má distribuição de renda, é

a mais conhecida, mas é necessário compreender que ela não é a única que existe, e que

apesar de ser a que vem à mente quando se fala neste assunto, não é a única culpada

pela falta de oportunidades para as pessoas que sofrem com o problema da

desigualdade. Essa desigualdade em que poucos ganham milhões em um mês, e muitos

ganham apenas um salário mínimo ou estão pelas ruas passando fome, com pouco ou

nenhum acesso à saúde, educação e condições básicas de vida, reflete sobre a qualidade

de vida da população.

Países com maior desigualdade, têm maior mortalidade infantil, analfabetismo,

desemprego, menor expectativa de vida e muitos outros fatores que levam estes países

cada vez mais serem vistos como não-desenvolvidos. Portanto, é necessário que

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governos nacionais, estaduais e municipais se unam para o combate contra essas

desigualdades, e que invistam principalmente em educação e principalmente em áreas

onde essas desigualdades são maiores para formar cidadãos aptos a terem uma profissão

e uma vida digna.

É impossível planejar o futuro do Brasil sem considerar a diminuição das desigualdades

nas condições de vida da população.

Teoricamente vivemos em um país globalizado onde diferente do comunismo e do

socialismo as pessoas tem diferentes rendas e a possibilidade de ascender socialmente.

Mas isso não sai do papel devido à falta de oportunidade para os mais pobres que na

maioria das vezes com sua baixa escolaridade não conseguem empregos de qualidade.

Assim, os mais ricos tem novas oportunidades de empregos de bons salários, quanto aos

pobres que realmente precisam, não tem chance alguma e permanecem na pobreza

extrema. E assim as diferenças sociais persistem no país.Portanto,afirma-se que o Brasil

ou qualquer outro país, para progredir,é preciso acabar com as desigualdades e procurar

estabelecer para toda a sociedade um padrão mínimo de sobrevivência que vá além da

teoria e se estabeleça definitivamente na sociedade.

http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/a-Desigualdade-e-a-Invisibilidade-Social/

152432.html