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Page 1: A descolonização da América e a formação dos Estados nacionais latino-americanos foram lideradas por setores dominantes insatisfeitos com a impossibilidade
Page 2: A descolonização da América e a formação dos Estados nacionais latino-americanos foram lideradas por setores dominantes insatisfeitos com a impossibilidade

A “descolonização” da América e a formação dos

Estados nacionais latino-americanos foram lideradas por setores dominantes insatisfeitos com a impossibilidade de desfrutarem, dentro das regras do sistema colonial, as vantagens concedidas pelo desenvolvimento do capitalismo no século XIX;

Elite Criolla: promoveu o processo de independência e definiu os limites desse processo (Classe Dominante);

Para a aristocracia colonial, a emancipação transformou-se em um meio eficaz para a rearticulação de novos vínculos com o mercado externo;

Independência: limites e contradições

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Suporte ideológico: o pensamento liberal importado da Europa;

Mas, diferente do que ocorreu na Europa, o projeto revolucionário defendido pelos líderes latino-americanos não tocava nas questões sociais;

O projeto de independência não pretendia discutir questões ligadas à liberdade e à igualdade – a proposta era consolidar o poder da elite local na economia e na política dos novos países;

Maior objetivo: a liberdade de comércio externo, sem a interferência da metrópole – exaltavam o iluminismo, mas excluíam os interesses coletivos;

Criollos: frequentavam maçonarias – a origem das maçonarias na América Espanhola pode ser explicada pela presença de comerciantes ingleses na região, considerados fortes propagandistas das ideias maçônicas;

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Líderes revolucionários como o venezuelano Simon Bolívar, o argentino José de San Martín e o chileno Bernardo O’Higgins eram maçons.

Simon Bolívar José de San Martín Bernardo O’Higgins

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Os Costumes espanhóis de autonomia política acompanharam os colonos para o Novo mundo;

Desde a segunda metade do século XVI, quando foram fundadas as Universidades de San Marcos de Lima e do México, as primeiras do continente americano, chegavam à região livros e ensaios que descreviam as transformações do pensamento europeu;

Secularização: ato de tornar leigo aquilo que era eclesiástico; abandono da vida religiosa;

Século XVIII: as ideias de liberdade e independência chegaram às colônias espanholas na América, fortalecidas pela emancipação das Treze Colônias Inglesas.

Uma Tradição de Autonomia

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OS PRIMEIROS MOVIMENTOS DE REBELDIA

PARAGUAI (1721): Uma revolta culminou com a independência da região. Os criollos paraguaios repudiavam a proteção dada aos índios pelos jesuítas, fator que limitava sua exploração para o trabalho agrícola;

BOLÍVIA=Alto do Peru (Cochabamba, 1730): milhares de mestiços saíram às ruas em protesto contra a tributação excessiva. O movimento resultou na conquista do direitos de eleição a cargos de mando para alguns membros da facção rebelada;

EQUADOR (1765): O movimento obteve a convocação de um cabildo abierto – espécie de assembleia municipal;

PERU (1780): Sua principal atuação era a oposição ao domínio espanhol. Seu líder descendia de Tupac Amaru.

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A RUPTURA COM A METRÓPOLE

Após a queda da monarquia francesa, a Coroa Espanhola impôs uma censura rígida a seus súditos em uma tentativa de fechar as portas para as ideias “subversivas”;

“Contágio da Revolução Francesa”: as ideias de liberdade individual e independência política, de que o iluminismo se fez porta-voz, eram debatidas em sociedades literárias e difundidas nas páginas dos jornais;

Anos depois, Napoleão deu um impulso decisivo para a Independência da América Espanhola – em 1808, o imperador afastou os Bourbons da Espanha e entregou a Coroa a seu irmão José Bonaparte;

As Autoridades na América não reconheceram a usurpação do poder metropolitano, e as colônias praticamente ficaram sob as ordens dos vice-reis.

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Os criollos: encontraram na crise da monarquia a justificativa para se rebelar contra a metrópole;

Aproveitando-se do clima de protesto na colônia, incrementaram as discussões acerca das liberdades políticas;

Líderes: Simón Bolívar, José de San Martín e Antonio José Sucre, entre outros, conseguiram despertar o sentimento nacional em diversos seguimentos sociais;

Cada um desses seguimentos, de forma particularizada, acreditavam nas vantagens do separatismo – e é exatamente essa particularização que impedirá, mais tarde, a união entre os novos Estados Independentes;

Movimentos de caráter urbano que se espalharam pelo interior. As lideranças eram criollas.

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Confederação do Panamá (1826): Quando toda a

América já era independente, Bolívar tentou concretizar seu ideal unitarista. Mas fracassou, encontrando forte oposição dos ingleses e norte-americanos que temiam encontrar dificuldades econômicas, caso surgisse uma América Unificada;

A independência da América Espanhola não foi acompanhada por mudanças sociais, econômicas e políticas efetivas;

A maioria da população foi mantida à margem das decisões do Estado;

Rumo à Liberdade

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A política local: elementos originários das forças militares envolvidos nas guerras de independência passaram a disputar o poder em seus respectivos países, chegando ao governo por meio de golpes de Estado;

Tais chefes políticos, os caudilhos, eram geralmente carismáticos, populares e portadores de um invejável relacionamento social;

Na América Latina o termo caudilho ainda continua a ser usado, como o de cacique, para designar chefes de partido local com característica demagógica.