a degradação de heme em aedes aegypti e seus papéis...
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Universidade Federal do Rio de Janeiro Centro de Ciências da Saúde
Instituto de Bioquímica Médica
A degradação de heme em Aedes aegypti e seus papéis fisiológicos no intestino médio.
Luiza de Oliveira Ramos Pereira
2008
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II
LOMBADA
LUIZA
DE O
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A
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A
A degrad
ação de h
eme em
Aedes aegypti e
seus papéis fisiológicos n
o intestin
o médio.
UFRJ
2008
III
A degradação de heme em Aedes aegypti e seus papéis fisiológicos no intestino médio.
Luiza de Oliveira Ramos Pereira
Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Pós‐graduação em Química Biológica, do Instituto de Bioquímica Médica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Doutor em Química Biológica.
Orientadora: Gabriela de Oliveira aiva e Silva PProfessora Adjunta do Instituto de Bioquímica édica IBqM UFRJ M
Coorientador: Pedro Lagerblad Oliveira Professor Titular do Instituto de Bioquímica Médica IBqM UFRJ
Rio de Janeiro
Abril de 2008
IV
P de Oliveira Ramos
A degradação de heme em A ológicos no intestino médio
ereira, Luiza
edes aegypti e seus papéis fisi
P
ereira. Rio de Janeiro, 2008.Número de páginas fls. 154
Dissertação (Doutorado em Química Biológica)/UFRJ/Instituto de Bioquímica
Médica/Programa de Pós‐Graduação em Química biológica, 2008.
Orientadora: Gabriela de Oliveira Paiva e Silva. Co‐orientador: Pedro Lagerblad de Oliveira.
Referências bibliográficas: f. 106‐121
ti. 2. Heme oxigenase. 3. Biglutamini1. Aedes aegyp l‐biliverdina.
I. Paiva‐Silva, Gabriela de Oliveira. I
I. Universidade Federal do Rio de Janei o de Bioquímica Médica, Programa de Pós‐Graduação em Química Biológica.
ro, Institut
III. Título.
V
FIXA DE APROVAÇÃO A degradação de heme em Aedes aegypti e os papéis desta via no intestino médio.
Luiza de Oliveira Ramos Pereira
Dissertação de Doutorado submetida ao Programa de Pós‐graduação em Química Biológica, do Instituto de Bioquímica Médica, Universidade Federal do Rio de Janeiro ‐ UFRJ, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Doutor em Química Biológica.
Aprova a por: d
________________________________________________________________ Luis Eduardo Soares Netto
Doutor em Ciências Biológicas (Bioquímica) pela Universidade de São Paulo em 1992 e Professor Associado da USP do Departamento de Genética e Biologia Evolutiva/Instituto de Biociências/USP.
Membro Externo
________________________________________________________________ Luciano de Andrade Moreira
Doutor em Genética e Melhoramento de Plantas pela UFV e Centre of Plant Breeding and Reproduction Research (CPRO‐DLO), Holanda em 1998 e Pesquisador Associado do Centro de Pesquisas René
Rachou/FIOCRUZ/Laboratório de Malária. Membro Externo
________________________________________________________________
Mário Alberto Cardoso da Silva Neto Doutor em Química Biológica pelo ICB, Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1996 e Professor
Adjunto do Instituto de B oquímica Médica/UFRJ. iMembro Interno
________________________________________________________________
Marcius da Silva Almeida Doutor em Química Biológica pelo ICB, Universidade Federal do Rio de Janeiro em 2001 e Professor
Adjunto do Instituto de B oquímica Médica/UFRJ. iRevisor e Suplente Interno
________________________________________________________________
Alexandre Afranio Peixoto Doutor em Genética pela Universidade de Leicester, Reino Unido em 1993 e Pesquisador Titular do Instituto Oswaldo Cruz/Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular/FIOCRUZ/Laboratório de
Biologia Molecular de Insetos. Suplente Externo
________________________________________________________________
Gabriela de Oliveira Paiva e Silva Doutora em Química Biológica pelo ICB, Universidade Federal do Rio de Janeiro em 2001 e Professora
Adjunta do Instituto de B oquímica Médica/UFRJ. iOrientadora
________________________________________________________________
Pedro Lagerblad Oliveira Doutor em Química Biológica pelo ICB pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1990 e Professor
Titular do Instituto de Bioquímica Médica/UFRJ. Coorientador
Rio de Janeiro, 9 de Abril de 2008.
VI
O presente trabalho foi realizado no Laboratório de Artrópodes Hematófagos do Instituto de Bioquímica Médica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, sob a orientação da Professora Gabriela de Oliveira Paiva e Silva e co‐orientação do Professor Pedro Lagerblad de Oliveira, na vigência de auxílios concedidos pela FAPERJ (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro), pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), PADCT‐CNPq (Programa de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico), PRONEX (Programa de Apoio a Núcleos de Excelência), John Simon Guggenheim Memorial Foundation e HHMI (Howard Hughes Medical Institute). Parte deste trabalho foi realizada no laboratório do Dr. Anthony A. James na Universidade da Califórnia em Irvine, EUA, sob supervisão do Dr. Osvaldo Marinotti.
VII
Dedico esta conquista aos amigos de verdade, aqueles que aparecem quando o resto do mundo desaparece.
VIII
AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus. Aquele que percebo quando olho para a natureza, através da ciência. Agradeço a minha mãe, ao Rodolfo e aos queridos amigos que, com seu amor, apoio, incentivo e paciência, foram meus melhores cúmplices de sonhos, dúvidas, loucuras e realizações. E ao meu pai por ser o meu melhor exemplo. Agradeço aos meus orientadores Gabriela e Pedro pelas discussões, apoio e por toda paciência.
Agradeço ao Marcos, Marcus e Aurélio pelas discussões sobre as medidas de atividade antioxidante e PCR em tempo real. Agradeço a todos do laboratório de Artrópodes Hematófagos pelo bom convívio por todos estes anos. Agradeço à Clara por todos os “mega” experimentos a quatro mãos em que batemos
C t entos 3
recordes de P Rs fei os por dia. Sou grata também pelos experim com infecção viral e captação de ZnPP pela C6/ 6. Agradeço ao Flávio e ao José Henrique pela colaboração nos experimentos com microscopia de fluorescência. Agradeço à Hanna pela colaboração nos experimentos com paraquat e à Raquel Senna pelos experimentos iniciais com Plasmodium galinaceum.
e Agradeço ao Alexandre ao Antônio pelo desenho dos “primers” para PCR em tempo real, e também à Carla pelas planilhas e dicas sobre as análises estatísticas. Agradeço ao Osvaldo e a todos do laboratório do Dr. Anthony A. James da UCI pelo suporte e por todos os ensinamentos, especialmente à Judy que torna o trabalho infinitamente eficiente por lá. Agradeço a todos os membros da banca: Luis Netto, Luciano Moreira, Mário e Alexandre ela disposição em ler este trabalho e por virem até aqui discutí‐lo comigo e assim, nriquecê‐lo. Agradeço também, e especialmente, ao Marcius pela cuidadosa revisão. pe
IX
RESUMO PEREIRA, Luiza de Oliveira Ramos. A degradação de heme em Aedes aegypti e os papéis desta via no intestino médio. Rio de Janeiro, 2008. Dissertação de Doutorado, Programa de Pós‐graduação em Química Biológica, Instituto de Bioquímica Médica, Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, 2008. A digestão do sangue resulta, entre outros fenômenos, no aparelho digestivo dos artrópodes hematófagos, na liberação de grandes quantidades do grupamento prostético da hemoglobina (heme), uma molécula com grande potencial oxidativo. A degradação enzimática do heme Já foi descrita em diversos organismos, incluindo
da pela hemplantas, bactérias e mamíferos. Esta reação é catalisa e oxigenase, produzindo monóxido de carbono, íon ferroso e biliverdina IXα. Diante da grande importância epidemiológica do mosquito Aedes aegypti, e da escassez de estudos sobre a degradação do heme neste inseto, buscamos identificar e caracterizar
i médio eesta via no ntestino das fêmeas. N ste tecido acontece, primordialmente, a liberação de grandes e tóxicas quantidades de heme. Ao longo da digestão, grandes quantidades de um pigmento verde são produzidas e liberadas para o lúmen intestinal das fêmeas, atingindo valores máximos em 24h após a alimentação com sangue, o que está de acordo com a fase crítica da proteólise. Este pigmento é, posteriormente, excretado ao final deste processo. O pigmento purificado de A. aegypti apresenta um espectro de absorção de luz semelhante aos já descritos para os isômeros de biliverdina. Por outro lado, se mostrou menos hidrofóbico que a biliverdina IXα, o que indicava modificações químicas nesta molécula. Por ESI‐MS este pigmento foi estruturalmente caracterizado como um isômero alfa de biliverdina modificado por dois resíduos de glutamina. Esta via que gera esta biglutaminil‐biliverdina passa pela degradação do heme, catalisada pela heme oxigenase, expressa pelo epitélio intestinal, seguida por subsequentes adições de glutaminas. Observamso que a heme oxigenase é expressa em diferentes tecidos da fêmea adulta de A. aegypti. A dieta protéica/distensão abdominal, assim como a digestão em si representam sinais importantes para disparar a sua transcrição. Ao contrário de outras heme oxigenases já descritas, a presença de ROS, concomitante a do sangue, inibe a expressão deste gene. Conjuntamente, nossas observações sugerem a presença de mecanismos distintos na regulação transcricional. Especulamos que o cenário da igestão do sangue deve ter imposto uma importante fonte de pressão seletiva, ao longo a sua evolução deste inseto. dd
X
ABSTRACT PEREIRA, Luiza de Oliveira Ramos. A degradação de heme em Aedes aegypti e os papéis desta via no intestino médio. Rio de Janeiro, 2008. Dissertação de Doutorado, Programa e Pós‐graduação em Química Biológica, Instituto de Bioquímica Médica, Universidade ederal do Rio de Janeiro – UFRJ, 2008. dF Among other phenomenons, blood digestion results, in the midgut of hematophagous animals, in the release of the hemoglobin prosthetic group (heme), a molecule with a high oxidative potential. Heme enzymatic degradation has already been described in
l ction is catalseveral organisms, including plants, bacterias and mamma s. This rea yzed by heme oxygenase and results in carbon monoxide, ferrous ion and biliverdin IXα. Acording to the enormous epidemiologic relevance of the mosquito Aedes aegypti and the absence of studies about the heme degradation in this insect, we intended to identify and characterize this pathway in its female midgut. This tissue is the first site of a huge heme release. During the digestion, it was observed that a large amount of a green pigment is produced and secreted to the intestinal lumen of females, reaching maximum values 24h after blood meal, according to the critical phase of proteolysis. This pigment is excreted at the end of this process. The spectrum of the A. aegypti purified pigment was very similar to biliverdin isomers spectra. On the other hand, it was less hydrophobic than biliverdin IXα, which indicated a chemical modification in this molecule. By ESI‐MS the mosquito pigment was structural characterized as an alpha isomer of biliverdin modified by two glutamine residues. The pathway that generates this biglutaminyl‐
ase exprebiliverdin passes by the heme degradation, catalyzed by heme oxygen ssed in the midgut epithelium, followed by two glutamine subsequent additions. We observed that heme oxygenase is expressed in different tissues of A. aegypti female. In the midgut and ovaries its expression is induced by blood feeding. Heme oxygenase induction responds to the digestion itself and also protein diet/intestinal distention. Different from other heme oxygenase systems it reduces expression in the presence of ROS, when it’s concomitant to blood. Our observations suggest that this gene transcription control seems to respond to different stimuli. One can speculate that the blood digestion scenario must have been imposing an important selective pressure, during the evolution of this insect.
XI
3.8 Silenciamento da expressão 3.8.1 Preparação da dupla fit 3.8.2 Injeção nos mosquitos
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
pti
16
1.1 O mosquito Aedes aegypti 16 1.2 Dengue e a importância epidemiológica do Aedes aegy
digestão do sangue gicos
18 1.3 A hematofagia e a 22 1.4 O heme: características químicas e papéis fisioló 26 1.6 Os radicais livres
ção de radicais livres eme e defesas antioxidantes em artrópodes
28 1.7 O papel do heme na forma 30 1.8 Mecanismos de detoxificação do h 32 1.9 A enzima heme oxigenase
35 6 1.9.1 Diferentes isoformas de HO
1.9.2 Atividades “HO‐like”e degradação do heme e seus
337
1.9.3 Papéis fisiológicos associados à via drodutos 1.9.4 Regulação da expressão gênica de HO‐1 p
9 2 3
4
OBJETIVOS 2
ÉTODOS COMPLEMENTARES
7 4
3 MATERIAIS E M
heme (ZnPP) pelo epitélio intestinal
48
3.1 Os mosquitos ogo do
P
48 3.2 Ensaio de captação de um anál 49 3.2.1 Alimentação artificial com ZnP 49
0 3.2.2 Dissecção dos mosquitos 3.2.3 Microscopia de fluorescência
nos mosquitos Culex
550
3.3 Caracterização preliminar do gene de HO quinquefasciatus e Anopheles gambiae 3.3.1 Extração de RNA total
anscribed Polymerase Chain Reaction” ou Reação em
1 551
3.3.2 rtPCR (“Retro TrCadeia da Polimerase por Retro Transcrição)
ulex quinquefasciatus
51
3.4 5’ e 3’RACE da HO de C
O
53 5 3.5 5’RACE da heme oxigenase das diferentes cepas de Aedes aegypti
3.6 Efeito da infecção por Plasmodium galinaceum na expressão relativa da AaHção
556
3.6.1 Alimentação dos mosquitos nos hospedeiros infectados e manutendo ciclo
edida de expressão
56
3.6.2 Dissecção dos mosquitos, extração do RNA e mrelativa de AaHO
56 8 3.7 Efeito de CoPP sobre a expressão relativa da AaHO
3.7.1 Alimentação dos mosquitos pressão
558
3.7.2 Dissecção dos mosquitos, extração do RNA e medida de ex
or RNA de interferência relativa de AaHO
da AaHO pa de RNA
58 59 59 60
XII
3.8.3 Medida dos níveis de expressão da AaHO
60 3.8.4 Medida da oviposição 61
3.9 Ensaios para testar a capacidade antioxidante da AaBV
V
62 2 3.9.1 A purificação do pigmento de A. aegypti por HPLC
ração do padrão de biliverdina alfa e quantificação da AaB6
3.9.2 Prepa 62 3.9.3 Medida da atividade antioxidante por proteção da oxidação da B‐ficoeritrina 3.9.4 Medida da capacidade antioxidante por imunodetecção de proteínas arboniladas
63
4 c
6
4 RESULTADOS
me em Aedes
6 6
4.1 Identificação e caracterização da via de degradação do he
tinal aegypti
o heme pelo epitélio intes
67
4.2 Captação de um análogo d 68 4.3 Caracterização da heme oxigenase de Aedes aegypti
de AaBV
76 4.4 HO em outros mosquitos
da AaHO e a produção RNA de interferência
78 4.4 A digestão do sangue, a expressão .5 Silenciamento parcial da AaHO por.6 Capacidade antioxidante da AaBV
81 4 0
4 84 9
DISCUSSÃO 5
BIBLIOGRAFIA
5 9
6
pêndice 1
06 1
A
pêndice 2
22 1
A
131
XIII
L ISTA DE ABREVIATURAS
A. aegyp ti ti BV ou AaBV: biliverdin
alfa B
a isolada de Aedes aegypA. aegypti HO ou AaHO: heme oxigenase identificada em Aedes aegypti
V: biliverdina alfa (padrão) ARE: "antioxidant responsive element” ou elemento responsivo a antioxidante Bach1: “BTB and CNC homology 1, basic leucine zipper transcription factor 1”. BTB é um Fator de trasncrição 1 do tipo zíper de leucina com domínios BTB e CNC. BTB é o domínio responsável por o onsável pela interação com o DNA cara
ligomerizações e CNC ou “Cap'n' collar” é o domínio resp família de fatores de transcrição.
BH oxytoluene” ou hidroxitolueno butilado cterístico destaT: “butyl
bp:ated hydr
es BP rina
pares de bas
BR:E: B‐ficoerit bi
BV:lirrubina
cDN plementar biliverdina A: ác
CO:ido desoxiribonucleico com
CoP IX
monóxido de carbonoP I rfirina
DH: d X: cobalto portopoengue hemorrágica
DMSO: dimetilsulfóxido DPE: s o início da trasn
“downstream core promoter element” ou elemento promotor localizado apócri
EPR: nética de elétrons ção
ESI “electron paramagnetic resonance” ou ressonância paramag
ria de massa por pulverização de elétrons GFP
MS: espectromet: “
HO: hgreen fluorescent protein” ou proteína verde fluorescente e
HO ores me oxigenase
superiHPL
1: heme oxigenase 1, isoforma indutível, em eucariotos C: cr a r alta peromatografi líquida em fase eversa de formance
Inr: “initiator” ou nucleotídeo onde a transcrição é iniciada Keap1: “ke cl h‐like ECH‐associated protein 1 (ECH, erythroid cell‐derived)” ou proteína 1 derivada de célula eritróide com um domínio Kelch Maf: “vmaf musculoaponeurotic fibrosarcoma (avian) oncogene homolog". Originalmente foi descoberto como um oncogene de fibrosarcoma músculo aponeurótico, homólogo ao do vírus aviário a família multigê
AS42. Depois descobriu‐se que havia homólogos celulares que compõe um
MAPK: mitógenos nica (cmaf)
se” ou proteían quinase ativada porMAR mento responsivo a proteínas Maf
“mitogen‐activated protein kinansive element” ou ele
mRNE: “Maf respoA: ácido ribonucleico mensageiro
nm: nanômetros Nrf2 erythroid‐2 related factor 2” ou fator nuclear relacionado ao fator eritr
: “nuclear factoró
OH•: radical ide‐2
PCRhidroxila
da polimerase PK ou proteína quinase C
: reação em cadeia ase C”
PMC: “protein kin: M
R•: raatriz peritrófica di
RNA co cal alquil
leiRNA
: ácido ribonucse
RO•: ra: ribonuclease
ROOdical alcoxil
ROO
•: radical peroxil H: hidroperóxido orgânico
ROS: “reactive oxygen species” ou espécies reativas de oxigênio
XIV
rtPCR erase chain reaction” ou reação em cadeia da polimerase por trans
: “retro transcriptase polym
SBTIcrição reversa : inibid
SDSor de tripsina de soja
sódio SDS poliacrilamida na presença de SDS
: dodecil sulfato de PAG
UA: unidE: eletroforese em gel deade arbitrária
ZnPP IX: zinco portoporfirina IX
XV
LISTA DE FIGURAS Figura 1: O ciclo de vida do mosquito Aedes aegypti.
do vetor Aedes aegypti e das epidemias de dengue. 1980 e 2007.
Figura 2: Distribuição mundialFigura 3: Crescimento dos casos de dengue e DH nas Américas entreFigura 4: Matriz peritrófica de A. aegypti.
oporfirina IX). Figura 5: A estrutura da molécula de heme (ferriprotFigura 6: Geração de estresse oxidativo por ferro ligado ao heme ou livre. Figura 7: Via de degradação do heme em mamíferos.
fatores de trasncrição e a sua relação Figura 8: Regulação d gene de HO‐1 por diversos com diferentes estados patológicos. Figura 9: Ligação de Maf aos “enhancers” de HO‐1. Figura 10: Cinética de captação de ZnPP‐globina pelo epitélio intestinal de fêmeas de Aedes aegypti observada por microscopia de fluorescência.
C Figura 11: inética de captação de ZnPP‐albumina pelo epitélio intestinal de fêmeas de Aedes aegypti observada por microscopia de fluorescência. Figura 12: Cinética de captação de ZnPP‐globina pelo epitélio intestinal de fêmeas de Aedes aegypti observada por microscopia de fluorescência, com intervalos menores.
mento das sequência porção 5’ do transcrito de HO das diferentes Figura 13: Alinha scepas de Aedes aegypti. Figura 14: HO de Culex quinquefasciatus.
or outros mosquitos. Figura 15: HO é expressa pFigura 16: CoPP não induz a expressão de AaHO. Figura 17: A infecção com Plasmodium gallinaceum não induz a expressão de AaHO. Figura 18: Redução na expressão de HO por injeção de dsRNA é tecido específica. Figura 19: A redução na expressão de HO no intestino médio se mantém ao longo do tempo e aumenta com a alimentação com sangue.
am a expressão de Figura 20: A injeção de veículo além da injeção de dsRNA controle ativ
as. HO no intestino médio.
ição de fême pelo ABAP.
Figura 21: A injeção de dsRNA não afeta a oviposroxilFigura 22: Reação de geração de radicais pe
ç gFigura 23: Derivatiza ão rupamentos carbonil. Figura 24: AaBV é um antioxidante solúvel.
e da AaBV por imunomarcação de Figura 25: Medida da capacidade antioxidantroteínas carboniladas. igura 26: Análise da região promotora da AaHO. pF LISTA DE TABELAS
e induzem e r ã dade de HO‐1. Tabela 1: Condições qu xp ess o ou ativi
O e RP de Culex q inquefasciatus e Anopheles Tabela 2: Iniciadores para PCR de H ugambiae. Tabela 3: Iniciadores para RACE de HO de Culex quinquefasciatus. abela 4: Iniciadores para RACE de AaHO das diferentes cepas. abela 5: Iniciadores para PCR mole da síntese de dupla fita de RNA. TT
16
1 INTRODUÇÃO
1.1 O mosquito Aedes aegypti
Os mosquitos são classificados na família Culicidae, subordem Nematocerca, ordem
Diptera. Esta, por sua vez, se subdivide em três sub‐famílias, onde Culicinae se destaca
como a maior. Nesta sub‐família, estão classificados inúmeros gêneros, em sua maioria
representados por espécies de hábito hematófago (Kettle, 1995; Consoli & de Oliveira,
1997). O gênero Aedes, maior da sub‐família Culicinae, agrupa espécies abundantes e
poss uma distribuiui ção mundial (Matheson, 1932).
O Aedes aegypti é um mosquito urbano de hábito diurno, amplamente distribuído
em regiões tropicais e subtropicais. Esta espécie pode ser reconhecida pelo tórax curvo
com característico bandeamento branco, também presente nos tarsos.
As fêmeas adultas procuram locais com água limpa para a oviposição, assim como
recipientes com água armazenada, tanto pela ação das chuvas, como para uso doméstico
(Matheson, 1932). É durante a estação chuvosa, que a população atinge elevados níveis.
Assim como todos os mosquitos, esta espécie sofre uma metamorfose completa. Dos
ovos postos na água ou em superfícies úmidas, emerge uma larva aquática e capaz de
alimentar‐se. Esta, quando madura, gera uma pupa também aquática, que não se
alimenta. Desta emerge, ao final do ciclo, um adulto alado (Matheson, 1932), como está
ilustrado na figura 1. Machos e fêmeas alimentam‐se de néctar e sucos vegetais, porém
estas últimas também apresentam como hábito alimentar a hematofagia, necessária
para a ovogênese.
17
adulto alado
ovos
pupa
estágios de larva
Figura 1: O ciclo de vida do mosquito Aedes aegypti (www.ac‐reunion.fr).
18
1.2 Dengue e a importância epidemiológica do Aedes aegypti
A febre amarela e a dengue podem ser consideradas viroses re‐emergentes,
especialmente nas últimas décadas. Elas são transmitidas por mosquitos do gênero
Aedes, sendo o Aedes aegypti o principal transmissor antropofílico (WHO, 1997). No
Brasil, este é o único vetor conhecido da febre amarela urbana e também é o único
transmissor do dengue (Consoli & de Oliveira, 1997). A disseminação do Aedes aegypti
em nosso país se iniciou através dos navios que atracavam em portos brasileiros,
originando diversas epidemias, tendo sido a primeira delas reportada no século XVI, em
Reci yfe (Schatzma r, 2000).
A partir da década de setenta, a distribuição e a densidade das populações do
mosquito expandiram‐se dramaticamente nas áreas tropicais e subtropicais de todo o
mundo, especialmente em áreas urbanas (figura 2). A erradicação deste mosquito nas
Américas foi alcançada no início do século XX, mas, infelizmente não foi mantida. Tanto
pela falta de recursos em campanhas, quanto pelo crescimento urbano conturbado e
tamb m a ié falta de s neamento básico, o Aedes aegypt reinfestou diversos países.
A dengue é causada por quarto sorotipos virais distintos antigenicamente. A
virulência, assim como o potencial epidêmico, é variável para os diferentes sorotipos. A
ampla distribuição destes, associada também ao crescimento exacerbado das
populações do vetor levou não só ao aumento na prevalência da doença, como também
de uma forma mais severa, denominada dengue hemorrágica ou febre hemorrágica
(DH). Esta forma da doença, que além dos sintomas típicos como febre e dores no corpo,
causa lesões hemorrágicas, hematúria e trombocitopenia, sendo fatal em até 20% dos
casos, em determinadas regiões (Gubler, 1998).
19
Figura 2: Distribuição mundial do vetor Aedes aegypti e das epidemias de dengue. Áreas infestadas com o mosquito Aedes aegypti (bege) e áreas com Aedes aegypti e casos epidêmicos de dengue (vermeho) (CDC – www.cdc.org – 2005).
A prevalência global da dengue cresceu muito nos últimos tempos. Hoje essa doença
é endêmica em mais de cem países na África, Américas, Mediterrâneo Leste, Sudeste
Asiático e Pacífico Oeste (CDC, 2008). A febre amarela também é considerada uma
importante questão de saúde pública na maior parte da África e na América do Sul,
mesmo existindo uma vacina efetiva, segura e amplamente distribuída (Monath, 1994).
Desde o século XVIII até meados do século XX, as epidemias de dengue ocorreram
esporadicamente nas Américas. Entretanto, esta doença tem se tornado endêmica desde
1970. Desde a introdução, na década de 90, do sorotipo 3 do vírus na América Central, a
doença vem crescendo assustadoramente. A cada década os casos de dengue, e
infelizmente também os da febre hemorrágica, crescem de uma média de 50.000 por ano
em 1
970 para 200.000 em 1990 (figura 3).
Segundo a Organização Mundial de Saúde, casos de dengue já foram registrados em
mais de cem países, infectando cerca de 50 milhões de pessoas por ano. No Brasil, quase
20
400.000 casos de dengue foram reportados no ano de 2001. Em 2007, mais de 60.000
casos foram notificados oficialmente somente no Município do Rio de Janeiro,
caracterizando mais um surto epidêmico (SINAN‐RJ, 2007).
Uma vacina contra a dengue ainda não está disponível ao público. Desta forma, a
estratégia mais eficaz para reduzir a disseminação desta doença é o controle das
populações do mosquito transmissor. A sua capacidade de transmitir parasitos de um
hospedeiro vertebrado para outro, depende do hábito de alimentar‐se de sangue. É
desta forma que as fêmeas obtém os nutrientes necessários para a ovogênese e,
consequentemente, para a manutenção da espécie. Assim, durante o repasto sanguíneo
elas podem inocular no hospedeiro vertebrado, o homem, patógenos adquiridos em
alimentações anteriores (Schoepp, e cols., 1990). Considerando a importância
epidemiológica deste mosquito, conhecer mais profundamente os processos
relacionados à sua fisiologia pode gerar importantes ferramentas para o
desenvolvimento de estratégias de controle populacional.
21
ano
Núm
ero
de c
asos
repo
rtado
s
A
B
Figura 3: Crescimento dos casos de dengue (A) e DH (B) nas Américas entre 1980 e 2007 (CDC ‐ www.cdc.org; PAHO ‐ Nov. 30, 2007).
22
plexos “tenase”, protrombinase e fator tecidual/FVIIa (Champagne, 2004).
O canal digestivo dos insetos é formado por uma camada de epitélio simples, com a
lâmina basal voltada para a hemocele. Em mosquitos, este canal é dividido em três
regiões: intestino anterior, associado à ingestão, condução e estoque do alimento,
especialmente do néctar; intestino médio, responsável pela digestão e absorção;
1.3 A hematofagia e a digestão do sangue
O hábito de alimentar‐se de sangue aparece em diferentes grupos taxonômicos,
como mamíferos, artrópodes e helmintos (Lehane, 1991). Utilizar uma fonte de
nutrientes tão rica como o sangue, representa também uma série de desafios, que
começam por encontrar a presa. Fêmeas de mosquitos zoofílicos, geralmente possuem
receptores para CO2 e octenol, liberados pela respiração e em fluidos corpóreos. Por
outro lado, os mosquitos antropofílicos respondem ao ácido lático e outros compostos
presentes no suor (Torres‐Estrada & Rodriguez, 2003). Nas antenas de Aedes aegypti,
por exemplo, já foram identificados receptores para o lactato (Ribeiro, 1996).
Mais adiante está o desafio de encontrar o sistema vascular, e durante a
alimentação, neutralizar os mecanismos de agregação plaquetária, coagulação e
vasoconstrição (Stark & James, 1996). Para assegurar a fluidez do sangue necessária, a
saliva de artrópodes hematófagos abriga vários componentes anti‐hemostáticos. Estas
moléculas incluem peptídeos com ação vasodilatadora, como maxadilan (Lerner e cols.,
1991) e prostaglandinas (Ribeiro e cols., 1992). Já inibidores da agregação plaquetária
incluem óxido nítrico, apirases, moléculas que sequestram ADP e uma série de peptídeos
e proteínas que interagem especificamente com integrinas (Francischetti e cols., 2000;
Champagne, 2004). Anticoagulantes abrangem uma grande variedade de inibidores que
interagem com a trombina e fator Xa, assim como proteínas que interrompem os
com
23
intestino posterior, envolvido na excreção e eliminação de material não digerido; e,
finalmente, túbulos de Malpighi (Romoser, 1996). O intestino médio, de origem
endodérmica, não é recoberto por cutícula. Porém, na grande maioria dos insetos, é
revestido por uma estrutura acelular, composta por quitina, proteoglicanos e proteínas,
chamada matriz peritrófica (PM), que envolve o alimento, separando‐o do epitélio
(Petters, 1992). A matriz peritrófica representa uma importante defesa para o inseto,
contra agentes químicos, físicos e biológicos (Richards & Richards, 1977; Peters, 1992;
Abedi & Brown, 1962). Esta estrutura não está apenas associada ao processo de
digestão, mas aos ciclos de invasão e transmissão de muitos agentes patogênicos, dos
quais os insetos são vetores (Berner e cols., 1983; Tellan, 1996). A variação na
refratoriedade tem sido bastante relacionada às diferenças no tempo de formação,
maturidade e espessura da matriz peritrófica (Billingsley & Rudin, 1992; Shahabuddin e
cols., 1995). Foi também descrito, em Aedes aegypti, o papel da matriz peritrófica na
detoxificação do heme (Pascoa e cols., 2002), através da sua ligação à uma proteína do
tipo D p cmucina ( even ort e ols., 2006).
Existem dois tipos de matrizes peritróficas que diferem, basicamente, na
composição química, espessura e secreção. Diferentes tipos de matrizes podem ser
produzidos nos diversos estágios do desenvolvimento, assim como ocorre nos
mosquitos. As fêmeas adultas sintetizam uma matriz mais espessa, que é secretada por
células ao longo do epitélio intestinal, em resposta à ingestão de alimento (Petters,
1992). Uma ilustração esquemática é mostrada na figura 4.
24
Figura 4: Matriz peritrófica de A. aegypti (Fonte: Biology of Disease Vectors, capítulo 19, página 321).
A ingestão de sangue dispara, no trato intestinal destes organismos, inúmeros
eventos, que resultam, em última análise, na disponibilização dos nutrientes necessários
para a ovogênese. O grande aumento na atividade proteolítica é um fenômeno bastante
importante neste contexto (Noriega & Wells, 1999; Lu e cols., 2006). Algumas
modificações expressivas se traduzem em reestruturação morfológica já evidenciada no
trato digestivo de algumas espécies de mosquitos como Culex quinquefasciatus e
Anopheles gambiae (Okuda e cols., 2007; Sodja e cols., 2007).
Aminopeptidases, carboxipeptidases (exopeptidases) e tripsinas (endopeptidaes)
participam da digestão em Aedes aegypti (Edwards e cols., 2000; Noriega & Wells, 1999;
Noriega e cols., 2002). A proteólise maciça é dividida em duas fases, marcadas por duas
diferentes tripsinas. As primeiras horas após a alimentação é marcada pela presença de
pequenas quantidades de uma tripsina precoce. A expressão desta enzima é regulada na
transcrição, que ocorre após a emergência do adulto, e é controlada pelo hormônio
juvenil. Os transcritos, porém, somente são traduzidos em resposta ao aumento no
intestino anterior
intestino médio
PM
intestino posterior
25
“pool” de aminoácidos do intestino médio (Noriega, e cols., 1999; Noriega, e cols., 2001).
Já a segunda fase da digestão, que ocorre entre 8 e 36 horas após alimentação, é marcada
pela presença de grandes quantidades da tripsina tardia, cuja expressão é
transcricionalmente regulada. Este é a principal responsável pela digestão das proteínas
sanguíneas, evento que tem um ponto máximo entre 8 e 36 h após a alimentação com
sangue (Noriega & Wells, 1999; Lu e cols., 2006). A quantidade e a fonte protéica
ingerida também parecem ser importantes na regulação da expressão desta enzima
(Noriega, e cols., 1994).
Com a digestão da proteína sanguínea mais abundante, a hemoglobina, e a ruptura
de sua cadeia polipeptídica, o seu grupamento prostético, heme, é então liberado no
lúmen intestinal em concentrações extremamente elevadas. Com a diurese, posterior à
alimentação com sangue, a concentração desta molécula se eleva ainda mais. Neste
contexto, o heme propaga a formação de radicais livres, amplificando a produção de
espécies muito tóxicas, o que representa um grande desafio oxidativo para este tecido.
26
1.4 O heme: características químicas e papéis fisiológicos
O heme é uma metaloporfirina constituída por um anel tetrapirrólico de estrutura
rígida e planar, onde os quatro anéis pirrólicos são unidos por pontes de meteno (α, β, γ
e δ) (Moore, 1980), como indicado na figura 5. A coordenação com metais de transição,
capazes de variar o seu estado de oxidação, permite que as metaloporfirinas participem
de várias reações de oxiredução, fundamentais na fisiologia celular. Um bom exemplo
são as reações de transferência de elétrons, que acontecem durante o processo de
respiração celular, envolvendo os citocromos, presentes na membrana interna
mitocondrial (revisto em Ponka, 1999). Na maior parte das hemeproteínas, o heme está
coordenado pelo ferro a apenas um ligante da cadeia polipeptídica permitindo, assim,
que a outra coordenação possa ser utilizada na ligação de outras moléculas, como
acontece com o oxigênio na hemoglobina e mioglobina (Maines, 1997). Além destas
funções, o heme é o grupamento prostético de diversas enzimas, como a catalase, uma
enzima antioxidante (Lewis, 1954) e a guanilato ciclase, uma hemeproteína envolvida na
prod
ução de GMP cíclico, um importante segundo mensageiro (Ignarro e cols., 1984).
Apesar destes diversos papéis vitais, o heme também pode gerar efeitos deletérios.
Quando em concentrações micromolares, o heme pode participar da formação de
radicais livres, espécies químicas altamente reativas. Estas espécies reativas podem
promover reações de peroxidação lipídica (Tappel, 1955) e, direta ou indiretamente, a
oxidação de ácidos nucléicos (Aft & Mueller, 1983), lipídeos e proteínas (Vincent e cols.,
1989). A alteração estrutural destas moléculas, portanto, pode comprometer
severamente as suas funções biológicas. Já em concentrações milimolares, além da
formação de radicais livres, por sua característica anfifílica, ele é capaz de particionar‐se
para o interior de bicamadas fosfolipídicas, alterando a permeabilidade e a organização
27
de suas moléculas constituintes, podendo em casos extremos, gerar a lise celular
(Schmitt e cols., 1993).
Figura 5: A estrutura da molécula de heme (ferriprotoporfirina IX). No heme, os quatro anéis pirrólicos estão unidos por pontes meteno α, β, γ e δ. Ao anel porfirínico resultante está ligado, por coordenação, o átomo de ferro central.
α
β
γ
δ
28
1.6 Os radicais livres
Radicais livres são espécies dotadas de existência independente que contém um ou
mais elétrons desemparelhados. Estas espécies podem ser geradas de várias formas.
Pela perda de um elétron por uma entidade não radicalar, pelo ganho de um elétron por
este mesmo tipo de espécie, ou ainda por fissão homolítica, onde uma ligação covalente
é quebrada e o par de elétrons compartilhados é separado entre os dois produtos
(Halliwell & Gutteridge, 1999). Estas espécies químicas apresentam alta reatividade
(Halliwell, 1993).
Há radicais de nitrogênio, como o óxido nítrico (NO•) e o peroxinitrito (ONOO•), e
radicais orgânicos como o alcoxil (RO•) e o peroxil (ROO•), entre vários outros (Halliwell
& Gutteridge, 1999). Além destes, existem radicais livres derivados do oxigênio, como
superóxido (O2•) e hidroxil (OH•). Estes, assim como o peróxido de hidrogênio (H2O2) e
outras moléculas oxigenadas não radicalares, mas tóxicas por sua alta reatividade, são
denominadas espécies reativas de oxigênio ou “reactive oxygen species” (ROS).
Diversos trabalhos vem associando a geração destas espécies com respostas a
estresse, apoptose, envelhecimento e morte. O balanço de ROS é um dos fatores
importantes na manutenção das vias de crescimento celular que podem incorporar
proliferação, apoptose e senescência. Os níveis intracelulares de ROS são influenciados
por um grande número de estímulos endógenos, como citocinas, e agentes exógenos,
como carcinógenos físicos e químicos, e são controlados por diversas enzimas
antioxidantes. O equilíbrio redox ou os níveis de ROS podem alterar cascatas de
transdução de sinal e induzir mudanças em fatores de transcrição que mediam respostas
celulares a estresse (revisado em Adler e cols., 1999).
29
Por outro lado, ROS são produzidas em condições fisiológicas normais, através de
diversos processos, nos organismos aeróbios. Na respiração celular, a redução
incompleta do oxigênio à água pode gerar radicais superóxido e hidroxil (Halliwell &
Gutteridge, 1999). Em macrófagos, ROS modulam funções celulares, tanto
desempenhando um papel de segundo mensageiro como, em baixas concentrações,
ativando vias de sinalização, que resultam em diversas respostas fisiológicas, tais como
proliferação celular, expressão gênica e apoptose (Forman & Torres, 2001). Algumas
células produzem peróxido de hidrogênio e o utilizam como segundo mensageiro para
transdução e amplificação de sinal (Bae e cols., 1997; Mahadev e cols., 2001). Foi
proposto recentemente também que esta mesma molécula promove ativação linfocitária
(Reth, 2002). Observou‐se inicialmente que a ativação de neutrófilos resulta no aumento
maciço do consumo de oxigênio não mitocondrial, por um processo denominado “burst”
oxidativo, como um efetivo mecanismo de destruição de patógenos invasores. Mais
tarde, estas observações foram relacionadas à presença de uma NADPH oxidase
fagocítica, também expressa em eosinófilos e macrófagos. Esta enzima gera superóxido
tran ferindo elétrons do NADPH ao oxigênio (revisado por Babior,1999). s
30
cies.
É importante considerar ainda que a toxicidade associada ao heme pode também
estar relacionada à sua capacidade de amplificar a formação de radicais livres, na cadeia
de peroxidação lipídica, iniciada por espécies radicalares originadas de outros
1.7 O papel do heme na formação de radicais livres
O heme pode participar da propagação de radicais livres através do átomo de ferro
central, exercendo assim, um papel pró‐oxidante (Tappel, 1955; Gutteridge & Smith,
1988). Na maioria das vezes, os efeitos deletérios do heme tem sido relacionados a
reações de peroxidação lipídica que, além dos peróxidos orgânicos, produzem radicais
de grande toxicidade. Alguns estudos já demonstraram que os radicais livres gerados
pelo heme podem promover a oxidação de lipídios, proteínas e DNA (Tappel, 1955; Aft &
Mueller, 1983).
Os efeitos pró‐oxidantes do heme livre e hemeproteínas, pode ser atribuído, em
parte, à formação de estados hipervalentes no ferro central. A oxidação de
oxihemoglobina, com peróxido de hidrogênio, produz este estado de oxidação do átomo
de fe a olécula derro presente n m heme da hemoglobina (Giulivi & Davies, 1990).
A degradação do heme pode liberar o átomo central de ferro, que assim como
outros metais de transição, pode gerar espécies radicalares altamente reativas (figura
6). Como acontece na reação de Fenton, onde o Fe+2 reduz o peróxido de hidrogênio
gerando o radical hidroxil (OH•). O heme pode induzir peroxidação lipídica pela
decomposição de peróxidos orgânicos, ao invés do peróxido de hidrogênio – H2O2,
gerando radicais alcoxil (RO•) e o peroxil (ROO•) (Kalyanaraman e cols., 1983; Van der
Zee e cols., 1996). Uma das características da formação de radicais livres é que as
reações acontecem em cadeia, amplificando e generalizando o efeito deletério destas
espé
31
processos, como a formação de superóxido pela enzima NADPH oxidase e a respiração
mitocondrial (revisado por Babior,1999; Halliwell & Gutteridge, 1999).
Figura 6: Geração de estresse oxidativo por ferro ligado ao heme ou livre. Através da reação de Fenton o ferro pode gerar radicais hidroxil (OH•), que por sua vez podem iniciar uma cadeia de peroxidação lipídica removendo elétrons de outras moléculas como ácidos graxos insaturados (RH), gerando radicais alquil (R•). Por outro lado, a formação de radicais pelo heme corresponde à conversão de hidroperóxidos orgânicos de baixa reatividade (ROOH) em radicais alcoxil (RO•) e peroxil (ROO•) extremamente reativos (figura retirada de Graça‐Souza e cols., 2006).
Diante do potencial do heme em participar de reações de formação de ROS,
podemos concluir que hematofagia além de uma rica fonte de nutrientes necessários
para a ovogênese representou também um grande desafio oxidativo para os organismos
ocupantes deste nicho tão peculiar. Podemos especular que diversos mecanismos de
defesa selecionados durante a evolução destes artrópodes hematófagos contribuíram
para o grande sucesso adaptativo observado nos dias de hoje.
32
1.8 Mecanismos de detoxificação do heme e defesas antioxidantes em artrópodes
Como resposta ao estresse oxidativo associado ao heme, íons ferro ou cobre, são
encontradas, nos mais diversos organismos, inúmeras defesas antioxidantes que
resultam, de alguma forma, na redução dos efeitos deletérios gerados pelos radicais
livres. Elas compreendem agentes capazes de remover cataliticamente radicais livres e
outras espécies reativas, como as enzimas superóxido dismutase, catalase e peroxidase;
proteínas que minimizam a viabilidade dos pró‐oxidantes como os íons ferro e cobre e o
heme, como as transferrinas e metalotioneínas; proteínas que sejam capazes de proteger
biomoléculas de danos, inclusive oxidativos, como as proteínas de choque térmico;
moléculas de baixo peso molecular que atuam como “scavengers” de radicais livres,
como a glutationa, α‐tocoferol (vitamina E), bilirrubina, ácido úrico e ácido ascórbico
(vita a l imin C) (Halliwe l & Gutter dge, 1999).
Em artrópodes, inúmeras enzimas antioxidantes já foram descritas, como por
exemplo, a catalase no carrapato bovino Rhipicephalus (Boophilus) microplus (Citelli e
cols., 2007), além de superóxido dismutase e catalase no barbeiro Rhodnius prolixus
(Paes e cols., 2001) e glutationa peroxidase que, neste mesmo inseto, possui grande
atividade na hemolinfa e, portanto, na forma extracelular, mas não intracelular, como
nos vertebrados (Paes & Oliveira, 1999). Artrópodes fitófagos podem adquirir na dieta
potentes antioxidantes, como tocoferol, caroteno e flavonóides (Carlson e cols., 1967;
Rothschild e cols., 1975). Massivas quantidades de urato (dez vezes maiores do que no
plasma humano) foram encontradas na hemolinfa de R. prolixus. A inibição de sua
síntese gerou acúmulo de produtos de peroxidação lipídica, demonstrando o seu papel
como potente antioxidante de baixo peso molecular neste contexto (Graça‐Souza e cols.,
33
, 1999).
Mais recentemente, a formação de agregados em estruturas subcelulares foi
descrita em Boophilus microplus. Neste caso, porém, o heme não parece participar de
1999). Além disso, vem sendo propostas funções antioxidantes para a matriz peritrófica
e a trealose (Felton & Summers, 1995).
Em artrópodes, já foram descritos diversos mecanismos eficientes na redução dos
efeitos tóxicos associados ao heme. A ligação desta molécula a proteínas específicas
acarreta, dentre outros efeitos mediados por heme livre, a diminuição na peroxidação
lipídica. Um exemplo é a proteína ligadora de heme, RHBP, descrita e caracterizada no
inseto Rhodnius prolixus (Oliveira e cols., 1995; Dansa‐Petretski, e cols., 1995). Esta é
abundante na hemolinfa, e tem como função o transporte de heme do aparelho digestivo
a outros tecidos, como coração (Paiva‐Silva, 2002) e ovários (Machado e cols., 1998). A
HeLp (heme‐lipoproteína), identificada no carrapato Boophilus microplus, é capaz de
ligar 6 moléculas adicionais de heme além das 2 já presentes em sua estrutura e,
provavelmente tem um importante papel no transporte da hemolinfa para os tecidos
(May ‐a Monteiro e cols., 2000).
A ligação do heme à matriz peritrófica em Aedes aegypti, ameniza os seus efeitos
deletérios (Pascoa e cols., 2002). Este fato é devido à sua ligação a uma proteína do tipo
mucina (Devenport e cols., 2006).
Um mecanismo recorrente para detoxificação do heme é a formação de cristais ou
agregados de heme, que terminam por retirar esta molécula de solução, diminuindo
assim, a sua reatividade. Além dos parasitas do gênero Plasmodium, onde a formação de
agregados já havia sido descrita (Slater & Cerami, 1992). O processo de formação de
agregados de heme, conhecidos como hemozoína, foi caracterizado também no parasita
Schistosoma mansoni (Oliveira e cols., 2000) e no hemíptero Rhodnius prolixus (Oliveira e
cols.
34
uma estrutura cristalina ou polimérica, mas de um agregado compartimentalizado,
denominado hemossoma, presente nas enormes células digestivas deste organismo
(Lara e cols., 2003).
Um importante mecanismo na detoxificação do heme é a sua degradação
enzimática. A degradação enzimática do heme já foi descrita em diversos organismos, e
está associada a reação catalisada pela enzima heme oxigenase, que resulta na produção
específica do isômero alfa de biliverdina (Galbraith, 1999).
35
1
.9 A enzima heme oxigenase
A heme oxigenase (HO) catalisa o primeiro passo e também a etapa limitante da
degradação do heme. A abertura enzimática do anel porfirínico, pelo ataque à ligação
meteno α, gera quantidades equimolares de biliverdina IXα, CO e ferro livre (figura 7)
(Otterbein e cols., 2000). Para esta reação, são utilizadas três moléculas de oxigênio e,
pelo menos, sete elétrons fornecidos pelo NADPH e citocromo P450 redutase (Yoshida e
cols., 1980; Maines, 1988; Pond e cols., 1999). Em mamíferos, a biliverdina gerada é
rapidamente convertida em bilirrubina, pela enzima citossólica biliverdina redutase, e
transportada dos diferentes tecidos até o parênquima hepático, em associação com a
albumina. Neste tecido, a hidrofóbica bilirrubina é então modificada pela adição de
resíduos carregados, gerando formas mono e di‐glucuronidadas, hidrossolúveis, que
podem ser excretadas na bile e nas fezes (Billing e cols., 1957).
A reação catalisada pela HO é crucial para diversos processos, como a reutilização
do ferro e a sinalização celular em mamíferos, a síntese de pigmentos essenciais para
captação de luz em cianobactérias e plantas superiores, e a aquisição de ferro por
bactérias patogênicas. Em todos estes processos, a heme oxigenase desempenha
mecanismos semelhantes para participar de vias tão diversas (Wilks, 2002). Esta enzima
foi, inicialmente, descrita como uma função oxigenase de uma mistura microssomal
hepática (Tenhunen e cols., 1969). Mais tarde, foram identificadas três diferentes
isoformas, produtos de três genes distintos (Galbraith, 1999).
36
Figura 7: Via de degradação do heme em mamíferos. O anel porfirínico do heme é quebrado pela enzima heme oxigenase (HO) formando biliverdina, CO e ferro. A biliverdina formada é posteriormente reduzida à bilirrubina pela biliverdina redutase (BVR) (Kirkby & Adin, 2006).
1.9.1
Diferentes isoformas de HO
HO‐1 e HO‐2 catalisam reações idênticas, apesar de apresentarem diferenças nas
estruturas primárias, peso molecular, termoestabilidade e afinidade pelo substrato
(Ryter & Tyrrell, 2000). Estas isoformas atuam de maneiras distintas na proteção contra
injúria tecidual. HO‐1, que tem sua expressão induzida em situações de estresse (Maines,
1997; Galbraith, 1999), é bastante expressa em células ricas em retículo endoplasmático
rugosos, como o fígado, pulmão e baço. Nestes órgãos, a degradação do heme está
envolvida com a destruição de hemácias senescentes (Tenhunen e cols., 1970). HO‐1 é
37
responsiva ao estresse gerado por radicais livres e também por hipoxia, entre outros
estímulos. A sua indução protege completamente o rim isquêmico contra a patologia
tecidual, o que envolve a rápida inativação do heme, derivado da desnaturação das
heme‐proteínas. No caso de injúrias teciduais severas, a HO‐1 é induzida e é colocalizada
com cGMP e oncogenes pro‐apoptóticos (Maines & Panahian, 2001).
HO‐2, por outro lado, é expressa constitutivamente em testículos, algumas regiões
do cérebro, tecido muscular e endotélio vascular e parece responder à presença de
glicocorticóides (Maines, 1997). Esta isoforma possui resíduos de cisteína ausentes na
HO‐1. Em outras heme‐proteínas, como citocromo P450 e óxido nítrico sintase, a
cisteína é o ligante axial para o ferro do heme seguida por uma prolina, localizadas entre
resíduos positivamente carregados e hidrofóbicos, formando domínios regulatórios de
heme ou “heme regulatory motif” (HRM). As poucas proteínas que possuem estes
domínios tem uma função regulatória de heme/oxigênio na célula (revisado em Maines,
2005).
Posteriormente, foi descrita a isoforma HO‐3. Para esta, que apresenta baixa
atividade de degradação de heme, tem‐se sugerido uma função na regulação de
processos mediados por este grupo prostético. HO‐3, assim como HO‐2, possui dois
ítios adicionais de ligação de heme, HRM (Galbraith, 1999; Ryter & Tyrrel, 2000). s
1.9.2 Atividades “HOlike”
Enzimas com atividade heme oxigenase já foram descritas em diversos organismos,
tais como Arabidopsis thaliana, uma planta (Muramoto e cols., 1999) e em bactérias,
como a cianobactéria Corynebacterium diphtheriae, causadora da difteria (Schmitt,
1997). Nestes casos, apesar da baixa similaridade na sequência primária, a conformação
38
tridimensional, assim como o mecanismo de catálise, parecem ser conservados (Yoshida
& Mi t 0gi a, 200 ).
A heme oxigenase encontrada em Pseudomonas aeruginosa também apresenta
diferenças estruturais. Nesta, os resíduos polares, que interagem com os propionatos do
heme e são responsáveis pelo alinhamento correto desta molécula no sítio catalítico,
estão ausentes. O resultado foi a quebra das pontes de meteno δ e β, gerando biliverdina
IX δ (70%) e biliverdina IX β (30%), e não o isômero alfa (Caignan e cols., 2002).
Um homólogo de heme oxigenase humana foi clonado a partir de cDNA de
Drosophila melanogaster. A enzima recombinante foi capaz de gerar, in vitro, os
isômeros de biliverdina IX δ e β, além do α. Os estudos de ressonância paramagnética de
elétrons ou “electron paramagnetic resonance” (EPR) revelaram que o ferro do heme
não está envolvido na sua ligação à enzima. Desta forma, os autores especularam que,
apesar de agir como heme oxigenase, a estrutura do sítio catalítico desta enzima deve
apresentar algumas diferenças em relação às HOs até então descritas (Zhang e cols.,
2004).
As biliverdinas já foram identificadas no tegumento, hemolinfa e ovos de diversos
insetos. O isômero α é característico de insetos hemimetábolos, como Odanata,
Plasmida, Orthroptera e Mantodea. Ao contrário, nas lepidópteras (holometábolos),
como a mariposa Manduca sexta, é encontrado o isômero gama de biliverdina,
denominado pterobilina. Além destes, outros pigmentos derivados da fotodegradação da
biliverdina γ foram identificados. Estes são denominados neopterobilinas e são
prod o a auzid s enzim tic mente nas lepidópteras (Urich, 1990).
Nos insetos, as biliverdinas geralmente são encontradas em associação com
proteínas, das quais diversas já foram descritas, e são classificadas em três grupos: as
39
insecticianinas, as cianoproteínas e as cromoproteínas. Estas podem ser encontradas no
tegumento, hemolinfa e/ou ovos de diferentes insetos, e parecem estar associadas à
camuflagem (Saito, 2001). O inseto hematófago Rhodnius prolixus produz um isômero γ
de biliverdina, modificado pela adição de duas cisteínas através dos grupamentos vinis.
A sua produção responde positivamente ao aumento dos níveis hemolinfáticos de heme,
e negativamente ao análogo desta molécula, a Sn‐protoporfirina IX, descrito na literatura
omo um inibidor clássico da HO (Paiva‐Silva e cols., 2006). c
1.9.3 Papéis f sioló icos assoc ados à via de degradação do heme e seus produtos
Cada vez mais os papéis citoprotetores desta via tem sido reconhecidos e
demonstrados nos mais diferentes modelos. Sabe‐se que a presença de íons ferro livre
pode gerar, em diversos sistemas biológicos, a rápida formação de espécies reativas de
oxigênio, como os radicais hidroxil e superóxido. Assim, o papel antioxidante da reação
catalisada pela heme oxigenase depende de mecanismos de sequestro ou transporte de
ferro, desempenhados por enzimas como a ferritina e a transferrina, respectivamente.
As tendências pró‐oxidantes do íon ferro são rapidamente neutralizadas pela síntese da
enzima ferritina, um sistema de estocagem celular do íon ferro (Galbraith, 1999), que já
foi descrito em diversos organismos, inclusive no mosquito A. aegypti (Geiser e cols.,
2003). Neste mosquito, foi recentemente descrita uma forma secretada da cadeia pesada
da ferritina, que parece ter um papel crucial na proteção contra a sobrecarga do íon
ferro
i g i
decorrente da alimentação com sangue (Geiser e cols., 2006).
Da mesma forma, os efeitos citoprotetores e os papéis regulatórios relacionados aos
produtos da reação catalisada pela HO – biliverdina/bilirrubina e CO vêm sendo
desvendados em diversos trabalhos nas últimas duas décadas.
40
Como o produto final da degradação do heme em mamíferos, a bilirrubina (BR) é
geralmente considerada potencialmente tóxica, ou seja, um resíduo lipossolúvel que
precisa ser excretado.
De fato, elevados níveis plasmáticos desta molécula já foram associados com
doenças, como acontece na icterícia em neonatos, conhecida como “jaundice”, onde os
seus altos níveis séricos levam à deposição cerebral em regiões específicas (Gourley,
1997), gerando disfunção neurológica (Schenker e cols., 1966).
Por outro lado, o papel da BR como um importante antioxidante plasmático vem
sendo reconhecido (Gopinathan e cols., 1994). Stocker e colaboradores demonstraram
que esta molécula foi capaz de atuar como “scavenger” de radicais peroxil gerados
quimicamente em soluções e em lipossomas multilamelares. Além disso, esta
característica aumentou quando as tensões de oxigênio experimentais foram reduzidas
de 20% (ar normal) para 2% (concentração fisiologicamente relevante). Estes dados
reforçaram o papel benéfico da BR como um antioxidante fisiológico capaz de quebrar a
cadeia de geração de ROS (Stocker e cols., 1987). No mesmo ano, este grupo publicou
dados que revelavam o papel antioxidante da BR associada à albumina, sugerindo o
papel antioxidante deste sistema tanto no plasma quanto no espaço extra‐vascular
(Stocker & Ames, 1987). Concentrações micromolares de um modelo conjugado de BR e
biliverdina (BV) inibiram significativamente e de forma dose dependente a oxidação de
lipossomas de fosfatidilcolina. Ao contrário, antioxidantes hidrossolóveis como o ácido
ascórbico e glutationa reduzida não foram capazes de promover o mesmo efeito nesse
sistema (Stocker & Peterhans, 1989). BR e BV se mostraram importantes “scavengers”
de peroxinitrito, um produto extremamente tóxico e instável da interação de superóxido
com NO (Kaur e cols., 2003).
41
zimas PKC (Falchuk e cols., 2002).
O monóxido de carbono (CO) foi considerado, até pouco tempo atrás, um poluente
tóxico presente no ar, por conta da grande afinidade com que se liga à hemoglobina,
cerca de 245 vezes maior que a o oxigênio. A única reação que produz CO
endogenamente é a da HO (Ryter e cols., 2006). Muitos estudos vêm demonstrando
importantes e benéficos efeitos fisiológicos relacionados a este gás. O CO provoca
BR e BV possuem forte atividade antioxidante voltado para os radicais peroxil,
hidroxil e peróxido de hidrogênio. Estes pigmentos contêm um extenso sistema de
ligações duplas conjugadas e átomos de hidrogênio reativos que provavelmente contam
para as sua capacidade antioxidante. De fato, o potencial redox do sitema BV/BR é da
mesma ordem de grandeza que o de NADP/NADPH, o sistema redox mais amplamente
utilizado para transferência de elétrons em compartimentos celulares (MacLean e cols.,
2007). Um trabalho recente propõe que o mecanismo pelo qual a BR atua como um
antioxidante frente ao radical peroxil em um ambiente polar, deve incluir a transferência
de átomo de hidrogênio (de grupamentos N‐H), como acontece nos antioxidantes
fenólicos, como a vitamina E. Entretanto, a transferência simples de elétrons para estas
espé cies radicalares não é descartada (Chepelev e cols., 2006).
Além disso, muitos estudos vêm demonstrando que os benefícios promovidos por
BR e BV vão além da capacidade antioxidante. Observou‐se a redução da rejeição crônica
a transplantes de órgãos inteiros e de menor porte com a administração de BV (Ollinger
e cols., 2007). O tratamento de intestinos médios transplantados com esta mesma
molécula levou à redução significativa de mediadores inflamatórios, infiltração de
leucócitos e injúria tecidual (Nakao e cols., 2004). Mais recentemente, a BV vem sendo
reconhecida como um importante regulador da expressão gênica, por ser um fator
determinante para o desenvolvimento do eixo dorsal de larvas de Xenopus, por suprimir
isoen
42
Regulação da expressão gênica de HO
HO‐1 pertence a uma grande família de proteínas responsivas a estresse, cuja
regulação transcricional responde a condições ambientais adversas. Citocinas
inflamatórias, endotoxina e hipoxia (Terry e cols., 1998; Carraway e cols., 1998;
Carraway e cols., 2000), bem como radiação ultravioleta A e metais pesados (Ossola &
Tomaro, 1998; Eyssen‐Hernandez e cols., 1996) ativam a expressão de HO‐1. A presença
de H2O2, assim como a depleção de GSH (glutationa reduzida), eventos associados ao
desbalanço no equilíbrio redox da célula, também acarretam a indução deste gene
vasodilatação, por promover relaxamento dos músculos da vasculatura lisa através da
produção de cGMP pela guanilato ciclase (Ramos e cols., 1989). É também descrito que
tanto a HO‐1 como a NO sintase (NOS) são co‐induzidas em resposta a estresse e a maior
parte das evidências indicam que a HO deve servir tanto para regular, como para
continuar os efeitos da NOS em sequência à resposta inicial. Considerando que NO induz
HO‐1 e, portanto, a produção de CO, e que este por sua vez, inibe a atividade da NOS,
acredita‐se que NO e CO parecem servir como mecanismo de “feedback”. Como o NO é
um vasorelaxante e também um radical livre, a coordenação entre estas duas vias
garante a contenção dos efeitos deletérios de uma molécula potencialmente tóxica com a
manutenção das suas propriedades vasodilatadoras (Kirkby & Adin, 2006). Os efeitos do
CO mediados por cGMP também incluem neurotransmissão (Snyder e cols., 1998; Verma
e cols., 1993), inibição da agregação plaquetária (Brune & Ullrich, 1987), proliferação da
musculatura vascular lisa (Morita & Kourembanas, 1995; Morita e cols., 1997), proteção
de células pancreáticas β de apoptose (Gunther e cols., 2002), broncodilatação (Cardell e
cols., 1998; Fujita e cols., 2001) e citoproteção, via inibição da citocromo c oxidase –
complexo IV da cadeia transportadora de elétrons (Zuckerbraun e cols., 2007).
1.9.4 1
43
(Lautier e cols., 1992; Oguro e cols., 1996). Da mesma forma, injúria tecidual, hemólise e
angiogênese são exemplos onde a ativação de HO atua como um importante mecanismo
citoprotetor a elevadas concentrações de heme (Alam e cols., 2003). Na tabela 1 a seguir
estão listadas algumas condições físicas e químicas que promovem a indução de HO‐1
em mamíferos. Como podemos ver, todas elas, de alguma forma, são relacionadas a
situações de estresse.
TC
abela 1: Condições que induzem expressão ou atividade de HO1 (adaptado de Otterbein & hoi, 2000 e Ryter e cols., 2006).
Radiação UVA Estresse por pressão de fluidos (“shear‐stress” Choque térmico Variações nas tensões de oxigênio ‐ Hipóxia
a ‐ HiperóxiMetais pesados ‐ Arsênio
o ‐ CádmiMetaloporfirinas ‐ Heme ‐ CoPP IX ‐ ZnPP IX ‐ SnPP IX Depleção nutricional Prostaglandinas Hormônios Endotoxina Marcadores de estado inflamatório ‐ Interleucinas ‐ TNF‐α Fatores de crescimento ‐ TGF‐β Estresse oxidativo ‐ Depleção de GSH
s de NO idrogênio
‐ NO e doadore‐ Peróxido de h‐ Peroxinitrito
44
os.
Como ilustrado na figura 8, os fatores de transcrição responsivos a estresse Nrf2,
HSF1, AP‐1 e NF‐κB regulam o gene de HO‐1. Postula‐se que este último fator faça isso,
indiretamente, por meio de uma proteína ligadora de DNA ainda desconhecida (X).
Enzimas MAPK provavelmente controlam alguns fatores de transcrição, por fosforilação
direta (setas contínua) ou indireta (múltiplas setas), através de outras proteínas na
cascata de sinalização. A complexidade da regulação deste gene permite a sua ativação
sob diferentes estímulos e condições (esfera branca). Consequentemente HO‐1 é
expressa em altos níveis, presumivelmente como parte de uma resposta adaptativa, em
uma variedade de estados patológicos (esfera amarela). Há uma considerável regulação
cruzada e recorrente em praticamente todos os estágios da via de resposta. Um bom
exemplo é o desbalanço no equilíbrio redox da célula, associado ao estresse oxidativo,
disparado por mediadores inflamatórios, que pode também levar ao acúmulo de
O vasto número de estímulos que ativam a HO‐1 refletem a presença de múltiplos
elementos responsivos na região promotora deste gene, capazes de ligar fatores de
transcrição, que por sua vez, são capazes de interagir com muitos componentes das
cascatas de sinalização celular. A via de sinalização MAPK foi a primeira que se observou
ligando estímulos extracelulares com a indução por estresse da HO‐1 (Maines & Gibbs,
2005). A indução de HO‐1, em mamíferos, é regulada principalmente por dois
“enhancers” na região 5’ do gene, conhecidos por E1 e E2 (Alam e cols., 1989, 1995;
Alam, 1994) (figura 9). Ambas as regiões contém múltiplas sequências consenso de
reconhecimento por diversos fatores de transcrição. Como exemplos, vale destacar os
elementos responsivos a estresse (StRE; Inamdar e cols., 1996) que correspondem
estrutural e funcionalmente, à sequência de reconhecimento pelas proteínas Maf
(MARE; Kataoka e cols., 2001) e elementos de resposta antioxidante (ARE), entre muitos
outr
45
proteínas não corretamente enoveladas, o que também afeta a homeostase proteica da
célula (Alam & Cook, 2006).
Figura 8: Regulação do gene de HO1 por diversos fatores de trasncrição e a sua relação com diferentes estados patológicos. Abreviações: ALI, “acute lung injury” – injúria aguda do ulmão; ARDS, “acute respiratory distress syndrome" – síndrome respiratória aguda; MI, myocardial infarction” – infarto do miocárdio (Alam & Cook, 2006). p“
Um dos mecanismos de regulação do gene de HO mais bem conhecidos envolve os
ativadores transcricionais Nrf2/Maf, que formam heterodímeros. Nrf2, ou fator nuclear
eritróide 2, é um fator de transcrição do tipo bZip, que é sensível ao estado redox da
célula. Em condições redox normais, Nrf2 fica ligado ao seu par Keap1 que o mantém no
citoplasma, onde é degradado via proteassomo (Itoh e cols., 1999). Entretanto, a
alteração do estado redox, gera modificações químicas no Keap1, que se refletem em
46
mudanças conformacionais que liberam o Nrf2 para translocação nuclear e ativação de
genes responsivos a estresse, incluindo HO‐1. Além desse refinado mecanismo de
regulação, um repressor transcricional do gene de HO‐1, Bach1, fica ligado a múltiplos
elementos de reconhecimento por proteínas Maf (MAREs) nos “enhancers” deste gene.
Estudos recentes mostraram que a ligação do heme a estes repressores libera os MAREs
para que a ativação transcricional aconteça (Sun e cols., 2002) (figura 9).
Figura 9: Ligação de Maf aos “enhancers” de HO1. Membros da família de proteínas Maf podem ser parceiros de ligação a Bach1. Estes repressores impedem a ativação transcricional deste gene por Nrf2 e outros ativadores que possam se ligar a estas regiões. Altos níveis de heme iberam Bach1 promovendo a expressão de HO‐1, resultando na degradação do heme (Sun e ols., 2002). lc
Assim, considerando a importância epidemiológica do mosquito Aedes aegypti e o
papel citoprotetor e regulatório da enzima HO, já elucidado em diversos modelos,
buscamos investigar esta enzima deste inseto. Considerando ainda que esta é uma via
amplamente induzida em situações de estresse e a digestão do sangue promove uma
situação desafiadora para este mosquito, hipotetizamos que esta via poderia, neste
contexto, representar um importante papel protetor.
47
2 OBJETIVOS
O objetivo principal desta tese foi identificar e caracterizar a via a degradação do
hem uto final e a enzima chave desta via. e no Aedes aegypti, incluindo seu prod
este derivam objetivos específicos: D
‐ Identificar, purificar e caracterizar estruturalmente o produto de degradação do
heme em Aedes aegypti;
Elucidar a via de formação e excreção desta molécula; ‐
‐ Verificar a expressão da enzima heme oxigenase, especialmente no epitélio
intestinal;
Silenciar este gene no intestino médio deste inseto; ‐
‐ Caracterizar heme oxigenases de outros mosquitos.
48
3 MATERIAIS E MÉTODOS COMPLEMENTARES
3.1 Os mosquitos
A maior parte deste trabalho foi realizada com mosquitos adultos, da espécie Aedes
aegypti, cepa Red, mantidos no Laboratório de Biologia e Bioquímica de Insetos do
Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, CCS, UFRJ.
Para alguns experimentos, realizados no laboratório do Dr. Anthony A. James,
Universidade da Califórnia, Irvine, EUA, mosquitos das cepas Higgs e Rockfeller também
foram utilizados.
Ovos, larvas, pupas e adultos foram submetidos a um fotoperíodo de 12 h de claro e
12h de escuro, com umidade relativa do ar em torno de 75 e 80%, e temperatura
ambiente de 28 ± 1 °C.
Para eclosão dos ovos, estes foram submetidos a vácuo por 20 minutos na presença
de água filtrada e descansada por pelo menos 12 h. As larvas resultantes eram
transferidas para bandejas com água, tratada da mesma forma já descrita, e alimentadas
com ração de cachorro triturada. As larvas eram re‐divididas pelo menos duas vezes
para garantir condições de crescimento ótimas e as mais homogêneas possível para toda
a população. As pupas recém‐eclodidas eram transferidas para gaiolas, onde os adultos
eram mantidos e alimentados com sacarose 10% “ad libitum”. Os mosquitos no
laboratório do Dr. Anthony A. James eram mantidos com uvas passas e água oferecida
em um algodão.
Todos os experimentos foram realizados com fêmeas de Aedes aegypti, entre 3 e 7
dias após a eclosão dos adultos, que jamais haviam sido alimentadas com sangue
ante iormente. r
49
3.2 Ensaio de captação de um análogo do heme (ZnPP) pelo epitélio intestinal
3.2.1 Alimentação artificial com ZnPP
A solução estoque de ZnPP foi preparada em DMSO, numa concentração de 20 mM.
Esta foi então diluída em NaOH 0,1 N para uma concentração de 10 mM e, a partir daí,
rediluída mais uma vez, na solução contendo as proteínas em água.
A globina foi preparada de acordo com Lara e cols., 2005 e titulada contra heme, a
410 nm, para que não houvesse o risco de oferecermos porfirina não ligada. A ZnPP‐
albumina foi dialisada contra água, para que o excesso de ZnPP não ligada fosse
removido. ZnPP‐globina ou ZnPP‐albumina, contendo entre 50 e 100 µM da porfirina, foi
acrescentada ao plasma ou soro que recebeu ainda ATP 1 mM (molécula fago
estimulante), para garantir a eficiência da alimentação.
Para obtenção do plasma, o sangue de coelhos adultos era coletado com seringa
heparinizada, centrifugado a 1.000Χg por 5 minutos para coleta do plasma, e a este foi
acrescentado ATP 1 mM (molécula fago estimulante), para garantir a eficiência da
alimentação. O plasma ou soro fetal bovino foram suplementados com ZnPP IX,
Zn(I orfirI)protop ina (Porhyrin Products) associada à globina ou albumina.
Quando as fêmeas foram alimentadas artificialmente, a sacarose foi retirada 24 h
antes, para tornar a alimentação mais eficiente. As refeições eram oferecidas em um
alimentador artificial, com um plástico do tipo “Parafilm” bem esticado, mantido a 37 °C
por um banho circulante.
Vale ainda acrescentar, que o plasma que alimentava os grupos controle, era sempre
diluído da mesma forma que aquele dos grupos teste.
50
3.2.2 Dissecção dos mosquitos
Os mosquitos foram imobilizados à ‐20 oC por 2 minutos, no máximo, e transferidos
para uma placa de petri no gelo. A dissecção foi feita sobre lâminas, em etanol 50%, com
o au d xílio e pinças n° 5.
Nos experimentos de microscopia os tecido foram dissecados em PBS pH 7,4
(tampão fosfato 10 mM e NaCl 0,15 M) ou etanol 50% e estocados em formaldeído 4%
em PBS a 4 °C.
3.2.3 Microscopia de fluorescência
Os intestinos médios, mantidos em formaldeído 4% em PBS a 4°C, foram colocadas
em uma lâmina e levemente cobertos com uma lamínula e observadas por contraste de
interferência diferencial utilizando um microscópio Axioplan 2 (Zeiss). As imagens de
fluorescência foram obtidas usando uma lâmpada de mercúrio de 100 W como a fonte
de excitação e um filtro Zeiss‐15 (BP 546nm‐12/FT 580·nm/LP 590·nm).
51
3.3 Caracterização preliminar do gene de HO nos mosquitos Culex
quinquefasciatus e Anopheles gambiae**
3.3.1 Extração de RNA total
Larvas e fêmeas adultas alimentadas apenas com açúcar ou 24 h após alimentação
com sangue de Culex quinquefasciatus e Anopheles gambiae foram utilizadas. O RNA total
foi purificado com o reagente TRIzol (Invitrogen), utilizando o protocolo descrito pelo
fabricante. O RNA total purificado foi dosado por medida da absorção de luz a 260 nm.
Aproximadamente 1 μg de RNA, foi então tratado com DNase I (Invitrogen) por 15
minutos em temperatura ambiente, da seguinte forma: 1 μg do RNA; 1 μl da DNase I
(1U/μl); 1 μl do tampão DNase I (10X); 7 μl H2O DEPC (volume final de 9 μl). Após 30
minutos foi acrescentado 1 μl EDTA 25 mM e as amostras foram incubadas a 65 °C por
0 minutos para inativação da enzima. 1
3.3.2 rtPCR (“Retro Transcribed Polymerase Chain Reaction” ou Reação em Cadeia
da Polimerase por Transcrição Reversa)
O rtPCR foi feito com “OneStep RT‐PCR Kit” (Qiagen). As seguintes condições foram
utilizadas: 0,6 μM de ambos dos oligonucleotídeos iniciadores, 0,4 mM dos dNTPs, além
do tampão adequado às condições ótimas das enzimas Trasncriptase Reversa e
“HotStarTaq” DNA polimerase do Kit (com cloreto de magnésio em uma concentração de
2,5 mM).
** Estas etapas do trabalho foi realizada no laboratório do Dr. Anthony A. James, Universidade da Califórnia em Irvine, EUA, sob supervisão do Dr. Osvaldo Marinotti.
52
O volume de reação foi ajustado com água MilliQ até 25μl e a reação foi efetuada no
termociclador “MJ Research PTC 100 Termal Cycler with Hot Lead”. A reação foi
realizada nas seguintes condições: 30 minutos a 50 °C, para síntese do cDNA; 15 minutos
a 95 °C, para ativação da Taq; 2 minutos a 94 °C; 35 ciclos de 1 minuto 94 °C, para
desnaturação, 1 minuto a 60 °C, para anelamento dos iniciadores e 1 minuto a 72 °C,
para extensão das fitas. Ao final do último ciclo uma etapa de extensão de 10 minutos a
72 °C foi realizada. As sequências dos inicadores utilizados estão indicadas na tabela 2
abaixo.
O produto final da amplificação foi analisado por eletroforeses em gel de agarose
2% conforme descrito por Sambrook e cols., 1989.
Tabela 2: Iniciadores para PCR de HO e RP de Culex quinquefasciatus e Anopheles gambiae.
Espécie Gene/orientação Sequência (5’ – 3’)
Culex quinquefasciatus HO senso GCTACGCGTGAGATTCACAA HO antisenso TGGGCTGGTATTTGGACTTC RP 49 sens o CTTCAAGGGCCAGTACCTGA
RP 49 antisenso GCGATCTCGGCACAGTAGAC Anopheles gambiae HO senso TGAGCAGGACCTTCGCTACT
HO antisenso CGTCCGGATAATGGTGTTGT RP 49 senso GCCGAAGATTGTGAAGAAGC
RP 49 antisenso CTTCGAACCGTAACCGATGT
53
3.4 5’ e 3’RACE da HO de Culex quinquefasciatus**
Utilizamos o “BD SMART™ RACE cDNA Amplification Kit” (Clontech) para fazer 5’ e
3’RACE do gene de HO de Culex quinquefasciatus. O RNA total foi extraído com TRIzol
(Invitrogen) de acordo com as recomendações do fabricante.
Segundo este protocolo, foram sintetizadas duas populações separadas de cDNA
para 5’ e 3’RACE. O cDNA para 5'RACE foi sintetizado utilizando um oligo dT modificado
e o “SMART II A Oligonucleotide”. A modificação neste oligo dT corresponde à presença
de dois nucleotídeos degenerados na porção 3’, permitindo que o iniciador anele no
início da cauda poli‐A, eliminando a heterogeneidade gerada por um oligo dT
convencional. Quando a transcriptase reversa deste kit alcança a porção 5’ do mRNA
alvo, ela adiciona alguns resíduos dC. O “SMART II A Oligonucleotide” (5'–
AAGCAGTGGTATCAACGCAGAGTACGCGGG–3') anela nesta cauda servindo de molde
para a transcriptase reversa. Já o cDNA para 3'RACE foi sintetizado utilizando o
procedimento tradicional de retro transcrição. Neste caso, entretanto, é utilizado um
oligo dT especial contendo uma porção do “SMART II A Oligonucleotide” na sua região 5’
(5'–AAGCAGTGGTATCAACGCAGAGTAC(T)30VN–3'). Desta forma, as reações de PCR
subsequentes para ambas as populações de cDNA podem ser realizadas com um
iniciador universal (idêntico à uma região do “SMART II A Oligonucleotide”) em
conjunto com iniciadores gene específicos.
Os cDNAs foram diluídos três vezes em um tampão Tris 10 mM pH 8,5 e EDTA 1 mM
para um volume final de 30 μl, e foram estocados a ‐20 °C até a realização dos PCRs
subsequentes.
** Estas etapas do trabalho foi realizada no laboratório do Dr. Anthony A. James, Universidade da Califórnia em Irvine, EUA, sob supervisão do Dr. Osvaldo Marinotti.
54
O termociclador utilizado foi “MJ Research PTC 100 Termal Cycler with Hot Lead”. O
primeiro PCR foi feito com um iniciador gene específico externo e o iniciador universal
(5'–AAGCAGTGGTATCAACGCAGAGT–3'), fornecido pelo Kit. Para o segundo PCR
utilizamos um iniciador mais interno ao primeiro na sequência do gene de HO e o
mesmo iniciador universal (tabela 3). Os PCRs foram feitos com 30 ciclos de 30
segundos a 94 °C, para desnaturação, 30 segundos a 60 °C, para anelamento e 2 minutos
a 72 °C, para extensão das fitas. Os produtos de PCR foram clonados no vetor pCR®4‐
TOPO fornecido pelo “TOPO TA Cloning® Kit” (Invitrogen) e sequenciados numa
“Facility” da UCI (Laguan Scientific).
Tabela 3: Iniciadores para RACE de HO de Culex quinquefasciatus.
RACE Posição/orientação Sequência (5’ – 3’)
3’ senso externo GCTACGCGTGAGATTCACAA 5’ antisenso externo GAT CC GTTTGAGGTAATCGCAGACTT3’ senso interno CGGAAGGACTGCTGGTATTC 5’ antisenso interno TGGGCTGGTATTTGGACTTC
55
3.5 5 o’RACE da heme xigenase das diferentes cepas de Aedes aegypti **
Utilizamos o “BD SMART™ RACE cDNA Amplification Kit” (Clontech) para fazer 5’
RACE das diferentes cepas de Aedes aegypti (Red, Higgs e Rockefeller). A extração de
RNA dos ovos foi feita da mesma forma descrita no íntem 3.3.1 e a síntese da primeira
fita de cDNA como descrito no íntem 3.4. O primeiro PCR foi feito com um iniciador gene
específico externo (tabela 4) e o iniciador universal, fornecido pelo Kit (sequência no
item anterior). Inicialmente, 10 ciclos de 30 segundos a 94 °C, 30 segundos a 65 °C e 1
minuto a 72 °C, com o decréscimo de 1 °C na temperatura de anelamento por ciclo foram
feitos. A seguir, 30 ciclos com as mesmas condições, exceto pela temperatura de
anelamento, que foi mantida a 55 °C, foram feitos. Para o segundo PCR utilizamos um
iniciador mais interno (tabela 4) e o mesmo iniciador universal. Os PCRs foram feitos
com o mesmo esquema acima, exceto pelas temperaturas de anelamento que, nos 10
primeiros ciclos variaram de 70 a 60 °C. Na segunda rodada, foi mantida a 60 °C. Os
produtos de PCR foram clonados no vetor pCR®4‐TOPO fornecido pelo “TOPO TA
Cloning® Kit” (Invitrogen) e sequenciados numa “Facility” da UCI (Laguan Scientific).
Tabela 4: Iniciadores para RACE de AaHO das diferentes cepas.
Posição Sequência (5’ – 3’)
externo TG T TTTTAATATTTGCACGGTinterno CAAAACTTGCTTTCGCCC
** Estas etapas do trabalho foi realizada no laboratório do Dr. Anthony A. James, Universidade da Califórnia em Irvine, EUA, sob supervisão do Dr. Osvaldo Marinotti.
56
O
Considerando que 24 h após a alimentação no galináceo infectado o epitélio
intestinal já é invadido pelos oocinetos, as fêmeas foram dissecadas neste momento da
digestão, conforme descrito no ítem 3.2.2, e o RNA total dos epitélios intestinais foi
extraído conforme o item 3.3.1. A medida de expressão relativa de AaHO (heme
3.6 Efeito da infecção por Plasmodium galinaceum na expressão relativa da AaHO
3.6.1 Alimentação dos mosquitos nos hospedeiros infectados e manutenção do
ciclo
O ciclo de infecção foi mantido de mosquitos infectados para galináceos. Mosquitos
das cepas Red, Higgs e Rockfeler foram utilizados nestes experimentos. Uma alíquota de
sangue congelado de uma ave infectada por Plasmodium gallinaceum foi inoculada em
galináceos "White Leghorn (Spafas)” jovens (4 a 6 semanas) para estabelecer a infecção.
A partir daí o ciclo foi mantido pela alimentação dos mosquitos com estas aves
infectadas. A parasitemia foi monitorada a partir do sexto dia e quando alcançava entre
2 e 10% os mosquitos se alimentavam nestas aves para garantir 100% de infecção. Após
cerca de 10 dias estes mosquitos picavam novos galináceos e assim por diante. As
fêmeas de Aedes aegypti foram mantidas em jejum por algumas horas antes da
alimentação com sangue. Um grupo de pelo menos 20 mosquitos foram mantidos até o
15 dia após infecção. Os intestinos médios foram dissecados e o número de oocistos foi
contado para verificar o percentual de infecção. Os mosquitos controle foram
alimentados com hospedeiros vertebrados não infectados da mesma idade e mantidos
sob as mesmas condições que os doentes.
3.6.2 Dissecção dos mosquitos, extração do RNA e medida de expressão relativa de
AaH
57
oxigenase de A. aegypti) foi realizada de acordo com os procedimentos descritos no
apêndice 2. Os experimentos foram realizados com dois ou três grupos de 10 mosquitos
por condição, e uma vez para cada cepa.
58
3.7 Efeito de CoPP sobre a expressão relativa da AaHO
3.7.1 Alimentação dos mosquitos
As fêmeas foram mantidas em jejum por 24 h, para tornar a alimentação mais
eficiente. As refeições foram oferecidas em um alimentador artificial, com um plástico do
tipo “Parafilm” bem esticado, mantido a 37 °C por um banho circulante.
A Co(III)protoporfirina IX (Porphyrin Products) (CoPP) foi solubilizada em 1/5 do
volume final de NaOH 0,1 N e 4/5 do volume de tampão fosfato 0,1 M pH 7,4 e NaCl 0,15
M para concentração de 5 mM. O sangue de coelhos adultos foi coletado com seringa
heparinizada. Este foi misturado com CoPP para uma concentração final de 2,5 mM e
ainda recebeu a adição de 1 mM de ATP (molécula fago estimulante), para garantir a
eficiência da alimentação. Vale ainda acrescentar que o sangue que alimentou os grupos
controle, foi diluído da mesma forma que aquele dos grupos teste.
3.7.2 Dissecção dos mosquitos, extração do RNA e medida de expressão relativa de
AaHO
As fêmeas foram dissecadas 24 h após a alimentação, conforme descrito no ítem
3.2.2, e o RNA total dos epitélios intestinais foi extraído conforme o item 3.3.1. A medida
de expressão relativa de AaHO (heme oxigenase de A. aegypti) foi realizada de acordo
com os procedimentos descritos no apêndice 2. Os experimentos foram realizados três
vezes independentes com dois grupos de 10 mosquitos por condição.
59
3.8 Silenciamento da expressão da AaHO por RNA de interferência**
3.8.1 Preparação da dupla fita de RNA
Inicialmente um rtPCR como descrito no item 3.4.2 foi realizado a partir de RNA
total de Aedes aegypti e Anopheles gambiae, extraído de acordo com o item 3.4.1, para
heme oxigenase (HO) e OBP‐7 (“odorant binding protein” ou proteína ligadora de
odorante), respectivamente. Este produto de PCR foi utilizado como molde para a
síntese de RNA de dupla fita. Para amplificação de GFP um plasmídeo pGLOW
(Invitrogen) foi utilizado como molde. As condições de amplificação e os iniciadores
estão listados na tabela 5 a seguir. O termociclador utilizado foi “MJ Research PTC 100
Termal Cycler with Hot Lead”. Para OBP‐7, os PCRs foram feitos com 40 ciclos de 5
minutos iniciais a 94 °C; 30 segundos a 94 °C; 30 segundos a 55 °C e 1 minuto a 72 °C.
Para HO, foram feitos 5 ciclos iniciais de 30 segundos a 94 °C; 30 segundos a 65 °C e 30
segundos a 72 °C. A seguir mais 35 ciclos de 30 segundos a 94 °C; 30 segundos a 77 °C e
30 segundos a 72 °C, seguidos por um ciclo final de 10 minutos a 72 °C. Para GFP, foram
feitos 5 ciclos iniciais de 30 segundos a 94 °C; 30 segundos a 75 °C e 30 segundos a 72
°C. A seguir mais 35 ciclos de 30 segundos a 94 °C; 30 segundos a 82 °C e 30 segundos a
72 °C, seguidos por um ciclo final de 10 minutos a 72 °C. Os produtos gerados possuíam
aproximadamente 500 bp. Os produtos de PCR foram concentrados e purificados com o
“PCR Cleaning Kit” (QIAGEN) seguindo o protocolo recomendado e, após serem eluídos
em água MilliQ autoclavada, estes produtos foram quantificados em espectrofotômetro
pela absorção à 260 nm.
** Estas etapas do trabalho foi realizada no laboratório do Dr. Anthony A. James, Universidade da Califórnia em Irvine, EUA, sob supervisão do Dr. Osvaldo Marinotti.
60
Os RNAs de dupla fita foram sintetizados com o Kit “MEGAscript®” (Ambion)
seguindo as recomendações do fabricante utilizando 1 µg de molde por 20 µl de reação.
Para a síntese foi feita uma incubação por 16 h a 37 °C. A seguir, os RNAs foram limpos
com uma coluna e reagentes fornecidos pelo kit, seguindo os protocolos recomendados.
Ao final deste processo foram eluídos em água DEPC aquecida e quantificados em
espectrofotômetro pela absorção à 260 nm. As concentrações eram ajustadas para 1
µg/µl e os RNAs de dupla eram mantidos a ‐20 °C até a injeção, mas não por mais de
duas semanas.
Tabela 5: Iniciadores para PCR mole da síntese de dupla fita de RNA.
Gene ção/ Orienta Sequência (5’ – 3’)
TM (°C)
HO senso TAATACGACTCACTATAGGGAGAGCTTTCGCCCTTTATGACAG 65 7‐7HO anti‐ senso TAATACGACTCACTATAGGGAGAATTCGCTTTCGTGTGTCCTC OBP‐7 senso TA GATACGACTCACTATAGGGTACT ATGTGTGAATATTCGAATAC 55
OBP‐7 anti‐senso T A GATACGACTCACTATAGGGTACT CTCCAGCACTAGTAGGTGGFP senso T AATACGACTCACTATAGGGAGGAGCTGTTCACCGGGGTGG 75‐82
GFP anti‐senso TAATACGACTCACTATAGGGTGCCGTCCTCGATGTTGTGG
3.8.2 s mosqu Injeção no itos
Fêmeas de A. aegypti, entre 24 e 48 h após a emergência sofreram injeção torácica
com seringas de vidro feitas no “Sutter Instrument Co.”, Modelo P‐2000 (feito nos EUA),
com os seguintes parâmetros: Heat‐ 275; Fil‐ 3; Vel‐ 37; Del‐250; Pull‐125
3.8.3
Medida dos níveis de expressão da AaHO
Para medida dos níveis de expressão da heme oxigenase de A. aegypti (AaHO),
rtPCRs semi‐quantitativos e PCR em tempo real foram realizados. Este último foi
realizado de acordo com a metodologia descrita no apêndice 2. O RNA total dos tecidos
foi extraído de acordo com o item 3.3.1. Os tecidos dissecados foram: intestino médio,
61
ovários e resto do corpo da fêmea, antes e em diferentes tempos após a alimentação com
sangue. Cerca de 10 indivíduos foram utilizados para cada ponto.
O rtPCR semi‐quantitativo foi feito com “OneStep RT‐PCR Kit” (Qiagen) com as
seguintes condições foram utilizadas: 0,6 μM de ambos dos oligonucleotídeos
iniciadores, 0,4 mM dos dNTPs, além do tampão adequado às condições ótimas das
enzimas Trasncriptase Reversa e “HotStarTaq” DNA polimerase do Kit (com cloreto de
magnésio em uma concentração de 2,5 mM). O volume de reação foi ajustado com água
milliQ até 25 μl e a reação foi efetuada no termociclador “MJ Research PTC 100 Termal
Cycler with Hot Lead”. A reação foi realizada nas seguintes condições: 30 minutos a 50
°C, para síntese do cDNA; 15 minutos a 95 °C, para ativação da Taq; 2 minutos a 94 °C;
ciclos de 30 segundos a 94 °C, para desnaturação, 30 segundos a 60 °C, para anelamento
dos oligonucleotídeos e 30 segundos a 72 °C, para extensão das fitas. Os inicadores
utilizados foram os mesmos desenhados para PCR em tempo real, que constam no item
materiais e métodos do apêndice 2. Os ciclos correspondentes à amplificação na fase
logarítmica (antes da fase estacionária) foram determinados para os genes de HO e
RP49 e correspondiam, respectivamente, a 33 e 27 ciclos. Um volume de 5 µl de cada
reação com 1 µl de tampão de amostra foi analisado por eletroforeses em gel de agarose
% conforme descrito por Sambrook e cols., 1989. 2
3.8.4 Medida da oviposição
Cerca de 15 fêmeas foram injetadas com 1 µg de dupla fita de RNA por mosquito e 3 dias
após a injeção foram alimentadas com sangue e separadas em gaiolas individuais. Três dias
depois, um recipiente com água foi colocado em cada gaiola e 3 dias depois o número de ovos foi
contado.
62
Preparação do padrão de biliverdina alfa e quantificação da AaBV
A solução estoque de biliverdina IXα (Porhyrin Products) 1 mM foi preparada em
DMSO. Uma curva padrão foi construída a partir da leitura a 680 nm de soluções de
concentração conhecida. A absorção de luz da amostra foi medida em espectrofotômetro
GBC UV/VIS 920. A partir desta curva a concentração das soluções de AaBV foram
determinadas.
3.9 Ensaios para testar a capacidade antioxidante da AaBV
3.9.1 HPL A purificação do pigmento de A. aegypti por C
Intestinos médios de fêmeas dissecados após a alimentação com sangue foram
homogeneizados em PBS pH 7,4 (tampão fosfato 10 mM e NaCl 0,15 M) e centrifugados
por 15 minutos a 12.000Χg. Os sobrenadantes foram secos em “speed‐vac” e
armazenados a ‐20 °C até a análise.
Imediatamente antes das análises, as amostras foram ressuspensas em acetonitrila
25% e ácido trifluoracético 0,05%. A purificação do pigmento foi realizada por
cromatografia em fase reversa de alta performance (HPLC), utilizando a coluna
Shimadzu ODS C18. As amostras foram eluídas com um gradiente de acetonitrila de 5 a
80% em ácido trifluoracético 0,05% (10 minutos apenas em 5% de acetonitrila, de 10 a
50 minutos foi feito o gradiente de 5 a 80% de acetonitrila e, finalmente, 20 minutos em
80% de acetonitrila), em um fluxo de 0,4ml por minuto. A eluição foi monitorada em
diversos comprimentos de onda por um detector tipo “diodearray” (modelo SPD M10A).
Os picos com espectro de absorção de luz e tempo de eluição correspondentes à
bilivedina de A. aegypti (AaBV) foram coletados manualmente, secos em “speed vac” e
armazenados a ‐20 °C ao abrigo da luz.
3.9.2
63
3.9.3 Medida da atividade antioxidante por proteção da oxidação da Bficoeritrina
O estoque de B‐ficoeritrina (Sigma) (B‐PE) foi preparado em acetato de amônio 0,01
M pH 5,0 para uma concentração de 2,08 x 10‐6 M e mantida sob proteção da luz a 4 °C. O
tampão utilizado neste ensaio foi o tampão fosfato de sódio e potássio 0,075 M, pH 7,0,
com ou sem a adição de DMSO para uma concentração final de 0,5%.
Os ensaios com a biliverdina alfa foram feitos no tampão contendo DMSO, para que
esta molécula fosse mantida em solução. Tanto o controle como a AaBV foram
subm te idos à mesma condição.
A solução de ABAP (2,2'‐azobis (2‐amidinopropano) dihidroclorado) 40mM foi
preparada fresca em tampão fosfato de sódio e potássio 0,075 M, pH 7,0. Os estoques de
Trolox e Ácido ascórbico (Sigma) também foram preparados no momento da realização
do ensaio, em água numa concentração de 1 mM. A AaBV foi diluída em água e teve a sua
concentração medida de acordo com o item 3.7.2 desta seção.
A fluorescência foi monitorada num fluorímetro “VARIAN Cary Eclipse Fluorescence
Spectrophotometer”, com excitação a 540 nm (slit 10 nm) e emissão 565 nm (slit 5 nm).
O volume do ensaio foi de 1 mL. A concentração final de B‐PE foi 1,65 x 10‐8 M. As
medidas em cada condição foram feitas por 60 minutos e os valores de emissão de
fluorescência foram transformados em percentual de fluorescência da B‐PE. As
concentrações finais das moléculas de antioxidantes estão indicadas nas legendas das
figuras com os resultados. Os experimentos foram realizados duas vezes independentes.
64
o descritos na legenda da figura.
As amostras foram separadas por eletroforese desnaturante (SDS‐PAGE 15%). As
proteínas foram então transferidas para uma membrana de PVDF em “Trans Blot SD
Semi Dry Transfer Cell (Bio‐Rad)” por 90 minutos a 190 mA. Após a transferência, a
membrana foi rinsada rapidamente em água MilliQ e incubada por 30 minutos em DNPH
(2,4‐dinitrofenilhidrazina) 0,1 mg/ml preparado em HCl 2 N, com agitação orbital leve e
proteção da luz. A seguir a membrana foi submetida a três lavagens de 5 minutos em HCl
2 N e cinco lavagens de 5 minutos em Metanol 100%. Ao final deste ciclo de lavagens, a
membrana foi rinsada em PBS pH 7,4 e submetida à “western blot”.
3.9.4 Medida da capacidade antioxidante por imunodetecção de proteínas
carboniladas
Cerca de 60 intestinos médios de fêmeas alimentadas apenas com solução de
sacarose foram dissecados em PBS pH 7,4, coletados no gelo em coquetel de inibidores
de p tro eases (Sigma) e homogenizados em “potter” de vidro.
A solução estoque de hemina (Sigma) foi preparada em 1/5 do volume final de
NaOH 0,1 N e 4/5 do volume de tampão fosfato 0,1 M pH 7,4 e NaCl 0,15 M para
concentração de 1 mM. tert‐butilhidroperóxido (Sigma) (t‐BOOH) 10 mM foi preparado
em água. Os estoques de Trolox e Biliverdina alfa foram preparados como no ítem 3.7.3
desta seção. Todas as soluções foram preparadas no momento do ensaio.
Um volume correspondente a 2 epitélios foi incubado com 500 µM de t‐BOOH e 100
µM de heme, como sistema gerador de radicais livres. Os antioxidantes foram
adicionados ao meio reacional para concentração final de 25 e 100 µM. As incubações
foram feitas em tampão PBS pH 7,4, por 60 minutos a 37 °C. Estas eram interrompidas
pela adição de 1 µl de BHT 50 mg/ml e tampão de amostra com SDS. As amostras foram
fervidas e estocadas a ‐20 °C até a realização do “western blot”. Os controles utilizados
estã
65
O bloqueio da membrana foi feito com uma solução de leite desnatado em pó Molico
5% preparada em TBS com 0,1% de Tween 20 a 4 °C durante a noite. Na manhã
seguinte, três lavagens de cinco minutos com TBS com 0,1% de Tween 20 foram
realizadas. A membrana foi incubada com um anticorpo primário policlonal (anti‐2,4‐
dinitrofenilhidrazona, um derivado da conjugação do DNPH às carbonilas das proteínas
oxidadas), diluído em TBS com 0,1% de Tween 20, na proporção de 1:5.000, por 2 horas.
Três lavagens de dez minutos com TBS com 0,1% de Tween 20 foram realizadas. A
seguir, a membrana foi incubada com um anticorpo secundário (anti‐IgG de coelho),
diluído em TBS com 0,1% de Tween 20, na porporção de 1:10.000, por 1 hora. Três
lavagens de dez minutos com TBS com 0,1% de Tween 20 foram realizadas, seguida por
uma com apenas TBS. A seguir a membrana foi submetida à revelação com o Kit ECL
(Amershan), conforme protocolo sugerido pelo fabricante.
66
4 RESULTADOS
Se por um lado, o heme desempenha importantes papéis fisiológicos, assim como o
transporte de oxigênio e a transdução de sinal (Ponka, 1999), em contrapartida, quando
livre em solução, é um potente gerador de radicais livres. Liberado da estrutura protéica
da hemoglobina, o heme passa a forma livre em solução no lúmen intestinal dos insetos
hematófagos, como resultado da digestão. A liberação de grandes e tóxicas quantidades
de heme gera, no aparelho digestivo destes organismos, um grande desafio oxidativo.
Esta molécula, pode participar de reações de peroxidação lipídica, desencadeando e
propagando a formação de radicais livres. Estas espécies podem comprometer a
estrutura e a função de inúmeras moléculas, gerando diversos danos aos componentes
celulares. Assim, ao longo de sua evolução, os organismos que vem ocupando com
sucesso este desafiador nicho, sofreram uma pressão natural que resultou, na seleção de
inúmeros mecanismos capazes de reduzir a toxicidade do heme ou de conter os efeitos
das espécies radicalares, produzidas por ele. A sua degradação enzimática é um destes
meios, e já foi descrita em inúmeros organismos de diversos reinos. Catalisada pela
enzima heme oxigenase, ela resulta na produção de um pigmento verde, a biliverdina,
além de CO e Fe2+. Considerando a importância epidemiológica do mosquito Aedes
aegypti e o pouco conhecimento acerca do metabolismo de heme neste inseto, passamos
a investigar este processo.
67
4.1 Identificação e caracterização da via de degradação do heme em Aedes aegypti
Inicialmente, e como pode ser visto no primeiro manuscrito anexado,
caracterizamos a estrutura do produto de degradação do heme em A. aegypti, uma
biliverdina modificada que chamaremos aqui de biliverdina de Aedes aegypti ou,
simplesmente, AaBV. Este pigmento foi purificado por cromatografia de fase reversa em
HPLC. A solubilidade da AaBV no lúmen intestinal, assim como a sua menor
hidrofobicidade, quando comparada à biliverdina alfa por cromatografia de fase reversa,
estão associadas a uma modificação química nesta molécula. Utilizamos espectrometria
de massa por pulverização de elétrons (ESI‐MS, electrospray ionization mass
spectrometry) para caracterizarmos a sua estrutura, que corresponde a um isômero alfa
de biliverdina, modificado por dois resíduos de glutamina, em ligações amídicas,
resultando em uma biglutamil‐biliverdina (apêndice 1).
A quebra enzimática do anel porfirínico corresponde à atividade catalítica da
enzima heme oxigenase (HO), enzima expressa pelo epitélio intestinal das fêmeas de A.
aegyti, produzindo um isômero alfa de biliverdina. Identificamos, também por ESI‐MS, o
intermediário modificado pela adição de apenas uma glutamina. Assim, a via de
formação da biglutaminil‐biliverdina foi elucidada, passando pela degradação do heme
o isômero alfa que, posteriormente, recebe a adição de duas glutaminas. n
68
oléculas tóxicas.
Nenhuma diferença marcante foi observada quando o análogo do heme foi oferecido
em associação com globina ou albumina, sugerindo que a proteína a que a porfirina está
4.2 Captação de um análogo do heme pelo epitélio intestinal
Buscando avaliar in vivo a dinâmica da captação do heme pelo epitélio intestinal,
utilizando um análogo fluorescente, onde o ferro central é substituído por um átomo de
zinco. Diferente do heme, que não é fluorescente, alguns de seus análogos podem ser
importantes traçadores, por serem fluorescentes (Lara e cols., 2005). Estudos sobre a
captação de heme por linhagens celulares intestinais e hepáticas utilizaram uma
porfirina onde o zinco era o substituinte de uma mesoporfirina (onde as vinilas da
protoporfirina são substituídas por etilas) (Worthington e cols., 2001). Vale ainda
acrescentar que, para nos aproximarmos o máximo possível da condição fisiológica,
utilizamos a porfirina associada às proteínas globina (ZnPP‐globina) ou albumina (ZnPP‐
albumina).
As fêmeas de Aedes foram alimentadas com soro fetal bovino suplementado com
estas moléculas e os intestinos médios foram dissecados em diferentes tempos. Já em 12
h após a alimentação, pode‐se observar intensa fluorescência nas células epiteliais com
uma distribuição provavelmente citoplasmática (figuras 10D e 11B), indicando que o
análogo do heme é de fato captado pelo tecido. Com o avanço da digestão, não apenas a
intensidade da fluorescência aumenta no tecido (figuras 10F e H, 11D e F), mas também
a distribuição citoplasmática assume uma característica pontuada, sugerindo a presença
de vesículas (figura 11G). Neste mosquito, propomos que a degradação do heme é o
primeiro passo para a sua excreção. Assim, a presença destas vesículas pode sugerir uma
estratégia de compartimentalização, para posterior degradação e excreção de porfirinas
ou m
69
conjugada não parece afetar a sua captação, indicando que a porfirina é liberada da
interação com a cadeia protéica antes de ser captada pelo tecido.
Uma cinética com tempos mais curtos foi feita (figura 12), mostrando que uma
difusa marcação na luz intestinal, observada nas horas iniciais da digestão (até 2 h)
(figuras 12D e F), é substituída por uma intensa fluorescência no epitélio, como pode ser
visto a partir de 6 h após a alimentação (figura 12H, J, K e M). Ou seja, à medida que a
digestão se processa, a fluorescência passa do lúmen para o epitélio intestinal. Podemos
assim concluir que o heme livre pode alcançar este tecido já nos primeiros momentos da
digestão.
A B
C D
E F
G H
71
Figura 10: Cinética de captação de ZnPPglobina pelo epitélio intestinal de fêmeas de Aedes aegypti observada por microscopia de fluorescência. Na coluna da esquerda (AG) são mostradas as imagens de contraste por interferência diferencial (DIC) e na coluna da direita (BH) as imagens de fluorescência. São mostradas regiões de intestinos médios de fêmeas alimentadas apenas com soro, dissecadas 24 h após alimentação (A e B). Intestinos médios de êmeas alimentadas com soro suplementado com ZnPP‐globina, dissecadas 12 h (C e D), 24 h (E F) e 48 h (G e H) após alimentação. A linha branca corresponde a 100 µm. fe
A B
C D
E F
G
73
Figura 11: Cinética de captação de ZnPPalbumina pelo epitélio intestinal de fêmeas de Aedes aegypti observada por microscopia de fluorescência. Na coluna da esquerda (AE) são mostradas as imagens de contraste por interferência diferencial (DIC) e na coluna da direita (BG) as imagens de fluorescência. São mostradas regiões de intestinos médios de fêmeas alimentadas com soro suplementado com ZnPP‐albumina, dissecadas 12 h (A e B), 24 h (C e D) e 48 h (EG) após alimentação. A linha branca corresponde a 100 µm.
A B
C D
E F
G H
I J
L M
K
75
Figura 12: Cinética de captação de ZnPPglobina pelo epitélio intestinal de fêmeas de Aedes aegypti observada por microscopia de fluorescência, com intervalos menores. Na coluna da esquerda (AL) são mostradas as imagens de contraste por interferência diferencial (DIC) e na coluna da direita (BM) as imagens de fluorescência. São mostradas regiões de intestinos médios de fêmeas alimentadas apenas com plasma, dissecadas 24 h após alimentação (A e B). Intestinos médios de fêmeas alimentadas com plasma suplementado com ZnPP‐globina, dissecadas 0 h (C e D), 2 h (E e F), 6 h (G e H), 12 h (IK) e 24 h (L e M) após alimentação. A linha branca corresponde a 100 µm.
76
4.3 Caracterização da heme oxigenase de Aedes aegypti
A heme oxigenase de A. aegypti foi previamente clonada e sequenciada pelo Dr.
Boris Dunkov, antes mesmo da liberação do genoma de Aedes aegypti. A sequência de
ácidos nucleicos para este gene (GenBank, número de acesso AY433250) corresponde a
uma ORF (“open reading frame” ou sequência aberta de leitura) de 702 bp cuja predição
de tradução gera um peptídeo de 233 aminoácidos. Analisando a sequência de
aminoácidos da HO de Aedes aegypti (AaHO) em comparação com a HO‐1 humana,
cristalizada em 1999 (Schuller e cols., 1999), vemos que muitos resíduos são
conservados, especialmente aqueles relacionados à interação com o heme (figura 1,
apêndice 2).
Vale ainda acrescentar que através da técnica de RACE da porção 5’ do transcrito de
HO de diferentes cepas de Aedes aegypti mostramos a presença de cinco aminoácidos
ausentes na sequência depositada no GenBank (número de acesso AY433250) que
corresponde à cepa Liverpool. Esta porção apresenta uma metionina na primeira
posição em “frame” com o restante do gene. Entretanto, como pode ser observado na
figura 13, apenas as cepas Red e Higgs possuem esta porção adicional. Pela semelhança
entre esta sequência e o início do gene, podemos especular que ela pode ter se originado
de um evento de duplicação.
77
HiggsRedRockfellerLiverpool
Figura 13: Alinhamento das sequências porção 5’ do transcrito de HO das diferentes cepas de Aedes aegypti. As setas em cinza indicam as metioninas. Vale ainda acrescentar que o transcrito depositado no GeneBank, corresponde à sequência utilizada neste alinhamento referente à cepa Liverpool.
78
4.4 HO em outros mosquitos
Com o objetivo de investigar a presença de heme oxigenases em outros dípteros de
importância médica, buscamos identificar genes com homologia a HO em Culex
quinquefasciatus, vetor da filariose e Anopheles gambie, um dos principais vetores da
malária humana (CDC, 2008). No laboratório do Dr. Anthony A. James, com base em um
“contig” gerado a partir de sequências do VectorBase de Culex quinquefasciatus, através
da técnica de RACE, amplificamos um produto, clonamos em pCR®4 TOPO (Invitrogen) e
sequenciamos, confirmando, assim, a sequência de HO para este mosquito (figura 14).
Também com base na HO anotada em Anopheles gambiae (número de acesso
ENSANGESTG00000003040) mostramos que ambos os mosquitos expressam este gene
em larvas, fêmeas adultas alimentadas ou não (figura 15).
79
1 AGCAGTGGTATCAACGCAGAGTACGCGGGCTAATACGACTCACTATAGGGCAAGCATGG S S G I N A E Y A G - Y D S L -
T G K H G
61 ATCAACGCAGAGCATTCTCACTCAGCTGATCATTGTTTTGATTTCTGCGTGGCAAGAGT I N A E H S H S A D H C F D F C V A R V 121 AACTAACGGGACCGGTTGTACGCTATTGTTTTTGAAGCGTTGCTCACAATGGCCGCCTC N - R D R L Y A I V F E A L L T M A A S 181 ACTACCACCACCGAGAAAACGGTTTCCTTTACAAAGGCGATGCGTGTGGCTACGCGTGA T T T T E K T V S F T K A M R V A T R E 241 ATTCACAACGTGAGCGATGGCTTAGTGAATGCGAAATTGGCCTTTGCTTTGTACGATAG I H N V S D G L V N A K L A F A L Y D S 301 GCGGTTTGGGCGGAAGGACTGCTGGTATTCTACGAAATTTTCAAATTTCTTGAGCAGCA A V W A E G L L V F Y E I F K F L E Q H 361 GTGGCACATGACTTCCTGCCGGAAGAGTTCCACCGAACCGAGCAGTTTGAACAGGATCT V A H D F L P E E F H R T E Q F E Q D L 421 GCCTTCTACCTGGGGGCTGATTGGAAGTCCAAATACCAGCCCAGGAAGGAAGTCTGCGA A F Y L G A D W K S K Y Q P R K E V C D 481 TACCTCAAACATCTGGAACAGATCGAGCGCGAGAATCCAAACCTGCTGGTCGCGTACGT Y L K H L E Q I E R E N P N L L V A Y V 541 TACCACCTGTACATGGGCCTGCTCTCCGGAGGACAAATTCTGCAAAAACGACGAAACAT Y H L Y M G L L S G G Q I L Q K R R N I 601 ACCCGCAAGTTTAACCCGTTTGCCACAGCCGGRGAGCCGAACCGGGGTGCGGCGTTGAC T R K F N P F A T A X E P N R G A A L T 661 ACCTTTGAGGAGCACAGCATCTTTGAGTTGAAACAAAAGATGCGTTCCAACATTGATAA T F E E H S I F E L K Q K M R S N I D K 721 TTTGGGGAGAGCCTGGACGAGGAAACGAGGCAGCAAATGATGGAGGAAAGTAGGAGGGT F G E S L D E E T R Q Q M M E E S R R V
A
T
G
T
T
G
T
T
T
G
A
T
781 TTTGAGCTCAACAATGGGATCATTCGGACGGTGCAAGGAGTTAATCGAGCCAACGTCAAG F E L N N G I I R T V Q G V N R A N V K 841 ACGCTGATTTACGTCGCGCTGTTGGTGATGATTTATTTTGTTGTGAAATATCTGTTTTTC T L I Y V A L L V M I Y F V V K Y L F F 901 TGAGAGAAAAATTCTGATTTGAAACTRAATTAGATTGTGTGATGTAGAATAAATTTTAAT E K N S D L K X N - I V - C R I N F N 961 GAGGATAAATAGACTTATATAACATAAATTAAATAAAAAAACGWCAAACWAAAAAAAAAA E D K - T Y I T - I K - K N X K X K K K 1021 AAAAAAAAAAAAAAAAA
S
Figura 5: HO de Culex quinquefasciatus. A sequência de nucleotídeos representa o transcrito. Abaixo estão os aminoácidos correspondentes ao peptídeo predito. S: significa “stop” códon ou códon de parada da tradução.
80
A B
HORP
1 2 3 1 2 3
Figura 6: HO é expressa por outros mosquitos. rtPCR para heme oxigenase em (A) Culex quinquefasciatus e (B) Anopheles gambiae. 1, larvas; 2, fêmeas alimentadas com açúcar; 3, fêmeas 24 h após a alimentação com sangue. RP corresponde à proteína ribossomal utilizada como controle endógeno em ambos os casos.
81
4.4 A digestão do sangue, a expressão da AaHO e a produção de AaBV
Se a disponibilização do heme depende diretamente do curso da digestão, assim
como a sua captação pelo epitélio intestinal, é natural que a sua degradação acompanhe
também este processo. Através de cromatografia de fase reversa em HPLC mostramos
que a quantidade máxima da biglutaminil‐biliverdina (ou biliverdina de Aedes aegypti –
AaBV) no lúmen intestinal aparece em torno de 24 h após alimentação, o que
corresponde ao período crítico da digestão sanguínea (figura 4A, apêndice 2). É também
entre 24 e 30 h que a hemoglobina é intensamente proteolisada (figura 4C, apêndice 2).
Com o avançar da digestão, entretanto, as quantidades do pigmento reduzem‐se
seve menra te, devido a sua excreção nas fezes (figura 4B, apêndice 2).
A AaHO é expressa nos diferentes estágios de desenvolvimento do mosquito e
também em diferentes tecidos da fêmea 24 h após a alimentação com sangue (figura 3A
e B, respectivamente, apêndice 2). Através de PCR em tempo real, a sua expressão
relativa foi medida no intestino médio e ovários. A cinética de expressão nestes dois
tecidos, ao longo da digestão do sangue, possui um perfil muito semelhante. Entretanto,
a máxima indução é mais tardia nos ovários, ocorrendo cerca de 66 h após a alimentação
(figura 5B, apêndice2), diferente da ativação no intestino médio, que acontece entre 24 e
42 h (figura 5A, apêndice2). Observamos também que tanto a ingestão de apenas
albumina bovina, como o bloqueio da digestão pela suplementação do sangue com um
inibidor de tripsina (SBTI), ativam parcialmente a expressão deste gene, em comparação
ao sangue, apontando para uma regulação múltipla (figura 6, apêndice2). Estes
resultados sugerem que a distensão do intestino médio e/ou a dieta protéica podem
ativar a expressão da AaHO. Da mesma forma, a digestão parece ser necessária para
liberar um sinal capaz de induzir a AaHO, que talvez seja o próprio heme. Por outro lado,
82
a alimentação com sangue acrescido de um gerador de radicais superóxido (paraquat)
inibe a AaHO (figura 7, apêndice2), sugerindo que a presença de sangue, além do
superóxido, representa um estímulo adicional e predominante, resultando em um
padrão de expressão distinto dos sistemas clássicos de HO, onde a presença de ROS
induz este gene (Keyse & Tyrrell, 1989). Outro indício de que os mecanismos de
regulação deste sistema sejam diferentes dos até então descritos, foi gerado pela
suplementação do sangue com CoPP IX (cobalto‐protoporfirina IX), um conhecido
ativador transcricional da HO (Smith e cols., 1993). Não observamos uma mudança
significativa na expressão relativa da AaHO quando o grupo que foi alimentado com
sangue suplementado com CoPP foi comparado com aquele que se alimentou apenas
com sangue (figura 16), mostrando que este gene não é induzido por esta profirina.
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
sangue sangue + CoPP (2,5 mM)
Expr
essã
o re
lativ
a de
HO
Figura 16: CoPP não induz a expressão de AaHO. Dois grupos de 10 intestinos médios por condição foram dissecados 18 h após a alimentação. Este experimento foi realizado 3 vezes independentes.
83
Já é amplamente estabelecido que HO‐1 é uma enzima de resposta a estresse
(Otterbein & Choi, 2000). Desta forma, para observar o comportamento da AaHO frente
à perturbação promovida pela invasão do intestino médio, medimos a sua expressão
durante a infecção por Plasmodium gallinaceum, um modelo de malária aviária.
Entretanto, a infecção não mudou significativamente o perfil transcricional da AaHO, no
epitélio intestinal 24 h após alimentação em um hospedeiro infectado (figura 17).
0
0,5
1
1,5
2
controle infectado
Expr
essã
o re
lativ
a de
HO
Figura 17: A infecção com Plasmodium gallinaceum não induz a expressão de AaHO. Um ou três grupos de 10 intestinos médios por condição foram dissecados 24 h após a alimentação. Este gráfico é representativo de experimentos feitos com as três diferentes cepas de Aedes aegypti.
84
4.5 Silenciamento parcial da AaHO por RNA de interferência
A injeção de dupla fita de RNA (dsRNA), tem se mostrado uma ferramenta muito útil
no silenciamento de diversos genes em insetos (Terenius e cols., 2007; Schlüns &
Crozier, 2007). Para que pudéssemos compreender melhor o papel fisiológico da AaHO,
estabelecemos, em colaboração com o laboratório do Dr. Anthony A. James, a injeção
toráxica de dsRNA para AaHO alcançando níveis de silenciamento bastante significativos
e especificamente no intestino médio, medidos por PCR semi‐quantitativo (figura 18).
Nessa ocasião testamos alguns controles (GFP, OBP‐7 e vitelina de Anopheles gambiae)
para que determinássemos o melhor a ser utilizado como “nonsense” dsRNA. Como pode
ser observado pelos PCRs em tempo real (figura 19), a expressão da AaHO no intestino
médio é reduzida quando o tecido é ou não é desafiado pela alimentação com sangue,
estendendo‐se até cerca de 10 dias após a injeção. É também importante observar que
apenas a injeção de veículo, como também a presença de dsRNA “non sense”, induziu o
gene de AaHO, sugerindo que o dano físico provocado pela injeção e também a presença
de dsRNA podem provocar a ativação deste gene (figura 20). Já foi observado
anteriormente, não só a indução de um gene relacionado à resposta imune inata em
lepidópteras, mas também o aumento da atividade de fenoloxidase quando dsRNA para
GFP foi injetado nestes insetos (Hirai e cols., 2004; Terenius e cols., 2007). Portanto, se
compararmos os níveis de redução na expressão de AaHO das fêmeas injetadas com
dsRNA controle, podemos observar que o nível de silenciamento foi ainda maior do que
se compararmos apenas com as fêmeas não injetadas (figura 19 e 20).
Acompanhando a sobrevivência das fêmeas na primeira semana após a injeção,
observamos que não há diferença na mortalidade entre os grupos submetidos às
injeções de dsGFP ou dsHO (dados não mostrados). Da mesma forma, através dos
85
gráficos de oviposição, percebemos que não há uma diferença importante quando os
grupos de fêmeas sem injeção são comparados com as injetadas com dsCT (controle ‐
“non sense” dsRNAs) e dsHO (figura 12), sugerindo que o silenciamento da AaHO, no
intestino médio, não afeta significativamente a sobrevivência ou a oviposição das fêmeas
de A. aegypti.
86
não
inje
tada
sds
GFP
dsH
Onã
oin
jeta
das
dsG
FPds
HO
não
inje
tada
sds
GFP
dsH
Onã
oin
jeta
das
dsG
FPds
HO
11 dias PI(24h PAS)
HO
RP
3 dias PI 24h PAS 48h PASnã
oin
jeta
das
dsG
FPds
HO
não
inje
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dsH
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GFP
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Onã
oin
jeta
das
dsG
FPds
HO
não
inje
tada
sds
GFP
dsH
O
HORP
3 dias PI 24h PAS 48h PAS 24h PAS 48h PAS3 dias PI
A
B C
Figura 18: Redução na expressão de HO por injeção de dsRNA é tecido específica. O silenciamento parcial da AaHO pode ser observado apenas no (A) intestino médio, mas não nos ovários (C) e no restante do corpo (B). Foram injetadas 1 µg de dupla fita de RNA por mosquito e grupos de 10 indivíduos foram utilizados por condição (PI, pós injeção; PAS, pós alimentação com sangue).
87
0
1
2
3
Exp
ress
ão re
lativ
a de
HO
não injetadasdsGFPdsHO
Figura 19: A redução na expressão de HO no intestino médio se mantém ao longo do tempo. Foram injetadas 1 µg de dupla fita de RNA por mosquito e grupos de 10 indivíduos foram utilizados por condição. Estes resultados mostram médias e desvios um de experimento típico entre dois independentes (PI, pós injeção; PAS, pós alimentação com sangue).
88
0
1
2
Exp
ress
ão re
la
3
4
5
tiva
de H
O non injected
PBS 1XdsOBPdsHO
não injetadas PBS 1X dsOBP dsHO
Figura 20: A injeção de veículo além da injeção de dsRNA controle ativa a expressão de AaHO no intestino médio. Foram injetadas 1 µg de dupla fita de RNA por mosquito e grupos de 10 indivíduos foram dissecados por condição, 24 h após alimentação com sangue. Este gráfico mostra médias e desvio entre as réplicas de um experimento.
89
50
75
100
125 p
osto
s/fê
mea
ovos
25
não i
njetad
as
dseG
FPds
HO0
igura 21: A injeção de dsRNA não afeta a oviposição de fêmeas. Estes resultados mostram édias e desvios de três experimentos independentes.
Fm
90
4
.6 Capacidade antioxidante da AaBV
As propriedades antioxidantes da bilirrubina (BR), produto de degradação do heme
em mamíferos e a forma mais reduzida da biliverdina (BV), foi identificada há pelo
menos duas décadas por Stocker e colaboradores em 1987. Neste trabalho, demonstrou‐
se que quantidades micromolares de bilirrubina, na tensão de oxigênio fisiológica (2%),
foram capazes de atuar como “scavengers” de radicais peroxil mais eficientemente que o
α‐tocoferol, um potente antioxidante presente no soro. Estudos posteriores
demonstraram que a indução da HO promoveu redução do estresse oxidativo, via BR, em
condições pós isquêmicas (Maines e cols., 1999; Foresti e cols., 2001).
Nesta tese, utilizamos duas ferramentas para testar a capacidade antioxidante da
AaBV. A primeira é um ensaio simples onde monitoramos a fluorescência emitida pela
proteína B‐ficoeritrina (B‐PE) (Cao e cols., 1993). Diferente da forma nativa, onde a
emissão é máxima, ao ser oxidada, esta molécula muda sua conformação, resultando na
redução da fluorescência emitida. Ela é desafiada por um gerador de radicais peroxil
(ABAP) (figura 22). Assim, na ausência de um antioxidante e desafiada pelo ABAP, a B‐
PE apresenta uma redução da emissão de fluorescência. Ao contrário, a adição de um
antioxidante ao sistema gera uma fase “lag” a esta curva, significando a redução na
oxidação da B‐PE. Como pode ser visto na figura 24A, a AaBV foi capaz, de forma dose‐
dependente, de proteger a B‐PE da oxidação. Quando a AaBV é comparada a dois
conhecidos antioxidantes hidrossolúveis (trolox, um análogo hidrossolúvel da vitamina
E – α‐tocoferol e ácido arcórbico – vitamina C) (figura 24B) e à BV alfa (figura 24C) ela
demonstra uma capacidade protetora comparável.
91
Figura 22: Reação de geração de radicais peroxil pelo ABAP. ABAP ou AAPH (2,2'‐azobis (2‐midinopropano) dihidroclorado) decompõe‐se por termólise, gerando radicais peroxil retirado de Krasowska e cols., 2001).
2 O2
a(
Outro método utilizado para testar a capacidade antioxidante da AaBV foi a
imunodetecção de proteínas oxidadas (carboniladas) (Levine e cols., 1990).
Considerando que o epitélio intestinal das fêmeas de A. aegypti contém as proteínas que
enfrentam o desafio oxidativo imposto pela digestão do sangue, utilizamos um
homogenato deste tecido como alvo da oxidação. Estes homogenatos foram incubados
com um sistema gerador de radicais alquil e peroxil (heme e t‐BOOH), na presença e
ausência de antioxidantes. Em seguida, estes homogenatos foram separados por
eletroforese desnaturante e transferidos para uma membrana de PVDF, onde as
proteínas foram então derivatizadas, ou seja, conjugadas à 2,4‐dinitrofenilhidrazina,
como mostra a figura 23, e submetidos à imunodetecção por “wester blot”. Mais uma vez
a AaBV mostrou, nas mesmas concentrações molares, uma capacidade protetora
comparável à do trolox e da BV alfa (figura 16).
+
Figura 23: Derivatização grupamentos carbonil. A 2,4‐dinitrofenilhidrazina representa uma importante ferramenta para detecção de grupamentos carbonila (C=O) em aldeídos e cetonas. Em meio ácido, ela reage com este grupamento gerando 2,4‐dinitrofenilhidrazonas. Estas podem ser medidas colorimetricamente ou ainda imunodetectadas em “western blot” utilizando
92
anticorpos que as reconhecem especificamente. R, R• pode ser um hidrogênio ou um grupamento alquil. (reação retirada de http://wwwchem.uwimona.edu.jm:1104/lab_manuals/c10expt25.html).
93
0 5 10 15 20 25 30 35 40 4520
40
60
80
100 CT(-)40 nM
100 nM
250 nM
tempo (min)
fluor
escê
ncia
da
B-PE
(%)
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 5020
40
60
80
100 CT(-)
ácido ascórbico
trolox
AaBV
tempo (min)
fluor
escê
ncia
da
B-PE
(%)
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 5020
40
60
80
100 CT(-) DMSOalfa BV
AaBV
tempo (min
A
B
C
fluor
escê
ncia
da
B-PE
(%)
)
Figura 24: AaBV é um antioxidante solúvel. A fluorescência da B‐ficoeritrina foi monitorada a 565 nm quando esta foi desafiada por ABAP, um gerador de radicais peroxil, na presença e ausência de antioxidantes. (A) Curva dose resposta da AaBV. (B) Comparação na mesma concentração molar (250 nM) de antioxidantes solúveis. (C) Comparação entre AaBV e BV alfa em um meio mais hidrofóbico, para garantir a solubilidade da BV alfa. Este é um experimento representativo de duas repetições independentes, ou seja, de purificações de AaBV diferentes.
94
A
1 2 3 4 5 6 7 8
B
5000
4000
3000
6000
Qua
ntific
ação
por
den
sito
met
ria (U
A)
1 2 3 4 5 6 7 8
Figura 25: Medida da capacidade antioxidante da AaBV por imunodetecção de proteínas carboniladas. Homogenatos de intestinos médios foram incubados por 1h a 37°C com heme e tert‐butil hidroperóxido (t‐BOOH), na presença e ausência de antioxidantes, em duas concentrações molares. (A) Autoradiografia do “western blot”. (B) Quantificação por densitometria das linhas que correspondem às diferentes condições. 1, controle negativo (homogenato incubado com BHT); 2, controle positivo (homogenato incubado com heme e t‐BOOH); 38, homogenato incubado com heme e t‐BOOH na presença de duas concentrações dos diversos antioxidantes, 3, AaBV 25 µM; 4, AaBV 100 µM; 5, BV alfa 25 µM; 6, BV alfa 100 µM; 7, trolox 25 µM; 8, trolox 100 µM.
95
5 DISCUSSÃO
Liberado da estrutura protéica da hemoglobina, o heme passa à forma livre no
lúmen intestinal das fêmeas de Aedes aegypti. Demonstramos que ele é convertido em
uma biliverdina IX alfa modificada pela conjugação de dois resíduos de glutamina,
através de ligações amídicas, formando uma biglutaminil‐biliverdina (ou simplesmente
biliverdina de A. aegypti, AaBV). Já é amplamente reconhecido na literatura que a
produção da biliverdina depende da atividade de uma enzima, heme oxigenase (HO),
descrita em diversos modelos. Propusemos que neste mosquito a via de formação da
biglutaminil‐biliverdina passa pela abertura do anel porfirínico do heme, catalisada pela
HO, seguida pela ação de uma enzima modificadora, capaz de adicionar duas glutaminas
à estrutura (figura 9, apêndice 1).
A sequência de aminoácidos predita para a heme oxigenase de Aedes aegypti (AaHO)
mostrou grande identidade com HO‐1 e com as sequências de outros insetos (figuras 1 e
2, apêndice 2). A análise do alinhamento entre a heme oxigenase de vários insetos,
incluindo a de Aedes aegypti e a HO‐1 humana, indica que a AaHO conserva o domínio
catalítico, na região amino‐terminal. Esta semelhança estrutural, entre a HO‐1 e a AaHO,
na região que inclui o sítio catalítico sugere um mecanismo de catálise similar. Podemos
também observar que o domínio hidrofóbico, na porção carboxi‐terminal, também é
conservado na AaHO. Na HO‐1 de mamíferos, uma enzima microssomal, esta região é
responsável pela inserção em membrana, visto que a expressão recombinante da forma
truncada, sem esta porção, exibe localização citossólica. Este dado reforça a
possibilidade da localização membranar, talvez microssomal da AaHO. Através dos
dados gerados pela cristalização da HO‐1 humana (Schuller e cols., 1999), comparamos
os resíduos importantes não só para catálise, como também para o alinhamento do
96
heme no sítio catalítico (figuras 1 e 2, apêndice 2). O ligante proximal do heme, a His25,
na HO‐1 é conservado nas HOs de insetos. Na HO‐1 um grupo hidroxil é o ligante distal
do heme e estabelece pontes de hidrogênio com as Gly139 e 143, que são conservadas
na maioria dos insetos, com exceção de Drosophila e Glossina. Em Drosophila a Gly139 foi
substituída por uma alanina. Um estudo com esta HO sugere que ela gera os isômeros α,
β e δ de biliverdina, provavelmente, porque carece deste resíduo considerado
importante no alinhamento do heme no sítio catalítico (Zhang e cols., 2004). A região
conhecida pela ligação do heme e também como “assinatura da HO” (Maines & Gibbs,
2005) também é razoavelmente conservada nos insetos, principalmente nos HOs dos
mos f .quitos ( igura 1, apêndice 2)
Assim, podemos concluir que a AaHO apresenta não só uma considerável
semelhança com a HO‐1, como também mantém muitos dos resíduos importantes para a
catálise e o alinhamento do heme, o que pode explicar o fato de ambas produzirem o
mes o bm isômero de iliverdina.
A solubilidade do pigmento de A. aegypti no lúmen intestinal, assim como a sua
menor hidrofobicidade, quando comparado à biliverdina alfa estão associados à
modificação estrutural da molécula, onde a biliverdina IX alfa é modificada pela
conjugação de dois resíduos de glutamina, através de ligações amídicas, formando uma
biglutaminil‐biliverdina (figura 1B e C, apêndice 1). Já foi identificada, em larvas de
Manduca sexta, uma atividade enzimática responsável pela biossíntese de N‐linolenoil‐L‐
glutamina, associada à fração microsomal do epitélio digestivo. Esta molécula está
presente no regurgito das larvas, e parece disparar, na planta, uma resposta anti‐
herbivorismo (Lait e cols., 2003). A conjugação da glutamina ao ácido linoleico, uma
molécula hidrofóbica assim como a biliverdina, é mediada por uma ligação, também,
amídica. É possível especular que uma enzima de atividade semelhante seja responsável
97
pela síntese da AaBV no mosquito. A ocorrência desta atividade enzimática associada à
fração microssomal do epitélio digestivo de outro inseto é muito interessante, uma vez
que, conforme já mencionamos anteriormente, as HOs são enzimas microssomais. O fato
de não identificarmos a biliverdina não modificada como produto da alimentação
sanguínea, indica que a sua ligação aos resíduos de glutamina deva ser bastante rápida,
sugerido uma co‐localização subcelular das atividades de degradação do heme e
conjugação das glutaminas. Entretanto, a enzima modificadora pode também ser solúvel
e associar‐se à HO, de forma semelhante à que ocorre com a biliverdina redutase (BVR)
em mamíferos. A BVR é citossólica, mas associa‐se à HO para gerar bilirrubina,
mantendo assim, os níveis intracelulares de biliverdina muito baixos. Sabe‐se que na
ausência da biliverdina redutase, a saída da biliverdina do sítio catalítico da HO torna‐se
o passo limitante da via de degradação de heme, uma vez que a formação deste
com o Hplex enzimático O‐BVR acelera esta etapa (Liu & Ortiz de Montellano, 2000).
Em mamíferos, a bilirrubina, produto insolúvel da degradação do heme, é
transportada até os hepatócitos, onde é convertida pela adição de dois radicais (por
exemplo, ácidos glicurônicos) em uma molécula solúvel. Desta forma então, ela pode ser
facilmente excretada. Apesar do produto final no A. aegypti ser a biliverdina, a tática de
solubilização de um produto da degradação do heme é muito semelhante. Exibindo uma
estratégia similar, mas surgida independentemente ao longo da evolução, um outro
hematófago, o barbeiro Rhodnius prolixus produz um isômero γ de biliverdina,
modificado pela adição de duas cisteínas através dos grupamentos vinis (Paiva‐Silva e
cols., 2006).
A AaBV alcança quantidades máximas 24 h após a alimentação com sangue (figura
4A, apêndice 2), o que está de acordo com o pico de atividade proteolítica máxima da
tripsina tardia (Noriega & Wells, 1999) e outras enzimas proteolíticas, como
98
exopeptidases (Noriega e cols., 2002). Em seguida, a quantidade de AaBV no lúmen
intestinal é reduzida significativamente. Esta observação pode ser atribuída ao seu
aparecimento nas fezes, indicando a sua excreção (figura 4B, apêndice 2). As variações
nas quantidades do pigmento verde, ao longo da digestão, podem refletir a maior
disponibilização de substrato para a reação catalisada pela HO de A. aegypti (AaHO).
Observamos ainda que este gene é induzido pela alimentação com sangue e que atinge
níveis máximos de expressão ente 24 e 42 h após a ingestão do sangue (figura 5A,
apêndice 2). Podemos então considerar que a elevação das quantidades do pigmento
verde, seja também consequência deste efeito regulatório sobre a expressão da heme
oxigenase. Sabe‐se que a alimentação com sangue é capaz de modificar, no intestino
médio de A. aegypti, a expressão de diversas enzimas associadas à captação de
nutrientes e ao metabolismo, resposta celular ao estresse, formação da matriz
peritrófica (PM), entre diversos outros genes (Sanders e cols., 2003).
A matriz peritrófica é uma estrutura acelular que envolve o bolo alimentar e é
composta por quitina, glicoproteínas e glicose, representrando um importante
mecanismo de proteção (Shao e cols., 2001). Um estudo bastante recente mostrou, em A.
aegypti, que ao final da digestão, aproximadamente 87% do ferro total ingerido na forma
de heme é excretado (Zhou e cols., 2007). Entretanto, os 13% restantes, que alcançam o
epitélio intestinal, são o suficiente para representar um desafio oxidativo para este
tecido. A matriz peritrófica é capaz de ligar grande parte do heme liberado pela digestão
da hemoglobina sanguínea, amenizando os seus efeitos deletérios (Pascoa e cols., 2002).
Esta ligação é mediada por uma proteína do tipo mucina (Devenport e cols., 2006).
Estudos histoquímicos demonstraram que, nas primeiras horas após a alimentação com
sangue, a matriz ainda é tenra e a ligação ao heme é reduzida. Ao longo da digestão, esta
estrutura torna‐se espessa, ligando intensamente o heme (Pascoa e cols., 2002). A partir
99
das observações feitas com o análogo fluorescente do heme, a ZnPP (figuras 10, 11 e 12),
concluímos que esta metaloporfirina alcança o epitélio intestinal, já nas primeiras horas
da digestão. Assim, apesar da protetora ligação do heme à matriz ser um evento massivo,
nas primeiras horas da digestão, quando esta estrutura ainda não está completamente
formada, uma parte do heme alcança o epitélio intestinal, representando assim um
grande desafio oxidativo para este tecido. Considerando que 12 h após a alimentação
com sangue os níveis da expressão da HO, bem como da AaBV são significativos, o que
indica uma intensa degradação de heme, propomos que a HO apresente um papel
protetor importante principalmente nas primeiras horas da digestão, atuando como um
mecanismo redundante e complementar ao da matriz peritrófica, garantindo proteção
necessária ao epitélio intestinal contra os efeitos deletérios do heme.
Para assegurar o papel antioxidante da via de quebra do heme para o mosquito, um
sistema de contenção dos íons ferro, como a ferritina, precisa estar presente. A
expressão da cadeia pesada da ferritina já foi identificada neste mosquito (Geiser e cols.,
2003) e aumenta em resposta à alimentação com ferro, peróxido de hidrogênio ou heme
(Dunkov e cols., 2002). Curiosamente, a expressão da ferritina também acompanha a
cinética de indução da AaHO ao longo da digestão.
Considerando que AaBV é capaz de atuar como “scavenger” de radicais peroxil,
como demonstrados pelos nossos resultados, e que ao longo da digestão este pigmento é
produzido e excretado pelo epitélio intestinal, podemos afirmar que a capacidade
antioxidante desta via para o mosquito vai além da redução dos níveis de heme, uma
molécula tóxica e pró‐oxidante. A atividade da AaHO disponibiliza uma molécula capaz
de proteger o tecido que primariamente enfrenta o desafio oxidativo disparado pela
digestão do sangue.
100
Buscando ainda entender o papel desta enzima no intestino médio procuramos
reduzir a sua expressão por RNA de interferência. Vimos que esta redução não
comprometeu a sobrevivência das fêmeas, a curto prazo e após a alimentação com
sangue, nem tampouco a oviposição. Esta observação reforça a hipótese de que estes
mecanismos antioxidantes e de detoxificação do heme agem conjuntamente para
garantir a proteção tecidual e, em última análise, a sobrevivência. Entretanto ainda é
necessário avaliar o quanto a redução nos níveis do transcrito pode afetar a atividade
enzimática, ou seja, a produção de AaBV ao longo da digestão. Além disso, parâmetros
que revelam o estado redox do tecido precisam ser avaliados, visto que a sobrevivência
não c i eex lui a possib lidade d um estado crônico de estresse oxidativo.
A observação de que a AaHO é expressa nos vários tecidos das fêmeas após a
alimentação com sangue e também em diversos estágios do desenvolvimento deste
mosquito, sugere que os papéis fisiológicos desta via vão além da detoxificação do heme
gerado pela digestão do sangue no intestino médio. Estes podem, talvez, envolver a
capacidade citoprotetora ou sinalizadora deste sistema. Tem‐se demonstrado que o
monóxido de carbono (CO) tem papel de mensageiro em importantes processos
fisiológicos. Evidências diretas do CO como neurotrasnmissor vêm de estudos em
contração intestinal não adrenérgica e não colinérgica, importante na fase de
relaxamento da peristalse (Zakhary e cols., 1997). Um dos efeitos benéficos associados à
HO reside na sua capacidade de disparar respostas celulares ao estresse. Recentemente
observou‐se que a inibição da citocromo c oxidase, pelo CO, gera baixos níveis de ROS
intracelulares que, por sua vez, representam o sinal para disparar outras respostas
adaptativas (Zuckerbraun e cols., 2007). Também é conhecido o papel do CO como
regulador do tônus vascular, pela ativação da gluanilato ciclase solúvel nestes tecidos,
como havia sido demonstrado anteriormente para o óxido nítrico (NO) (Maines, 1997).
101
Até hoje não foi possível detectar a presença de NO em A. aegypti ou alguma sequência
homóloga à NO sintase. Podemos então especular que, no Aedes aegypti, o CO possa
desempenhar alguns dos papéis atribuídos a este dois gases, como por exemplo, o
controle da contração intestinal e a sinalização celular.
Os estudos de expressão da AaHO diante de diversas dietas nos forneceu algumas
informações sobre os possíveis mecanismos de controle transcricional deste gene no
mosquito. A ingestão apenas de albumina bovina (BSA) induziu parcialmente a sua
expressão (figura 6, apêndice 2), sugerindo que a distensão do intestino médio e/ou a
presença de uma dieta protéica possam sinalizar positivamente para a expressão de
AaHO. A tripsina tardia é um bom exemplo de como o balanço protéico modula a síntese
de proteases no intestino médio (Noriega e cols., 1994). Considerando que o trato
digestivo destes insetos enfrenta, com a ingestão do sangue, uma pressão fluídica que, de
alguma forma, se assemelha àquela provocada pelo sangue nas células endoteliais,
podemos considerar alguns dos dados gerados a partir deste modelo. Células da
musculatura vascular lisa, quando submetidas à pressão hemodinâmica, apresentam
indução da HO‐1 (Wagner e cols., 1997). Analisando a região promotora do gene de
AaHO, pudemos encontrar sequências responsivas putativas à este tipo de estresse
(“shear stress responsive sequence” ou sequências responsivas e estresse de fluídos,
SSRE) (figura 26), entretanto a funcionalidade deste elementos na regulação da AaHO
aind ea precisa ser t stada.
Impedindo a digestão do sangue, suplementando‐o com um inibidor de tripsina
(SBTI), pudemos também observar uma indução parcial do gene de AaHO (figura 6,
apêndice 2). Este resultado mostra que a proteólise é fundamental para liberar um sinal
para a ativação transcricional deste gene, que pode por exemplo, ser o próprio heme. Já
foi descrito que a administração de heme em vários tipos celulares em mamíferos
102
resultam no aumento da expressão da HO‐1 (Alam e cols., 2003). Entretanto, no caso do
A. aegypti, a participação específica do heme como uma molécula reguladora precisa
ainda ser testada.
Em mamíferos, dentre as vias de regulação da expressão da heme oxigenase, a que
vem recebendo mais atenção nos últimos anos é a que envolve o fator de transcrição
Nrf2. Este fator tem sua atividade sensível à variações no estado redox da célula (Alam e
cols., 2003, Jaiswal, 2004). Quando os níveis de drogas eletrofilicas ou moléculas
oxidantes aumentam no citoplasma das células ocorre a oxidação da proteína Keap1
(uma âncora citoplasmática do Nrf2), o que permite a migração do Nrf2 para o núcleo e
sua ligação e ativação dos promotores dos genes alvos, especialmente enzimas
antioxidantes e de detoxificacão de fase 2.
Recentemente foi demonstrado que a via de sinalização Keap1/Nrf2 em Drosophila
é ativada por oxidantes, induzindo respostas de detoxificação e conferindo tolerância ao
estresse oxidativo. Mutações que geram perda de função em Keap1 aumentaram o
tempo de vida de machos de Drosophila, sugerindo o papel desta via na regulação da
longevidade (Sykiotis & Bohmann, 2008).
Embora tenhamos encontrado na região promotora da AaHO, sequências consenso
(denominadas ARE, do inglês antioxidant responsive elements) que, em mamíferos, são
responsivas a Nrf2, a alimentação de fêmeas com sangue suplementado com paraquat,
um gerador intracelular de radicais superóxido, causou uma inibição da expressão da
AaHO (figura 7, apêndice 2), sugerindo um mecanismo de regulação distinto ou co‐
regulado por outros fatores de transcrição neste mosquito.
Um evento no qual observa‐se tipicamente uma intensa expressão de HO é em
infecções de células ou tecidos causadas por microorganismos (Camhi e cols., 1995). De
forma inesperada, o estresse desencadeado pela infecção do Aedes com Plasmodium
103
gallinaceum não induziu a expressão de AaHO, 24 h após a alimentação de um
hospedeiro infectado. Além disso, a alimentação com a CoPP IX, um clássico ativador
transcricional de HO‐1 em mamíferos, não ativou a expressão deste gene, demonstrando
que apesar das semelhanças estruturais e catalíticas, a AaHO apresenta mecansimos de
regulação transcricional distintos dos descritos até agora.
O conjunto dos nossos dados sugerem que o contexto da digestão do sangue, com
intensa liberação de heme, bastante distinto das condições fisiológicas e mesmo
patológicas enfrentadas pelas células de mamíferos, parece ter representado uma
pressão evolutiva adicional e peculiar nestes insetos; o que resultou na seleção de
mecanismos de controle da expressão da HO diferentes dos descritos até agora.
Assim, no Aedes aegypti, a enzima heme oxigenase representa um importante
mecanismo de resposta ao estresse causado pela digestão do sangue. A sua expressão é
induzida, no intestino médio, em resposta à alimentação e à digestão. Entretanto, ela não
se restringe a este tecido, nem tampouco à fase adulta do desenvolvimento deste
mosquito, reforçando a hipótese de que seus papéis fisiológicos vão além da
detoxificação do heme. Se por um lado, esta via compartilha semelhanças com outros
sistemas de quebra do heme descritos em outros organismos, ele apresenta
peculiaridades e características que são únicas a este modelo, como a estrutura do
produto final e os possíveis mecanismos de regulação transcricional.
104
>supercontig:AaegL1:supercont1.302:291826:298435:-1 TGTTCGATGATTGCATTGGCTGTGCTCAGTTTGGTAATGTCGCCTTGCAGCTGGGTAACTCCTGGCAAAGGTGCCATGGCTTGTAGATCGACGGCAATGATTTTGACATCGTCGGCTTCCTTGTCACGGTTTTCGTACAGCTTTTTCGAAAGAACCTGGCTCCAGCTTCCCGGGGCGGCGCACAGGTCCACTGCCCGGGTGACACCTAGTATGGGAGAGTAGAATTGCATTTATTAGATGGAATCTAAAAACATCGAGCATCGAGGAAAACCAGGAATACAAACCTTCGAAAATGTTGAACACTTCGTCGATGTGGATCAACTTAAAAGCGCTTCTGGCACGCCATCCTTCCTCCTTAGCCAATCGATAATAAATGTCCCGTTTATCTTTACTAGTTTTTCCCATTATTGCACAAAATACTTATTTATGATAGTGGAAAAATCTAAAAACTATTGATTTTTACGCAGCTTCCACGCTAGAAGACTGCACTGAACATAAAGCGAAAGAATTGTTTACAGCGAAACGTCATAATTTCCTCAGAGCTGTGCCCGCTTGGCGGCGCCTTGATTGGTTAATTTCATTTCGACTAGCCCAGATAGGGTAAAGCGGGGAAAGGCGAGCTAAACTCACAGGTAGCTCAATCTGTCAGATTCCTCATTCAGCCATTTTAAAATAAGAAGTTACAGCTGGCGAGTTTGTTTTTGTTTTAAACTTATACCATCGTTCATAGTTTCTAGGAATAAAGTCCAAAAAATCATTAGTTTTGACGAGGTTTGCTTACTAGGCACATACAGTGACTCAATCTCATTTTCGTATGGGGCACTGTTTTCATATCAATTTGGTATAAATCTATTAAATGGTGCATGGACTTCGATATATTGCGGTTATTTTGAAAATTTTCCGTTCTGCGGTAGCCGCCAAGTTCTACCGCAGCTGTCACAGTTCTACCGTAGGCTTGAGAATCATTGCATCATTGAACGAAACCATCTAATCAAAGTATGCTTGTAGAGTTCGCAGCTTTGAAAAAATATCCGCAAACAACAGTCATCAGCGTGGTTTACAAGGTAACATCGCAGCCGATCGATGATGCTTTGGGAAAACCAGTAATGTGACAGCTGCGGTAGTTTTCTGTTCAACCGTAGAACGAAAAAATATCTCTAAAATTGCAATACTTTATCAATAATGAAGGTTATAGGTGTCATCTATTGTTTGGCAATGACAAACTGTTTATATTGGTTTAGCAAACTGTATTCATTTGCTTAAATCTTTGGAATAATGGAAAAGTATTGAGATTGTGTCTATAATTGACTCAATTCCATATCCGTACACCTAACAAAAAAGAAATATACAGCATTCAAAACTAATTTTTAATGGACTAGATGATTACTTAAGCTCTTCGTTGTGTTGTTCAGATGCAGTAGAATACATTGGGAAAATTTAAAAGCGGACATATTTGAAACTTAAGTAAATTTAAGGAAAATACCAGTTTTCCCATGTTTTTTGCTAAAATATTCGGTAAGTCGAACAATAAATTGCATTTTTTTCCATATCACTTCCTTAAGTATGATAACTGCGAATATTGCACAAGTTTCAAAAATATATAATCAGTTTTAGAGTAGCTAGGAGTGGATATCGACAGCTTATACTTTTGAATCTTAGGTATTGACTTCGCAGCACCAAACCGTAATCGCGCCTGCTCATGAGGTGCGAACTTTTCTAGATGCGAAGCTAATGTCAAAGTCGAAACAATGGCTCGGCGCGCCGCGGCGGCTGTGAACACTCCGGGCGGCTTTCACGAATGTAAATAAACGGCTTAACAGATCTCTTACACACTATGTCAATAATGACGAAAATGAAATAAATGTTGTGCAACTTGAGATAATTACGTTTCATATGTACATATAAATTTCACTTTAAAAGGGTTGCATTTTCATCAATTATTATTCGTAGGTCTCTAGTCTGCCTGAAAATATGAATCAGTGATGTGAATTCCCAACTATTCAGCTGTTTATGGTGTAAGAAATTAGCAACGTTTTTATACTATGTAGTGAGTAATTTTCTTTCAACGTGCAATTAAGTTCGCAGCTTCCAAACTGAGCTGAGATCGCACTTTGGATTAAGGCAAAAAATACAATAGTATAACATTTATAACAAATCCAAAACCAAAAATTTTAGTCAATTTCTTTATGTTTGGCTCCTAAATGTATATACATAATCCATAGTTAATGTTCCTATCAAAACATTGCGTAATTATCATTTATAATTTACATTTTACTACCAAACATGATTATAGAGATTTAAAGAATAAATATTATTGCCATAACCGCAACACAAACGTTTTTTAAAATGATGAAAACAACAGGATATATTCTATTAAATAGTATAATGCTATCTGCTCATTCAAGTTATTTTGTATTTTTCTTATTAAATCAATAAATTGCAAAATAGGATGCTATTTTGAATATAATTTGAATATTATTTCAAAGATAATTGAATATTACGATGACATCAATTATGTGGAGGTAAGTACAGCGTAGTTTAGGGTACTTTATAGTAAAACAAAGTTCGTAGTTCAAATTATTTATACAGACAAATTCAAAATTAACATTTACCTGTTGGTTAGAATAAAAATTTGGTTTACATTGATTAAAAATATCATTTTAGAAGAGTTTTGAATTTATGGCACAACAATTTTCTGAACTCAAGAGGGATAAAAACTGTTTATGATTTCTGTAAACTATATATATTTCAACTAAATTTCTATCAGAGCTTACGAGTATAATCTATAGATTGGATCCAATGACAAAAATAAACGTTATTGTTCGAATTATAGGATTAAATAGCAAAAATCATTGGAAAACTGGCATTTCTCATAACTTTACCTAAATTTCATGTATGTCCACTAATAAATTGTCCAAATGTATTTCACTACATCTGAACATCATAATAAAGCATTTCAGTAATCAAATAGAGCTTCTAAATTTAGTTTTGAACGTTGTGCGTATGAATCTTGGTAGGTGTACGAATATGGAATTGGGTGAATTTTAGACATCAATTCAATACTTTTCTATTAATCCAAAGATGAATGTAAATGGAAACATTTTGTGACTGACAAACAATAGATAACACCTGTTACCTTCAATGTGGATAAAGTATTTGTAGCTCAATACTTTATTTAATAGTTTTTTACTAGCTTGATGTGCAAACAGTATCCTGTACGAATATGAAATTGGGCCACTGTAGGTTGAGTATTTATTTTTCATTTCACTATTTTCTCTCTATTCCATTATTCATTCCTGGAGCAGGGCATTATAAAGTATAGAACATTTATTTTCCACTCACACATAGGTACACATTTCCGGCATTCCTTTGCCAACTTTTTTGACTTGTGGTAACACTGAAACGAACACTGAACAGTCCATGCTTCGTCTGCCAGTGTTCTGTATGAAAACATATTTCACTTACATATCTTCAACACCGGAATAAATGTATTTTTTAATTAAAGACACTCTAACACCGACACACAGGCTAATGGACGCAGGAGAAAATTTTCACTTCACCATGTTTGTTGTTGTCAACAATCTCTAACAACCCTATAGAATCGGTAGAGTGAAAACCAGTATAAACAAACTCGCCAGCCAGCTAGCTCGCCAGCTGTCACTTCCACCTTCCCCGCTGCTAACCACACCTCGCACCCACTGACTGCTTAGATTGCTAAACCTGTCAATATAAAAACCTTGCTCACGTCCAATGGACTTATGCACGGGTTCACTATGGACCGATGCACGAGTTCATTAATTTGACGTTTGAGCGGTGCCGTATTCACTTGTTGCCATGGTCACATAAATATCACATAAGTCTATGGTGATACTGCTCCTTTTATATCAATTAGTGGTAGCTTTAGGAGAATATCGATCACCCTGCTTTTACGCGTCATCAGGCATACTGCAAGGCAGTCATCTGGGTCCGTTGATTTTCCTTTTGTATATTAACGACGTGCACTTTGTTGTGGAAGGGCGTCGACTGACGTTCACTGACGACCGAAAAATGTTTCTGCGAATATGCTCAATTGCCGATTGCCGTTATCTCCAGGACCAGATAAACGTCTTCGCTGGATGGTGTGATCTCAACCGACTAGTCGTCAATCCAGCAAAGTGCTCCGTAATCACATTTTCACTCCATCCGAGTTACGAGAGCCGCTGAATTTTTGAACCCATTCAGTCGAGGAGTTTATTTACTTTCTTGAGTGAAACAGCACACTTAGCTTAAAAATTAAAATTAAATGCATACAGAAATGGTACATTTTAAAGGTTTGTCCGGAAGCATGTCTTGATTGTCCCACCCAGGTCATAAGTAGTTGTATCATTTTATTATCAAAGTATTGAGTAAAATGATAGAGAATGTGAATTTTTGAATGCGTTTTTCTTTAAGTTTTGAGCATGCATGCGAAAAATAAATGAAATGTGAGTGTTACTTACATAGATTTGATAGAGTTATCGAGATTTTTTTCTTTTTTTTTTGTATTTACGACTTTGCACTTCAGCTGATTTCCAACACCTTGGGGTTTATTCATAAATTTCATAACGCCAAAAATGGTCATTTTTGACACCCACCCACCCCCTCGTAACGCTTTTTGTACGAATATTCTACAAATTTTGTATGAGCTGTATCGCCTCAAGGACACTCACCCATTCCCTAGAGCGTTATGAAATTTGCGAATGGGCCCTTGACATATCTCTTTTATCGTACAAAATCAAAACAAAACGTTTGTTGGCATAAACGGAAATACAAAACGGTTTTCGATCGGAAAAGCATTCTAACGTAAACAAGAATAGGGGTATGATAGTTTCCTTCAGTGTATGCCAAAATGTTCGTTCCATTTCGATTGGTCACCATTCATTATCGCCCTCCTGACTCTCGGTTTGTTTTCATTCATAAAAAAAAGCCAAAACAACAACAGTTACTCATATCGACCGAAACATCGTCAACCAGCTGATCTT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Figura 26: Análise da região promotora da AaHO. TAAAAA, TATA box; TCATAT, INR (A = posição +1); TGATCT, DPE (+28 to +33 relativa ao sítio de trasncrição, sequência consenso para Drosophila; GGTCTC, “shear stress responsive sequence”, SSRE (sequência consenso para células endoteliais); TGACTCA, sequência parcial da sequência consenso de MARE em mamíferos (TGCTGAG/CTCAGCA) e sequência de reconhecimento por AP‐1; TGACTTCGC, sequência consenso de ARE em mamíferos (TGAG/CNNNGC); Exons são representados me negrito.
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Apêndice 1
Biglutaminyl-Biliverdin IX Alpha as a Heme Degradation Product in the DengueFever Insect-VectorAedes aegypti†
Luiza O. R. Pereira,‡ Pedro L. Oliveira,‡ Igor C. Almeida,*,§,| and Gabriela O. Paiva-Silva*,‡
Instituto de Bioquı´mica Medica, Programa de Biologia Molecular e Biotecnologia, UniVersidade Federal do Rio de Janeiro,Rio de Janeiro, 21941-590, Brazil, Department of Biological Sciences, UniVersity of Texas at El Paso, El Paso, Texas 79968,
and Departamento de Parasitologia, UniVersidade de Sa˜o Paulo, Sa˜o Paulo, SP 05508-900, Brazil
ReceiVed January 3, 2007; ReVised Manuscript ReceiVed April 13, 2007
ABSTRACT: Hemoglobin digestion in the midgut of hematophagous animals results in the release of itsprosthetic group, heme, which is a pro-oxidant molecule. Heme enzymatic degradation is a protectivemechanism that has been described in several organisms, including plants, bacteria, and mammals. Thisreaction is catalyzed by heme oxygenase and results in formation of carbon monoxide, ferrous ion, andbiliverdin IXR. During digestion, a large amount of a green pigment is produced and secreted into theintestinal lumen ofAedes aegyptiadult females. In the case of another blood-sucking insect, the kissing-bugRhodnius prolixus, we have recently shown that heme degradation involves a complex pathway thatgenerates dicysteinyl-biliverdin IX gamma. The light absorption spectrum of theAedespurified pigmentwas similar to that of biliverdin, but its mobility on a reverse-phase chromatography column suggesteda compound less hydrophobic than biliverdin IXR. Structural characterization by ESI-MS revealed thatthe mosquito pigment is theR isomer of biliverdin bound to two glutamine residues by an amide bond.This biglutaminyl-biliverdin is formed by oxidative cleavage of the heme porphyrin ring followed by twosubsequent additions of glutamine residues to the biliverdin IXR. The role of this pathway in the adaptationof this insect vector to a blood-feeding habit is discussed.
Dengue fever, associated with dengue hemorrhagic fever(DHF), is the most prevalent vector-borne viral diseaseaffecting humans, transmitted mainly by the mosquitoAedesaegypti (1). The ability of A. aegyptifemales to transmitthese viruses from one vertebrate host to another is strictlyrelated to their hematophagous habit. Ingestion of a bloodmeal triggers intense protein digestion which takes place inthe lumen, providing nutrients required for oogenesis (2) butalso leading to the release of high amounts of free hemedue to host hemoglobin proteolysis.
Heme is potentially toxic due to its capacity to promotethe generation of reactive oxygen species (ROS1) (3). Beingan amphiphilic molecule, heme can also insert itself intophospholipid bilayers, leading to destabilization of membranestructure and cell lysis (4). Blood-sucking arthropods presenta complex array of heme detoxification and antioxidantmechanisms (5) that allow them to counteract free hemecytotoxicity and adapt to hematophagy. These include heme-binding proteins in the hemolymph of kissing-bugs (6) andticks (7), high levels of antioxidant enzymes in the midgutof Rhodnius prolixus(8), and aggregation of heme in themidgut of this kissing-bug (9) and ticks (10, 11). In A.aegypti, the peritrophic matrix, an extracellular layer that issecreted by the midgut cells and separates the meal fromthe midgut epithelium, acts as a protective mechanism bybinding free heme released during digestion (12). Recently,an A. aegypti peritrophinsa protein component of theperitrophic matrixshas been shown to be a heme-bindingprotein (13).
From mammals and plants to bacteria and yeast, mostorganisms deal with heme toxicity by means of degradationby heme oxygenase (HO) (14). The conversion of heme intobiliverdin IXR, CO, and Fe2+ by HO proceeds by a multistepmechanism that involves rapid hydroxylation at the meso-
† This work was supported by grants from Conselho Nacional deDesenvolvimento Cientı´fico e Tecnolo´gico (CNPq), Fundac¸ ao deCoordenac¸ ao de Aperfeic¸oamento do Pessoal de nı´vel Superior(CAPES), Fundac¸ao de Amparo a` Pesquisa de Estado do Rio de Janeiro(FAPERJ), Fundac¸ ao Universitaria Jose´ Bonifacio (FUJB), Programade Nucleos de Exceleˆncia (PRONEX), Howard Hughes MedicalInstitute (HHMI), and by Fundac¸ ao de Amparo a` Pesquisa de Estadode Sao Paulo (FAPESP, Grant No. 98/10495-5. The project describedwas in part supported by Grant No. 5G12RR008124 (to the BorderBiomedical Research Center/University of Texas at El Paso) from theNational Center for Research Resources (NCRR), a component of theNational Institutes of Health (NIH). Its contents are solely theresponsibility of the authors and do not necessarily represent the officialviews of NCRR or NIH.
* To whom correspondence should be addressed. G.O.P.-S.: Institutode Bioquı´mica Medica, Programa de Biologia Molecular e Biotecno-logia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, CCS, sala 5, bloco Dsubsolo, Ilha do Funda˜o, Rio de Janeiro, 21941-590, Brazil; tel, 55-(21)25626751; fax, 55(21)22905436; e-mail, [email protected].: Department of Biological Sciences, University of Texas at ElPaso, 500 W. University Ave., El Paso, TX 79968; tel, (915)747-6086;fax, (915)747-5808; e-mail, [email protected].
‡ Universidade Federal do Rio de Janeiro.§ University of Texas at El Paso.| Universidade de Sa˜o Paulo.
1 Abbreviations: BV, biliverdin; AaBV, biliverdin fromAedesaegypti; ROS, reactive oxygen species; HO, heme oxygenase;ABM, after a blood meal; PBS, phosphate buffered saline; HPLC,high performance liquid chromatography; TFA, trifluoroacetic acid;ESI-MS, electron spray ionization mass spectrometry; BV IXR,biliverdin IXR; Gln, glutamine; Lys, lysine; Arg, arginine; Tyr,tyrosine.
6822 Biochemistry2007,46, 6822-6829
10.1021/bi700011d CCC: $37.00 © 2007 American Chemical SocietyPublished on Web 05/18/2007
carbon of the porphyrin ring, oxygen-dependent eliminationof the hydroxylated meso-carbon as CO producingR-ver-doheme, and oxidative cleavage ofR-verdoheme to biliverdinIXR, in a reaction dependent on reducing equivalents andO2, with concomitant release of Fe2+ (15). In mammals,biliverdin is further reduced, by biliverdin reductase, tobilirubin (16), which circulates in plasma bound to albuminand is taken up by the hepatocyte and finally is excretedinto the bile mainly as bilirubin glucuronide conjugates (17).
We have recently shown that in the blood-sucking hemi-pteran insect,R. prolixus, heme oxidative degradation ismechanistically distinct from the well-characterized reactioncatalyzed by canonical HO. It involves an initial step ofmodification of heme by addition of two cysteinylglycineresidues prior to cleavagesat the gamma position insteadof the usual alpha meso-carbonsof the porphyrin ring,followed by proteolytic trimming of these dipeptides, toproduce dicysteinyl-BV IX as the main end-product (18).The present work describes the heme degradation pathwayin the mosquitoA. aegyptiand shows thatsin contrast tothe R. prolixussthis involves oxidative cleavage of hemewithout previous modification, in theR meso-carbon.However, distinct from all other previously described organ-isms, the biliverdin produced by this reaction is furthermodified by conjugation of two glutamine residues, leadingto the formation of an excretable biglutaminyl-biliverdin IXR.
EXPERIMENTAL PROCEDURES
Chemicals.Hemin (Fe(III) protoporphyrin IX chloride),Fe(III)-mesoporphyrin IX, and biliverdin IXR were purchasedfrom Frontier Scientific (Logan, UT). Biliverdin IXγ waskindly provided by Dr. Boris Dunkov (University of Arizona,Tucson, AZ).
Mosquitoes and Pigment Extraction. A. aegypti(REDstrain) were from a colony kept at the Universidade Federaldo Rio de Janeiro, Instituto de Biofı´sica Carlos Chagas Filho.They were maintained at 28°C ( 1 °C and 75% to 80%relative humidity, with a 12 h light/dark photoperiod. Larvaewere fed with dog chow pellets (Purina), and adults wereoffered 10% sucrosead libitum. Three to five days afteremergence females were used in the experiments.
For pigment identification and purification, females werefed with rabbit blood. In artificial feeding, meals were offeredthrough a Parafilm membrane stretched across the bottomof a water-jacketed glass feeder apparatus kept at 37°Cadapted from ref19. Stock 5 mM hemin (Fe(III) protopor-phyrin IX chloride), Fe(III)-mesoporphyrin IX, or biliverdinIXR solutions were freshly prepared in 0.1 N NaOH. Thesesolutions were neutralized by adding four volumes of 0.1 Msodium phosphate, 0.15 M NaCl, pH 7.4. In order to feedinsects, these porphyrin solutions were then mixed with bloodor plasma to achieve the desired concentration. BiliverdinIXγ was a gift from Dr. Boris Dunkov.
Female midguts were dissected under 50% ethanol,transferred to 10 mM sodium phosphate, 0.15 M NaCl, pH7.4 (PBS), homogenized, and centrifuged for 15 min at12000g. Supernatants were dried under vacuum using aspeed-vac system (model SC 110, Savant-NY), kept pro-tected from light, and stored at-20 °C until use.
HPLC Fractionation and Light Absorption Spectra.HPLCwas performed on a Shimadzu CLC-ODS C18 column (15
mm x 22 cm) using a Shimadzu LC-10AT device (Tokyo,Japan), equipped with a diode array detector (SPD-M10A).Chromatography analysis was performed using 5% aceto-nitrile with 0.05% trifluoroacetic acid (TFA) as solvent, ata flow rate of 0.4 mL/min. Before injection, dried midguthomogenates were diluted in 20% acetonitrile with 0.05%TFA and centrifuged for 15 min at 12000g. Ten minutesafter sample injection a 40 min linear acetonitrile gradient(5-80%) was applied, followed by 20 min of 80% aceto-nitrile. Light absorption spectra were recorded during thechromatography by the HPLC diode array detector.
Electrospray Ionization Mass Spectrometry (ESI-MS).Mass spectra were obtained in the positive-ion mode usinga Finnigan LCQ-Duo ion trap mass spectrometer (ThermoElectron Co., San Jose, CA). HPLC fractions were preparedin 50% acetonitrile, 0.1% formic acid. Heme stock solutionswere made in 100% DMSO and diluted in 50% methanolimmediately before use. Samples were introduced into theelectrospray source by injection through a 50µm internaldiameter fused silica capillary at a 5µL/min flow rate. ESIsource and capillary voltages were set at 36-46 V and 4.5kV, respectively; the capillary temperature was 250°C.Spectra were acquired at 3 s/scan. Collision-induced frag-mentation (tandem ESI-MS) of parent ions was carriedout using a relative collision energy of 30-50% (1.5-2.5eV). Source-induced dissociation (SID) (cone fragmentation)was achieved by applying a cone fragmentation voltage of92 V.
N-Acetylation of Free Amino Groups of A. aegyptiBiliVerdin. Authentic biliverdin IXR and purifiedA. aegyptibiliverdin (AaBV) were resuspended in precooled 100µLof 1 M NH4OH. After addition of 2.5µL of acetic anhydride,samples were incubated for 10 min at 4°C. This step wasrepeated 2 times. After incubation at 25°C for 30 min,samples were dried under vacuum and resuspended in 5%acetonitrile, 0.1% formic acid for ESI-MS analysis.
Methylation of Carboxyl Groups of BiliVerdin.BiliverdinIXR and purified AaBV were resuspended in 100µL of NH4-OH. After addition of 100µL of 100% methanol, sampleswere incubated for 1 h at 37°C. Samples were dried undervacuum and washed two times with 100µL of 100%methanol. The precipitates were resuspended in 100µL ofmethanol and incubated for 1 h at 75°C. After addition oftert-butanol (20µL), samples were dried under vacuum andresuspended in 50% acetonitrile, 0.1% formic acid for ESI-MS analysis.
RESULTS
Purification and Identification of Green Pigment.Diges-tion in the mosquito midgut lumen shows maximum pro-teolysis of host blood proteins by 24 h following feeding(20). Interestingly, the water-soluble fraction of the midgutcontents shows an intense modification in color during thecourse of digestion, changing from bright red, typical ofhemoglobin, to a green color, suggesting degradation of hemeto a bilin pigment (Figures 1A,B).
In order to characterize theA. aegyptigreen pigment, weanalyzed the midgut homogenates by reverse-phase HPLC(Figure 1C). One of the major peaks displayed a light-absorption spectrum similar to that of biliverdin IXR, withtwo λmax at 379 and 690 nm (Figure 1D). However, this
Heme Degradation inAedes aegypti Biochemistry, Vol. 46, No. 23, 20076823
component was eluted with a lower retention time than BVIXR, suggesting a compound more hydrophilic than BV IXR(Figure 1C), the product of heme degradation catalyzed bymost HO enzymes (14).
Feeding mosquitoes with plasma drastically reduced theamount of green pigment in the midgut when compared toinsect fed on blood (Figure 2B and Figure 2A, respectively).Addition of heme to plasma, in a concentration 20-fold lowerthan that found in host blood, partially reversed this effect(Figure 2C). This result strongly suggests that the greencomponent present in the insect midgut is a degradationproduct of heme from the blood meal.
Structural Characterization of A. aegypti BiliVerdin.Purified AaBV was analyzed by ESI-MS. This moleculeshowed a molecular mass (M) of 838.3 Da ([AaBV+ H]+
atm/z839.3) (Figure 3B), higher than that of biliverdin IXR([BV IX R + H]+ at m/z 583.2) (Figure 3A). Analysis ofAaBV sequential fragmentation by tandem ESI-MS produced
an ion species atm/z 711, by removal of a 128 Da residue(Figure 3C). The subsequent fragmentation of this speciesproduced a daughter-ion species with the same molecularmass as BV IXR (m/z 583.2), again by the loss of a 128 Da
FIGURE 1: Accumulation of a bilin pigment in the midgut ofA.aegyptiafter a blood meal. (A) Midgut dissected at different timesafter a blood meal (ABM) was homogenized in PBS and centri-fuged. Tubes containing the supernatants are shown. (B)A. aegyptimidgut 38 h ABM. Midgut epithelium (ME); lumenal content (LC);blood meal (BM); scale bar) 0.2 mm. (C)A. aegyptipigmentwas purified by reverse-phase HPLC using a C18 column. Chro-matograms ofA. aegyptimidgut PBS extract (solid lines) andstandard biliverdin IXR (dashed lines) are shown. (D) Light-absorption spectra of peaks containing AaBV (solid line) and BVIXR (dashed lines).
FIGURE 2: A. aegypti bilin pigment is derived from ingestedheme. (A) HPLC profile of midgut homogenate dissected 24 h aftermeal from 5 females fed on blood, (B) plasma, and (C) plasmasupplemented with 0.5 mM hemin. Arrow indicates AaBV peak.
FIGURE 3: ESI-MS analysis ofA. aegyptibiliverdin. (A) Massspectrum of BV IXR [M + H]+ at m/z 583.2 and (B) AaBV [M+H]+ atm/z839.3, revealed a molecular mass forA. aegyptipurifiedpigment of 838 Da, higher than BV IXR. (C) Fragmentation ofAaBV (tandem ESI-MS spectrum) produced a daughter-ion speciesatm/z711, by the loss of a 128 Da fragment. (D) MS3 of the speciesat m/z 711 revealed a 582 Da fragment by the loss again of a 128Da fragment. amu, atomic mass unit.
6824 Biochemistry, Vol. 46, No. 23, 2007 Pereira et al.
fragment (Figure 3D). These results demonstrated that AaBVconsists of a BV IX coupled to two residues of 128 Da.
In order to definitively prove that the green pigmentproduced by the mosquito during blood digestion was a BVIXR, we compare the tandem ESI-MS profile of BV IXRwith that of the ion species atm/z 583 produced by AaBVsequential fragmentation (Figure 4). A daughter-ion speciesat m/z 297 was produced by AaBV fragmentation (Figure4A). This ion species is typically produced by the fragmenta-tion of the R isomer of BV IX (21, 18) (Figure 4B). Incontrast, theγ isomer of BV IX, produced by some insects(22), generates a different spectrum, with a characteristicdaughter-ion species atm/z 402 (18) (Figure 4C). Thestructure of both BV isomers and the assumed fragmentationpattern are shown as insets (Figure 4B,C).
Analysis and Identification of the Two 128 Da Fragments.Based on these results, we concluded that the AaBV is theR isomer of BV modified by two fragments of 128 Da.According to the solubility of the pigment and to molecularmass of the residues, it was plausible that these fragments
were amino acids, since they have charged groups andcompatible molecular mass. Among them, two amino acidspresented molecular mass of 128 Da (or 146 Da for thehydrated molecule,m/z 147): glutamine and lysine. Theglutamic acid, with molecular mass of 129 Da (or 147 Dafor the hydrated molecule,m/z148), would be a less feasiblecandidate since the addition of two glutamic acids to BVIXR would result in a compound with molecular mass of840 Da, higher than that of AaBV.
Cone fragmentation of AaBV produced ion species withm/zat 147 (data not shown). When fragmented and analyzedby tandem ESI-MS, this ion species produced, among otherfragments, a daughter-ion atm/z101 (Figure 5A). The samespecies was produced by glutamine fragmentation but notfrom lysine (Figure 5B and Figure 5C, respectively). In fact,the fragment atm/z 101 is considered a signature ofglutamine when analyzed by ESI-MS fragmentation (23).Lysine fragmentation did not share any common major ionwith the species atm/z 147 produced from AaBV (Figure5C). None of the ion species produced by fragmentation ofglutamic acid were found in AaBV fragmentation profile
FIGURE 4: AaBV isomer identification. (A) Fragmentation profilesof AaBV ion species atm/z 583 and (B) BV IXR showed identicaldaughter-ion species atm/z 297, in contrast to (C) BV IXγfragmentation profile that presented its typical daughter-ion speciesat m/z 402. Structure of BV IXR and BV IXγ and respectiveassignments of their daughter-ions are shown.
FIGURE 5: AaBV hydrophilic residues are glutamines. (A) ESI-MS spectrum of the ion species atm/z 147 (hydrated 128 Da)produced by cone fragmentation from AaBV. Fragmentation of (B)authentic glutamine and (C) lysine.
FIGURE 6: Degradation of mesoheme and production of mesoAaBVby A. aegyptimidgut. (A) HPLC profile of midgut homogenatesdissected 24 h after meal from females fed on plasma supplementedwith 1.0 mM hemin or with (B) 1.0 mM Fe(III) mesoporphyrinIX. Light-absorbance spectra of the bilin peak are shown as insetsin panels (A) and (B). ESI-MS spectra of modified bilin producedby glutamine addition after feeding on plasma supplemented with(C) hemin or (D) Fe(III) mesoporphyrin IX.
Heme Degradation inAedes aegypti Biochemistry, Vol. 46, No. 23, 20076825
(data not shown). This result indicated that AaBV was likelyto be produced by the attachment of two glutamine residues,resulting in a biglutaminyl-biliverdin.
Identification of the Chemical Groups InVolVed in theCoValent Attachment of Glutamine to BiliVerdin.To confirmthis unusual biliverdin modification and to better investigatethe nature of AaBV, females were fed with plasma supple-mented with a heme analogue, Fe(III)mesoporphyrin IX,whose vinyls are substituted by ethyl groups. The resultingproduct showed an elution time in the reverse-phase HPLCand light absorption spectrum (Figure 6B) close, but notidentical, to AaBV, the molecule produced by feeding insectswith blood or plasma plus heme (Figure 6A). ESI-MSanalysis of mesoheme derived molecule showed ions speciesatm/z843.3 (M ) 842.3 Da) that corresponds to mesoAaBV(Figure 6D). The differences observed in the molecular massbetween mesoAaBV and AaBV were due to the four extrahydrogens from the ethane residues present in the formermolecule (Figure 6D and Figure 6C, respectively). Theseresults demonstrated that this insect is able to catalyze theoxidative cleavage of the mesoheme porphyrin ring generat-ing mesoBV, and further modify this molecule by additionof the two glutamines. Furthermore, they showed thatglutamine linkages in AaBV do not involve the vinyl groupsof BV IX tetrapyrrole. Based on the previous results, wehypothesized that BV IX carboxyl propionates were involvedin glutamine linkage.
In order to definitely characterize residues of BV IXRinvolved in the binding of glutamine residues, methylationand acetylation reactions were carried out to identify freecarboxyl and amine groups, respectively (Figure 7). Methy-lation of glutamine increased its molecular mass by additionof two methyl groups, resulting inm/z at 175.9 (Figure 7A).This was expected, since under the methylation assayconditionsshigh temperature in acid mediumsthe amidegroups can be converted into carboxyl groups (24). Whensubmitted to methylation, only two methyl groups were
added to BV IXR, corresponding to the modification of thetwo propionate carboxyl free groups (data not shown). Incontrast, methylation of AaBV produced four methyl addi-tions (m/z at 897.3): two bound to the glutamine carboxylgroups and two bound to the amide-derived carboxyls of bothglutamines (Figure 7B). If propionate carboxyl groups werealso free in AaBV, as they are in BV IXR, this reaction wouldresult in addition of six methyl groups. These data supportedthe involvement of biliverdin propionate groups in glutamineattachment. No modification of AaBV molecular mass afteracetylation reaction was observed, indicating absence of freeamine groups (Figure 7C). This result confirmed that aminegroups of glutamine were involved in the binding of BV tothese amino acid residues through an amide bond, anddiscards definitively the participation of lysine in AaBVstructure. A positive control of the reaction was performedby acetylation of the amino acid lysine (Figure 7D). Theproposed structure for AaBV is shown in Figure 9.
AaBV Formation Pathway.In order to observe the additionof the two glutamine residues to the BV in the mosquitomidgut, adult females were fed on plasma supplemented withBV IX R. Reverse-phase HPLC fractionation of insect midguthomogenates revealed the presence of a molecule with thesame elution time as AaBV (Figure 8A). Both moleculeshave the same light absorption (data not shown) and ESI-MS spectra (Figures 3B and 8B). Moreover, ESI-MS analysisof a minor peak that was eluted between AaBV and BV IXRrevealed a compound withm/zat 711 (M ) 710 Da) (Figure8C), which corresponds to the precise molecular mass of abiliverdin IX linked to one residue of glutamine (mono-glutaminyl-BV). Its tandem ESI-MS profile revealed adaughter-ion species atm/z 583 (identical to the singlycharged BV IXR species; Figure 3A), generated by the lossof a 128 Da fragment that corresponds to a glutamine residue(Figure 8D). The ion species atm/z 583 was identified asthe R isomer of BVIX by subsequent fragmentation (MS3)(Figure 8E). These data demonstrated that BV IXR is
FIGURE 7: Identification of the chemical groups involved in the covalent attachment of glutamine to BV IXR in AaBV. AaBV, glutamine,and lysine were submitted to methylation or acetylation reactions to identify free COOH and amino groups, respectively. ESI-MS analysisof (A) glutamine and (B) AaBV after methylation or (C) AaBV and (D) lysine after acetylation.
6826 Biochemistry, Vol. 46, No. 23, 2007 Pereira et al.
modified by two sequential additions of glutamine residues.The proposed AaBV biosynthesis pathway is representedschematically in Figure 9. The possibility that the twoglutamine residues are tandemly linked to one of thepropionate of the biliverdin IX cannot be excluded. However,this structure seems to be less plausible due to the fact thatwe could not find any of the specific fragments that wouldbe generated by fragmentation of this molecule by ESI-MS(data not shown).
DISCUSSION
Here, we have characterized a unique heme degradationpathway found in the mosquitoA. aegypti, one of the majorvectors of dengue virus. We show that, in this mosquito,heme detoxification initiates by the HO reaction, followedby sequential addition of two glutamines to the biliverdinIX R produced by HO. This pathway is clearly distinct from
the one identified by our group in another hematophagousinsect, the hemipteranR. prolixus(18), and it is different aswell from the mammalian mechanism of disposal of excessbilin. The end product of heme degradation inR. prolixusisaγ-biliverdin with two cysteine residues attached to the vinylgroups, and the heme molecule is initially modified prior tooxidative cleavage of the porphyrin. In mammals, biliverdinis eventually converted to the hydrophobic bilirubin that,when found in high concentrations, can be extremely toxic.The insoluble bilirubin is modified by mono- and biglucu-ronidation in the liver, to make a soluble compound that canbe excreted along with the feces and the bile. Deleteriousconsequences of accumulation of these pigments are il-lustrated by diseases such as the Crigler-Najar syndrome,where failure in bilirubin conjugation to glucuronic acidcauses jaundice and severe neurological disorders (3, 25).The common trend between biliverdin modifications pro-duced byA. aegyptiandR. prolixussand mammals as wellsis the necessity to turn these molecules more soluble andeasier to be excreted. Considering that the habit of bloodfeeding evolved independently several times in differentgroups of hematophagous arthropods (26), these modifica-tions could represent an evolutive convergence to avoidmembrane disturbance and cytotoxicity caused by hydro-phobic bile pigments. Taken all together, these results pointout that the toxicity of high amounts of bilin pigments maybe seen as a selective pressure that ultimately led to thedevelopment of mechanisms to allow efficient disposal ofthese compounds as part of the adaptation of these animalsto a blood feeding way of life.
Although we were not able to find BV IXR in the midgutof Aedes, the fact that feedingA. aegyptifemale with plasmaand BV IXR led to a monoglutaminyl-BV accumulationsbesides biglutaminyl-BVssuggests that BV IXR is anintermediate in the mosquito pathway. This result supportedthe conclusion that this pathway has a regular heme oxyge-
FIGURE 8: Identification of monoglutaminyl-BV as an intermediateof the pathway. (A) HPLC profile of midgut homogenates dissected24 h after meal from females fed on plasma supplemented with0.5 mM BV IXR. (B) ESI/MS analysis of AaBV produced uponfeeding with BV IXR (indicated by an asterisk in the chromato-gram). (C) ESI/MS analysis of a minor peak (arrow in panel A)eluted between AaBV and BV IXR. (D) Fragmentation (tandemESI-MS) spectrum of monoglutaminyl-BV IXR (m/z711) produceda daughter-ion species atm/z 583, which, by further fragmentation(MS3), (E) gave origin to similar daughter-ion species as BV IXR(Figure 4B).
FIGURE 9: Biglutaminyl-biliverdin generation pathway inA. aegypti.Heme degradation into BV IXR is followed by two sequentialadditions of glutamine residues.
Heme Degradation inAedes aegypti Biochemistry, Vol. 46, No. 23, 20076827
nase activity as its initial step, implying an enzyme similarto that found in most organisms. This is consistent with thefinding of a gene with high degree of similarity with a hemeoxygenase in the recently releasedAedesgenome (GenBankaccession number: AY433250). Feeding with plasma andFe(III)mesoporphyrin IX demonstrated that the enzymeresponsible for the heme degradation inA. aegyptiwas ableto catalyze this reaction in the absence of vinyl groups.Crystal structure of mammalian heme oxygenase-1 showsthat charge interactions of propionate groups are veryimportant in the correct orientation of the heme, placing theR-meso carbon in the position for hydroxylation. In contrast,vinyl and methyl heme substituents appeared not to beimportant in the alignment of heme in the enzyme catalyticsite (27). These data reinforce the conclusion that a typicalHO activity is responsible for the enzymatic degradation ofheme in the mosquito midgut. In fact, most of the humanHO residues (Lys 18, Lys 22, Tyr 134, Lys 179, Arg 183)known to surround the propionates of heme seem to beconserved in the insect enzyme (Arg 8, Arg 12, Lys 114,Lys 163, Arg 167, respectively) (data not shown).
We observed thatA. aegyptiis able to modify aR-biliver-din isomer by two glutamine covalent additions. This aminoacid can be supplied by proteolysis of blood meal proteins,or, alternatively, by synthesis from glutamate and ammonia.Increased glutamine synthetase mRNA expression byA.aegyptimidgut post blood feeding has been reported (28).It was proposed that this reaction provides the glutamineneeded for the initial steps of biosynthesis of chitin, the maincomponent of peritrophic matrix, which is synthesized inresponse to a blood meal (29). Likewise, glutamine hemolym-phatic levels increase after protein feeding and remain highduring ovary development (30).
A situation that resembles the production of AaBVconcerning the type of chemical linkages that are formed isthe synthesis of plant volatile formation elicitors in themidgut of plant-feeding lepidopteran. Plant volatiles arecompounds synthesized by plants in response to herbivorism.Formation of plant volatiles can be triggered byN-linolenoyl-L-glutamine, formed by a microsomal fraction of digestiveapparatus from the mothManduca sexta(31). The type oflinkage between glutamine and linolenate, a hydrophobicmolecule such as biliverdin, is an amide bond between theR-amino group of the glutamine and the carboxyl group ofthe fatty acid, the same linkage observed in AaBV. In themidgut of Spodoptera exiguathe linolenic acid portion isderived from larval food while the glutamine is provided bythe caterpillar (32). A similar situation may be occurring inthe production of AaBV.
Free heme has been shown to have harmful effects on cellphysiology in two ways. Acute effects can lead to immediatelysis of certain cell types upon exposure to this molecule.Alternatively, heme toxicity can be exerted by inducingalterations of cell metabolism that eventually led to cell death(3). Heme oxygenase has been attributed an important rolein cellular protection as a consequence of its capacity toameliorate toxic effects of heme (33). We have proposedthat blood-feeding organisms face a special situation regard-ing heme toxicity, as a consequence of digestion of theirblood meal (5). Therefore, heme degradation inA. aegyptiby the pathway described here is certainly an adaptation toa blood-feeding way of life. In addition to lowering heme
concentration in midgut cells, HO can be protective also dueto the fact that BV, one of the products of the enzyme, is apowerful antioxidant (34, 35). Moreover, recent reports haveshown that both heme and its degradation products (biliverdinand CO) are capable of interfering in gene expression andcell signaling, especially in the modulation of immunity (36-40). A question for future research is whether or not theseregulatory roles of CO and biliverdinsdescribed for mam-malian immune cellssare also valid for heme degradationin insects, especially in the case of the AaBV.
Besides its role in heme detoxification, this heme degrada-tion pathway may be crucial in the acquisition of free ironsan essential micronutrient required as a cofactor of a varietyof proteins and in hemeproteins biosynthesissas it has beenshown for some pathogenic bacterias (41-43). In fact, it hasalready been shown that, inA. aegypti, the blood mealinduces the expression of ferritin (44-45), the main proteininvolved in storage and transport of iron in insects (reviewedin ref 46).
Finally, microarray mRNA expression analysis of anAnophelesstrain refractory toPlasmodiumindicated thatthese mosquitoes exhibited a chronic state of oxidative stress,which was exacerbated by blood feeding, resulting inincreased steady-state levels of ROS, which favored mela-nization of parasites (47). Considering the scenario of themidgut of a hematophagous insect, the presence of a hemedegradation pathway such as the one described here repre-sents a new important factor that may interfere both withsignaling cascades that govern innate immunity and with thecontrol of redox balance, two aspects of vector biology thatare starting to be recognized as crucial determinants ofvectorial competence.
ACKNOWLEDGMENT
We thank Maria Conceic¸ao Costa for colony maintenance,S. J. Tadeu, S. R. de Cassia, and M. Okada for expertassistance, and Boris Dunkov for providing biliverdin IXgamma.
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BI700011D
Heme Degradation inAedes aegypti Biochemistry, Vol. 46, No. 23, 20076829
131
Apêndice 2
132
The physiological role of heme oxygenase in Aedes aegypti
Luiza O.R. Pereira*, Boris Dunkov†, Osvaldo Marinotti&, Anthony A. James&, Hanna
Schneider Rodrigues*, Pedro L. Oliveira* and Gabriela O. Paiva-Silva*
* Instituto de Bioquímica Médica, Programa de Biologia Molecular e Biotecnologia,
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 21941-590, Brazil
† University of Arizona, Tucson, USA.
‡ FIOCRUZ, Rio de Janeiro, Brazil.
& Biochemistry and Molecular Biology department, Univertity of California, Irvine, USA.
133
Summary
Heme oxygenase (HO) is a ubiquitous enzyme responsible for heme breakdown, leading to the formation of CO, ferrous ion and biliverdin. In the mosquito Aedes aegypti biliverdin is further modified by addition of two glutamine residues, thus generating a hydrosoluble bilin pigment, biglutaminyl-biliverdin. Here we described the gene sequence of Aedes HO, showing that it is expressed in different developmental stages and tissues. HO expression increases after a blood meal both in the midgut and in the ovary. Maximum HO expression in the gut coincides with maximal rate of both hemoglobin degradation and production of biglutaminyl-biliverdin. When compared with a blood fed insects, HO expression in the gut was only partially increased by feeding with albumin. Partial stimulation of HO expression was also observed when hemoglobin digestion was inhibited by feeding the animals with blood together with a protease inhibitor, suggesting that transcription of HO gene is regulated both by ingestion of the meal and by formation of digestion products. HO is a classical component of stress response in eukaryotic cells, being activated under oxidative stress. Aedes HO, however, is down regulated when insects are fed with blood enriched with paraquat, a superoxide generator. All together, our data suggest that expression of HO gene in Aedes midgut is under the control of a unique regulatory mechanism.
134
INTRODUCTION
In most eukaryotic cells heme oxygenase (HO) catalyzes the degradation of heme, cleaving its
alpha-meso carbon bridge to yield equimolar quantities of biliverdin IX alpha, CO and free
iron. Free iron is promptly sequestered into ferritin and, in mammals, biliverdin is
subsequently converted to bilirrubin via the action of biliverdin reductase (Otterbein & Choi,
2000). Heme oxygenase gene, previously known as HSP32, is a major component of cellular
response against stress Besides its relevance in many physiological processes, free in solution
heme is able to amplify formation of reactive oxygen species (ROS) chain (Ryter & Tyrrell,
2000) and destabilize the membrane structure leading cell lysis (Schmitt et al., 1993).
Aedes aegypti is a vector of important human viral diseases such as yellow fever and dengue
(Gubler, 1998). Both adult male and female feed on nectar, but the nutrients required for
oogenesis are exclusively provided by ingestion of large amounts of vertebrate blood (Lehane,
1991). Like other hematophagous animals, mosquitoes face a special situation regarding to
heme toxicity and heme metabolism, as a consequence of digestion of hemoglobin inside their
digestive apparatus that results in the formation of large amounts of heme (Graça-Souza et al.,
2006). In Rhodnius prolixus, the blood-sucking hemipteran, we have recently shown the
existence of a unique pathway for oxidative heme degradation, which produces dicysteinyl-
biliverdin IX gamma as the main end-product (Paiva-Silva et al., 2006). In another work we
had characterize the heme degradation pathway in A. aegypti and showed that, differently
from all other previously described organisms, the biliverdin produced by this reaction is
further modified by conjugation to two glutamine residues, leading to the formation of an
excretable biglutaminyl-biliverdin IX alpha (or Aedes aegypti biliverdin, AaBV) (Pereira et
al., 2007). Here we described a gene with high degree of similarity with a heme oxygenase in
the recently released Aedes aegypti genome (GenBank accession number: AY433250). Here,
in order to better understand the operation of the heme degradation pathway in Aedes aegypti
135
we analyzed the time course of production and excretion of AaBV together with the dynamics
of HO expression.
136
EXPERIMENTAL PROCEDURES
Chemicals. Soybean Trypsin Inhibitor (SBTI) and Bovine Serum Albumin (BSA)
were provided by Sigma. Acetonitrile and Trifluoroacetic acid were supplied by Merk.
Mosquitoes. Aedes aegypti (Red strain) were from a colony kept at the Universidade
Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho. They were maintained
at 28 ºC and 75 to 80% relative humidity, with a 12 h light/dark photoperiod. Larvae were fed
with dog chow pellets (Purina) and adults were offered 10% sucrose ad libitum. Three to five
days after emergence females were used in the experiments.
Artificial feeding. Meals were offered through a Parafilm membrane stretched across
the bottom of a water-jacketed glass feeder apparatus kept at 37 ºC adapted from (Garcia et
al., 1975). BSA and SBTI were freshly prepared in 0.1 M sodium phosphate buffer pH 7.4 to
a concentration of 100 mg/ml and 1 mM, respectively. SBTI was added to the blood leading a
final concentration of 100µM. Blood artificial feeding contained the same volume of 0.1 M
sodium phosphate buffer pH 7.4.
Pigment extraction. For pigment identification and purification, females were fed with
rabbit blood. Female midguts were dissected under 50% ethanol, transferred to 10 mM
sodium phosphate, 0.15 M NaCl, pH 7.4 (PBS), homogenized and centrifuged for 15 min at
12,000 X g. Supernatants were dried under vacuum, kept protected from light, and stored at -
20 oC until use.
Alternatively for the pigment extraction from the feces, ten blood fed females were kept on
clean 50 mL glass bottles. They were transferred to new glasses after 24h and 42h after blood
meal (abm). The glasses were washed with 10 mM sodium phosphate, 0.15 M NaCl, pH 7.4
(PBS) and centrifuged for 15 min at 12,000 X g. Supernatants were dried under vacuum, kept
protected from light, and stored at -20 oC until use.
HPLC fractionation. HPLC was performed on a Shimadzu CLC-ODS C18 column
137
(15mm x 22cm) using a Shimadzu LC-10AT device (Tokyo, Japan), equipped with a diode
array detector (SPD-M10A). Chromatography analysis was performed using 5% acetonitrile
with 0.05% trifluoroacetic acid (TFA) as solvent, at a flow rate of 0.4 ml/min. Before
injection, dried samples were diluted in 20% acetonitrile with 0.05% TFA and centrifuged for
15 min at 12,000 X g. Ten minutes after sample injection a 40 min linear acetonitrile gradient
(5–80%) was applied, followed by 20 min of 80% acetonitrile. AaBV peak area data were
taken for statistical analyses using ANOVA, with Tukey’s multiple comparison as post test.
RNA isolation, PCR and real time PCR analysis. Total RNA was isolated from insects
at different developmental stages, whole bodies of males and females adults and from
epithelium midgut, ovary, head, thorax and abdomen (carcass) of blood fed females using
TRIzol (Invitrogen Corporation, California USA) as described by the manufacturer. RNA was
treated with DNase I (Invitrogen Corporation) also following the suggested proceedings.
Total RNA was reverse-transcribed with SuperScriptII First-Strand Synthesis System
(Invitrogen Corporation) according to the manufacturer's instructions and using oligo-dT.
Primers were designed from the cDNA sequences. For Aedes aegypti HO (AaHO)
amplification following primers were used: foward 5'-CAAAACTTGCTTTCGCCC-3' and
reverse 5'-GCAGGAAGTCATGCGATACA-3'. For RP49 (used as the control) primers were:
forward 5'-ACAAGCTTGCCCCCAACT-3' and reverse 5'-CCGTAACCGATGTTTGGG-3'.
PCR was performed using Taq DNA polymerase (Ambion) for 35 cycles (30 seconds at 94
ºC, 30 seconds at 60 ºC and 30 seconds at 72 ºC) in a thermocycler GeneAmp PCR System
2400 (Applied Biosystems). Both fragment obtained were about 100bp in length. PCR
products were separated in a 2% agarose ethidium bromide stained gel.
Real-time PCR was conducted in a 7500 Real Time PCR System (Applied Biosystems) using
SYBER green Master Mix RT-PCR (Applied Biosystems). Reactions were performed for
AaHO and for constitutive RP49, used as the endogenous control. Primers were the same
138
described above. Reactions were carried out using a hot star of 10 minutes at 94ºC and 45
cycles (15 seconds at 94ºC and 1 minute at 60ºC (for primer annealing, DNA extension and
fluorescence reading). The relative quantification of AaHO was determined using the
comparative CT method, also known as the ΔΔCT method, or the 2T-ΔΔCT
method (Pfaffl,
2001), having the constitutive gene RP49 (accession number AAT45939) as the endogenous
control. Standard curves were constructed for AaHO and RP49 primers to validate the
application of the comparative CT method. Analysis of the data was carried out using Excel.
Statistical analyses were made with ΔCT values using ANOVA, with Tukey’s multiple
comparison as post test.
139
RESULTS
AaHO gene structure and conserved amino acid sequences. The nucleic acid sequence for
heme oxygenase from A. aegypti (GenBank accession number AY433250) has a 702bp ORF,
which encodes a predicted 233 amino acid peptide (Figure 1). Only one HO-1 ortolog can be
found in A. aegypti genome, suggesting that this mosquito seems to have only one isoform of
HO. Additionally no evidence of different transcript sizes, indicating no alternative splicing,
was seen by northern blot analysis (data not shown). The putative initial methionine
corresponding to the start codon in the Liverpool strain (shown in figure 1) is preceded, in
Red and Higgs strains, by an extended aminoterminal of 5 amino acids with a new initial
methionine (data not shown). Both Aedes aegypti and Anopheles gambiae HO genes are less
than 1kb in length (VectorBase accession numbers AAEL008136 and
ENSANGESTG00000003040, respectively) and are composed by two exons separated by a
single small intron. These data reveal a significant difference in gene structure between the
two mosquitoes HOs and the mammalian genes that have five exons and four introns and are
between 14kb (HO-1) and 12kb in length (HO-2), (Shibahara et al., 1989; Alam et al., 1994;
McCoubrey & Maines, 1994). The deduced amino acid sequence of AaHO shows high
similarity to sequences of heme oxygenases from other insects and also to mammalian HOs
(Figure 1). From the alignment it was possible to find conserved residues relevant for
enzymatic activity and for constitution of the heme pocket of the catalytic site (Schuller et al.,
1999) such as the heme proximal ligand His25. In HO-1, a hydroxyl group is the distal heme
ligand and establishes hydrogen bonding to Gly139 and 143, which are conserved in most of
insect HOs, with the exception of Drosophila and Glossina. The region known as heme
binding pocket/HO signature (Maines & Gibbs, 2005) is middling conserved among insects,
mostly in mosquitoes HOs (Figure 1).
140
AaHO expression and heme degradation. RT-PCR was used to show that AaHO is
expressed in different developmental stages as well as in numerous tissues of blood fed
female (Figure 3). Real Time PCR was used to quantitatively evaluate expression in the
midgut and in the ovary, showing that AaHO transcript is increased after a blood meal in both
organs (Figure 5). Maximal expression of AaHO in the ovary occurred between 48 h and 72
h. In the midgut, however, AaHO transcripts increase between 24 hs and 42 hs ABM, a period
when the maximum concentration of heme are found in the lumen (Pascoa et al., 2002) and
when most of the hemoglobin polypeptide has already been digested by proteolytic enzymes,
as observed by simple analysis of gut content by SDS-PAGE (Figure 4C). The amount of
AaBV, the end product of the heme degradation pathway in the gut, increases until 24 h
ABM, declining subsequently (Figure 4A) as a consequence of appearance of the pigment in
the insect feces (Figure 4B).
Control of AaHO expression. In order to clarify which events determined the increase in
AaHO gene expression in the midgut after a blood meal, adult females were fed with blood,
albumin or blood supplemented with soybean trypsin inhibitor. Females fed on albumin
showed increased AaHO expression when compared to sugar fed insects, but as much as
blood fed insects (Figure 6). This result suggested that either midgut stretching during
ingestion of blood or protein content of the meal is able to trigger AaHO mRNA synthesis but
is not enough to achieve full stimulation. This conclusion is reinforced by the observation that
when digestion of blood proteins is blocked by addition of trypsin inhibitor (SBTI) also
results in partial induction of AaHO transcript (Figure 6). HO is one of the major components
of response against several types of cellular stress (ref), including oxidative stress.
Surprisingly, addition of paraquat, a compound that results in increased intracellular
formation of superoxide anion (Bus & Gibson, 1984), leads to a decrease in AaHO gene
expression (Figure 7).
141
DISCUSSION
HO belongs to a large family of stress proteins whose transcriptional regulation also responds
to diverse types of adverse environmental conditions (Ryter et al., 2006). Being the enzyme
substrate, heme itself is the prototypical inducer of HO expression and therefore, it is
expected that HO may be relevant in the adaptation of blood-feeding organisms to their heme-
rich diet. Although three isoforms of HO have been identified in mammals (Otterbein & Choi,
2000), we were able to find only a single gene coding for a HO in Aedes aegypti genome. The
AaHO has the basic residues that are considered essential to allow enzymatic cleavage of the
porphyrin ring (Figure 1) and in silico modeling of its tertiary structure produced a protein
compatible with known HO structures (data not shown). Nevertheless, Thr21, Glu29 and
Phe207, amino acids that in mammalian HOs are localized proximal side to the heme and
therefore should participate of the active site does not seem to be conserved, a feature that is
shared with the other insect HOs that were used in the alignment (Figure 1).
Maximal expression of AaHO in the midgut occurs between 24 h ABM, when about 80% of
the ingested protein has already been degraded (Briegel & Lea, 1975) and 42 h (Figure 3), just
before the end of digestion of the blood meal. Monitoring the production of AaBV showed
that this end product of the heme degradation pathway increased almost linearly until 24 h,
when there is a reduction of the amounts this pigment that can be explained by appearance of
the compound in the feces of the insect (figure 4). Taken together the midgut content and the
amount found in feces, the total amout of AaBv remains relatively constant after 24 h ABM,
suggesting that the period of most intense enzymatic activity of the AaHO is in fact occurring
simultaneous with the release of heme from dietary hemoglobin. The relative low rate of
heme breakdown after 24 h could be explained by post-transcriptional inhibition of enzyme,
at the translational or pos-translational level. Alternatively, the heme in the gut may be not
easily available for enzyme to be cleaved. In favor of this second hypothesis are the reports
142
that showed that heme released from hemoglobin degradation binds to the peritrophic matrix
(PM), a protective barrier secreted by the midgut epithelium (Páscoa et al., 2002) and that a
protein component of the PM is a heme-binding protein (Devenport et al., 2006). PM is
composed by chitin, acidic polysaccharides and proteins, which are synthesized de novo in
response to blood feeding (Kato et al., 2006). During the initial hours of blood digestion, it is
possible that the growing PM is not able to keep pace with the high rate of hemoglobin
hydrolysis due to trypsin activity. Therefore, if the PM has not yet fully developed its capacity
to sequester heme during initial steps of digestion, a significant amount of heme would reach
the midgut epithelium and AaHO activity would be responsible to counteract heme toxicity.
As mentioned before, heme is a powerful stimulus for HO expression in eukaryotic cells, but
several other type of conditions can lead to increased HO expression, such as as UVA
radiation (Keyse & Tyrrell, 1989 and 1990), hypoxia (Murphy et al., 1991), endotoxin
(Camhi et al., 1995) and shear stress (Wagner et al., 1997). In the mosquito midgut, a
pleiotropic pattern of control seems to be involved in the regulation of AaHO expression. Full
stimulation seems to require the presence of products of digestion of vertebrate blood, as
addition of SBTI results in partial inhibition of transcript levels (Figure 6). However,
ingestion of a meal composed only of albumin results also in partial stimulation of expression,
suggesting that mechanical stress during feeding could be one stimulus (but not the only one)
responsible for induction of HO (figure 6). Interestingly, putative shear stress responsive
sequence (SSRE) could be found in AaHO promoter region, also suggesting the possibility of
fluid stress as HO expression control factor (data not shown). Putative antioxidant responsive
element (ARE) and Maf responsive element (MARE) consensus sequence could be found in
the AaHO promoter region. In mammals, these regulatory elements are involved in the
transcriptional control of many stress responsive genes, including HO, through Nrf2, a bZip
type transcription factor sensitive to cellular redox status (Jaiswal, 2004; Alam et al., 2003). It
143
has been demonstrated that Nrf2 responds to both heme and ROS and is a major regulator of
cellular response against redox imbalance. A Drosophila Nrf2 ortholog was recently
identified and characterized (Sykiotis & Bohmann, 2008). Here. the most peculiar observed
feature on the regulation of AaHO expression, however, was the inhibition of transcript levels
by feeding insects with paraquat, an herbicide that generates superoxide anion in the
mitochondria that is widely used as a reagent that promotes oxidative stress. The literature on
HO biology has frequently overlooked pro-oxidant consequences of cleavage of the heme
ring. The free iron formed during HO catalysis can take part in deleterious reactions such as
the so-called Fenton reaction (Ryter & Tyrrell, 2000). Occurrence of this type of reaction
would depend on the redox status of the cell, specifically on the availability of the iron and on
the rate of production of oxygen radicals (superoxide/hydrogen peroxide). Although at present
we do not have a molecular mechanism that could explain the regulatory pattern after
exposure to paraquat, this paradoxical observation would be reconciled with the physiology of
the insect, if one take into account that HO may have both antioxidant and pro-oxidant effects,
depending on physiology of the cell. Taken all together, our data suggest that HO enzyme and
the regulation of its expression in the midgut may play an important role in the adaptation of
Aedes to live in a high heme environment.
144
Figure 1: Heme oxygenase structure. Alignment of HOs from several insects and human HO-1 and HO-2 comparing the most important residues in the heme interaction. Legend: conserved residues that contact to heme (red); heme-binding sites specific to HO-2 (blue boxes); heme binding pocket/HO signature (yellow). Figure 2: Neighbor-Joining Phylogenetic tree for insects and mammals HO. Phylogenetic and molecular evolutionary analyses were conducted using MEGA version 4 (Tamura, Dudley, Nei and Kumar 2007). Bootstrap values are shown. Figure 3: AaHO tissues and developmental stages expression. (A) rtPCR revealing heme oxygenase expression from early developmental stages to adults. Legend: 1, negative control; 2, L1 larval stage; 3, L4 larval stage; 4, pupae; 5, adult female and 6, adult male. (B) rtPCR of female tissues dissected 24h after blood meal also showing HO expression. Legend: 1, negative control; 2, midgut; 3, ovaries; 4, malpighian tubules; 5, head; 6, torax and 7, abdomen (carcass). Figure 4: Production and excretion of Aedes aegytpi biliverdin (AaBV) by the midgut. AaBV time course production (A) and excretion (B). Digestion course was monitored by hemoglobin monomers throught 22.5% SDS-PAGE (C). ANOVA p values are shown. Figure 5: AaHO expression during digestion. Real time PCR revealing HO relative expression in the midgut (A) and ovaries (B) during the blood digestion. RP 49 was used as endogenous control. ANOVA p values are shown. Figure 6: AaHO expression is partially inducted by midgut distention and also by the blood digestion. Real time PCR of HO in the midgut after sugar, artificial blood, 100mg/ml BSA (bovine serum albumin) and blood supplemented by 100µM SBTI (soy bean trypsin inhibitor) 24h after meal. RP 49 was used as endogenous control. ANOVA, p<0.05. Figure 7: Intracelular ROS and blood leads to AaHO downregulation. Real time PCR showing HO relative expression in the midgut 24h after artificial blood feeding and blood supplemented by 100µM and 500µM PQ (paraquat). RP 49 was used as endogenous control. ANOVA, p<0.05.
145
A.aegypti ------------------------------MSFTKEMRVATRDIHNVSD-ALVNAKLAFA 29 C.quinquefasciatus -------------------MAASTTTTEKTVSFTKAMRVATREIHNVSD-GLVNAKLAFA 40 A.gambiae --------------------------MAQNVPFSKQMRIATREIHNVSD-ALVNAKLAFA 33 G.morsitans ------MATAKE---------NKDDVEP-DMVYTKELRAATKDVHKLSD-VLVNAKFAFA 43 D.melanogaster ------MSASEETIADSQVSENVEDVEFVDMAFTKELRKATKDVHNLTD-VLVNAKIALA 53 B.mori --------------------------MSEQDLFTTRMRKATRKIHSVS--ALVNAKFAIS 32 HO-2 MSAEVETSEGVDESEKKNSGALEKENQMRMADLSELLKEGTKEAHDRAENTQFVKDFLKG 60 HO-1 -------------MERPQPDSMP-------QDLSEALKEATKEVHTQAENAEFMRNFQKG 40 : :: .*:. * : . .: . A.aegypti LYDSGVWAEGLLIFYDIFKYLEEN---------VSHDFLPEEYHRTQQFEEDLTFYLGAD 80 C.quinquefasciatus LYDSAVWAEGLLVFYEIFKFLEQH---------VAHDFLPEEFHRTEQFEQDLAFYLGAD 91 A.gambiae LYDSRVWAEGLLIFYDVFKHLEQR---------VPHDFLPPEMHRTAQFEQDLRYYLGEG 84 G.morsitans LSDDTVWADGLLSFYEIYKFLENN---------LTEELLPKELHRVKEFEKDFDYFVGEN 94 D.melanogaster LSDDEVWYDGLLAFYELYKFFETH---------LPERLLPKEFHRTAAFERDFAYFYGSD 104 B.mori LRDHTVWGGGLFVFYHIFAYLEDAKER-LNMPEFNKLFVHEILYRKKAFEQDLQHYLGDN 91 HO-2 NIKKELFKLATTALYFTYSALEEEMERNKDHPAFAPLYFPMELHRKEALTKDMEYFFGEN 120 HO-1 QVTRDGFKLVMASLYHIYVALEEEIERNKESPVFAPVYFPEELHRKAALEQDLAFWYGPR 100 : :* : :* . . :* : .*: .: * A.aegypti WKSKHQPRKEVCDYIKHLEQLQGENPNLLVAYVYHLYMGLLSGGQILQKRRNFTKKFNPF 140 C.quinquefasciatus WKSKYQPRKEVCDYLKHLEQIERENPNLLVAYVYHLYMGLLSGGQILQKRRNITRKFNPF 151 A.gambiae WLERHTPKAEVRAYLKHLQELEQENANLLLAYVYHLYMGLLSGGQILQKRRSIGRRINPF 144 G.morsitans WRDTYEIRPAVKKYLEHLEEVNKKSKILLFAYAYQMYMALMSGGQLLQKKRMMARKLIRK 154 D.melanogaster WRKDYEIRPAVQKYLEHLEKIAAQNELLLFAYSYQMYMALMSGGQMLQKKRMIARKMWIF 164 B.mori WRSIPKS-LALENYLQHLQDLERDNPKLLMAYVYHLYLGLLSGGQILAKKRRVFGEKNEQ 150 HO-2 WEEQVQCPKAAQKYVERIHYIGQNEPELLVAHAYTRYMGDLSGGQVLKKVAQRALKLPST 180 HO-1 WQEVIPYTPAMQRYVKRLHEVGRTEPELLVAHAYTRYLGDLSGGQVLKKIAQKALDLPSS 160 * . *::::. : . **.*: * *:. :****:* * A.aegypti ANG---------------------------------------NGARGAALTTFEEHSIYE 161 C.quinquefasciatus ATAX--------------------------------------EPNRGAALTTFEEHSIFE 173 A.gambiae RRADA-------------------------------------EPVPDAAVTTFEDHSIYE 167 G.morsitans S----------------LAIR---------MILTTRPMPLQVPICPDGCAATYFPEKISD 189 D.melanogaster SKNDDEEQQKQADKEAELATARAADGSVDKDDLEARPMPAQVTICPPGCEATYFPEKISV 224 B.mori P-----------------------------------------NTYYVDKVTDFAAVDINK 169 HO-2 GEGTQFYLFEN------------VDNAQQFKQLYRARMNALDLNMKTKERIVEEANKAFE 228 HO-1 GEGLAFFTFPN------------IASATKFKQLYRSRMNSLEMTPAVRQRVIEEAKTAFL 208 A.aegypti LKQKMRKTIDEFGDGLDEDT---RKRMMDESRKVFEMNNEIIKTVKGVN-------RAN- 210 C.quinquefasciatus LKQKMRSNIDKFGESLDEET---RQQMMEESRRVFELNNGIIRTVQGVN-------RAN- 222 A.gambiae LKQRLRKIVDDFGARLDEET---RQRMLDESRKVFELNNTIIRTVEGVG-------SAN- 216 G.morsitans LKAKLRTILNKHYVNFDEQT---KADFIEESRNVFIYNSDVVRSVKGVN-------RAN- 238 D.melanogaster LKAKLRRVFNNHYGAFDDDL---RAAFIEESRNVFRLNIEVVRTIKGVN-------RAN- 273 B.mori LKNEFREAMNQIATTMSSEE---QATFIEESNQVFIMNNLIVNSVEGQN-------KVLY 219 HO-2 YNMQIFNELDQAGSTLARETLEDGFPVHDGKGDMRKCPFYAAEQDKGALEGSSCPFRTAM 288 HO-1 LNIQLFEELQELLTHDTKDQSPSRAPGLRQRASNKVQDSAPVETPRGKP-----PLNTRS 263 : .: .:. : . .* . A.aegypti --IKTIVYVIVLIILYFVLKQFILK---------- 233 C.quinquefasciatus --VKTLIYVALLVMIYFVVKYLFFS---------- 245 A.gambiae --MRIVRYIAMAIAAIILMQYVVRNQFGHEQEQTL 249 G.morsitans --IRKLAIVVLFFVSIYFAIKLARR---------- 261 D.melanogaster --LRKLALALIFVSSIVVAVKFALK---------- 296 B.mori GLLCKASAVVFVVASLLFAYKLHRG---------- 244 HO-2 AVLRKPSLQFILAAGVALAAGLLAWYYM------- 316 HO-1 ---QAPLLRWVLTLSFLVATVAVGLYAM------- 288 . .
Figure 1 (Pereira et al., 2008)
146
Figure 2 (Pereira et al., 2008)
147
1 2 3 4 5 6
A B
RP
HO1 2 3 4 5 6 7
Figure 3 (Pereira et al., 2008)
148
12h
24h
30h
42h
12h
24h
30h
42h
12h
24h
30h
42h
12h
24h
30h
42h
A B
kDa
20
10
C
Figure 4 (Pereira et al., 2008)
149
0
2
4
6
8
10
-25 0 25 50 75 100 125 150
HO
rela
tive
expr
essi
on
Time af ter blood meal (h)
0
5
10
15
20
-25 0 25 50 75 100 125 150
HO
rela
tive
expr
essi
on
Time after blood meal (h)
A
B
Figure 5 (Pereira et al., 2008)
150
0
1
2
3
4
sugar 100mg/ml BSA blood blood + 100µM SBTI
HO
rela
tive
expr
essi
on
Figure 6 (Pereira et al., 2008)
151
0
0,5
1
1,5
blood blood + PQ 100µM
blood + PQ 500µM
HO
rela
tive
expr
essi
on
Figure 7 (Pereira et al., 2008)
152
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Nome: Luiza de Oliveira Ramos Pereira Nascimento: 23/02/1979 Naturalidade: Rio de Janeiro Formação acadêmica/Titulação urso técnico/profissionalizante em Biotecnologia. Escola Técnica Federal de Química, CETFQ‐RJ, Brasil. 1994‐1998 raduação em Ciências Biológicas ‐ Licenciatura. Universidade Federal do Rio de Janeiro, GUFRJ, Brasil. 1999‐2002 Mestrado em Química Biológica. Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, Brasil. 2003‐2004 Doutorado em Química Biológica. Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, Brasil. Com período sanduíche em Universidade da Califórnia – Irvine. 2004‐2008 Orientação de Alunos de Iniciação Científica 1. Lilian Brewer Lisboa. Clonagem e expressão de heme oxigenase recombinante de Aedes aeg 2005. ypti. Iniciação Científica. (Graduando em Ciências Biológicas ‐ Licenciatura) ‐ Universidade Federal do Rio de Janeiro. Orientador: Luiza de Oliveira Ramos Pereira. 2. Paula Ribeiro de Sá Martins. Avaliação da expressão relativa de heme oxigenase em Aedes aegypti por PCR semi‐quantitativo. 2004. Iniciação Científica. (Graduando em Ciê neiro. Or
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