A coragem que vence o mundo

Lc 12.32

IntroduçãoAs pessoas vivem com muito medo. Talvez

você ainda não tenha percebido quantas coisas lhe afligem. Mas, se parar para pensar, você já deixou muitas coisas por ter medo de algo.

Qual é o seu pior medo?Medo de fracassar?Medo do desemprego?

Medo de uma doença?Medo do futuro?Medo de ser abandonado ou esquecido por

alguém a quem você ama?Não sei quais são os medos do seu coração,

mas sei que existe uma promessa de Jesus para nós: “Não tenham medo, pequeno rebanho, pois foi do agrado do Pai dar-lhes o Reino.”

Viver sem medoMuitas pessoas têm desejado a morte por

medo de viver! Mas, como rebanho de Jesus, temos a segurança de que a vontade boa, agradável e perfeita de Deus acontecerá em nossas vidas!

Viver sem medo não significa viver sem preocupações, pois se preocupar com a vida e o futuro é sinal de prudência. Contudo, não devemos permitir que tais medos nos impeçam de viver. A linha que separa prudência de paranóia é muito tênue:

A prudência usa cinto de segurança; a paranóia evita carros;

A prudência economiza para a velhice; a paranóia junta até lixo;

A prudência se prepara e planeja; a paranóia entra em pânico;

A prudência calcula o risco e mergulha; a paranóia nunca entra na água.

O medo muitas vezes nos impede de viver momentos muito especiais em nossas vidas. Muitas pessoas, por não terem coragem de experimentar algo, se realizam ao verem outros fazendo aquilo que tanto desejam, e que elas gostariam de fazer. Muita gente pega carona nas vitórias dos outros porque não têm coragem de aproveitar a vida.

Ficando ao ladoUm dia desses, eu estava brincando com meus

filhos, na piscina de nosso condomínio. Entrei na água e estiquei os braços para cima chamando-os a pular na água. Os gêmeos de três anos estavam com as bóias em seus braços; Pedro, de cinco anos, pulou e nadou até a outra borda. Um dos gêmeos, ao ver o meu sinal, pulou contando que eu o ampararia

em qualquer dificuldade, mas o segundo ficou parado com medo, não pulou.

Muitas vezes, nós temos ficado na beira da piscina vendo os outros alegremente aproveitar um momento especial que gostaríamos muito de viver também.

No caso dos meus filhos, foi preciso que eu pegasse nas mãos de um deles para que pulasse na piscina, e depois disso ele perdeu o medo de pular, pois soube que

minhas mãos estariam ali para ampará-lo.

Precisamos fazer isso também e pular sabendo que o Senhor vai nos amparar em tudo o que vier, inesperado ou não. Essa foi a escolha de Jesus: ele fez mais do que falar sobre o medo; ele o enfrentou.

Jesus sofreu para nos dar a paz com Deus

Quando lemos em Marcos 14.32-42, encontramos o relato da aflição de Jesus devido à proximidade do momento em que seria sacrificado por nós. O texto relata que ele “começou a ficar aflito e

angustiado” (v. 33).

A palavra “aflição” é usada para descrever alguém que está desamparado, desorientado, que está agitado e angustiado pela ameaça de um evento que se aproxima.

Em todo o tempo do ministério de Jesus na terra, não encontramos outro momento em que ele tenha vivido essa angústia.

Nem em meio à tempestade nem à beira do precipício nazareno.

Entretanto Jesus não deixou de viver o propósito maior de sua vida por causa do medo, mas o enfrentou para nos dar um exemplo e mostrar que não devemos temer porque Deus deseja nos dar o Seu Reino.

Neste momento, Jesus tinha medo, mas o que ele fez com seu medo nos mostra o que devemos fazer com o nosso: Jesus orou. Ele enfrentou seu maior medo orando de maneira breve e confiante. Não usou palavras rebuscadas, mas chamou o Pai usando a palavra caseira que uma criança costuma usar para chamar seu amado pai.

O verdadeiro calmanteA oração profunda e sincera é a prática de ir

calmamente para o colo de Deus e permitir que Ele assuma a direção de nossas vidas.

Jesus pediu para que Deus afastasse o cálice.

Qual é o seu cálice? O que você está com medo de enfrentar? Não importa o que seja, enfrente seus medos no jardim do Getsêmani colocando tudo nas mãos de Deus, entregando sua vida para que Ele a controle e proteja.

O medo é um oponente real da vida, é um adversário inteligente e traiçoeiro e procura o seu ponto mais fraco para colocar em seu coração a dúvida pelo amor que Deus tem por você. Essa dúvida leva você a se sentir fraco, você começa a hesitar e experimenta a ansiedade que se transforma em pavor. A partir daí, você

toma decisões precipitadas e já não vive pela confiança e esperança.

Você consegue perceber esse processo?Por isso, devemos expor a Deus nossos

medos tal qual Jesus fez no Getsêmani. Ele levou alguns discípulos. Escolheu Pedro, Tiago e João para viver esse momento com ele. Pediu para que eles orassem.

Você não precisa viver sozinho com seus medos! Escolha irmãos de sua confiança para orarem com você e por você e viva a comunhão possível de viver em Jesus Cristo. Por que imaginar o pior? Somos discípulos de Jesus e sabemos que “Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o ama, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito” (Rm 8.28).

Paulo escolheu confiar em seu Pai: “O Senhor me livrará de toda obra maligna e me levará a salvo para o seu Reino celestial. A ele seja a glória para todo o sempre” (2Tm 4.18).

Vença os seus medos crendo que Deus se agrada de dar a você o seu Reino Celestial