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A Convenção da União de Paris A Convenção da União de Paris para a Proteção da Propriedade para a Proteção da Propriedade Industrial Industrial Industrial Industrial Parte II

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A Convenção da União de Paris A Convenção da União de Paris para a Proteção da Propriedade para a Proteção da Propriedade

IndustrialIndustrialIndustrialIndustrialParte II

Continuando Sobre signos distintivosdistintivos

Marcas de serviços

• Artigo 6 sexies• Os países da União se

comprometem a proteger as marcas de serviço. Não são marcas de serviço. Não são obrigados a prever o registro dessas marcas.

……. at the Revision Conference of Lisbon in 1958 thesubject of service marks was added to the definition.

Copropriedade

• 5.3) O uso simultâneo da mesma marca em produtos idênticos ou semelhantes por estabelecimentos industriais ou comerciais considerados coproprietários da marca, segundo os dispositivos da lei nacional do segundo os dispositivos da lei nacional do país onde a proteção é requerida, não impedirá o registro nem diminuirá, de maneira alguma, a proteção concedida à referida marca em qualquer dos países da União, contando que o referido uso não tenha como efeito induzir o público em erro nem seja contrário ao interesse público.

ADJUDICAÇÃO DE MARCAS

Adjudicação de marcas

• Agentes e representantes

• Art. 6o septies(1) Se o agenteou representante do titular deuma marca num dos países daUnião pedir, sem autorizaçãodeste titular, o registro dessamarca em seu próprio nome,num ou em vários desses

• Art. 166. O titular de uma marca registrada em país signatário da Convenção da União de Paris para Proteção da Propriedade Industrial poderá, alternativamente,

num ou em vários dessespaíses, o titular terá o direitode se opor ao registro pedidoou de requerer ocancelamento ou, se a lei dopaís o permitir, atransferência a seu favor doreferido registro, a menos queeste agente ou representantejustifique o seu procedimento.

poderá, alternativamente, reivindicar, através de ação judicial, a adjudicação do registro, nos termos previstos no art. 6º septies (1) daquela Convenção

Adjudicação de marcas

• "8. O depósito do registro da marca "SHARP", no Brasil,ocorreu em 1960 e foi concedido em 10 de março de1967. Os autos dão conta de que desde então, a SHARPCORPORATION vinha atuando, junto às empresasbrasileiras, para sedimentarem os instrumentos e asociedade pelos quais dariam curso ao desenvolvimentodos negócios envolvendo a referida marca no Brasil,

Adjudicação de marcas

dos negócios envolvendo a referida marca no Brasil,como, aliás, a empresa japonesa já vinha fazendo emoutros Países. Hipótese em que se constata condutainversa ao não uso. Caducidade inexistente.

• 9. O art. 6 septies da CUP deve ser interpretado segundosua finalidade, que é reprimir a conduta de todo aqueleque se vale da marca do titular em cujo nome atua, epede o registro dessa mesma marca. Possibilidade deadjudicação das marcas, quando a apropriação deriva deconduta de sócio."

• TFR2, AC 2003.51.01.500740-5, 1a. Turma Especializada, Des.Abel Gomes, Publicação: 24/08/2006, Julgamento:02/08/2006

Adjudicação de marcas

•2) O titular da marca terá, com as reservas da alínea 1), o direito de se opor ao uso da sua marca pelo seu agente ou representante, se não tiver autorizado esse uso.3) As legislações nacionais têm a

Adjudicação de marcas

Ementa: PROPRIEDADE INDUSTRIAL - MARCAS FROMM - Ação de abstenção de uso - Omissão da autora, em comportamento de má-fé, sobre circunstância fundamental ao julgamento da questão, qual seja, a de que foi por quase duas décadas distribuidora dos produtos da marca internacional Fromm no Brasil - Prova inequívoca da intensa e duradoura relação comercial entre as duas

3) As legislações nacionais têm a faculdade de prever um prazo razoável dentro do qual o titular de uma marca deverá fazer valer os direitos previstos no presente artigo.

pessoas jurídicas - Autora que sempre revendeu produtos de fabricação da empresa suíça, reconhecendo, assim, a titularidade da invenção e da marca estrangeira - Ação improcedente -Recurso da ré não conhecido, diante da ausência de decaimento - Recurso da autora improvido. 9130143-12.2009.8.26.0000 Apelação Cível / DIREITO CIVIL Relator(a): Francisco Loureiro Comarca: Jundiaí Órgão julgador: 4ª Câmara de Direito Privado Data do julgamento: 12/11/2009 Data de registro: 07/12/2009 Outros números: 6748354600, 994.09.316991-5

Marcas coletivas

• ARTIGO 7.º-bis1) Os países da União comprometem-se a admitir a registro e a proteger as marcas coletivas pertencentes a coletividades cuja existência não seja contrária à lei do país de origem, ainda que essas coletividades não possuam estabelecimento essas coletividades não possuam estabelecimento industrial ou comercial.2) Cada país será juiz das condições particulares em que a marca coletiva será protegida e poderá recusar a proteção se a marca for contrária ao interesse público.3) A proteção destas marcas não poderá, porém, ser recusada a qualquer coletividade cuja existência não contraria a lei do país de origem pelo motivo de ela não se achar estabelecida no país em que a proteção é requerida ou de não se ter constituído nos termos da legislação desse país.

Marcas coletivas• DAS MARCAS COLETIVAS E DE CERTIFICAÇÃO• Art. 147. O pedido de registro de marca coletiva conterá regulamento de utilização, dispondo

sobre condições e proibições de uso da marca.• Parágrafo único. O regulamento de utilização, quando não acompanhar o pedido, deverá ser

protocolizado no prazo de 60 (sessenta) dias do depósito, sob pena de arquivamento definitivo do pedido.

• Art. 148. O pedido de registro da marca de certificação conterá:• I - as características do produto ou serviço objeto de certificação; e• II - as medidas de controle que serão adotadas pelo titular.• Parágrafo único. A documentação prevista nos incisos I e II deste artigo, quando não

acompanhar o pedido, deverá ser protocolizada no prazo de 60 (sessenta) dias, sob pena de acompanhar o pedido, deverá ser protocolizada no prazo de 60 (sessenta) dias, sob pena de arquivamento definitivo do pedido.

• Art. 149. Qualquer alteração no regulamento de utilização deverá ser comunicada ao INPI, mediante petição protocolizada, contendo todas as condições alteradas, sob pena de não ser considerada.

• Art. 150. O uso da marca independe de licença, bastando sua autorização no regulamento de utilização.

• Art. 151. Além das causas de extinção estabelecidas no art. 142, o registro da marca coletiva e de certificação extingue-se quando:

• I - a entidade deixar de existir; ou• II - a marca for utilizada em condições outras que não aquelas previstas no regulamento de

utilização.• Art. 152. Só será admitida a renúncia ao registro de marca coletiva quando requerida nos

termos do contrato social ou estatuto da própria entidade, ou, ainda, conforme o regulamento de utilização.

• Art. 153. A caducidade do registro será declarada se a marca coletiva não for usada por mais de uma pessoa autorizada, observado o disposto nos arts. 143 a 146.

• Art. 154. A marca coletiva e a de certificação que já tenham sido usadas e cujos registros tenham sido extintos não poderão ser registradas em nome de terceiro, antes de expirado o prazo de 5 (cinco) anos, contados da extinção do registro.

• Proteção do nomecomercial

• Art. 8º O nomecomercial seráprotegido em todos ospaíses da União sem

• Código Civil• Art. 1.155. Considera-se nome

empresarial a firma ou a denominação adotada, de conformidade com este Capítulo, para o exercício de países da União sem

obrigações de depósitoou de registro, querfaça ou não parte deuma marca de fábricaou de comércio.

Capítulo, para o exercício de empresa.Parágrafo único. Equipara-se ao nome empresarial, para os efeitos da proteção da lei, a denominação das sociedades simples, associações e fundações.

Art. 1.156. O empresário opera sob firma constituída por seu nome, completo ou abreviado, aditando-lhe, se quiser, designação mais precisa da sua pessoa ou do gênero de atividade.

Art. 1.157. A sociedade em que houver sócios de responsabilidade ilimitada operará sob firma, na qual somente os nomes daqueles poderão figurar, bastando para formá-la aditar ao nome de um deles a expressão "e companhia" ou sua abreviatura.

Parágrafo único. Ficam solidária e ilimitadamente responsáveis pelas obrigações contraídas sob a firma social aqueles que, por seus nomes, figurarem na firma da sociedade de que trata este artigo.

Art. 1.158. Pode a sociedade limitada adotar firma ou denominação, integradas pela palavra final "limitada" ou a sua abreviatura.

§ 1o A firma será composta com o nome de um ou mais sócios, desde que pessoas físicas, de modo indicativo da relação social.

§ 2o A denominação deve designar o objeto da sociedade, sendo permitido nela figurar o nome de um ou mais sócios.

§ 3o A omissão da palavra "limitada" determina a responsabilidade solidária e ilimitada dos administradores que assim empregarem a firma ou a denominação da sociedade.

Art. 1.159. A sociedade cooperativa funciona sob denominação integrada pelo vocábulo "cooperativa".

Art. 1.160. A sociedade anônima opera sob denominação designativa do objeto social, integrada pelas expressões "sociedade anônima" ou " companhia", por extenso ou abreviadamente.

Parágrafo único. Pode constar da denominação o nome do fundador, acionista, ou pessoa que haja concorrido para o bom êxito da formação da empresa.

Art. 1.161. A sociedade em comandita por ações pode, em lugar de firma, adotar denominação designativa do objeto social, aditada da expressão " comandita por ações".

Art. 1.162. A sociedade em conta de participação não pode ter firma ou denominação.

Art. 1.163. O nome de empresário deve distinguir-se de qualquer outro já inscrito no mesmo registro.

Parágrafo único. Se o empresário tiver nome idêntico ao de outros já inscritos, deverá acrescentar designação que o distinga.

Art. 1.164. O nome empresarial não pode ser objeto de alienação.

Parágrafo único. O adquirente de estabelecimento, por ato entre vivos, pode, se o contrato o permitir, usar o nome do alienante, precedido do seu próprio, com a qualificação de sucessor.

Art. 1.165. O nome de sócio que vier a falecer, for excluído ou se retirar, não pode ser conservado na firma social.

Art. 1.166. A inscrição do empresário, ou dos atos constitutivos das pessoas jurídicas, ou as respectivas averbações, no registro próprio, asseguram o uso exclusivo do nome nos limites do respectivo Estado.

Parágrafo único. O uso previsto neste artigo estender-se-á a todo o território nacional, se registrado na forma da lei especial.

Art. 1.167. Cabe ao prejudicado, a qualquer tempo, ação para anular a inscrição do nome empresarial feita com violação da lei ou do contrato.

Art. 1.168. A inscrição do nome empresarial será cancelada, a requerimento de qualquer interessado, quando cessar o exercício da atividade para que foi adotado, ou quando ultimar-se a liquidação da sociedade que o inscreveu.

• Bibliografia• Da proteção do nome empresarial prevista

no art. 8º da CUP, Denis Borges Barbosa (2009), (2009), http://denisbarbosa.addr.com/cup8.pdf

• Ementa Nome comercial. Marca. Fábrica no Brasil para exportação. Prequestionamento. Art. 8º da Convenção de Paris. (...) 2. Nos termos da tranquila jurisprudência da Corte, o nome comercial e a marca devidamente registrada

• Proteção direta: proibido o uso no mercado

marca devidamente registrada merecem proteção, não sendo permitida a utilização no mercado interno por qualquer outra empresa que não detenha a titularidade (...). STJ - RESP 537756 Processo: 200300910716 UF: RS Terceira Turma, 04/11/2003, DJ 10/02/2004 p.253 Relator Carlos Alberto Menezes Direito .

• “Da leitura de fls. 147/154, verifica-se que a empresa estrangeira MET-L-CHEK COMPANY, ora apelada, foi constituída no ano de 1952, enquanto que os atos constitutivos da autora datam de 1992 (fls. 14/25), o que permite concluir que milita em favor daquela o privilégio da anterioridade.

• Quanto à alegação de não ter a ré exercido efetivamente no Brasil o seu nome comercial, o que afastaria a sua proteção, esta não procede, na medida em que o art. 8º da CUP traz uma proteção em todos os países signatários, traduzindo um direito personalíssimo.

• A tutela, além de não encontrar limitação local ou regional, dentro do território nacional, pode estender-se internacionalmente, independente da inserção ou

• Proteção indireta:

proibido o registro

nacional, pode estender-se internacionalmente, independente da inserção ou não da empresa no mercado dos diversos países.

• A proibição do registro como marca de nome comercial de terceiro caracteriza uma usurpação da identidade do empresário ou da pessoa jurídica, havendo ou não coincidência de ramos de atividade, local de registro ou âmbito de atuação.

• Se a marca objeto da controvérsia integra o nome comercial de ambas as partes litigantes, o dilema há de ser resolvido pela análise da antiguidade dos seus atos constitutivos, de forma que seja declarado o direito em favor daquela que utiliza a expressão em sua denominação há mais tempo”.

• Tribunal Regional Federal da 2ª Região, 2ª Turma Especializada, Apelação Cível de nº 2002.02.01.019407-4, Rel. Des. Liliane Roriz, publicado no DJ do dia 17.07.2007.

registro de

marcas de

terceiros

A tese da proteção absoluta

• “ADMINISTRATIVO. MARCA E NOME COMERCIAL. COLIDÊNCIA. ARTS. 8º E 9º DA CUP. INTELIGÊNCIA. Tendo em vista a limitação territorial do registro do nome comercial da empresa, não sendo possível saber-se todos os nomes utilizados no território nacional, e considerando ainda que a Convenção da União de Paris veio a dar tratamento destinado à repressão da concorrência desleal, não podendo ser utilizada, ao revés, para paralisar ou

• Proteção indireta:

proibido o registro de marcas de

não podendo ser utilizada, ao revés, para paralisar ou obstaculizar a atividade empresarial, o art. 8º da CUP deve ser entendido como repressivo da concorrência desleal.

• É dizer, não se tratando de nome de empresa já afamada no mercado e, portanto, não se evidenciando má-fé com vistas ao aproveitamento parasitário de nome comercial alheio, inexiste ilegalidade no registro marcário que, ocasionalmente, imita nome comercial alheio desconhecido à data do depósito. Apelo e remessa necessária providos.” TRF2, AC 219017, 1ª. Turma Especializada, JFC Marcia Helena Nunes, 26/09/2007.

marcas de terceiros

A tese da repressão da concorrência desleal

• “ADMINISTRATIVO. MARCA E NOME COMERCIAL. COLIDÊNCIA. ARTS. 8º E 9º DA CUP. INTELIGÊNCIA. Tendo em vista a limitação territorial do registro do nome comercial da empresa, não sendo possível saber-se todos os nomes utilizados no território nacional, e considerando ainda que a Convenção da União de Paris veio a dar tratamento destinado à repressão da concorrência desleal, não podendo ser utilizada, ao revés, para paralisar ou obstaculizar a atividade empresarial, o art. 8º da CUP deve ser entendido como repressivo da concorrência desleal.

• Proteção indireta:

proibido o registro de marcas de deve ser entendido como repressivo da concorrência desleal.

• É dizer, não se tratando de nome de empresa já afamada no mercado e, portanto, não se evidenciando má-fé com vistas ao aproveitamento parasitário de nome comercial alheio, inexiste ilegalidade no registro marcário que, ocasionalmente, imita nome comercial alheio desconhecido à data do depósito. Demais disso, a só-constituição de empresa com elemento integrante de seu nome comercial, em data anterior ao registro marcário, não é suficiente a invocar a proteção unionista. É necessário que o nome comercial estivesse em uso, que a sociedade estivesse atuando sob dito nome para reclamar a proteção contra a alegada concorrência desleal. ”

• TRF2, AC 333171, 1ª. Turma Especializada, JFC Marcia Helena Nunes, 05/09/2007.

marcas de terceiros

A tese da repressão da concorrência desleal e do uso local necessário

• A questão, porém, não é essa; todo o peso da dúvida jurídica está na expressão

• sem obrigações de depósito ou de registro. • Vale dizer, a proteção em cada país se dá sem que exija

haver requerimento de registro, nem que se tenha deferido o registro concessivo. Segundo Bodenhausen – o guia oficial da OMPI da Convenção , OMPI da Convenção ,

• Um nome será protegido, de acordo com o artigo em análise, sem nenhuma obrigação de depósito ou registro, o que significa que, no país onde a proteção é solicitada, não se pode exigir que haja depósito ou registro nem nesse país nem em nenhum outro, particularmente no país de origem do nome comercial, ainda se o registro for obrigatório em tal lugar.

• Se a legislação do país sujeita a proteção dos nomes comerciais nacionais ao registro, a disposição significará uma derrogação de tal obrigação em favor dos nomes comerciais estrangeiros.

• Bodenhausen, op. cit., p. 134:

• (g) O artigo em análise prescreve que um nome comercial deve ser protegido, mas não especifica como essa proteção deve ser dada (ver também, no entanto, os artigos 9 º e 10ter).

• Os Estados-membros são livres para regulamentar essa proteção ou por legislação especial ou pela legislação contra a concorrência desleal, ou por outros meios adequados. A proteção será geralmente determinada contra atos ilícitos de proteção será geralmente determinada contra atos ilícitos de terceiros que consistam, por exemplo, na utilização do mesmo nome comercial ou de um nome comercial muito semelhante, ou de uma marca semelhante ao nome comercial, se tal utilização é susceptível de causar confusão entre o público.

OHIM Board of Appeals - 29 APRIL 2010 – R 1096/2009-4 – SPEED TO SHELF / SPAR II35 "The opponent’s reference to Article 8 of the Paris Convention is insufficient. That provision merely obliges the parties to the Paris Convention to protect trade names in favour of nationals of other countries party to the Paris Convention, i.e. provides for national treatment. That provision is not in itself protecting trade names in a given country or a provision regarding the conditions and limitations of such protection.”

• A proteção dada a um nome de comércio estrangeiro deve, tendo em vista o princípio do tratamento nacional consagrado no artigo 2 da Convenção, ser igual à proteção conferida aos nomes comerciais nacionais. Se, no entanto, um país concede proteção diferente aos nomes comerciais que estejam registrados no país e a outros nomes comerciais nacionais não registrados, ele não será obrigado a conceder a nomes comerciais estrangeiros, não registrado no país em causa, comerciais estrangeiros, não registrado no país em causa, mais proteção do que para o os nomes comerciais não registrados.

• Se, em qualquer país , o risco de confusão entre o público é um critério para a proteção de um nome comercial contra nomes comerciais ou marcas de outros, tal país pode exigir que um nome de comércio estrangeiro, para obter proteção, deve ser usado ou ter chegado ao conhecimento público de alguma forma no país, porque -caso contrário - o risco de confusão não existiria

• O entendimento de que o art. 8 não cria regime próprio de proteção, mas apenas – independente de registro – aplica a lei local está assente na doutrina:

• J. L. DE ALMEIDA NOGUEIRA e GUILHERME FISCHER JR., Tratado Teórico e Prático de Marcas Industriais e Nome Comercial; Ed.Tipografia Hennies Irmãos, São Paulo, 1910, pp. 367/369:

• "a aquisição, perda e validade da propriedade das marcas e do nome comercial são reguladas pela lei do país de origem; o direito do estrangeiro ao uso exclusivo da marca e do nome comercial, as prerrogativas especiais da legislação industrial e à proteção da sanção penal dependem da prévia observância das prescrições da lei territorial".

• AGUSTÍN RAMELLA, Tratado de la Propiedad Industrial, Ed. Hijos de Reus, Madri-Espanha, 1913, pp. 549 e 550.

• "no constituye en efecto el art. 8 una protección legal autónoma aplicable sin tener en cuenta las legislaciones de los diversos países de la Unión, porque debe aplicarse en todo caso, a los nombres comerciales extranjeros, su derecho interno. Quien invoca el beneficio deI art. 8, debe probar que en su país se le ha concedido protección al nombre. en su país se le ha concedido protección al nombre.

• No pudiendo el art. 8, considerarse separadamente de la última parte del n°2, se sigue que aparte de su disposición imperativa acerca de la dispensa deI depósito, en lo demás deben concurrir las condiciones exigidas por el Estado cuya asistencia se invoca".

• Caso Havana Club, cit., Posição da Unão Europeia: [Relatório do órgão de recursos, 349]

• "While Article 8 does not precisely stipulate the way in which this protection for trade/commercial names has to be granted, one of the leading commentators writes that "[t]he protection will generally be given against unlawful acts of third parties consisting, for example, of use of the same or a confusingly similar trade name [...], if such use is liable to cause confusion similar trade name [...], if such use is liable to cause confusion among the public".“

• Posição dos Estados Unidos [idem, parágrafo 348]: "The obligations of Article 8 are straightforward. A Member has to offer some protection to trade names, without the requirement of filing or registration and regardless of whether it forms part of a trademark …Article 8 does not impose any requirements on the scope of protection, other than, through Article 2 [of the Paris Convention], the requirement of national treatment."

• A decisão recursal assim indica que as duas conclusões são convergentes.

Decisão do

Panel da OMC

sobre CUP

https://www.wto.org/english/tratop_e/dispu_e/176r_e.pdf

• 5.1 O art. 8ºCUP determina que o nome comercial será protegido em todos os países da União sem obrigação de depósito ou registro ou não é parte de uma marca ou marca registrada. Esta disposição não garante uma proteção absoluta para um nome comercial. Em virtude do princípio tratamento nacional constante do art. II da CUP, os Estados se obrigam apenas a dar a mesma proteção a um nome comercial estrangeiro que aquela garantida a um nome comercial estrangeiro que aquela garantida a um nome comercial nacional. Ora, sob a lei suíça, quando uma empresa não é registrada no registo comercial suíça, ela é protegida somente se seu direito ao nome é violado (art. 29 par.2 CC) ou na presença de um ato de concorrência desleal (ATF 114 II 106 consideração 2 p 108;..).

• A proteção do nome comercial não registada é limitada ao raio da atividade do titular. O nome deve ser conhecido na Suíça no momento em que ocorrer a usurpação arguida por ter sido usado em negócios um grau significativo ou porque desfrutava de uma reputação mundial (ATF 91 II 117 consideração. I / 1) .

Corte Federal Suíça de 14 de outubro de 2008:

• “a) De acordo com o Art. 8ºCUP (...) o nome de empresa deve ser protegido em todos os países da União sem a obrigação de depósito ou registro, independentemente dele ser parte de uma marca de fábrica ou de comércio. Assim à distribuidora francesa da ré é reconhecida a mesma proteção na Alemanha que é reconhecida a uma empresa nacional. A única condição exigida para essa proteção, nos casos quando um sinal já goze em sua origem de força distintiva um sinal já goze em sua origem de força distintiva individualizante, é que ele seja usado no território nacional (BGH in GRUR 1966, 267, 269, White Horse) de tal forma, que deixe indicar o início de uma atividade econômica duradora no território nacional. Em contrapartida não se exige que um nome estrangeiro penetre no mercado nacional de tal forma, que ele já goze frente ao setor público pertinente de um determinado reconhecimento como uma indicação da empresa estrangeira. O momento do início do uso nacional determina também a prioridade, ou não, do direito ao nome da empresa internacional (BGH, decisão citada).”

Corte Federal Alemã na decisão Napoléon II, (04.11.66 – ZR 161/64):

• Segundo Oliveira Ascensão, (primeira ob. .cit., págs. 457 e segs.) "O nome comercial só é protegido se for objecto de exploração comercial no país em que a protecção é reclamada" - (neste caso, Portugal). "Assim, Chavanne/Brust notam que seria paradoxal que uma protecção, que não é conferida a uma marca registada somente no estrangeiro, o fosse em relação a um nome comercial que só fosse utilizado no estrangeiro. ... Sendo o uso um requisito do direito ao nome no direito interno, seria admissível que uma empresa estrangeira, que não exercesse actividade em Portugal, viesse reclamar aqui a tutela de um nome comercial, invocando a Convenção de Paris? Nos termos do artº8º da CUP não podia. Só tem direito quem preencher os requisitos de tutela da artº8º da CUP não podia. Só tem direito quem preencher os requisitos de tutela da lei portuguesa".

• Concorda-se com este entendimento que nos parece fazer todo o sentido e vai, em parte, de encontro ao que se mostra decidido no Ac. do STJ, lavrado em 11/12/79, tendo como Relator - Santos Victor, in BMJ 292, 1980, pág.391 e www.dgsi.pt que, em sumário, diz o seguinte: "Registado um nome comercial (El Corte Ingles) em pais estrangeiro (Espanha) signatário da Convenção da União de Paris de 19883, registo feito há mais de dez anos, esse nome não pode ser protegido em Portugal, nomeadamente pela proibição do nome aqui registado (Corte Ingles e Corte Ingles Infantil), também há mais de dez anos, uma vez provado que a empresa espanhola nunca usou aquele nome no nosso País, nem tal nome é aqui notoriamente conhecido".

• Daqui decorre que, fundamental para tal protecção, nos termos do normativo em causa, é, desde logo, o uso (ou o facto de ser, tal nome, notoriamente conhecido) no país onde essa mesma protecção é desejada.

Tribunal da Relação de Lisboa Acórdão 599/06-2 Relator: GRAÇA MIRA, Data do Acordão:01/15/2007

• "95 No presente caso, portanto, há que verificar se o nome comercial em questão, que as partes concordam é não é registrado nem estabelecido pelo uso no Estado-Membro em que a marca está registada e em que a proteção conferida pela marca contra o nome comercial em questão é pedido, satisfaz as condições estabelecidas no parágrafo anterior do presente acórdão.

• 96 Decorre do artigo 8 º da Convenção de Paris, que, como foi • 96 Decorre do artigo 8 º da Convenção de Paris, que, como foi explicado no parágrafo 91 do presente acórdão, deve ser respeitadas por força do Acordo TRIPs, que a proteção do nome comercial deve ser garantida e que essa proteção não pode ser sujeita a qualquer exigência de registro.

• 97 Quanto quaisquer condições relativas ao uso mínimo ou um conhecimento mínimo do nome comercial para o qual nome que pode, de acordo com o órgão jurisdicional nacional, sujeitos de direito finlandês, deve-se observar que, em princípio, nem o artigo 16 (1) do Acordo TRIPS nem o artigo 8 da Convenção de Paris impedem tais condições."

Tribunal de Justiça da União Europeia, Caso 18429,

• "" 5.133 Em nenhum caso pode ser a proteção condicionada ao depósito ou registro do nome comercial. No entanto, caso um membro de proteção país nomes comerciais depender da utilização do nome e na medida em que um outro nome comercial possa causar confusão ou prejuízo relativamente ao primeiro nome comercial, tal relativamente ao primeiro nome comercial, tal exigência e critério podem ser aplicados nesse país membro .

Manual da OMPI

• Em suma: O tratamento dado ao Brasil ao art. 8o. como se

fosse proteção absoluta é desconforme à CUP

APREENSÃO NAS APREENSÃO NAS ALFÂNDEGASALFÂNDEGAS

Apreensão nas alfândegas

• ARTIGO 9.º1) O produto ilicitamente assinalado por uma marca de fábrica ou de comércio ou por um nome comercial será apreendido no ato da importação nos países da União em que essa marca ou esse nome comercial têm direito a protecção legal.2) A apreensão far-se-á tanto no país em que se deu a aposição ilícita como naquele em que tiver sido importado o produto.

Apreensão nas alfândegas

• ARTIGO 9.º3) A apreensão dar-se-á a requerimento do Ministério Público, de qualquer outra autoridade competente ou de quem nisso tiver interesse, pessoa física ou moral, de harmonia com a lei interna de cada país.4) As autoridades não são obrigadas a fazer a apreensão em 4) As autoridades não são obrigadas a fazer a apreensão em caso de trânsito.5) Se a legislação de um país não admitir a apreensão no ato da importação, poderá essa apreensão ser substituída pela proibição de importação ou pela apreensão no interior.6) Se a legislação de um país não admitir a apreensão no ato da importação nem a proibição de importação nem a apreensão no interior, enquanto a legislação não for modificada naquele sentido, serão estas providências substituídas pelas ações e meios que a lei desse país assegurar em tais casos aos nacionais.

Apreensão nas alfândegas

• ARTIGO 10.º1) As disposições do artigo anterior serão aplicáveis em caso de utilização, direta ou indireta, de uma falsa indicação relativa 1. à proveniência do produto ou 2. à identidade do produtor, fabricante ou comerciante.

2) Será, em qualquer caso, considerado como parte legítima, quer seja pessoa física, quer moral, o produtor, fabricante ou comerciante que se ocupe da produção, fabrico ou comércio desse produto, estabelecido quer na localidade falsamente indicada como lugar de origem, na região em que essa localidade estiver situada, no país falsamente indicado ou no país em que se fizer uso da falsa indicação de proveniência.

Apreensão nas alfândegas• CPI/( Art. 198. Poderão ser

apreendidos, de ofício ou a requerimento do interessado, pelas autoridades alfandegárias, no ato de conferência, os produtos assinalados com marcas falsificadas, alteradas ou marcas falsificadas, alteradas ou imitadas ou que apresentem falsa indicação de procedência

Apreensão nas alfândegas

• “O art. 198 da Lei 9.279/1996 é expresso ao admitir a apreensão de ofício, ou seja, realizada pela própria autoridade aduaneira, sem qualquer pedido ou ordem judicial (...) A autoridade brasileira é soberana na aplicação da lei em soberana na aplicação da lei em seu território (Princípio da Territorialidade), ainda que com relação a produtos em trânsito, destinados a terceiro país”. STJ - Segunda Turma - AgRg no REsp 725531 / PR - Relator: Ministro Herman Benjamin - Data do Julgamento: 28/04/2009 - Data da Publicação/Fonte : DJe 11/09/2009).

Apreensão nas alfândegas• "TRIBUTÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. LIBERAÇÃO DE MERCADORIA IMPORTADA.

ALEGAÇÃO DE OFENSA AO DIREITO DE PATENTE INDUSTRIAL. RETENÇÃO E PERDIMENTO. PROCEDIMENTO DA AUTORIDADE ADUANEIRA. ILEGALIDADE.

• 1. O procedimento da autoridade fiscal na apreensão e imposição do perdimento à mercadoria importada foi ilegal.

• 2. Havia necessidade de dilação probatória para que fosse demonstrada a contrafação, isso sob o escólio da ampla defesa e do contraditório. A Receita Federal aceitou -indevidamente - como sua prova "cabal" o laudo elaborado unilateralmente pela Philips, principal interessada na apreensão e perdimento decretados, não existindo oportunidade para a importadora se manifestar sobre ele. para a importadora se manifestar sobre ele.

• 3. Aliado ao vício probatório, não há, in casu, base legal à pena de perdimento. O artigo 198 da Lei 9.427/96 autoriza, no máximo, a apreensão da mercadoria, com representação da autoridade aduaneira ao proprietário do direito industrial para que este - e somente ele - tome as medidas judiciais cabíveis. A competência atribuída à autoridade alfandegária resume-se no dever geral de representar a violação da propriedade industrial ao seu titular, não a autorizando tomar para si a defesa da lesão.

• 4. Caso cientificado o titular da patente, não tomando este nenhuma medida judicial, impõe-se a liberação da mercadoria através do regular desembaraço. É exatamente o que regulamenta a atualizada norma aduaneira (Decreto nº 4.543/02), através dos seus artigos 544 a 546." TFR4, AMS 2003.70.08.001122-9/PR,

• 2ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, Desembargador Federal Dirceu de Almeida Soares, 25 de julho de 2006.

Apreensão nas alfândegas

• Artigo 55 • Duração da Suspensão • Se as autoridades alfandegárias não tiverem sido informadas,

num prazo de até 10 dias úteis após a notificação ao requerente da suspensão da liberação, de que um processo tendente a uma decisão sobre o mérito do pedido tenha sido iniciado por outra parte que não o réu, ou que a autoridade devidamente capacitada tenha adotado medidas cautelares prolongando a suspensão da tenha adotado medidas cautelares prolongando a suspensão da liberação dos bens, os bens serão liberados, desde que todas as outras condições para importação e exportação tenham sido cumpridas; em casos apropriados, esse limite de tempo pode ser estendido por 10 dias úteis adicionais.

• Se o processo tendente a uma decisão sobre o mérito do pedido tiver sido iniciado, haverá, quando solicitada pelo réu, uma revisão, inclusive o direito de ser ouvido, a fim de se decidir, dentro de um prazo razoável, se essas medidas serão modificadas, revogadas ou confirmadas. Não obstante o acima descrito, quando a suspensão da liberação dos bens for efetuada ou mantida de acordo com uma medida judicial cautelar, serão aplicadas as disposições do parágrafo 6 do Artigo 50.

Apreensão nas alfândegas• Artigo 56 • Indenização do Importador e

do Proprietário dos Bens • As autoridades pertinentes

terão o poder de determinar que o requerente pague ao importador, ao consignatário

Artigo 54 Notificação de Suspensão O importador e o requerente serão prontamente

importador, ao consignatário e ao proprietário dos bens uma compensação adequada por qualquer dano a eles causado pela retenção injusta dos bens ou pela retenção de bens liberados de acordo com o Artigo 55.

prontamente notificados da suspensão da liberação dos bens, de acordo com o Artigo 51.

Apreensão nas alfândegas• Artigo 57 • Direito à Inspeção e à Informação • Sem prejuízo da proteção de informações confidenciais,

os Membros fornecerão às autoridades competentes o poder de conceder ao titular do direito oportunidade suficiente para que quaisquer bens detidos pelas autoridades alfandegárias sejam inspecionados, de forma autoridades alfandegárias sejam inspecionados, de forma a fundamentar as pretensões do titular do direito.

• As autoridades competentes terão também o poder de conceder ao importador uma oportunidade equivalente para que quaisquer desses bens sejam inspecionados.

• Quando a decisão de mérito for pela procedência do pedido, os Membros podem prover às autoridades competentes o poder de informar ao titular do direito os nomes e endereços do consignador, do importador e do consignatário e da quantidade dos bens em questão.

Apreensão nas alfândegas• TRIPs Artigo 58 • Ação Ex Officio• Quando os Membros exigem que as autoridades competentes atuem

por conta própria e suspendam a liberação de bens em relação aos quais elas obtiveram prova inicial de que um direito de propriedade intelectual esteja sendo violado:

• (a) as autoridades competentes podem buscar obter, a qualquer • (a) as autoridades competentes podem buscar obter, a qualquer momento, do titular do direito qualquer informação que possa assisti-las a exercer esse poder;

• (b) o importador e o titular do direito serão prontamente notificados da suspensão. Quando o importador tiver apresentado uma medida contra a suspensão junto às autoridades competentes, a suspensão estará sujeita, mutatis mutandis, às condições estabelecidas no Artigo 55;

• (c) os Membros só poderão isentar autoridades e servidores públicos de estarem sujeitos a medidas apropriadas de reparação quando os atos tiverem sido praticados ou pretendidos de boa fé.

Apreensão nas alfândegas• Seção III

• Dos Produtos com Marca Falsificada• Art. 605. Poderão ser retidos, de ofício ou a requerimento do interessado, pela

autoridade aduaneira, no curso da conferência aduaneira, os produtos assinalados com marcas falsificadas, alteradas ou imitadas, ou que apresentem falsa indicação de procedência (Lei no 9.279, de 14 de maio de 1996, art. 198).

• Art. 606. Após a retenção de que trata o art. 605, a autoridade aduaneira notificará o titular dos direitos da marca para que, no prazo de dez dias úteis da ciência, promova, se for o caso, a correspondente queixa e solicite a apreensão judicial das mercadorias (Lei nº 9.279, de 1996, art. 199, e Acordo

DECRETO Nº 6.759, DE 5 DE FEVEREIRO DE 2009.

da ciência, promova, se for o caso, a correspondente queixa e solicite a apreensão judicial das mercadorias (Lei nº 9.279, de 1996, art. 199, e Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio, Artigo 55, aprovado pelo Decreto Legislativo no 30, de 1994, e promulgado pelo Decreto nº 1.355, de 1994).

• § 1o O titular dos direitos da marca poderá, em casos justificados, solicitar que seja prorrogado o prazo estabelecido no caput uma única vez, por igual período (Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio, Artigo 55, aprovado pelo Decreto Legislativo no 30, de 1994, e promulgado pelo Decreto nº 1.355, de 1994).

• § 2o No caso de falsificação, alteração ou imitação de armas, brasões ou distintivos oficiais nacionais, estrangeiros ou internacionais, sem a necessária autorização, a autoridade aduaneira promoverá a devida representação fiscal para fins penais, conforme modelo estabelecido pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (Lei nº 9.279, de 1996, art. 191).

• Art. 607. Se a autoridade aduaneira não tiver sido informada, no prazo a que se refere o art. 606, de que foram tomadas pelo titular da marca as medidas cabíveis para apreensão judicial das mercadorias, o despacho aduaneiro destas poderá ter prosseguimento, desde que cumpridas as demais condições para a importação ou exportação (Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio, Artigo 55, aprovado pelo Decreto Legislativo no 30, de 1994, e promulgado pelo Decreto nº 1.355, de 1994).

• Art. 608. O titular da marca, tendo elementos suficientes para suspeitar que a importação ou a exportação de mercadorias com marca contrafeita venha a ocorrer, poderá requerer sua retenção à autoridade aduaneira, apresentando os elementos que apontem para a suspeita (Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio, Artigos 51 e 52, aprovado pelo Decreto Legislativo no 30, de 1994, e promulgado pelo Decreto nº 1.355, de 1994).

• Parágrafo único. A autoridade aduaneira poderá exigir que o requerente apresente garantia, em valor suficiente para proteger o requerido e evitar abuso (Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio, Artigo 53, parágrafo 1, aprovado pelo Decreto Legislativo no 30, de 1994, e promulgado pelo Decreto nº 1.355, de 1994).

• .

Apreensão nas alfândegas• Art. 606. Após a retenção de que trata o art. 605, a autoridade aduaneira notificará o titular dos direitos da marca para

que, no prazo de dez dias úteis da ciência, promova, se for o caso, a correspondente queixa e solicite a apreensão judicial das mercadorias (Lei nº 9.279, de 1996, art. 199, e Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio, Artigo 55, aprovado pelo Decreto Legislativo no 30, de 1994, e promulgado pelo Decreto nº 1.355, de 1994).

• § 1o O titular dos direitos da marca poderá, em casos justificados, solicitar que seja prorrogado o prazo estabelecido no caput uma única vez, por igual período (Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio, Artigo 55, aprovado pelo Decreto Legislativo no 30, de 1994, e promulgado pelo Decreto nº 1.355, de 1994).

• § 2o No caso de falsificação, alteração ou imitação de armas, brasões ou distintivos oficiais nacionais, estrangeiros ou internacionais, sem a necessária autorização, a autoridade aduaneira promoverá a devida representação fiscal para fins penais, conforme modelo estabelecido pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (Lei nº 9.279, de 1996, art. 191).

DECRETO Nº 6.759, DE 5 DE FEVEREIRO DE 2009.

penais, conforme modelo estabelecido pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (Lei nº 9.279, de 1996, art. 191).• Art. 607. Se a autoridade aduaneira não tiver sido informada, no prazo a que se refere o art. 606, de que foram tomadas

pelo titular da marca as medidas cabíveis para apreensão judicial das mercadorias, o despacho aduaneiro destas poderá ter prosseguimento, desde que cumpridas as demais condições para a importação ou exportação (Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio, Artigo 55, aprovado pelo Decreto Legislativo no 30, de 1994, e promulgado pelo Decreto nº 1.355, de 1994).

• Art. 608. O titular da marca, tendo elementos suficientes para suspeitar que a importação ou a exportação de mercadorias com marca contrafeita venha a ocorrer, poderá requerer sua retenção à autoridade aduaneira, apresentando os elementos que apontem para a suspeita (Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio, Artigos 51 e 52, aprovado pelo Decreto Legislativo no 30, de 1994, e promulgado pelo Decreto nº 1.355, de 1994).

• Parágrafo único. A autoridade aduaneira poderá exigir que o requerente apresente garantia, em valor suficiente para proteger o requerido e evitar abuso (Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio, Artigo 53, parágrafo 1, aprovado pelo Decreto Legislativo no 30, de 1994, e promulgado pelo Decreto nº 1.355, de 1994).

• .Onde está a proteção do importador?

Apreensão nas alfândegas

• É provável que esse decreto descumpra TRIPs nas normas de devido processo legal do Acordo.

DECRETO Nº 6.759, DE 5 DE FEVEREIRO DE 2009.

CONCORRÊNCIA DESLEAL

Concorrência desleal

• ARTIGO 10.º-bis1) Os países da União obrigam-se a assegurar aos nacionais dos países da União proteção efetiva contra a concorrência desleal.2) Constitui ato de concorrência desleal qualquer ato de

• CAPÍTULO VIDOS CRIMES DE CONCORRÊNCIA DESLEAL

• Art. 195. Comete crime de concorrência desleal quem:

• I - publica, por qualquer meio, falsa afirmação, em detrimento de concorrente, com o fim de obter vantagem;

• II - presta ou divulga, acerca de concorrente, falsa informação, com o fim de obter vantagem;desleal qualquer ato de concorrência contrário aos usos honestos em matéria industrial ou comercial.

• II - presta ou divulga, acerca de concorrente, falsa informação, com o fim de obter vantagem;• III - emprega meio fraudulento, para desviar, em proveito próprio ou alheio, clientela de outrem;• IV - usa expressão ou sinal de propaganda alheios, ou os imita, de modo a criar confusão entre os produtos ou

estabelecimentos;• V - usa, indevidamente, nome comercial, título de estabelecimento ou insígnia alheios ou vende, expõe ou oferece à

venda ou tem em estoque produto com essas referências;• VI - substitui, pelo seu próprio nome ou razão social, em produto de outrem, o nome ou razão social deste, sem o seu

consentimento;• VII - atribui-se, como meio de propaganda, recompensa ou distinção que não obteve;• VIII - vende ou expõe ou oferece à venda, em recipiente ou invólucro de outrem, produto adulterado ou falsificado, ou

dele se utiliza para negociar com produto da mesma espécie, embora não adulterado ou falsificado, se o fato não constitui crime mais grave;

• IX - dá ou promete dinheiro ou outra utilidade a empregado de concorrente, para que o empregado, faltando ao dever do emprego, lhe proporcione vantagem;

• X - recebe dinheiro ou outra utilidade, ou aceita promessa de paga ou recompensa, para, faltando ao dever de empregado, proporcionar vantagem a concorrente do empregador;

• XI - divulga, explora ou utiliza-se, sem autorização, de conhecimentos, informações ou dados confidenciais, utilizáveis na indústria, comércio ou prestação de serviços, excluídos aqueles que sejam de conhecimento público ou que sejam evidentes para um técnico no assunto, a que teve acesso mediante relação contratual ou empregatícia, mesmo após o término do contrato;

• XII - divulga, explora ou utiliza-se, sem autorização, de conhecimentos ou informações a que se refere o inciso anterior, obtidos por meios ilícitos ou a que teve acesso mediante fraude; ou

• XIII - vende, expõe ou oferece à venda produto, declarando ser objeto de patente depositada, ou concedida, ou de desenho industrial registrado, que não o seja, ou menciona-o, em anúncio ou papel comercial, como depositado ou patenteado, ou registrado, sem o ser;

• XIV - divulga, explora ou utiliza-se, sem autorização, de resultados de testes ou outros dados não divulgados, cuja elaboração envolva esforço considerável e que tenham sido apresentados a entidades governamentais como condição para aprovar a comercialização de produtos.

• Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa.• § 1º Inclui-se nas hipóteses a que se referem os incisos XI e XII o empregador, sócio ou administrador da empresa, que

incorrer nas tipificações estabelecidas nos mencionados dispositivos.• § 2º O disposto no inciso XIV não se aplica quanto à divulgação por órgão governamental competente para autorizar a

comercialização de produto, quando necessário para proteger o público.

Art. 209. Fica ressalvado ao prejudicado o direito de haver perdas e danos em ressarcimento de prejuízos causados por atos de violação de direitos de propriedade industrial e atos de concorrência desleal não previstos nesta Lei, tendentes a prejudicar a reputação ou os negócios alheios, a criar confusão entre estabelecimentos comerciais, industriais ou prestadores de serviço, ou entre os produtos e serviços postos no comércio.

Concorrência desleal

• ARTIGO 10.º-bis

3) Deverão proibir-se especialmente:1.º Todos os atos suscetíveis de, por qualquer meio, estabelecer confusão com o estabelecimento, os produtos ou a atividade industrial ou comercial de um concorrente;2.º As falsas afirmações no exercício do comércio, suscetíveis de 2.º As falsas afirmações no exercício do comércio, suscetíveis de desacreditar o estabelecimento, os produtos ou a atividade industrial ou comercial de um concorrente;3.º As indicações ou afirmações cuja utilização no exercício do comércio seja suscetível de induzir o público em erro sobre a natureza, modo de fabrico, características, possibilidades de utilização ou quantidade das mercadorias.

LEGITIMIDADE PARA REPRESSÃO

Legitimidade para repressão

• ARTIGO 10.º-ter1) Os países da União obrigam-se a assegurar aos nacionais dos outros países da União recursos legais apropriados à repressão eficaz de todos os atos visados nos artigos 9.º, 10.º e 10.º-bis.visados nos artigos 9.º, 10.º e 10.º-bis.2) Além disso, obrigam-se a adotar providências que permitam aos sindicatos e associações de industriais, produtores e comerciantes cuja existência não for contrária às leis dos seus países promover em juízo ou junto das autoridades administrativas a repressão dos atos previstos nos artigos 9.º, 10.º e 10.º-bis, na medida em que a lei do país em que a proteção é requerida o permite aos sindicatos e associações desse país.

ALGUNS ELEMENTOS A MAIS

Product by process

• Artigo 5 quater• Quando um produto for

introduzido num país da União no qual exista uma patente protegendo um processo de fabricação desse produto, o titular da patente terá, com referência ao

• Art. 42. A patente confere ao seu titular o direito de impedir terceiro, sem o seu consentimento, de produzir, usar, colocar à venda, vender ou importar com estes da patente terá, com referência ao

produto introduzido, todos os direitos que a legislação do país de importação lhe conceder, em virtude da patente desse processo, com referência aos produtos fabricados no próprio país.

ou importar com estes propósitos:

• I - produto objeto de patente;

• II - processo ou produto obtido diretamente por processo patenteado.

Product by process

• 122. Article 8(2) similarly adapts a well-known principle of traditional patent law to the exigencies of biotechnological inventions. Where the subject-matter of a patent is a process, the protection conferred by the patent extends to the products directly obtained by such a process. That principle has been incorporated in international patent legislation since at least international patent legislation since at least 1958, when Article 5 quater was inserted into the Paris Convention. It finds expression in Article 64(2) of the European Patent Convention, which provides:

• ‗If the subject-matter of a European patent is a process, the protection conferred by the patent shall extend to products directly obtained by such process.‘

Restauração

• Artigo 5 bis• 1) Uma prorrogação de prazo, de

no mínimo seis meses, será concedida para o pagamento das taxas previstas para a manutenção dos direitos de dos direitos de propriedade industrialpropriedade industrial, mediante

• Art. 87. O pedido de patente e a patente poderão ser restaurados, se o depositante ou o titular assim o requerer, dentro de 3 (três) meses, contados da notificação do arquivamento do pedido ou da extinção da patente, mediante pagamento de retribuição específica.

• [DI] Art. 120. § 3º O pagamento propriedade industrialpropriedade industrial, mediante o pagamento de uma sobretaxa, se a legislação nacional assim dispuser.

• 2) Os países da União têm a faculdade de prever a revalidação das patentes de invenção caducadas em virtude de não pagamento de taxas.

dos quinquênios poderá ainda ser efetuado dentro dos 6 (seis) meses subsequentes ao prazo estabelecido no parágrafo anterior, mediante pagamento de retribuição adicional.

• [Marca] § 2º Se o pedido de prorrogação não tiver sido formulado até o termo final da vigência do registro, o titular poderá fazê-lo nos 180 (cento e oitenta) dias subsequentes, mediante o pagamento de retribuição adicional

Uma limitação não prevista na lei interna

• Artigo 5 ter• Em cada um dos países da União não serão considerados

lesivos dos direitos do titular da patente:• 1) O emprego, a bordo dos navios dos outros países da

União, dos meios que constituem o objeto da sua patente no corpo do navio, nas máquinas, mastreação, aprestos e outros acessórios, quando esses navios penetrarem outros acessórios, quando esses navios penetrarem temporária ou acidentalmente em águas do país, sob reserva de que tais meios sejam empregados exclusivamente para as necessidades do navio;

• 2) O emprego dos meios que constituem o objeto da patente na construção ou no funcionamento de aeronaves ou veículos terrestres dos outros países da União, ou dos acessórios dessas aeronaves ou veículos terrestres quando estes penetrarem temporária ou acidentalmente no país.

Uma limitação não prevista na lei interna

• Artigo 5 ter• Em cada um dos países da União não serão considerados

lesivos dos direitos do titular da patente:• 1) O emprego, a bordo dos navios dos outros países da

União, dos meios que constituem o objeto da sua patente no corpo do navio, nas máquinas, mastreação, aprestos e outros acessórios, quando esses navios penetrarem

Artigo 5 quinquiesOs desenhos e modelos industriais serão outros acessórios, quando esses navios penetrarem

temporária ou acidentalmente em águas do país, sob reserva de que tais meios sejam empregados exclusivamente para as necessidades do navio;

• 2) O emprego dos meios que constituem o objeto da patente na construção ou no funcionamento de aeronaves ou veículos terrestres dos outros países da União, ou dos acessórios dessas aeronaves ou veículos terrestres quando estes penetrarem temporária ou acidentalmente no país.

Os desenhos e modelos industriais serão protegidos em todos os países da União.

Desenhos industriais• Artigo 5

quinquies• Os desenhos e

modelos industriais serão industriais serão protegidos em todos os países da União.

Design patent

E O ACORDO DE MADRI EM VIGOR

E o Acordo de Madri em vigor

E o Acordo de Madri em vigor

E o Acordo de Madri em vigor